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METROLOGIA-2003 – Metrologia para a Vida

Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM)


01 a 05 de setembro de 2003, Recife, Pernambuco - BRASIL

GESTÃO METROLÓGICA PARA


SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Marcos Tadeu Pereira1 , Nilson Massami Taíra1 , Sandro de Almeida Motta1 ,


Fernando Rodrigues Garcia1
1
Instituto de Pesquisas Tecnológicas, São Paulo, Brasil

Resumo: O artigo descreve os resultados de um projeto de objetivo reduzir as incertezas nas medições utilizando o tubo
controle metrológico que apresentou, em uma primeira fase, de Pitot e tecnologia de ultra-som.
a calibração em campo de 74 medidores de vazão de grandes
A figura 1 mostra os desvios e incertezas encontrados para
dimensões (0,30 até 1,5 m de diâmetro) utilizados para
os medidores por diferença de pressão já avaliados.
totalização e controle do sistema de distribuição de água da
cidade de São Paulo. O projeto tem por objetivo principal introduzir na Compania
Estadual de Saneamento de São Paulo uma nova
Palavras chave: macromedição, gestão, metrologia.
metodologia para estimar o erro e a incerteza de todos seus
grandes medidores (macromedidores), considerando que
existem mais de 200 medidores com diâmetro variando de
1. INTRODUÇÃO 0,3 a 3,7 metros, e produzir uma avaliação da qualidade real
A situação atual da gestão do sistema de distribuição é da medição e recomendações para a melhoria da medição no
crítica com relação a qualidade dos dados disponíveis sobre sistema de distribuição.
estes medidores, seu uso e procedimentos de calibração, O sistema de abastecimento de água da Grande São Paulo
principalmente devido a impossibilidade de retirada dos
(SAM), serve ao redor de 18 milhões habitantes de milhões,
medidores de suas instalações para calibração em
distribuído na cidade de São Paulo e mais 36 cidades, sendo
laboratório. que para algumas destas cidades há operações de
A determinação do perfil de velocidades utilizando tubo de transferência de custódia, onde 17% da água produzida é
Pitot é o método utilizado na avaliação inicial dos vendida.
medidores. A Compania de Saneamento Básico de São Paulo, SABESP,
Com os resultados obtidos nas medições executadas até o tem 2,3 milhões de conexões físicas, oito sistemas
momento, é possível ter um boa estimativa do nível de produtores e uma vazão média aproximada 68 m³/s e cinco
incerteza e de desvio dos medidores, de tal forma a unidades de negócios que fazem distribuição da água
direcionar o projeto para a segunda fase, que tem por produzida.

30%
D≤ 500 mm < D≤
500 mm< ≤ 900 mm < D≤
900 mm< ≤ 2500 mm
20%

10%

0%

-10%

-20%

-30%

Figura 1. Desvios obtidos na avaliação de medidores por diferença de pressão


companias e abastecimento de água (transferência de
custódia) e para o cálculo de Indicadores de Perda (IP), que
ESTADO de serve de parâmetro na obtenção de recursos para
SÃO PAULO
investimentos junto a bancos de desenvolvimento (BID,
BRASILL Banco Mundial)
A metodologia utilizada na avaliação inicial dos medidores
é a determinação do perfil de velocidades utilizando tubo de
Região Metropolitana de São Paulo
Pitot. Com base nas medições executadas até o momento é
37 cidades and 18 millhões de habitantes
possível ter uma boa estimativa do nível de incerteza e erro
dos medidores, direcionando para a segunda fase do projeto,
Figura 2. Região metropolitana de São Paulo - RMSP que prevê a adequação das estações de medição (inclusive
estações pitométricas), tentando diminuir a incerteza de
A maior parte dos medidores testados até este momento são medição, e a utilização de tecnologia de ultra-som.
do tipo tubo de Venturi e suas variações (Tubo de Dall,
PermuTube, de diferentes formas construtivas e com idade
variando entre 60 até 10 anos). Dos 74 medidores 2. PERDAS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
calibrados, 10 (dez) são medidores de vazão
eletromagnéticos. Perdas, em um sistema de abastecimento, são as diferenças
entre o volume da água tratada produzida e o volume
A situação do sistema de medição do Sistema Adutor eficazmente entregue por uma compania de abastecimento
Metropolitano (SAM) é bem complexa, pois não existe de água. Existem perdas físicas – basicamente devido a
ainda um estudo de confiabilidade quanto a qualidade dos vazamentos na rede – e perdas não físicas (comerciais)
dados de medição de vazão destes macromedidores, seu uso devido a erros de medição, fraudes e conexões ilegais na
e procedimentos de calibração. Os problemas principais rede. O Índice de Perda Global da Compania de Saneamento
observados são: Básico do estado de São Paulo (SABESP) que abastece a
• A maior parte dos medidores não pode ser retirado da RMSP em 2002 foi de 33%, e a estimativa é de que 15% são
estação de medição para ser calibrado, devido ao custo relacionados a perdas físicas, semelhantes ao que acontece
econômico do trabalho, restrições físicas e em outros países.
principalmente devido a problemas críticos relacionados De acordo com fontes da IWSA (the International Water
com a parada do abastecimento dos consumidores; Supply Association) e do Banco Mundial - BIRD
• Não existem instalações laboratoriais para calibração de (Indicators – Water and Wastewater Utilities, 1996), O
medidores de vazão de diâmetros grandes; volume de água não contabilizado (perda não contabilizada)
pode ser expressa como:
• Alguns medidores são antigos, com tempo de instalação • uma porcentagem de produção da água tratada
médio de 30 anos ou mais; (entregue para o sistema de distribuição, % de perda
• Muitos medidores estão instalados em condições não não contabilizada).
ideais, isto é perto de válvulas, curvas ou comprimento • como m³/dia /km de rede do sistema de abastecimento de
de trecho reto a montante e ou a jusante insuficientes. água.
Alguns dos macromedidores não possuem o layout da
instalação e em outros não existe a possibilidade de A taxa média de perda não contabilizada, nos países em
adequação das instalações existentes; desenvolvimento, é de 37% (1996), quase o dobro do que é
considerado aceitável em países desenvolvidos (menos que
• A maior parte dos medidores não são padronizados; 20%). A taxa mais alta é achada em Bursa, Peru, com 62%,
e o mais baixo em Abidjan, Costa do Marfim com 17%. A
• O metodologia utilizada até o momento deverá ser
figura 2 apresenta a tendência do índice de perdas não
atualizada. Uma nova metodologia de calibração e de
contabilizadas na RMSP durante o período de 1977 a 1992.
cálculo de incerteza deve ser introduzida e ser aceita
pelos engenheiros da compania; Índice de perdas não contabilizadas, %
• A compania de abastecimento entrega cerca de 68 m³/s,
e quaisquer mudanças em coeficientes de calibração
devem ser feitas com cuidado de forma a não provocar
perturbações no sistema. Todos os dados dos medidores
são enviados para um controle central, onde são tratados
e totalizados.
O equilíbrio dos diferentes volumes de controle existentes Figura 2. O Índice de perdas não contabilizadas na região
no sistema de distribuição (SAM) é crítico para a compania, Metropolitana de São Paulo – RMSP, desde 1977 até 1992
devido as portarias da agência reguladora setor (ANA) que A compania de abastecimento de água deve identificar os
prevê o pagamento de royalties para captação de água, para fatores que influem neste índice de tal forma a facilitar o
as operações de venda de água tratada para outras gerenciamento e controle do sistema e a redução das perdas.
Para isto, a compania dispõem de aproximadamente 200 Figure 4. Detalhe das tomadas de pressão do tubo de Pitot
macromedidores que recebem a água diretamente dos Cole
sistemas de produção e entregam para 5 áreas de Esta prática é baseada na idéia de que macromedidores
distribuição. grande diâmetro são só usados com propósitos de controle
Uma das metas do projeto é reduzir o índice de perdas não operacional da produção e dos sistemas de distribuição.
contabilizadas para menos que 20%, e para isto é necessário Contribuindo para esta prática está a inexistência de
forte trabalho de avaliação metrológica destes medidores. Os laboratórios de calibração para estes macromedidores,
primeiros 74 medidores avaliados são responsáveis pela especialmente para aqueles com mais de 1000 mm de
totalização de aproximadamente 70% do volume da água diâmetro. Deve-se mencionar que o diâmetro de 800 mm é o
total distribuído na RMSP. limite máximo considerado pela norma ISO 5167 para este
tipo de medidor.
Esta situação gerou entre os profissionais da área a
3. METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE convicção que estes medidores naturalmente não são
GRANDES MEDIDORES DE VAZÃO DE ÁGUA confiáveis para totalização de volume e como dispositivos
No Brasil, especificamente nos sistemas de abastecimento de transferência de custódia. Nesta “cultura” os projetos de
de água, é habitual instalar medidores de vazão por instalações de medidores não utilizam sistemas de by-pass
diferencial de pressão com diâmetros maiores que 300 mm ou medidores de stand-by, de tal forma a possibilitar a
sem qualquer calibração prévia em laboratório. retirada do macromedidor.

As constantes destes medidores são verificadas em situ, com Outro problema era a metodologia de mapeamento
o medidor sujeito à influência de singularidades e a utilizando tubo de Pitot, utilizada anteriormente ao projeto,
variações de vazão. A verificação é normalmente feita por que não considerava o cálculo de incerteza. Existia uma
comparação entre a vazão indicada pelo medidor avaliado e convicção de que o tubo de Pitot tipo Cole apresentava uma
a vazão calculada por mapeamento do perfil de velocidades incerteza de ± 1%, independente do perfil de velocidades, da
utilizando tubo de Pitot. O tubo de Pitot normalmente incerteza na determinação do diâmetro interno, da
utilizado é do tipo Cole. As figuras 3 e 4 mostram um típico estabilidade da vazão, entre outras fontes de incerteza.
tubo de Pitot Cole e suas tomadas de pressão total e de
esteira.
4. NOVA METODOLOGIA PARA MAPEAMENTO
DO PERFIL DE VELOCIDADES (TRAVERSE)
haste UTILIZANDO TUBO DE PITOT COLE
Em 2001, o Laboratório de Vazão do IPT deu início a um
projeto para avaliar os grandes medidores da Compania de
Saneamento Básico do estado de São Paulo. O primeiro
passo foi uma revisão cuidadosa dos procedimentos de
mapeamento do perfil de velocidades (traverse) utilizando
Pitot Cole para a calibração em situ de medidores de pressão
diferencial, padronizados ou não, e para medidores de vazão
eletromagnéticos com diâmetros superiores a 300 mm.
O traverse utilizando tubo de Pitot Cole é executado em 5
posições ao longo de um plano transversal de raio de tubo R,
Tomadas de
e para cada ponto é determinada a velocidade local V. Ao
pressão
final do traverse é definido o Fator de Velocidade FV, que é
a taxa entre a velocidade média do perfil de velocidades û e
Figure 3. Tubo de Pitot tipo Cole a velocidade local no centro da tubulação Vc, então:
FV = u Vc (1)

A vazão volumétrica pode ser calculada utilizando a relação:

Q = FV ⋅ Vc ⋅ A (2)

onde A é a área da seção transversal do tubo.


A figura 4a apresenta os perfis de velocidade obtidos para
um traverse executado ao longo de um raio de uma seção
transversal do tubo de acordo com: 1) a metodologia
utilizada pela companias de abastecimento de água, e 2) para
o método “log-linear” descrito pela norma ISO 3966 –
1977. A figura 4b mostra a divergência observada no
cálculo do Fator de Velocidade FV de acordo com ambos os tubo de Pitot de acordo com a guia para cálculo de incerteza
métodos, em relação à vazão calculada teoricamente pela lei ISO-GUM.
das potências para distribuição do perfil de velocidades em
A tabela 1 apresenta, um estudo de caso, na qual a incerteza
um tubo:
expandida final é ao redor de 2 vezes maior do que o antigo
1 valor assumido pela compania, onde as fontes de incerteza
Vc R  r  N de maior influência são o coeficiente de “descarga” (obtido
πR 2 ∫0  R 
Q= 1− 2πrdr (3) experimentalmente pelo IPT), a flutuação de pressão e o
efeito de blocagem do escoamento provocado pelo tubo de
1 Pitot.
R
 r N
FVteórico = ∫ 1 −  2ðrdr (4)
0 
R
5. METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO EM SITU
As figuras mostram que a distribuição dos pontos medidos ESTAÇÃO DE MACROMEDIÇÃO DE ÁGUA
como proposto pelo manual de pitometria das companias de Os objetivos a serem alcançados pela aplicação desta
abastecimento de água apresentam um desvio na metodologia, em uma primeira etapa, são a obtenção de
determinação do FV maior que o método “log- linear”, e incertezas mais baixas e proporcionar uma maior
para N=10 (Re D = 3,2 . 106 ), a diferença entre ambos os confiabilidade nos valores de desvios encontrados. Para
métodos é de 0,4%, sendo que esta diferença será maior para atingir estes objetivos foram tomadas as seguintes ações:
valores mais baixos de N.
• Manter a estabilidade da vazão durante a execução do
1.0
ensaio de campo;
0.9 • Calibração em um ou dois traverses, ao invés de apenas
0.8 Manual de pitometria um;
0.7 Método log-linear

0.6 • Considerar no cálculo de incerteza a influência da


r/R
deformação do perfil de velocidades;
r/R

0.5 Raio Manual de Método


n pitometria log-linear
0.4 1
2
0.316
0.548
0.278
0.566
• Melhor conhecimento da instalação (comprimentos de
0.3
3 0.707 0.695 trechos retos a montante e a jusante do macromedidor e
0.2 4 0.837 0.847
5 0.949 0.962 da estação pitométrica), informações estas, nem sempre
0.1
0.0
disponíveis;
0.00 0.20 0.40 0.60 0.80 1.00 • Manter sob um cuidadoso controle metrológico todas as
u/Vc variáveis do processo.
a) Foi desenvolvida uma metodologia para a avaliação das
condições de operação e de instalação dos macromedidores
0.7%
e da estação de pitométrica, definindo faixa de operação,
0.6%
0.5%
comprimentos de trechos retos disponíveis, configuração de
Manual de pitometria
0.4% Método log-linear
elementos secundários, identificação do tipo de
0.3%
interferências mais próximas (cotovelos, curvas, válvulas,
N Re
desvio do FV

D
0.2% derivações, etc) que possam perturbar o perfil de
----------------------------
3
0.1% 6 4 x 10 velocidades.
5
7 1.1 x 10
0.0% 8.8 1.1 x 10 6
A figura 5 mostra os passos a serem seguidos nesta
6
-0.1% 10 3.2 x 10
avaliação que deve ser feita previamente ao ensaio.
-0.2%
-0.3% A metodologia apresentada foi desenvolvida basicamente
0 2 4 6 8 10 12 para avaliação de medidores de grandes diâmetros que não
Expoente N podem ser retirados de sua instalação.
b) Portanto deve-se subentender que a metodologia propõem
Figure 4. a) Traverse obtido utilizando manual de uma calibração “informal”, uma vez que em situ várias
pitometria da compania de abastecimento de água e pelo condições necessárias para um bom processo de calibração
não podem ser alcançadas, como o escoamento bem
método “log-linear” proposto pela norma de ISO 3966.
desenvolvido, requisitos mínimos para comprimentos de
b) Desvio no cálculo do Fator de Velocidade. trechos retos, estabilidade da vazão durante os ensaios, etc.
Outra evolução importante da nova metodologia é a
avaliação de incerteza da velocidade calculada usando o
Tabela 1. Analise de incerteza da medição de velocidade utilizando tubo de Pitot “Cole”
Incerteza coeficiente
valor Distribuição de incerteza Contribuição
Mensurando - xi padronizada sensibilidade 2
mensurando probabilidade (ci*u(x i)) (%)
u(x i ) c i
Pressão diferencial (type B) 4178 Normal 12.2461 0.0003 0.00001361 2%
Pressão diferencial (type A) 0 Normal 43.9844 0.0003 0.00017555 29%
densidade 998.202 Rectangular 1.2967 -0.0013 0.00000267 0%
Coeficiente de descarga 0.8700 Normal 0.0051 2.8933 0.00021791 37%
Gradiente de velocidade 0 Normal 0.0038 1.0000 0.00001426 2%
Inclinação do tubo Pitot em
0 Normal 0.0038 1.0000 0.00001426 2%
relação a direção do escoamento
Correção da blocagem 0 Normal 0.0126 1.0000 0.00015841 27%

0.024 m/s
Incerteza padronizada
v= Cd.(2.∆P/ρ) 0.5 0.97%
2.52 m/s 0.05 m/s
Incerteza expandida
1.9%

Inspeção da estação Calibração do tubo de Na figura 6 pode-se observar duas configurações básicas
pitométrica Pitot tipo “Cole”
para o estações de macromedição, onde a estação de
pitometria pode ser localizada a montante ou a jusante da
estação de medição (macromedidor).
Avaliação do elemento Avaliação da Avaliação do elemento A distancia entre as estações pode variar de alguns metros
secundário estação pitometrica secundário
(intalação e faixa de operação) (intalação e faixa de operação) até mais de 1000 metros, e entre as estações podem ser
encontradas várias singularidades como reduções, curvas,
válvulas, etc

Avaliação da .
estação de medição

Figura 5. Diagrama de blocos para a avaliação de uma estação de


macromedição de água típica.

Distribuição

Estação de
RESERVATÓRIO
medição
Estação
pitométrica
Singularidades

Medidor em teste

Distribuição

Estação de
RESERVATÓRIO
medição
Estação
Singularidades pitométrica

Medidor em teste

Figura 6. Configurações típicas de estações de macromedição


6. DETERMINAÇÃO DO FATOR K Historicamente a compania de abastecimento de água
adotava um novo valor para fator de calibração sempre
A vazão indicada por um medidor de vazão por diferença de
quando surgisse uma divergência de mais de 3% no
pressão é calculada segundo a expressão abaixo (ISO 5167):
processo de calibração. Não existia nenhuma menção para a
incerteza da medição, sendo normalmente considerado a
π d2 2 ÄP
Q = Cd (5) incerteza (“precisão”) de 1%, sem estudo da propagação e
4 1− â4 ñ combinação de erros. A figura 7 apresenta um histórico do
fator K d e um medidor tipo Venturi calibrado no campo
Quando as dimensões internas não estão disponíveis, ou o usando um Pitot como um padrão.
medidor não é padronizado a equação (5) não se aplica,
devendo ser aplicada a equação (6). O fator K é dimensional
e varia de acordo com o sistema de unidades empregado. 7. INSTRUMENTAÇÃO UTILIZADA NA
AVALIAÇÃO
Q = K. ÄP (6)
No processo de avaliação, 3 (três) transdutores de pressão
Como os valores dimensionais são praticamente constantes, são utilizados para medição da pressão diferencial observada
e a densidade da água não varia quase nada para as nas tomadas de pressão do tubo de Pitot, como é mostrado
condições de operação normal de sistemas de abastecimento na figura 8, em um montagem conhecida como “split-
de água, a equação (6) pode ser reduzida para: range”, que permite cobrir uma maior faixa de vazões sem
perda da qualidade de medição.
π d2
K = Cd (7) As medições de pressão diferencial no tubo de Pitot quanto
4 ñ no medidor são feitas com uma freqüência de amostragem
(1 − â 4 ). de 1 Hz, e processadas em situ por planilhas de cálculo e um
2 microcomputador.
onde:
Q vazão volumétrica; 8. RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES DAS
Cd coeficiente de descarga; ESTAÇÕES DE MACROMEDIÇÃO
As estações de macromedição avaliadas podem ser divididas
d diâmetro interno da garganta;
em dois grupos: 45 estações de macromedição (interna para
β relação de diâmetro(d) acima de(D); a compania, utilizadas para operações entre unidades de
negócio-UN) e 29 estações de medição de transferência de
∆P diferencial de pressão; custódia. Uma descrição breve dos problemas observados
ρ massa específica. estão apresentados nas tabelas 2 e 3.

0.70
Kverdadeiro
0.69
Kmedio
0.68 0.6750
Kavg ± 3%
)
0,5

0.67
FatorK (m³/(mca)

0.66
0.6570
0.65

0.64 0.6378
0.63

0.62 0.6187
0.61 0.616

0.60
Fev-91 Dez-92 Abr-94 Mar-95 Jun-96 Abr-97 Fev-98 Nov-99 Fev-02
Data de calibração

Figura 7. Variação ao longo dos anos do Fator K para um medidor Venturi


DATALOGGER
CHANNEL 01 CHANNEL 04

CHANNEL 02 CHANNEL 03

+ + + +
pressure pressure pressure pressure
transmitter transmitter transmitter transmitter
- - - -

Laptop computer

H H H H

L L L L
Cole type Pitot

up to 150 mmH2O up to 500 mmH2O up to 1500 mmH2 O Secondary of


@Vmax =1,5 m/s @Vmax =2,8 m/s @Vmax =4,8 m/s Meter under Test

Figura 8.Esquematização da instrumentação utilizada nas calibrações em situ

Tabela 2. Estações de macromedição internas – UN (45 estações) Tabela 3. Estações de macromedição de transferência de custódia
(29 estações)
ocorrência Quantia %
Variação acima de 3% no fator K 20 44 ocorrência Quantia %
Medidor com trecho reto insuficiente 13 29 Variação acima de 3% no fator K 7 24
Estação pitométrica com trecho reto 9 20 Medidor com trecho reto insuficiente 23 79
insuficiente Estação pitométrica com trecho reto 12 41
Medidor ou transmissor de pressão 7 16 insuficiente
fora de faixa Medidor ou transmissor de pressão 2 7
Volume totalizado subestimado 21 47 fora de faixa
(< -3%) Volume totalizado subestimado 14 48
Volume totalizado superestimado 4 9 (< -3%)
(> +3%) Volume totalizado superestimado 0 -
Escoamento com pulsação 3 7 (> +3%)
Escoamento com pulsação 6 21
A figura 9 apresenta os desvios verificados em todos os
medidores por diferença de pressão avaliados. Na figura 10
pode-se observar os desvios verificados para os medidores
utilizados nas operações de transferência de custódia

30%
≤ 500 mm
D≤ < D≤
500 mm< ≤ 900 mm < D≤
900 mm< ≤ 2500 mm
20%

10%

0%

-10%

-20%

-30%

Figura 9. Resultados dos desvios observados em todos os medidores por diferencial de pressão avaliados
30%
Venturi e tubo de Dall Medidor eletromagnético
20% 300 mm≤≤ D≤≤ 1050 mm ≤ D≤
300 mm≤ ≤ 700 mm

10%

0%

-10%

-20%

-30%

Figura 10.Resultados dos desvios observados nos medidores utilizados para transferência de custódia avaliados

As figuras 11, 12 e 13 apresentam os perfis de velocidade reto suficiente, comprimento de trecho reto desconhecido e
medidos em três condições distintas: comprimento de trecho trecho reto de 9D a montante da estação pitométrica.

1.1

1.0

0.9

0.8

0.7
u/V c

0.6 Figura 11. Perfil de velocidades


admensional em tubo de 400 mm
0.5 (incerteza final ±5trecho reto a
montante de 75D e 100D a jusante
0.4 0,22 m³/s 0,31 m³/s 0,37 m³/s 0,43 m³/s (PM320)
0.3

0.2

0.1

0.0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00
y/D

1.1

1.0

0.9

0.8

0.7

Figura 12. Perfil de velocidades c


u/ 0.6
admensional em tubo de 1200 mm V 0.5
(incerteza final entre ±5 a ±8,8%), 0.4
trechos retos desconhecidos
0.3
(PM179) 0,905 m³/s 1,05 m³/s 1,29 m³/s 1,44 m³/s
0.2

0.1

0.0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00
y/D
1.2

1.1

1.0

0.9

0.8
Figura 13. Perfil de velocidades
0.7 admensional em tubo de 900 mm
u/Vc

0.6 (incerteza final entre ±13 a


0.5 ±24%), trechos retos a montante
0.45 m³/s 0.63 m³/s 0.84 m³/s 1.07 m³/s de 9D e a jusante de 4D
0.4
(PM099)
0.3

0.2

0.1

0.0
0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.00
y/D

ESTUDO DE CASO mm e dois medidores eletromagnéticos de 500 mm


calibrados em laboratório. O medidor por diferencial de
Em um arranjo particular do sistema de abastecimento de
pressão foi calibrado contra o tubo de Pitot “Cole”, pelas
água foi possível estudar a incerteza envolvida na nova
metodologias antiga e nova.
metodologia.
Na figura 15 pode-se observar o desvio do tubo de Dall
A figura 14 apresenta o esquema da instalação constituída
conta os medidores eletromagnéticos, e comprovar que a
por uma estação pitométrica, um medidor tubo Dall de 800
nova metodologia apresenta resultados mais consistentes.

Estação de medição
de compra

Medidor eletromagnético
Estação Estação de medição de 500mm
Qmáx = 600 l/s
Pitométrica venda

Tubo de Dall
800mm
Faixa de operação:
300 a 900 l/s

Medidor eletromagnético
500mm
Qmáx = 600 l/s

Figura 14.Detalhe da estação pitométrica, estação de medição com tubo Dall 800 mm e dois medidores eletromagnéticos 500 mm

0%

-1%

-2%

-3% Metodologia antiga


Desvios (%)

-4% Metodologia nova


-5%

-6%

-7%

-8%

-9%

-10%

-11%

-12%
25.Jul 26.Jul 27.Jul 28.Jul 29.Jul 30.Jul 31.Jul 01.Ago 02.Ago 03.Ago 04.Ago

Figura 15.Desvios observados entre os medidores tubo Dall 800 mm e os dois medidores eletromagnéticos 500 mm, pelas duas
metodologias
9. CONCLUSÃO
Após a proposição e aplicação da nova metodologia,
deve-se destacar a importância da calibração dos
macromedidores restantes para então possibilitar a
aplicação de tecnologia de ultra-som, com o objetivo de
reduzir ainda mais os níveis de incerteza existentes.

10. REFERÊNCIAS
• Indicators – Water and Wastewater Utilities, World
Bank , 1996.

• ISO 5167 Measurement of fluid flow in circular cross-


section conduits running full using pressure
differential devices, Part 1: General and Part 2:
Orifice plates, 2000.

• ISO 3966 – Measurement of fluid flow in closed


conduits – Velocity area methods using static pitot
tubes, 1977.

• ISO-GUM – Guide to the Expression of Uncertainty


in Measurement; 1993

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