Anda di halaman 1dari 9

COMUNICAÇÃO E MEIO AMBIENTE1

Mobilização social para a conscientização ambiental

Resumo: Existem algumas coisas que só aprendemos com o passar do


tempo, como, por exemplo, esperar. Quando somos crianças,
queremos tudo na hora, pois vivemos intensamente o presente e,
para nós, ele é tudo o que realmente existe. Conforme vamos
crescendo, aprendemos que nem sempre as coisas acontecem
quando e como queremos. Às vezes, temos de esperar muito tempo
até alcançarmos nosso objetivo. Acho que, quando se trata do meio
ambiente, a situação não é diferente. Conscientização e ações são
esperadas e cobradas de todas as partes, mas sempre delegadas a
outras, pois existem pessoas e órgãos “responsáveis por isso”. Esta
situação nos remete àquela frase tão já conhecida e falada por todos
nós: Se cada um fizesse a sua parte...Há algum tempo percebe-se
que a união de esforços e de áreas do conhecimento nos trazem
novos modelos para enfrentar um cenário em mudança, o meio
ambiente. Vê-se neste artigo o quão é importante e urgente a união
das áreas da comunicação e da educação para fomentar novas
maneira de agir e subverter uma lógica que é a do lucro pelo lucro.

Palavras-Chave: 1. Educação 2. Comunicação. 3.Mobilização. 4 Educomunicação

1. INTRODUÇÃO
Educação e Comunicação nunca estiveram tão próximas. A
Educomunicação, nova área acadêmica, surge visando à aproximação entre os
profissionais de ambos os campos, buscando a formação para a cidadania e a
abertura de espaço, na mídia, para a expressão dos jovens.
A educomunicação é um campo de convergência não só da comunicação e
da educação, mas de todas as áreas das ciências humanas, com essa
multidisciplinaridade que aborda a pedagogia, a comunicação, a sociologia etc;
pode ser realizada desde o trabalho com as creches aos cursos de graduação.
O que se pretende aqui é uma comunicação como instrumento mobilizador
pessoas possam estabelecer uma relação desde cedo como tratar o lixo.
No final do século XX e início do século XXI a sociedade mundial depara-se
com uma configuração consumista: o capitalismo que molda estilos de vida, onde
1
Trabalho apresentado à disciplina Comunicação Estratégica III, proferida pela Prof. Janaína Visibelli para o Curso de
Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo da FUNEDI/UEMG.
cada vez mais as massas influenciadas pela indústria cultural, querem
consumir.Tudo que a sociedade moderna ou pós-moderna consumista hoje são
pessoas com capacidade de produção logo: consumo, ou seja, de um sistema
onde o que vale é o lucro esta é lógica do mercado capitalista: Capitalcentrismo. O
dinheiro no centro de todas as relações. (Bauman, 1995). Contudo todo esse
consumismo resume-se em “sobras” o que não é aproveitado é jogado no lixo.
O destino do lixo é (deve ser) diferente, de acordo com cada tipo de
resíduo que o constitui. Entretanto, o destino mais comum que se dá para
qualquer resíduo no Brasil são os chamados “Lixões”. Em aproximadamente
70% das cidades brasileiras os resíduos são jogados neste destino final (IBGE,
2001).
Trata-se de um espaço aberto, localizado geralmente na periferia das
cidades onde o lixo fica apodrecendo, ou então é queimado. Não devem ser
confundidos com aterros sanitários, pois é um método sem critérios sanitários e
ecológicos, provocando a contaminação das águas subterrâneas e do solo e a
poluição do ar com gases tóxicos.
Diante os fatos essa preocupação ambiental A Educomunicação ressalta a
importância da criação e fortalecimento de ecossistemas comunicativos nas
escolas, através da inserção de meios de comunicação nos espaços educativos

2. EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO
A educação aliada à comunicação formam um campo novo de mobilização
social com autonomia, práticas e conceitos transdisciplinares, por onde transitam
novos meio de interpretar a realidade, principalmente voltada para um novo olhar,
o das crianças principalmente.
A Comunicação voltou-se para a Educação na busca de um espaço de
relações sociais no qual possa trabalhar com os aspectos cognitivos, críticos e
comportamentais do público e onde prevaleça uma postura formativa e libertadora
(COSTA 2007). A escola, por sua vez, vê nos meios de comunicação um
instrumento que ajuda a formar o julgamento, o senso critico, o pensamento
hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e de pesquisa [...], a
imaginação, a leitura e a análise de textos e de imagens, a representação de
redes, de procedimentos e de estratégias de comunicação. (PERRENOUD, 2000,
p.128).
A alteridade é a dimensão constitutiva deste palco de vozes que polemizam
entre si, dialogam ou complementam-se. A busca pela pluralidade e singularidade
é pressuposto constitutivo da pragmática “educomunicativa” na defesa dos
processos inclusivos e de reconhecimento estético e ético-político, portanto, do
reconhecimento da cidadania. (FREIRE, p. 52 , 2001)
Os “educomunicadores” são agentes culturais ou profissionais de
comunicação no espaço educativo exercendo um serviço multidisciplinar e
multimediático. Suas prioridades são a criação de novos projetos e propostas de
trabalho, baseados na superação de dificuldades, nas articulações comunicativas
com lastro no talento e diferencial cultural. Fazer com que as pessoas, crianças,
jovens e adultos, utilizem o que é reciclável para o enriquecimento cultural. O
manuseio dos suportes de comunicação e a prospecção de uma veiculação em
um meio de comunicação fazem com que os envolvidos não apenas aprendam e
apreendam, mas também ensinem o que aprenderam, através de uma simulação
de um programa de rádio, por exemplo.
O paradigma da educação no seu estatuto de mobilização, divulgação e
sistematização de conhecimento implicam em acolher o espaço interdiscursivo e
mediático da Comunicação como produção e veiculação de cultura, fundando um
novo lócus – o da inter-relação Comunicação/ Educação (SCHAUN 2002, p.20)
A inserção dos meios de comunicação na escola remete ao conceito de
uma pedagogia comunicacional, defendida pelo educador pernambucano Paulo
Freire2 (2000), que considera as mídias e as relações com elas, estimulando um
diálogo entre a escola e as linguagens midiáticas. Freire2 ressalta o caráter
‘problematizador’ deste diálogo, que propõe despertar no aluno a leitura do
mundo, fazendo da educação um ato de aproximação com a realidade. A
Educação é entendida, assim, como um processo de construção da consciência
crítica, e a mídia como um canal capaz de despertar, nos jovens, o exercício de
criticidade em relação aos fatos do cotidiano.
2
O educador e ativista social Paulo Freire desenvolveu uma prática de alfabetização e de pedagogia crítico-
libertadora, que defende ser através da relação dialógica que se consolida a educação como prática da
liberdade.
Despertado o interesse pela mídia (o contato de novas tecnologias e as
pessoas) por meio de agentes culturais, simularão o uso da comunicação para a
disseminação do que é educação ambiental. Através de produtos midiático, como
um programa de rádio, os submetidos ao contato com a produção da informação
serão despertados a passar informação sobre educação ambiental.
Os agentes culturais serão responsáveis pela fomentação deste tipo de
saber. A consciência ambiental abordada de forma leve, sobretudo em campo,
logo será o foco de mídia espontânea, “o boca a boca”.
A Educomunicação ressalta a importância da criação e fortalecimento de
ecossistemas comunicativos nas escolas, através da inserção de meios de
comunicação nos espaços educativos (SOARES 2007). Para isso, o primeiro
passo é capacitar professores para o uso das diferentes linguagens midiáticas em
sala de aula - a familiarização de educadores – e educandos - com os meios de
comunicação possibilita a melhor utilização da mídia e sua análise crítica. A partir
daí, então, os alunos poderão desenvolver um olhar crítico em relação à produção
midiática e produzir seu próprio repertório em relação ao meio ambiente.

3. MEIO AMBIENTE NA MÍDIA.


Será que a mídia consegue mostrar à população a urgência da mudança de
comportamento da sociedade em relação ao meio ambiente? A mídia faz uma
exposição geral de tragédias ambientais e, ultimamente, sobre as mudanças
climáticas. São inegáveis os problemas e os impactos ambientais que o planeta
vem sofrendo, e as repercussões recentes sobre os relatórios da ONU a respeito
das alterações climáticas são exemplos claros de como os assuntos relacionados
ao meio ambiente adquirem visibilidade nos intricados midiáticos. O que se lê em
jornais é um enfoque direcionado de cadernos especializados sobre as temáticas
ambientais, mas a problemática não é discutida nas editorias de Economia,
Política, Saúde, Esporte, etc. Tudo é muito implícito: essa discussão deveria ser
transversal, com um enfoque sistêmico mostrando ações do dia-a-dia com relatos
de novas formas de pensar a vida e de como viver.
Os meios de comunicação podem e devem assumir uma postura para a
transformação social por meio de informações e fatos que consigam atingir um
maior número de pessoas, discutindo e provocando mudança de atitude e
comportamento, propondo uma justiça ambiental, e não apenas cobrir os
desastres ambientais. Portanto, o papel da mídia vai além de noticiar: é preciso
trabalhar uma cadeia de informações explícitas em todos os assuntos, derrubando
(de forma ecológica) os guetos do discurso verde que, muitas vezes, são tratadas
de forma espetacular, pontual e desrelacionada. Um exemplo de como isso
acontece pode ser percebido na divisão de temas de qualquer jornal televisivo,
que em sua escalada (principais notícias do dia) é possível chamar uma matéria
falando da urgência de redução do CO² para conter o aquecimento global e os
problemas ambientais encadeados pelo aquecimento da Terra e, logo em seguida,
na mesma edição do jornal, uma reportagem sobre a indústria automobilística “que
bateu recordes na produção de veículos”, ou seja, vai ser bom para um setor da
economia do país, um grupo de trabalhadores. No entanto, não é sequer
mencionado o problema ambiental de tantos carros nas ruas que atinge a todos e
a cada um de nós.
Por isso, é sublime compreender como as transformações das ações
socioambientais fazem parte da vida de cada um, em escala global e local,
sobretudo na minha localidade, meu bairro, minha rua, minha casa. Contudo,
mobilizações sobre as questões ambientais (em três visões: naturalista,
antropocêntrica e sistêmica) em escala regional seriam as que mais provocariam
resultados efetivos, justamente por afetarem diretamente a vida dos habitantes
desses contextos sociais. Porém, se comparadas às questões globais, as
temáticas ambientais regionais são as menos discutidas nos espaços
comunicativos locais. Pensando em quem produz as informações e em quem as
recebe (lembrando que a comunicação existe na interação simbólica provocada) é
preciso mais humanistas do que ambientalistas.

4. EDUCAÇÃO E MOBILIZAÇÃO.
4.1 Conclusão
A factualidade de notícias sobre a condição atual da vida na Terra e talvez,
mais ainda, da ampla e instantânea difusão na internet e filmes de ficção sobre
prováveis cenários futuros – notadamente aqueles referentes à elevação do calor,
à falta de água e à degradação do ar –, uma estranha sensação começa a se
tornar incômoda. Parece que, aos poucos, a humanidade vai sendo informada
sobre alguns daqueles acontecimentos mais alarmantes que colocam em risco a
vida ou, em melhor hipótese, vão impor renúncias, sacrifícios e penúrias cada vez
mais intensos. A idéia de um futuro quente, inundado e com pouca água
adequada ao consumo humano faz muita gente esclarecida sentir a estranha
sensação de beco sem saída.
Tornam-se, nesse momento, transparentes os efeitos da institucionalização
da destruição da natureza no contexto da destrutibilidade geral: é o predomínio em
cada um de nós de uma estrutura de caráter destrutiva. Nem o caráter individual
escapa à destruição geral: ele mesmo é objeto de uma corrosão, fruto da
crescente exigência de adaptação e da lógica da substitutibilidade. O que nos
cegou para a destruição ou o que nos iludiu é que esta destruição é unida
internamente à produção e à produtividade e, por isso, anestesia e obscurece a
própria destrutividade: consome e destrói, mas, até os anos 1960, também
aumentava as satisfações materiais e culturais disponíveis para a maioria da
população.
Em novos tempos, o capital, que antes superara a resistência dos
trabalhadores, agora se depara com outros obstáculos. O capitalcentrismo se vê
ameaçado. (Bauman, 1995)
Desde então, a vida aparece cada vez mais como o avesso do projeto
antropocêntrico: da dominação do mundo ao mundo em descontrole.
Há contradições evidentes: abundância e fome, esclarecimento e estupidez,
coragem e medo. A violência que resulta em mortandade é crescente: na guerra,
no tráfico ou no tráfego. São acontecimentos sociais, políticos, econômicos,
culturais e ecológicos que não podem mais ser entendidos separadamente. Há
algo em comum entre a apatia política e a violência social. É por serem
inseparáveis que esses acontecimentos podem ser reveladores do esgotamento
de um modus vivendi fundado nas relações de dominação e de exploração: dos
homens com a Natureza e dos homens entre si. Isso atualiza a angústia de viver:
a humanidade está se afundando numa nova espécie de barbárie.
Mas há um mal-estar geral entre os que estão inseridos na produção
destrutiva e na destruição criativa: os sintomas são diversos. Esse mal-estar é que
pode ser o ponto de apoio para uma reeducação humana. Resta a esperança de
que haverá tempo para isso, já que a destrutibilidade segue galopante. Mas não é
qualquer apelo reeducativo que sensibilizará a humanidade pragmatizada e
imersa no (des)conforto narcíseo do consumo. A área da educação, somada e
multiplicada pela comunicação, deve ser oportunista e fundar na educomunicação
uma nova forma de mudar hábitos e costumes, paulatinamente. Ele deve ter um
conteúdo subversivo, e sua meta é a viabilização de uma outra civilização e, com
ela, uma outra relação com a natureza: de compartilhamento e não de dominação.
Mas tudo isso tem de ser feito em tempo hábil: há probabilidade de catástrofe
geral no século XXI.
5. BIBLIOGRAFIA

BAUMAN, Zygmunt: O mal estar na pós – modernidade. Rio de Janeiro. 1998

COSTA, Maria Cristina Castilho Costa - Questões de arte - São Paulo, Ed.
Moderna, 1998.

DE MASI, Domenico – O ócio criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

GAIA, Rossana. Educomunicação & mídias. Maceió: Edufal, 2001.

MORAN, José Manuel. Leitura dos meios de comunicação. São Paulo: Pancast,
1993.

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos; BEHRENS, Marilda Aparecida.


Novas tecnologias e mediações pedagógicas. Campinas: Papirus, 2000.

PACHECO. Luiz Mota. Pedagogia em ação. Rio de Janeiro: Ágora (2007 no


prelo).

PENA, Felipe. Teoria do Jornalismo. São Paulo: Contexto, 2005.

PENTEADO, Heloísa (org). Pedagogia da educação. Teorias e práticas. São


Paulo: Cortez, 2001.

PERRENOUD, Philippe: 10 Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre:


Artmed, 2000.

PORTO, Tânia. O professor e os alunos: uma experiência com os meios de


comunicação.

SCHAUN, Ângela. Educomunicação. Reflexões e princípios. Rio de Janeiro:


Mauad, 2002. www.bocc.ubi.pt

HORKHEINER, Max; ADORNO, Theodor W. Dialética do Esclarecimento;


fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. Pp. 19 a 52 e 113 a
156.

HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo:
Companhia das Letras, 2001. Pp. 11 a 26 e 537 a 562.

SCHAUN, Angela “Educomunicação e as práticas dos Grupos Afro-descendentes


de Salvador da Bahia e suas articulações comunicativas São Paulo: Companhia
das Letras, 2001”.

Anda mungkin juga menyukai