1 - RELÉS DE PROTEÇÃO
Outras normas definem o relé de proteção como um dispositivo cuja função é detectar
falhas nas linhas ou equipamentos, perceber perigosas ou indesejáveis condições do
sistema e iniciar convenientes manobras de chaveamento ou dar aviso adequado.
4- Freqüência;
5 - Pressão;
6 - Temperatura;
7 - Etc.
d) Quanto à função:
1 - Sobre e subcorrente;
2 - Tensão ou potência;
3 - Direcional de corrente ou potência;
4 - Diferencial;
5- Distância;
6 - Etc.
i) Quanto à aplicação:
1 - Máquinas rotativas (motores,geradores);
2 - Máquinas estáticas (transformadores);
3 - Linhas aéreas ou subterrâneas;
4 - Aparelhos em geral.
Por motivos de projeto, o valor I deve ser limitado e assim, sempre que se exceder um
valor prefixado a Ia (denominado, corrente de atuação, de pickup, de acionamento ou de
operação do relé), o circuito deve ser interrompido, por exemplo, pelo fornecimento de
um impulso de operação (Iop) enviado à bobina do disparador do disjuntor, ou pelo
menos, ser assinalada aquela ultrapassagem por um alarme (lâmpada, buzina).
Fe ≅ KI²
Por outro lado, temos a força da mola (Fm) opondo-se ao deslocamento da armadura.
No relé há:
-Órgãos motores (bobina);
-Órgãos antagonistas (mola, gravidade);
-Órgãos auxiliares (contatos, amortecedores) do que resulta, no releamento, a presença
de:
Graficamente, uma função I(t) pode mostrar o funcionamento do relé (Figura 2).
a) Altas correntes e quedas de tensões. No entanto ambas não são exclusivas do defeito;
É baseado nessas indicações que serão indicados o relé aplicável a cada caso, na prática.
sistemas digitais estima-se uma vida útil média de 10 anos, enquanto que os sistemas
eletromecânicos têm uma vida útil média verificada de 30 anos. Para tal, investimentos
maciços vêm sendo realizados para o aperfeiçoamento destes sistemas, de modo que
hoje a tecnologia digital já conquistou definitivamente o seu espaço nos SEPs e é
aplicada em larga escala.
A aplicação desta tecnologia, porém, é muitas vezes tratada como um elemento a parte
do sistema de potência em si, uma vez que todo o seu potencial, não apenas como
sistema de proteção mas também como ferramenta para análise de energia, não é
aproveitado adequadamente para prover todos os benefícios possíveis a um sistema
elétrico.
Dentre as novas características de projeto da proteção digital, podem ser citadas para os
sistemas industriais as seguintes:
AT
MT
2 0,7
0,4
BT MT AT
Icc(kA)
1.7 - INSTALAÇÕES
As instalações de SEP’s também foram bastante beneficiadas, principalmente pela
menor dimensão dos equipamentos de proteção e pelo surgimento dos relés
multifunção. Na Figura 4 é mostrado um exemplo de um painel de proteção e excitação
típico de geradores industriais para exemplificar esta mudança.
Além disso, recentemente tem-se discutido muito a aplicação de relés digitais na análise
de qualidade de energia do sistema elétrico. Em resumo, apesar dos relés digitais
possuírem filtros para o tratamento dos sinais e para a sua utilização nos algoritmos de
Aqui, mais do que nos outros itens, é exigida das equipes envolvidas uma qualificação
superior abrangendo noções de sistemas de potência, de parametrização de relés, de
operação de software dedicado e de redes de computadores.
1.9- CONCLUSÕES
Relés de proteção digitais trazem benefícios significativos em todos os aspectos dos
sistemas de potência. Porém eles requerem maior sofisticação das instalações e
O uso de relés eletromecânicos não foi abandonado por eles não atenderem aos
requisitos de proteção dos sistemas elétricos de potência, mas apenas pela
disponibilidade de equipamentos mais sofisticados no mercado. E afinal, em termos de
funções de proteção propriamente ditas, os relés digitais não fazem outra coisa senão
tentar reproduzir o funcionamento dos eletromecânicos utilizando-se de algoritmos
matemáticos. Hoje existem funções e facilidades adicionais com a vantagem de prover o
comando e monitoramento do sistema elétrico, desde que exista a infra-estrutura
necessária para isso.
2 – SELETIVIDADE
O arranjo dos grupos de cabos isolados e os meios de fixa-los e protege-los contra danos
mecânicos, levando em conta considerações estéticas constitui a realização prática de
uma instalação elétrica.
A seletividade será obtida por uma discriminação entre estes dispositivos de proteção de
modo que, em caso de falta, seja desligado o menor número possível de cargas.
A divisão dos circuitos pode ser feita em várias categorias cada uma delas requerendo
um circuito individual ou grupo de circuitos e, em alguns casos, determinados tipos de
cabos (por exemplo: para circuitos de alarme contra incêndio ou de proteção).
Em geral são os seguintes os grupos utilizados:
Circuitos de tomadas;
A propriedade de escolher entre dois dispositivos de proteção quem vai ser desligado é
denominada discriminação, a qual vai garantir a seletividade.
Para as faltas próximas a B poderão abrir os dois disjuntores. Como as maiorias das
faltas estaticamente ocorrem ao longo dos condutores, para a maioria dos defeitos
haverá discriminação e, portanto seletividade (Figura 6).
Este método é implementado pelo ajuste das unidades de disparo retardado de modo que
os relés a jusante tenham tempos de operação mais curtos progressivamente em relação
aqueles em direção a fonte. Nos arranjos em dois níveis mostrados na Figura 7 o
disjuntor A é retardado suficientemente para assegurar uma discriminação absoluta com
B (por exemplo: Masterpact eletrônico).
A pressão do ar aquecido depende da energia do arco, como será descrito mais adiante.
Para uma falta à jusante de B, o nível da corrente de pico limitada irá operar (se
devidamente ajustado) a unidade de disparo magnético de B, mas será insuficiente para
causar o disparo do disjuntor A (Figura 11).
Exemplo:
Disjuntor A: Compact NS250N contendo uma unidade de disparo que inclui um SD.
Ir=250 A, disparo magnético ajustado em 2.000 A ; disjuntor B: Compact NS 100N,
Ir=100 A.
Dois disjuntores A e B em série (i.e., sendo atravessados pela mesma corrente) são
discriminativos se o período de interrupção do disjuntor B a jusante for menor que o
tempo de não disparo do disjuntor A.
Estes disjuntores podem ser equipados com temporizadores ajustáveis, o que permite
seleção em quatro degraus tais como (Figura 13):
Este sinal causa o atraso da unidade de disparo de A, e com isso assegurando uma
proteção de retaguarda no evento de B falhar na interrupção da falta, e assim por
diante...(Figura 14).
Desta forma, precisamos que todos os relés em cascata possam ter suas unidades de
proteção de sobrecorrente instantâneas habilitadas, sem que isso signifique perda de
seletividade na atuação e eliminação da falta em um determinado circuito. O resultado é
a diminuição do tempo de coordenação entre os relés e do tempo de eliminação da falta.
Deve ser utilizado um relé auxiliar multiplicador de contatos, sempre que o contato de
saída de seletividade lógica de um determinado relé deva ser conectado a mais do que
um relé a montante. Da mesma forma, deve ser utilizado um relé auxiliar concentrador
de contatos, sempre que contatos de saída de seletividade lógica proveniente de mais
que um relé devam ser conectados a um mesmo relé a montante. Tais relés auxiliares,
Uma regra geral para a seletividade fusível AT/disjuntor BT, adotada em alguns países,
é baseada nos limites de tolerância normalizados pelos fabricantes , é ilustrado na
Figura 21:
A seletividade pode ser conseguida juntamente com disparos rápidos para faltas no
transformador usando métodos apropriados.