Não pretende substituir as competências que devem ter na sua formação Reiki, nem as
competências humanas no Saber e Saber Ser.
PROJECTOS
A Associação Portuguesa de Reiki desenvolveu um projecto ao nível da oncologia, o “Ser e
Viver – Reiki na Oncologia”, onde são realizadas sessões de terapia complementar Reiki,
através de instituições ou nas instalações dos nossos núcleos.
FORMAÇÕES
Consideramos importante que o Terapeuta que se voluntarie para um projecto, na
oncologia, tenha atingido o nível 3 de Reiki, além de uma prática com outras pessoas,
comprovada.
ÉTICA
Além da sua ética intríseca, íntima do seu Ser, o voluntário deve seguir criteriosamente os
seguintes códigos deontológicos:
Com estas duas perspectivas não estamos a afirmar que um profissional de saúde, com o
seu percurso académico e aprendizagem Reiki seja melhor terapeuta que qualquer outra
pessoa com outras competências académicas e uma idêntica formação em Reiki. A prática
de Reiki é essencialmente uma descoberta de processos interiores e de interacção com a
energia, tendo uma perspectiva Holísitica do Ser. É um processo de desenvolvimento do
Saber Ser que inclui muitos vectores na experiência de vida, no tacto e na forma de estar.
Não devemos fechar, condicionar, esta prática que, pelo seu princípio, está aberta a todos
mas devemos ter uma postura de exigência e critério no que diz respeito à
profissionalização e voluntariado da mesma, ou seja, no contacto e trabalho com o outro.
REGISTO DO VOLUNTÁRIO
O voluntário deve estar devidamente registado nas instituições onde estará a desenvolver
o seu trabalho, tendo uma folha própria para o efeito, devendo constar de um dossier
acessível à instituição e a quem esteja a coordenar o projecto.
AVALIAÇÃO
Para uma correcta avaliação do trabalho feito e resultados do mesmo, deve ser aplicado
um instrumento de avaliação.
Não teria sido possível realizar este documento sem o apoio e estrita colaboração da nossa
Associada, Mestre de Reiki e Voluntária da Pastoral no Hospital São João, Filomena
Isidório. O seu acto de partilha, experiência de vida, doação e vontade é um exemplo da
prática de Reiki.
AUTO-ANÁLISE DO VOLUNTÁRIO
Antes de encetar pelo caminho do voluntariado oncológico, aplicado à terapia Reiki, o
praticante deve reflectir sobre a sua prática já realizada a outros. Mesmo sendo um
profissional de saúde, a prática de Reiki envolve um contacto mais profundo com a pessoa,
a um nível holístico. Não se trata unicamente de colocar as mãos e ir embora, há que lidar
com o antes, o durante e o depois de uma sessão. Por isso, há que avaliar:
Ao voluntário é pedida atenção. O estar atento ajuda a detectar sinais de alarme e prevenir
o burnout (estado de exaustão que aparece maioritariamente associado ao stress
profissional e fadiga física e emocional).
Para o doente: “O doente não gosta desta frase quando está dependente e o que ele pode
querer é viver no futuro também, «Eu quero ficar bem, sair disto».”
Para o doente: “A pessoa está frágil e não vai aprender a filosofia, nem entender, quando
o que ele tem muitas vezes é vontade, com razões próprias que devem ser respeitadas, é
zangar-se com a vida e com o ter a doença. Nem todas as pessoas aceitam a doença, o
estado em que estão. É o chamado estar a fazer luto, pelo que deixou de ter e queria ter -
Saúde.”
Para a pessoa: “Para quem está numa cama, a pensar muitas vezes no que vai pagar, nos
filhos que não está a cuidar, nas contas que tem para pagar, no emprego que pode
perder, ... enfim tudo que os doentes vão partilhando com quem os escuta, nem sempre é
fácil. Se foram eles que perguntaram os princípios então contornar ,usar a intuição
ligarmo-nos à fonte e falar muito muito pouco. o melhor é escutar nisto nunca se erra. Um
escutar de coração.”
Para a pessoa:
Para a pessoa: “este princípio pode dar uma falsa sensação de esperança, há que ter
cuidado e reflectir na forma como é expressado e enquadrado”.
“SOU BONDOSO”
Para o terapeuta: Assumir o carácter humano da sua tarefa.
Para a pessoa: “Nem sempre a pessoa sente que tem aquilo que necessita e pode até ter a
sensação que muitos o abandonam no momento de maior necessidade. “
Aquele que se dispõe a desenvolver uma efectiva relação de ajuda junto de uma pessoa
doente, bem como da sua família e dos profissionais de saúde que lhe prestam cuidados,
deverá ter em atenção que:
Junto de alguém doente, para que haja empatia e uma relação genuínas, é
essencial que se compreenda, muito para além do processo de doença, a pessoa na
sua totalidade, as suas características de personalidade e experiência de vida.
Como por exemplo na transmissão de más notícias, o lidar com a agressividade e
negação.
Junto da família, poderá da mesma forma, facilitar o fornecimento de informação,
facilitar a compreensão, decisões e aceitação do processo de doença, promovendo
a comunicação quer com os profissionais, quer com o familiar doente, quebrando a
“conspiração do silêncio” (esconder diagnóstico de parte a parte).
Pode ser uma ponte, um factor a quebrar o isolamento, facilitando a expressão de
emoções e o suporte emocional de ambas as partes, reduzindo conflitos e
facilitando a resolução de questões pendentes que são relevantes de resolver para
o doente que vive a última etapa da sua vida.
Humanizar é o processo que busca oferecer ao paciente um tratamento que leva em conta
a totalidade do indivíduo (a perspectiva holística assumida pelo Reiki). O foco desta
filosofia é o bem-estar físico, psíquico, social e moral da pessoa doente.
POSTURA HUMANISTA
A postura humanista de um voluntário é centrada na pessoa.
Condições/atitudes necessárias:
Empatia
Escuta activa
Aceitação incondicional
Autenticidade
1. Acolhimento
a. Acolher o outro, em crise, de forma compreensiva e empática, num interesse
verdadeiro e autêntico pela sua pessoa, expresso nas palavras ditas e nas
resposta silenciosas, estabelecendo uma aliança recíproca baseada na
confiança.
2. Discernimento
a. Confrontar há-de ser um acto genuíno, de respeito e não moralizante, mas um
esforço sincero para ajudar e provocar a mudança de conduta, como Cristo
fazia com os fariseus e os pecadores. O discernimento é importante, porque
ajuda a pessoa a situar-se face ao seu problema, deixando para trás o
acessório, e a tomar consciência de que a resposta ao seu sofrimento está em
si próprio, na sua capacidade de mudar, permitindo a passagem à fase
seguinte: a acção, a mudança.
3. Acção
a. A esperança acordada na pessoa, de que pode experimentar outras vivências,
outras emoções, modos diferentes de pensar, sentir, crer há-de impelir a
pessoa ajudada para dar um passo em frente, se não por espontânea vontade
pelo estímulo do conselheiro. Este passo em frente deve concretizar-se num
plano de acção elaborado em conjunto ou pelo próprio. O que deve ser tido
em conta: ter claro onde se quer chegar (objectivo ou objectivos), identificar
os recursos próprios e do contexto onde se insere a pessoa, definir as acções
concretas (enunciá-las), ordenar as fases ou passos a percorrer, e, no decurso
do processo, aferir da evolução do mesmo e dos progressos alcançados
(verificação e avaliação)
Está a viver uma situação que supõe uma dificuldade concreta – ela é o
protagonista (não o terapeuta);
A dificuldade que experimenta gera sofrimento, que está na origem do conflito
que vive;
O sofrimento expressa-se em sentimentos diferentes: insegurança, medo,
ansiedade, culpa, confusão, etc.
1. Que esta a compreenda, os sentimentos que está a viver, aceite a sua confusão, a
sua incerteza, medo ou inquietação.
2. Que esta participe de alguma maneira do sofrimento que experimenta, que se
ponha no seu lugar, numa atitude empática ( o sofrimento é menor se partilhado).
3. A pessoa experimenta a necessidade de ser ajudado por alguém a examinar as
dificuldades e a busca de um sentido para o seu problema, sem ser julgado.
4. Em crise, a pessoa que procura ajuda, espera daquele que se dispõe a ajudar, que
a ajude de facto a procurar pistas vitais para sair da situação, para tomar uma
decisão ou para viver de outra forma (harmonizada) o que parece não ter solução.
Tocar pode ser mau se ferir o outro (sou violento, agressivo), pode ser incómodo
(quando perturba), tocar pode ser frio e rotineiro (uma obrigação…)
Mas tocar é capacidade de acolher a fragilidade do outro: o contacto aproxima
(também nos expõe…), comunica (mas também tira a máscara da distância…)
O contacto pode ser terno, terapêutico, afectuoso se for livre: livre para conviver
com os sentimentos nossos e do outro – sentimentos negativos, medo, impotência,
tristeza, ansiedade – coisas de que queremos fugir naturalmente…
Ser capaz de tocar livremente, implica acolher e conviver com a impotência.
Apertar as mãos, um carinho proporcionado levanta o ânimo, recupera laços
perdidos, reconstrói a pessoa desestruturada
Como Camilo de Lelis dizia aos seus irmãos: «ponham mais coração nas mãos…»
Aproximarmo-nos de uma pessoa que sofre exige da nossa parte que estejamos motivados
para a ajudar a sentir-se melhor… ser competentes para ser eficazes…
Não basta a boa intenção, uma boa disposição, se na hora não consigo ir além de ser
superficial e cair no lugar comum que nos impede de compreender o outro no seu
sofrimento…
Devemos fazer ver ao outro que o compreendemos, que percebemos a sua dor: a pessoa
que é ajudada é a única capaz de nos dizer se realmente a compreendemos ou não.
«Estou deprimida. A única coisa que faz é escutar-me. Não me diz nada…»
NÃO A PALAVRA FÁCIL, aquela que dizemos a qualquer pessoa, que faz parte do
nosso receituário…
A PALAVRA ATENTA, que nasce da escuta do sofrimento e daquilo que esse
sofrimento provoca em mim, palavra que se torna bálsamo para a ferida
As palavras ditas não podem ser apagadas (não há rascunho…).
Uma palavra nunca deixa as coisas como estão: uma palavra pode começar
tudo ou acabar tudo
A PALAVRA JUSTA é, por um lado, a que comunica compreensão, porque nasce
da escuta e do silêncio, mas também, por outro, a palavra oportuna que confronta
o outro…
Confrontar: há que saber colocar o outro diante das suas próprias contradições,
debilidades ou até recursos que nem sempre reconhece ou mobiliza…
«Quatro olhos vêem melhor que dois». É muitas vezes difícil ver claro…
Escutar só não chega. Quando alguém me interpela: «Não me diz nada?», pode
estar necessitada de ser confrontada, de uma palavra que estimule os seus
próprios recursos, que a acorde…
Exemplo: quando num doente encontramos contradição entre a vontade de querer curar-
se e um comportamento desfavorável ao tratamento, ou entre o que é a realidade e o
modo como a percebe,… a confrontação permite clarificar a verdade e o que é melhor…
Podemos, às vezes, ter necessidade de ajudar o outro a ter a percepção das suas
contradições, entre o querer e o fazer. Como por exemplo: a pessoa querer curar-se e
não se afastar de comportamentos de risco: fumar, não tomar a medicação, etc…
Confrontar é ajudar a pessoa a ver as possíveis incoerências entre o que diz e o que faz,
entre o que quer e o que vive, entre os seus valores e o seu comportamento, entre a
realidade e percepção que dela tem… Sem moralizar: interpelar, questionar…
REGRAS:
Não generalizar (sempre, todos…);
Usar a primeira pessoa: «Eu penso que…»; «Eu creio que…».
Tornarmos próximo algo que nos é estranho. Mais ainda: quando nesse exercício de
aceitação do outro, quando nos tornamos próximos, afinal descobrimos que não somos tão
estranhos: temos sentimentos comuns, projectos, dificuldades, afetos, dores, sofrimentos,
etc… Temos medo dessa proximidade, como se ela nos roubasse a nossa identidade… Falta
de maturidade interior…
Acolher não significa converter-se numa pessoa sem critérios próprios… é não deixar que
os critérios pessoais se tornem pedras de arremesso para os outros que são diferentes,
que não pensam como eu…
Se não devemos impor soluções face a situações que podemos controlar, muito menos face
a situações que não compreendemos.
Ajudar é oferecer recursos a uma pessoa para que possa superar uma situação difícil ou
para enfrentá-la ou vivê-la o mais saudavelmente possível.
RELAÇÃO DE AJUDA
Relação entre duas pessoas, que passa por um acompanhamento, sabendo que
uma precisa de ajuda e outra desempenha o papel de ajudante;
Relação que surge porque a pessoa que necessita de ajuda se encontra num
momento de sofrimento;
Um processo interativo de comunicação em que o ajudante através de ferramentas
adequadas persuade o ajudado a refletir sobre os seus problemas e a ponderar
novas possibilidades de atuar face às dificuldades que está a viver;
Uma comunicação de verdade em que as atitudes são fundamentais para a relação
e para a mudança desejada;
Um processo ativo em que o ajudado encontra em si recursos existentes e pondera
alternativas para solucionar os seus problemas;
Um processo de mudança centrado nas necessidades, competências e autonomia
do ajudado, nas mudanças, nas decisões que decide tomar.
O ajudado é acompanhado/estimulado pelo ajudante.
HÁBITOS A DESAPRENDER
Todos os que tendem a fazer:
EXPRESSÕES A DESAPRENDER.
1. Enquanto há vida há esperança. Em situações objetivamente graves, esta
expressão não diz nada. Pode levar a justificar o que não deve ser justificado.
Exemplo: a continuação do tratamento só ajudará a prolongar o sofrimento.
2. Se forte, não chores. Ou seja, é um convite a nao se enfadar frente ao sofrimento,
a não se deprimir perante o confronto com a doença mas, tudo isso faz parte do
Nao basta cuidar, acompanhar. Não bastam as boas intenções, é preciso saber como estar e
como agir.
Carl Rogers (psicólogo humanista) – fundador do método não diretivo – terapia centrada
no cliente/ajudado, referiu como fundamental na relação:
3ª fase – O ajudante está ao lado do ajudado auxiliando-o para que este escolha e
implemente a mudança que pretende fazer (plano da ação)
Acompanhar deriva do latim – cum-panis (comer pão juntos) sentar-se à mesa emocional
do outro e trocar sentimentos, desejos, preocupações, recursos, esperanças… fazer
caminho juntos.
Escutar – auscultare- ouvir com delicadeza, estar atento, manifestar respeito, procurar a
verdade do outro e tê-la em conta.
Não decidimos ouvir, mas decidimos o que queremos e a quem queremos escutar.
Escutar exige uma preparação prévia da alma, uma disponibilidade interior, uma
predisposição – exercício que envolve esforço.
Escutemo-nos primeiro para sabermos o que não nos permite escutar como deve ser.
DIFICULDADES
A empatia é uma atitude que exige muito do ajudante, exige:
Disciplina interior para não cair nas formas de atuar mais naturais;
Capacidade para lidar com as vulnerabilidades, já que, na relação com o ajudante,
podem emergir feridas não saradas;
Capacidade para se “separar” do ajudado.
Desilusão
Cansaço
Perda de confiança nas suas capacidades
Indiferença
Desacreditar!
O voluntário deve ter sessões de acompanhamento periódico para ser avaliado o seu estar
e agir.
“No caso de um terapeuta de Reiki, o doente já foi consultado para ver se queria o
tratamento e, possivelmente, foi-lhe explicado por alguém que tem formação.
Devemos sempre pôr-nos na pele do que está fragilizado.
Falar, escutar, estar e sentir com o coração, criar empatia – muito importante para que
depois diga que este terapeuta de Reiki é mesmo Amoroso, “Eu estou tão bem, tão leve,
amanhã conto de novo com a presença dele, o tratamento de Reiki faz-me muito muito bem.”
– Isto é o mais importante.” – Filomena Isidoro
Estes testemunhos são casos que levantam muitas questões às quais o terapeuta deve
reflectir interiormente, se estará preparado para lidar com tais circunstâncias, interior e
exteriormente. O que poderá faltar nele? O que tem em si que fará com que tudo resulte?
“É verdade que a morte nunca me assustou, é verdade que a vida para mim tem um
significado de dádiva imensa. Eu própria já estive algumas vezes perto dela..mas vivi sempre
centrada na vida e talvez por isso ainda viva...
Lembro que quando acompanhei a minha sogra no IPO do Porto durante dois meses seguidos,
nem era voluntária nem reikiana.
Não tinha formação de saber cuidar e estar com e para um doente. Tinha muito amor para
dar, disponibidade, aceitaçao da doença da minha sogra e da doença em geral e tinha
conhecimento do que é estar doente. Mas bem, foram dois meses de amor com muita
exaustão.
Lembro que a doença oncologica era novidade para mim. Tudo que eu sabia era dar o que eu
tinha. Dei mal, muito mal, chamusquei as asas...
Queria que minha sogra aceitasse a doença mas ela não aceitava não aceitou, já que queria
muito viver, ela sempre o dizia, que as pessoas não haveriam de morrer só mesmo muito
velhinhas. Ela tinha uma força... mas que por isso não deixou de partir, porque era a hora de
partir, de morrer, de descansar...
Estive sempre perto dela durante este tempo 2 meses internada, não a larguei. Lembro que
na véspera pedi à minha filha a paulinha. .. vai para ao pé da avó eu já não consigo, estou
Faleceu no dia seguinte com 86 anos. Retiraram parte do estômago, a operaçao correu bem
mas, houve complicações respiratórias e foi o fim. Eu que acredito, o principio...”
“Lembro que na altura fazia acompanhamento a uma doente que se tornou amiga, da minha
idade, estava internada nos paliativos. Fiz tudo o que pude e sabia. aqui foi mais fácil o
acompanhamento, pois essa amiga estava a viver um momento da vida com muita
feliciadade para além de toda a dor física. O ex-marido o amor da vida dela, tinha-se
enamorado novamente por ela e fazia cada momento da vida dela, nos cuidados paliativos,
uma benção, uma graça. Portanto, ela estava feliz, sabia que estava a viver enquanto vivia
uma nova história de amor e nada mais a preocupava. Os nossos momentos eram de partilha
de felicidade e leitura da palavra de Deus que eu lia por um livro que ela tinha... rimos muito,
choramos algumas vezes, abraçamo-nos muito. Faleceu passado algum tempo de minha
sogra.”
“Somos chamados para fazer tratamento a um doente que está num internamento, num
quarto com mais pessoas. Será que se lembram de tirar o doente para outro quarto isolado.
Vou acreditar que foi o doente que aceitou depois de lhe ter sido sugerido,ou então que pediu
um tratamento Reiki.
O terepeuta, depois de cumprimentar e ser bem aceite por ela está com disponibilidade de
fazer um tratamento..
tudo indica um tratamento completo..
Mas eis que a Dona F. se sente mal estão os dois sozinhos.
Com serenidade, o terapeuta e voluntário diz à Dona F. “vou chamar um enfermeiro” e dizer
“não está só eu estou aqui “...
Imediatamente ligamos à fonte do reiki e sentimos a energia a actuar a nossa mão, na mão
do doente,sem precisar de dizer nada à doente,pois ela quer é o enfermeiro para lhe aliviar
dores que sente ou porque está a sentir agonia de morte próxima.
Os enfermeiros por este ou aquele motivo não chegam, entao largar a mão do doente e muito
rapidamente mas, sem dar nas vistas, para que na enfermaria os outros doentes não se
apercebam que algo está a correr mal, para não ficarem ansiosos.
Vamos ter com os enfermeiros e com gentileza dizemos que a Dona F. Está muito mal
e juntos vão para junto dela. Deixar a enfermagem ou médicos actuarem retirando-
nos discretamente, ficando fora da sala, actuando à distancia, fazendo o reiki ao doente,
pessoal especializado e doentes próximos. A Harmonia é sentida e o que tem que acontecer
acontece.”
“A enfermagem pode voltar a pedir a nossa colaboraçao e depois duma situaçao destas o
tratamento deve ser o mais breve possivel, podendo ser só num chakra como sentirmos a
orientação do Universo, não ficando dúvidas que as energias já actuaram previamente.
Como terapeuta de Reiki vai aceitar e ser gentil e não se vai sentir inútil?
Como voluntário e terapeuta de reiki, para além de aceitar, vai dizer concerteza e
agradecer por todas as bênçãos...porque afinal o tratamento foi realizado mesmo
pensando em silêncio. Pedir permissão aos enfermeiros para só se despedirem da pessoa,
se acharem conveniente, com um olhar com olhos do coração, dizer tudo que o doente
quer ouvir. Cumprimentar discretamente com um sorriso ,porque se sente alegria pela
maneira como fomos instrumento e todos sentirão a presença do terapeuta que afinal
não parece que não fez tratamento mas, que foi sentida toda a energia do amor do reiki. O
tratamento foi feito, sim, exactamente como pode ser feito.
Este terapeuta ganhou a confiança do doente, dos profissionais. Vai ser chamado mais
vezes ,porque tem uma conduta com formação que dá nas vistas pela positiva, pela
humildade, pela alegria, pela energia que deixou passar e ficar. Esta é a realidade.
Há terapeutas muito tristes, muito fechados, muito pouco inseridos na realidade do que é
um hospital, da dor de quem sente a dor e está fragilizado. Do doente, que precisa de todos
até de um terapeuta que o respeitar na dor e o abrace num todo....”
“A terapeuta é chamada para a D. F. que gosta mais de ser tratada por filó. O processo de
acolhimento é feito com sabedoria. Mas a filó, no momento em que o terapeuta se prepara
para fazer o tratamento está muito mal, mesmo,o quadro clínico prevê aproximidade de
morte.”
O doente pode não poder falar mas, pode ouvir... pode até nem ouvir mas, pode sentir e
sente. Respeitar a pessoa e toda a energia da harmonia será passada e a morte vai chegar
mais rápida e mais serena. Reiki é uma terapia complementar e uma filosofia de via. Para
sermos terapeutas temos que ter formação.
Filomena Isidoro
Na prática a si mesmo:
JOSÉ CARLOS BERMEJO, «Relación de ayuda, en el misterio del dolor», San Pablo, Madrid
1996;
FRANS DE WAAL, “Era da Empatia, a - Lições da Natureza Para Uma Sociedade Mais
Gentil“, CIA das Letras, 2010.