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“Fedra” de Jean Racine

Trata-se de uma tragédia (psicológica) sobre um tema colhido em Eurípedes, (tragediógrafo


grego, conjuntamente com Ésquilo e Sófocles) sobre a paixão pecaminosa de Fedra, (casada
com Teseu), pelo seu enteado Hipólito, (filho daquele), maltratado sempre por Fedra, como
forma capciosa e virtuosa de ocultação do seu sentimento de amor por ele.

Tragédia em 5 actos, com as seguintes personagens:

Teseu, filho de Egeu, rei de Atenas.

Fedra, mulher de Teseu, filha de Minos e de Pasiphaé, irmã de Ariana, abandonada por Teseu
depois de lhe ter dado o fio condutor que o libertou do labirinto de Creta, após ter morto o
Minotauro).

Hipólito, filho de Teseu e de Antíope, rainha das Amazonas.

Aricia, princesa do sangue real de Atenas, amada por Hipólito.

Enone, ama e confidente de Fedra.

Teramène, aio de Hipólito.

Isménia, confidente de Aricia.

Panope, mulher do séquito de Fedra.

Guardas.

A cena passa-se em Trezena, cidade do Peloponeso.

Acto I:

Cena I: Hipólito e Teramène dialogam sobre a decisão de Hipólito de partir em busca do pai, há
muito em aventuras pelo mundo. Hipólito dispõe-se a despedir-se de Fedra, apesar da
severidade desta para com ele.

Cena II: Enone conta que a rainha Fedra tem um desgosto íntimo que a vai destruindo. Hipólito
decide não se despedir de Fedra.
Cena III: Diálogo de Fedra e Enone, sobre o sofrimento daquela, e o seu desejo de renunciar à
vida, silenciando o motivo, inicialmente - paixão por Hipólito - mas denunciando-o por fim:

………..

“Fedra: Céus! Que lhe direi eu, e por onde começar?

Enone: Com esses vãos receios, deixai de me ofender.

Fedra: Ó ódio de Vénus! Ó cólera fatal!

Que lançaste a minha mãe em tal desvario de amor! (*)

* (Vénus inspirou a Pasiphaé um amor insensato por um touro branco de quem esta teve o
Minotauro).

Enone: Esqueçamo-lo, Senhora; e que para sempre

Um eterno silêncio esconda essa lembrança.

Fedra: Ariane, minha irmã, de quanto amor ferido

Vós morrestes nas margens onde abandonada fostes! (*)

* (Na ilha de Naxos, por Teseu)

Enone: Que fazeis, Senhora? E que dor mortal

Vos anima hoje contra a vossa família?

Fedra: Visto que Vénus o manda, deste sangue deplorável

Sou a última a morrer e a mais miserável.

Enone: Amais alguém?

Fedra: Do amor tenho todo o furor.

Enone: Por quem?

Fedra: Tu vais ouvir o cúmulo do horror.

Amo… Eu tremo, eu estremeço a este nome fatal.

Amo…

Enone: Quem?

Fedra: Conheces esse filho da Amazona,

Esse príncipe tanto tempo por mim rejeitado?

Enone: Hipólito? Deuses grandes!


Fedra: Tu o disseste.

Enone: Justo céu! Todo o meu sangue gela nas minhas veias.

Ó desespero! Ó crime! Ó raça deplorável!.....

Fedra: O meu mal vem de mais longe. Apenas ao filho de Egeu

Sob as leis do himeneu eu me ligara,

A minha felicidade parecia que se firmara;

Atenas mostrou-me o meu soberbo inimigo.

Vi-o, corei, empalideci à vista dele

Na minha alma perdida, uma perturbação se ergueu;

Os meus olhos não viam, eu não podia falar;

Senti todo o meu corpo tremer e arder….

A minha mão sobre os altares em vão queimava incenso:

Quando a minha boca implorava o nome da Deusa (Vénus)

Era Hipólito que eu adorava…..

Em todo o lugar eu o evitava. Ó cúmulo da miséria!

Os meus olhos nos traços de seu pai o encontravam.

Contra mim própria ousei revoltar-me;

Forcei o meu coração a persegui-lo.

Para banir o inimigo que eu idolatrava

De uma injusta madrasta a severidade afectei …..

Cena IV: Panone vem informar que Teseu morreu.

Cena V: Enone convence Fedra sobre a legitimidade actual dos seus amores, com a morte de
Teseu.

Acto II:

Cena I: Diálogo entre Aricia e Ismena sobre a morte de Teseu e a perspectiva do amor de
Hipólito por Aricia.
Cena II: Hipólito confirma o seu amor por Aricia, em inflamada declaração, oferecendo-lhe a
liberdade, considerando-a tão possível herdeira do trono, quanto ele próprio e o filho de
Fedra.

Cena III: Teramène informa que Fedra procura Hipólito.

Cena IV: Hipólito pressiona Teramène para a partida, que o liberte de um diálogo importuno.

Cena V: Fedra pede a protecção de Hipólito para o seu próprio filho e pouco a pouco revela-lhe
os motivos da sua aspereza para com ele, que escondia uma imensa paixão:

“….Hipólito: “Vejo do vosso amor o efeito prodigioso.

Por muito morto que esteja, Teseu vive nos vossos olhos;

Sempre do amor por ele a vossa alma está abrasada.”

Fedra: Sim, Príncipe, eu ardo por Teseu

Amo-o, não como o viram os infernos….

Mas jovem, encantador, arrastando atrás de si todos os corações,

Tal como eu vos vejo a vós.

Ele tinha o vosso porte, os vossos olhos, a vossa fala

Esse nobre pudor coloria o seu rosto….”

Cena VI: Teramène informa Hipólito que o filho de Fedra foi escolhido para rei de Atenas e
conta-lhe sobre o boato que dá conta que o seu pai está vivo.

Acto III:

Cena I: O remorso de se ter declarado a um indiferente Hipólito, a vergonha e o medo, no


diálogo entre Fedra e Enone.

Cena II: Fedra dirige-se a Vénus, horrorizada consigo própria, raivosa contra o indiferente
Hipólito.

Cena III: Diálogo entre Fedra e Enone, que avisa Fedra do regresso de Teseu. Fedra decide
morrer – de vergonha, de receio de que Hipólito conte ao pai dos seus amores desonrosos:

«… Fedra: O meu esposo está vivo, Enone, isso me basta.

Eu fiz a indigna confissão dum amor que o ultraja;

Ele vive: nada mais quero saber.


Enone: O quê?

Fedra: Eu tinha-te dito; mas não quiseste ouvir.

Sobre os meus justos remorsos as tuas lágrimas foram prevalecer.

Esta manhã eu morria digna de ser chorada;

Segui os teus conselhos, morro desonrada.»

Cena IV: Teseu dirige-se efusivamente para Fedra, mas é repelido por esta.

Cena V: Desgosto e estranheza de Teseu, Hipólito decide partir, sem acusar Fedra, Teseu
procura Fedra, para saber a verdade.

Cena VI: Hipólito confidencia a Teramène todos os seus receios, mas considerando-se
inocente, vai procurar convencer o pai do seu amor por ele.

Acto IV:

Cena I: Enganado por Enone que falseou a verdade, atribuindo a Hipólito o amor por Fedra,
Teseu ruge ameaças contra seu filho.

Cena II: Hipólito indigna-se contra as acusações do pai e informa-o do seu amor por Aricia.

…«Hipólito: Vós falais-me sempre de incesto e de adultério?

Eu calo-me. Todavia, Fedra sai de uma mãe,

Fedra é dum sangue, Senhor, bem o sabeis,

De todos esses horrores mais cheio do que o meu.

Teseu: O quê? A tua raiva aos meus olhos perde toda a contenção?

Pela última vez, sai da minha vista:

Sai, traidor. Não esperes que um pai furioso

Te faça arrancar com opróbio a estes lugares.»

Cena III: Raiva e desgosto de Teseu contra seu filho que ele sabe que vai morrer, às mãos de
Neptuno.

Cena IV: Fedra tenta convencer Teseu a poupar o filho, mas é informada dos amores deste por
Aricia.

Cena V: Dor, raiva e ciúme no monólogo de Fedra, contra Hipólito, que ama outra.

Cena VI: Diálogo com Enone, a quem expulsa, porque a orientou mal:
Fedra: «Os teus pedidos fizeram-me esquecer o meu dever.

Eu evitava Hipólito e tu fizeste-mo ver.

Com que direito te encarregaste disso?

Porque é que a tua boca ímpia

Acusando-o, ousou denegrir a sua vida?

Ele morrerá, talvez, e o voto sacrílego

Dum pai exaltado, será realizado.

Eu não te escuto mais. Vai-te, monstro execrável:

Vai, deixa-me o cuidado do meu destino deplorável….»

Acto V

Cena I: Aricia aconselha Hipólito a defender-se das acusações do pai, Hipólito, nobremente,
recusa levar o opróbio ao leito do pai, acusando Fedra. Incita Aricia a fugir com ele, esta
responde que não é fácil deixar a tutela de Teseu, mas promete ir ter com ele.

Cena II: Teseu pede aos deuses o esclarecimento da verdade, Aricia pede a Isménia que
prepare tudo para partirem.

Cena III: Diálogo entre Teseu e Aricia sobre Hipólito, Aricia defende Hipólito, deixa a dúvida no
espírito de Teseu.

Cena IV: Teseu lamenta-se pela sorte do filho, que ele condenou, pede para ver Enone, para
ser esclarecido sobre a verdade.

Cena V: Panope esclarece o Rei de que Enone se lançou ao mar, conta-lhe das marcas de
sofrimento e insensatez de Fedra, querendo matar-se, e pede-lhe socorro.

Cena VI: Teramène informa da morte de Hipólito por um monstro marinho. Exclamações de
dor de Teseu. Téramène conta a chegada e morte de Aricia, junto do amado.

Cena VII: Teseu dirige ironias raivosas contra Fedra, esta explica como tudo se passou, antes de
morrer com o veneno que tomara. Teseu dispõe-se a chorar e a honrar o seu filho amado.

…«Fedra: Os momentos são-me preciosos, escutai, Teseu.

Fui eu que sobre esse filho casto e respeitoso

Ousei lançar um olhar profano, incestuoso.

O céu pôs em meu peito um amor funesto;

A detestável Enone conduziu tudo o resto….»

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