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Gênesis

Moisés
1450 – 1410 a.C.

Título
A palavra gênesis vem, via latim, do titulo grego do livro. No hebraico, o livro derivava seu nome da primeira
palavra, que significa “no principio”. A palavra gênesis significa “origem” e é, assim, um título apropriado para
um livro que revela as origens de toda a história humana.

Autoria
Gênesis é o primeiro livro de uma obra mais ampla, os primeiros cinco livros do Antigo Testamento,
denominados Pentateuco, cuja autoria tem sido tradicionalmente atribuída a Moisés. Essa posição é apoiada
pelas seguintes considerações:
1- o próprio Pentateuco afirma a autoria mosaica (Ex 17:14; 24:4, 7; 34:27; Nm 33:1-2; Dt 31:9)
2- outros livros do Antigo Testamento testificam da autoria mosaica do Pentateuco (Js 1:7-8; $:32,34; 22:5; 1
Rs2:3; 2Rs 14:.§; 21:8; Ed 6:18; Dn 9:11-13; Ml4:4)
3- o Novo Testamento igualmente afirma a autoria mosaica (Mt 19:8; Mc 12:26; Jo 5:46-47; 7:19; Rm 10:5)
4- detalhes que somente uma testemunha ocular dos fatos saberia ou poderia incluir indicam que o autor
participou dos acontecimentos, não sendo um redator que tivesse vivido séculos depois (Ex 15:27; Nm 2: 1-31;
11:7-8)
5- as informações de que o autor dispunha sobre nomes, palavras, costumes e geografia egípcios seriam
extremamente difíceis de obter para um autor ou redator que tivesse vivido em Canaã, séculos depois da
época de Moisés (Gn 13:10; 16:1-3; 33:18; 41:43; cf. At 7:22)
A posição crítica sobre a autoria do Pentateuco passou por vários estágios. A princípio, Gênesis foi dividido em
dois documentos com base nos dois nomes diferentes empregados em relação a Deus, Elohim e Yaweh. Por
volta de 1875, Julius Wellhausen defendeu a tese de quatro documentos a partir dos quais o Pentateuco teria
sido compilado. Esses documentos seriam:
J, redigido por volta de 850 a.C. por um escritor desconhecido em Judá
E, redigido por volta de 750 a.C. por outro escritor desconhecido no reino do Norte, Israel
D, composto pelo sumo sacerdote ao tempo do reavivamento comandado pelo rei Josias, em 621 a.C.
P, composto no período que vai de Ezequiel a Esdras, de 600-450 a.C.
Descobertas arqueológicas, todavia, muitas delas posteriores à Primeira Guerra Mundial, têm demonstrado a
exatidão histórica do Pentateuco e trouxeram a lume costumes praticados no segundo milênio a.C. e
abandonados no primeiro milênio. Como poderia, portanto, um autor conhecer tais costumes (e.g., a porção
dobrada para o filho primogênito, a venda do direito de primogenitura, a validade de um testamento oral; cf.
Gn 48:17-20) a não ser que tivesse vivido no período histórico em que eles ocorreram?
Indubitavelmente, Moisés possuía registros escritos e teve acesso a tradições orais sobre a história primeva, os
quais usou sob a direção do Espírito Santo para escrever os acontecimentos anteriores à sua vida.
Naturalmente uma outra pessoa escreveu o registro de sua morte (Dt 34).

Conteúdo
Gênesis é a história real de vários indivíduos, fato que é destacado pelas dez divisões (em seguida ao prólogo,
1:1 - 2:3) que normalmente começam com a frase "Este é o livro da genealogia de" (6:9; 10:1; 11:10; 11:27;
25:12; 25: 19; 36: 1; 37:2; d. 2:4; 5: 1). Esta ênfase oferece uma unidade natural ao livro (cf. Lc 3:23-38).
Gênesis é m livro sobre as origens de muitas coisas: o mundo, o homem, o pecado, a civilização, as nações e
Israel. Gênesis também contêm temas teológicos importantes: a doutrina do Deus vivo e pessoal; a doutrina do
homem criado à imagem de Deus, e depois do homem sujeito ao pecado; a promessa inicial de um Redentor
(3:15); e as promessas da aliança feitas à nação de Israel (12:1-3; 15:18-21). Gênesis é um livro peculiar em
toda a literatura do Oriente Médio antigo e é básico para todos os demais livros da Bíblia.

I. A criação do Mundo, 1:1 / 2:25


O começo da criação, 1:1-2
Os dias da criação, 1:3 / 2:3
As origens do homem e da mulher, 2:4-25
II. O pecado do Homem, 3:1-24
A tentação, 3:1-7
A punição, 3:8-24
III. Os começos da civilização, 4:1 / 5:32
Caim e seus descendentes, 4:1-24
Sete, 4:25-26
De Adão a Noé, 5:1-32
IV. A história de Noé, 6:1 / 9:29
As causas do dilúvio, 6:1-13
O desenrolar do dilúvio, 6:14 / 8:19
Os acontecimentos após o dilúvio, 8:20 / 9:29
V. Os descendentes de Noé e a Torre de BabeI, 10:1 / 11:26
Os filhos de Jafé, 10:1-5
Os filhos de Cam, 10:6-20
Os filhos de Sem, 10:21-32
A torre de Babel, 11:1-9
Os descendentes de Sem, 11:10-26
VI. A história de Abraão, 11:27 / 25:11
A família de Abrão, 11:27-32
A chamada de Abrão, 12:1-20
A separação de Abrão e Ló, 13:1-18
A libertação de Ló por Abrão, 14:1-24
A aliança com Abrão, 15:1-21
O nascimento de Ismael, 16:1-16
A circuncisão de Abraão, 17:1-27
A destruição de Sodoma e Gomorra, 18:1 / 19:38
Abraão e Abimeleque, 28:1·18
O nascimento de Isaque; 21:1c34 ,
O oferecimento de Isaque, 22:1-24
A morte e o sepultamento de Sara, 23:1-20
O casamento de Isaque; 24:1-67
A morte de Abraão, 25:1-11
VII. Os descendentes de IsmaeI, 25:12-18
VII. A história de lsaque e seus filhos, 25:19 / 36:43
O nascimento de Esaú e Jacó. Esaú vende a primogenitura, 25:19·34
Isaque e Abimeleque, 26:1-35
Jacó conquista a bênção fraudulentamente, 27:1-46
A fuga de Jacó para a Mesopotâmia, 28:1-9
O sonho de Jacó em Betel, 28:10-22
Jacó e as filhas de Labão, 29:1 / 30:43
Jacó encontra Raquel, 29:1-14
Jacó se casa com Lia e Raquel, 29:15·30
Jacó gera filhos, 29:31 / 30:24
Jacó barganha com Labão, 30:25-43
A volta de Jacó a Canaã, 31:1 / 33:20
Sua separação de Labão, 31:1-55
Sua reconciliação com Esaú, 32:1 / 33:20
O restante da vida de Jacó, 34:1-36:43
O massacre em Siquém, 34:1-31
A renovação da aliança em Betel, 35:1-15
A morte de Raquel e a de Isaque, 35:16-29
Os descendentes de Esaú, 36:1-43
IX. A história de José, 37:1 / 50:26
José vendido como escravo, 37:1-36
Judá e Tamar, 38:1-30
José na casa de Potifar, 39:1-23
José interpreta os sonhos do padeiro e do copeiro, 40:1-23
José interpreta o sonho de Faraó, 41:1-57
Os irmãos de José no Egito, 42:1 / 45:28
A primeira visita de seus dez irmãos, 42:1-38
A segunda visita dos onze irmãos, 43:1 / 44:34
A revelação da identidade de José, 45:1-28
A família de José no Egito, 46:1 / 47:31
A bênção dos filhos de José, 48:1-22
A bênção de Jacó a seus filhos, 49:1-27
A morte e o sepultamento de Jacó, 49:28 / 50:14
Os últimos dias de José, 50:15-26
Êxodo
Moisés
1450 – 1410 a.C.

Título
O título hebraico do livro é extraído do primeiro versículo, “estes são os nomes de”. O nome em português vem
do título adotado pela Septuaginta (uma tradução grega). O êxodo (saída) é o tema principal do livro (cf. 19:1).

Autoria
Desde o tempo de Josué o livro foi atribuído a Moisés (Js 8:31-35; cf. Êx 20:25), uma posição confirmada por
Jesus Cristo (cf. Mc 12:26). Evidências do próprio livro levam à conclusão de que seu autor era um homem
altamente instruído, residente no Egito por longo tempo e testemunha ocular do êxodo. Estava bem
familiarizado com a seqüência das colheitas no Baixo Egito (Êx 9:31-32); suas descrições se conformam
exatamente às situações hoje conhecidas (Êx 2:3,12) e ele inclui detalhes compatíveis apenas com o relato de
uma testemunha ocular (e.g., Êx 15:27).

A Data do Êxodo
Existem dois pontos de vista principais sobre a data em que ocorreu o êxodo: por volta de 1445-1440 a.C., no
reinado de Amenotepe II (1450-1425 a.C.), ou 1290 a.C., durante o reinado de Ramsés Il (1299-1232 a.C.). A
evidência bíblica em favor da data mais recuada inclui a afirmação encontrada em 1 Rs 6: 1 de que o êxodo
ocorrera 480 anos antes do quarto ano do reinado de Salomão, colocando-o assim por volta de 1445 a.C. Além
disso, em Jz 11:26, Jefté (por volta de 1100 a.C.) declarou que Israel já dominara a Palestina por 300 anos, o
que colocaria o êxodo por volta de 1400 a.C.
Objeções à data mais recuada incluem:
1- O êxodo não poderia ter ocorrido antes de 1300 a.C. porque a cidade de Ramsés recebeu seu nome do
faraó reinante na época de sua construção, e Ramsés só começou a reinarem 1299 a.C. Todavia, se o êxodo
ocorreu por volta de 1290 a.C. e Moisés tinha 80 anos na ocasião, e se levarmos em conta que a cidade foi
construída antes do nascimento de Moisés, o êxodo não poderia ter se dado tão recentemente, pois
claramente não há tempo para os 80 anos de vida do grande líder entre 1299 e 1290 a.C.
2- afirma-se que a presença de forte oposição edomita a Israel (Nm 20:20-21) teria sido impossível antes de
1300 a.C. já que a área sul da Transjordânia esteve desocupada de 1900 a 1300 a.C. No entanto, escavações
naquela região têm trazido a lume objetos e artigos de cerâmica datados até de 1600 a.C.
3- alega-se que a cidade de Hazor não foi conquistada pelos israelitas até 1300 a.C. Todavia, as Escrituras
afirmam que a cidade foi destruí da duas vezes; primeiro nos dias de Josué (Js 11:10-11), e depois nos dias
e Débora e Baraque (Jz 4:2, 23-24). Além disso, há evidências, na área escavada no local da cidade, de uma
estruição por volta de 1400 a.C.
4- a destruição de Laquis (Js 10:32) e Debir (Js 10:38-39) é normalmente datada em torno de 12,30-1200 a.C., o
que exige a data mais recente para o êxodo. O livro de Josué, todavia, não alega que estas duas cidades
tenham sido destruídas por Josué, como ocorreu com Jericó. Além disso, uma vez que a estela do faraó
Merneptá indica que os hebreus estavam estabelecidos em Canaã quando as exércitos egípcios os atacaram
por volta de 1230 a.C., o êxodo precisaria ter ocorrido algum tempo antes de 1290 a.C.
Assim, não há evidência significativa para rejeitarmos a data mais recuada, particularmente à vista da evidência
escriturística.

Conteúdo
O tema do livro é a libertação do Egito, em cumprimento à promessa de Gn 15:13-14. O livro registra o
nascimento da nação de Israel, a outorga da Lei e a origem da adoração, ritual entre os israelitas. A revelação
de Deus é destaque em todo o livro.
Ele é Quem controla a história (Êx 1)
Ele Se revelou através de um novo nome (3: 14)
Ele é o soberano do relacionamento pactual (19:5)
Ele é o redentor fiel (6:6; 15:13)
Ele é o juiz de Seu povo (4:14; 20:5; 32:27-28) e de Seus inimigos (caps. 7-12)
Ele é o Deus transcendente (33:20) que, todavia, vive entre o Seu povo (29:45)
As passagens favoritas do livro incluem o nascimento e proteção de Moisés (cap. 2), a chamada de Moisés
(3:14; 5:1), a travessia do mar Vermelho (cap. 14), a narrativa do maná (cap. 16), os dez mandamentos (cap.
20), o tabernáculo (caps. 25-27) e o bezerro de ouro (cap. 32).

I. lsrael no Egito: sujeição, 1:1 / 12:36


Deus Escolhe Moisés, 1:1 / 4:31
A opressão de Israel, 1:1-22
A preparação de Moisés, 2:1-25
Os primeiros 40 anos de Moisés, 2:1-10
Os 40 anos seguintes, 2:11-25
A chamada de Moisés, 3:1-4:31
A revelação pessoal de Deus, 3:1-22
As objeções de Moisés, 4:1-17
A resposta de Moisés à chamada de Deus, 4:18-31
Deus envia Moisés a Faraó, 5:1-7:13
O primeiro encontro com Faraó, 5: 1- 7:7
O segundo encontro com Faraó, 7:8-13
Deus autentica Moisés como seu enviado através das pragas, 7:14 / 12:36
A primeira praga: sangue, 7:14-25
A segunda praga: rãs, 8:1-15
A terceira praga: piolhos, 8:16-19
A quarta praga: moscas, 8:20-32
A quinta praga: peste nos animais, 9:1-7
A sexta praga: úlceras nos homens e animais, 9:8-12
A sétima praga: saraiva, 9:13-35
A oitava praga: gafanhotos, 10:1-20
A nona praga: trevas, 10:21-29
A décima praga: morte dos primogênitos, 11:1 / 12:36
A praga é anunciada, 11:1-10
A páscoa é instituída, 12: 1-36
II. A jornada de Israel até o Sinai: emancipação, 12:37 / 18:27
A partida do Egito, 12:37-51
A dedicação dos primogênitos, 13:1-16
A orientação pela nuvem e pelo fogo, 13:17-22
A travessia do Mar Vermelho, 14:1-22
A destruição dos Exércitos Egípcios, 14:23-31
A libertação cantada por Moisés e pelo povo, 15:1-21
A insatisfação do povo, 15:22- 17:7
A reclamação pelas águas amargas, 15:22-27
A reclamação pela fome: o maná, 16:1-36
A reclamação pela falta de água, 17:1-7
A Vitória sobre Amaleque, 17:8-16
A Divisão da Responsabilidade, 18:1-27
III. Israel no Sinai: revelação, 19:1 / 40:38
A Outorga da Lei, 19:1-24:18
A aliança é proposta e aceita, 19:1-25
Os dez mandamentos, 20:1-26
Leis sobre escravos, 21:1-11
Leis sobre ferimentos, 21:12-36
Leis sobre furtos, 22:1-4
Leis sobre prejuízo à prosperidade alheia, 22:5-6
Leis sobre desonestidade, 22:7-15
Leis sobre imoralidade, 22:16-17
Leis sobre obrigações civis e religiosas, 22:18 / 23:9
Leis sobre os sábados e as festas religiosas, 23:10-19
Leis sobre a conquista, 23:20-33
A aliança é ratificada, 24:1-8
A glória de Deus é revelada, 24:9-18
A instituição do tabernáculo, 25:1 / 31:18
O material, 25:1-9
A arca e o propiciatório, 25:10-22
A mesa para os pães da proposição, 25:23-30
O candelabro, 25:31-40
As cortinas, 26:1-14
As tábuas, 26:15-30
Os véus, 26:31-37
O altar de bronze, 27:1-8
O átrio, 27:9-19
O azeite, 27:20-21
As vestes sacerdotais, 28:1-43
A consagração dos sacerdotes, 29:1-46
O altar do incenso, 30:1-10
O dinheiro do resgate, 30:11-16
A bacia de bronze, 30:17-21
O óleo da unção, 30:22-33
O incenso, 30:34-38
Os construtores, 31:1-11
O sinal do sábado, 31:12-18
A quebra da Lei, 32:1 / 34:35
O pecado do povo: o bezerro de ouro, 32:1-10
A intercessão e a ira de Moisés, 32:11-35
O arrependimento do povo, 33:1-11
A oração de Moisés, 33:12-23
A aliança é renovada, 34:1-35
A construção do tabernáculo, 34:1 / 40:38
As instruções para o povo, 35:1 / 36:7
As cortinas são preparadas, 36:8-19
As tábuas são preparadas, 36:20-34
O véu é tecido, 36:35-38
A arca é preparada, 37:1-9
A mesa é construída, 37:10-16
O candelabro é feito, 37:17-24
O altar do incenso é construído, 37:25-29
O altar de bronze é construído, 38:1-7
A bacia é feita, 38:8
O átrio é construído, 38:9-20
O material usado, 38:21-31
As roupas de Arão são confeccionadas, 39:1-31
O trabalho é inspecionado por Moisés, 39:32-43
O tabernáculo é levantado, 40:1-33
O tabernáculo é cheio da glória do próprio Deus, 40:34-38
Levítico
Moisés
1450 – 1410 a.C.

Título
O título português deste livro, derivado da tradução grega do Antigo Testamento (a Septuaginta) significa
"relativo aos levitas”. Embora o livro seja um manual para os sacerdotes (que eram da tribo de Levi), muitas de
suas leis dizem respeito a todos os israelitas. O título hebraico ("E chamou”, tradução da primeira palavra do
livro) enfatiza o tema da chamada divina à santidade (cf. 11:45).

Autoria
Cerca de 56 vezes no livro afirma-se que o SENHOR falou tais palavras a Moisés, que anotou-as pessoalmente,
ou as fez serem registradas (cf. 4: 1; 6: 1; 8: 1; 11: 1; 12: 1). Jesus Cristo também atestou a autoria mosaica do
livro (Mc 1:44; cf. Lv 13:49).

Palavras e Temas Importantes


O vocabulário de sacrifício permeia todo o livro, com a palavra "sacrifício" ocorrendo cerca de 42 vezes.
"Sacerdote" é encontrada 189 vezes; "sangue” 86 vezes; "santo” 87 vezes e "expiação” 45 vezes. Os
regulamentos enfatizam santidade corporal bem como espiritual. O Novo Testamento refere-se a Levítico cerca
de 90 vezes.

Contexto Histórico
O livro de Êxodo terminou com o levantamento do tabemáculo, construido segundo o padrão que Deus dera a
Moisés. Como iria Israel utilizar o tabemáculo? As instruções encontradas em Levítico são a resposta a essa
pergunta, e foram dadas a Moisés no intervalo de 50 dias entre a inauguração do tabernácu1o (Êx 40:17) e a
partida do povo do Sinal (Nm 10:11).

Conteúdo
O livro pode ser entendido de três maneiras complementares. É um livro sobre a santidade de Deus e de Suas
exigências para a comunhão com Ele. Assim, é também um livro que revela a pecaminosidade humana e pode
ser visto ainda como um livro sobre a expiação, a provisão de acesso a Deus para o homem pecador.

I. O caminho para Deus: sacrifício, 1:1 / 10:20


Através das ofertas; 1:1 / 7:38
A oferta queimada (holocausto), 1:1-17
A oferta de manjares, 2:1-16
A oferta pacífica, 3:1-17
A oferta pelo pecado, 4:1- 5:13
A oferta pela culpa, 5:14 / 6:7
Instruções adicionais sobre as ofertas, 6:8 /7:38
A oferta queimada, 6:8-13
A oferta de manjares, 6:14-23
A oferta pelo pecado, 6:24-30
A oferta pela culpa, 7:1-10
A oferta pacífica, 7:11-38
Através dos sacerdotes, 8:1 / 10:20
A consagração ao serviço sacerdotal, 8:1-36
A inauguração do serviço sacerdotal, 9:1-24
O sacrilégio do serviço sacerdotal: Nadabe e Abiú, 10:1-20
II. A caminhada com Deus: santificação, 11:1 / 27:34
Leis sobre pureza, 11:1 - 15:33
Em relação a comida, 11:1-47
Em relação a partos, 12:1-8
Em relação a lepra, 13:1 / 14:57
Classificações de lepra, 13:1-59
Purificação para a lepra, 14:1-57
Em relação ao corpo, 15:1-33
A Lei do dia da expiação, 16:1-34 .
Preparativos, 16:1-4
Ofertas, 16:5-28
Instruções, 16:29-34
Leis sobre o sacrifício, 17:1-16
Leis sobre padrões para o povo, 18:1 / 20:27
Sobre relações sexuais, 18:1-30
Sobre a vida cotidiana, 19:1-37
Sobre delitos abomináveis, 20:1-27
Leis sobre padrões para os sacerdotes, 21:1 / 22:16
Leis sobre ofertas, 22:17-33
Leis sobre festas religiosas, 23:1-44
O sábado, 23:1-3
A páscoa e os pães asmos, 23:4-8
As primícias, 23:9-14
Pentecostes, 23:15-22
Trombetas, 23:23-25
O dia da expiação, 23:26-32
Tabernáculos, 23:33-44
Leis sobre o azeite, o pão e a blasfêmia, 24:1-23
Leis sobre o ano sabático, 25:1-7
Leis sobre o ano do jubileu, 25:8-55
Leis sobre obediência, 26:1-46
Leis sobre votos e dízimos, 27:1-34
Números
Moisés
1450 – 1410 a.C.

Título
Apropriadamente, o título hebraico do livro, extraído do primeiro versículo, significa "no deserto”, já que a
maior parte do livro registra a história dos israelitas em seus quarenta anos de peregrinação no deserto.
A Septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento, intitulou o livro “Arithmoi" (Números) devido à
proeminência dos números do recenseamento (caps. 1-3,26).

Contexto Histórico
O relato cobre o período entre a partida de Israel do Egito e sua chegada a Canaã. Exatamente um ano depois
de terem saído dó Egito, os israelitas foram reunidos junto ao monte Sinai para receberem instruções
referentes à Lei e ao tabernáculo (conforme registrado no livro de Levítico). Números continua a narrativa
histórica um mês depois do último capítulo de Êxodo (cf. Êx 40:2 e Nm 1:1). O livro cobre a sinuosa jornada de
39 anos do Sinai a Cades-Barnéia, passando por vários lugares no deserto e chegando, finalmente, às planícies
de Moabe, na margem oriental do Jordão, defronte de Jericó.

Tema
A principal lição de Números é que o povo de Deus deve andar pela fé, confiando em Suas promessas, para
poder avançar. Para destacar esta verdade, o livro relata a incredulidade do povo em geral (11: 1) e de Miriã e
Arão (12:1), a recusa de entrar na terra prometida quando chegaram a Cades-Barnéia (14:2), o pecado do
próprio Moisés (20: 12) e o culto idólatra (25:3). No entanto, a despeito de sucessivos fracassos, o Deus de
Israel, fiel à Sua aliança, sustentou milagrosamente o Seu povo durante todos os anos de peregrinação e
rebeldia, conduzindo-o finalmente à terra prometida.
O Novo Testamento usa vários acontecimentos do livro de Números para lembrar aos crentes a seriedade do
pecado (compare Jo 3:14 e Nm 21:9; 1 Co 10:5-11 e Nm 14:29-35, 16:41-50,20:1-13; 2 Pe 2:15-16, Ap 2: 14 e
Nm 22-24; Jd 11 e Nm 16, 27:3). Tais lições não devem ser esquecidas por nós.

I. Israel se Prepara no Sinai, 1:1 / 10:10


O recenseamento do Povo, 1:1 / 4:49
A população das tribos, 1:1-54
A posição das tribos no arraial e em marcha, 2:1-34
O lugar dos levitas, 3:1 / 4:49
A santificação do Povo, 5:1 / 10:10
Pela separação das contaminações, 5:1-31
Por assumir um voto de nazireu, 6:1-27
Pelas ofertas dos príncipes, 7:1-89
Pela separação dos levitas, 8:1-26
Pela observação da primeira Páscoa anual, 9:1-14
Pela condução por Deus, 9:15 / 10:10
II. Israel marcha em direção a Cades-Barnéia, 10:11 / 12:16
A marcha começa, 10:11-36
Começam as murmurações, 11:1 / 12:16
A murmuração do povo (os setenta anciãos e as codornizes), 11:1-35
A murmuração de Miriã e Arão (a lepra de Miriã), 12:1-16
III. Israel em Cades-Barnéia, 13:1 / 20:13
O desafio a Deus, 13:1 / 14:45
O reconhecimento da terra e o relatório dos espias, 13:1-33
A reação do povo e seu castigo, 14:1-45
A disciplina de Deus, 15:1 / 20:13
Leis variadas sobre ofertas, a quebra do sábado e franjas nas vestes, 15:1-41
A rebelião de Coré, 16:1-50
A validação do sacerdócio arônico: a vara de Arão floresce, 17:1-13
Os deveres e o sustento dos levitas, 18:1-32
O sacrifício da novilha vermelha, 19:1-22
O pecado de Moisés, 20:1-13
IV. Israel marcha em direção a Moabe, 20:14 / 21:35
O desafio de Edom, 20:14-22
A morte de Arão, 20:23-29
A derrota de Arade, 21:1-3
A disciplina de Israel: a serpente de bronze, 21:4-9
A derrota de Seom e de Ogue, 21:10-35
V. Israel nas planícies de Moabe, 22:1 / 36:13
Balaque propõe a Balaão amaldiçoar Israel, 22:1-41
Balaão abençoa Israel, 23:1 / 24:25
Israel adora Baal-Peor, 25:1-18
A nova geração é recenseada, 26:1-65
O povo é instruído, 27:1 / 30:16
As leis da herança, 27:1-11
A indicação de Josué, 27:12-23
A ordem das ofertas e das festas, 28:1 / 29:40
A lei dos votos, 30:1-16
O povo derrota os midianitas, 31:1-54
A Transjordânia é povoada pelas duas tribos e meia, 32:1-42
A jornada do Egito a Moabe é recordada, 33:1-49
Instruções para a posse da terra, 33:50-56
A divisão da terra de Canaã, 34:1 / 36:13
As fronteiras, 34:1-12
A distribuição, 34:13-29
As cidades dos levitas, 35:1-8
As cidades de refúgio, 35:9-34
A herança das mulheres, 36:1-13
Deuteronômio
Moisés
1410 a.C.

Título
O título em português, Deuteronômio (derivado da Septuaginta), significa "segunda lei" e vem de uma tradução
errada de 17:18, onde se lê "uma cópia desta lei”: O título judaico (que significa "palavras") vem do primeiro
versículo e é típico dos inícios de antigos tratados de suserania (veja a nota sobre 19:3). Boa parte do material
de Deuteronômio segue o modelo de tais tratados, apresentando as responsabilidades de Israel como povo em
aliança com Deus. Estão incluídas as repetições de muitas leis contidas em Êxodo, Levítico e Números.

Contexto Histórico
O livro contém os discursos feitos por Moisés durante..,os últimos meses de sua vida, quando os israelitas
estavam acampados nas planícies de Moabe, antes de sua entrada na terra prometida. Israel se defrontava
com guerras, tentações e um novo estilo de vida, mais estabelecida - tudo sob a nova e ainda não provada
liderança de Josué. Os ouvintes de Moisés não haviam experimentado pessoalmente o livramento do Mar
Vermelho nem a doação da Lei no Sinai; era preciso relembrá-los do poder de Deus e das leis de Deus.

Autoria do Capítulo 34
O registro da morte de Moisés no capítulo 34 não poderia ter sido escrito por ele, mas esta verdade óbvia não
nega, de modo algum, a autoria mosaica do resto do livro. Era bem comum acrescentar um obituário à obra
final de grandes homens, e é impossível que alguém (mais provavelmente Josué) não tivesse feito tal adição ao
último escrito de Moisés.

Conteúdo
O livro pode ser visto como uma constituição para a teocracia de Israel uma vez que estivesse estabelecido na
terra. Sua estrutura equivale à do típico tratado de suserania da época:
1- preâmbulo, 1:1-5
2- prólogo histórico, 1:6 -4:49
3- provisões principais, 5:1-26: 19
4- maldições e bênçãos, 27: 1-30:20
5- disposições para a continuação da aliança, 31:3-33:29.
Jesus Cristo citou este livro ao responder ao Diabo (Mt4:1-11) e ao resumir a Lei (Mt 22:37). Dos 27 livros do
N.T., 17 citam Deuteronômio.
Algumas passagens especialmente importantes incluem: 5:6-21 (os dez mandamentos); 6:4-9 (o Shema, "Ouve,
ó Israel”; 13:1-5 (sobre falsos profetas); 18:9-15 (sobre falsos adivinhos); 29:1-30:20 (a aliança palestina).

I. Introdução, 1:1-5
II. Recapitulação da peregrinação de Israel: parte histórica, 1:6 / 4:43
Israel no Sinai, 1:6-18
Israel em Cades-Barnéia, 1:19-46
A jornada de Israel de Cades a Moabe, 2:1 / 3:29
A jornada até a Transjordânia, 2:1-23
A conquista da Transjordânia, 2:24 / 3:11
A divisão da Transjordânia, 3:12-29
Israel nas planícies de Moabe, 4:1-43
Uma chamada à obediência, 4:1-40
As cidades de refúgio, 4:41-43
III. Repetição da Lei de Israel: parte legal, 4:44-26:19
Mandamentos referentes a Deus, 4:44 / 12:32
Os dez mandamentos, 4:44 / 5:33
O mandamento do amor a Deus, 6:1-25
O mandamento de destruir os cananeus, 7:1-26
O mandamento de recordar os atos passados de Deus, 8:1 / 10:11
A chamada a assumir um compromisso, 10:12 / 11:32
O mandamento referente ao santuário central, 12:1-32
Mandamentos referentes a falsos Profetas, 13:1-18
Mandamentos referentes a comida, 14:1-21
Mandamentos referentes a dízimos, 14:22-29
Mandamentos referentes ao ano sabático, 15:1-23
Mandamentos referentes às festas religiosas, 16:1-17
Mandamentos referentes aos líderes, 16:18 / 18:22
Juízes, 16:18 / 17:13
Reis, 17:14-20
Levitas, 18:1-8
Adivinhos e feiticeiros, 18:9-14
Messias, 18:15-19
Profetas, 18:20-22
Mandamentos Referentes a Relações Humanas, 19:1 / 26:19
As cidades de refúgio, 19:1-13
Os marcos de propriedade, 19:14
Testemunhas, 19:15-21
Guerra, 20:1-20
Investigação sobre homícídio, 21:1-9
Casamento e vida familiar, 21:10 / 22:30
A congregação, 23:1-18
Proteção para os fracos, 23:19 / 25:19
As primícias, 26:1-19
IV. Ratificação da aliança de Israel, 27:1 / 30:20
Cerimônias preparatórias, 27:1-26
Promessa de bênçãos, 28:1-14
Promessa de maldições, 28:15-68
Provisões da aliança palestina, 29:1 / 30:20
V. Conclusão, 31:1-34:12
Encargos relativos a Moisés, 31:1-29
O cântico de Moisés, 31:30 / 32:47
O testamento de Moisés, 32:48 / 33:29
A morte de Moisés, 34:1-12
Josué
Josué
1400 - 1370 a.C.

Autoria
Basicamente o livro foi composto pelo próprio Josué. É claro que algumas partes - tais como 15: 13-17 (cf. Jz
1:9-13) e 4:29-31 - não poderiam ter sido escritas por ele. Tais passagens poderiam ter sido escritas por
Eleazar, o sumo sacerdote, ou por Finéias, seu filho. Josué, todavia, é especificado como o autor de 24:1-26, e
o autor do livro claramente foi testemunha ocular da maioria dos eventos registrados - veja, por exemplo, 5:1
(em alguns manuscritos há o pronome "nós" em lugar de “os filhos de Israel”) e 5:6 (nos aparece no original).
Também é evidente que o livro foi escrito pouco tempo depois de seus eventos terem acontecido (6:25).

Contexto Histórico
O livro descreve a conquista e a divisão da terra de Canaã, tendo como pano de fundo as características
corruptas e brutais da religião cananita, claramente retratadas nos tabletes de Ras Shamra. Prostituição de
ambos os sexos, sacrifícios de crianças e sincretismo religioso eram alguns dos males pelos quais Deus ordenou
aos israelitas a destruição completa dos habitantes de Canaã. Boa parte do declínio espiritual de Israel, anos
depois, se deveu ao fato de os cananeus não terem sido completamente exterminados. Como resultado, sua
religião foi tolerada e freqüentemente absorvida pelos israelitas.
Os acontecimentos de Josué começam onde terminam os de Deuteronômio. Quanto a uma análise da época da
conquista, consultar a Introdução ao Livro de Êxodo.

Josué, o Homem
Evidentemente nascido no Egito, Josué (cujo nome significa “Javé é salvação”, veja a nota sobre Nm 13: 16)
pode ter servido no exército de Faraó. Fato ou não, ele já estava militarmente qualificado para comandar as
forças israelitas contra os amalequitas em Refidim (Êx 17:8-16). Serviu como atendente pessoal de Moisés
durante o ano passado no monte Sinai (Ex 24: 13). Como representante da tribo de Efraim, percorreu a terra de
Canaã com os outros 11 espias e, com Calebe, se opôs ao relatório derrotista da maioria que não queria
conquistar a terra (Nm 14:6-9). Antes da morte de Moisés, Josué foi comissionado como seu sucessor (Nm 27:
18-23), e conduziu o povo na conquista de Canaã. Suas qualidades marcantes eram fé, coragem, obediência e
devoção à Lei de Deus.

Data
Pressupondo a data mais recuada para o êxodo do Egito (veja a Introdução ao Livro de Êxodo), a conquista de
Canaã sob liderança de Josué aconteceu por volta de 1400 a.C. A data mais recente para o êxodo situa a
conquista de Canaã por volta de 1240 a.C, uma data mais difícil de harmonizar com a insignificante presença
dos filisteus no livro de Josué (13:2-3), já que tinham grande poder na Palestina por volta de 1200 a.C.

Ênfases Principais
O livro enfatiza:
1- a fidelidade divina em conceder a Israel a terra de Canaã (cf. Gn 13:15)
2- a importância da Lei Escrita (Js 1:8; 8:32-35; 23:6-16; 24:26-27)
3- a santidade de Deus ao julgar os pecados dos cananeus (cf. Dt 7:1-6)

I. A Entrada na Terra de Canaã, 1:1 / 5:15


A comissão de Deus a Josué, 1:1-9
A ordem de Josué ao Povo, 1:10-18
A observação de Jericó: Raabe e os espias, 2:1-24
A travessia do Rio Jordão, 3:1-17
A comemoração da travessia, 4:1-24
A circuncisão do povo, 5:1-12
O capitão do exército do Senhor, 5:13-15
II. A conquista da terra de Canaã, 6:1 / 12:24
A conquista da parte central de Canaã, 6:1 / 8:35
Vitória em Jericó, 6:1-27
Derrota em Ai: o pecado de Acã, 7:1-26
Vitória em Ai, 8:1-29
Adoração em Ebal, 8:30-35
A conquista da parte sul de Canaã, 9:1 / 10:43
O estratagema dos gibeonitas, 9:1-27
A destruição da coalizão dos amorreus, 10:1-43
A conquista da parte norte de Canaã, 11:1-15
Um resumo da conquista, 11:16 / 12:24
III. A divisão da terra de Canaã, 13:1 / 24:33
Instruções a Josué, 13:1-7
A divisão da Transjordânia, 13:8-33
A divisão de Canaã, 14:1 / 19:51
Introdução, 14:1-5
A herança de Judá, 14:6 / 15:63
A herança de Efraim, 16:1-10
A herança da meia tribo de Manassés, 17:1-18
O mapeamento da terra restante, 18:1-10
A herança de Benjamim, 18:11-28
A herança de Simeão, 19:1-9
A herança de Zebulom, 19:10-16
A herança de Issacar, 19:17-23
A herança de Aser, 19:24-31
A herança de Naftali, 19:32-39
A herança de Dã, 19:40-48
Heranças especiais, 19:49-51
As cidades de refúgio, 20:1-9
As cidades dos levitas, 21:1-45
As mensagens de Despedida de Josué, 22:1 / 24:28
Às duas e meia tribos, 22:1-34
Aos líderes, 23:1-16
Ao povo, 24:1-28
A morte de Josué, 24:29-33
Juízes
Anônimo
1050 - 1000 a.C.

Contexto Histórico
Os acontecimentos deste livro cobrem o turbulento período da história de Israel que vai de 1380 a 1050 a.C.,
da conquista da Palestina ao começo da monarquia. Embora a terra tivesse sido conquistada e ocupada, de
modo geral, sob a liderança de Josué, muitos bolsões de resistência canaanita haviam sido deixados para que
as tribos os destruíssem individualmente. O Livro de Juízes descreve estas lutas, transcorridas quando os
israelitas tentavam completar sua ocupação da terra.
Os juízes eram líderes civis e militares que exerceram autoridade durante este período em que Israel era uma
confederação praticamente sem estrutura. Alguns dos juízes foram contemporâneos, já que não exerciam sua
autoridade sobre toda a terra.

Autoria e Data
Embora o autor do livro seja desconhecido, o Talmude sugere que foi Samuel, e é bem possível que ele tenha
escrito algumas partes do livro. Juízes foi escrito depois da morte de Sansão e depois da coroação do rei Saul,
mas antes da conquista de Jerusalém por Davi, por volta de 990 a.C. (veja 1:21; 17:6; 18: 1; 19:1; 21:25).

Propósito
Historicamente, o livro serve como elo entre a conquista da Palestina e a monarquia. Teologicamente, oferece
muitos exemplos do princípio de que a obediência à Lei trazia paz, ao passo que a desobediência significava
opressão e morte. Espiritualmente, a fidelidade de Deus em perdoar Seu povo arrependido é vista mesmo
neste período, quando "cada um fazia o que achava mais reto" (17:6; 21:25).

UMA CRONOLOGIA DAS NAÇÕES OPRESSORAS E JUÍZES LIBERTADORES


Opressor Data (a.C.) Juiz Data (a.C.) Referência
Mesopotâmia 1361-1353 Otoniel 1353-1313 3:7-11
Moabe 1313-1295 Eúde 1295-1215 3:12-30
Filístia ? Sangar ? 3:31
Canaã 1215-1195 Débora e Baraque 1195-1155 4:1 / 5:31
Mídia 1155-1148 Gideão 1148-1108 6:1 / 8:28
Abimeleque 1108-1105 9:1-57
Amom 1105 Jefté 1105-1099 10:6 / 12:7
Filístia 1099-1059 Sansão 1085-1065 13:1 / 16:31

I. O Contexto do Período dos Juízes, 1:1 / 3:6


O contexto político, 1:1-36
O contexto espiritual, 2:1 / 3:6

II. A História do Período dos Juizes, 3:7 / 16:31


A opressão mesopotâmica e o livramento por Otniel, 3:7-11
A opressão moabita e o livramento por Eúde, 3:12-30
A vitória de Sangar sobre os Filisteus, 3:31
A opressão canaanita e o livramento por Débora e Baraque, 4:1 / 5:32
A história, 4:1-24
O cântico, 5:1-32
A opressão midianita e o livramento por Gideão, 6:1 / 8:35
A chamada de Gideão, 6:1-40
A vitória de Gideão, 7:1 / 8:35
A tirania de Abimeleque, 9:1-57
O juizado de Tola, 10:1-2
O juizado de Jair, 10:3-5
A opressão amonita e o livramento por Jefté, 10:6 / 12:7
O juizado de Ibsã, 12:8-10
O juizado de Elom, 12:11-12
O juizado de Abdom, 12:13-15
A opressão filistéia e a carreira de Sansão, 13:1 / 16:31
Anúncio divino e nascimento de Sansão, 13:1-25
Casamento de Sansão, 14:1-20
Proezas de Sansão, 15:1-20
Queda de Sansão, 16:1-31

III. A Apostasia do Período dos Juizes, 17:1 / 21:25


Mica e a migração dos danitas, 17:1-18:31
Mica e seu sacerdote particular, 17:1-13
A migração dos danitas, 18:1-31
A guerra benjamita, 19:1 / 21:25
A razão para a guerra, 19:1 / 20:14
A execução da guerra, 20:15-48
As conseqüências da guerra, 21:1-25
Rute
Anônimo
1000 a.C.

Autoria
O autor nos é desconhecido, embora alguns sugiram o nome de Samuel.

Data
Embora os acontecimentos do livro datem do período dos juízes (talvez a última parte do século XII a.C.), o livro
em si não foi escrito senão muitos anos depois. (Observe-se que o autor se sentiu obrigado a explicar costumes
já não praticados, 4:6-8.) Os últimos versícuIos do livro apresentam a descendência de Rute apenas até o rei
Davi, sugerindo fortemente que o livro foi escrito durante o seu reino. Se tivesse sido escrito mais tarde, seria
de se esperar que a genealogia se estendesse pelo menos até Salomão.

Contexto Histórico
O livro oferece um vislumbre das vidas de pessoas comuns, ainda que tementes a Deus, durante o turbulento
período dos juízes (veja a Introdução ao Livro de Juízes). O livro é um oásis de fidelidade numa era marcada
pela idolatria e infidelidade.

Temas
1- A própria Rute demonstra que os gentios podiam crer no verdadeiro Deus.
2- O livro fornece uma genealogia parcial de Davi, e mostra que havia sangue gentio na linhagem de Cristo,
Aquele que Se tornou o Salvador de toda a humanidade.
3- Boaz, como resgatador (veja a nota sobre 3:9), fornece-nos um belo tipo de Cristo, na medida em que:
A- era um parente de sangue (Rm 1:3; Hb 2:14)
B- tinha os recursos com que comprar a herança que fora perdida (1 Pe 1: 18-19)
C- estava disposto a resgatar (Hb 10:7)
4- O livro é um exemplo tocante da maravilhosa soberania de Deus exercida em Seu cuidado por Seu povo (cf.
Rt 2:12).

I. A decisão de Rute, 1:1-22


Sua procedência, 1:1-5
Sua escolha, 1:6-18
Sua chegada a Belém, 1:19-22
II. Os direitos de Rute, 2:1-23
Seu direito de rRespigar, 2:1-3
O resultado de seu trabalho, 2:4-17
Boaz encontra Rute, 2:4-7
Boaz protege Rute, 2:8-13
Boaz provê para Rute, 2:14-17
O relatório de seu trabalho, 2:18-23
III. O desejo de Rute, 3:1-18
Sugerido por NoemÍ, 3:1-5
Executado por Rute, 3:6-9
Aceito por Boaz, 3:10-18
IV. O destino de Rute, 4:1-22
Tornou-se esposa, 4:1-12
Tornou-se mãe, 4:13-17
Tornou-se ancestral do Rei, 4:18-22
I Samuel
Samuel e outros
De 930 a.C. em diante

Autores
Embora os dois livros de Samuel recebam seu nome por ser ele a figura principal dos primeiros capítulos,
Samuel não poderia ter escrito mais do que uma parte de 1 Samuel, já que sua morte é registrada no capítulo
25. O fato de ter ele escrito um livro fica comprovado em 1 SamueI 10:25. 1 Crônicas 29:29 indica que Natã e
Gade também escreveram sobre os acontecimentos registrados em Samuel.

Contexto Histórico
Samuel emergiu como o último juiz do período dos juízes, que durou cerca de 350 anos. O livro cobre um
período de aproximadamente 115 anos, da infância de SamueI ao início do reinado de Davi. Surgindo no
cenário civil-religioso de Israel num dos períodos mais negros da história israelita, Samuel convocou o povo a
um reavivamento do verdadeiro culto a Javé (o Senhor; At 3:24). Ele foi também um estabelecedor de reis,
ungindo tanto a Saul quanto a Davi (10:1 e 16:13). Assim, o livro de 1 Samuel fornece um elo entre os juízes e a
monarquia.

Conteúdo
Primeiro Samuel focaliza três personagens principais: Samuel, Saul e Davi (2 Samuel focaliza exclusivamente
Davi). A principal lição do livro tem a ver com os efeitos do pecado e da santidade em relação ao povo e seus
líderes. Histórias bem conhecidas no livro incluem a de Davi e Golias (cap. 17), Davi e Jônatas (cap. 18), e Saul e
a feiticeira de En-Dor (cap. 28).

I. SamueI, o último juiz, 1:1 / 8:22


O início de sua vida e sua chamada, 1:1 / 3:21
Sua mãe, 1:1 / 2:10
Sua tristeza, 1:1-8
Sua súplica, 1:9-18
Seu filho, 1:19-23
Seu sacrifício, 1:24-28
Seu cântico, 2:1-10
Seu ministério, 2:11 / 3:21
A situação em Silo, 2:11-36
A chamada de Samuel, 3:1-21
Sua guerra contra os Filisteus, 4:1-7:2
A captura da arca pelos filisteus, 4:1-22
A derrota de Israel, 4:1-11
A morte de Eli, 4:12-18
A partida da glória: Icabode, 4:19-22
A maldição da arca sobre os filisteus, 5:1-12
A devolução da arca pelos filisteus, 6:1 / 7:2
Seu ministério de reavivamento em Israel, 7:3-17
Sua advertência a Israel sobre a exigência de um Rei, 8:1-22
II. Saul, o primeiro Rei, 9:1 / 31:13
A ascensão de Saul, 9:1 / 11:15
A escolha de Saul, 9:1-27
A coroação de Saul, 10:1-27
A vitória sobre os amonitas, 11:1-15
A recordação feita por Samuel, 12:1-25
A rejeição de Saul, 13:1 / 15:35
Sua oferta pecaminosa, 13:1-23
Seu voto precipitado, 14:1-52
Sua obediência parcial, 15:1-35
A substituição de Saul por Davi, 16:1-23
Davi é escolhido e ungido, 16:1-13
Davi é empregado na corte de Saul, 16:14-23
A supremacia de Davi sobre Saul, 17:1 / 18:30
A vitória de Davi sobre Golias, 17:1-58
A amizade de Davi e Jônatas, 18:1-4
As relações de Davi com Saul, 18:5-16
O casamento de Davi, 18:17-30
A rejeição de Davi por Saul, 19:1-26:25
Davi é protegido por Jônatas, 19:1-10
Davi é protegido por Mical, 19:11-17
Davi é protegido por Samuel, 19:18-24
Davi é protegido por Jônatas, 20:1-43
Davi é protegido por Aimeleque, 21:1-9
Davi é protegido por Aquis, 21:10-15
Davi e seu bando, 22:1 / 26:25
Na caverna de Adulão e em Mispa, 22:1-5
Saul mata os sacerdotes, 22:6-23
Em Queila, 23:1-12
No deserto de Zife, 23:13-29
Em En-Gedi, Davi poupa a vida de Saul, 24:1-22
Davi e Abigail, 25:1-44
No deserto de Zife, Davi poupa novamente a vida de Saul, 26:1-25
O refúgio de Davi entre os Filisteus, 7:1-31:13
Davi torna-se um vassalo dos filisteus, 27:1-28:2
Saul consulta a médium em En-Dor, 28:3-25
Davi é dispensado pelos filisteus, 29:1-11
Davi destrói os amalequitas, 30:1-31
Os filisteus e a morte de Saul, 31:1-13
II Samuel
Samuel e outros
De 930 a.C. em diante

Relação com 1 Samuel


Na Btblia Hebraica, 1 e 2 Samuel formam um único livro. Com respeito a questões de autoria, data e contexto
histórico, consultar a Introdução a 1 Samuel.

Conteúdo
Primeiro Samuel termina com a morte do primeiro rei de Israel, Saul. Segundo Samuel registra a história do
reinado de Davi, incluindo seu estabelecimento dos centros político e religioso da nação em Jerusalém, o início
da dinastia davídica, as grandes vitórias militares de Davi, seu vergonhoso pecado com Bate-Seba e seu erro ao
recensear o povo. 2 Samuel7:4-14 registra a importante (e ainda a ser totalmente cumprida) aliança feita por
Deus com Davi e seus descendentes.

I. A coroação de Davi sobre o reino, 1:1 / 5:6


A época da coroação (após a morte de Saul), 1:1-27
O relato da morte de Saul, 1: 1-10
A reação à morte de Saul, 1:11-16
O remorso pela morte de Saul, 1:17-27
A extensão do reino (sobre Judá), 2:1-7
O esforço para incluir as demais tribos, 2:8 / 4:12
O rival, Is-Bosete, 2:8-11
A guerra civil, 2:12 / 4:12
Abner versus Joabe, 2:12-32
Abner deserta de Is- Bosete, 3:1-21
Joabe assassina Abner, 3:22-39
O assassinato de Is-Bosete, 4:1-12
A entronização de Davi sobre todas as tribos, 5:1-6
II. A consolidação do reino por Davi, 5:7 / 6:23
O governo é estabelecido em Jerusalém, 5:7-25
A arca é trazida para Jerusalém, 6:1-23
III. O compromisso divino com Davi quanto ao reino, 7:1-29
Davi propõe, 7:1-3
Deus dispõe, 7:4-29
A promessa de Deus, 7:4-17
O louvor de Davi, 7:18-29
IV. As conquistas de Davi em prol do reino, 8:1 / 10:19
Davi derrota Filistia, Moabe, Zobá, Síria e Edom, 8:1-18
Davi demonstra Bondade a Mefibosete, 9:1-13
Davi derrota Amom, 10:1-19
V. Os crimes de Davi dentro do reino, 11:1-27
Adultério, 11:1-13
Assassinato, 11:14-27
VI. Os conflitos de Davi no reino, 12:1 / 20:26
A morte do filho e a restauração do Rei, 12:1-31
O incesto de Amnom, 13:1-39
A rebelião de Absalão, 14:1 / 18:33
A volta de Absalão, 14:1-33
A revolta de Absalão, 15:1-12
A vitória de Absalão, 15:13 / 16:14
O reinado de Absalão em Jerusalém, 16:15 / 17:23
A derrota e morte de Absalão, 17:24 / 18:33
A desordem no reino, 19:1-39
A revolução no reino, 19:40 / 20:26
VII. A conclusão do reino de Davi, 21:1 / 24:25
A fome, 21:1-14
As façanhas, 21:15-22
O cântico de Davi, 22:1-51
As últimas palavras de Davi, 23:1-7
Os atos dos Valentes de Davi, 23:8-39
O recenseamento e a praga, 24:1-25
I Reis
Jeremias
550 a.C.

Título
Compostos originalmente como um único livro, 1 e 2 Reis têm um título apropriado ao seu conteúdo, que
retrata a história dos reis de Israel e Judá, desde Salomão até o cativeiro babilônico. Primeiro Reis termina·
abruptamente no começa do reinado de Acazias em 853 a.C.

Autor
A tradição judaica atribui o livro ao profeta Jeremias. É bem evidente que o autor se valeu de fontes históricas
para a compilação do livro (11:4; 14:19-29), e o último capítulo de 2 Reis deve ter sido escrito por alguém que
viveu na 1Jabilônia e não no Egito, onde Jeremias passou seus últimos dias.

Propósito
O propósito do livro não é apenas registrar a história dos reis, mas demonstrar que o sucesso de qualquer rei (e
da nação como um todo) dependia da medida de sua fidelidade à lei de Deus. O fracasso resultou em declínio e
cativeiro.

Conteúdo
Passagens importantes em 1 Reis incluem a descrição da grande sabedoria de·Salomão (caps. 3 - 4), a
dedicação do templo construído por Salomão (cap. 8), a visita da rainha de Sabá (cap. 10) e o ministério de Elias
(particularmente sua confrontação com os profetas de Baal no monte Carmelo capo 18).

I. O reino unido, 1:1 / 11:43


A entronização de Salomão (2 Cr 1:1-17), 1:1 / 3:1
A luta pela sucessão, 1:1-53
A incumbência final de Davi a Salomão, 2:1-12
O expurgo iniciado por Salomão, 2:13-46
O casamento de Salomão, 3:1
A sabedoria de Salomão, 3:2 / 4:34
Salomão pede sabedoria, 3:2-15
Salomão demonstra sabedoria, 3:16-28
A administração de Salomão, 4:1-28
A fama de Salomão, 4:29-34
O templo de Salomão (2Cr 2:1 / 7:22), 5:1-8:66
Preparativos para a construção, 5:1-18
Descrição e construção do templo, 6:1-38
Construção de outros edifícios, 7:1-12
Acabamento do templo, 7:13-51
Dedicação do templo, 8:1-66
A fama de Salomão (2 Cr 8:1-9:28), 9:1 / 10:29
Sua aliança com Deus, 9:1-9
Seu pagamento a Hirão, 9:10:14
Seus suditos, 9:15-25
Sua frota, 9:26-28
Sua visitante famosa, a rainha de Sabá, 10:1-13
Sua riqueza, 10:14-29
A queda de Salomão, 11:1-43
As razões, 11:1-8
A advertência, 11:9-13
Os adversários, 11:14-28
A profecia de Aías, 11:29-40
A morte de Salomão, 11:41-43
II. O reino dividido, 12:1 / 22:54
A ruptura no reino, 12:1-24
O pedido das tribos do norte, 12:1-4
A resposta de Roboão, 12:5-15
A revolta das tribos do norte, 12:16-24
O reinado de Jeroboão em Israel (931-910), 12:25 / 14:20
O estabelecimento de centros religiosos e de um culto rival ao de Jerusalém, 12:25-33
O encontro com o homem de Deus, 13:1-32
A elevação de não-levitas ao sacerdóCio, 13:33-34
A doença de seu filho e a profecia de Aías, 14:1-18
A morte de Jeroboão, 14:19-20
O reinado de Roboão em Judá (931-913; 2 Cr 10:1-12:16), 14:21-31
Apostasia em Judá, 14:21-24
O ataque por Sisaque do Egito, 14:25-28
A morte de Roboão, 14:29-31
O reinado de Abias (Abião) em Judá (913-911; 2Cr 13:1-22), 15:1-8
O reinado de Asa em Judá (911-870; 2Cr 14:1 / 16:14), 15:9-24
Suas reformas, 15:9-15
Sua guerra contra Baasa, 15:16-24
O reinado de Nadabe em Israel (910-909), 15:25-31
O reinado de Baasa em Israel (909-886), 15:32 / 16:7
O reinado de Elá em Israel (886-885), 16:8-14
O reinado de Zinri em Israel (885), 16:15-20
O reinado de Onri em Israel (885-874), 16:21-28
O reinado de Acabe em Israel (874-853), 16:29-22:40
O começo do reinado de Acabe, 16:29-34
A predição de seca por Elias, 17:1
A provisão divina em favor de Elias, 17:2-24
O desafio de Elias aos profetas de Baal, 18:1-46
A fuga de Elias para Horebe, 19:1-18
A escolha de Eliseu como sucessor de Elias, 19:19-21
As vitórias de Acabe contra os sírios, 20:1-43
O interesse de Acabe pela vinha de Nabote, 21:1-29
A batalha final de Acabe, 22:1-40
O reinado de Josafá em Judá (873-848; 2Cr 17:1 / 20:37), 22:41-51
O reinado de Acazias em Israel (841), 22:52-54
II Reis
Jeremias
550 a.C.

Título, Autor e Data


Uma vez que 1 e 2 Reis formavam originalmente um único livro, consulte a Introdução a 1 Reis para um
exame destes assuntos.

Conteúdo
Continuando onde 1 Reis terminara (com Acazias), 2 Reis descreve o declínio e cativeiro tanto de Israel quanto
de Judá. Israel suportou uma sucessão de maus reis durante 130 anos, até o cativeiro assírio. A história de Judá,
culminando com o cativeiro babilônico, é contada com poucos detalhes. O livro também registra o ministério
de Eliseu, marcado por milagres. Passagens bem conhecidas incluem a ressurreição do filho da sunamita (cap.
4), a cura de Naamã, o general siro leproso (cap. 5), a morte de Jezabel (cap. 9) e os reavivamentos nos
reinados de Ezequias (cap. 18) e Josias (cap. 23).
Durante este período, Amós e Oséias profetizaram em Israel, enquanto Obadias, Joel, lsaías, Miquéias, Naum,
Habacuque, Sofonias e Jeremias ministraram em Judá.

I. O reino dividido, 1:1 / 17:41


O reinado de Acazias em Israel (853-852), 1:1-18
O reinado de Jorão em Israel (852-841), 2:1 / 8:15
O traslado de Elias, 2:1-11
O início do ministério de Eliseu, 2:12-25
A expedição de Jorão contra Moabe, 3:1-27
O ministério de Eliseu, 4:1-8:15
Eliseu ajuda uma viúva, 4:1-7
Eliseu e a mulher sunamita, 4:8-37
Eliseu em Gilgal, 4:38-44
Eliseu e Naamã, o leproso, 5:1-27
Eliseu faz flutuar um machado, 6:1-7
Eliseu frustra os planos da Síria, 6:8 / 8:6
Eliseu em Damasco, 8:7-15
O reinado de Jeorão em Judá (848-841; 2Cr 21:1-20), 8:16-24
O reinado de Acazias em Judá (841; 2Cr 22:1-9), 8:25-29
O reinado de Jeú em Israel (841-814), 9:1 / 10:36
Jeú é ungido por Eliseu, 9:1-10
Jeú derrota Jorão, rei de Israel, 9:11 / 10:17
Jeú destrói os adoradores de BaaI, 10:18-36
O reinado de AtaIia em Judá (841-835; 2Cr-22:10-23:15), 11:1-16
O reinado de Joás em Judá (835-796; 2Cr 23:16 / 24:27), 11:17 / 12:21
O reinado de Jeoacaz em Israel (814-798), 13:1-9
O reinado de Jeoás em Israel (798-782; 2Cr 22:10-23:15), 13:10-25
O reinado de Amazias em Judá (796-767; 2Cr 25:1-28),14:1-24
O reinado de Jeroboão II em Israel (794-753), 14:23-29
O reinado de Azarias (Uzias) em Judá (790-739; 2Cr 26:1-23), 15:1-7
O reinado qe Zacarias em Israel (753), 15:8-12
O reinado de SaIum em Israel (752), 15:13-15
O reinado de Menaém em Israel (752-742), 15:16-22
O reinado de Pecaías em Israéf (742-740), 15:23-26
O reinado de Peca em Israel (752-732), 15:27-31
O reinado de Jotão em Judá (750-731; 2Cr 27:1-9), 15:32-38
O reinado de Acaz em Judá (731-715; 2Cr 28:1-27), 16:1-20
O reinado de Oséias em Israel (732-722), 17:1-41
A derrota de Israel, 17:1-6
Os pecados de Israel, 17:7-23
O repovoamento de Israel, 17:24-41
II. Judá, o reino sobrevivente, 18:1 / 25:30
O reinado de Ezequias (715-686; 2Cr 29:1 / 32:33), 18:1 / 20:21
Suas reformas, 18:1-12
Seu livramento das duas invasões de Senaqueribe, 18:13 / 19:37
Sua doença e recuperação, 20:1-11
Sua insensatez diante dos babilônios, 20:12-21
O reinado de Manassés (695-642; 2Cr 33:1-20),21:1-18
O reinado de Amam (642-640; 2Cr 33:21-25), 21:19-26
O reinado de Josias (640-609; 2Cr 34:1 / 35:27), 22:1 / 23:30
Ele repara o templo, 22:1-7
Ele recupera a Lei, 22:8-20
Ele renova a aliança, 23:1-3
Ele reforma a nação, 23:4-30
O reinado de Jeoacaz (609; 2Cr 36:1-4), 23:31-33
O reinado de Jeoaquim (Eliaquim; 609-597; 2Cr 36:5-8), 23:34 / 24:7
O reinado de Joaquim (597; 2 Cr 36:9-10), 24:8-16
O reinado de Zedequias (Mataruas; 597-586; 2Cr 36:11-21), 24:17 / 25:21
A rebelião contra Babilônia e a destruição do templo, 24:17 / 25:10
Terceira deportação para Babilônia, 25:11-21
Gedalias, o fantoche de Babilônia (586), 25:22-26
A libertação de Joaquim em Babilônia, 25:27-30
I Crônicas
Esdras
450 - 425 a.C.

Título
Originalmente formava um só livro com 2 Crônicas (até 180 a.C.), cujo título hebraico significa "as palavras
(negócios) dos dias”, i.e., os anais de Israel, de Adão ao cativeiro babilônico e o decreto de Ciro permitindo aos
exilados judeus voltar à sua terra. Num certo sentido é "uma miniatura do Antigo Testamento'; registrando de
forma resumida o fluxo da história do Antigo Testamento.

Autoria
Embora não especificado por nome·no livro, Esdras tem sido tradicionalmente apontado como seu autor.
Inquestionavelmente, ele utilizou fontes escritas para escrever o livro, incluindo-se nestas os registros
proféticos de Samuel (1Cr 29:29), Isaías (2Cr 32:32) e outros (2Cr 9:29;-12:'15;-20:34; 33:19), mas em particular
uma fonte chamada "o livro dos reis de Judá e Israel” (2Cr 16:11; 25:26). Não se trata, todavia, do livro
canônico de 1 e 2 Reis, mas de um relato palaciano mais antigo.

Propósito
Esdras, que conduziu um grupo de exilados de volta à Palestina em 458 a.C., tinha a preocupação de
estabelecer um alicerce espiritual sólido para o povo. Para alcançar tal objetivo, ele evidentemente compilou o
livro de Crônicas para enfatizar a importância da pureza religiosa e racial, o lugar apropriado da Lei, do templo
e do sacerdócio. Assim, ele omite as atividades detalhadas dos reis e profetas, enfatizando a rica herança do
povo e a bênção de seu relacionamento pactual com Deus.

Conteúdo
Primeiro Crônicas é livro satura do de genealogias, com um foco especial no reinado de Davi. Porções
importantes incluem a declaração da grande aliança com Davi (17:11-14) e a magnífica oração de louvor
pronunciada por Davi (29:10-19).

I. Genealogias de Adão a Davi, 1:1 / 9:44


De Adão a Abraão, 1:1-27
De Abraão a Jacó, 1:28-54
De Jacó a Davi, 2:1-55
De Davi ao cativeiro, 3:1-24
Genealogias das doze tribos, 4:1 / 8:40
Judá, 4:1-23
Simeão, 4:24-43
Rúben, 5:1-10
Gade, 5:11-22
Manassés, 5:23-26
Levi, 6:1-81
lssacar, 7:1-5
Benjarnim, 7:6-12
Naftali, 7:13
Manassés, 7:14-19
Efraim, 7:20-29
Aser, 7:30-40
Benjamim, 8:1-40
Os Habitantes de Jerusalém, 9:1-34
A Família de Saul, 9:35-44
II. A unção de Davi, 10:1 / 12:40
A morte de Saul, 10:1-14
A subida de Davi ao trono, 11:1-3
A conquista de Jerusalém, 11:4-9
Os heróis de Davi, 11:10 / 12:40
III. O reinado de Davi, 13:1 / 29:21
Davi e a Arca, 13:1 / 17:27
Davi traz a arca a Quidom: a morte de Uzá, 13:1-14
A fama de Davi e a vitória sobre os filisteus, 14:1-17
Davi traz a arca para Jerusalém, 15:1-29
A celebração preparada por Davi e os preparativos para o alojamento da arca, 16:1-43
O desejo de Davi de construir um templo; a aliança davídica, 17:1-27
As guerras de Davi, 18:1-20:8
O recenseamento pecaminoso de Davi, 21:1-30
Os preparativos para a construção do templo, 22,1-23.1
A organização dos Levitas, 23:2-26:32
Recenseamento e deveres dos levitas, 23:2-32
Divisão dos levitas em 24 grupos, 24:1-31
A designação dos músicos, 25:1-31
A indicação de guardas, 26:1-19
A designação dos guardas dos tesouros, 26:20-28
A delegação de magistrados, 26:29-32
Os líderes civis de Davi, 27:1-34
As últimas instruções de Davi ao povo e a Salomão, 28:1-21
As ofertas e a adoração de Davi, 29:1-21
IV. A Subida de Salomão ao trono e a morte de Davi, 29:22-30
II Crônicas
Esdras
450 - 425 a.C.

Título, Autoria e Propósito


Uma vez que 1 e 2 Crônicas eram, originalmente, um só livro, consultar a Introdução a 1 Crônicas para o
tratamento destes assuntos.

Conteúdo
Começando onde 1 Crônicas parou, 2 Crônicas registra a história do reinado de Salomão (971-931 a.C.) e de
todos os reis de Judá, desde Roboão (93.1 a.C) até Zedequias (586 a.C.). Assim, o livro' cobre o mesmo período
contido em 1 e 2 Reis, embora 2 Crônicas focalize exclusivamente os reis de Judá, excluindo os reis de Israel. A
desobediência à Lei mosaica foi a razão do cativeiro babilônico. O livro termina com uma breve menção ao
decreto de Ciro, promulgado em 539 a.C., pelo qual os judeus receberam permissão de voltar à Judéia e
construir seu templo.
Passagens significativas incluem a oração de Salomão pedindo sabedoria (1:7-12), a dedicação do magníf~co
.templo por ele construído (caps. 5-7), a visita da rainha de Sabá (9: 1-12) e a predição da duração do cativeiro
(36:20-21). Versículos favoritos neste livro são 7:14 e 16:9.

I. O Reinado de Salomão, 1:1 / 9:31


O Estabelecimento do Reinado de Salomão, 1:1-17
Sua adoração e oração por sabedoria, 1:1-13
Sua riqueza, 1:14-17
O Templo de Salomão, 2:1-7:22
Preparativos para o templo, 2:1-18
Construção do templo, 3:1 / 4:22
Dedicação do templo, 5:1 / 7:22
A instalação da arca, 5:1-14
O discurso ao povo, 6:1-11
A oração a Deus, 6:12-42
A glória de Deus, 7:1-3
Os sacrifícios e a festa, 7:4-11
Deus fala a Salomão, 7:12-22
A Fama de Salomão, 8:1-9:28
Suas cidades, 8:1-6
Seus súditos, 8:7-11
Suas ofertas, 8:12-13
Sua organização para os levitas, 8:14-16
Sua marinha, 8:17-18
A visita da rainha de Sabá, 9:1-12
Sua riqueza, 9:13-28
A Morte de Salomão, 9:29-31
II. Os Reis de Judá, 10:1 / 36:21
Roboão (931-913; 1Rs 14:21-31), 10:1 / 12:16
Roboão provoca divisão, 10:1-19
Roboão segue ao Senhor, 11:1-23
Roboão abandona o SENHOR, 12:1-16
Abias (913-911; 1Rs 15:1-8), 13:1-22
Asa (911-870; 1Rs 15:9-24), 14:1 / 16:14
Reformas iniciais, 14:1-8
Guerra contra os etíopes, 14:9-15
Confiança no Senhor, 15:1-19
Guena contra Baasa, rei de Israel, 16:1-10
Morte, 16:11-14
Josafá (873-848; 1Rs 22:41-51), 17:1 / 20:37
O reavivamento que promoveu, 17:1-19
Sua aliança com Acabe, 18:1 / 19:3
Suas reformas, 19:4-11
Sua vitória sobre Moabe e Amom, 20:1-30
Seus últimos dias, 20:31-37
Jeorão (848-841; 2Rs 8:16-24), 21:1-20
Acazias (841; 2Rs 8:25-29), 42:1-9
Atalia (841-835; 2Rs 11:1-16), 22:10 / 23:15
Joás (835-796; 2Rs 11: 17 / 12:21), 23:16 / 24:27
Seguindo ao Senhor, 23:16 / 24:16
Abandonando ao Senhor, 24:17-27
Amaziás (796-767; 2Rs 14:1-22), 25:1-28
Seguindo ao Senhor, 25:1-13
Abandonando ao Senhor; 25:14-28
Uzias (Azarias, 790-739; 2Rs 15:1-7), 26:1-23
Seguindo ao Senhor, 26:1-15
Abandonando ao Senhor, 26:16-23
Jotão (750-731; 2Rs 15:32-38), 27:1-9
Acaz (731-715; 2Rs 16:1-20), 28:1-27
Ezequias (715-686; 2Rs 18:1-20:21), 29:1 / 32:33
O reavivamento que promoveu, 29:1 / 31:21
Sua vitória sobre os assírios; 32:1-13
Seus últimos dias, 32:24-33
Manassés (695-642; 2Rs 21:1-18), 33:1-20
Amom (642-640; 2Rs 21:19-26), 33:21-25
Josias (640-609; 2Rs 22:1-23:30), 34:1 / 35:27
Suas reformas, 34:1-13
Sua descoberta da Lei, 34:14-33
Sua observância da páscoa, 35:1-19
Sua morte, 35:20-27
Jeoacaz (609; 2Rs 23:31-33), 36:1-4
Jeoaquim (EIiaquim, 609-597; 2Rs 23.34-24.7), 36:5-8
Joaquim (597; 2 Rs 24:8-16),36:9-10
Zedequias (597-586; 2Rs 24:17 / 25:21), 36:11-21
III. O Decreto de Ciro, 36:22-23
Esdras
Esdras
456 - 444 a.C.

Título e Autoria
O livro, intitulado com o nome de seu principal personagem, formava originalmente um só livro com Crônicas
e Neemías. Embora Esdras não seja citado no livro como seu autor, o mais provável é que ele o tenha escrito
usando vários documentos históricos (e.g., 4:7-16), genealogias (e.g., 2: 1-70) e memórias pessoais (e.g., 7:27-
9: 15) como fontes. Na Vulgata (Bíblia Latina), Esdras e Neemías são intitulados 1 e 2 Esdras, ao passo que o
livro apócrifo de 1 Esdras é denominado 3 Esdras na Vulgata.

Data
Embora alguns comentaristas datem o livro de 330 a.C., suas semelhanças lingüísticas com os papiros
aramaicos da comunidade judaica de Elefantina, no Egito, datados do quinto século a.C., apontam para uma
data mais recuada, durante a vida de Esdras (que viveu até o tempo de Neemías, Ne 8:1-9; 12:36). Esdras
provavelmente terminou o livro entre 456 a.C., (quando ocorreram os eventos de 10: 1744) e 444 a.C.,
quando Neemías chegou a Jerusalém.

Contexto Histórico
O livro registra o cumprimento da promessa divina de restaurar Israel à sua terra depois dos 70 anos de
cativeiro em Babilônia (Jr 25:11). Isto foi conseguido através da ajuda de três monarcas persas (Ciro, Dario e
Artaxerxes), bem como de Hderes judeus como Zorobabel, Josué, Ageu, Zacarias e Esdras. Ciro conquistou
Babilônia em 539 a.C. (em outubro) e, de acordo com sua política de estimular os povos subjugados a
retomarem às suas terras de origem, promulgou em 538 a.C. um decreto autorizando os judeus a fazerem o
mesmo (veja a Introdução a Zacarias). Cerca de 50.000 pessoas retomaram sob a liderança de Zorobabel,
lançando em pouco tempo os alicerces do templo, que, no entanto, só viria a ser concluído em 515 a.C., no
reinado de Dario. Esdras 1-6 descreve estes acontecimentos. Os capítulos 7-10 descrevem o retorno de Esdras
a Jerusalém, sob o favor do rei Artaxerxes, para ajudar a trazer um reavivamento espiritual ao seu povo.
Os reis persas envolvidos neste período (em relação a Esdras e a outras porções do Antigo Testamento) são os
seguintes:

Rei (datas) Capítulos correspondentes Relação c/ outros


em Esdras livros no A.T.

Ciro 538-530 Capítulos 1-6 (embora não Ageu (520)


Cambises 530-522 haja menção de Cambises Zacarias (520-515)
Smerdis 522 e Smerdis.)
Dario I 521-486
Xerxes I (Assuero) 486-465 4:6 Ester (474)
Artaxerxes I 464-423 4:7-23 e caps. 7 -10 Malaquias (450-400)
Dario II 423-404 Neemias (445-425)

I. O retomo dirigido por Zorobabel, 1:1 / 6:22


O decreto de Ciro, 1:1-11
O recenseamento do povo, 2:1-70
Líderes, 2:1-2
Famílias, 2:3-20
Cidades, 2:21-35
Sacerdotes, 2:36-39
Levitas, 2:40-42
Os servidores do templo, 2:43-54
Os servos de Salomão, 2:55-58
Genealogias incertas, 2:59-63
Totais, 2:64-70
O início da construção do templo, 3:1-13
O início dos sacrifícios, 3:1-6
O início do alicerce, 3:7-13
A oposição, 4:1-24
A confrontação, 4:1-3
A campanha, 4:4-5
O clímax, 4:6-24
A construção é recomeçada, 5:1 / 6:12
A pregação dos profetas, 5:1-2
O protesto de Tatenai, 5:3-17
O aecreto de Dario, 6:1-12
O templo edificado, 6:13-22
O término da obra, 6:13-15
A dedicação do templo, 6:16-18
A celebração da páscoa, 6:19-22
lI. O retorno dirigido por Esdras, 7:1 / 10:44
O retorno a Jerusalém, 7:1 / 8:36
O líder, Esdras, 7:1-10
A carta de Artaxerxes, 7:11-28
A viagem, 8:1-36
O reavivamento em Jerusalém, 9:1 / 10:44
A condição do povo, 9:1-4
A confissão de Esdras, 9:5-15
O pacto do povo, 10:1-8
A purificação do povo, 10:9-44
Neemias
Neemias
445 - 425 a.C.

O Homem Neemias
Como copeiro do rei Artaxerxes I, a posição de Neemias era de grande responsabilidade (comprovar que o
vinho bebido pelo rei jamais estivesse envenenado) e de muita influência (já que um servo que desfrutava de
tanta confiança freqüentemente se tomava um conselheiro bem íntimo). Ao ouvir que as muralhas de
Jerusalém ainda não haviam sido reconstruí das, e recebendo permissão do rei para ir a Jerusalém e corrigir a
situação, demonstrou qualidades ímpares de liderança e organização. Em 52 dias o trabalho de reconstrução
foi terminado. Como governador de Judá, Neemias demonstrou humildade, integridade, patriotismo, energia,
piedade e altruísmo. Depois de doze anos no cargo, ele retomou por pouco tempo à corte de Artaxerxes (1:1;
13:6) e de lá voltou a Judá, onde exortou seu povo ao arrependimento.
Tão vívido e franco é o relato que muito do material contido no livro provém do que deve ter sido o diário
pessoal de Neemias. Quanto à relação entre este livro e Estiras, veja a Introdução a Esdras.

Contexto Histórico
Consulte a Introdução a Estiras. Os papiros de Elefantina, descobertos em 1903, confirmam a historicidade do
livro de Neemias, mencionando Sambalá (2: 19) e Joanã (6: 18; 12:23). Estas fontes também nos indicam que
Neemias deixou de ser governador de Judá antes de 408 a.C.

Conteúdo
O livro completa a história da restauração do remanescente que voltara do exílio em Babilônia, restauração
esta começada sob a liderança de Estiras. Marca também o inicio das "setenta semanas" de Daniel (veja a nota
sobre Dn 9:25), e fornece o contexto histórico para a profecia de Malaquias.

I. A reconstrução dos muros (sob a Liderança de Neemias), 1:1 / 7:73


O retomo a Jerusalém, 1:1 / 2:20
A condição de Jerusalém, 1:1-7
A petição de Neemias, 1:8-11
A comissão de Artaxerxes, 2:1-10
A inspeção dos muros, 2:11-20
A reconstrução dos muros, 3:1-7:4
O trabalho designado, 3:1-32
O trabalho atacado, 4:1-6:14
Pela zombaria, 4:1-6
Por conspiração, 4:7-23
Por extorsão, 5:1-19
Pela transigência, 6:1-4
Pela calúnia, 6:5-9
Por traição, 6:10-14
O trabalho realizado, 6:15 / 7:4
O registro do povo, 7:5-73
II. A renovação da aliança (sob a liderança de Esdras), 8:1 / 10:39
A leitura da lei, 8:1-8
A reação do povo, 8:9-18
O arrependimento do povo, 9:1-38
A ratificação da aliança, 10:1-27
As responsabilidades da aliança, 10:28-39
III. A reforma da nação, 11:1 / 13:31
O repovoamento das cidades, 11:1 / 12:26
Jerusalém, 11:1-24
Outras cidades, 11:25-36
Sacerdotes e levitas, 12:1-26
A rededicação dos muros, 12:27-47
O reavivamento do povo, 13:1-31
Reformas em relação a não-judeus, 13:1-3
Reformas em relação ao sacerdócio, 13:4-14
Reformas em relação ao sábado, 13:15-22
Reformas em relação ao casamento, 13:23-31
Ester
Incerto
465 a.C.

Autoria
Embora seu nome nos seja desconhecido, o autor deste livro era evidentemente um judeu (o nacionalismo
judeu permeia o livro), pessoalmente familiarizado com o reino de Assuero e com o palácio em Susã. O livro
deve ter sido escrito pouco depois do final do reino de Assuero, já que a administração é nele mencionada
como algo passado (10:2-3).

Contexto Histórico
Os acontecimentos deste livro cobrem um período de 10 anos (483-473) do reinado de Xerxes I (486-465). A
forma hebraica de seu nome é Ahaswerosh, equivalente ao persa Khshayarsha e ao grego Xerxes. Os
acontecimentos transcorrem entre o sexto e o sétimo capítulos do livro de Esdras (veja a Introdução a Esdras
para obter informações históricas adicionais).
Tema Embora o nome de Deus não seja mencionado, Sua soberania e providência são evidentes em toda a
narrativa. A rejeição de Vasti, a posição de rainha obtida por Ester, a dívida de gratidão de Xerxes para com
Mordecai descoberta durante uma noite de insônia, e a maravilhosa libertação dos judeus, todos estes fatos
demonstram o controle de Deus e Seu cuidado para com o Seu povo (51121:4). O livro também explica a
origem da Festa de Purim (2 Macabeus 15:36), celebrada nos dias 13 e 14 de adar (fev - mar), quando os judeus
celebram sua libertação do plano destruidor de Hamã.

Exatidão Histórica
As objeções levantadas quanto à historicidade do livro de Ester incluem as seguintes:
1- a história secular não menciona nem Vasti nem Ester como rainhas durante o reinado de Xerxes. Contudo,
Heródoto, que freqüentemente omite personagens importantes (como Belsazar, Dn 5), relata que Xerxes
buscou consolo em seu harém depois de sua derrota perante os gregos em Salamina, o que ocorreu no mesmo
ano em que Ester foi feita rainha (Ester 2:16; Heródoto 7:7)
2- alega-se, com base em Ester 2:5-6, que o livro indica ter sido Xerxes sucessor imediato de Nabucodonosor,
já que a referida passagem parece aizer que Mordecaifora deportado por Nabucodonosor em 597 a.C. e ainda
vivia no reinado de Xerxes. Entretanto, o antecedente do pronome relativo que no versículo 6 não é Mordecai,
mas Quis, seu bisavô
3- a matança de 75.000 inimigos dos judeus em um só dia, sem intervenção aparente dos persas (Et 9:16-17),
tem recebido objeções. Todavia, embora incomum, tal feito não seria jamais impossível , devido à conhecida
indiferença persa para com a vida humana e à preparação e ao armamento prévio dos judeus (8:13)

Conteúdo
Indubitavelmente 4:14 é o versículo mais conhecido do livro, enfatizando o tema do controle divino sobre todos
os acontecimentos.

I. O perigo para o povo de Deus, 1:1 / 3:15


O divórcio de Vasti, 1:1-22
A descoberta de Ester, 2:1-20
A devoção de Mordecai, 2:21-23
O decreto de Hamã, 3:1-15
II. A decisão do servo de Deus, 4:1 / 5:14
O apelo de Mordecai a Ester, 4:1-14
A resposta de Ester a Mordecai, 4:15-17
A audiência de Ester com Assuero, 5:1-8
A arrogância de Hamã para com Mordecai, 5:9-14
III. A libertação do povo de Deus, 6:1 / 10:3
A derrota de Hamã, 6:1 / 7:10
A humilhação de Hamã, 6:1-14
O enforcamento de Hamã, 7:1-10
O decreto de Assuero e Mordecai, 8:1-17
A derrota dos inimigos de Israel, 9:1-19
Os dias de Purím, 9:20-32
A descrição da fama de Mordecai, 10:1-3

Incerto
Incerta

Autor
Embora saibamos que o título do livro se deriva de seu personagem principal e que Jó foi um personagem
histórico (Ez 14: 14, 20; Tg 5:11), não sabemos ao certo quem de fato escreveu o livro. As sugestões
incluem o próprio Jó, Eliú, Moíses e Salomão. .

Data
A data dos acontecimentos e a data de autoria do livro são dois assuntos diversos. Os fatos provavelmente
aconteceram numa sociedade patriarcal no segundo milênio a.C. por volta da época de Abraão. Vários fatores
apóiam esta posição:
1- Já viveu mais de 140 anos (42:16), um tempo de vida normal durante a era patriarcal
2- na época de Jó, a economia era semelhante à do período patriarcal, em que a riqueza era medida em termos
de cabeças de gado (1:3)
3- tal como Abraão, Isaque e Jacó, Jó agia como sacerdote de sua família (1:5)
4- a ausência de qualquer referência à nação de Israel e à lei mosaica sugere uma data pré-mosaica (antes de
1500 a.C.).
Três pontos de vista são os mais importantes com respeito à data de autoria:
1- na era patriarcal, logo depois dos acontecimentos narrados no livro
2- ao tempo de Salomão (950 a.C.)
3- na época do exílio ou depois, embora a menção de Jó por Ezequíel (Ez 14: 14) negue data tão recente.
O relato detalhado dos discursos de Jô e seus amigos parece argumentar a favor de uma data de autoria bem
próxima dos acontecimentos. Por outro lado, o livro partilha das características de outras obras da literatura
sapiencial (por exemplo, Salmos 88 e 89), escritas durante a era salomônica, e deve ser considerado um poema
dramático que descreve acontecimentos reais, apesar de não ser um relato literal.

Tema
O livro luta com a antiqüíssima pergunta: "Por que sofrem os justos, se Deus é um Deus de amor e
misericórdia?" Ensina claramente a soberania de Deus e a necessidade humana de reconhecê-Ia. Os três
amigos de Jó ofereceram essencialmente a mesma resposta: todo sofrimento se deve ao pecado. Eliú, todavia,
declarou que o sofrimento é freqüentemente o meio de purificar os justos. O propósito de Deus, portanto, era
eliminar da vida de Jó toda a autojustificação e Ievá-Io ao ponto de confiança plena e exclusiva nEle.

Conteúdo
O livro oferece vislumbres importantes sobre a atividade de Satanás (1:6 / 2:10). Os versículos mais conhecidos
do livro são 19:25-26.

I. As catástrofes de Jó, 1:1 / 2:13


A situação de Jô, 1:1-5
As calamidades de Jó, 1:6 / 2:10
A proposta de Satanás, 1:6-11
A permissão de Deus, 1:12-22
A persistência de Satanás, 2:1-6
A paciência de Jó, 2:7-10
Os consoladores de Jó, 2:11-13
II. Os diálogos de J6, 3:1 / 42:6
O lamento de Jó, 3:1-26
O primeiro discurso de Elifaz, 4:1 / 5:27
A resposta de Jó a Elifaz, 6:1 / 7:21
O primeiro discurso de Bildade, 8:1-22
A resposta de Jó a Bildade, 9:1 / 10:22
O primeiro discurso de Zofar, 11:1-20
A resposta de Jó a Zofar, 12:1 / 14:22
O segundo discurso de Elifaz, 15:1-35
A segunda resposta de Jô a Elifaz, 16:1 / 17:16
O regundo riscurso de Bildade, 18:1-21
A regunda resposta de Jó a Bildade, 19:1-29
O segundo discurso de Zofar, 20:1-29
A segunda resposta de Jó a Zofar, 21:1-34
O terceiro discurso de Elifaz, 22:1-30
A terceira resposta de Jó a Elifaz, 23:1 / 24:25
O terceiro discurso de Bildade, 25:1-6
A terceira resposta de Jó a Bildade, 26:1-14
A última resposta de Jó a seus amigos, 27:1 / 31:40
Uma declaração de inocência, 27:1-23
Um discurso sobre a sabedoria, 28:1-28
Uma descrição de sua vida, 29:1 / 31:40
Os discursos de Eliú, 32:1 / 37:24
Seu primeiro discurso, 32:1 / 33:33
Seu segundo discurso, 34:1-37
Seu terceiro discurso, 35: 1-16
Seu quarto discurso, 36:1 / 37:24
Os discursos de Deus, 38:1 / 42:6
O primeiro discurso de Deus: Seu conhecimento, 38:1 / 40:2
O sábio silêncio de Jô, 40:3-5
O segundo discurso de Deus: Seu poder, 40:6 / 41:34
O arrependimento de Jô, 42:1-6
III. A restauração de Jó, 42:7-17
Em relação a seus amigos, 42:7-9
Em relação à sua família, 42:10-17
Salmos
Vários
Várias a.C.

Título
A variedade de cânticos, lamentos e louvores deste livro fez com que permanecesse anônimo no Antigo
Testamento. Os judeus referiam-se a ele como "O Livro dos Louvores”; enquanto que a Septuaginta o intitulou
"O Livro de Salmos" (de uma palavra grega que indica canções acompanhadas por instrumentos de corda). Este
livro era o hinário do povo judeu.

Autoria e Data
Os títulos dos vários salmos relacionam 73 deles a Davi, dois a 5alàmão, doze aos filhos de Coré (veja as notas
sobre Nm 16; veja ainda Nm 26:9-11), doze a Asafe (veja a nota em Ed 2:41), um a Hemã (1Rs 4:31), um a Etã
(1Cr 15:19), e um a Moisés. A maioria dos salmos foi escrita durante o tempo de Davi e 5alomão (10º século
a.C.).

A Natureza da Poesia Hebraica


Ao contrário da maior parte da poesia ocidental, a poesia hebraica não se baseia em rima ou métrica, mas no
ritmo e no paralelismo. O ritmo não é obtido pela disposição exata de sílabas acentuadas e não acentuadas,
mas pela ênfase tonal e pela acentuação de palavras importantes.
No paralelismo, o poeta declara uma idéia na primeira linha, e depois a reforça de várias maneiras na(s) linha(s)
subseqüente(s). O tipo mais comum é o paralelismo sinônimo, em que a segunda linha repete essencialmente
a idéia da primeira (Sl 3:1). No paralelismo antitético, a segunda linha contém uma idéia oposta à da primeira
(Sl 1:6). No paralelismo sintético, a segunda linha ou as linhas subseqüentes adicionam algo ou desenvolvem a
idéia da primeira (Sl 1:1-2). No paralelismo emblemático, a segunda linha eleva o pensamento da primeira,
freqüentemente pelo uso de uma símile (Sl 42:1). Paralelismos não são restritos a apenas duas linhas, podendo
se estender a estrofes (unidades menores contendo poucas linhas) ou a cantos (unidades mais longas). O
acróstico alfabético também é utilizado (no Sl 119; Introdução a Lamentações).

Classificação dos Salmos


As categorias de salmos mais geralmente reconhecidas são:
1- os salmos de lamento e petição, tanto individuais (Sl 3) quanto coletivos (Sl 44)
2- salmos de ações de graça ou louvor, tanto individuais (Sl 30) quanto colétivos ou comunitários (Sl 65)
3- salmos de confiança em Deus (Sl 4)
4- hinos, que incluem salmos de entronização de Javé (veja a nota sobre Gn 2:4; Sl 47), salmos relativos a
Jerusalém (Sl 48), e salmos reais (alguns dos quais são messiânicos; Sl 2, 110)
5- salmos didáticos e sapienciais (Sl 1, 37 e 119). Os salmos também podem ser classificados segundo seus
temas; por exemplo criação (Sl 8, 19), o Êxodo (Sl 78), imprecação (Sl 7), penitência (Sl 6), salmos de
peregrinação (Sl 120). Salmos que contêm profecias importantes relativas ao Messias incluem os salmos 2, 8,
16, 22, 40, 45, 72, 110 e 118.

Títulos e Termos Técnicos


Todos os salmos, à exceção de 34, contêm títulos ou sobrescritos que normalmente constituem o primeiro
versículo do texto hebraico. Tratam-se de títulos editoriais, acrescentados depois de os salmos terem sido
escritos, mas são historicamente exatos.
Os dois termos técnicos mais comumente usados são:
1- Selá (que ocorre 71 vezes nos Salmos e três vezes em Habacuque 3), e que provavelmente era uma notação
musical indicando um interlúdio ou uma mudança de acompanhamento musical (Obs.: Na versão Almeida
Revista e Atualizada, o termo "Selá" foi eliminado do texto.)
2- Ao mestre de canto, expressão presente em 55 salmos (e Habacuque 3:19) e que sugere a existência de uma
coleção de poemas dedicados a, ou reservados para o chefe dos cantores, possivelmente para uso em ocasiões
especiais. Demais títulos e termos são comentados nos salmos em que ocorrem.

Salmos Imprecatórios
Estes salmos (7, 35, 55, 58, 59, 69, 79, 109, 137 e 139), que invocam juízo ou maldições sobre os inimigos do
salmista têm deixado perplexos muitos comentaristas. Deve-se considerar, entretanto, que os propósitos
destas imprecações são:
1- demonstrar o justo e reto juizo de Deus contra os ímpios (58:11)
2- demonstrar a autoridade de Deus sobre os ímpios (59:13)
3- levar o ímpio a buscar o Senhor (83:16)
4- fazer com que os justos louvem a Deus (7:17)
Por isso, motivados por seu zelo para com Deus e sua repulsa para com o pecado, os salmistas clamam a Deus
para que puna o perverso e vindique a Sua justiça.

Conteúdo
Os Salmos são divididos em cinco livros, cada um dos quais termina com uma doxologia (1-41; 42-72; 73-89; 90-
106; 107-150). A nota inicial de cada salmo contém um resumo de seu conteúdo.

Expressões comuns
As seguintes expressões ocorrem freqüentem ente nos salmos:
Selá - Pode significar Pausa, Crescendo ou Interlúdio Musical.
Masquil - Possivelmente Salmo Contemplativo, Didático ou Judicioso.
Mictam - Possivelmente Poema Epigramático ou Salmo Expiatório.
Seol - O mundo inferior, mundo dos mortos.
Provérbios
Salomão e outros
950 - 700 a.C.

Autoria
Segundo 1 Reis 4:32, Salomão proferiu 3.000 provérbios e·1.005 cânticos. Ele escreveu a maior parte dos
provérbios coleta dos neste livro. A divisão que vai de 1:1 / 9:18 é atribuída a ele, bem como as divisões de
10:1-2 / 22: 16 e 25:1 / 29:27, embora os provérbios nesta última divisão tenham sido selecionados da coleção
de Salomão pelos escribas do rei Ezequias (25:1). Nada sabemos sobre Agur, autor do capítulo 30, ou de
Lemuel, autor do capítulo 31.

Características
O termo hebraico para “provérbio” significa comparação, e acabou por ser usado para qualquer tipo sapiencial
ou moralista (cf. Ez 18:2; SL 49:4). Muitos provérbios são parábolas condensadas. Os ditos reunidos neste livro
formam uma biblioteca de instrução sobre como viver uma vida piedosa na terra e como estar seguro de uma
recompensa na vida por vir. Assim, estes provérbios não são meros ditos populares, mas uma destilação da
sabedoria dos que conheciam a lei de Deus.
Em sua forma escrita, este tipo de literatura remonta a cerca de 2700 a.C., no Egito. A divisão de 22:17 a 24:34
é semelhante aos provérbios de um escritor egípcio, Amenemope, que aparentemente viveu antes de
Salomão.

Conteúdo
Embora o tema que permeia todo o livro seja a sabedoria para o viver, ensinos específicos incluem instruções
sobre a insensatez, o pecado, a bondade, a riqueza, a pobreza, a língua, o orgulho, a humildade, a justiça, a
vingança, a contenda, a gula, o amor, a cobiça, a preguiça, a amizade, a família, a vida e a morte. Quase todas
as facetas dos relacionamentos humanos são mencionadas, e os ensinos do livro são aplicáveis a todos os
homens em qualquer lugar.

I. Introdução, 1:1-7
O autor, 1:1
O propósito, 1:2-6
O tema, 1:7
II. Os preceitos da sabedoria, 1:8 / 9:18
Evitar más companhias, 1:8-19
Ouvir os conselhos da sabedoria, 1:20-33
Evitar a adúltera, 2:1-22
Confiar em Deus e honrá-Io, 3:1-12
Considerar o valor da sabedoria, 3:13-20
Ser bondoso e generoso para com outros; 3:21-35
Adquirir a sabedoria, 4:1-9
Evitar más companhias, 4:10-19
Vigiar a si mesmo, 4:20-27
Deixar de lado a lascívia, 5:1-23
Evitar ser fiador, 6:1-5
Fugir da preguiça, 6:6-19
Evitar o adultério, 6:20-35
Evitar a prostituição, 7:1-27
O contraste entre a sabedoria e a loucura 8:1 / 9:18
As qualidades da sabedoria, 8:1-21
A origem da sabedoria, 8:22-31
O homem de sabedoria, 8:32-36
A mulher-loucura, 9:1-18
III. Os provérbios de Salomão, 10:1 / 24:34
Provérbios que contrastam a vida piedosa e a vida perversa, 10:1 / 15:33
Provérbios que estimulam a vida piedosa, 16:1 / 22:16
Provérbios concernentes a Práticas Diversas, 22:17 / 23:35
Provérbios concernentes a vários tipos de pessoa, 24:1-34
IV. Os provérbios de SaIomão copiados pelos momens de Ezequias, 25:1 / 29:27
Provérbios concernentes aos relacionamentos interpessoais, 25:1 / 26:28
Com reis, 25:1-7
Com o próximo, 25:8-20
Com inimigos, 25:21-24
Consigo mesmo, 25:25 / 26:2
Com insensatos, 26:3-12
Com preguiçosos, 26:13-16
Com mexeriqueiros, 26:17-28
Provérbios concernentes a ações, 27:1 / 29:27
Em relação à vida, 27:1-27
Em relação à lei, 28:1-10
Em relação à riqueza, 28:11-28
Em relação à obstinação; 29:1-27
V. As palavras de Agur, 30:1-33
Palavras pessoais, 30:1-14
Provérbios numéricos, 30:15-33
VI. As palavras de Lemuel, 31:1-9
VII. A mulher virtuosa, 31:10-31
Eclesiastes
Salomão
935 a.C.

Título
O título hebraico é Qohelet; que significa “aquele que convoca uma assembléia e fala a ela”, ou um
“eclesiástico” ou “pregador”. O equivalente grego, ekklesiastes, também significa “pregador”, sendo também
derivado da palavra “assembléia”.

Autoria
Embora não especificado como Salomão, o autor se identifica como “o filho de Davi, rei de Jerusalém” (1:1). As
referências no livro à sabedoria sem paralelo do autor (1:16), à sua riqueza inigualável (2:7), às suas
oportunidades para o prazer (2:3), e vastos empreendimentos de construção (2:4-6) todas apontam para
Salomão, já que nenhum outro descendente de Davi satisfez tais condições. A tradição judaica afirma
explicitamente que Salomão foi o autor.
Seguindo a sugestão de Martinho Lutero, muitos abandonaram o ponto de vista tradicional da autoria
salomônica deste livro, julgando que tenha sido escrito depois do Exílio por um autor desconhecido que usou
Salomão como seu personagem central. Afirma-se que a evidência lingüística exige uma data pós-exílica, mas
as provas não são de maneira alguma conclusivas. Fragmentos de Eclesiastes encontrados em Qumran
eliminam qualquer possibilidade de autoria posterior a 150 a.C.

Mensagem
A mensagem do livro pode ser definida em termos de três proposições:
1- Quando se olha para a vida com seus ciclos aparentemente intermináveis (1:4ss.) e paradoxos inexplicáveis
(4:1; 7:15; 8:8), pode-se concluir que tudo é fútil, já que é impossível discernir qualquer propósito na ordem
dos acontecimentos
2- Apesar disso, a vida deve ser desfrutada ao máximo, com a compreensão de que é o dom de Deus (3:12-13;
3:22; 5:18-19; 8:15; 9:7-9)
3- O homem sábio viverá em obediência a Deus, reconhecendo que Ele, finalmente, julgará todos os homens
(3:16-17; 12:14)
Versículos freqüentemente citados incluem 1:2, 3:1, 4:12b, 11:1, 12:1 e 13.

I. Prólogo: o autor e a tese, 1:1-3


II. A tese demonstrada, 1:4 / 2:26
A futilidade dos ciclos da vida, 1:4-11
A futilidade da sabedoria humana, 1:12-18
A futilidade do prazer e da riqueza, 2:1-11
A futilidade do materialismo, 2:12-23
Conclusão: desfrute a providência de Deus e contente-se com ela, 2:24-26
III. O desígnio de Deus para a vida, 3:1-22
Ele dá a ordem dos eventos da Vida, 3:1-11
Ele dá as coisas boas da vida, 3:12-13
Ele dá a perspectiva do juízo futuro, 3:14-21
Conclusão, 3:22
IV. A futilidade das várias circunstâncias da vida, 4:1 / 5:20
Opressão, 4:1-3
Trabalho, 4:4-12
Sucesso político, 4:13-16
Adoração falsa, 5:1-7
Riquezas acumuladas, 5:8-17
Conclusão, 5:18-20
V. A futilidade das riquezas, 6:1-12
VI. Conselhos para a vida, 7:1-12 / 12:8
Conselhos em vista da maldade humana, 7:1-29
Conselhos em vista da inescrutável providência de Deus, 8:1 / 9:18
Conselhos em vista das incertezas da vida, 10:1-20
Conselhos em vista do processo de envelhecimento, 11:1 / 12:8
VII. Conclusão, 12:9-14
Cantares
Salomão
965 a.C.

Título e Autoria
Este livro tem sido intitulado de várias maneiras: o título hebraico, extraído do primeiro versículo, é “Cântico
dos Cânticos”, o que significa o mais excelente dos cânticos; o título em português é inexato pois sugere
pluralidade, enquanto o próprio texto em português sugere a unidade.
O versícu1 afirma que Salomão escreveu este poema (dentre os 1.005 cânticos que escreveu, 1Rs 4:32),
embora o hebraico possa também significar “O Cântico dos Cânticos, que é sobre Salomão”. O conteúdo do
livro concorda com tudo que sabemos da sabedoria e capacidades de Salomão, e não há razão suficientemente
forte para rejeitarmos sua autoria.

Interpretações
1- Alguns consideram o livro uma simples alegoria, i.e., personagens fictícios são empregados para ensinar a
verdade do amor de Deus por Seu povo. Tal visão não-histórica, todavia, é contrária a todos os princípios de
interpretação normal das Escrituras, e deve ser rejeitada.
2- Outros corretamente entendem que o livro é um registro histórico do romance de Salomão e uma mulher
sulamita. Os “instantâneos” no livro retratam as alegrias do amor no noivado e no casamento, contrapondo-se
aos extremos do asceticismo e da luxúria. O lugar apropriado do amor físico, exclusivamente dentro do
casamento, é claramente estabelecido e honrado. Dentro desse referencial histórico, alguns comentaristas
também vêem ilustrações do amor de Deus (e de Cristo) por Seu povo. Obviamente Salomão não oferece o
melhor exemplo de devoção conjugaI, já que teve muitas esposas e concubinas (140 a esta altura de sua vida,
6:8; muitas mais, depois, 1Rs 11:3). As experiências registradas neste livro podem refletir o único (ou
virtualmente o único) romance verdadeiro que ele teve.

Conteúdo
Um poema lírico em forma de diálogo, o livro descreve o amor de Salomão por uma jovem sulamita. O rei vem,
disfarçado, à vinha da família da jovem, ganha o seu coração e, por fim, faz dela a sua noiva.

I. Título, 1:1
II. O noivado, 1:2 / 3:5
A sulamita em monólogo, 1:2-4a
As filhas de Jerusalém falam ao Rei, 1:4b
A sulamita, 1:5-7
As filhas de Jerusalém, 1:8
Salomão fala à sulamita, 1:9-10
As filhas de Jerusalém falam à sulamita, 1:11
A sulamita em monólogo, 1:12-14
Salomão fala à sulamita, 1:15
A sulamita fala a Salomão, 1:16 - 2:1
Salomão fala à sulamita, 2:2
A sulamita fFala a Salomão, 2:3-6
Salomão fala às filhas de Jerusalém, 2:7
A sulamita em monólogo, 2:8-13
Salomão fala à sulamita, 2:14
Um coro, 2:15
A sulamita em monólogo, 2:16 / 3:5
III. O processional do casamento, 3:6-11
IV. A consumação do casamerito, 4:1 / 5:1
Salomão fala à Noiva, 4:1-15
A Noiva fala a Salomão, 4:16
Salomão fala a Noiva, 5:1a
Deus fala ao Casal, 5:1b .
V. A lua-de-mel termina, 5:2 / 6:13
A esposa fala às filhas de Jerusalém: Ela rejeita seu marido, 5:2-8
As filhas de Jerusalém falam à esposa: elas requerem Informação sobre seu marido, 5:9
A esposa fala às filhas de Jerusalém: ela recorda o grande valor de seu marido, 5:10-16
As Filhas de Jerusalém falam à esposa, 6:1
A esposa fala às filhas de Jerusalém, 6:2-3
O marido fala à esposa, 6:4-10
A esposa em monólogo, 6:11-12
As filhas de Jerusalém falam à esposa, 6:13a
O Rei fala às filhas de Jerusalém, 6:13b
VI. O casamento se aprofunda, 7:1 / 8:4
O marido fala à esposa, 7:1-9a
A esposa fala ao marido, 7:9b-10
A esposa fala ao marido (pela manhã), 7:11 / 8:3
A esposa fala às filhas de Jerusalém, 8:4
VII. A maturidade do amor, 8:5-14
A pergunta, 8:5a
A reminiscência de Salomão, 8:5b
A esposa fala a seu marido, 8:6-7
Os irmãos da sulamita, 8:8-9
A esposa fala a todos, 8:10-12
O marido fala a sua esposa, 8:13
A esposa fala a seu marido, 8:14
Isaías
Isaías
740 - 680 a.C.

O profeta
Nascido de família influente da classe alta, Isaías teve contato com a realeza e foi um conselheiro de assuntos
internacionais do reino de Judá. Embora comumente fosse alvo de zombaria, advertiu vigorosamente seu país
contra as alianças com nações vizinhas, exortando Judá a confiar no Senhor (7:4; 30: 1-17). Ele também atacou
os males sociais de sua época, não por ser um reformador social, mas por ver tais abusos como sintomas de
apostasia espiritual (1:3-9; 58:6-10). Depois de viver a maior parte de sua vida em Jerusalém, Isaías foi
martirizado (segundo a tradição judaica) durante o reinado de Manassés (696-642 a.C.), tendo sido serrado ao
meio dentro de um tronco oco (cf. Hb 11:37).

Sua época
Durante a segunda metade do século oitavo a.C., Judá parecia estar seguindo o exemplo de apostasia deixado
pelas dez tribos do reino de Israel (que viriam a ser capturadas pela Assíria em 722 a.C.). O rei Acaz
estupidamente buscou proteção com a Assíria contra o reino do Norte, muito embora Isaías lhe tivesse
afirmado que Israel em breve cairia nas mãos dos assírios (8:3-4). Ezequias, filho de Acaz e homem temente a
Deus, instituiu reformas espirituais, mas buscou a ajuda do Egito em questões de segurança nacional. O Egito
caiu diante dos exércitos de Senaqueribe, rei da Assíria, e foi somente por intervenção divina que Judá escapou
de igual destino (37:36-37). Durante o reinado de Manassés (696-642 a.C.), as práticas idólatras foram
reinstituidas, e Isaías advertiu para a inevitabilidade do cativeiro babilônico. Ele também garantiu
profeticamente a preservação do povo e a restauração nacional.

Composição
Muito debate tem surgido quanto à autoria dos capítulos 40 a 66. Alguns atribuem toda esta divisão do livro a
um “Deutero-Isaías”, que teria vivido por volta de 540 a.C (após o cativeiro babilônico). Outros sugerem que
um “Trito-Isaías” escreveu os capítulos 56-66. Ainda outros vêem inserções e editoração tão recentes quanto o
primeiro século a.C., uma posição difícil de sustentar-se à luz da descoberta do rolo de Isaías (contém todo o
livro) nas cavernas de Qumran, pois este foi datado no segundo século a.C.
Estas sugestões procuram eliminar o elemento sobrenatural necessário à profecia preditiva. Assim, o cativeiro
babilônico e o retorno promovido por um monarca persa (especificamente denominado Ciro) não são vistos
como fatos preditos com 150 anos de antecedência, mas como fatos históricos registrados depois de
acontecidos. Ainda que tal conclusão fosse admitida, não invalidaria a profecia preditiva. O nome do rei Josias
foi predito com três séculos de antecedência por um profeta anônimo (1 Rs 13:2), e Belém foi citada como o
lugar de nascimento do Messias sete séculos antes do evento (Mq 5:2). Além disso, há profecia preditiva nos
capítulos 1 a 39 de Isaías (veja 7:16; 8:4, 7; 37:33-35; 38:8 com respeito a profecias rapidamente cumpridas, e
9: 1-2 e 13: 17-20 com respeito a profecias de cumprimento mais demorado).
Se o chamado “Deutero-Isaías” viveu em Babilônia, como se alega, demonstra pouco conhecimento da
geografia mesopotâmica, mas grande famíliaridade com a Palestina (41: 19; 43: 14; 44: 14). Além disso, afirma-
se que as diferenças de estilo e linguagem só podem ser explicadas se postularmos autores diferentes, uma
teoria que, aplicada a Milton, Goethe, ou Shakespeare, exigiria a conclusão de que muitas de suas obras seriam
espúrias. Muito pelo contrário, podem-se apontar 40 ou 50 frases e sentenças que aparecem em ambas as
divisões do livro e, portanto, favorecem a autoria única (cf. 1:20 com 40:5 e 58: 14; 11:6-9 com 65:25; 35:6 com
41:18, etc.)
Propor dois ou mais autores para este livro é também contra ditar a evidência do Novo Testamento. Citações
dos capítulos 40-66 se acham em Mateus 3:3; 12:17-21; Lucas 3:4-6; Atos 8:28; Romanos 10:16, 20 e são todas
atribuídas a Isaías. Além disso, em João 12:38-41, citações de Isaías 6:9-10 e 53: 1 aparecem juntas e são ambas
atribuídas ao Isaías que viu o Senhor na visão do templo do capítulo 6. Devemos, portanto, concluir que o
mesmo autor foi responsável por todo o livro, e que nenhuma parte dele foi escrita durante ou depois do
cativeiro babilônico.

Conteúdo
Isaías é freqüentemente chamado “o profeta evangélico” por falar muito sobre a obra redentora do Messias.
Em suas páginas se encontra mais sobre a pessoa e obra de Cristo do que em qualquer outro livro do Antigo
Testamento. Conseqüentemente, há muitas passagens importantes e queridas no livro, algumas das quais são:
1:18; 2:4; 6:3, 8; 7:14; 9:6-7; 11:9; 26:3; 35:1; 40:3; 48:16; o capítulo 53; 55:1; 57:15; 59:1; 61:1-3.
Parte 1: Denúncia, 1:1 / 39:8
I. Denúncia contra Judá, 1:1 / 12:6
A condenação de Judá; 1:1 / 5:30
Título, 1: 1
A acusação de Deus, 1:2-23
A promessa divina de restauração depois de juízo, 1:24-31
A glória do reino futuro, 2:1-4 5
A purificação, 2:5 / 4:1
O reino milenar, 4:2-6
A parábola da vinha, 5:1-30
A comissão de Isaías, 6:1-13
A chegada do Messias, 7:1 / 12:6
O sinal de Emanuel, 7:1-25
O sinal de Rápido-Despojo-Presa-Segura, 8:1-22
O sinal do Messias, 9:1:7
Julgamento de Samaria, 9:8 / 10:4
Julgamento (da Assíria) e retorno (de Israel), 10:5-34
O reinado do rebento de Jessé, 11:1-16
Um hino de louvor, 12:1-6
II. Denúncia contra outras nações, 13:1 / 23:18
Contra Babilônia, 13:1 / 14:23
Contra a Assíria, 14;24-27
Contra a Filístia, 14:28-32
Contra Moabe, 15:1 / 16:14
Contra Damasco (Síria) e seu aliado Israel, 17:1-14
Contra a Etiópia, 18:1-7
Contra o Egltó, 19:1 / 20:6
Contra Babilônia, 21:1-10
Contra Edom, 21:11-12
Contra a Arábia, 21:13-17
Contra Jerusalém, 22:1-25
Contra Tiro, 23:1-18
III. A tribulação e o reino futuros (o apocalipse de Isaías); 24:1 / 27:13
Os julgamentos do período da tribulação, 24:1-23
Os triunfos da era do reino, 25:1-12
O louvor no reino, 26:1-21
Israel no reino, 27:1-13
IV. A denúncia contra Israel e Judá (ais e bençãos), 28:1 / 35:10
Ai contra Samaria, 28:1-29
Ai contra Judá, 29:1 / 31:9
Por sua hipocrisia, 29:1-24
Por sua aliança com o Egito, 30:1 / 31:9
O messias e seu reino, 32:1-20
A Assíria e sua destruição, 33:1-24
Armagedom e seus julgamentos, 3:1-17
O reino e suas bênçãos, 35:1-10
V. A denúncia contra Senaqueribe, 36:1 / 39:8
A provocação da Assíria, 36:1-22
A verdade de Deus, 37:1-7
Ameaça da Assíria, 37:8-35
O triunfo sobre a Assíria, 37:36-38
A doença de Ezequias, 38:1-22
A insensatez de Ezequias, 39:1-8
Parte 2: consolação, 40:1 / 66:24
I. A grandeza de Deus, 40:1 / 48:22
Ao libertar Judá do cativeiro, 40:1-11
Em relação à criação, 40:12-31
Em comparação com os ídolos, 41:1-29
Ao oferecer o seu servo, 42:1-25
Ao restaurar Israel, 43:1 / 44:28
Ao usar Ciro, 45:1-25
Ao julgar Babilônia, 46:1- 47:15
Ao libertar Judá de Babilônia, 48:1-22
II. A salvação do servo-messias, 49:1 / 57:21
O servo é comissionado, 49:1-26
O servo é contrastado com o Israel desobediente, 50:1-11
O remanescente é encorajado e exortado, 51:1 / 52:12
O sofrimento e triunfo do servo, 52:13 / 53:12
A salvação oferecida pelo servo, 54:1 / 57:21
O cântico da salvação, 54:1-17
O convite da salvação, 55:1-13
As bênçãos milenares estendidas aos gentios, 56:1-8
A repreensão para os que rejeitam a salvação, 56:9 / 57:21
III. O programa divino para a paz, 58: / 66:24
O contraste entre a verdadeira e a falsa adoração, 58:1-14
O tratamento para o pecado, 59:1-21
A descrição dos pecados de Israel, 59:1-8
A confissão dos pecados de Israel, 59:9-15
A eliminação dos pecados de Israel, 59:16-21
A glória de Israel no reino milenar, 60:1-22
O ministério de paz do messias durante os dois adventos, 61:1-11
A restauração de Israel, 62:1-12
Os pré-requisitos da benção, 63:1 / 65:16
O julgamento dos inimigos de Deus, 63:1-6
A confissão do povo de Deus, 63:7 / 64:12
Arrependimento de pecado, 65:1-16
As características do reino, 65:17-25
A repreensão da hipocrisia, 66:1-6
O renascimento de Israel, 66:7-9
O regozijo no futuro, 66:10-24
Jeremias
Jeremias
627 - 585 a.C.

O Profeta
Freqüentemente chamado ''<J profeta chorão" (9: 1; 13: 17) ou o "profeta solitário" (por ter recebido ordem de
não se casar, 16:2), Jeremias foi também o "profeta relutante" (1:6). No entanto, por mais de 40 anos ele
proclamou fielmente o julgamento divino contra o reino apóstata de Judá, suportando durante todo esse
tempo oposição, espancamentos e aprisionamento (11:18-23; 12:6; 18:18; 20:1-3; 26:1-24; 37:11 - 38:28).
Jeremias começou seu ministério (com cerca de 20 anos de idade) no reinado do bom rei Josias, com quem o
profeta mantinha relações cordiais. Depois da morte de Josias a oposição ao profeta ganhou ímpeto. Ele es-
capou por pouco à prisão, foi proibido de ir 'ao templo, e teve de comissionar Baruque, seu secretário, para
anunciar suas profecias. O rei Jeoaquim destruiu as profecias escritas Jeremias (que foram, depois, reescritas
pelo profeta, 36:22ss.). O rei Zedequias permitiu que nobres de tendências nacionalistas prendessem Jeremias,
e depois reduziu a pena. Quando as forças de Nabucodonosor conquistaram Jerusalém em 586 a.C., Jeremias
foi libertado e recebeu o direito de escolher entre ir para Babilônia ou permanecer em Jerusalém. Preferiu a
segunda opção, mas pouco depois foi raptado e levado para o Egito por alguns judeus que preferiram fugir a
enfrentar a ira de Nabucodonosor. No Egito, Jeremias profetizou ainda por alguns anos e ali, ao que tudo
indica, morreu.
Sensível e compassivo por natureza, recebeu de Deus a incumbência de proclamar uma severa mensagem de
julgamento. A oposição que sofreu foi cruel e opressora, a tal ponto que mais de uma vez ele quis abandonar
sua condição de profeta; continuou, entretanto, até o final da vida, a proclamar a Palavra de Deus.

Uma cronologia da época de Jeremias


627 a. C. Jeremias é chamado por Deus. Judá paga tributo à Assíria, cujo poder começava a declinar.
612 a. C. Nínive, capital da Assíria, é saqueada.
609 a. C. O rei Josias é morto em Megido, combatendo Neco, faraó do Egito, que lutava para auxiliar a
AssÍria (2Rs 23:29-30).
609 a. C. Jeoacaz reina em Judá por três meses antes de ser deposto por Neco e levado em cadeias ao
Egito (2Rs 23:32-33; cf. Jr 22:10).
609-598 a. C. Jeoaquim reina em Judá como vassalo do Egito (Jr 22:13-17).
605 a. C. Batalha de Carquemis, onde Nabucodonosor derrotou as forças egípcias (Jr 46:2). Na-
bucodonosor invade a Palestina e leva reféns judeus para Babilônia (inclusive Daniel, ci. 2 Rs
24:1). Jeoaquim abandona a suserania do Egito e torna-se vassalo de Babilônia.
601 a. C. Jeoaquim alia-se novamente ao Egito contra as advertências de Jeremias (Jr 22:13-19).
597 a. C. Morte de Jeoaquim (no fim de 598 ou começo de 597). Nabucodonosor sitia Jerusalém e
deporta o rei Joaquim, substituindo-o por Zedequias (2Rs 24:17).
586 a. C. Nabucodonosor novamente conquista Jerusalém porque Zedequias entrara em negociações
com o Egito (2Rs 25:1-7). Gedalias é indicado como governador de Judá (2Rs 25:22-26).
Gedalias é assassinado. Jeremias é levado para o Egito.

Descobertas Arqueológicas
Várias descobertas arqueológicas importantes têm corroborado a historicidade do relato bíblico sobre os
últimos anos do reino de Judá:
1- A Crônica Babilônica oferece informações sobre as campanhas dos exércitos babilônicos de 626 a.c. em
diante, incluindo a captura de Jerusalém em 597 a.C.
2- As Cartas de Laquis descrevem a situação em Judá pouco antes do cerco final a Jerusalém por
Nabucodonosor em 586 a.C. Um selo com o nome de Gedalias foi encontrado neste local
3- Tabletes de barro encontrados junto à Porta de Istar, na antiga Babilônia, incluem o nome de “Yaukin
(Joaquim), rei da terra de Yahud (Judá)” como um dos que recebiam dos subsídios reais (cf. 2Rs 25:29-30).

Conteúdo
A disposição das profecias não é cronológica. O seguinte quadro visa situar alguns dos oráculos dentro de seu
contexto histórico, indicado pelo rei que governava Judá.

Josias capítulos 1-6


Jeoacaz (Salum) capítulo 22:10-12
Jeoaquim capítulos 7-20; 25-26; 35-36; 45; 46:1-12; 47-49
Joaquim (Jeconias, Conias) capítulos 22-23
Zedequias capítulos 21; 24; 27-34; 37-39
Gedalias capítulos 40-44

Advertências contra o pecado e promessas de juízo são proeminentes em todo o livro, mas igualmente o é a
mensagem de esperança e restauração. Profecias importantes incluem a maldição sobre Jeconias (Joaquim,
22:30), a predição sobre o Messias (23:5-6), a duração do cativeiro babilônico (25:11) e a revelação da nova
aliança (31:31-34). Rebeldia e rebelde são palavras-chaves no livro e há mais referências a “Babilônia” em
Jeremias (164) do que em todo o resto da Bíblia.

I. A chamada e comissão de Jeremias, 1:1 / 19


Sua chamada, 1:1-10
A confirmação da chamada, 1:11-19
II. Profecias referentes a Judá, 2:1 / 45:5
O pecado obstinado de Judá, 2:1- 3:5
O castigo de Judá, 3:6 / 6:30
O contraste entre Israel e Judá, 3:6-11
A chamada ao arrependimento, 3:12-25
A predição do juízo, 4:1-31
As razões do juízo, 5:1-31
A certeza do juízo, 6:1-30
A religião errada de Judá, 7:1 / 10:25
A acusação ao povo: o sermão do templo, 7:1 / 8:3
A retribuição divina, 8:4 / 9:26
A loucura da idolatria, 10:1-18
A reação do profeta, 10:19-25
Judá quebra a aliança com Deus, 11:1 / 13:27
O fato, 11:1-17
A conseqüência, 11:18 / 12:17
As advertências, 13:1-27
A Seca que viria sobre Judá, 14:1 / 15:9
A mensagem de Jeremias, 14:1-6
A intercessão de Jeremias, 14:7 / 15:9
O profeta de Judá é recomissionado, 15:10 / 16:9
O remorso de Jeremias, 15:10-21
As restrições de Jeremias, 16:1-9
Os pecados de Judá, 16:10 - 17:27
Judá e o oleiro soberano, 18:1-23
Judá como a botija quebrada, 19:1 / 20:18
A mensagem, 19:1-15
A reação: Jeremias é perseguido, 20:1-18
Os reis de Judá, 21:1 / 23:8
A mensagem a Zedequias, 21:1 / 22:9
A mensagem sobre Jeoacaz (Salum), 22:10-12
A mensagem sobre Jeoaquim, 22:13-19
A mensagem sobre Joaquim (Jeconias, Conias), 22:20-30
A mensagem sobre o messias, 23:1-8
Os falsos Profetas de Judá, 23:9-40
O cativeiro de Judá, 24:1 / 25:38
Os deportados, 24:1-10
A duração, 25:1-11
A disposição do conquistador, 25:12-38
A reação de Judá ao ministério de Jeremias, 26:1-24
O conselho de Jeremias a Judá: submetam-se a Nabucodonosor, 27:1 / 29:32
O sinal dos canzis, 27:1-22
Oposição de um falso profeta, 28:1-17
Carta aos judeus no cativeiro, 29:1-32
A esperança de restauração para Judá, 30:1 / 33:26
A promessa declarada: restauração depois da tribulação, 30:1 / 31:26
A promessa convencionada: a nova aliança, 31:27-40
A promessa ilustrada: um campo comprado, 32:1-44
A promessa reafirmada: a aliança davídica, 33:1-26
Acontecimentos anteriores à queda de Jerusalém, 34:1 / 38:28
A mensagem a Zedequias, 34:1-7
A mensagem ao povo, 34:8-22
A mensagem sobre os recabitas, 35:1-19
Jeoaquim queima o rolo das profecias de Jeremias, 36: 1-32
Jeremias é preso, 37:1- 38:28
A queda de Jerusalém, 39:1-18
O destino dos judeus, 39:1-10
O destino de Jeremias, 39:11-18
Acontecimentos posteriores à queda de Jerusalém, 40:1 / 45:5
Jeremias ministra aos judeus na Palestina, 40:1 / 42:22
Jeremias ministra aos judeus no Egito, 43:1 / 44:30
Jeremias ministra a Baruque, 45:1-5
III. Profecias sobre as Nações, 46:1 / 51:64
Profecias contra o Egito, 46:1-28
Profecias contra os, Filisteus, 47:1-7
Profecias contra Moabe, 48:1-47
Profecias contra Amom, 49:1-6
Profecias contra Edom, 49:7-22
Profecias contra Damasco, 49:23-27
Profecias contra a Arábia, 49:28-33
Profecias contra Elão, 49:34-39
Profecias contra Babilônia, 50:1 / 51:64
IV. Suplemento histórico, 52:1-34
O destino de Jerusalém, 52:1-23
O destino de algumas pessoas, 52:24-34
Lamentações
Jeremias
586/5 a.C.

Título
O termo Lamentações vem do título grego, derivado de um verbo que significa “Chorar em voz alta” e descreve
com exatidão o conteúdo do livro, que consiste de cinco poemas melancólicos de lamentação pela completa
destruição de Jerusalém e do templo pelos caldeus.

Autoria
Embora o livro em si não nos forneça o nome de seu autor, o consenso da tradição judaica o atribui a Jeremias.
O cabeçalho do livro na Septuaginta (tradução do Antigo Testamento para o grego) e na Vulgata (bíblia latina)
traz esta frase: “Jeremias se assentou a chorar e compôs este lamento por Jerusalém”. Existem também muitas
similaridades entre Lamentações e Jeremias (a expressão “filha de” por exemplo, ocorre cerca de vinte vezes
em cada livro). Além disso, Jeremias é especificamente relacionado a este tipo de literatura em 2Cr 35:25.
.

Estrutura
O livro consiste de cinco poemas (cada capítulo, um poema), sendo os quatro primeiros sob a forma de
acrósticos (cada versículo começa com uma das letras do alfabeto hebraico - exceto no capítulo 3, onde cada
uma das 22 letras inicia três versículos). Estes quatro capítulos são, ainda, escritos com a chamada métrica
qinnâ, ou métrica manca, uma cadência utilizada em canções fúnebres, bastante apropriada para este lamento
pela destruição de Jerusalém.

Uso
Os judeus costumam ler publicamente este livro durante o nono dia do mês de ab (por volta de meados de
julho), relembrando as destruições de Jerusalém em 586 a.C. (quando Jerusalém foi destruí da pelos caldeus) e
em 70 A.D. (pelos romanos). Os católicos romanos utilizam o livro durante os três últimos dias da Semana
Santa. O assunto de que se ocupa o livro de fato relembra o peso que Jesus sentia em Seu coração por
Jerusalém (Mt 23:37-38). Os versículos mais conhecidos do livro são sem dúvida, 1:12a e 3:22-23.

I. A desolação de Jerusalém, 1:1-22


A esterilidade da cidade, 1:1-11
A angústia da cidade, 1:12-22
II. A destruição de Jerusalém, 2:1-22
O julgamento do Senhor, 2:1-10
O lamento do profeta, 2:11-22
III. O desconsolo do Profeta, 3:1-66
O seu lamento, 3:1-18
A sua esperança, 3:19-42
O seu sofrimento, 3:43-54
A Sua Oração, 3:55-66
IV. A Derrota do Povo de Jerusalém, 4:1-22
O cerco à cidade, 4:1-12
Os motivos para o cerco, 4:13-20
A esperança para o futuro, 4:21-22
V. A Oração pelo Povo, 5:1-22
Confissão, 5:1-18
Petição, 5:19-22
Ezequiel
Ezequiel
592 - 570 a.C.

O Profeta
Procedente de uma família sacerdotal (1:3), Ezequiel, cujo nome significa “Deus fortalece”, passou seus
primeiros anos em Jerusalém até ser levado como prisioneiro de guerra, juntamente com outros judeus, para
Babilônia em 597 a.C., por Nabucodonosor. Ali ele se instalou, em sua própria casa numa vila próxima de Nipur,
junto ao rio Quebar (o canal real construí do por Nabucodonosor), em Babilônia (3:15, 24). Profetizou durante
pelo menos 22 anos (1:2 e 29:17-21). Sua esposa morreu em 587 a. C. (24:16-18).

A Época
O ministério de Ezequiel aos judeus em Babilônia se deu ao tempo em que Jeremias profetizava aos judeus na
Palestina e na época em que Daniel iniciava seu ministério em Babilônia. Os eventos mais importantes desse
período se acham alistados na Introdução a Jeremias.

Conteúdo
Ezequiel encarregou-se de sempre relembrar os exilados sobre os pecados que haviam trazido sobre eles o
juízo divino, assegurando-os, entretanto, da bênção futura, que Deus traria ao povo, de acordo com a Sua
aliança. Os capítulos 1 a 24 foram escritos, antes da queda de Jerusalém, para relembrar aos seus
companheiros de cativeiro que o juízo de Deus contra a cidade e o templo certamente viria. Os capítulos 33 a
48 contêm profecias da futura restauração de Israel ainda por cumprir-se no reino milenar.
Passagens messiânicas importantes do livro são 17:22-24; 21:26-27 e 34:23-24. A destruição de Cogue é
descrita nos capítulos 38-39 e o templo e a adoração no Milênio são descritos nos capítulos 40-48. Passagens
bem conhecidas incluem 1:4-28; 3:16-21; p:17-20; 14:14; 28:11-19; 36:24-28 e 37:1-28.

I. A chamada e comissionamento de Ezequiel, 1:1 / 3:27


A situação de Ezequiel, 1:1-3
A visão de Deus por Ezequiel, 1:4-28
Os quatro seres viventes, 1:4-14
As quatro rodas, 1:15-21
O firmamento fulgurante, 1:22-28
A Chamada de Ezequiel, 2:1-10
O comissionamento de Ezequiel, 3:1-27
II. Profecias contra Judá e Jerusalém, 4:1 / 24:27
Profecias através de símbolos, 4:1- 5:17
Um tijolo: o cerco de Jerusalém, 4:1-3
A postura do profeta: a duração do exílio, 4:4-8
O pão: escassez, 4:9-17
A raspagem: a destruição do povo de Jerusalém, 5:1-17
Profecias através de sermões, 6:1 / 7:27
A causa do julgamento próximo: idolatria 6:1-14
O caráter do julgamento próximo: severo, 7:1-27
Profecias através de visões, 8:1 / 11:25
Uma visão da iniqüidade no templo, 8:1-18
Uma visão do massacre dos habitantes de Jerusalém, 9:1-11
Uma visão do incêndio de Jerusalém, 10:1-22
Uma visão dos príncipes iníquos e da glória divina abandonando Jerusalém, 11:1-25
A certeza e as causas do juízo apresentadas através de sinais, mensagens e parábolas, 12:1 / 24:27
O sinal da bagagem do profeta, 12:1-16
O sinal do tremor, 12:17-28
A mensagem contra os falsos profetas e profetisas, 13:1-23
A mensagem contra os anciãos idólatras, 14:1-23
A parábola da videira infrutífera, 15:1-8
A parábola da mulher adúltera, 16:1-63
Sua juventude, 16:1-14
Seus pecados, 16:15-34
Sua condenação, 16:35-52
Sua restauração, 16:53-63
A parábola das duas águias, 17:1-24
O repúdio do provérbio das uvas verdes, 18:1-32
A lamentação pelos príncipes de Israel, 19:1-14
A mensagem sobre a infidelidade de Israel, 20:1-32
A promessa de restauração futura, 20:33-44
O fogo no bosque, 20:45-49
A espada do Senhor, 21:1-32
O forno de fundição do juízo divino, 22:1-31
A relação de pecados, 22:1-12
A certeza do juízo, 22:13-22
As classes de pecadores, 22:23-31
A parábola das duas irmãs, 23:1-48
Sua identificação, 23:1-4
Sua infidelidade, 23:5-21
Seu castigo, 23:22-48
A parábola da panela fervente, 24:1-14
O sinal da morte da esposa de Ezequiel, 24:15-27
III. Profecias contra nações estrangeiras, 25:1 / 32:32
Juízo contra Amom, 25:1-7
Juízo contra Moabe, 25:8-11
Juízo contra Edom, 25:12-14
Juízo contra a Filístia, 25: 15-17
Juízo contra Tiro, 26:1 - 28:19
A derrubada de Tiro, 26:1-21
A lamentação por Tiro, 27:1-36
A queda do líder de Tiro, 28:1-10
A lamentação pelo rei de Tiro, 28:11-19
Juízo contra Si dom, 28:20-26
Juízo contra o Egito, 29:1 / 32:32
A certeza do juízo, 29:1-21
A descrição do juízo, 30:1-26
A comparação entre a Assíria e o Egito, 31:1-18
A lamentação pelo Egito, 32:1-32
IV. Profecias da restauração de Israel, 33:1 / 39:29
Indicação de Ezequiel como Atalaia, 33:1-33
Os pastores de Israel, 34:1-31
Falsos pastores, 34:1-10 .
O verdadeiro pastor, 34:11-31
O renascimento da nação, 35:1 / 36:38
A destruição de Edom, 35:1-15
A nova aliança com Israel, 36:1-38
A revivificação de Israel, 37:1-14
A reunificação de Israel, 37:15-28
A vitória da nação sobre Gogue e Magogue, 38:1 / 39:29
A invasão de Israel por Gogue, 38:1-16
A vitória de Israel sobre Gogue, 38:17 / 39:29
V. Profecias sobre Israel no reino miIenar, 40:1 / 48:35
Um novo templo, 40:1 / 43:27
Introdução, 40:1-4
O pátio externo e suas três portas, 40:5-27
O pátio interno e suas três portas, 40:28-47
O templo em si, 40:48 / 41:26
As câmaras do pátio interno, 42:1-20
O retorno da glória do Senhor, 43:1-12
O altar do holocausto, 43: 13-27
Um novo culto de adoração, 44:1 / 46:24
Os que podem ministrar, 44:1-31
O sustento dos que ministram, 45:1-17
As ofertas, 45:18 / 46:24
Ofertas nas festas, 45:18,25
Ofertas nos sábados, luas novas e sacrifícios diários, 46:1-15
Normas para o príncipe, 46:16-18
Locais para a preparação das ofertas, 46:19-24
Uma Nova Terra Santa, 47:1 / 48:35
O rio que dará vida à terra, 47:1-12
As fronteiras da terra, 47:13-23
A divisão da terra, 48:1-35
Daniel
Daniel
537 a.C.

O Profeta
Daniel, cujo nome significa “Deus é meu juiz”, foi um estadista na corte de reis pagãos. Levado cativo para a
Babilônia quando jovem, na primeira deportação ordenada por Nabucodonosor, em 605 a.C., passou lá o
restante de sua longa vida como oficial do governo e como profeta do Deus verdadeiro. Ele reivindica a autoria
deste livro e Jesus Cristo identificou-o como profeta (Mt 24: 15; Mc 13: 14). Por não ter ocupado o cargo ou
desempenhado formalmente a função de profeta entre os israelitas, seu livro encontra-se na terceira divisão
da Bíblia Hebraica, os “Escritos”, em vez de na segunda, os Profetas. Durante toda a sua vida Daniel jamais
abriu mão de seu compromisso e fidelidade para com Deus.

Data
O primeiro ataque contra a posição tradicional, que data a composição do livro no sexto século a.C., partiu de
Porfírio (A.D. 232-303), um ardoroso opositor do cristianismo, que afirmou ter sido o livro escrito por um judeu
desconhecido, contemporâneo de Antíoco Epifânio (175-163 a.C.). Este ponto de vista foi amplamente
promovido por eruditos dos séculos XVIII e XIX pelas seguintes razões: alegavam eles que Daniel não poderia
ter feito tais predições, já que elas se cumpriram tão exatamente que só poderiam ter sido escritas depois de
terem acontecido. Palavras persas e gregas usadas no livro, alegavam tais criticas, seriam desconhecidas de um
judeu que tivesse vivido no sexto século a.C. Afirmavam ainda que o aramaico usado em 2:4 - 7:28 pertence a
uma época posterior a Daniel. Alegavam ainda inexatidões históricas. Em resposta a tais argumentos podemos
afirmar que a profecia preditiva não é apenas possível a um verdadeiro profeta de Deus; ela é esperada dele!
Além disso, por ter vivido até o período do império persa, não seria estranho que um estadista como Daniel
conhecesse a língua persa. A presença de palavras gregas é facilmente explicada, já que cem anos antes de
Daniel, mercenários gregos serviam nos exércitos assírios de Esaradom (683 a.C.) e nos exércitos babilônicos de
Nabucodonosor. Descobertas recentes, de documentos aramaicos datados do quinto século a.C., demonstram
que DanieI foi escrito em aramaico imperial, um dialeto oficial conhecido em todas as partes do Oriente Médio
naquela época. Supostas inexatidões históricas têm desaparecido com rapidez, em vista das informações
oferecidas pela Crônica de Nabonido quanto à identidade de Belsazar (5:1) e uma evidência que identifica
Daria, o medo, com um governador chamado Gubaru (5:31).
Além de tudo isso, como justificar o uso tão escasso de palavras gregas se o livro tivesse sido escrito por volta
de 170 a.C., depois de um governo de língua grega ter dominado a Palestina por 160 anos? Era de se esperar a
presença de muitos termos gregos. Também deve-se observar que os documentos de Qumran (os manuscritos
do mar Morto), datados umas poucas décadas depois da data alegada pelos críticos para o livro de Daniel,
mostram diferenças gramaticais que indicam terem sido escritos séculos, e não décadas, depois de Daniel.
Além disso, os rolos de Daniel encontrados em Qumran são cópias, indicando que o original fora escrito antes
do período dos Macabeus.

A Época
Em 605 a.C. Nabucodonosor levou Daniel e outros como cativos para Babilônia (veja a Introdução a Jeremias).
Por causa dos acontecimentos registrados no capítulo 2 do livro, Daniel recebeu um lugar de destaque e
responsabilidade no reino de Nabucodonosor, Depois da morte do rei, Daniel aparentemente perdeu seu lugar
de prestígio, mas foi chamado de volta à corte para interpretar o escrito que aparecera na parede durante a
festa promovida por Belsazar (5:13). Daniel foi nomeado um dos três presidentes durante a administração de
Dario (6:2) e viveu até o terceiro ano de Ciro (536 a.C.). Seu ministério foi o de testificam, por sua vida pessoal
e por suas profecias, do poder de Deus. Embora no exílio, o povo de Israel não fora abandonado por Deus, e
Daniel revelou muitos detalhes do plano divino para o futuro do povo. Daniel também descreveu o curso da
história dos poderes gentílicos desde seus dias até a segunda vinda de Cristo.

Conteúdo
Profecias importantes do livro incluem: o curso histórico dos impérios gentílicos (o futuro de Babilônia, Pérsia,
Grécia e Roma, caps. 2 e 7), detalhes concernentes ao Império Medo-Persa e à Grécia (cap. 8), mais detalhes
sobre a Grécia (cap. 11), a profecia das setenta semanas de anos (9:24-27), e as atividades do anticristo (11:36-
45). Entre as doutrinas mencionadas no livro estão: separação pessoal (1:8; 3: 12; 6: 10; 9:2-3; 10:2-3); anjos
(8:16; 9:21; 10:13, 20-21; 11:1); ressurreição (12:2); anticristo (7:24-25; 9:27; 11:36). Narrativas favoritas
incluem a de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (cap. 3) e a da cova dos leões (cap. 6).
I. A dedicação de Daniel, 1:1-21
A situação de Daniel, 1:1-7
A dedicação de Daniel, 1:8-16
A ascensão de Daniel, 1:17-21
II. O sonho de Nabucodonosor: a grande imagem, 2:1-49
O sonho é recebido por Nabucodonosor, 2:1-6
O sonho é revelado a Daniel, 2:7-23
O sonho é descrito e interpretado a Nabucodonosor, 2:24-45
A promoção de Daniel, 2:46-49
III. A fornalha ardente: uma lição de fé, 3:1-30
A prova da Fé, 3:1-12
A demonstração da Fé, 3:13-18
A vindicação da Fé, 3:19-30
IV. A Visão de Nabucodonosor: A Grande Árvore, 4:1-37
A visão descrita por Nabucodonosor, 4:1-18
A visão interpretada por Daniel, 4:19-27
A visão cumprida por Deus, 4:28-37
V. A Festa de Belsazar, 5:1-31
A contribuição de Belsazar para a festa: Sensualidade sem limites, 5:1-4
A contribuição de Deus para a festa: o escrito na parede, 5:5-6
A contribuição de Daniel para a festa: o anúncio da calamidade, 5:7-29
A contribuição de Dario para a festa: a destruição de Babilônia, 5:30-31
VI. Daniel na cova dos leões, 6:1-28
A posição de Daniel, 6:1-3
A trama contra Daniel, 6:4-9
A oração de Daniel, 6:10-11
O processo contra Daniel, 6:12-17
A proteção a Danie!, 6:18-28
VII. A visão dos quatro animais e do ancião de dias, 7:1-28
Dados históricos, 7:1-3
A visão e a interpretação, 7:4-28
VIII. A visão do carneiro, do bode e do chifre pequeno, 8:1-27
A visão, 8:1-14
A interpretação, 8:15-27
O carneiro, 8:15-20
O bode, 8:21-22
O chifre pequeno, 8:23-25
O efeito sobre Daniel, 8:26-27
IX. A profecia das setenta semanas de anos, 9:1-27
Dados históricos, 9:1-2
A oração de Daniel, 9:3-19
A profecia, 9:20-27
X. O panorama profético de Daniel, 10:1 – 12:13
A visão de Daniel, 10:1-9
O fortalecimento de Daniel, 10:10 - 11:1
Profecias concernentes às nações, 11:2-45
Pérsia, 11:2
Grécia, 11:3-4
Egito e Síria, 11:5-20
O reinado de Antíoco Epifânio, 11:21-35
O reinado do anticristo,11:36-45
Profecias concernentes a Israel, 12:1-13
Oséias
Oséias
710 a.C.

O Profeta e Sua Época


Tudo que sabemos do profeta é extraído dos trechos autobiográficos do próprio livro. Tal como seu
contemporâneo Amós, ele profetizou para o reino do Norte (Israel, às vezes chamado Efraim, por causa da
tribo mais importante), enquanto Isaías e Miquéias ministravam no reino do Sul (Judá). A época do reinado de
Jeroboão II (782-753 a.C.), em que Oséias começou seu ministério (2Rs 14:23-17:41), caracterizou-se por
prosperidade material e falência espiritual. O juízo divino parecia muito distante, mas em 732 a.C. Damasco
caíra capturada e o povo deportado. Alguns dos pecados específicos denunciados por Oséias estão alistados
em 4:2,4,11,12,13; 5:2; 6:8, 9; 7:1, 5; 8:14; 10:1, 4; 13:2.

O Casamento de Oséias
O tema do livro é o leal amor de Deus por Israel a despeito de sua contínua infidelidade, tema este que é
vividamente retratado pela experiência conjugal de Oséias que, após casar-se com Gômer, descobriu que ela
era infiel. Embora viesse a separação, o amor de Oséias (como o amor de Deus por Seu povo) persistiu e,
finalmente, aconteceu a reconciliação.
Três teorias têm sido apresentadas sobre o casamento de Oséias:
1- Trata-se de simples alegoria; o livro não contém qualquer registro de um casamento real
2- Oséias casou-se com uma mulher que já era uma prostituta, talvez uma prostituta cultual
3- Gômer prostituiu-se depois do casamento. Embora a experiência trágica de Oséias ilustre o amor de Deus
por Seu povo extraviado, não há bases legítimas para rejeitar a historicidade do casamento. É difícil,
entretanto, determinar qual opinião entre (2) e (3) é a correta.

Conteúdo
Os capítulos 1-3 retratam a vida doméstica do profeta, enquanto os demais capítulos registram excertos de
suas mensagens, apresentadas no decurso dos quase cinqüenta anos de sua carreira profética. Nesta última
divisão do livro, três temas predominam: os pecados do povo, a certeza do juízo divino, e a confirmação do
amor leal de Deus.

I. A esposa pródiga, 1:1 / 3:5


Sua infidelidade, 1:1-11
Seu castigo, 2:1-13
Sua restauração e a restauração de Israel, 2:14-23
Sua redenção, 3:1-5
II. O povo pródigo, 4:1 / 14:9
A mensagem de juízo, 4:1 / 10:15
A acusação, 4:1-19
O veredito, 5:1-15
O apelo de Israel, 6:1-3
A resposta do Senhor, 6:4-11
Os crimes de Israel, 7:1-16
A profecia sobre o juízo, 8:1 / 10:15
A mensagem de restauração, 11:1 / 14:9
O amor de Deus pelo povo pródigo, 11:1-11
O castigo de Deus para o povo pródigo, 11:12 / 13:16
A restauração de Deus para o povo pródigo, 14:1-9
Joel
Joel
835 a.C.

O Profeta e sua Época


Joel, cujo nome significa “Javé é Deus”, aparentemente escreveu durante os dias da infância do rei Joás (835-
796 a.C), que esteve sob a tutela de sacerdotes por algum tempo depois de sua ascensão ao trono com a idade
de 7 anos (2Rs 11:21). Embora alguns comentaristas datem o livro como sendo pós-exílico, os inimigos de Judá
não são identificados na profecia como sírios, assírios, babilônicos, como seria o caso se o livro tivesse sido
escrito depois do cativeiro (veja 3:4, 1-9).
A profecia foi ocasionada por uma forte seca e uma devastadora praga de gafanhotos, que Joel, viu como um
castigo pelos pecados do povo. Ele também retratou esta invasão de gafanhotos como um exército, um
prenúncio de uma grande campanha militar a ser desencadeada no Dia do Senhor.

O Dia do Senhor
O Dia do Senhor, tema principal desta profecia, envolve uma intervenção especial de Deus nos acontecimentos
da história humana.Três facetas do Dia do Senhor são perceptíveis:
1- a histórica, ou seja, a intervenção de Deus na história passada de Israel (Sf 1:14-18; Jl 1:15) e das nações
pagãs (Is 13:6; Jr 46:10; Ez 30:3)
2- a ilustrativa, em que um incidente histórico representa um cumprimento parcial do Dia do Senhor
escatológico. (Jl 2:1-11; Is 13:6-13)
3- a escatológica, este dia “escatológico” inclui o período da grande tribulação (Is 2:12-19; 4:1), a segunda vinda
de Cristo (Jl 2:30-32) e o milênio (Is 4:2; 12; 19:23-25; Jr 30:7-9).

I. Versículo título: o autor, 1:1


II. A ruína, 1:2 / 2:17
O caráter da ruína, 1:2-12
As reações à ruína, 1:13-14
O retrato da ruína, 1:15-20
A profecia da ruína futura, 2:1-11
A exortação em vista da ruína, 2:12-17
III. O resgate, 2:18 / 3:21
A promessa do resgate imediato, 2:18-27
A promessa do resgate futuro, 2:28 / 3:21
Seu início, 2:28-32
Seus juízos, 3:1-17
Sua consumação, 3:18-21
Amós
Amós
755 a.C.

O Profeta
Amós era morador de Tecoa (uma vila que ficava 16 quilômetros ao sul de Jerusalém) e viajou para o norte, até
Betel, pregando assim no que era, virtualmente, solo estrangeiro. Embora fosse um leigo, não um profeta
profissional, recebera uma chamada direta de Deus para sua obra (7:15). Por ocupação ele era um criador de
ovelhas, talvez um pastor importante, com pastores assalariados. A mesma palavra hebraica é usada para
descrever a atividade de Mesa (2Rs 3:4). A pregação de Amós em Betel, centro de idolatria e residência do rei
de então, Jeroboão II, provocou tamanha oposição que ele retornou a Judá, onde colocou em forma escrita a
sua mensagem. Esse registro demonstra que ele era um homem de negócios, não um pastor rústico e
ignorante.

A Época
Uzias rei de Judá (791-740 a.C.), governava sobre uma nação próspera, mas estava sob a influência de
Jeroboão II rei de Israel (793-753 a.C.), cujo reinado foi, exteriormente, o znite do poderio israelita, ao passo
que, internamente, foi um período de idolatria e corrupção (cf. 2Rs 14:24-25). Além disso, caracterizaram
aquela época prosperidade material e os males sociais (2:6-8; 3:10; 4:1; 5:10-12; 8:4-6).

O Tema
Atacando tanto os males sociais de seu povo quanto seu culto paganizado, Amós lançou um apelo urgente ao
arrependimento como o único meio de escape do juízo iminente. A posição privilegiada de Israel, declarou ele,
deveria ter sido um incentivo a uma vida justa, e jamais uma permissão para o pecado. Alguns versículos
favoritos e importantes do livro se encontram em 3:2; 3:3; 5:24; 9:11.

I. O autor e o tema do livro, 1:1-2


II. As profecias de Amós, 1:3 / 2:16
Sobre Damasco, 1:3-5
Sobre a Filistia, 1:6-8
Sobre Tiro, 1:9-10
Sobre Edom, 1:11-12
Sobre Amom, 1:13-15
Sobre Moabe 2:1-3
Sobre Judá, 2:4-5
Sobre Israel, 2:6-16
III. Os sermões de Amós, 3:1 / 6:14
A punição de Israel, 3:1-15
A depravação de Israel, 4:1-13
A lamentação por Israel, 5:1 / 6:14
A ruína de Israel no julgamento vindouro, 5:1-17
A repreensão às pessoas religiosas, 5:18-27
A reprimenda a toda a nação; 6:1-14
IV. As visões de Amós, 7:1 / 9:15
A visão dos gafanhotos devoradores, 7:1-3
A visão do fogo, 7:4-6
A visão do fio de prumo, 7:2-9
Um interlúdio histórico: oposição do sacerdote de Betel, 7:10-17
A visão de um cesto de figos, 8:1-14
A visão do Senhor como juiz, 9:1-10
A visão de bênção futura, 9:11-15
Obadias
Obadias
840 ou 586 a.C.

Tema
Edom já está julgado e seu castigo é certo, devido ao seu orgulho demonstrado no regozijo pela tragédia que se
abateu sobre Jerusalém.

Os Edomitas
Descendentes de Esaú, irmão gêmeo de Jacó, os edomitas viviam em constante conflito com Israel, os
descendentes de Jacó. Rejeitaram a solicitação de Moisés para que Israel passasse por sua terra (Nm 20:14-20),
opuseram-se ao rei Saul (1Sm 14:47), combateram contra Davi (1Rs 11:14-17), foram contra Salomão (1Rs
11:14-45) e Josafá (2Cr 20:22) e se rebelaram contra Jeorão (2Cr 21:8). Do século treze ao século sexto a.C.
estabeleceram-se no Monte Seir, uma região montanhosa ao sul do Mar Morto, da qual Sela (Petra) era a
capital. Tão escarpado é o terreno que o vale em que se localiza Petra só pode ser atingiso por um desfiladeiro
estreito guardado por paredes rochosas muito íngremes de 65-85 metros de altura (veja Ob 3-4). Durante o
quinto século a.C. os nabateus desalojaram os edomitas de seu território, fazendo-os retirar-se para Iduméia,
ao sul da palestina. Herodes, o Grande, era um edomita.

Data
A questão da data depende da batalha contra Jerusalém com a qual os edomitas estiveram associados (VV. 11-
14). Houve quatro invasões significativas de Jerusalém no tempo do A.T.:
1- por Sisaque, rei do Egito, durante o reinado de Roboão, em 926 a.C. (1Rs 14:25-26)
2- pelos filisteus e árabes, durante o reinado de Jeorão, entre 848-841 a.C. (2Cr 21:16-17)
3- pelo rei Joás de Israel, durante o reinado de Amazias, em 790 a.C. (2Rs 14:13-14)
4- por Babilônia, entre 606 e 586 a.C. (2Rs 24-25)
Obadias profetizou contra Edom por sua participação na segunda ou na quarta invasão. Se foi na segunda este
livro é a mais antiga profecia escrita no A.T. (veja 2Rs 8:20 e 2Cr 21:16-17; veja depois Jl 3:3-6 comparado com
Ob 11-12 e o uso de Ob 1-9 na extensa passagem em Jr 49:7-22 como apoio para a data mais antiga).

I. O castigo de Edom, 1-9


Sua certeza, 1-4
Sua totalidade, ; 5-9
II. A condenação de Edom, 10-14
Por falta de fraternidade, 10
Por alienação, 11-12
Por agressividade, 13-14
III. A destruição de Edom, 15-21
A época da destruição, 15
A natureza da destruição, 16-21
Jonas
Jonas
760 a.C.

História ou Alegoria
Alguns consideram este livro uma alegoria, escrito por volta de 430 a.C. para combater o exclusivismo de
Esdras e Neemias. Sob esta ótica, Jonas representa a nação israelita desobediente; o mar representa os
gentios; o grande peixe, Babilânia; os três dias no ventre do peixe, o cativeiro dos judeus em Babilônia.
De acordo com 2Rs 14:25, entretanto, além de ser uma pessoa real, fonas foi também um profeta
nacionalmente reconhecido e oriundo de Gate-Hefer, próximo a Nazaré. Além disso, Jesus tratou Jonas e sua
experiência no ventre do peixe como fato histórico (Mt 12:39-41). E, naturalmente, o livro apresenta um relato
histórico direto e simples. Isso não exclui a presença de lições, através de tipos, ilustradas pelos incidentes
históricos.

A Época
2Rs 14:25-27 relaciona fonas ao reinado de Jeroboão II, rei de Israel (793-753 a.C.), que conseguira restabelecer
o poder israelita sobre a maior parte do território ao norte de Judá outrora dominado por Davi e Salomão.
Nenhuma inscrição assíria menciona um despertamento religioso semelhante ao descrito no livro. Durante o
reinado de Adade-Nirari III (810-783 a.C.), todavia, houve um movimento em direção ao monoteísmo que
poderia ter sido o resultado (ou uma futura ajuda) da pregação de fonas. Outra data possível para o
avivamento é o reinado de Assur-Dan III (771-754 a.C.). Uma epidemia em 765 a.C., o eclipse do Sol em 763 a.C.
e uma segunda epidemia em 759 a.C. foram eventos do tipo considerado pelos antigos como indícios de juízo
divino, e poderiam, por isso, ter preparado o povo para a mensagem de lonas.

Milagres
Vários milagres estão registra dos no livro: o acalmar da tempestade antes que a tripulação do navio fosse
destruí da (1:5); a provisão do grande peixe e a preservação de lonas em seu interior (1:17); o fato de o peixe
ter vomitado lonas junto à praia (2:10), a preparação da planta (4:6), o aparecimento do verme (4:7) e do vento
(4:8), e a salvação de muitos ninivitas.

Tema
O livro demonstra que o Deus dos hebreus se preocupa com todo o mundo.

I. A fuga de Jonas, 1:1-17


A razão de sua fuga, 1:1-2
A rota de sua fuga, 1:3
Os resultados de sua fuga, 1:4-17
Para os marinheiros, 1:4-11
Para Jonas, 1:12-17
II. A oração de Jonas, 2:1-10
As características de sua oração, 2:1-9
A resposta à sua oração, 2:10
III. A Pregação de Jonas, 3:1-10
A comissão divina para Pregar, 3:1-3
O conteúdo da pregação de Jonas, 3:4
As conseqüências da pregação de Jonas, 3:5-10
IV. A lição de Jonas, 4:1-11
A reclamação de Jonas contra Deus, 4:1-3
O currículo de Deus para Jonas, 4:4-11
Miquéias
Miquéias
700 a.C.

O Profeta
Enquanto Oséias profetizou às dez tribos de Israel, o reino do norte, e Isaías a corte de Jerusalém, Miquéias,
um judeu de Moresete, uma vila do sudoeste da Palestina, pregou ao povo simples de Judá. Seu nome significa
“Quem é como Javé?”.

Sua Época
Miquéias ministrou durante o reinado de Jotão (750-732 a.C.), Acaz (736-716 a.C.) e Ezequias (716-687 a.C.)
(1:1). Embora de um modo geral tenha sido um bom rei, Jotão não removeu de seu reino os altos onde os
judeus praticavam a idolatria. Acaz foi um rei ímpio (veja 2Rs 16:2-4) que adotou uma política pró-Assíria e
durante cujo reinado aconteceu o exílio das tribos do norte. Ezequias, um dos melhores reis de Judá, era
antiassírio em sua política e resistiu vitoriosamente ao cerco de Jerusalém por Senaqueribe em 701 a.C. (2Rs
18:13 / 19:36). Para os camponeses e moradores das vilas foram tempos de tormento freqüente por parte de
exércitos inimigos, de miséria por causa da exploração pelos ricos (2:1-13) e de opressão pelos governantes
(3:1-4) e falsos profetas (3:5-8). Miquéias, como Amós, clamou por justiça social.

Conteúdo
Três citações importantes de Miquéias são encontradas em outras partes da bíblia. Uma delas salvou a vida do
profeta Jeremias (Jr 26:18, uma citação de Mq 3:12). O sacerdotes e escribas citaram Mq 5:2 em resposta a
pergunta de Herodes quanto ao local de nascimento do messias (MT 2:5-6). Cristo citou Mq 7:6 ao comissionar
os discípulos pela primeira vez (MT 10:35-36). Miquéias 4 é uma das mais importantes descrições bíblicas da
glória futura de Israel, e Miquéias 6:8 é um dos versículos favoritos. As divisões principais do livro são
introduzidas pela palavra “ouvi” (1; 2; 3:1; 6:1).

I. O sobrescrito, 1:1
II. A mensagem de destruição para Samaria e Judá, 1:2 / 2:13
A revelação do juízo vindouro, 1:2-16
As razões do juízo vindouro, 2:1-13
III. Uma mensagem de castigo e libertação, 3:1 / 5:15
Castigo: o juízo vindouro, 3:1-12
Juízo contra os líderes, 3:1-4
Juízo contra os falsos profetas, 3:5-8
Juízo contra Jerusalém, 3:9-12
Libertação: o reino vindouro, 4:1 / 5:1
As glórias do reino, 4:1-8
O sofrimento que precede o reino, 4:9 / 5:1
Libertação: o rei vindouro, 5:2-15
Sua primeira vinda, 5:2-3
Sua segunda vinda, 5:4-15
IV. Uma mensagem de denúncia, 6:1 / 7:10
A primeira acusação de Deus, 6:1-5
A primeira resposta de Israel, 6:6-8
A segunda acusação de Deus, 6:9-16
A segunda resposta de Israel, 7:1-10
V. Epílogo: bênçãos para Israel, 7:11-20
Naum
Naum
663 - 612 a.C.

O Profeta
Nada se sabe a respeito de Naum (cujo nome significa “consolação”), exceto que ele era originário de Elcos,
provavelmente Cafarnaum. Sua mensagem contra Nínive foi dada a Judá, já que o reino do Norte, Israel, já fora
levado cativo.

Tema
Nínive será destruída! Quase todos os versículos entre 1: 15 e 3: 19 descrevem esse evento, que ocorreu em
612 a.C.. Os ninivitas (assírios), convertidos pela pregação de Jonas (mais de cem anos antes de Naum), não
haviam transmitido a seus filhos o conhecimento do Deus verdadeiro, e o povo retomara rapidamente às suas
práticas cruéis e pagãs. Haviam destruído Samaria (o reino do Norte, Israel) em 722 a.C. e quase capturaram
Jerusalém em 701 a.C. Naum descreve brevemente a maldade de Nínive em 3:1, 4. Deus tinha de destruir um
povo tão apóstata.

Conteúdo
O capítulo 1 contém uma descrição magnífica do caráter de Deus (veja especialmente os vv. 2-8). Lendo o
capítulo 2, quase se pode ouvir o barulho da batalha de Nínive.

I. O tema e o autor, 1:1


II. A majestade de Deus, 1:2-14
Os atributos de Deus, 1:2-8
A ira de Deus, 1:9-14
III. O juízo de Deus, 1:15 / 3:19
O julgamento proclamado, 1:15
O julgamento predito, 2:1-2
O julgamento descrito, 2:3-10
O julgamento reivindicado, 2:11 / 3:7
O julgamento previsto na História, 3:8-10
O julgamento inevitável, 3:11-19
Habacuque
Habacuque
607 a.C.

A Época
Embora nada se saiba sobre o próprio profeta (cujo nome significa “abraçador”, talvez expressam seu amor por
Deus), sabemos algo sobre a época em que profetizou. Seu ministério ocorreu pouco antes da primeira invasão
de Judá por Nabucodonosor em 606-605 a.C. (quando Daniel e outros foram levados para Babilônia).
Habacuque foi comissionado a anunciar a intenção divina de punir Judá com a vindoura deportação para
Babilônia. O rei de Judá da época, Jeoaquim, é descrito pelo profeta Jeremias com as seguintes palavras: “os
teus olhos e o teu coração não atentam senão para a tua ganância, e para derramar sangue inocente, e para
levar a efeito a violência e a extorsão” (Jr 22:17; cf. Hc 1:2-4 e 2Rs 23:34 - 24:5).

As Perguntas de Habacuque
O livro nos apresenta o quadro de um homem que confiava em Deus, mas que estava perplexo diante da vida.
As perguntas de Habacuque foram duas:
1- Por que Deus permitia que o mal crescente em Judá permanecesse impune (1:2-4)?
2- Como podia um Deus santo justificar o uso dos babilônios (caldeus), um povo ainda mais ímpio que os
judeus, para punir Judá (1:12 / 2:1)?
A resposta à primeira pergunta é registrada em 1:5-11, e à segunda em 2:2-20. Assim, o livro consiste de uma
teodicéia, uma defesa da bondade e do poder de Deus em vista da existência do mal.

O Conteúdo
O versículo mais conhecido de Habacuque é 2:4 (citado em Rm 1:17; GI 3:11; Hb 10:38), não apenas por ser o
coração da resposta de Deus a Habacuque e suas perguntas, mas porque o Novo Testamento demonstra que
sua verdade é central para a doutrina da justificação pela fé. Outro versículo favorito é 2:20.O capítulo 3 é um
grande salmo de louvor, dificilmente igualado em sua majestade por qualquer outra passagem no Antigo
Testamento.

I. Introdução, 1:1
II. Os problemas de Habacuque, 1:2 / 2:20
Problema número 1: por que Deus permite a continuidade do mal em Judá? 1:2-4
Resposta número 1, 1:5-11
Problema número 2: por que Deus vai usar urna nação ímpia para punir Judá? 1:12 / 2:1
Resposta número 2, 2:2-20
III. O louvor de Habacuque, 3:1-19
Louvor pela Pessoa de Deus, 3:1-3
Louvor pelo Poder de Deus, 3:4-7
Louvor pelo Propósito de Deus, 3:8-16
Louvor por causa de Fé em Deus, 3:17-19
Sofonias
Sofonias
625 a.C.

O Profeta e Sua Época


Sofonias, nascido em berço nobre (1: 1), aparentemente ajudou a preparar Judá para o reavivamento que
ocorreu sob a liderança do bom rei Josias em 621 a.C. (2 Cr34:3). Por mais de meio século, sob os reis Manassés
e Amom, a situação de Judá tinha sido muito ruim, e Sofonias convocou seu povo ao arrependimento. A
reforma aconteceu mas, depois da morte de Josias, os líderes e grande parte do povo voltaram à antiga vida de
pecado.

Tema
O julgamento é o tema central da mensagem de Sofonias. O cumprimento imediato aconteceu quando
Nabucodonosor, rei de Babilônia, capturou Judá. O cumprimento definitivo ocorrerá no Dia do Senhor, durante
os anos da Tribulação. Sofonias também predisse o juízo das nações pagãs, tanto imediatamente (como no
caso de Nínive, que caiu em 612 a.C.; veja 2:13) quanto no futuro (3:8). O livro termina com uma gloriosa
descrição do Milênio futuro (outro aspecto do Dia do Senhor).

I. O autor e a época da profecia, 1:1


II. As profecias de juízo, 1:2 / 3:8
Juízo contra Judá; 1:2-18
Uma exortação ao arrependimento, 2:1-3
Juízos contra as nações gentílicas, 2:4-15
Filístia (a oeste), 2:4-7
Moabe e Amom (a leste), 2:8-11
Etiópia (ao sul), 2:12
Assíria (ao norte), 2:13-15
Juízo contra Jerusalém, 3:1-7
Juízo contra as nações, 3:8
III. As profecias de bênção, 3:9-20
Futuras bênçãos para os gentios, 3:9-10
Futuras bênçãos para os judeus, 3:11-20
Ageu
Ageu
520 a.C.

O Profeta
Ageu, cujo nome significa “festivo” ou “minha festa”, foi a primeira voz profética a se ouvir depois do exílio
babilônico. Ele foi contemporâneo de Zacarias (e de Confúcio) e seu ministério foi o de conclamar o povo à
reconstrução do templo, cujo término vinha sendo adiado por 15 anos. Estas profecias foram pronunciadas
entre agosto e dezembro de 520 a.C., e o templo foi completado 4 anos depois. Ageu provavelmente retomara
a Jerusalém vindo de Babilônia com Zorobabel.

Destinatários
O livro é dirigido a todo o povo (1:13; 2:2) visando encorajá-lo a reconstruir o templo. É também dirigido a
Zorobabel, o governador, e a Josué, o sumo sacerdote (1: 1; 2:2, 21).

Conteúdo
O livro contém quatro mensagens, cada uma delas introduzida pela expressão “veio a palavra do Senhor”.

I. Um apelo à construção do templo, 1:1-15


Introdução, 1:1-2
A reprovação, 1:3-6
O remédio, 1:7-8
A repreensão de Deus, 1:9-11
A reação do povo, 1:12-15
II. Um apelo à coragem no Senhor, 2:1-9
III. Um apelo a uma consciência pura, 2:10-19
IV. Um apelo à confiança no futuro, 2:20-23
Zacarias
Zacarias
520 - 518 a.C.

Autor
O pai de Zacarias, Berequias, morreu provavelmente quando o profeta ainda era muito jovem, fazendo de
Zacarias o sucessor imediato de seu avô, Ido (Ne 12:4). Este era um sacerdote que voltara de Babilônia com
Zorobabel e Josué e fora, segundo a tradição judaica, um membro da Grande Sinagoga (o grupo governante
dos judeus antes da criação do Sinédrio). O nome Zacarias (usado no A.T. para outras 27 pessoas) significa
“Javé se lembra”. Este Zacarias foi contemporâneo (mais jovem) do profeta Ageu (Ed 5:1; 6:14).

Contexto Histórico e Propósito


Durante o reinado de Ciro, mais de 50 mil judeus retornaram à Palestina, vindos de Babilônia em 538 a.C.
Assentaram os alicerces do templo em 536 a.C., mas a oposição das nações vizinhas impediu a continuação do
trabalho por 15 anos (Ed 1:1-4; 4:1-5). Dario Histaspes (1:1), que subiu ao trono em 522-521 a.C., confirmou o
decreto de Ciro e Zacarias, tal como Ageu, estimulou o povo a completar o templo (o que fizeram em 516 a.C.).

Cristologia do Livro
Zacarias fez mais predições sobre o Messias do que todos os outros profetas, exceto Isaías. Profecias referentes
à Sua primeira vinda incluem 3:8; 9:9, 16; 11:11-13; 12:10; 13:1, 6, e profecias a serem cumpridas em Sua
segunda vinda incluem 6:12; 14:1-21.

Conteúdo
Este é um livro de consolação e esperança; começa com uma chamada ao arrependimento e termina com
profecias referentes ao retorno e ao reinado de Cristo.

I. A chamada ao arrependimento, 1:1-6


II. As visões de Zacarias, 1:7 / 6:15
A visão dos cavalos e cavaleiros, 1:7-17
A visão dos quatro chifres e dos quatro ferreiros, 1:18-21
A visão do agrimensor, 2:1-13
A visão de Josué, o sumo Sacerdote, 3:1-10
A visão do candelabro de ouro, 4:1-14
A visão do rolo volante, 5:1-4
A visão da mulher no efa, 5:5-11
A visão das quatro carruagens, 6:1-8
A coroação de Josué, 6:9-15
III. As questões referentes aos jejuns, 7:1 / 8:23
Os jejuns, 7:1-3
O fracasso do povo, 7:4-14
O futuro de Jerusalém, 8:1-23
IV. As sentenças sobre o futuro, 9:1 / 14:21
A primeira sentença, 9:1 / 11:17
As vitórias de Alexandre, o grande, 9:1-8
A vinda do Rei, 9:9-10
As vitórias dos macabeus, 9:11-17
As bênçãos do messias, 10:1-12
A rejeição do pastor, 11:1-17
A segunda sentença, 12:1 / 14:21
O cuidado do Senhor com Jerusalém, 12:1-14
A purificação do Senhor para Jerusalém, 13:1-9
A segunda vinda do Senhor a Jerusalém, 14:1-21
Malaquias
Malaquias
450 - 400 a.C.

O Profeta
Malaquias significa “meu mensageiro” e poderia ser simplesmente a designação de um escritor anônimo. É
mais provável, todavia, que seja um nome próprio. O profeta não é mencionado em qualquer outro lugar do
A.T.

A Época
Cerca de 100 anos haviam se passado desde o retomo dos judeus à Palestina. A cidade de Jerusalém e o
segundo templo haviam sido construí dos, mas o entusiasmo inicial desaparecera. Depois de um período de
reavivamento, liderado por Neemias (Ne 10:28-39), o povo e os sacerdotes haviam-se desviado e transformado
sua obediência à lei em algo mecânico e rotineiro. Embora relapsos em sua adoração (1:7) e negligentes
quanto ao seu dízimo (3:8), não conseguiam entender por que Deus estava insatisfeito com eles.

Propósito e Tema
Malaquias repreendeu o povo por sua negligência quanto ao verdadeiro culto ao Senhor, e chamou-os ao
arrependimento (1:6; 3:7).

Conteúdo
Malaquias usou um método de perguntas e respostas; ocorrem no livro nada menos que 23 perguntas.

I. A compaixão de Deus por Israel, 1:1-5


Sua compaixão declarada, 1:1-2a
Sua compaixão duvidada, 1:2b
Sua compaixão demonstrada, 1:3-5
II. A reclamação de Deus contra Israel, 1:6 / 3:15
Desonestidade, 1:6-14
lnfidelidade, 2:1-9
Casamentos mistos, 2:10-12
Divórcio, 2:13-16
Impiedade e impertinência, 2: 17
Parêntese: A vinda de João Batista, 3:1-6
Roubo, 3:7-12
Arrogância, 3:13-15
III. A condenação de Deus para Israel, 3:16 / 4:6
O povo ímpio, 3:16-18
A natureza do juízo de Deus, 4:1-6

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