Os tributos plurifásicos que incidem em várias fases podem ser cumulativos ou não
cumulativos. No caso da indústria, um mesmo insumo será tributado mais de uma vez,
sendo cumulativo.
iCMS. Fabricante vende para o atacado, que vende para o varejo, por fim chegando ao
consumidor. O regime normal do ICMS é plurifásico, incidindo em todas as fases da
cadeia econômica. O ICMS entre todas essas fases citadas no esquema. Ele seria
cumulativo, mas a incidência cumulativa não é muito adequada em termos econômicos,
primeiro porque gera o efeito de bola de nova, incidindo o tributo em uma etapa, mais
em outras. Progressão geométrica na tributação. Prejudica a concorrência.
A incidência cumulativa só ocorrerá nos tributos plurifásicos. Para que não sejam
cumulativos, se concede crédito para cumulação.
Competência tributária.
O código trata da capacidade tributária ativa no art. 7º para dizer que a capacidade
tributária ativa é delegável (fala em competência tributária).
Imposto sobre a renda, inciso III. Apenas a União pode tributar a renda, proibindo os
demais entes de tributar a renda. Interpretação a contrario sensu. As competências
tributárias são privativas. Há autores que criticam essa característica com dois
argumentos: as competências não são privativas porque há competências comuns. Essa
questão da competência comum é uma forma de se conferir a competência tributária,
mas não quer dizer que dois ou mais entes possam tributar o mesmo fato. A
competência comum, quando um certo tributo pode ser cobrado por todos eles, não
especificando o que quem pode tributar. Art. 145, CF. Em relação aos impostos, a CF
não trata mais das taxas e das contribuições de melhoria. Tal competência seria comum,
pois a CF diz que todo mundo pode cobrar. Não especifica que taxas podem ser
cobradas, nem contribuições de melhoria sobre quais obras que o ente pode cobrar.
Não vai ocorrer uma bitributação, podendo-se dizer que essas competências são
privativas quando são taxas e contribuições de melhoria específicas. As taxas e
contribuições de melhoria são vinculados a uma atuação estatal. São devidos porque o
Estado faz alguma coisa. Assim, definimos a competência tributária.
Mesmo que chamemos as competências como comuns, a competência que vai cobrar
taxa ou contribuição na situação específica será só um ente e, portanto, privativa. Coleta
de lixo, por exemplo, será somente pelo ente que realiza a atuação. As competências,
portanto, são efetivamente privativas.
ICMS. Só os Estados podem cobrar ICMS. A União poderá cobrar um ICMS idêntico, a
nível federal, quando houver guerra. A União pode tributar tudo para financiar a guerra.
Inalterabilidade. A competência tributária não pode ser alterada pelo legislador. Ela
pode ser alterada pelo Poder Constituinte derivado, pois a competência tributária está
na CF. Não cabe à lei alterar o que a CF diz. A lei pode especificar e resolver casos mais
complexos.
Incaducabilidade. A competência tributária não caduca, nem vai prescrever. Não tem
prazo para ser exercida. Imposto sobre grandes fortunas poderia ser criado hoje,
passados quase 30 anos da promulgação da CF. Não há prazo para isso.
A CF indica os fatos que podem ser tributados. O empregador sobre a folha de salário.
Os tribunais discutiam o que era empregador e o que era folha de salário. O STF formou
precedente de que autônomos não entram na folha de salário, não incidindo tributação.
Deve-se discutir o fato.
Contribuições do sistema s. Sesi, senac, etc, foram recepcionadas. Depois criaram outros
serviços sociais autônomos.
Competência residual. Quais fatos podem ser tributados pelos entes. Existem outros
fatos e autoriza que alguém tribute esses outros fatos. Competência residual cabe à
União, para criar novos impostos e novas contribuições. Arts. 154, I, e 195, § 4º. Há um
descompasso entre o sistema de competências administrativas e o de competências
tributárias. Aqui, a competência residual é da União, não do Estado.
IOF. A CF autoriza a União a cobrar imposto sobre títulos e valores mobiliários. O que é
uma operação de crédito de câmbio? O que pode parecer estranho quando falamos que
a união tem competência residual. Tem competência para cobrar o IOF, e criar novos
impostos. A competência residual tem requisitos específicos, é condicionada.
A competência residual deve ser por lei complementar, não pode ser cumulativa e deve
ser diferente dos fatos existentes.
Competência tributária do DF: art. 147, CF. Acumula as competências dos municípios e
dos estados. Art. 155.
Competência quanto aos IMPOSTOS: art. 145 trata disso. Art. 153, impostos federais,
art. 155, estaduais e 156 municipais.
O que sobrou para ser tributado? Receita das empresas, CPMF, novas tecnologias. Há
casos em que se discute se uma operação caracteriza venda de mercadorias, prestação
de serviços... União poderia cobrar com base na competência residual.
No Brasil, se fala da discriminação das rendas (ou receitas) pela fonte ou pelo produto.
Pela fonte diz respeito a discriminação da competência tributária, pelo produto é o
direito a participação na arrecadação de outro ente. No nosso sistema, quem repassa
valores a quem por determinação constitucional? A União repassa aos Estados, que
repassam aos Municípios. União tem competência tributária mais abrangente do que
necessita, e os municípios são amplamente dependentes da receita que os outros entes
cobram.
49% da arrecadação do IR e IPI não fica com a União, vai para Estados e Municípios
(21,5% no fundo de participação dos estados e 24,5% ao fundo de participação dos
municípios, mais 3% a programas de financiamento). Estes recursos do fundo de
participação dos estados vão em 15% para sul e sudeste e 85% para o resto. Grande
solidariedade entre as regiões na nossa federação.
Quanto ao IPI, tem mais 10% do IPI exportação, que vão para os estados conforme as
exportações. Forma de compensar pela desoneração das exportações. Estados e
municípios ficam com o IR que retêm quando do pagamento dos seus servidores e
empresas que prestam serviço. O ITR vai 50% ou 100% para o município, se cobrar. ICMS
25% para o município e 50% do IPVA para o município onde estiver licenciado o veículo.
A CF traz uma seção com este título, nos artigos 150 e 152, da CF. Encontramos
princípios e imunidades. Alguns falam em vedações específicas também.
Imunidades do art. 150: imunidades gerais, que se aplicam a todos os impostos. Caso da
imunidade recíproca, das instituições religiosas, dos partidos políticos, sindicatos,
entidades de educação e de assistência social sem fins lucrativos (SÃO AS IMUNIDADES
SUBJETIVAS), livros e periódicos, música nacional (IMUNIDADES OBJETIVAS).
Imunidades específicas para tributos específicas.