COORDENAÇÃO DE MECÂNICA
ENGENHARIA MECÂNICA
ANDRÉ MAYER
BERNARDO LOHMANN GUIMARÃES
ELISSON JOBBINS DE ARRUDA
JOCASTA OLIVEIRA MACIEL
JOSÉ VINICIUS NASCIMENTO
SHAYEMME OLIVEIRA DE PONTES
NEUTRALIZADORES
TRABALHO ACADÊMICO
PONTA GROSSA
2017
ANDRÉ MAYER
BERNARDO LOHMANN GUIMARÃES
ELISSON JOBBINS DE ARRUDA
JOCASTA OLIVEIRA MACIEL
JOSÉ VINICIUS NASCIMENTO
SHAYEMME OLIVEIRA DE PONTES
NEUTRALIZADORES
PONTA GROSSA
2017
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 8
2.1 ELEMENTOS DE UMA MOLA .......................................................................... 8
2.2 FREQUÊNCIA NATURAL ................................................................................. 8
2.3 DEFLEXÃO ESTÁTICA ................................................................................... 10
2.4 RIGIDEZ DE UMA VIGA ................................................................................. 13
2.5 NEUTRALIZADOR DINÂMICO NÃO AMORTECIDO ..................................... 14
3 METODOLOGIA ............................................................................................. 18
3.1 COLETA DE DADOS ...................................................................................... 18
3.2 MODELAGEM MATEMÁTICA DOS NEUTRALIZADORES ............................ 26
3.3 MODELAGEM MATEMÁTICA DA VIGA ENGASTADA .................................. 28
4 RESULTADOS E CONCLUSÕES .................................................................. 36
5 PROJETO DE UM NOVO NEUTRALIZADOR................................................ 41
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44
7
1 INTRODUÇÃO
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Qualquer elemento mecânico pode se comportar com uma mola, pois existe
uma elasticidade associada sendo ela mínima ou não e fazendo com que haja uma
resposta elástica que dependo do tipo de material e do tipo de estrutura.
As molas têm o formato de alavancas, na engenharia encontramos mais
molas helicoidais, planas e de tensão constante. As molas helicoidais são encontradas
como amortecedores de veículos, molas planas podem ser encontradas em
caminhões, molas, pratos em aplicações especiais e molas de tensão constante são
fabricadas como uma fita de aço com leve curvatura que é enrolada em torno de um
pino. Neste trabalho o enfoque será nas molas reais, mesmo não sendo totalmente
lineares. Para esse tipo de mola, utiliza-se a equação linear da força da mola, que
está representada a seguir:
F =k∗x
Equação 1 - Força linear da mola
Onde:
F = força aplicada [N];
k = constante de elasticidade da mola [N/m];
x = compressão ou alongamento da mola [m].
K
wn = √
m
Equação 2 - Frequência natural
Onde:
wn = frequência natural angular [rad/s];
K = coeficiente de rigidez equivalente do sistema [N/m];
m = massa equivalente do sistema [kg].
w
r=
wn
Equação 3 - Razão de frequências
10
Onde:
r = razão de frequências;
w = frequência de operação/excitação [rad/s];
wn = frequência natural do sistema [rad/s].
F0
δst =
K
Equação 4 - Deflexão estática de um sistema mecânico linear
Onde:
F0 = Força estática constante [N];
K = Constante de rigidez [N/m];
δst = Deflexão estática [m].
W
K=
δst
Equação 5 - Constante elástica ou coeficiente de rigidez
Onde:
W = carga aplicada, ou peso do corpo [N].
W=m∗g
Equação 6 - Carga aplicada pela massa
k = Wn2 ∗ m
Equação 8 - Coeficiente de rigidez em função da frequência natural e massa
g
Wn = √
δst
Equação 9 - Frequência natural em função da deflexão estática
WL³
δst =
3EI
Equação 10 - Deflexão estática de uma viga engastada com uma massa em sua extremidade
livre
Onde:
δst = deflexão estática da viga [m];
14
3EI
k=
L³
Equação 11 - Coeficiente de rigidez da viga engastada
Com isto pode-se confirmar o modelo de viga apresentado como uma mola,
pois apresenta um coeficiente de elasticidade e irá apresentar um deslocamento.
Portanto esse equacionamento é válido para a construção do modelo matemático do
experimento a ser realizado.
m1 ẍ 1 + K1 x1 + K 2 (x1 − x2 ) = F0 senωt
Equação 12 - Sistema primário
m2 ẍ 2 − K 2 (x1 − x2 ) = 0
Equação 13 - Sistema auxiliar
(K 2 − m2 ω2 )F0
X1 =
(K1 + K 2 − m1 ω2 )(K 2 − m2 ω2 ) − K 22
Equação 14 - Amplitude do sistema primário
K 2 F0
X2 =
(K1 + K 2 − m1 ω2 )(K 2 − m2 ω2 ) − K 22
Equação 15 - Amplitude do sistema auxiliar
K2
ω2 =
m2
Equação 16
K1 K2
̃ ω12 =
ω2 = =
m1 m2
Equação 17
3 METODOLOGIA
P1 698
P2 664
P3 416
P4 135
P5 31
P6 217
P7 29
Fonte: autoria própria
A1 394
A2 261
A3 128
A4 269
B1 83
B2 55
B3 28
C1 128
C2 86
C3 43
D1 229
Fonte: autoria própria
20
determinar um valor mais preciso, por isso convencionou-se que apenas dois dos
pesos seriam usados nas medições de cada neutralizador.
Fixou-se o neutralizador em seu comprimento L/2, ou seja, na metade de cada
um, em uma mesa. A fixação foi realizada por meio de um sargento sobre a bancada.
O neutralizador ficou como uma viga engastada exatamente em seu ponto central, em
relação ao seu comprimento total. A figura 11 representa a maneira com que os
neutralizadores foram fixados para os procedimentos.
Tabela 5 - Primeira medição das deflexões estáticas da viga engastada do sistema primário
COMPRIMENTO DA
PESO UTILIZADO D1 (cm) D2 (cm) δst1 (cm)
VIGA ENGASTADA (cm)
Tabela 6 - Segunda medição das deflexões estáticas da viga engastada do sistema primário
COMPRIMENTO DA
PESO UTILIZADO D1 (cm) D2 (cm) δst1 (cm)
VIGA ENGASTADA (cm)
c Comprimento 0,0465
l Largura Variável
e Espessura 0,0023
Fonte: autoria própria
A viga sob estudo está fixada no sistema de modo que sua retirada é
impossível. Sendo assim, para se determinar sua massa, que é variável de acordo
com o comprimento, é necessário utilizar os dados de uma amostra semelhante ao da
viga, feito de mesmo material, porém em proporções de dimensão diferentes. Os
dados dessa amostra estão apresentados na tabela 8, e seu croqui está representado
na figura 14.
C0 Comprimento 0,4280 m
L0 Largura 0,2550 m
E0 Espessura 0,0023 m
m∗g
k=
δst
Equação 18 - Coeficiente de rigidez dos neutralizadores
Onde:
k = coeficiente de rigidez [N/m];
m = massa do neutralizador [kg];
g = aceleração da gravidade [9,81 m/s²];
δst = deflexão estática do neutralizador [m].
k1 + k2
km =
2
Equação 19 - Coeficiente médio de rigidez dos neutralizadores
27
kmédio
wn = 2 ∗ √ m
2
Equação 20 - Frequência natural do neutralizador
Onde:
wn = frequência natural do neutralizador [rad/s];
kmédio = coeficiente de rigidez médio do neutralizador [N/m];
m = massa do neutralizador [kg].
28
NEUTRALIZADOR Wn (rad/s)
A1 236,22
A2 255,83
A3 221,82
A4 91,01
B1 40,33
B2 44,47
B3 41,00
C1 86,36
C2 83,41
C3 81,06
D1 33,58
Fonte: autoria própria
COMPRIMENTO DA VIGA
K1 (N/m) K2 (N/m) Km (N/m)
ENGASTADA (cm)
𝑘𝑚 ∗ 𝑙³
𝐸=
3∗𝐼
Equação 21 - Módulo de elasticidade da viga engastada
Onde:
E = Módulo de elasticidade do material [GPa];
L = comprimento da viga engastada [m];
I = momento de inércia da seção transversal da viga [m4].
𝑏 ∗ ℎ³
𝐼=
12
Equação 22 - Momento de inércia da viga
Onde:
b = medida do comprimento da viga, equivalente a “c” [m];
30
Tabela 12 - Cálculo dos módulos de elasticidade para cada comprimento de viga adotado
15 2254,66 53,79
22 1113,43 83,82
23 1221,99 105,11
4,71x10-11
24 1069,54 104,53
32 504,13 116,79
36 409,95 133,57
gráfico da figura 16. Essa curva foi obtida através da utilização do software Microsoft
Excel.
Para testar e validar o método adotado nesse procedimento, que faz uso de
um módulo de elasticidade médio para a viga, calculou-se um coeficiente de rigidez
teórico (kteórico) para cada um dos comprimentos de viga engastada anteriormente
adotados com a utilização da equação 21, isolando o termo da rigidez. Utilizou-se o
valor do módulo de elasticidade médio calculado para a obtenção desses valores. Os
valores obtidos e o gráfico que demonstra a linha de tendência do comportamento da
rigidez teórica da viga estão apresentados na tabela 13 e figura 17, respectivamente.
32
Tabela 13 - Valores dos coeficientes de rigidez teóricos para cada comprimento adotado
15 4174,40
22 1323,12
23 1157,93
99,61
24 1019,14
32 429,95
36 301,96
Fonte: autoria própria
k
ωSMV = ωneutralizador = √
meq
Equação 23
Onde:
ωSMV = frequência de excitação do SMV [rad/s];
ωneutralizador = frequência natural do neutralizador [rad/s];
k = coeficiente de rigidez da viga em balanço do SMV [N/m];
meq = massa equivalente do SMV [kg].
Onde:
meq = massa equivalente do SMV [kg];
mmotor = massa do conjunto do motor, localizado na extremidade da viga
engastada [kg];
mb = massa da viga engastada [kg].
considerando que elas são iguais tanto para amostra quanto para a viga sob estudo,
tem-se que:
ρviga = ρamostra
Equação 25 - Igualdade de densidades
Onde:
ρviga = densidade da viga engastada sob estudo [kg/m³];
ρamostra = densidade da amostra disponível do material da viga [kg/m³];
Vviga = volume da viga engastada sob estudo [m³];
Vamostra = volume da amostra disponível do material da viga [m³];
mamostra = massa a amostra [kg].
mb = 0,757l
Equação 27 - Massa da porção em balanço da viga engasta simplificada
3EI
ωneutralizador =√ l3
mmotor + 0.23mb
Equação 28
3EI
ωneutralizador = √ 3
l (0,18586 + 0,17411l)
Equação 29
Ou ainda:
3EI
0,17411l4 + 0,18586l3 =
ω2neutralizador
Equação 30 - Relação final do modelo matemático adotado
4 RESULTADOS E CONCLUSÕES
ax 4 + bx 3 + cx 2 + dx + e = 0 ; com a ≠ 0
Equação 31
Rearranjando a equação 30 em relação aos coeficientes “a”, “b”, “c”, “d” e “e”
da função quadrática apresentada anteriormente, e calculando os comprimentos que
a viga engastada deve possuir para atender cada um dos neutralizadores, temos os
resultados apresentados na tabela 14.
Tabela 14 - Cálculo dos comprimentos ideais da viga engastada para cada um dos
neutralizadores
Wn A B E COMPRIMENTO
NEUTRALIZADOR (Wn)²
(rad/s) (x10-4) (x10-4) (x10-4) IDEAL (m)
15 140,33
20 89,33
30 46,81
Fonte: autoria própria
15 140,33 142,68
20 89,33 90,51
30 46,81 47,23
Fonte: autoria própria
Onde:
l = comprimento da viga em balanço engastada do sistema primário [m].
Substituindo o valor de l por 24 cm, valor que foi adotado nas considerações
iniciais, obtém-se que a frequência natural do neutralizador deverá ser 63,53 rad/s.
Conferindo com o resultado obtido por meio da equação 29, verifica-se que o valor
encontrado de frequência natural do neutralizador da equação 32 é coerente, pois é
próximo do valor teórico de 66,91 rad/s.
De acordo com a equação 8, é possível deixar o valor do coeficiente de rigidez
do neutralizador em função de seu comprimento, como pode ser visto na equação 33.
k = wn2 ∗ c ∗ e ∗ ln ∗ ρ
Equação 33
Onde:
ρ = massa específica do aço 1020 [7870 kg/m³];
ln = largura do neutralizador projetado [m].
3∗E∗I
ln 4 = 2
w
( 2n ) ∗ c ∗ e ∗ ρ
Equação 34 - Largura do neutralizador projetado
NEUTRALIZADOR PROJETADO
Espessura 2 mm
Comprimento 50 mm
Largura 305 mm
Massa 240 g
REFERÊNCIAS
RAO, S, S. Vibrações mecânicas. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.