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A primeira coisa que precisamos entender é que há um motivo biológico para

sentirmos medo. O Medo é um instinto natural comum a todos os animais que visa nos livrar
de qualquer situação que nosso organismo identifique como arriscada a nossa vida. Quando
uma pessoa diz sentir medo de dirigir, na verdade é o organismo dela acreditando que ela
está em um momento de risco extremo e tenta persuadi-la a sair daquela situação. Então não
há nada de errado em sentir medo. No caso da direção veicular, é preciso descobrir qual o
motivo que levou seu aluno ou aluna a desenvolver o medo de dirigir, e trabalhar ajuda-lo a
superar.
MOTIVOS COMUNS
Eu converso muito com meus alunos antes mesmo da aula começar. Eu chamo de
processo de investigação, onde eu procuro descobrir algumas características básicas da
pessoa: quantos anos tem, em que trabalha, se a pessoa é casada, se tem filhos, com quem
mora, e pergunto qual o motivo a leva a ter medo de dirigir. Algumas pessoas dão respostas
vazias, não conseguem dizer exatamente porque sente medo – e é nosso papel como
profissional qualificado, especializado em pessoas que têm medo de dirigir, conseguir
desvendar essa incógnita (podemos abordar essa questão em outro material). Outras
conseguem dizer claramente o porquê de sentir medo de dirigir, enquanto outras, ainda,
mesmo sem dizer conscientemente, acabam soltando entre uma frase e outra, e você
consegue pescar essa informação e começar a trabalhar a partir dela.
Nos meus anos de trabalho, eu notei algumas características muito comuns e
recorrentes. Então eu vou listar quais são elas e como trabalhar com cada pessoa de acordo
com a característica que ela apresenta:
EXPERIÊNCIAS DE COLISÃO:
É quando a pessoa passou por alguma experiência de colisão no trânsito, seja
na infância ou já na fase adulta.
Com essa pessoa, nós temos de trabalhar suas reações. A maneira principal de
fazer isso é não antecipando os locais pelos quais passaremos durante a aula.
Geralmente nas cidades existem os locais mais movimentados, onde as
pessoas relatam ser muito caótico. Por exemplo, na minha cidade, esse local é o Centro da
cidade, onde há muitos carros transitando bem pertinho um do outro. Nesse momento você
encaminha a aula para esses locais de maior movimento, sem anunciar que irá passar por
eles, sempre orientando a faixa de direção, lembrando que cada carro obedece à sua faixa, e
enfatizando que não precisa se assustar que você, como instrutor, tem todos os mecanismos
de defesa necessários.
TESTEMUNHO DE EXPERIÊNCIAS DE COLISÃO
É quando a pessoa testemunha uma colisão no trânsito: ou estava passando
de carro, ou estava passando como pedestre, houve a colisão e ela testemunhou.
Precisamos orientar essa pessoa que o acidente não foi com ela, a cidade tem
inúmeras pessoas, e que mesmo você estando sujeito a participar de um acidente, não
significa que acontecerá com você, e existem várias maneiras de evitar uma colisão. Você
instrutor é a ferramenta adequada para conscientizá-la de que nada acontecerá, sempre
mostrando que você está no controle de qualquer eventualidade, enfatizando os seus pedais
auxiliares. Dessa forma ela se sentirá mais segura, e ao decorrer das aulas os bloqueios irão
saindo naturalmente.
RELATO DE EXPERIÊNCIAS DE COLISÃO
É quando a pessoa nunca teve uma colisão, nem testemunhou uma colisão,
mas ouviu um relato de um vizinho, de um parente, de um amigo que passou por uma colisão
no trânsito.
Histórias como essa, nós ouvimos a todo instante, mas você, instrutor, como
ferramenta adequada para solucionar o problema do seu aluno, deve tirar o foco dessas
histórias mostrando sempre o trânsito, a sua fluidez, e que obedecendo às normas e andando
com segurança, prestando atenção no movimento dos outros motoristas, a maioria dos
possíveis acidentes podem ser antecipados e evitados. Eventualidades certamente ocorrerão,
mas você, como instrutor, deve sempre tirar o foco da possibilidade de acidentes, passando
sempre segurança para o seu aluno.
SENTIMENTO DE INCAPACIDADE
Esse ponto é preciso ter um cuidado mais especial. É quando a pessoa é mais
cobrada por seus parentes. Quanto mais cobrada, mais esse bloqueio cresce e ela desenvolve
um sentimento de incapacidade de realização. Então ela se enxerga incapaz de dirigir.
Nessa ocasião, você, como instrutor, deve se portar como o mestre na
situação. Diga a ela que diante do seu mestre ela é capaz de todas as realizações, basta seguir
calmamente todas as instruções dadas. Essa pessoa precisa de uma injeção de ânimo. Você
deve se mostrar sempre positivo e incentivador para extrair o melhor resultado e progresso
a cada aula.

Pronto, esses foram alguns dos motivos para ter medo de dirigir que mais vejo nos
meus alunos. Claro que existem vários outros motivos, mas esses são os principais que eu
observo. Sabendo manejar esses quatro pontos, tenho certeza de que você estará apto a
trabalhar com a maioria das pessoas.
Este foi o primeiro material que eu consegui desenvolver, e pretendo abordar muitas
outras questões em materiais futuros. Não deixe de curtir a página no Facebook Manoel Lima-
Na Contramão do Medo para interagir com outros instrutores e não perder nenhuma
atualização.
Forte abraço, Manoel Lima.

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