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1950 até 2010

Contexto | 1975

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nesta década:
O governo Geisel convive, durante o ano de 1975, com problemas no balanço de pagamentos e dificuldades
para conduzir a distensão política pretendida. Campanhas salariais
» 1978
A linha dura considera os resultados favoráveis à oposição nas eleições parlamentares de 1974 como uma » 1979
ameaça ao regime militar e aumenta a truculência. O governo reage, no campo político, alternando medidas » 1980
liberalizantes com outras repressivas, que buscavam contentar os militares. No campo econômico, a opção é » 1981
» 1982
tentar manter o elevado ritmo da atividade econômica, mesmo correndo os riscos de desequilíbrio no balanço
» 1983
de pagamentos suscitados pela contração mundial decorrente da crise do petróleo. » 1984

Em janeiro o governo suspende, sem alarde, a censura prévia ao jornal O Estado de São Paulo. Quase ao Congressos
mesmo tempo, o ministro da Justiça, Armando Falcão, anuncia em rede de rádio e TV o desmantelamento de » 1976
gráficas comunistas. Em abril, a Câmara dos Deputados rejeita, por 192 votos contra 136, a convocação do » 1978
ministro para prestar esclarecimentos sobre o desaparecimento de presos políticos. » 1983

No final de outubro, o jornalista Vladimir Herzog, intimado a depor no DOI-Codi de São Paulo, é encontrado Eleições
morto em sua cela. O laudo pericial atesta suicídio, mas não convence a opinião pública. Exigindo a apuração » 1975
dos fatos, 8 mil pessoas comparecem a um ato ecumênico promovido pelo arcebispo de São Paulo, dom Paulo » 1978
Evaristo Arns, no primeiro grande protesto contra a ditadura desde o AI-5. A morte de Herzog acirra os » 1981
» 1984
conflitos entre a linha dura do regime e o governo Geisel. Também deixa mais claro o alinhamento da Igreja
Católica com a oposição ao regime. Mandatos
» 1975 a 1978
A dívida externa torna-se um problema da agenda nacional. Já em janeiro, o ministro da Fazenda, Mário » 1978 a 1981
Henrique Simonsen, informa que ela atingira US$ 17,3 bilhões e anuncia que o governo adotará medidas para » 1981 a 1984
contê-la, ainda que para isso tenha que comprometer o crescimento do PIB. Diversas medidas de restrição às » 1984 a 1987
importações são impostas ao longo do ano, inclusive as de bens de capital. Tal medida é contraditória com os
objetivos do II PND, adotado no ano anterior, e dá uma mostra do caráter ilusório do otimismo prevalecente
quanto à possibilidade de o Brasil manter-se isolado das restrições impostas pela crise do petróleo.

A gravidade da situação se mostra, entre outros exemplos, na brutal expansão do endividamento que, no final
do ano, atinge US$ 21,1 bilhões, e na elevação da tomada de empréstimos externos, que salta para US$ 14,7
bilhões, quase o dobro dos US$ 7,8 bilhões de 73. Essa expansão não se explica apenas pelos maiores custos
das importações, mas também pela insistência na implementação do II PND, apesar das restrições impostas
em relação ao ritmo inicialmente planejado.
Na área energética, o Brasil lança o Proálcool — medida coerente com a necessidade de redução das
importações de insumos, notadamente o petróleo, em vista do seu peso no balanço de pagamentos.
Paralelamente são tomados empréstimos para a construção de hidrelétricas. É também assinado, em junho, o
acordo nuclear com a Alemanha, em que é prevista a compra de 8 centrais atômicas.

O acordo, negociado secretamente durante meses, é justificado pelo governo como uma das medidas de
prevenção da escassez de combustíveis. Entretanto, é interpretado mais como um produto da ideologia do
Brasil-potência do que com as reais necessidades de expansão da oferta de energia. Os próprios custos
previstos pelo governo são três vezes maiores que os relativos à geração de energia hidrelétrica. O projeto
recebe críticas da oposição e de especialistas, além de sofrer pressões contrárias dos Estados Unidos.

Em setembro, o ministro do Planejamento, Reis Velloso, prevê que o Brasil enfrentará um período de
dificuldades até que a política de substituição de importações dê resultados e modifica o cálculo da correção
monetária, expurgando altas de preços devidas a “calamidades climáticas” e “impactos adversos da conjuntura
internacional”. O ano termina com a inflação em 29,4%, contra 34,5% em 1974, e crescimento do PIB de
5,2%, contra 9% em 1974, bastante aquém dos 10% previstos no II PND.

O expurgo nos índices de inflação provoca não apenas achatamento salarial, como é motivo de séria crise
financeira. As corretoras e distribuidoras sofrem uma corrida para a liquidação de títulos préfixados. A
lucratividade dessas instituições, que dependeria dos índices oficiais de inflação, é abruptamente ameaçada
pela introdução do expurgo nesses índices. O governo tem que socorrer o sistema, ampliando a oferta
monetária, o que dificulta as tentativas de redução da inflação.

Na política externa, aliás, 1975 marca uma tomada de posição independente, dentro do objetivo militar de
tornar o Brasil uma liderança no Terceiro Mundo. O acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado a despeito das
pressões dos Estados Unidos, sinaliza essa linha de atuação do regime militar. Em outubro, o Brasil vota
favoravelmente a uma decisão da ONU que considera o sionismo como uma espécie de racismo, contra a
posição dos Estados Unidos. Em novembro, apóia o boicote ao regime de apartheid na África do Sul. No
mesmo mês, o Brasil é o primeiro país a reconhecer a independência de Angola e reconhece ainda
Moçambique, duas ex-colônias portuguesas na África.

1975, por fim, é o ano em que Luís Inácio da Silva, o Lula, é eleito para a presidência do Sindicato dos
Metalúrgicos de São Bernardo, iniciando o que será, anos depois, um novo tipo de sindicalismo (que questiona
o modelo atrelado à estrutura estatal), que se desenvolvera como oposição às direções oficiais estabelecidas
nas entidades sindicais durante todo o período pós-64. Mas o mais importante é que esse sindicalismo terá,
nos anos seguintes, dimensão política muito além das fronteiras sindicais. Assim como o próprio Lula.
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