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Agentes Físicos III
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Agentes Físicos III
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE
Agentes Físicos III
Introdução ao Tema
Veremos a seguir que radiação ionizante é a radiação que possui energia suficiente
para ionizar átomos e moléculas. A energia mínima típica da radiação ionizante é de
cerca de 10 eV. Pode danificar células e afetar o material genético (DNA), causando
doenças graves (por exemplo: câncer), levando até à morte. A radiação ionizante consiste
em ondas eletromagnéticas com energia suficiente para fazer com que os elétrons se
desprendam de átomos e moléculas, alterando sua estrutura – num processo conhecido
como ionização. Como resultado, eles tornam-se eletricamente carregados. Como parte
do nosso ambiente, tanto das fontes naturais presentes na Terra (terrestres) quanto do
espaço (cósmico), estamos permanentemente expostos às radiações ionizantes. Além
disso, fontes artificiais também contribuem para nossa exposição.
Nesta unidade, também são analisados os efeitos nocivos das radiações não ionizantes.
Denominamos de radiação não ionizante a radiação com frequência inferior a 1016
Hz, cujos efeitos à saúde são diferentes daqueles causados pela radiação ionizante e,
portanto, exigem outras ações corretivas e de controle.
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climática do mapa oficial do Ministério do Trabalho onde o local de trabalho se encontra.
A temperatura do ambiente deve ser medida com o uso de termômetro de bulbo seco,
com capacidade para leituras de pelo menos -40C.
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Agentes Físicos III
Leitura Obrigatória
Agentes físicos – radiações ionizantes
Desde os primórdios da humanidade, o homem esteve exposto às radiações
ionizantes provenientes do espaço exterior, do solo, da água, do ar e dos seres vivos. O
crescente uso de fontes emissoras dessas radiações em atividades médico-hospitalares,
industriais e de pesquisa evidenciou o risco potencial da exposição humana a elas.
A fim de melhor avaliar esse risco e proteger os indivíduos dos efeitos deletérios das
radiações ionizantes, foram desenvolvidos instrumentos de detecção e procedimentos
de controle da exposição. A Proteção Radiológica é a área do conhecimento que
abrange os estudos sobre as diferentes formas de geração de radiação ionizante, os
meios para detectá-las, a sua interação com sistemas biológicos e as técnicas para
controlar a exposição humana a elas.
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série de transformações espontâneas até atingir o estado que represente o de menor
consumo energético (estado fundamental). Durante essas transformações, o núcleo se
libera do excesso de partículas e energia que possui, modificando assim a sua estrutura
(desintegração) e diminuindo seu nível de energia (decaimento).
Quando o material se encontra na sua forma livre, a fonte é denominada não selada.
Nessas condições, o material radioativo pode difundir-se para o ambiente, havendo o
risco de contaminação radioativa. Esse tipo de fonte é amplamente utilizado em Medicina
Nuclear, para fins de terapia oncológica e de diagnóstico. Outro tipo menos comum
de fonte de radiação consiste nos aceleradores de partículas. Nesses equipamentos, as
partículas (elétrons, nêutrons, íons positivos) são aceleradas até se alcançar a energia
desejada. O uso dessas fontes ocorre predominantemente nas áreas de terapia do câncer
e de pesquisa.
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Agentes Físicos III
Como as partículas alfa são massivas e apresentam carga elétrica duplamente positiva,
as interações com os elétrons orbitais são mais fortes e a trajetória por ela percorrida é
linear. Em virtude da forte atração, a transferência da energia ocorre mais rapidamente,
resultando em uma densidade de ionização elevada e um curto alcance no meio. Por
exemplo, uma partícula alfa com energia de 3 MeV tem um alcance de 2,8 cm no ar e
produz 4000 pares iônicos/ mm. Quando a fonte emissora está localizada externamente
ao corpo, não se constitui em risco, posto que mesmo as partículas alfa mais energéticas
não atravessam a camada morta da pele. Entretanto, em caso de irradiação interna,
quando o material radioativo foi incorporado, o risco para o indivíduo é elevado. Nessas
condições, toda a energia da radiação é dissipada em tecidos vivos, produzindo o dano.
· As partículas beta são emitidas pelo núcleo quando há um excesso de
nêutrons. O nêutron excedente se desintegra em um próton e um elétron,
sendo esse último expulso do interior do núcleo. Desse modo, a carga e a
massa dessa partícula são iguais às do elétron orbital. No decaimento beta,
ocorre a transformação de um elemento químico em outro. As partículas
beta são emitidas com energia inferior à das alfa, a maior parte com valores
abaixo de 4 MeV. Como a massa dessa partícula é da ordem da massa do
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elétron orbital, a sua trajetória dentro do meio é irregular e a sua velocidade
é maior do que a da alfa. A densidade de ionização é relativamente elevada
para as partículas com energia mais baixa, posto que a velocidade é
menor e, portanto, o tempo de interação é maior. À medida que a energia
aumenta, a densidade de ionização decresce, até o valor mínimo em 1 MeV.
Em virtude de sua menor carga e maior velocidade, a partícula beta será
mais penetrante do que a alfa. Como exemplificado no tópico anterior, uma
partícula beta com energia de 3MeV terá um alcance no ar de 1000 cm e
produzirá 4 pares iônicos/ mm.
Em relação aos sistemas biológicos, a camada morta da pele já não oferece blindagem
suficiente para essa radiação, sendo necessárias energias tão baixas quanto 70 keV
para penetrá-la. As partículas beta com energia inferior a 200 keV apresentam uma
penetrabilidade baixa, e as fontes que as emitem não são consideradas perigosas, quando
estão fora do corpo. Apesar de seu alcance ser menor do que o da alfa, as fontes emissoras
beta são consideradas potencialmente perigosas em caso de irradiação interna.
Uma atenção especial deve ser dada em relação ao material que encapsula ou blinda
essas fontes, posto que ocorre a emissão de radiação eletromagnética penetrante durante
a desaceleração das partículas beta. A probabilidade de emissão aumenta com o número
atômico do absorvedor. Blindagens com material de número atômico inferior a 13 (por
exemplo, alumínio) são as mais recomendadas.
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Para raios gama de energia superior a 1,02 MeV, ocorre a produção de pares.
Nesse mecanismo, o fóton de raio gama, ao passar nas proximidades de um núcleo,
desaparece, formando um pósitron e um elétron. A energia excedente na produção do
par aparece como energia cinética do pósitron e do elétron criados.
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Por ser uma radiação eletromagnética, os mecanismos de transferência da energia
dos raios X para o meio são idênticos aos observados para os raios gama. Desse modo, a
ionização será produzida pelos elétrons secundários emitidos nos processos de absorção
fotoelétrica, espalhamento Compton e produção de pares. O poder de penetração do
raio X dependerá da energia da radiação. Assim, os raios X de energia muito baixa
(E<5keV) serão prontamente absorvidos pelo alvo e estruturas do equipamento. Os raios
X usados para fins de diagnóstico têm sua energia ajustada em função do tecido a ser
radiografado, sendo a voltagem de operação mais elevada para tecidos mais profundos
do corpo, tais como ossos.
Exposição - dose
A quantidade de energia da radiação eletromagnética transferida para uma unidade
de massa de ar é denominada Dose de Exposição. A dose corresponde à densidade
de ionização produzida por unidade de massa de ar; assim, a unidade será dada em
termos da carga elétrica produzida por kg de ar. Portanto, a unidade de exposição (UE) é
definida como a quantidade de raios X ou gama que produz íons carregando 1 Coulomb
de carga de mesmo sinal por kg de ar, ou seja:
1UE = 1C/kg de ar
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Agentes Físicos III
Como essa quantidade é uma função do campo de radiação, e este depende da taxa
de produção da radiação, geralmente o que se mede é a Taxa de Dose de Exposição,
determinando-se a dose pela integração dessa taxa no tempo, conforme a relação:
× ∆t
X=X
Como a dose de exposição não permitia quantificar a energia absorvida de qualquer
tipo de radiação ionizante por qualquer material, foi definida uma nova grandeza de
dose. A dose absorvida é definida como a quantidade de energia da radiação absorvida
por unidade de massa de material, sendo a sua unidade o Gray (Gy). O Gray é a dose
absorvida de 1 joule por quilograma, ou seja: 1Gy=1J/kg.
Como essa dose depende da taxa de produção de radiação, o que se mede é a taxa
de dose absorvida, sendo a dose dada pela integração da taxa no tempo, conforme a
relação: 1 Gy = 100 rad
1Sv=1J/kg
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por meio de leituras instantâneas, ou para quantificação da dose, com leituras integradas
no tempo total de exposição individual à radiação.
A escolha do detector deve ser cuidadosa e levar em conta aspectos como o tipo de
radiação, a energia, as taxas de dose máxima e mínima esperadas, condições de emissão
da radiação (contínua ou em pulsos) e o parâmetro a ser avaliado (dose ou taxa de dose).
Esses critérios são fundamentais, posto que o uso de equipamento inadequado pode
levar à subestimação dos níveis de radiação realmente existentes.
Câmara de ionização
Em geral, esse detector consiste em uma câmara formada por dois discos paralelos.
O espaço entre os discos é preenchido por volume de ar ou material equivalente. As
faces externas são pintadas com tinta preta que proporciona o isolamento elétrico e
previne a ocorrência de fuga de corrente. A radiação, ao atravessar a câmara, produz
ionização no gás, sendo o número de íons coletados igual ao número de íons formados
durante a irradiação. A corrente elétrica gerada é proporcional à intensidade do feixe de
radiação eletromagnética.
Esse detector é o mais amplamente utilizado, por ser versátil e apresentar maior
resistência a choques mecânicos. Pode ser usado na detecção de radiação alfa, beta,
gama e X.
Detector de cintilação
O detector de cintilação é constituído por um cristal, geralmente iodeto de sódio com
impurezas de tálio, e um tubo fotomultiplicador. O tubo fotomultiplicador possui na face
de entrada, em contato com o cristal, um cátodo fotossensível. Ao longo do seu corpo
possui uma série de placas paralelas, denominadas dínodos. Na extremidade de saída
está localizado o ânodo.
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Caneta dosimétrica
A caneta dosimétrica, ou eletroscópio consiste de uma câmara selada e preenchida
com gás, provida de dois eletrodos de fibra de quartzo, sendo um fixo e o outro móvel. Na
extremidade de leitura, é possível visualizar a escala, ao longo da qual o eletrodo móvel
se desloca, registrando a dose. Quando o eletroscópio é carregado, os dois eletrodos
ficam juntos, representando o zero na escala. À medida que ocorrem ionizações no
interior da câmara, o eletroscópio é descarregado, sendo a descarga proporcional à
intensidade de ionização produzida.
Filme dosimétrico
Consiste de dois filmes radiográficos, encerrados em invólucro de plástico ou de
metal. À medida que o filme absorve a energia da radiação, ocorre a precipitação dos
sais de prata, presentes na emulsão, aumentando a sua densidade óptica (enegrecimento
do filme). A mudança na densidade óptica é proporcional à dose absorvida da radiação.
A leitura da dose é feita com um densitômetro fotoelétrico, que mede a densidade óptica
do filme. A correspondência entre essa grandeza e a dose é obtida por meio da curva de
calibração do filme que contém a relação entre dose e densidade óptica.
Esse dosímetro pode ser usado tanto para partículas beta e nêutrons, quanto para
raios X e gama.
Dosímetro termoluminescente
Certos cristais, tais como fluoreto de cálcio dopado com magnésio e fluoreto de
lítio, ao serem expostos à radiação e posteriormente aquecidos, emitem luz, sendo
denominados termoluminescentes.
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O primeiro efeito, que ocorre quase instantaneamente após a irradiação, é físico e
consiste na ionização e excitação dos átomos e moléculas constituintes da célula. Os
fragmentos gerados nesse processo (íons e radicais livres), altamente reativos e difusíveis,
reagem quimicamente com as moléculas vizinhas e entre si. Essas reações dão origem a
outras, nas quais macromoléculas, tais como proteínas, e cadeias metabólicas importantes
sofrem alterações. Como resultado, ocorre a inibição ou retardo na síntese de constituintes
essenciais da célula, especialmente aqueles necessários para manutenção da estrutura e
função celulares ou para divisão e crescimento. Essas alterações interferem temporariamente
nas funções celulares ou, em casos mais extremos, causam a morte celular.
Uma forma indireta de danificar moléculas importantes, tal como o DNA, é mediante
a produção de radicais livres no interior da célula. A ionização da água presente na
célula, decorrente da absorção da energia da radiação, resulta na formação desses
radicais que são altamente reativos. No caso de radiações com alta transferência linear
de energia (elevada densidade de ionização), tal como as partículas alfa, os radicais são
formados muito próximos, podendo reagir entre eles e formar peróxido de hidrogênio.
Por ser altamente estável, o peróxido pode difundir-se para pontos remotos, danificando
moléculas ou células que não sofreram dano direto.
Quando o corpo todo ou a maior parte dele é exposto a uma grande dose aguda de
radiação penetrante (nêutrons, raios X e gama), desenvolve-se um quadro de afecções
denominado síndrome aguda das radiações. A síndrome envolverá mais órgãos ou
sistemas dependendo da dose recebida, e quanto maior a dose maior será o impacto sobre
o organismo. Em função da sua gravidade, a síndrome aguda das radiações é subdividida
em síndrome hematopoiética, síndrome gastrintestinal e síndrome do sistema nervoso
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Em circunstâncias de irradiação parcial aguda, em que nenhum sistema ou órgão
vital tenha sido exposto, efeitos localizados podem ser observados. Em face da sua
localização no corpo, a pele é o órgão que frequentemente recebe doses elevadas
em irradiações acidentais. Para doses mais baixas (2 a 3 Gy) é observada a epilação.
Entretanto, à medida que a dose aumenta, mais estruturas cutâneas são envolvidas,
ocorrendo eritema, radiodermatite, vesiculação, ulceração e necrose (>20 Gy). Nos
olhos, a inflamação da córnea e da conjuntiva pode ocorrer seguindo doses de vários
grays. A irradiação dos ovários ou dos testículos com doses de poucos grays pode levar
à esterilidade temporária, e em doses mais elevadas, à infertilidade.
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Agentes Físicos III
CNEN NE 3.01
O CNEN NE 3.01 fornece algumas diretrizes básicas de radioproteção:
Princípios básicos
· Justificação: nenhuma prática deve ser autorizada a menos que sua
introdução produza um benefício líquido positivo para a sociedade.
· Otimização: todas as exposições devem ser mantidas tão baixas quanto
razoavelmente exequíveis, levando-se em conta fatores sociais e econômicos.
· Limitação da dose individual: as doses individuais de trabalhadores e
indivíduos do público não devem exceder os limites anuais de dose equivalente
estabelecidos na Norma.
Limitação da dose
· Nenhum trabalhador deve ser exposto sem que seja necessário, que tenha
conhecimento dos riscos e esteja devidamente treinado.
· Em exposições de rotina, nenhum trabalhador deve receber, por ano, doses
equivalentes superiores aos limites estipulados no CNEN.
· Nenhum indivíduo do público deve receber, por ano, doses superiores aos
limites estabelecidos no CNEN.
Controle de área
· Área livre: isenta de regras especiais, onde as doses equivalentes efetivas
anuais (DEEA) não ultrapassam o limite primário para indivíduos do público.
· Área restrita: sujeita a regras especiais, onde as condições de exposição
podem ocasionar DEEA superiores a 2/100 do limite primário para
trabalhadores.
· Área controlada: área restrita onde as DEEA podem ser iguais ou superiores
a 3/10 do limite primário para trabalhadores.
· Área supervisionada: área restrita onde as DEEA são mantidos inferiores a
3/10 do limite primário para trabalhadores.
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Controle dos trabalhadores
·· Nível
de registro deve ser 1/10 da fração do limite anual aplicado ao período
de monitoração.
·· Nívelde investigação deve ser 3/10 da fração do limite anual aplicado ao
período de monitoração.
·· Em áreas controladas as pessoas devem ser monitoradas individualmente.
·· Imediatamente após exposições acidentais ou de emergência as doses devem
ser avaliadas.
·· Devem ser submetidos a controle médico trabalhadores que receberem, em
uma única exposição, dose superior a 2 vezes o limite primário.
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Contaminação radioativa
A incorporação e subsequente retenção das substâncias radioativas em tecidos ou
órgãos específicos do corpo resultam na irradiação dos locais em que se encontram
concentrados, causando danos. O tipo ou grau de dano causado depende da quantidade
de isótopo radioativo depositado e da natureza e energia da radiação emitida. As
características físico-químicas do isótopo determinam a rota de entrada preferencial, o
grau de retenção e o caminho percorrido dentro do corpo até sua excreção.
Algumas substâncias, tal como o trítio, são prontamente absorvidas através da pele
intacta, atingindo a corrente sanguínea. Nesse caso, a rota dermal é uma via importante de
incorporação do radioisótopo. As demais substâncias depositam-se na pele, irradiando-a
até serem removidas. Nesse caso, o risco de incorporação é considerável apenas quando
a pele em contato com a substância apresenta-se danificada.
Descontamização
O material radioativo deve ser removido ou eliminado do corpo o mais prontamente
possível, a fim de reduzir a dose interna e externa que o indivíduo venha a receber. Na
descontaminação pessoal externa, adotam-se métodos progressivamente agressivos, até
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a total remoção do material depositado. Esse procedimento deve ser cuidadosamente
realizado para preservar ao máximo a barreira dermal. Os métodos em ordem de
agressividade são:
·· se Grau Agressividade for I = jateamento com água;
·· se Grau Agressividade for II = água morna e sabão;
·· se Grau Agressividade for III = sabão abrasivo suave, escova macia e água;
·· se Grau Agressividade for IV = detergente;
·· se Grau Agressividade for V = mistura 50% detergente em pó e 50% fubá;
·· se Grau Agressividade for VI = solução quelante;
·· se Grau Agressividade for VII = ácido orgânico suave (ácido cítrico).
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Agentes Físicos III
A faixa mais distante, denominada UVC (100 a 280 nm), é usada para aplicações
bactericidas, como a eliminação de germes. As lâmpadas que geram radiação de 245
nm podem também ser utilizadas para destruir bactérias e vírus.
A faixa ultravioleta mais próxima da visível vai de cerca de 320 a 380 nm e também
é chamada de “luz negra”, pois faz com que certos materiais fosforesçam.
O espectro da luz solar natural se inicia em cerca de 295 nm, com os comprimentos
de onda mais curtos sendo filtrados pela atmosfera. De modo similar, a composição e
a espessura do vidro de lâmpadas, bem como as camadas de recobrimento de fósforo
nas fontes de mercúrio e fluorescentes, atuam como filtros para as ondas de menores
comprimentos de onda.
· Limites de tolerância: Radiação ultravioleta - como a radiação ultravioleta
de curto comprimento de onda pode causar reações químicas, como
queimaduras de pele, esta banda tem limites de tolerância mais restritivos
que a faixa ultravioleta mais próxima do espectro visível.
Radiação visível
A faixa visível do espectro eletromagnético tem comprimentos de onda entre 380
a 780 nm, correspondendo à faixa de frequências entre 7,88 x 1014 Hz a 3,83x
1014 Hz. As leis da radiação foram primeiramente estudadas para a luz visível, e os
problemas ocupacionais da iluminação são discutidos em capítulo à parte.
· Limites de tolerância: Radiação visível - a CIE – Comissão Internacional de
Iluminação é uma organização orientada à cooperação e troca de informações
entre seus países com membros em todos os assuntos relativos à iluminação.
Suas publicações cobrem desde níveis recomendados até metodologias de
medição e definições de parâmetros.
Os limites da ACGIH são indicados para fontes de luz visível e infravermelho próximo
com emissão de mais de 1 nit (1 candela por metro quadrado), com cuidado especial
para a luz azul, principalmente na faixa 425 a 450 nm. Para lasers, a ACGIH dedica
muitas páginas.
Laser
O termo laser é uma abreviação para “light amplification by stimulated emission of
radiation”, ou seja, amplificação da luz por estimulação da emissão de radiação.
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A luz de fontes convencionais tem variados comprimentos de onda e se irradia em
todas as direções, com interferências construtivas e destrutivas. É denominada de luz
incoerente. Por outro lado, a luz de uma fonte laser vibra num único plano, propaga-
se numa única direção e é monocromática (tem um único comprimento de onda). É
denominada de luz coerente.
Um instrumento que gera radiação laser produz um feixe de apenas uma frequência,
mas esta não precisa ser apenas da faixa visível. Um dos feixes mais poderosos utiliza
dióxido de carbono e gera um fluxo contínuo e muito quente de radiação infravermelha.
Outros lasers operam nas frequências ultravioletas.
Radiação infravermelha
A região do infravermelho se estende aproximadamente desde o vermelho
visível (cerca de 750 nm) até a região de micro-ondas (3 mm). A exposição a raios
infravermelhos pode ocorrer para qualquer superfície que esteja a uma temperatura
inferior à da superfície emissora, ocorrendo transferência de calor radiante quando a
energia emitida por um corpo é absorvida por outro.
A radiação infravermelha é percebida pela pele como uma sensação de calor, com o
aumento de temperatura da epiderme dependendo do comprimento de onda, do tempo
de exposição e da quantidade total de energia transferida ao tecido.
·· Limites de tolerância: o TLV para exposição ao infravermelho é de 10 mW/
m2, para exposições superiores a 1000 segundos. Esse valor é especificado
para proteção à córnea e ao cristalino do olho. A ACGIH também fornece uma
fórmula para a proteção da retina com relação a lâmpadas de aquecimento
por infravermelho. Isso decorre do fato de que algumas dessas lâmpadas
emitem muito pouca luz visível, e a pupila não corta automaticamente o
excesso de radiação como acontece com a faixa visível.
·· Ações corretivas: a camada de ozônio bloqueia os efeitos da radiação UVC,
com a radiação UVA e UVB sendo maiores na primavera e no verão. Em
geral, a UVB é mais intensa entre 10 horas e 14 horas, enquanto a UVA é
mais nociva no início da manhã e no final da tarde.
Num dia ensolarado de verão, ao meio dia, 15 minutos podem ser suficientes para se
criar uma queimadura numa pele desprotegida.
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Agentes Físicos III
Para proteger trabalhadores da radiação UV quando estão sob luz solar direta, deve
ser usada roupa tightly-woven cobrindo o máximo possível do corpo, além de se usar
um chapéu. Proteção contra raios UV pode ser obtida também com o uso de loções e
cremes contendo óxido de zinco e de titânio (ZnO e TiO2), e classificados de acordo
com uma escala de proteção entre 1 e 18. A proteção será eficiente se for mantido um
adequado filme sobre a pele e for usado um fator de proteção alto (>14).
Micro-ondas
A radiação de micro-ondas se localiza entre o infravermelho distante e as ondas de rádio,
tendo sido uma das últimas a serem criadas no laboratório e terem aplicação comercial.
Ondas de rádio
As ondas de rádio e de televisão são utilizadas como transmissoras de sinais, e
nós “ouvimos” o rádio ao sintonizar uma dada frequência. Grandes faixas (bandas) de
frequência são alocadas para tipos particulares de transmissores de sinais, de modo que
a TV usa uma banda de alta frequência, enquanto a CB usa uma frequência mais baixa.
As rádios AM e FM usam bandas intermediárias, entre a TV e a CB. O poder emissivo
dessas ondas de rádio é muito baixo e ainda não se conhece efeito danoso à saúde.
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As radiofrequências podem também ser utilizadas em equipamentos de aquecimento
elétrico, existindo muitas aplicações usando aquecedores de alta frequência.
Na metalmecânica, tem sido usado aquecimento via ondas de rádio para endurecimento
de dentes de engrenagens e superfícies de rolamentos, bem como para recozimento
e soldagem. Nas fábricas de madeira, tem sido usada para laminação e colagem em
geral. Na indústria alimentícia, o aquecimento por radiofrequência tem sido usado
para esterilização de contêineres e eliminação de bactérias. Outras aplicações incluem
moldagem de plásticos, vulcanização de borrachas, imposição de torção em têxteis e
vedação térmica.
·· Limites de tolerância: os TLVs para essas radiações estão agrupados no
livreto da ACGIH de 2002, traduzido pela ABHO, nas páginas 157 a 162, e
os conceitos envolvidos estão além do escopo desse livro.
·· Ações corretivas: as ações corretivas para os aquecedores de radiofrequência
são as mesmas que as para os aquecedores de micro-ondas. Devem ser
seguidas as recomendações do fabricante e os aquecedores devem ser bem
blindados para conter ou divergir a energia de radiofrequência.
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Agentes Físicos III
Radiação solar
A radiação solar é composta por:
· raios cósmicos;
· rádio frequência;
· radiação visível;
· radiação infravermelha;
· radiação ultravioleta;
A UVC é totalmente absorvida pela camada de ozônio, então a radiação solar que
atinge o solo é composta aproximadamente por:
· 5% UV(95% UVA e 5% UVB);
· 40% RADIAÇÃO VISÍVEL;
· 55% RADIAÇÃO INFRAVERMELHA.
Radiação ultravioleta:
· UVC - 100 – 280 nm (10 a 20% dos efeitos danosos da radiação solar).
· UVB - 280 – 320 nm (queimaduras, foto envelhecimento e câncer de pele).
· UVA - 320 – 380 nm.
· Influência da hora:
· 11 às 15hs - pior período de exposição;
· 13hs - pico de exposição;
· 12 às 14hs - 1/3 da radiação UV;
· 10 às 16hs - ¾ da radiação UV.
· Influência da latitude: próximo do equador a incidência é maior.
· Influência da altitude: a cada 300 metros de altitude, a incidência aumenta em 4%.
· Influência da cobertura de nuvens: mesmo em tempo coberto de nuvens,
podem-se receber queimaduras, pois as nuvens absorvem o infravermelho
mas não a UV.
· Influência do vento: o vento poderá dar uma sensação de conforto e
poderemos eventualmente ficar mais expostos à radiação UV.
A radiação ultravioleta pode ser absorvida pelos tecidos humanos causando danos
biológicos à pele e aos olhos. Para a pele, podemos ter erithema, envelhecimento precoce,
câncer; enquanto para os olhos podemos ter fotossensibilização e fotoconjuntivite, que é
uma espécie de queimadura dos olhos pelo sol.
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A exposição à radiação ultravioleta provoca, através de reações químicas, danos
não ionizantes às células da pele. Essas reações químicas podem induzir um precoce
envelhecimento da pele devido à dilatação dos finos capilares sanguíneos, efeito
conhecido como erithema, e ser a causa de 90% de todos os cânceres de pele. O câncer
resulta da reação dos raios ultravioletas com o material genético das células, produzindo
mutações. As maiores taxas de incidências ocorrem para as latitudes tropicais e pessoas
de pele clara, como são os casos do Brasil, da Austrália e da África do Sul.
A banda de raios solares UVB tem comprimento de onda inicial com cerca de 295
nm, sendo responsável pelo bronzeamento e queimaduras na pele, além de também
promover o câncer de pele. A banda UVB é conhecida como banda eritermal e pode
sensibilizar a pele com relação à exposição à radiação UVA. A exposição à UVB permite
ao corpo produzir vitamina D, mas essa exposição não requer mais do que 30 minutos
diários ao sol.
A luz visível pode ser nociva ao olho humano, pois como uma forma de radiação, ao
ser interceptada e absorvida, converte-se em outra forma de energia, usualmente calor.
Assim, ao entrar no olho a luz se transforma em calor e se a potência for considerável,
pode ser nociva e até destrutiva, causando inflamação e queimaduras. Esses efeitos
danosos associados à radiação excessiva são maiores nas faixas do vermelho e violeta,
sendo menores nas faixas do verde ou amarelo. Isso porque para o mesmo nível de
“visibilidade” as potências associadas são menores para as bandas verde ou amarela.
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Agentes Físicos III
Apesar das múltiplas causas do ofuscamento, na maioria dos casos ele pode ser
classificado como desconfortante ou desabilitante.
Fontes de luz coerente (laser) podem causar danos na córnea (catarata) e deterioração
epidérmica (tipo de queimadura). A exposição prolongada pode causar danos variando
de leves queimaduras na retina até perda total da visão. A visualização restrita e óculos
de lente podem oferecer alguma proteção, exceto aos lasers muito potentes. As medidas
de proteção são semelhantes às para os que trabalham com solda a arco, não se devendo
olhar diretamente para a fonte.
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como causadora da “doença dos sopradores de vidro” ou “catarata do calor”. Essa
doença está associada a um embaçamento da superfície posterior do cristalino. Porém
em relação a micro-ondas, existem algumas controvérsias sobre a segurança dos fornos
de micro-ondas. As micro-ondas são absorvidas pelos alimentos, produzindo-se um
quase instantâneo aumento de temperatura. Esse tipo de radiação não é ionizante nem
gera material radiativo, mas a exposição a ela faz com que o calor seja imediatamente
absorvido pelo corpo. O calor faz com que as moléculas vibrem rapidamente, afastando-
as de suas posições de equilíbrio, originando alterações químicas e eventualmente
gerando morte celular.
Uma corrente de pesquisa afirma que essas frequências podem afetar o sistema
nervoso central e o funcionamento do cérebro, havendo energia ressonante muito
similar à que o cérebro usa. Numerosos estudos relatam efeitos biológicos em animais
em laboratório, mas não foram ainda confirmados efeitos patológicos. Quaisquer que
sejam os mecanismos envolvidos nos efeitos induzidos por esses campos, eles ainda não
são totalmente conhecidos e pesquisas continuam a serem efetuadas.
A maioria dos estudos efetuados com seres humanos envolve trabalhadores atuando
na área de linhas de eletricidade e pessoas que vivem nas proximidades de linhas
de transmissão de altas voltagens. Esses estudos analisam fatores como a incidência
de câncer, desordens no sistema reprodutor, saúde geral e disfunções congênitas,
comparando os valores com dados da população geral.
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UNIDADE
Agentes Físicos III
Medição - metodologia
Radiômetros: para a radiação ionizante, todos os instrumentos de medição se
baseiam no fato de que a energia da radiação desloca elétrons de suas órbitas normais,
criando íons (partículas carregadas). Esses íons podem produzir outros efeitos, como um
feixe de luz ou uma corrente elétrica, que podem então ser amplificados e medidos.
A radiação não ionizante não tem energia suficiente para retirar um elétron de sua
órbita e formar um íon. A medição, portanto, segue outro princípio, com a energia
radiante atingindo células feitas de materiais especiais e contidas nos instrumentos
denominados radiômetros. Esses materiais permitem facilmente que se crie um fluxo de
elétrons em seu interior ao serem atingidos pela energia radiante. Com o uso de tubos
fotomultiplicadores, pode-se fazer com que os elétrons liberados desloquem mais outros
elétrons, de modo que a corrente possa ser lida numa escala. Ajustando-se a resposta,
pode-se obter uma leitura de um número proporcional à intensidade da radiação.
Os fotômetros têm embutidos filtros que simulam essa curva e a medida fornecida
pelo instrumento é similar à habilidade do cérebro em perceber a radiação visível. A
célula fotossensível dos fotômetros é usualmente feita de selênio, com a quantidade
de elétrons liberada por esse metal sendo proporcional à energia radiante atingindo a
célula. O resultado da medição pode ser expresso em lux, que representa a quantidade
de fluxo luminoso (lúmen) que atinge uma área de 1 m². Lux é a unidade de iluminância,
ou seja, a quantidade de luz visível por área.
· Métodos mistos: detectores de radiação podem operar também com base
em outros princípios. Um simples termômetro pode detectar radiação
infravermelha, pois a energia transformada em calor aumenta a energia das
moléculas de álcool ou mercúrio, com a consequente expansão do fluido.
Esse termômetro pode ser protegido de outros tipos de fontes de calor de
modo que apenas a energia radiante seja medida. Esse tipo de termômetro
será discutido com mais pormenores no capítulo sobre calor.
A energia radiante pode afetar a resistência elétrica de um fio, de modo que pela
detecção de pequenas alterações de corrente pode-se ter um instrumento para medir
intensidades de uma faixa do espectro eletromagnético.
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Radares são instrumentos que captam os ecos do sinal por eles emitidos, sendo
usados desde na aviação até no controle de velocidade nas estradas. Apesar de operarem
na banda de frequência entre 100 Hz e 100 GHz, eles não medem exatamente radiação
não ionizante e não podem ser classificados como radiômetros.
Caso a temperatura corpórea fique abaixo de 35ºC, ocorre uma diminuição gradual
de todas as atividades fisiológicas, caindo a pressão arterial, a frequência dos batimentos
cardíacos e diminuindo o metabolismo interno.
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Agentes Físicos III
Trabalhos leves que demandem destreza manual precisam ser realizados em ambientes
com temperatura superior a 0ºC, enquanto trabalhos mais pesados envolvendo atividade
física elevada podem ser conduzidos em temperaturas tão baixas quanto -30ºC ou -40 ºC.
Devido a essa ampla variação das condições para manutenção do equilíbrio térmico
no frio, nem sempre é fácil ou prático o estabelecimento de valores de temperatura
aceitáveis para o trabalho no frio.
Na ACGIH, o(a) aluno(a) poderá verificar tabela com outras temperaturas equivalentes.
O efeito direto do frio é o resfriamento dos tecidos. O resfriamento pode ser induzido
pelo esfriamento do corpo todo, esfriamento das extremidades, esfriamento da pele por
convecção, esfriamento da pele por condução (contato com superfície fria) e esfriamento
do trato respiratório pela inalação de ar frio.
Outro fator climático que influencia o resfriamento do corpo é a umidade do ar, posto
que a condutividade térmica do ar úmido é mais elevada que a do ar seco.
A situação mais crítica na exposição ao frio é quando o corpo todo resfria, levando
à queda da temperatura central a valores inferiores a 35ºC. Quando a temperatura cai
abaixo desse limite, ocorre a hipotermia. Em um ar mais frio, ou se a perda de calor for
aumentada pelo efeito do vento, chuva ou imersão em água fria, a temperatura do corpo
tende a cair e o risco de hipotermia é aumentado. Independentemente da temperatura
central, pode ocorrer em certas condições o resfriamento das extremidades.
As estratégias para adaptação fisiológica ao frio são a preservação do calor pela redução
da transferência de calor do núcleo do corpo para os tecidos superficiais e o aumento da
produção metabólica de calor (tiritar). A vasoconstrição periférica reduz a transferência
de calor para a superfície, permitindo a queda da temperatura e desse modo reduzindo
a diferença de temperatura com o ambiente. As extremidades tendem a resfriarem-se
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quando o fluxo sanguíneo é diminuído. A maior perda de calor nas mãos, pés, nariz e
orelhas ocorre porque a razão superfície-volume é elevada, desse modo essas regiões são
congeladas para que o centro do corpo permaneça aquecido. Quando a temperatura das
mãos e pés cai abaixo de zero, podem ocorrer lesões congelantes, e a uma temperatura de
-50ºC a pele congelará em 1 minuto. Com a progressiva redução da temperatura do tecido,
desenvolve-se a sensação de desconforto e as funções e o desempenho das extremidades
são comprometidas e eventualmente perdidas devido à paralisia dos receptores cutâneos
(dormência). A temperatura do ar crítica para destreza manual é 12ºC e para sensibilidade
do toque é 8ºC. A baixas temperaturas as terminações nervosas que transmitem a sensação
de dor são paralisadas, ocorrendo a anestesia. Quando a temperatura cai abaixo de 10ºC,
os vasos sanguíneos superficiais dilatam-se, e se a temperatura continuar a cair os eventos
de vasodilatação e vasoconstrição se alternam. Nessas condições, podem ocorrer ciclos
de reaquecimento e resfriamento em torno da baixa temperatura e, temporariamente,
restaurar funções normais das extremidades. Essas oscilações impedem que a pele seja
danificada, assegurando um suprimento mínimo de oxigênio. Entretanto, quando as
temperaturas são muito baixas os vasos sanguíneos contraem-se continuamente, resfriando
as extremidades à temperatura ambiente, o que pode causar ulcerações.
O contato da pele desprotegida com metais provoca o seu congelamento, posto que o
metal é um excelente condutor térmico. Em condições de frio extremo, as mãos desprotegidas
aderem-se fortemente ao metal porque esse contato faz a água presente na pele congelar, as
tentativas de liberar as mãos podem remover a camada de pele congelada.
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Agentes Físicos III
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·· estágiopós-hiperêmico: pode ter a duração de alguns meses, e a área afetada
apresenta prurido, dormência, sensibilidade ao frio e pele cinza-azulada.
Avaliação e controle
Os métodos para avaliação da exposição ao frio são usados para avaliar ou predizer
condições críticas para a sobrevivência, riscos de efeitos agudos ou crônicos sobre a saúde,
desempenho, produtividade e manutenção do conforto. As exposições ocupacionais ao
frio em geral abrangem todas essas condições. Os limites e normas técnicas estabelecidas
para essas exposições visam proteger os trabalhadores da hipotermia e do congelamento
das extremidades. O objetivo principal é evitar que a temperatura central caia abaixo de
36ºC e prevenir a ocorrência das lesões congelantes nas extremidades.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Guide to occupational exposure values
ACGIH. 2015
https://goo.gl/sdaJL2
ACGIH, a NR 15 e os limites de tolerância
PPRA ONLINE
https://goo.gl/tSjTUq
Livros
Ensino de física das radiações na modalidade EJA - uma proposta
FERREIRA, Andréia Alves. Dissertação (mestrado). Instituto de Física e Faculdade de
Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2005.
Leitura
Apostila educativa Radiações ionizantes e a vida
NOUAILHETAS, Yannick. Apostila educativa Radiações ionizantes e a vida. CNEN
– Comissão Nacional de Energia Nuclear.
http://goo.gl/1lok6J
Estudos Avançados
OKUNO, Emico. Estudos Avançados. Efeitos biológicos das radiações ionizantes.
Acidente radiológico de Goiânia. Estudos Avançados, 27 (77), 2013
http://goo.gl/1eVlhD
Radiações ionizantes: aplicações e cuidados
Radiações ionizantes: aplicações e cuidados. Segurança e Trabalho.
http://goo.gl/wpqHJs
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Referências
ACGIH. 2015 Guide to occupational exposure values. Disponível em: <https://www.
acgih.org/forms/store/ProductFormPublic/2015-guide-to-occupational-exposure-
values>. Acesso em: 01 mai. 2016.
ALBERTS, B. et al. Fundamentos da biologia celular. 2. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2006.
DDS ONLINE. Temas para DDS em categorias. Radiação não ionizante. Entenda
mais sobre esse assunto. Disponível em: <http://ddsonline.com.br/dds-temas/39-
seguranca/456-radiacao-nao-ionizante-entenda-mais-sobre-esse-assunto.html>. Acesso
em: 01 mai. 2016.
OKUNO, Emico. Radiação: efeitos, riscos e benefícios. São Paulo: Harbra, 1988.
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RADIAÇÃO MÉDICA. Dados sobre radiação. Benefícios e riscos da radiação.
Benefícios e riscos da radiação não ionizante. Disponível em: <http://www.radiacao-
medica.com.br/dados-sobre-radiacao/beneficios-e-riscos-da-radiacao/beneficios-e-
riscos-da-radiacao-nao-ionizante/>. Acesso em: 01 mai. 2016.
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