A manutenção é feita para que o edifício mantenha suas funções, enquanto que o reparo
(conserto) é feito para restituir funções perdidas ou prejudicadas. Outra diferença importante é que
a manutenção tem uma finalidade preventiva, isto é, tem como objetivo evitar problemas (evitar
ficar doente) enquanto o reparo é uma atividade corretiva, ou terapêutica (tratamento da
doença). A manutenção, como vimos, pode ser programada, ao contrário dos reparos, que são
esporádicos, muitas vezes imprevisíveis e até emergenciais.
É muito comum a falta de manutenção adequada dos edifícios, e isso é uma causa importante de
patologias. Uma das principais razões disso é o seu custo, dificultando ou até mesmo impedindo os
usuários de a executarem. Daí a importância, quando da escolha dos materiais que serão utilizados
no edifício, de levar em conta não só o custo de aquisição, mas também o custo de manutenção.
Muitas vezes pode ser mais vantajoso gastar mais na obra, comprando materiais de maior
durabilidade, e ter menos gasto com manutenção depois que a obra ficar pronta.
É comum também deixar de fazer manutenção predial para fazer economia. Essa “economia” pode
se voltar contra o próprio usuário, pois poderá gerar patologias muito mais caras para serem
reparadas. Essa atitude está ligada muitas vezes ao desconhecimento e até ao descaso com a
manutenção, como se não fosse uma coisa importante.
O reparador é um profissional que pode realizar tanto as atividades de manutenção predial quanto as
de reparos, o que, de fato, acaba por ocorrer na prática.
saturação, imersão das placas cerâmicas em água antes do assentamento, no caso de serem
assentadas com argamassa colante, ou o oposto, isto é, não molhar antes do assentamento,
quando feito com argamassa tradicional;
assentamento sobre base (emboço) não adequadamente preparada: cura incompleta, com bolor,
suja com óleos, graxas, fuligens ou poeira, etc. base (emboço) enfraquecida, tanto na sua
superfície quanto na sua aderência ao substrato, quando este se desprega junto com a cerâmica;
as causas desse enfraquecimento podem ser várias (traço e execução incorreta, fissuração e
presença de umidade, entre outros);
presença de outras patologias, como umidade provocada por vazamentos e infiltrações nas
paredes onde estão assentadas as cerâmicas;
Estudos complementares
Primeiramente devem ser sanadas outras patologias causadoras, como umidade, vazamentos, etc.
verificar o estado do emboço onde será reassentada a cerâmica, fazendo-se o teste do bate-
choco. Se forem identificadas áreas com som cavo,
remover o emboço nesses locais; se for em área de piso realizar o mesmo teste no
contrapiso, com um bastão de madeira;
nas áreas onde o emboço ou contrapiso estiver aderido, verificar o estado da sua superfície,
friccionando-a com uma escova de fio de aço. Caso esteja ocorrendo desagregação, escovar
e remover a camada desagregada até encontrar material firme e coeso;
a regularização do emboço ou contrapiso nos locais onde sua superfície foi parcialmente
removida deve ser feita com argamassa colante (a mesma usada para assentamento da
cerâmica). A espessura dessa camada de regularização não deve exceder a 10 mm. Caso a
espessura seja maior deve-se fazer o enchimento com as técnicas de execução do emboço e
do contrapiso já vistas;
Atenção: As orientações aqui apresentadas são restritas a patologias simples, para pequenas
construções e que não envolvam problemas estruturais. Para qualquer situação diferente desta, ou
em caso de dúvida, deve-se recorrer a um profissional especializado.
Sintomas:
Fissuras dispersas na superfície, podendo apresentar-se em formato de “mapa”.
Exames complementares
Deve haver certeza sobre a fissuração é só do revestimento e não da alvenaria. Havendo dúvida
sobre isso, deve-se remover um trecho do revestimento e verificar se a alvenaria também não está
fissurada. Caso note fissuração também na alvenaria, deve-se buscar o diagnóstico nas causas
possíveis de fissuração de alvenaria, vistos no item anterior.
Pode ocorrer também, se a causa do problema é retração, que o revestimento esteja fissurado mas
ainda aderido, não precisando ser todo removido. Para se saber qual é a necessidade de remoção,
deve-se fazer o teste do bate-choco. Nas áreas onde for obtido o som cavo o revestimento estará
comprometido e precisará ser substituído.
Recuperação
Paredes internas: aplicar camada do produto apropriado para reparos de trincas e fissuras
(abaixo fornecemos um lista com diversos materiais que podem ser aplicados em cada
caso), posteriormente aplicar uma camada de resina PVA (massa corrida), fechando-se a
fissuração e regularizando-se o revestimento. Depois disso aplicar pintura de acabamento. Caso
a pintura original não tenha sido feita com massa corrida, esse procedimento deverá ser
estendido a toda a parede, para igualá-la;
Paredes externas: procedimento igual ao da parede interna, porém aplicando-se massa corrida
à base de resina acrílica;
Com formulação acrílica elástica (300% de elasticidade), a tinta Sol & Chuva, da Tintas Coral, cria
uma película impermeável flexível que acompanha a dilatação e a retração de paredes de alvenaria e
de concreto, prevenindo o aparecimento de fissuras. R$ 199 a lata de 18 litros.
Nas versões fosco (400% de elasticidade) e semibrilho (800% de elasticidade), a tinta Frentes &
Fachadas, da Tintas Renner, previne e também cobre fissuras de até 2,5 mm em lajes e em paredes
externas e internas. R$ 300 (semibrilho 18 litros).
O Selatrinca, da Suvinil, é uma resina acrílica elástica – parecida com uma goma – própria para
preencher fissuras de 2 a 5 mm em alvenaria. Depois, pede massa e tinta. A bisnaga de 310 ml sai
por R$ 15.
Fechatrinca, da Vedacit. Massa acrílica indicada para vedar fissuras de até 5 mm de abertura, em
paredes de concreto ou de alvenaria, internas e externas. Espere 24 horas, lixe e aplique a tinta.
Causas possíveis:
acabamento aplicado sem limpeza da superfície ou com superfície oleosa;
falta de lixamento;
falta de cura do revestimento da base;
existência de umidade na superfície.
Correções:
remover a camada que apresenta as bolhas;
aguardar a cura do revestimento, se for o caso;
eliminar as causas de umidade;
fazer a limpeza adequada da superfície;
fazer o lixamento e limpeza do pó e reaplicar o acabamento.
1.0 Descascamento
Causas possíveis:
superfície mal preparada, com presença de gorduras ou material solto;
umidade na superfície; superfície aquecida;
reações entre a tinta e a superfície.
Correções:
remover a camada de pintura;
melhorar a limpeza, removendo os contaminantes da superfície;
fazer a correção da superfície se houver material solto ou desagregado;
eliminar causas de aquecimento da superfície, se for o caso, ou usar tintas especiais para
superfícies aquecidas.
2.0 Enrugamento
Causas possíveis:
secagem superficial muito rápida,
camada de tinta muito espessa.
Correções:
usar solvente menos volátil,
diminuir espessuras das camadas.
Causas possíveis:
tinta inadequada para as condições do ambiente ou da lavagem;
tinta não curada.
Correções:
deixar a pintura curar por pelo menos 30 dias;
procurar usar tinta com pigmentos ou resinas mais resistentes.
Correções:
usar solvente de evaporação mais lenta;
utilizar pincel mais macio;
corrigir a técnica de aplicação da pintura.
8.0 Escorrimento
Causas possíveis: excesso de tinta ou de diluição da tinta.
Correções: remover o acabamento, lixar e limpar o pó, reaplicar o acabamento, procurando acertar
a diluição da tinta e aplicar camadas mais finas.