Rodrigo Rennó
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Sumário
Ética. ............................................................................................... 3
Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade.............................................. 7
Código de Ética do Servidor Público Federal ................................................. 9
Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013 ..................................................... 29
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 68
Gabarito .......................................................................................... 86
Bibliografia ...................................................................................... 87
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Ética.
1
(Valls, 2008)
costumes e valores mudam. Assim, a ética (ou a moral) não é uma só, algo
universal. É derivada dos valores e costumes de cada sociedade e evolui
com o passar do tempo.
Por fim, de acordo com Sanchez2, “a ética é a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em sociedade". Logo, segundo o autor,
confirma-se a relação da moral com a ética.
Vamos ver uma questão?
2
(Vázquez, 2002)
II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que
são exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade.
A primeira frase está correta, pois tanto a ética quanto a moral estão
ligadas aos costumes e aos comportamentos esperados em uma sociedade.
Já a segunda frase está incorreta, pois a ética não está ligada a este
objetivo de que o indivíduo “realize sua personalidade”. Se cada um fizer o
que “der na telha”, não teremos uma sociedade ética, não é mesmo? Desta
maneira, a terceira frase está certa.
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A última frase está equivocada, pois a ética pode sim ser violada, não
é mesmo? (essa estava de graça...). O gabarito é mesmo a letra B.
3
(Vázquez, 2002)
Vamos ver agora a diferença entre estes dois tipos de ética: a ética
da responsabilidade e a ética da convicção (ou do valor absoluto).
Quem criou estes dois conceitos foi Weber. Para ele, a ética da convicção
adotaria os valores como absolutos.
Desse modo, se temos a vida humana como um valor absoluto, não
poderíamos atentar contra a vida em nenhuma situação. O aborto de fetos
anencéfalos (que nascem sem cérebro), por exemplo, seria um assassinato
para quem se baseia neste tipo de ética.
De acordo com o autor, este tipo de ética seria baseado em valores
inegociáveis, que deveriam ser cegamente observados por todos os
indivíduos. Estes valores seriam observáveis principalmente na religião e
na política (entendida como a defesa de ideologias).
De acordo com Weber4,
"a ética absoluta simplesmente não pergunta quais
as consequências. Esse ponto é decisivo"
Ou seja, neste tipo de ética não podemos “negociar” nossos valores.
Não importa que o resultado de nossas convicções nos resulte em um
cenário catastrófico – teremos de segui-las!
Já a ética da responsabilidade colocaria os valores em um tipo de
hierarquia. Nada seria absoluto. O valor da vida, como qualquer outro, teria
de ser colocado em análise quanto aos outros valores envolvidos no caso
em questão (por exemplo, a vida da mãe).
Tivemos esta discussão há pouco na nossa sociedade, não é verdade?
De um lado estavam as pessoas que acreditam que o aborto nestes casos
não seria aceitável e de outro lado pessoas que pensavam que o melhor
seria preservar a mãe nos casos em que a vida da criança seria impossível.
Assim, a ética da responsabilidade seria preocupada com os
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4
(Weber, 1967)
5
(Weber, 1967)
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da
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Constituição Federal.
Esta parte mostra que o servidor público sempre deve estar atento
aos desvios éticos, mesmo que venham “revestidos” de legalidade. Veja
como o próximo inciso confirma esta noção:
6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm
7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm
Desta forma, não basta ser legal. Deve ser legal e moral ao
mesmo tempo. No entanto, o interesse público e o bem comum são a
finalidade de qualquer ato administrativo.
Por fim, procura-se alcançar o equilíbrio entre a legalidade e a
finalidade com o intuito de gerar a consolidação da moralidade do ato
administrativo praticado.
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta
do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom
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VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da
Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder
corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor
em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra
espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a
ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos
serviços públicos.
PORQUE
finalidade.
c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade,
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.
d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá
omiti-la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode
crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo da opressão, que
Seção II
Dos Principais Deveres do Servidor Público
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais
vantajosa para o bem comum;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se
materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
Passiva.
Estes primeiros incisos são bastante óbvios e por isso mesmo, não
costumam ser muito cobrados.
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu
conhecimento para atendimento do seu mister;
Assim sendo, o servidor deve ser imparcial com todas as pessoas com
quem se relacionar dentro do trabalho (eu sei, é mais fácil falar do que
fazer!).
Estes três últimos itens lidam com desvios penais. Fica tranquilo em
entender ser proibição imputada a servidor, não é mesmo?
quando da prática de seus atos. Dentro dessa linha, ele não poderá obter
qualquer tipo de favorecimento, mesmo que seja pra outra pessoa, em
função do cargo que ocupe.
Da mesma forma, fica proibido utilizar-se de informações
privilegiadas em benefício próprio ou de terceiros, como, por exemplo,
comprar títulos públicos, sabendo que eles terão seus valores aumentados
por atos do governo nos dias seguinte, dando maiores rentabilidades aos
portadores. Assim sendo, o gabarito é questão correta.
CAPÍTULO II
Das Comissões de Ética
XVII - Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos
suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que
considerar passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda
conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra o servidor público,
a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem
recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo ou função pública, desde
que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados administrativos,
qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades associativas
regularmente constituídas.
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes,
com ciência do faltoso.
Decreto 6.029/07
Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com
a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do
Executivo Federal, competindo-lhe:
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública;
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso
à informação como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública;
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de
normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública;
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e
incremento ao desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro.
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal:
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999;
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; e
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder
Executivo Federal.
vinculada ao Presidente da
Esta CEP será composta de sete membros, República, competindo-lhe
todos brasileiros, com idoneidade moral, proceder à revisão das
normas que dispõem sobre
reputação ilibada e notória experiência em conduta ética na
administração pública. Administração Pública
Federal, elaborar e propor a
Os membros serão designados pelo instituição do Código de
Presidente da República, tendo mandatos de três Conduta das Autoridades, no
anos, que não poderão ser coincidentes (será âmbito do Poder Executivo
permitida apenas uma recondução ao cargo). Federal.
Os ministros de Estado
Essa Lei trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos
de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional, conforme
podemos observar abaixo:
demissão.
Estatal.
d)apresenta-se ao trabalho com vestimentas inadequadas.
e) facilita a fiscalização, por quem de direito, de seus atos ou
serviços.
dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que
atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o
seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso”.
o seguinte:
“Art. 2º.
(...)
mister;
a) oportuno e inoportuno.
b) conveniente e inconveniente.
c) honesto e desonesto.
d) público e privado.
e) bom e ruim.
Tribunal. Por isso não se empenha no que faz, realiza suas tarefas
superficialmente e sempre procura fugir do trabalho mais pesado,
alegando problemas de saúde. A atitude desse funcionário é:
desinteresse.
Pessoal, está explícito no código de ética que tratar mal uma pessoa
que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano
moral.
Dessa forma, ele deve agir de modo reto e honesto, inclusive durante
suas férias. O gabarito, portanto, é questão errada.
temporária ou
excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a
qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades
de economia mista, ou em qualquer setor onde
prevaleça o interesse do Estado.”
Penal Brasileiro.
quem a negar.
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II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que são
exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade.
III. As normas éticas são aquelas que prescrevem como o homem deve
agir.
seguintes afirmativas:
PORQUE
é comum e normal e, portanto, não causa dano moral aos usuários dos
serviços públicos e nem mesmo configura atitude contra a ética ou ato de
desumanidade.
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a) oportuno e inoportuno.
b) conveniente e inconveniente.
c) honesto e desonesto.
d) público e privado.
e) bom e ruim.
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Gabarito
1. A 27. A 53. E
2. B 28. E 54. E
3. C 29. E 55. E
4. E 30. D 56. C
5. C 31. B 57. C
6. C 32. D 58. E
7. E 33. B 59. E
8. E 34. C 60. E
9. E 35. E 61. C
10. C 36. D 62. C
11. C 37. D 63. E
12. A 38. D 64. C
13. E 39. C 65. E
14. D 40. E 66. E
15. E 41. C 67. C
16. C 42. E 68. E
17. C 43. C 69. E
18. C 44. E 70. E
19. A 45. C 71. E
20. C 46. C 72. E
21. C 47. E 73. E
22. C 48. E 74. C
23. D 49. C 75. C
24. A 50. C 76. C
25. B 51. E
26. E 52. E
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Bibliografia
Valls, Á. L. (2008). O que é ética (9° Ed. ed.). São Paulo: Brasiliense.
Weber, M. (1967). A Política como Vocação. In: H. Gerth, & o. C.Wright
Mills, Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos.
Rodrigo Rennó
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