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NEGOCIAÇÃO INTERNACIONAL – MERCOSUL E UNIÃO EUROPEIA

O acontecimento primordial para o marco da diplomacia Sul Americana e o ponto


fundamental para o MERCOSUL, foi em 1991 com o Tratado de Assunção onde seus
signatários, Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai uniram-se para a criação de uma
união aduaneira que fosse concretizada até 1995. O principal modelo de União entre
países, a União Europeia rapidamente reconheceu o MERCOSUL, pois o mesmo
representaria fortalecimento estratégico entre as relações comerciais com o
MERCOSUL, este que por sua vez, também demonstrava grande interesse em obter
uma maior aproximação com a União Europeia, visando sua concretização como
bloco no cenário internacional.
Em 1992, foi assinado pelo Mercosul e pela União Europeia, o Acordo de
Cooperação Interinstitucional, como um mecanismo de diálogo, com a intenção de
desenvolvimento e exploração da cooperação entre as partes, e progresso econômico
e social de seus países-membros, sendo o principal objetivo do acordo a partilha de
experiências e conhecimentos em matéria de integração, adquiridas pela União
Europeia desde 1952, quando da criação de suas primeiras comunidades. A
transferência de conhecimentos era prevista em seu Acordo da seguinte forma,
“Intercâmbio de informações”, compreendendo informações gerais, técnicas,
jurídicas, econômicas, etc.; “formação de pessoal”, no que tange à integração, seja
por palestras ou seminários; “assistência técnica”, por meio de estudos e análises,
realizando uma verificação da melhor maneira de atingir o êxito na integração entre
os estados-membros; e “apoio institucional” que é uma forma de melhoria da
capacidade das instituições do Mercosul.
A assinatura do Acordo-Quadro de Cooperação Inter-regional entre o Mercosul
e União Europeia, foi realizada em 1995, se baseando no resultado do acordo anterior:
“Tendo presentes os resultados do Acordo de Cooperação Interinstitucional de 29 de
maio de 1992 entre o Conselho do Mercado Comum do Sul e a Comissão das
Comunidades Europeias, e destacando a necessidade de dar continuidade às ações
realizadas nesse âmbito [...] decidiram concluir o presente acordo” (Ministério das
Relações Exteriores, s.d.). No Acordo-Quadro, um elemento de fundamental
importância, é a preparação das condições necessárias para o estabelecimento de
uma Associação Inter-regional. Essas condições abrangiam âmbitos econômicos,
comerciais e políticos; e através de diálogos periódicos, poderia ser alcançado um
comum acordo para tais áreas de cooperação, visando a intensificação de relações
entre as partes. Liberalização comercial, e compatibilidade com as normas da OMC,
eram alguns dos pontos do acordo, e assuntos de tais diálogos. A Associação Inter-
regional, visava a ampliação das cooperações econômicas, comerciais e políticas,
através da institucionalização das relações, e também o estabelecimento de uma
Zona de Livre comércio bi regional. **
Com relação à interesses econômicos, o Acordo previa a cooperação, com a
intenção de que essa área fosse desenvolvida em ambas as partes, objetivando maior
competitividade internacional, e melhoria de seus ramos tecnológicos. Também
contando com a “cooperação empresarial”, visava o apoio e modernização industrial,
o aumento de trocas comerciais, investimentos, etc.
Ainda era prevista a criação de um Quadro Institucional, onde seria estabelecido
um Conselho de Cooperação, para a garantia de execução do Acordo; uma Comissão
Mista de Cooperação, responsáveis pelas formulações de propostas; e uma
Subcomissão Mista Comercial, que cuidaria especificamente do cumprimento das
cláusulas comerciais.
A conclusão do Acordo Quadro tinha a previsão de ocorrer em médio prazo,
porém as negociações se alongaram até 1999, quando foram retomadas na Reunião
da Cúpula União Europeia, América Latina e Caribe, sendo ratificada pela França e
pelo Paraguai.
A celebração da Associação Inter-regional obteve grandes esforços por ambas
as partes, porém os membros tinham interesses conflitantes quanto às cláusulas do
Acordo, não sendo concluído até 2004, onde houve uma paralisação, por não haver
um consenso entre os membros na última proposta realizada, sendo retomada apenas
em 2010, na Sexta Reunião da Cúpula União Europeia, América Latina e Caribe. No
ano de 2010, foi organizado o plano de ação conjunto, compreendendo as
negociações que seriam realizadas entre 2010 e 2012, e neste ano, deram início
formalmente às Rodadas de Negociação do Acordo.
A adesão da Venezuela ao Mercosul, é um dos motivos do retardo na conclusão
do Acordo, pois não é vista de forma pacífica pela UE. A democracia para a União
Europeia é um dos aspectos de maior importância, e como a Venezuela, regimes
menos democráticos, causam certas dificuldades de aproximação, pois não oferecem
o nível de estabilidade política necessária, para o estabelecimento de um acordo com
fluxo de trocas e investimentos.
As negociações para a conclusão do citado acordo de Associação Inter-regional,
perduram até os dias atuais, pois até hoje não foi apresentada uma proposta que fosse
satisfatória para ambas as partes, considerando que as projeções de maior relevância
são as de crescimento econômico recíprocos.

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