GRUPO I
PARTE A
TEXTO A
1
TEXTO B
Transbordou.
Mal sei como conduzir-me na vida
Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!
10 Se ao menos endoidecesse deveras! Responde, de forma completa e
Mas não: é este estar entre, estruturada, às questões que se seguem:
Este quase,
Este poder ser que..., 1. Explicita, recorrendo a
Isto. expressões textuais, as razões que
justificam o desejo de o eu
15 Um internado num manicómio é, ao menos, alguém, endoidecer deveras.
Eu sou um internado num manicómio sem manicómio.
Estou doido a frio, 2. Demonstra a indefinição do
Estou lúcido e louco, estado de alma do sujeito poético.
Estou alheio a tudo e igual a todos:
20 Estou dormindo desperto com sonhos que são loucura 3. Comenta a expressividade das
Porque não são sonhos interrogações da quarta estrofe.
Estou assim...
4. Justifica a ânsia de o sujeito
Pobre velha casa da minha infância perdida! poético ter uma religião qualquer.
Quem te diria que eu me desacolhesse tanto!
25 Que é do teu menino? Está maluco.
Que é de quem dormia sossegado sob o teu tecto provinciano?
Está maluco.
Quem de quem fui? Está maluco.
Hoje é quem eu sou.
16-6-1934
Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993).
- 54.
2
PARTE B
1. Seleciona uma das opções:
A) Elabora um texto expositivo bem estruturado, de oitenta a cento e trinta palavras, sobre força inelutável do
Destino na poesia de Ricardo Reis.
B) Redige um texto de opinião bem estruturado, de oitenta a cento e trinta palavras, sobre a fase de Álvaro de
Campos que mais gostaste de estudar, justificando convenientemente essa preferência.
C) Recorrendo à tua experiência de leitura dos textos pessoanos, comenta a temática da dor de pensar em
Fernando Pessoa, ortónimo e heterónimos, num texto expositivo bem estruturado, de oitenta a cento e trinta
palavras.
GRUPO II
1. Para responderes a cada um dos itens 1.1. a 1.4., seleciona a única opção que permite obter uma afirmação
adequada ao sentido do texto A do Grupo I:
1.3. No discurso indireto, a forma verbal “está” (v. 16) passa a ser conjugada
a) no presente do conjuntivo.
b) no pretérito imperfeito do indicativo.
c) no mais-que-perfeito do indicativo.
d) no modos conjuntivo.
1.4. O pronome pessoal “me”, que surge repetido nos versos 7 (“Aqueço-me”) e13 (“Me fala”),
a) desempenha a mesma função sintática nos dois contextos, isto é, de complemento direto.
b) desempenha a mesma função sintática nos dois contextos, isto é, de complemento indireto.
c) trata-se de um complemento indireto no primeiro caso e direto no segundo.
d) trata-se de um complemento direto no primeiro caso e indireto no segundo.
2. Faz corresponder a cada segmento textual da coluna A um único segmento textual da coluna B, de modo a
obteres uma afirmação adequada ao sentido do Texto B. Utiliza cada letra e cada número apenas uma vez.
A B
(1) o enunciador introduz um modificador
frásico.
a. Com o recurso ao adjetivo “velha” (v. 1) (2) o enunciador introduz um modificador
b. Com a palavra “deveras” (v. 10), apositivo do nome.
c. Com a utilização da palavra “maluco” (v. (3) o enunciador introduz um modificador
27), restritivo do nome.
(4) o enunciador introduz um predicativo do
sujeito.
(5) o enunciador introduz um modificador do
grupo verbal.
3
3. Responde, de forma correta, aos itens apresentados.
3.1. Como classificas, quanto à sua subclasse, a forma verbal “Transbordou” (v. 7, Texto B).
3.2.Coloca o seguinte enunciado no discurso indireto, fazendo as transformações necessárias: "Mal sei como
conduzir-me na vida/ Com este mal-estar a fazer-me pregas na alma!” (vv. 8-9, Texto B).
3.3.Identifica a função sintática do enunciado “coração de vidro pintado” (v. 38, Texto B).
GRUPO III
Num texto bem estruturado, com o mínimo de cento e oitenta e um máximo de duzentas e quarenta
palavras, apresenta a tua perspetiva sobre a(s) forma(s) de alcançar a felicidade.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles
com, pelo menos, um exemplo significativo.
B) As cartas e as fotografias são importantes documentos para a preservação das memórias e dos laços afetivos,
quer pessoais quer institucionais, isto é, não só das pessoas, mas também a nível mais abrangente, das
instituições ou, mesmo, dos países.
Num texto bem estruturado, com um mínimo de cento e oitenta e um máximo de duzentas e quarenta
palavras, apresenta uma reflexão sobre o papel das viagens no percurso vital do ser humano.
Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles
com, pelo menos, um exemplo significativo.
BOM TRABALHO!
A DOCENTE:
COTAÇÕES:
4
Teste de avaliação de 12º ano- Alberto Caeiro (Fernando Pessoa ortónimo e heterónimos)
GRUPO I
TEXTO A(Questões -e proposta de correção- 1 a 4 retiradas do manual Entre Margens, 12º ano, Porto Editora)
1. .................................................................................................................................................... 20 pontos
Aspetos de conteúdo (C) ................................................................................................................. 12 pontos
3 Caracteriza, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, , ilustrando com passagens 9
do texto, a paisagem em que o sujeito poético se insere.
2 Caracteriza, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões,, ilustrando com passagens 6
do texto, a paisagem em que o sujeito poético se insere.
OU
Caracteriza, de modo incompleto ou com imprecisões, , ilustrando com passagens do texto, a paisagem em
que o sujeito poético se insere.
1 Caracteriza, de modo incompleto e com imprecisões, , a paisagem em que o sujeito poético se insere. 3
Cenário de resposta:
Trata-se de uma paisagem de inverno, onde o dia é claro (“A palidez do dia”, v. 1), a luz, brilhante (“levemente dourada”, v. 1) e a vegetação,
despida de folhagem (“troncos de ramos secos”, v. 3); é um dia frio porque “O sol de inverno” brilha (“faz luzir”, v. 2), mas não aquece (“O
frio leve treme”, v. 4).
2. .................................................................................................................................................... 20 pontos
• Aspetos de conteúdo (C) ........................................................................................................... 12 pontos
4 Explica, adequadamente, de que forma o sujeito poético procura reconfortar-se da sensação de desterro. 12
3 Explica, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, de que forma o sujeito poético 9
procura reconfortar-se da sensação de desterro.
2 Explica, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, de que forma o sujeito poético 6
procura reconfortar-se da sensação de desterro.
OU
Explica, de modo incompleto ou com imprecisões, de que forma o sujeito poético procura reconfortar-se
da sensação de desterro.
1 Explica, de modo incompleto e com imprecisões, de que forma o sujeito poético procura reconfortar-se da 3
sensação de desterro.
Cenário de resposta:
Para se “consolar” da sensação de desterro, o sujeito poético acolhe-se à imagem tranquilizadora da Grécia Antiga tornado presente um
passado habitado por deuses e filósofos.
3. .................................................................................................................................................... 20 pontos
• Aspetos de conteúdo (C) ..................................................................................... 12 pontos
3 Comenta, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, a expressividade das 9
interrogações da quarta estrofe.
5
2 Comenta, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, a expressividade das 6
interrogações da quarta estrofe.
OU
Comenta, de modo incompleto ou com imprecisões, a expressividade das interrogações da quarta estrofe.
1 Comenta, de modo incompleto e com imprecisões, a expressividade das interrogações da quarta estrofe. 3
• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ......................... 8 pontos
Estruturação do discurso (E) ............................................................ 4 pontos
Correção linguística* (CL)3................................................................ 4 pontos
Cenário de resposta:
O sujeito poético prefere Epicuro a Aristóteles, pois é aquele que “melhor” (v. 12) lhe “fala” (v. 13), já que nele admira o seu estar “Sereno”
(v.15) e a sua capacidade de ir “vendo a vida / À distância a que está” (vv. 15-16). É aquele com quem o sujeito poético se identifica no seu
epicurismo que valoriza a vivência calma e distanciada do presente.
4. .................................................................................................................................................................................. 20 pontos
• Aspetos de conteúdo (C) ......................................................................................................................................... 12 pontos
3 Justifica, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, a ânsia de o sujeito poético ter 9
uma religião qualquer.
2 Justifica, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, a ânsia de o sujeito poético ter 6
uma religião qualquer.
OU
Justifica, de modo incompleto ou com imprecisões, a ânsia de o sujeito poético ter uma religião qualquer.
1 Justifica, de modo incompleto e com imprecisões , a ânsia de o sujeito poético ter uma religião qualquer. 3
Cenário de resposta:
O sujeito poético refugia-se no pensamento pagão para superar a privação da “pátria antiquíssima” (v. 5), “consolado só por pensar nos
deuses” (v. 6). É conhecedor e admirador da cultura da Grécia Antiga, salientando lugares sagrados e emblemáticos de Atenas (o Partenon e
a Acrópole) e filósofos como Aristóteles e Epicuro.
3 Explicita, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, recorrendo a expressões 9
textuais, as razões que justificam o desejo de o eu endoidecer deveras.
2 Explicita, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, recorrendo a expressões 6
textuais, as razões que justificam o desejo de o eu endoidecer deveras.
OU
Explicita, de modo incompleto ou com imprecisões, recorrendo a expressões textuais, as razões que
justificam o desejo de o eu endoidecer deveras.
1 Explicita, de modo incompleto e com imprecisões, as razões que justificam o desejo de o eu endoidecer 3
deveras.
Cenário de resposta:
O desejo de o sujeito poético endoidecer deveras prende-se com o seu estado de alma: uma angústia que, nas suas palavras, o domina há
muito (“Esta velha angústia”, v. 1) e que o atormenta, que o invade como se lhe “amachucasse” a alma (“a fazer-me pregas na lama”, v. 9) e
6
que quase o impede de viver (“mal sei como conduzir-me na vida”, v. 8). Esta angústia enraíza-se, ainda, na consciência da loucura (“lúcido e
louco”, v. 18).
2. .................................................................................................................................................... 20 pontos
• Aspetos de conteúdo (C) ........................................................................................................... 12 pontos
3 Demonstra, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, a indefinição do estado de 9
alma do sujeito poético.
2 Demonstra, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, a indefinição do estado de 6
alma do sujeito poético.
OU
Demonstra, de modo incompleto ou com imprecisões, a indefinição do estado de alma do sujeito poético.
1 Demonstra, de modo incompleto e com imprecisões, a indefinição do estado de alma do sujeito poético. 3
Cenário de resposta:
A indefinição de sentimentos do eu lírico é visível na segunda estrofe e pode-se comprovar através das hesitações expressas nas frases
inacabadas (“é este estar entre,/ Este quase,/ Este poder ser que…”, vv. 12-14), nas repetições do anafórico “este e no “isto”, revelando a
dúvida, a impaciência, mas também a impossibilidade de nomear o que sente ou lhe vai na alma. Esta indefinição pode, ainda, ser comprovada
nos oximoros, da terceira estrofe (“lúcido e louco”, v. 18; “alheio a tudo e igual a todos”, v. 19), ou no conclusivo “estou assim…” (v. 22),
revelador da dolência do sujeito poético.
3. .................................................................................................................................................... 20 pontos
• Aspetos de conteúdo (C) ..................................................................................... 12 pontos
3 Comenta, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, a expressividade das 9
interrogações da quarta estrofe.
2 Comenta, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, a expressividade das 6
interrogações da quarta estrofe.
OU
Comenta, de modo incompleto ou com imprecisões, a expressividade das interrogações da quarta estrofe.
1 Comenta, de modo incompleto e com imprecisões, a expressividade das interrogações da quarta estrofe. 3
• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ......................... 8 pontos
Estruturação do discurso (E) ............................................................ 4 pontos
Correção linguística* (CL)3................................................................ 4 pontos
Cenário de resposta:
As interrogações da quarta estrofe pretendem estabelecer uma oposição entre o passado e o presente. O “eu”, dirigindo-se à “velha casa” (v.
23) da sua infância, opõe a alegria e a felicidade do passado, condensadas no adjetivo “provinciano” (v. 26), ao desassossego e à loucura do
adulto em que se tornou. Revelam ainda que, apesar de um certo desconhecimento de si próprio, tem consciência das diferenças entre o ser
que é e o ser que foi outrora.
4. .................................................................................................................................................................................. 20 pontos
• Aspetos de conteúdo (C) ......................................................................................................................................... 12 pontos
3 Justifica, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, a ânsia de o sujeito poético ter 9
uma religião qualquer.
2 Justifica, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, a ânsia de o sujeito poético ter 6
uma religião qualquer.
7
OU
Justifica, de modo incompleto ou com imprecisões, a ânsia de o sujeito poético ter uma religião qualquer.
1 Justifica, de modo incompleto e com imprecisões, a ânsia de o sujeito poético ter uma religião qualquer. 3
Cenário de resposta:
Essa ânsia do sujeito poético é a única esperança para a dor e o desespero que o angustiam e que inundam e destroem o seu fragilizado
coração (“Estala, coração de vidro pintado”, v. 38). A consciência que tem de si leva-o a desejar a crença numa força qualquer que lhe pudesse
atenuar o sofrimento, ainda que fosse um “manipanso” (v. 30) qualquer.
4 Elabora, adequadamente, um texto expositivo sobre a força inelutável do Destino na poesia de Ricardo Reis. 12
3 Elabora, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, um texto expositivo sobre a 9
força inelutável do Destino na poesia de Ricardo Reis.
2 Elabora, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, um texto expositivo sobre a força 6
inelutável do Destino na poesia de Ricardo Reis.
OU
Elabora, de modo incompleto ou com imprecisões, um texto expositivo sobre a força inelutável do Destino
na poesia de Ricardo Reis.
1 Elabora, de modo incompleto e com imprecisões, um texto expositivo sobre a força inelutável do Destino 3
na poesia de Ricardo Reis.
• Aspetos de estruturação do discurso e correção linguística (F) ......................... 8 pontos
Estruturação do discurso (E) ............................................................ 4 pontos
Correção linguística* (CL)5................................................................ 4 pontos
Cenário de resposta:
Sendo um classicista, Ricardo Reis acredita na força inelutável do Destino.
Na poesia deste heterónimo pessoano, é comum a referência ao Destino, esse tirano que domina tudo e todos, inclusivamente os deuses.
Ninguém consegue fugir ao seu domínio, pelo que o que resta é aceitá-lo com resignação e esperar calmamente que a morte chega.
Para concluir, Reis é um epicurista triste, que pratica um “carpe diem” relativo pois não consegue esquecer que o Fatum o espreita e lhe tolda
até os seus mais íntimos desejos, controlando homens e deuses a seu bel-prazer. (92 palavras)
B
Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação
4 Redige, adequadamente, um texto de opinião bem estruturado sobre a fase de Álvaro de Campos que mais 12
gostou de estudar, justificando convenientemente essa preferência.
3 Redige, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, um texto de opinião bem 9
estruturado sobre a fase de Álvaro de Campos que mais gostou de estudar, justificando convenientemente
essa preferência.
2 Redige, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, um texto de opinião bem 6
estruturado sobre a fase de Álvaro de Campos que mais gostou de estudar, justificando convenientemente
essa preferência.
OU
Redige, de modo incompleto ou com imprecisões, um texto de opinião bem estruturado sobre a fase de
Álvaro de Campos que mais gostou de estudar, justificando convenientemente essa preferência.
1 Redige, de modo incompleto e com imprecisões, um texto de opinião bem estruturado sobre a fase de 3
Álvaro de Campos que mais gostou de estudar, justificando convenientemente essa preferência.
Cenário de resposta:
Dada a natureza desta questão, não será feita uma proposta de resposta.
C
Níveis Descritores do nível de desempenho Pontuação
4 Apresenta, adequadamente, o tema do fluir do tempo e a ideia da morte nos heterónimos Alberto Caeiro, 12
Álvaro de Campos e Ricardo Reis, assim como no ortónimo, num texto expositivo bem estruturado.
8
3 Apresenta, de modo não totalmente completo ou com pequenas imprecisões, o tema do fluir do tempo e a 9
ideia da morte nos heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, assim como no
ortónimo, num texto expositivo bem estruturado.
2 Apresenta, de modo não totalmente completo e com pequenas imprecisões, o tema do fluir do tempo e a 6
ideia da morte nos heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, assim como no
ortónimo, num texto expositivo bem estruturado.
OU
Apresenta, de modo incompleto ou com imprecisões, o tema do fluir do tempo e a ideia da morte nos
heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, assim como no ortónimo, num texto
expositivo bem estruturado.
1 Apresenta, de modo incompleto e com imprecisões, o tema do fluir do tempo e a ideia da morte nos 3
heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, assim como no ortónimo, num texto
expositivo bem estruturado.
Cenário de resposta:
A dor de pensar é uma das temáticas mais presentes na poesia de Pessoa, não apenas do ortónimo, mas também dos três principais
heterónimos.
Alberto Caeiro é feliz porque vive das sensações e a sua felicidade infantil apenas fica afetada quando o pensamento o invade
momentaneamente, já que têm consciência que é um ser racional. No extremo oposto, Álvaro de Campos, como sente de maneira excessiva,
sofre também excessivamente com essa lucidez, aproximando-se do ortónimo. Também Ricardo Reis sente essa dor de pensar que caracteriza
Pessoa, pela consciência da força do Destino e da proximidade da morte, mesmo procurando a ataraxia e mostrando-se insensível aos males
do mundo.
Em suma, a temática da dor de pensar percorre a obra de Fernando Pessoa ortónimo e heterónimos. (125 palavras)
GRUPO III
Cenário de resposta
Dada a natureza deste item, não é apresentado cenário de resposta.