Os deslizamentos são as formas de movimentos de massa mais conhecidas, porém não são as
únicas. Na verdade, ocorre, frequentemente, uma verdadeira confusão em relação à utilização de
diferentes conceitos que, em muitos casos, são apresentados como se fossem sinônimos.
Os desmoronamentos, por sua vez, ocorrem de forma mais lenta e gradual. Em alguns casos,
eles são quase que imperceptíveis a curto prazo, provocando gradativas deformidades na
superfície, como entortamento de árvores e construções.
Os fluxos ou corridas são movimentos de massas fluídas, formando uma lama densa originada
pela mistura entre os sedimentos e a água das chuvas. Em virtude da viscosidade desse material,
a sua movimentação é rápida e pode atingir grandes áreas em grandes distâncias, provocando
transtornos em cidades e rodovias.
Fluxos de sedimentos invadindo as ruas de uma cidade ¹
Como já foi afirmado, os movimentos de massa são fenômenos naturais que podem ser
influenciados pela ação antrópica. Em alguns casos, a remoção da vegetação proporciona a
destabilização do terreno, que passa a sofrer com deslizamentos. Em outros, mesmo com a
vegetação conservada, esses movimentos ocorrem, transformando as áreas em zonas de risco que
não podem ser ocupadas pela população sem autorização de especialistas. As inúmeras tragédias
urbanas provocadas em épocas de chuva por esse tipo de problema, na grande maioria dos casos,
poderiam ser evitadas caso houvesse melhor aplicabilidade dos conhecimentos geomorfológicos
para a ocupação do espaço geográfico.