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S.

PAULO - o Paulo de Tarso

(Por altura da comemoração dos 2.000 anos do seu nascimento)

Desde sempre admiro S. Paulo, a quem chamo, na roda dos meus amigos, o “caixeiro
viajante” do Cristianismo.
Digo mesmo que o Cristianismo, a Igreja de Jesus Cristo, não teria tido a projecção que
hoje conhecemos se na sua origem não tivesse tido também um Paulo, que se deixou
cativar e invadir pelo Espírito Santo. Determinado e empenhado entregou-se
fervorosamente na divulgação do Reino de Deus por todo o mundo conhecido de então.

Hoje apetece-me escrever um pouco sobre este homem, S. Paulo, e partilhar convosco o
que dele fui ouvindo e lendo, para que, conhecendo-o melhor, possamos aprender dele o
amor a Jesus Cristo e o gosto pela Missão de O dar a conhecer aos outros.

Paulo (Paulus em latim e Saul em aramaico) tratado por Saulo entre os judeus e por
Paulo entre os Gregos, nasceu em Tarso, uma próspera cidade da Silícia (território da
actual Turquia), no seio de uma família judia emigrada, da tribo de Benjamim – hebreu,
descendente de hebreus. Seu pai, um industrial têxtil, era fariseu, escrupuloso cumpridor
da lei e de moral muito rígida. Pelo nascimento, Paulo era cidadão romano, dado ser a
sua cidade natal um município de Roma.

Segundo estudiosos, a vida de Paulo pode ser analisada em 4 períodos, assim divididos:
- Do nascimento até aos 28 anos, judeu praticante da escola de rabino.
- Dos 28 aos 40 anos convertido fervoroso que vive um tempo de integração difícil na
comunidade dos cristãos.
- Dos 40 até aos 53 anos um missionário incansável que percorre todas as
comunidades importantes do mundo asiático e do Mediterrâneo até à Ibérica.
- Dos 53 até aos 62, altura em que se refere a sua morte, vive um tempo de cativeiro
em Roma. É nesta altura em que lança a organização das diversas comunidades
evangelizadas e produz os seus mais importantes escritos.
.
Nos primeiros anos da sua vida, estudou grego. Mais tarde, dado que era muito dotado
foi frequentar para Jerusalém a reputada escola de rabino Gamaliel onde terá obtido
formação superior em Ciências Bíblicas. Conhecia bem as três culturas e línguas mais
faladas naquela região: o aramaico (como judeu) o grego (língua da sua terra natal) e a
cultura romana das escolas que frequentou como cidadão de família.

Convertido ao cristianismo, de uma forma miraculosa ou não, demora no entanto algum


tempo a ser aceite no seio e convívio dos primeiros cristãos que viam nele, sempre, o
perseguidor, a quem atribuíam mesmo responsabilidades na prisão do primeiro mártir
da Igreja, santo Estêvão.

É pela mão de Barnabé que finalmente integra o grupo, sendo-lhe destinado a


evangelização dos pagãos. Paulo, ousou transpor os muros de Jerusalém e levar a
doutrina de Jesus Cristo para além dos limites da Palestina. Iniciou assim as suas
múltiplas viagens que o levaram a todo o mundo conhecido da bacia do Mediterrâneo
tendo chegado mesmo ao extremo da Ibéria. Nestas viagens funda comunidades de
convertidos tornando-se missionário itinerante visitando regularmente todas elas.

Do contacto permanente com estas gentes tira ensinamentos que passa às cartas que
escreve, catequizando, admoestando, incentivando, aconselhando e promovendo o
crescimento das comunidades a quem nelas se dirige. Estas cartas foram de extrema
importância na época, como elemento de união, nos momentos de crise e são-no ainda
hoje como catequese, com actualidade impressionante, nas nossas celebrações.
Foi um homem com actividade intensíssima, como nos aparece narrado nos Actos dos
Apóstolos e nas suas Cartas, com um amor apaixonado por Jesus Cristo e pela Sua
Mensagem, que procura divulgar sem cessar. Simultaneamente tem uma visão moderna
(avançada para a época) na transmissão dos ensinamentos.

Diz-se mesmo de alguma divergência entre S. Paulo e S. Pedro e outros apóstolos a


propósito do “seu evangelho” ou seja a mensagem que transmitia nas suas pregações,
que seria mais avançado e mais revogador da Lei moisaica do que aquele que eles
pregavam. Isto terá mesmo provocado a primeira crise da Igreja, que veio a originar a
primeira Conferência (Concílio), em Jerusalém. Aí se discutiram as questões da
discórdia, procurando um consenso e um rumo único.
Mais tarde, S. Paulo escreveu mesmo: “…somos todos de Cristo.”

Foi S. Paulo, um homem perseguido em quase todas as terras por onde passou,
perseguido por pregar uma mensagem de libertação, a mensagem de Jesus Cristo, que
não tinha conhecido pessoalmente, mas que amava com todo o fervor. Tanto romanos
como judeus e mesmo os cristãos e amigos lhe causaram dificuldades e o trataram mal.

Pôs em risco a sua vida em inúmeras viagens por mar, chegando a naufragar por várias
vezes, mas nunca desistindo de evangelizar. Sofreu de doença e de solidão e por fim foi
mesmo preso. Acorrentado no corpo mas sempre livre na palavra e na escrita.

Na prisão, onde esteve longo tempo, escreve às igrejas que tinha fundado, exortando-as
a serem persistentes na Fé. Dos escritos na prisão se destaca a célebre carta a Timóteo,
seu discípulo e bispo de Éfeso: “… quanto a mim estou pronto para o sacrifício e o
tempo da minha partida já se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha
carreira e guardei a Fé, já nada me resta senão receber a coroa da justiça que o
Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, assim como a todos que desejam a Sua vinda”
Que Fé a deste homem!

Foi martirizado no tempo do imperador Nero por volta do ano 70.


O seu martírio teve lugar fora dos muros da grande cidade, junto à estrada de Óstia.
Aí foi decapitado.

De toda esta narração, necessariamente muito sumária, fica-nos no entanto um traço


comum na vida deste homem. A DETERMINAÇÂO e a FIDELIDADE aos seus
princípios. Foi sem dúvida um expoente na vida da Igreja de Jesus Cristo, nascente!

S. Paulo é realmente um apóstolo diferente pela sua pregação e pelo testemunho


veiculado nas suas Cartas de que ouvimos ler passagens importantes com muita
regularidade em momentos da nossa liturgia. É uma mensagem perfeitamente actual,
deixando perpassar em todas elas o amor que tinha à missão de evangelizar, levando a
todos a salvação pela Fé em Jesus Cristo.
Este homem com uma Fé enorme, com uma força interior e uma determinação a toda a
prova é uma referência incontornável do cristianismo e um exemplo a seguir na
divulgação do Evangelho (Doutrina de Cristo). “que será de mim se não evangelizar “,
diz-nos numa das suas cartas.

Shalon!
ZéLuiz

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