1- Fibras Ópticas
(estudar o capítulo 24 do livro Pedrotti )
Elisabete Nogueira 1
Óptica e Optoelectrónica
Diagrama esquemático
LED- díodo emissor de luz
LD- díodo Laser
Sinal eléctrico
SOM: ENTRADA FONTE
MODULADOR DA Luz
VISUAL: MICROFONE PORTADORA
CAMARA VIDEO A/D
DADOS: COMPUTADOR (λ ± ∆λ )
Fibra óptica
FILTRAGEM
Luz
DESMODULAÇÃO
Notas
• Modulador - transforma o sinal analógico em digital e imprime-o na
onda portadora.
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AM - Modulação de amplitude
FM – Modulação de frequência
Modulação digital
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Notas informativas
Aqueles diâmetros limitam a luz transmitida somente a um modo principal, o que minimiza
a distorção dos pulsos de luz, aumentando a distância em que o sinal pode ser transmitido.
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Exemplos
• Estação Emissora TV
Largura de banda em som e vídeo - 6 MHz
Portadora numa emissora de TV - 300 MHz
300
P .T .I . = = 50 canais
6
• Fibra óptica
Portadora (1 µm)
c
λ = cT ; λ f = c; f = = 3 * 10 8 MHz
λ
3*108
P.T.I. = = 50*106 canais!!
6
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núcleo
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Raio Meridional - raio que está contido num plano que contém o eixo central
(eixo óptico) da fibra.
Os raios que incidem com ângulos θ < θm sofrem reflexão interna total (R.I.T.)
no interior da fibra, como mostra a figura anterior.
Pela Lei de Snell o ângulo crítico para a interface (n2 < n1) é dado por:
n1.senϕc = n2.sen90º
senϕc = n2/ n1
n0.senθm = n1.senθ’m
θ’m = 90º- ϕc
senθ’m = cosϕc
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n0 sen θ m = n1 cos ϕ C
cos ϕ c = 1 − sen 2 ϕ c
n22
n0 sen θ m = n1 1 − 2
n1
N.A.
A abertura numérica de uma fibra óptica traduz a sua habilidade em captar luz.
Skip Distance - é a distância Ls, paralela ao eixo da fibra, entre duas reflexões
sucessivas dum raio de luz que se propaga no interior da fibra.
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n0
n0 . sen θ = n f . sen θ ' ⇒ sen θ ' = sen θ
nf
2
nf
LS = d . − 1
n0 . sen θ
nC
LS = d .
n 2f − nC2
Núcleo
n0 nf nc ϕc θmax A.N. 1/LS
Bainha
Vidro
1 1.50 1.0 41.8º 90.0º 1 8944
Ar
Vidro
1 1.46 1.40 73.5º 24.5º 0.41 2962
Plástico
Vidro
1 1.48 1.46 80.6º 14.0º 0.24 1657
Vidro
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Nem todos os raios que entram numa fibra dentro do cone de aceitação, podem
propagar-se com sucesso através da fibra.
Recorde que os raios representam ondas electromagnéticas planas que se
propagam dentro da fibra.
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Recorde (equações de Fresnel) na passagem da luz dum meio com índice nf para
outro com nc (nc < nf) se os ângulos de incidência são superiores ao ângulo
crítico, o coeficiente de reflexão em amplitude r⊥ sofre uma variação de fase
que no máximo é de π. Logo para duas reflexões, a variação de fase total é 2φr.
Assim a diferença de fase entre A e C vem
2π
∆ + 2φ r = 2mπ m é nº inteiro
λ
(
∆ = AB + BC nmeio )
Pelo ∆ AA' C ⇒ AB = A' B
A' B + BC = 2d . cos ϕ
∆ = 2n f .d . cos ϕ
2n f .d . cos ϕ φr
m= +
λ π
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n0 . sen θ m = n f . cos ϕ c
Por outro lado:
2d
mmax = n 2f − nc2
λ
2d
mmax = ( N . A.)
λ
Para acautelar o modo m = 0 (travessia segundo o eixo da fibra) adiciona-se
mais um modo.
2d
mmax = ( N . A.) + 1
λ
Além disso, uma vez que são possíveis duas polarizações independentes para a
propagação duma onda plana o número total de modos deve ser o dobro do
valor mmax. Para uma fibra cilíndrica este estudo é mais complicado embora
tenha por base os mesmos princípios físicos.
2
1 πd
Fibra cilíndrica (S.I.) ⇒ mmax = N . A.
2 λ
d 4 d 2.4
Fibra monomodo (S.I.) ⇒ < <
(m < 2) λ π A.N . λ π A.N .
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A luz que se propaga através duma fibra óptica perde invariavelmente energia,
ou seja há atenuação ou diminuição da intensidade que existia à entrada da
fibra.
Consoante o tipo de mecanismo pelo qual existe perda de intensidade na luz
que se propaga na fibra, as perdas dizem-se intrínsecas e extrínsecas.
Não homogeneidades
Acoplamento fibra-fonte
Não homogeneidades
As não homogeneidades cujas dimensões são muito maiores que o
comprimento de onda da luz, podem resultar de
Efeitos geométricos
Nota – repare que os micro defeitos podem originar acoplamento de modos. Na figura
anterior, existe conversão de um modo mais baixo para um modo mais elevado.
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Acoplamento fibra-fonte
As perdas no acolpamento da fonte de luz à fibra são devidas a:
Material do núcleo
Espalhamento Rayleigh
Material do núcleo
O material do núcleo que é a sílica nas fibras de vidro, absorve na regiões das
bandas de transição electrónica e molecular. Observe a figura da página
seguinte onde se pode ver um mínimo de absorção para 1.3µm.
Quer uma quer outra absorção diminuem à medida que o comprimento de onda
se aproxima da região do visível.
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Impurezas residuais
Na figura podemos observar que o ião metálico de transição hidroxil tem
grande absorção nos comprimentos de onda 0.95, 1.23 e 1.73µm.
Espalhamento Rayleigh
O espalhamento Rayleigh é devido às imperfeições ou não homogeneidades
microscópicas, ou seja com dimensões muito menores do que o comprimento
de onda da luz.
A origem deste espalhamento está na variação localizada
• do comprimento de onda
• do ângulo de incidência
do ângulo de incidência uma vez que para o mesmo comprimento axial de fibra
L, os raios que incidem na parede da fibra com ângulos de incidência mais
pequenos, percorrem distâncias maiores.
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P1
α db = 10 log α é negativo para amplificação
P
2
em que P1 e P2 referem-se aos níveis de potência da luz que atravessa as
secções (1) e (2) na figura seguinte. A distância z é normalmente de 1km.
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L L Ln f
t min = = =
vf c c
nf
nc Ln f
sen ϕ c = ⇒ l=
nf nc
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l Ln f Ln 2f
tmax = = =
vf v f nc c.nc
Logo
∆t = tmax − tmin
Ln f n f
= − 1
c nc
∆t nf nf
= − 1
L S .I . c nc
Assim a distorção modal numa fibra óptica do tipo S.I. traduz o valor do
aumento da duração do impulso por unidade de comprimento da fibra.
O alargamento temporal do impulso tem por consequência um alargamento
espacial do impulso que se obtém pela expressão
∆λ = v f ∆t
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α
0 ≤ r ≤ a
r
n(r ) = n f 1 − 2 ∆ n f − nc
a ∆=
nf
n f = [n(r )]max
α = 1 Æ variação triangular
α = 2 Æ variação parabólica ∆ é a variação fraccional de índice
α = ∞ Æ fibra S.I.
As fibras GRIN também possuem ângulo de aceitação uma vez que a refracção
pode não ser suficiente para conter raios que fazem ângulos profundos com o
eixo da fibra.
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∆t nf 2 ∆ nf ∆
= ∆ =
L αGRIN
=2
2 c 2 c
∆t n f n f − nc
=
L S .I . c nc
∆t n 2f ∆n f n f
= ∆ = .
L S .I . nc .c c nc
∆t ∆ ∆t
≈
L αGRIN
=2
2 L S .I .
Factor de melhoria
face à fibra S.I.
∆t ∆ nf ∆
≈
L αGRIN
=2
2 c
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Mesmo que não haja distorção modal, existe sempre alargamento do impulso
porque o índice de refracção do material é dependente do comprimento de onda
da luz, como mostra a figura seguinte.
A luz incidente na fibra com uma certa uma largura de banda, vai propagar-se
com diferentes velocidades (n=c/v) dentro da fibra. Este facto dá origem a
distorção do sinal.
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Se o sinal tiver uma largura de banda ∆ω, então o alargamento nos tempos de
chegada, por unidade de comprimento vem expresso por
( )
δ tL =
d 1
dω vg
.∆ω
d 2k
= .∆ω
dω 2
δ t ( )L
λ d 2n
= − . 2 .∆λ
c dλ
≡ − M .∆λ ⇒ M ps
nm.km
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Note que a curva do gráfico passa por zero para λ=1.27µm. Por isso
escolhendo uma fonte de luz adequada pode reduzir-se a distorção por
dispersão do material.
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c
neff =
vg
neff = n1 sen ϕ
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Para um dado modo, o ângulo entre o raio e o eixo da fibra varia com o
comprimento de onda. Então o percurso dos raios e os respectivos tempos de
percurso para dois comprimentos de onda são diferentes dando origem ao
alragamento do impulso.
2
τ λ d neff
δ( ) = − ∆λ ≡ − M ´∆λ
L c dλ 2
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