Publicado em 30/11/2016
A concretagem de pilares é uma etapa rápida da construção, realizada em um dia, mas não por
isso pouco trabalhosa. Para que ela seja bem executada, o concreto precisa, antes de tudo, ser
entregue no canteiro de obra. O meio de transporte deve levar em consideração o volume que será
concretado, as distâncias horizontal e vertical entre o local de chegada da matéria-prima e o de
utilização, a disposição do canteiro e a velocidade com que se pretende executar a concretagem do
pilar.
Para garantir a trabalhabilidade do material, o tempo de percurso da fábrica à obra não deve ser
muito longo, e o sistema deve permitir que o concreto seja diretamente lançado nas fôrmas, sem ter
de ser armazenado ou transferido de um equipamento para outro.
Lançamento do concreto
Primeiramente, a fôrma (ou compensado) de madeira é colocada em torno do pilar. “Para pilares
circulares, a fôrma de papelão rígido é melhor do que a convencional, de madeira. Mas ela não serve
para pilares retangulares”, observa o engenheiro Marcello Cherem, professor-assistente do Centro
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Universitário FEI.
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Adensamento
No adensamento, feito geralmente com uma máquina chamada de vibrador de adensamento, é
realizada a vibração do concreto com a finalidade de retirar os espaços vazios (cheios de ar),
reduzindo, assim, a porosidade e aumentando a resistência da estrutura. “É importante fazer a
vibração por etapas, a cada 50 cm de concreto mais ou menos”, recomenda Cheren.
Durante o adensamento, é importante evitar a vibração da armadura, de forma que não se
formem vazios ao seu redor, o que prejudicaria a aderência da armadura ao concreto. Além disso, a
mangueira do vibrador de adensamento deve ficar a pelo menos 10 cm da fôrma, para não forçar as
paredes do pilar.
Quando se chega ao topo do pilar, mas abaixo da viga, a concretagem é encerrada para se dar início
à preparação das ferragens e armaduras das lajes e das vigas que serão colocadas na finalização do
pavimento, realizada num outro dia, com o concreto totalmente seco.
Bicheira
Problema bastante comum na concretagem de pilares, a bicheira (ou vazio de concretagem) ocorre
quando uma pedra grande “enrosca” no caminho da fôrma, não permitindo a passagem do
concreto. Com isso, formam-se espaços vazios que são vistos apenas quando se abre a fôrma. Se isso
acontecer, a concretagem precisa ser refeita na parte
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ESTA com concreto altamente resistente.
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“Pode-se pegar uma marreta ou uma talhadeira e quebrar as pedras que estão bloqueando o
caminho, abrindo um buraco significativo. Então, monta-se a madeirinha (a fôrma) só em torno
dessa região e enche com graute”, explica o professor da FEI.
Mas como prevenir é melhor do que remediar, quando se tem um pilar com armadura de alta
densidade, quantidade significativa de aço e espaços muito pequenos entre as barras, deve-se dar
preferência ao concreto dosado com brita nº 0 ou, no máximo, nº 1. Isso evita a surpresa de, ao abrir
a fôrma com a concretagem finalizada, encontrar buracos.
Leia também: Saiba como evitar os vazios de concretagem
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