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Tema 7: Políticas Públicas em Avaliação: Gasto e

Financiamento

Profª Ma Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes


PARA INÍCO DE CONVERSA
Fagnani (2009), em uma informação
importante para o estudo, aponta que somos
“um país de industrialização tardia, pobre, que
acumula enormes desigualdades e
heterogeneidade social
e afirma que isso impõe “limites objetivos às
fontes de financiamento da política social, uma
vez que nessas condições não é qualquer fonte
que possibilita efeitos redistributivos”. Desta
feita, essa característica de
subdesenvolvimento “impõe enorme
distância...
entre o Brasil e os países industrializados, de
capitalismo maduro, nos quais a maioria da
população está integrada e possui renda para
acessar diretamente no mercado bens e
serviços sociais de que necessita”, apenas “um
contingente populacional relativamente menos
expressivo é considerado
pobre e encontra-se a
margem do mercado”.
Dito isso, em contraposição, no Brasil a
grande maioria da população, segundo o
autor, “não tem condições de comprar com
seu próprio salário e/ou renda, bens e
serviços sociais no mercado”. Muitas pessoas
não tem possibilidade de “pagar um plano
privado de saúde,
por exemplo,
ou de arcar com os custos financeiros de um
programa habitacional regido exclusivamente
pelas leis do mercado”, ressalta Fagnani
(2009, p. 120).
Toda essa conjuntura é base para as
discussões que virão em seguida, pois, em se
tratando da política social a ser avaliada, num
primeiro momento, segundo Fagnani (2009, p.
121),  
“o financiamento e o gasto fornecem indicações
sobre o alcance, os limites e o caráter
redistributivo desta” no plano específico. Para no
próximo momento, no plano geral, “a análise dos
mecanismos de financiamento e gasto refletem as
relações existentes entre a política social avaliada
e a política econômica
geral do governo”.

 
Os indicadores sobre financiamento e gasto
relevantes para a avaliação das políticas
sociais estão, segundo o autor, divididos em
três dimensões, quais sejam: a da direção do
gasto social, a da magnitude do gasto social e
a da natureza das fontes de financiamento.
Continuando
O primeiro indicador sobre a direção do gasto
social indica, segundo o autor, “para onde
foram dirigidos os recursos aplicados em
determinada política ou programa social que
se está avaliando”.
Ele permite obter “conhecimento acerca do tipo
de articulação que existe entre a política pública
estudada e os setores privados, fornecedores de
bens e serviços” e, por fim, também revela
“indícios sobre outros desvios da atuação estatal,
como a utilização dos programas sociais para fins
eleitorais, clientelistas ou
fisiológicos” (FAGNANI,
2009).
Fagnani (2009), afirma que o segundo
indicador “contribui para esclarecer se os
recursos previstos são compatíveis com a
dimensão das carências sociais que são objeto
da intervenção governamental que se está
avaliando”.
e acrescenta que para realizar a avaliação de
tal política “é fundamental que se elaborem
séries históricas de longo prazo e que sejam
utilizadas informações que demonstrem a
evolução do gasto per capita, sua proporção
em relação ao PIB etc.”.
O autor conclui confirmando a importância de
analisar o “desempenho vis-a-vis à amplitude
do problema sobre o qual se pretende atuar”.
No indicador que trata sobre a natureza das
fontes de financiamento das políticas sociais
brasileiras, o autor afirmar que estas são três:
recursos fiscais (impostos e taxas), recursos
autossustentados (FGTS, BNDES, BIRD, BID,
etc) e contribuições sociais...
(salário-educação, as contribuições
previdenciárias, o PIS/Pasep, o Cofins e a
Contribuição Social sobre o Lucro) (FAGNANI,
2009).
Esses indicadores são importantes para que
se perceba a verdade no discurso público. Em
contrapartida, segundo o autor, com
“respostas às perguntas sobre a direção, a
magnitude e a natureza dos mesmos”, fica
fácil para o avaliador revelar onde e em quais
políticas sociais este
recurso foi empregado.
O autor aponta um debate sobre as principais
características do financiamento da política
social no Brasil, no pós-64. Segundo Fagnani
(2009, p. 124),
o padrão desse financiamento “tem como
principal característica a ausência de
articulação positiva entre desenvolvimento
econômico e a equidade social”.
Nele predomina a utilização das fontes de
natureza autossustentáveis (FGTS, BNDES,
BIRD, BID, etc). Segundo Fagnani (2009),
nessa composição do financiamento há uma
“reduzida participação de recursos fiscais”. Isso
se verifica no “conjunto das políticas sociais
implementadas após
1964”.
Vamos Praticar?
É claro que o padrão é esse, mas o autor
revela que existem especificidades setoriais e
as configura em quatro vertentes: i) habitação
e saneamento básico; ii) previdência social,
assistência médica previdenciária e assistência
social; iii) saúde pública, suplementação
alimentar e transporte
público; e iv) política
educacional.
Na vertente de habitação e saneamento
básico, as principais fontes de financiamento
desde a década de 1960 vêm do “FGTS” e das
“receitas orçamentárias estaduais”, mas “é a
cobrança de tarifas aos usuários que garante
o retorno dos investimentos em saneamento
básico”.
Fagnani (2009, p. 125) informa que essas
tarifas são suficientes para devolução dos
“empréstimos efetuados com recursos do
FGTS” e ainda aqueles oriundos “dos
governos estaduais”.
Na vertente de previdência social, assistência
médica previdenciária e assistência social, a
principal fonte de financiamento até o final da
década de 1980 era o Fundo de Previdência e
Assistência Social (FPAS), mas, com a
promulgação da Constituição Federal da
República de 1988,
o Cofins e a Contribuição
Social sobre o Lucro
passam a integrar esse
orçamento.
Finalizando
Um dado interessante sobre a questão de
saúde pública, suplementação alimentar e
transporte público é que no pós-64 os
militares não pensaram em como financiar
essas políticas.
E, portanto, houve um privilégio privatista na
saúde médica, com o mesmo direcionamento
para o setor de suplementação alimentar.
Somente a partir de 1974 foi incorporada à
agenda pública, em razão do grande número
de acidentes, a questão do transporte público
(FAGNANI, 2009).
Na última situação também há um dado
particular interessante, mas diferente, ou seja,
a política educacional é, segundo o autor, um
“setor financiado pelas três esferas de
governo” (FAGNANI, 2009, p. 128).

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