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Vinícius Reccanello de Almeida

REFORMAS EDUCACIONAIS E PLANOS DE EDUCAÇÃO


(José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e Mirza S. Toschi)
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Conteúdo referente às páginas 175 a 229.

Vamos analisar as reformas da década de 90 até os dias atuais.

POLÍTICAS EDUCACIONAIS NO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


(1995-2002)
A reforma educacional em curso teve início com um elenco amplo de ações, porém, sem au-
mento de recursos financeiros para manutenção e desenvolvimento do ensino.
No primeiro mandato, FHC apresentou um programa denominado Acorda Brasil: Está na Hora
da Escola, no qual se destacaram cinco pontos:
a) distribuição de verbas diretamente para as escolas;
b) melhoria da qualidade dos livros didáticos;
c) formação de professores por meio de educação a distância;
d) reforma curricular (estabelecimentos de Parâmetros Curriculares Nacionais e de Diretrizes
Curriculares Nacionais);
e) avaliação das escolas.

Observam-se nesses pontos os mesmos itens das reformas no plano internacional, uma vez que
eles cumprem orientações de organismos multilaterais: financiamento, formação de professores, cur-
rículo, avaliação e gestão.
Diferentemente das políticas educacionais anteriores, que faziam reformas em alguns pontos da
educação escolar, o governo Fernando Henrique Cardoso elaborou políticas e programas com articula-
ções entre as alterações que ocorriam em vários âmbitos, graus e níveis de ensino.
Analistas e pesquisadores educacionais chegavam a enfrentar dificuldades para acompanhar to-
das as ações, que aconteciam em ritmo acelerado, ignorando as considerações das entidades organi-
zadas e das pesquisas educacionais realizadas nas universidades.
A ampla e muitas vezes exagerada divulgação de ações gerou a convicção de que a educação es-
tava finalmente mudando. Porém, resultados negativos do Sistema de Avaliação Nacional do Ensino
Fundamental (Saeb) começaram a minar o otimismo criado: a falta de vagas para milhares de crianças
produziu desconfiança quanto ao que fora propagado, e a não melhoria das condições salariais levou
os professores à síndrome da desistência.
Nas eleições presidenciais de 2002, a sociedade brasileira elegeu o presidente Luís Inácio Lula da
Silva, fundador do Partido dos Trabalhadores. Sua proposta era denominada Uma Escola do Tamanho
do Brasil, na perspectiva de que a educação seria tratada como prioridade de governo e como ação
relevante na transformação da realidade econômica e social do povo brasileiro.

POLÍTICAS EDUCACIONAIS DO PRIMEIRO GOVERNO DE LUIZ INÁCIO LULA DA


SILVA (2003-2006)
Com o slogan já mencionado, a educação seria uma área que deveria contar com diferenças de
tratamento em relação ao passado próximo e distante.
Considerando a educação como condição para a cidadania, o governo Lula mostrou-se determi-
nado a reverter o processo de municipalização predatória da escola pública, propondo novo marco de

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solidariedade entre os entes federativos para garantir a universalização da educação básica, na pers-
pectiva de elevar a média de escolaridade dos brasileiros e resgatar a qualidade do ensino em todos os
níveis.
Para garantir a educação como direito, o projeto de educação do governo Lula obedecia a três
diretrizes gerais:
a) democratização do acesso e garantia de permanência;
b) qualidade social da educação;
c) instauração do regime de colaboração e da democratização da gestão.

Vejamos cada uma delas:

1) Democratização do acesso e garantia de permanência

Democratizar não significa apenas construir novas escolas. Apesar de importante, só isso não
garante o atendimento, verdade válida especialmente na zona rural. É preciso ampliar o atendimento
e assegurar a utilização de todas as alternativas para garantir o acesso e a permanência, articulando
até mesmo os serviços de transporte escolar.
Faz-se necessário um sistema nacional articulado de educação, de sorte que Estado e socieda-
de, de forma organizada, autônoma e permanente, pudessem, por meio de uma gestão democrática e
participativa, atingir os objetivos propostos.

2) Qualidade social da educação

A qualidade social traduz-se na oferta de educação escolar e de outras modalidades de formação


para todos, com padrões de excelência e de adequação aos interesses da maioria da população. Tem
como consequência a inclusão social, por meio da qual todos os brasileiros se tornam aptos ao questi-
onamento, à problematização, à tomada de decisões, buscando soluções coletivas possíveis e necessá-
rias à resolução dos problemas de cada um e da comunidade onde se vive e trabalha.
Medidas para se chegar à qualidade:
a) repensar a organização dos tempos e dos espaços das escolas;
b) repensar a estrutura seriada (de forma a evitar a exclusão, que tem levado à repetência e eva-
são)
c) tornar o currículo mais significativo, valorizando-se as práticas sociais e as experiências de vida
dos alunos;
d) valorizar o profissional;
e) valorizar o PPP;
f) criar centros de formação permanente e de aperfeiçoamento dos profissionais da educação,
por estados ou região, articulados com universidades e com os sistemas de educação básica.
g) Incentivar a publicação de trabalhos, pesquisas, análises e descrições de experiências pedagó-
gicas bem-sucedidas de autoria dos profissionais da educação básica.

3) Regime de colaboração e gestão democrática

Para cumprir os dispositivos da LDB em vigor, que estabelece o regime de colaboração entre as
esferas administrativas, o governo Lula encaminharia proposta de lei complementar para regulamen-
tar a cooperação entre as esferas de administração e instituir as instâncias democráticas de articula-
ção. Dentre outras medidas, como:

a) Reverter o atual processo de municipalização predatória da educação;

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b) Instituir o sistema nacional de educação, normativo e deliberativo, para articular as ações


educacionais da União, dos estados e dos municípios;
c) Criar o Fórum Nacional de Educação para propor, avaliar e acompanhar a execução do Plano
Nacional de Educação e de seus similares em cada esfera administrativa;
d) Fortalecer os fóruns, os conselhos e as instâncias da educação, buscando, sempre que possí-
vel, ações integradas que evitem a fragmentação e a dispersão de recursos e esforços.
e) Estimular a instalação de processos constituintes escolares, bem como do orçamento parti-
cipativo, nas esferas do governo e nas unidades escolares;
f) Estabelecer normas de aplicação dos recursos federais, estaduais e municipais, com base na
definição de um custo-qualidade por aluno;
g) Instituir o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Após o encerramento do primeiro governo Lula (2003-2006), verificou-se que algumas metas de
seu programa foram atingidas, como o Fundeb e a definição do custo-qualidade por aluno, enquanto
outras estavam em via de realização, como o sistema nacional articulado de educação, proposto para
o novo Plano Nacional de Educação, e o Fórum Nacional de Educação1.
Este fórum foi reivindicado pela Conae em 2010, embora já tivesse previsto desde as primeiras
versões da LDB.

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO DO SEGUNDO GOVERNO DE LUIZ INÁCIO LULA DA


SILVA (2007-2010): PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
O PDE foi apresentado em abril de 2007 como um plano de Estado e não como um plano de par-
tido ou de governo. Esse plano compõe o Plano Plurianual (PPA) 2008-2011. O PPA foi sancionado por
meio da Lei nº 11.653 de 2008.
O PDE é um conjunto de iniciativas articuladas sob a abordagem do sistema educativo nacional,
cuja prioridade é a melhoria da qualidade da educação básica, passando por investimentos na educa-
ção profissional e na educação superior, pois se entende que os diferentes níveis de ensino estão liga-
dos, direta ou indiretamente. Com uma proposta de ações sistêmicas, articuladas, o PDE visa mobilizar
a sociedade para a importância da educação, envolvendo pais, alunos, professores e gestores em inici-
ativas que busquem o sucesso e a permanência do aluno na escola.
O PDE organiza-se em quatro eixos de ação:

1) Educação básica: tendo como objetivo prioritário a melhoria da qualidade da educação bá-
sica pública medida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), enfrentan-
do os problemas de rendimento, frequência e permanência do aluno na escola, a partir da
mobilização social em torno do Programa Compromisso Todos pela Educação. Inclui ações
visando à melhoria da gestão escolar, da qualidade do ensino e do fluxo escolar, valorização
e qualificação de professores e profissionais da educação, inclusão digital e apoio ao aluno e
às escolas.
2) Alfabetização e educação continuada: tendo como objetivo reduzir a taxa de analfabetismo
e o número absoluto de analfabetos, com foco nos jovens e adultos de 15 anos ou mais,
com prioridade para os municípios que apresentam taxa de analfabetismo superior a 35%. O
Programa Brasil Alfabetizado tem por meta atender 1,5 milhão de alfabetizandos por ano,
assegurando a oportunidade de continuidade dos estudos para os jovens e adultos acima de
15 anos de idade egressos das turmas de alfabetização de adultos;
3) Ensino profissional e tecnológico: com o objetivo principal de ampliar a rede de ensino pro-
fissional e tecnológico do país, de modo que todos os municípios tenham, pelo menos, uma

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O MEC instituiu o Fórum Nacional de Educação (FNE) por meio da Portaria nº 1.047/2010.

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escola oferecendo educação profissional. A expansão da oferta da educação profissional e


tecnológica se dará prioritariamente em cidades-polo, respeitando as vocações econômicas
locais e regionais, em especial o ensino médio e a educação de jovens e adultos, com educa-
ção profissional em todas as modalidades e níveis;
4) Ensino superior: com o objetivo de ampliar e democratizar o acesso ao ensino superior no
país por meio da ampliação das vagas nas instituições federais de ensino superior e da ofer-
ta de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni), articulado ao Financiamento
Estudantil (Fies). Com a ação de apoio à Reestruturação e Expansão das Universidades Fe-
derais (Reuni), as universidades apresentarão planos de expansão da oferta para atender à
meta de dobrar o número de alunos nas Instituições Federais de Ensino (Ifes) no Brasil em
dez anos. O ProUni será ampliado, oferecendo cem mil novas bolsas por ano e permitindo o
financiamento de 100% das bolsas parciais do ProUni por meio do Fies. Com a implementa-
ção do PDE, os recursos alocados pelo governo federal à educação sofrerão um acréscimo
nas despesas discricionárias de cerca de 150% até 2011 em relação a 2007, saltando de 9 bi-
lhões (2007) para 22,5 bilhões (2011). A União aplicará, em educação, no período do PPA,
cerca de 26,8% das receitas oriundas de impostos, representando aproximadamente 35,7 bi-
lhões a mais do que o mínimo constitucional exigido.

Saviani (2009)2 faz uma crítica ao PDE, mostrando inicialmente que as inúmeras ações a ele
agregadas após o seu lançamento não deixavam claros os mecanismos de controle de sua execução, o
que tornaria possível burlar os resultados, impedindo a aferição correta e realista do efetivo resultado
delas. Comparando o PNE 2001 com o PDE, observa que este último reproduz muitas ações do PNE e
não constitui um plano, e sim um conjunto de ações que, embora presentes no PNE, não se articulam
organicamente com ele. Essas inúmeras ações podem levar o MEC a perder o foco do PDE, que é me-
lhorar a qualidade do ensino. Todavia, segundo esse autor, o PDE tem de positivo três programas que
buscam enfrentar o problema qualitativo da educação básica: o Ideb, a Provinha Brasil e o Piso do
Magistério.
Por fim, Saviani (2009) avalia que efetivas mudanças na educação necessitam de ações de im-
pacto. Para isso, propõe dobrar o percentual do PIB para a educação, chegando aos 8%, tais como
fizeram e fazem há vários anos os países que têm sucesso na educação escolar, como os Estados Uni-
dos, o Canadá, a Noruega, a Suécia e a Coreia do Sul.

PLANO DE METAS COMPROMISSO TODOS PELA EDUCAÇÃO


O debate sobre a qualidade da educação básica tem estado na pauta das políticas e práticas
educacionais. No âmbito governamental, o Decreto nº 6.094/07 dispôs sobre o Plano de Metas Com-
promisso Todos Pela Educação, implementado pela União em regime de colaboração com os municí-
pios, DF e estados, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de
assistência técnica e financeira, visando à mobilização social pela melhoria da qualidade da educação
básica. Em seu art. 2º são definidas as diretrizes do plano:

o
Art. 2 A participação da União no Compromisso será pautada pela realização direta, quando couber, ou, nos
demais casos, pelo incentivo e apoio à implementação, por Municípios, Distrito Federal, Estados e respectivos
sistemas de ensino, das seguintes diretrizes:

I - estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a atingir;

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SAVIANI, Dermeval. PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação: análise crítica da política do MEC. Campinas:
Autores Associados, 2009.

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II - alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico
específico;

III - acompanhar cada aluno da rede individualmente, mediante registro da sua freqüência e do seu desempenho
em avaliações, que devem ser realizadas periodicamente;

IV - combater a repetência, dadas as especificidades de cada rede, pela adoção de práticas como aulas de reforço
no contra-turno, estudos de recuperação e progressão parcial;

V - combater a evasão pelo acompanhamento individual das razões da não-freqüência do educando e sua supe-
ração;

VI - matricular o aluno na escola mais próxima da sua residência;

VII - ampliar as possibilidades de permanência do educando sob responsabilidade da escola para além da jornada
regular;

VIII - valorizar a formação ética, artística e a educação física;

IX - garantir o acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais especiais nas classes comuns do
ensino regular, fortalecendo a inclusão educacional nas escolas públicas;

X - promover a educação infantil;

XI - manter programa de alfabetização de jovens e adultos;

XII - instituir programa próprio ou em regime de colaboração para formação inicial e continuada de profissionais
da educação;

XIII - implantar plano de carreira, cargos e salários para os profissionais da educação, privilegiando o mérito, a
formação e a avaliação do desempenho;

XIV - valorizar o mérito do trabalhador da educação, representado pelo desempenho eficiente no trabalho, dedi-
cação, assiduidade, pontualidade, responsabilidade, realização de projetos e trabalhos especializados, cursos de
atualização e desenvolvimento profissional;

XV - dar consequência ao período probatório, tornando o professor efetivo estável após avaliação, de preferência
externa ao sistema educacional local;

XVI - envolver todos os professores na discussão e elaboração do projeto político pedagógico, respeitadas as
especificidades de cada escola;

XVII - incorporar ao núcleo gestor da escola coordenadores pedagógicos que acompanhem as dificuldades enfren-
tadas pelo professor;

XVIII - fixar regras claras, considerados mérito e desempenho, para nomeação e exoneração de diretor de escola;

XIX - divulgar na escola e na comunidade os dados relativos à área da educação, com ênfase no Índice de Desen-
o
volvimento da Educação Básica - IDEB, referido no art. 3 ;

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XX - acompanhar e avaliar, com participação da comunidade e do Conselho de Educação, as políticas públicas na


área de educação e garantir condições, sobretudo institucionais, de continuidade das ações efetivas, preservando
a memória daquelas realizadas;

XXI - zelar pela transparência da gestão pública na área da educação, garantindo o funcionamento efetivo, autô-
nomo e articulado dos conselhos de controle social;

XXII - promover a gestão participativa na rede de ensino;

XXIII - elaborar plano de educação e instalar Conselho de Educação, quando inexistentes;

XXIV - integrar os programas da área da educação com os de outras áreas como saúde, esporte, assistência soci-
al, cultura, dentre outras, com vista ao fortalecimento da identidade do educando com sua escola;

XXV - fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famílias dos educandos, com as atribuições, den-
tre outras, de zelar pela manutenção da escola e pelo monitoramento das ações e consecução das metas do
compromisso;

XXVI - transformar a escola num espaço comunitário e manter ou recuperar aqueles espaços e equipamentos
públicos da cidade que possam ser utilizados pela comunidade escolar;

XXVII - firmar parcerias externas à comunidade escolar, visando a melhoria da infra-estrutura da escola ou a
promoção de projetos socioculturais e ações educativas;

XXVIII - organizar um comitê local do Compromisso, com representantes das associações de empresários, traba-
lhadores, sociedade civil, Ministério Público, Conselho Tutelar e dirigentes do sistema educacional público, encar-
regado da mobilização da sociedade e do acompanhamento das metas de evolução do IDEB.

O PNE PARA A PRÓXIMA DÉCADA


A Lei nº 10.172/01, que aprovou o Plano Nacional de Educação, previa em seu art. 1º que sua
duração seria de dez anos, ou seja, de 2001 a 2010. A discussão sobre o novo PNE começou em 2009,
ainda no governo Lula, quando foram realizadas conferências municipais, estaduais e regionais prévias
de educação, antecedendo a Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada em Brasília de 28 de
abril a 1º de maio de 2010.
O tema central da conferência foi: “Construindo um sistema nacional articulado de educação:
Plano Nacional de Educação, suas diretrizes e estratégias de ação”. Reproduzindo o sumário já inscrito
em documentos das conferências municipais e estaduais, o documento final está dividido em seis eixos
temáticos:
I – Papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade: organização e regulação da
educação nacional;
II – Qualidade da educação, gestão democrática e avaliação;
III – Democratização do acesso, permanência e sucesso escolar;
IV – Formação e valorização do/das profissionais da educação;
V – Financiamento da educação e controle social;
VI – Justiça social, educação e trabalho: inclusão, diversidade e igualdade.

No dia 15 de dezembro de 2010, o ministro da Educação, Fernando Hadad, apresentou projeto


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de lei contendo o novo PNE para o período de 2011 a 2020.

3
A aprovação do PNE na Câmara dos Deputados só ocorreu, no entanto, em junho de 2014.

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Baixe o outro material dessa aula para ver as 20 metas do novo PNE.

A proposta do percentual dos recursos públicos a serem aplicados na educação estabelece o ín-
dice de 7%, ainda aquém do que a Conae de 2010 estabeleceu, ou seja, 10% do PIB.

A EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 59, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2009


Segue a emenda com as modificações sobre os artigos da Constituição Federal.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Constituição
Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

Art. 1º Os incisos I e VII do art. 208 da Constituição Federal, passam a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 208. .................................................................................

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive
sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria; (NR)

..........................................................................................................

VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares
de material didáticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde." (NR)

Art. 2º O § 4º do art. 211 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 211. .................................................................................

..................................................................................................

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão
formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório."(NR)

Art. 3º O § 3º do art. 212 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 212. ................................................................................

.................................................................................................

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obri-
gatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equidade, nos termos do plano
nacional de educação."(NR)

Art. 4º O caput do art. 214 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação, acrescido do
inciso VI:

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"Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o
sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e
modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam
a:

.........................................................................................................

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno
bruto."(NR)

Art. 5º O art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte §
3º:

"Art. 76. ..................................................................................

..................................................................................................

§ 3º Para efeito do cálculo dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da
Constituição, o percentual referido nocaput deste artigo será de 12,5 % (doze inteiros e cinco décimos por cento)
no exercício de 2009, 5% (cinco por cento) no exercício de 2010, e nulo no exercício de 2011."(NR)

Art. 6º O disposto no inciso I do art. 208 da Constituição Federal deverá ser implementado progressivamen-
te, até 2016, nos termos do Plano Nacional de Educação, com apoio técnico e financeiro da União.

Art. 7º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.

Brasília, em 11 de novembro de 2009.

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