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EDICAO STANDARD BRASILEIRA DAS OBRAS PSICOLOGICAS COMPLETAS DE SIGMUND FREUD Com os Comentarios e Notas de James Strachey Prefacio especial para a edicao brasileira de ANNA FREUD VOLUME XIII (1913-1914) TOTEM E TABU E OUTROS TRABALHOS Traduzido do Alemdo e do Inglés, sob a Diregéo-Geral de AYME SALOMAO Membro-Associado da Sociedade Brasileira de Psicanilise do Rio de Janeiro, Membro da Associacfo Psiquidtrica do Rio de Janeiro. Membro da Sociedade de Psicoterapia Analitica de Grupo da Guanabara. Tredugio de ORIZON CARNETRO MUNIZ Revisdo Técnica de LEAO CABERNITE Presidente da Sociedade Psicanalittta do Rio de Janeiro IMAGO EDITORA LTDA. © Rio de Janeiro ZUR PSYCHOLOGIE DES GYMNASIASTEN (a) EDIcOES ALEMAS: 1914 Em Festschrift, celebrando 0 50° aniversério de fundacio do K. k. Erzherzog-Rainer Realgymnasium (Outubro). 1926 _Almanach, 1927, 43-6. 1928 G.S., 11, 287-90. 1935 Z. psychoanal. Pad., 9, 307-10. 1946 G.W., 10, 204-7, (b) TRaDUCKO INGLESA: ‘Some Reflections on Schoolboy Psychology’. A presente tradugio, de James Strachey, aparece agora pela primeira vez e, ao que se sabe, 6 a primeira a scr publicada. Dos 9 aos 17 anos (1865-1873), Freud estudou em Viena no ‘Leopoldstidter Kommunal-real-und Obergymnasium’, popu- larmente conhecido como o ‘Sperlgymnasium’, por sua localiza~ géo na Sperlgasse.’ Seu nome foi posteriormente mudado para ‘K. k. Erzherzog-Rainer Realgymnasium’. Este artigo foi escrito para um volume coletivo em comemoragéo ao 50° aniversério de fundagio do colégio. Numa carta a um colega de escola, escrita por Freud em 16 de junho de 1873 (Int. Z. Psychoanal, Imago, 26, (1941), 5), ele descreve seu Gitimo exame nessa es- cola. Refere-se em particular ao ensaio mencionado neste artigo (Pag. 285) sobre a escolha de uma profissio, pelo qual recebeu uma distinggo. 283 ALGUMAS REFLEXOES SOBRE A PSICOLOGIA ESCOLAR século, Mas, na realidade, ficamos velhos nesse intervalo, estamos as vésperas de nosso sexagésimo aniversério © as nossas sensa- ‘ses fisicas, bem como o espelho, mostram inequivocamente Quanto a vela de nossa vida j& se queimou. Talvez hé dez, anos atrés, pudéssemos ter tido ainda mo- mentos em que, de repente, nos sentiamos novamente jovens. Caminhando pelas ruas de Viena — jé de barbas grisalhas ¢ vergados por todas as preocupages da vida familiar — podia. ‘mos encontrar inesperadamente algum cavalheiro idoso ¢ bem conservado, a0 qual saudévemos quase humildemente, porque 0 reconhectramos como um de nossos antigos professores. Mas depois parivamos e refletfamos: ‘Seria realmente ele? Ou apenas alguém muito semethante? Como parece jovem! E como esta mos velhos! Que idade poderd ter hoje? Seré possivel. que os Em momentos como esse, costumava achar que 0 tempo Presente patecia mergulhar na obscuridade © 0s anos entre os dea e os dezoito surgiam dos escaninhos da meméria, com todas ‘8s suas conjeturas ¢ ilusdes, suas deformagées dolorosas ¢ seus incentivadores sucessos — meus: primeiros vislumbres de uma civilizagdo extinta (que, no meu caso, deveria trazer-me tanta compensagio quanto tudo o mais nas lutas da vida), meus pri- meiros contatos com as ciéncias, entre as quais me pafecia aberta 4 escolha daquela 4 qual dedicaria os meus indubitavelmente inestimAveis servigos, E parezo relembrar que, durante todo esse tempo, tinha a premonicéo de uma tarefa futura, até que esta encontrou express4o manifesta na minha redaco de despedida 285 da escola, como um desejo de que pudesse, no decurso de minha Vida, contribuir com algo para o nosso conhccimento human: ‘Mais tarde tornei-me médico — ou antes, Psicdlogo — ¢ Pude criar uma nova disciplina psicolégica, conhecida corto ‘psi canélise’, que desperta atualmente um interésse excitado e € den. Thida com € alaques por médicos e investigadores de paises vizinhos ¢ terras distantes ¢ estrangeiras —— menos, natu- Talmente, em nosso proprio pais. Como psicanalista, estou destinado a me interessar mais Pelos processos emocionais que pelos intelectuais, mais pela vide mental inconsciente que pela consciente, Minha ‘emogiio ao en- contrar meu velho mestre-escola adverte-me de que antes de tudo, devo admitir uma coisa: é dificil dizer seo que exerceu nai influéncia sobre nds e teve importincia maior foi_a nossa las ciéncias que nos eram ensinadas, ou pela per- sonalidade de nossos mestres. verdade, no_minimo, que esta ‘segunda preocupacto-consitula uma corrinte-oniies een todos nés e, para muitos, os caminhos das ciéncias passavam apenas através de nossos professores. Alguns deiveram-s6 a meio caminho dessa estrada e para uns poucos — porque nao admitir outros tantos? — ela foi por causa disso definitivamente blo- qusada. Nés os cortejdvamos ou thes virdvamos as costas; imagind- vamos neles simpatias antipatias que provavelmente nao exis. tiam; estudévamos seus cardteres © sobre estes formévamos ov deformavamos os nossos. Eles provocavam nossa mai oPosicao e forcavam-nos a uma submisséo completa; bisbilhoté vamos suas pequenas fraquezas e orgulhivamo-nos de sua exce- léncia, seu conhecimento e sua justica. No fundo, sentiamos grande afeigio por eles, se nos davam algum fundamento para la, embora no possa dizer quantos se davam conta disso. Mas no se pode negar que nossa posicao em relacdo a eles era ‘notd vel, uma posiglo que bem pode ter tido suas inconveniéncias para 0s interessados. Estav: desde © principio, igualmente incli- sados a amils © a odog a ctichay cece ee atitudes contradit6rias e nio tem dificuldade em indicar a fonte importancia para seu comportamento posterior, jé esto estabe- lecidas numa idade surpreendentemente precoce. A natureza ¢ a qualidade das relagdes da crianga com as pessoas do seu préprio sexo € do sexo oposto, ja foi firmada no Primeiros seis anos de sua vida. Ela pode posteriormente desenvolvé-las ¢ transformé-las em certas diregdes, mas nao pode ‘mais livrar-se delas. As pessoas a quem se acha assim ligada sio ‘08 pais e os irmaos ¢ irmas. Todos que vem a conhecer mais tarde tomam-se figuras substitutas-desses primelvosOBjIGy de tous senimentos, (Deveriams talver Serecenay aor sot aigueves Outras pessoas como babés, que dela cuidaram na infancia,) Essas figuras substitutas podem classificar-se, do ponto de vista da crianga, segundo provenham do que chamamos as ‘imagos’ do pai, da mie, dos irméos ¢ das irmas, ¢ assim por diante. Seus relacionamentos posteriores so assim obrigados a arcar com uma espécie de heranca emocional, defrontam-se com simpatias ¢ an- tipatias para cuja produgdo esses préprios relacionamentos pouco contribuiram. Todas as escolhas posteriores de amizade e amor seguem a base das lembrangas deixadas por esses primeiros pro- ‘Gin a bee das Iembrangas detxadas por ests primero: De todas as imagens (imagos) de uma infincia que, via de fegra, néo € mais recordada, nenhima € mais importante para um jovem ou um homem que a do pai. A necessidade orginica introduz na relago de um homem com o pai uma ambivaléncia emocional que encontramos expresta de forma mais notével no mito grego do rei Edipo. Um rapazinho esté fadado"a amar e a admirar 0 pai, que Ihe parece ser a mais poderosa, bondosa e sdbia criatura do mundo, O proprio Deus, em iiltima anilise, é apenas uma exaltacdo dessa imagem do pai, tal como é represen- tado na mente durante a mais tenra infancia, Cedo, porém, surge © outro lado da relacio emocional. O pai é identificado como 0 Perturbador maximo da nossa vida instintiva; torna-se um mo- delo nio apenas a ser imitado, mas também a ser eliminado para ‘ue_possamos tomar_o seu lugar. Daf em diante, os impulsos afetuosos ¢ hostis para com ele persistem lado a lado, muitas vezes, até o fim da vida, sem que nenhum deles seja capaz de anular 0 outro. E nessa existéncia concomitante de sentimentos contrarios que reside o cardter essencial daquilo que chamamos de ambivaléncia emocional. 287 Na segunda metade da infincia, dé-se uma mudan. relagfo do menino com o pai — mudanga cuja ‘importancia nso ode ser exagerada. De seu quarto de crianca, @ menino comers a vislumbrar 9 mun exinlor 2 ni, isar de tater ae ‘sobertas que solapam a alta opinigo original ir ° -que_apressam 0 desligamento do seu primeiro ideal, Des. Cobre que 0 pai no & 0 mais poderoso, sébio e rico dos sere, fica insatisfeito com ele, aprende a criticd-lo, a avaliar 0 seu luge: ‘a sociedade; ¢ entao, em regra, faz com que ele pague pesada. mente pelo desapontamento que the causou. Tudo que hae ivel, ¢ de indesejével na nova geraci rminado por to do pal. esse E nessa fase do desenvolvimento de um jovei em contato com os, de mancira gue agora podemen entender a nossa relagio com eles. Estes homens, nem todos pais na realidade, tormaram-se_nossos pais substitutes. Foi {sso que, embora ainda bastante ovens inpesieanccen, como tio maduros e tio inatingivelmente adultos. Transferimmos cles 0 respeito e as expectativas ligadas ao pai onisciente de i 6 es Cope Hat 0 pal one de osios pals em casa. Confrontimelor cons aoe amos adquirido em nossas Proprias familias e, ajudados em came-¢ 0880. A menos que levemos em considetagio coves Quartos de criangas © nossos lares, nosso comportamento para com os professores seria no apenas incompreensivel, mas fare Como escolares, tivemos outras e um pouco menos im, escolares, por- tantes experiéncias com os sucessores de n0ssos irmaos © irmas Fy, Mossos colegas de escola — mas estas devem ser descritas em outra oportunidade. Numa comemoragio do jubileu de Rossa escola, € aos professores que nossos pensamentos devem 288 BIBLICGRAFIA E INDICE DE AUTORES [Os titulos de livros e périédicos aparecem em grifo; os titu- Jos dos artigos, entre aspas simples. As abreviagBes seguem a World List of Scientific Periodicals (Oxford, 1950). As outras abreviagSes utilizadas neste volume serio encontradas na relaglo a0 final desta bibliografia. Os mimeros grifados referem-se a volumes; 0s nimeros comuns a péginas. Os nlimeros entre pa- rénteses 20 fim de cada titulo indicam a pagina, ou paginas deste volume em que a obra em questo é mencionada, No caso dos verbetes de Freud, as letras ligadas as datas de publicacfo, esto de acérdo com 0s verbetes correspondentes da bibliografia com- pleta das obras de Freud, a ser inclufda no dltimo volume da Standard Edition. Quanto a autores nio técnicos, ¢ autores técnicos dos quais nenhuma obra especifica é mencionada, ver o Indice Analitico Geral.] ‘Amex, K. (1884) Der Gegensinn der Urworte, Leipzig (176). mRAHLAM, K. (1911) “Ober die determinierende Kraft des Namens’, Zbl, Psychoanal, 2, 133 (36). (1314) “Ober Eimsehrdnkengen nd Umwandiugen der Scbaulust be den. Psychoneurotikern’, Jb. Psychoanal., 6, 25 (127). Tr i of Scoportilia Ia Psy- Armuson, J. J. (1903) Primal Law, Londres, Ineluido em Lane, A., Social Origins (126, 142). ‘Avesuny, Lord. Ver Lussoce, J. i 14. (1861) Das Muiterrecht, Soattgart (144). Bastian, A. (1874-5) Die deutsche Expedition an der Loango-Kiste (2 vols.), Jena (45, 47). BarcueLon, E. (1901) The Ais and their Folk-Lore, Londres (80). Bueuter, E. (1910) “Vortrag tiber_Ambivalena’ (Berna). Comunicagio ‘em ZBI. Prychoanal,, ty 266 (29). Buumaenrarrr, F. (1891) “Ober die Ejngeborenen der Ineel Palawan’, Globus, 89, 181 (53). “The Central Eskimo’, Sixth Ann. Rep. Bur. Amer, Ethn., 399 ( (1890) ‘Second General Report on the Indians of British Columbia’, Report of Sixtieth Meeting of the British Association, 562 (53). 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