Área de concentração:
Lavra de Mina
Ouro Preto/MG
Julho de 2014.
N972c Nunes, Diego dos Ramos.
Comportamento geotécnico de pilha de estéril formada pelo método de disposição
por correia [manuscrito] / Diego dos Ramos Nunes. – 2014.
111f.: il.; color.; grafs. ; tabs.
CDU: 622.34:624.13
Catalogação: sisbin@sisbin.ufop.br
II
Dedicatória
“Essa é a Maratona, não a maratona, Não são nem 10, 15 ou 21, são sempre
42.195 m nenhum a mais e nenhum a menos, é a corrida de todas as corridas, é a rainha
das distâncias, o sonho de todos os corredores que se dignem de ser corredor. Não é
uma questão de velocidade e sim de voluntariado, resistência e estratégia e que ao
menor erro, pode ser o fim. É a corrida contra a si mesmo, contra o teu corpo, sua mente
e sua sombra. É a prova definitiva de caráter e a temperança, pois irá atravessar em
poucas horas todo o espectro das emoções humanas: ilusão, ansiedade, desespero,
medo, dor, raiva, coragem, orgulho. Não verás o “muro”, porém cedo ou tarde ele estará
ali. É o final perfeito para coroar meses de árduo trabalho e ao mesmo tempo sem saber
se irá chegar. Ninguém se esquece da primeira maratona, tão pouco da segunda, da
terceira, etc., é uma ânsia que existirá sempre, porém é unica e irrepetivelmente sua.”
III
Agradecimento
Ao Prof. Waldyr Lopes que acreditou na minha proposta e que teve paciência ao
longo desse tempo, com minhas idas e vindas, além dos ensinamentos e orientação
transmitidos.
A Dra. Junia Maria Rocha que me ajudou no momento mais crucial dessa pesquisa
e me forneceu um caminho a ser seguido.
Aos amigos Érico Barbosa e Eduardo Baeta que seguraram as “pontas” quando
mais precisei.
A empresa PCM que me ajudou nos testes, principalmente nos ensaios do método
das correias. E todos aqueles que me ajudaram a realizar os testes de DCP, sempre
disponíveis a ir a campo comigo.
IV
Resumo
V
Abstract
Mining transportation and waste disposal generate costs for the company and a
careful analysis of the disposal method used can lead the search for a solution more cost-
effective. But this analysis cannot be only in the economic field, for safety and technical
factors must be considered with the same strictness of economics. If this does not occur
the costs can greatly increase and a safe operation a can be compromised. Currently
three methods of disposal are known: by layer method, bench method, and spreader
method. Each method has its technical and economic particularity, but this research only
the technical factor is addressed. The three methods are examined in the geotechnical
aspect, especially with regard to the resistance of the waste dumps specially built to each
of those methods. The results of both in-situ density and soil resistance, this estimated
using a penetrometer known as DCP, clearly demonstrate the discrepancy between the
methods. Differences in resistance were recorded 40 times lower in the spreader method
compared to the other two traditional methods of disposal.
VI
Índice
Dedicatória ....................................................................................................................................... III
Agradecimento .................................................................................................................................IV
Resumo .............................................................................................................................................. V
Abstract .............................................................................................................................................VI
Índice ............................................................................................................................................... VII
Lista de Tabelas ..............................................................................................................................IX
Lista de Figuras ................................................................................................................................ X
1. Introdução .................................................................................................................................. 13
1.1 - Considerações iniciais ................................................................................................... 13
1.2 - Objetivos .......................................................................................................................... 14
1.3 - Organização da Dissertação ........................................................................................ 14
2. Revisão Bibliográfica ................................................................................................................. 16
2.1. Considerações gerais sobre seleção de alternativas e projeto de depósitos de
estéril ............................................................................................................................................. 16
2.2. Método construtivo de depósito de estéril em camadas ............................................ 18
2.3. Método construtivo de Pilha por bancos ou ponta de aterro ..................................... 19
2.4. Método Construtivo de Pilha com correias ................................................................... 21
2.5. Modos de disposição por correia ................................................................................... 22
2.5.1. Operação por bloco (Block Operation): ................................................................. 22
2.5.2. Bloco de bancada (Bench Block)............................................................................ 22
2.5.3. Operação por Face (Face Operation) .................................................................... 23
2.6. Modos de construção de depósitos de estéril por correia ......................................... 23
2.7. Estabilidade Geotécnica das pilhas construídas por correia (problemas) .............. 25
2.8. Ações práticas de contenção dos problemas de estabilidade .................................. 26
2.8.1. Medida A ..................................................................................................................... 26
2.8.2. Medida B ..................................................................................................................... 26
2.8.3. Medida C..................................................................................................................... 27
2.8.4. Medida D..................................................................................................................... 27
2.8.5. Medida E ..................................................................................................................... 28
2.8.6. Medida F ..................................................................................................................... 28
2.8.7. Medida G .................................................................................................................... 28
2.8.8. Medida H..................................................................................................................... 28
2.8.9. Medida I ...................................................................................................................... 29
2.8.10. Medida K ................................................................................................................. 29
2.8.11. Medida L.................................................................................................................. 30
2.9. Compactação dos solos .................................................................................................. 30
2.9.1. Resistência ao cisalhamento do solo compactado .............................................. 31
2.9.2. Compressibilidade ..................................................................................................... 32
2.9.3. Permeabilidade .......................................................................................................... 34
2.10. Pluviação no Ar ............................................................................................................. 35
2.11. Comparação entre os métodos construtivos ............................................................ 37
3. Materiais e Métodos ................................................................................................................... 38
3.1. Materiais ............................................................................................................................. 38
3.1.1. Caracterização do estéril ............................................................................................. 38
3.2. Métodos.............................................................................................................................. 42
3.2.1. Visita a Instalações de Spreader na Austrália ......................................................... 42
3.2.2. Ensaio de densidade in situ ........................................................................................ 46
3.2.3. Ensaio de resistência (DCP) ....................................................................................... 48
VII
3.2.4. Ensaio de teor de umidade.......................................................................................... 50
3.3. Formação de Pilha pelo método de correia ................................................................. 51
3.3.1. Arranjo experimental .................................................................................................... 51
3.3.2. Programa (ou campanha) experimental .................................................................... 55
3.4. Formação de depósito de estéril pelo método de bancadas ou Ponta de aterro .. 67
3.5. Formação de depósito de estéril pelo método em camada ....................................... 73
4. Discussão dos Resultados .......................................................................................................... 78
4.1. Método de empilhamento por correia............................................................................ 78
4.1.1. Resultados do primeiro dia .......................................................................................... 78
4.1.2. Resultados do Segundo dia ........................................................................................ 80
4.1.3. Resultados do Terceiro dia.......................................................................................... 82
4.1.4. Comparação e conclusão parcial do método por correia ....................................... 87
4.2. Método de empilhamento por bancada ........................................................................ 90
4.3. Método de empilhamento por camada.......................................................................... 96
4.4. Comparação entre os métodos de empilhamento pelos resultados de ensaio de
umidade ...................................................................................................................................... 102
4.5. Comparação entre os métodos de empilhamento pelos resultados de densidade
in situ 102
4.6. Comparação entre os métodos de empilhamento pelos resultados de ensaio DCP
104
5. Conclusões e Recomendações ................................................................................................. 106
5.1. Conclusão ........................................................................................................................ 106
5.2. Recomendações ............................................................................................................. 107
6. Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 109
VIII
Lista de Tabelas
Tabela 2-1 – Resumo comparativo entre os métodos construtivos. ....................................................... 37
Tabela 3-1 - Resultado químico da amostra........................................................................................... 40
Tabela 4-1 – Resultado dos ensaios de umidade do primeiro dia de teste. ............................................ 78
Tabela 4-2 – Resultado dos ensaios de densidade do primeiro dia de teste. .......................................... 78
Tabela 4-3 – Primeiro dia de ensaio de DCP ......................................................................................... 79
Tabela 4-4 - Segundo dia de ensaio de umidade. ................................................................................... 80
Tabela 4-5 - Segundo dia de ensaio de densidade. ................................................................................ 80
Tabela 4-6- Segundo dia de ensaio de DCP. .......................................................................................... 81
Tabela 4-7 - Resultado dos ensaios de densidade do terceiro dia de teste. ............................................ 82
Tabela 4-8 – Terceiro dia de ensaio de DCP ......................................................................................... 83
Tabela 4-9 – Comparação de casos para testar a justificativa de duas populações. .............................. 87
Tabela 4-10 – Comparação de casos para testar a justificativa de confinamento. ................................. 89
Tabela 4-11 – Teor de umidade na seção 1. ........................................................................................... 90
Tabela 4-12 - Teor de umidade na seção 2 ............................................................................................ 90
Tabela 4-13 – Resumo das densidades dos ensaios na seção 1. ............................................................ 91
Tabela 4-14 - Resumo das densidades dos ensaios na seção 2. ............................................................. 91
Tabela 4-15 – Valores de DCP no método de bancada na seção . ......................................................... 94
Tabela 4-16 – Valores de DCP no método de bancada na seção 2. ....................................................... 94
Tabela 4-17 – Teor de umidade na seção 1. ........................................................................................... 97
Tabela 4-18 - Teor de umidade na seção 2. ........................................................................................... 97
Tabela 4-19 – Resumo das densidades dos ensaios na seção 1. ............................................................ 98
Tabela 4-20 - Resumo das densidades dos ensaios na seção 2. ............................................................. 98
Tabela 4-21 – Valores de DCP no método de camada na seção 1. ...................................................... 100
Tabela 4-22 - Valores de DCP no método de camada na seção 2. ...................................................... 101
IX
Lista de Figuras
Figura 2-1 Visão esquemática dos montes formados pela disposição em camadas. ............................. 18
Figura 2-2 Trator quebrando o material e formando a camada. ............................................................. 19
Figura 2-3 – desenho esquemático da disposição por banco ou em ponta de aterro. ............................ 19
Figura 2-4 – Avanço do banco da pilha de estéril no método por ponta de aterro, (Oliveira Filho,
2010). ..................................................................................................................................................... 20
Figura 2-5 - Retaludamento da face do banco em conformação ao projeto geotécnico da pilha. ......... 21
Figura 2-6 - Diagrama mostrando a disposição do estéril pelo Spreader. (Samarco,2010). .................. 21
Figura 2-7 – Método de operação por bloco. (Samarco,2010). ............................................................. 22
Figura 2-8 – Método de bancada por blocos (Samarco,2010). .............................................................. 23
Figura 2-9 – Método de operação por face (Samarco,2010). ................................................................ 23
Figura 2-10– Diagrama mostrando o método paralelo. ......................................................................... 24
Figura 2-11– Diagrama mostrando o método operação angulada. ........................................................ 24
Figura 2-12– Medida A: divisão do banco em sub-bancos (Samarco,2010). ........................................ 26
Figura 2-13– Medida B: Contrapilhamento (Samarco,2010). ............................................................... 27
Figura 2-14– Medida C: Pré-disposição com equipamento auxiliar (Samarco,2010). .......................... 27
Figura 2-15 – Medida D: cordão de material estável (Samarco,2010). ................................................. 27
Figura 2-16 – Medida E – cordão estável com auxilio de um equipamento (Samarco,2010). .............. 28
Figura 2-17 – Medida F: Aterro por etapas (Samarco,2010). ................................................................ 28
Figura 2-18 – Medida G: Operação com auxílio de um trator (Samarco,2010). ................................... 28
Figura 2-19 – Medida H: Modo de operação por bloco. (Samarco,2010). ............................................ 29
Figura 2-20 – Medida I: Operação com superfície horizontalizada (Samarco,2010). ........................... 29
Figura 2-21 – Medida K: Direção do avanço da disposição oposta ao mergulho do material de base
(Samarco,2010). ..................................................................................................................................... 30
Figura 2-22 – Medida L: Remoção da camada menos competente da fundação (Samarco,2010). ....... 30
Figura 2-23 – Bulbo de tensões que descreve o comportamento da carga P em profundidade ............. 33
Figura 2-24 – Comparativo da zona sujeita a compactação pelo equipamento e a zona que só se
densifica por peso próprio (altura de estéril). Modelo válido para os métodos de bancada e de
correia..................................................................................................................................................... 33
Figura 2-25 – Comparativo da zona sujeita a compactação pelo equipamento e a zona que só se
densifica por peso próprio (altura de estéril). Modelo válido para os métodos de camada. .................. 34
Figura 2-26 - Variação da densidade relativa com a vazão, dados experimentais, (Oliveira Filho,
1987). ..................................................................................................................................................... 35
Figura 2-27 – Pluviação: menor espalhamento do material com uma vazão mais baixa. ..................... 36
Figura 2-28 – Pluviação: maior espalhamento do material com vazão mais alta .................................. 36
Figura 2-29 – Curvas típicas de tensão- deformação para areias fofas e compactas (Oliveira Filho,
1987) ...................................................................................................................................................... 37
Figura 3-1 – Frente de estéril de onde foram retirados os materiais para construção dos depósitos
testes. ...................................................................................................................................................... 38
Figura 3-2 – Curvas granulométricas do estéril obtida a partir de amostras dos depósitos testes. ........ 39
Figura 3-3 Fotomicrografia da amostra MAGNÉTICO:, (1) hematita martítica com inclusões de
quartzo, aumento de 8 x luz refletida. .................................................................................................... 41
Figura 3-4 - Fotomicrografia da amostra NÃO MAGNÉTICO: (1) hematita martítica com inclusão
de quartzo; (2) associação de hematita martítica e goethita; (3) goethita terrosa (lama). Aumento de
8 x luz refletida. ..................................................................................................................................... 42
Figura 3-5 – Dimensões da pilha de estéril de Loy Yang ...................................................................... 43
Figura 3-6 – Visão geral do Spreader TS5. ............................................................................................ 44
Figura 3-7 - Vista do estéril de pior qualidade sendo encapsulado pelo de melhor qualidade
Geotécnica. ............................................................................................................................................. 45
Figura 3-8 - Matérial argiloso, rebatido e compactado pelo trator. ....................................................... 45
X
Figura 3-9 – Afastamento de 50 m do equipamento da crista do talude. ............................................... 46
Figura 3-10 - Gabarito para realização do teste de densidade aparente. ................................................ 47
Figura 3-11 – Cava de densidade 40 cm x 40 cm x 40 cm. ................................................................... 47
Figura 3-12 – Preenchimento da cava com água para densidade. ......................................................... 48
Figura 3-13 – Material retirado da cava de densidade acondicionado em sacos plástico para
pesagem. ................................................................................................................................................. 48
Figura 3-14 – Realização do ensaio DCP na superfície. ........................................................................ 49
Figura 3-15 – Aspecto da cava pronta para a realização do ensaio de DCP. ......................................... 50
Figura 3-16 – Realização dos ensaios DCP dentro da cava para ensaio da densidade. ......................... 50
Figura 3-17 Coleta de amostra para teste de umidade. .......................................................................... 51
Figura 3-18 – Sistema esquemático do sistema de britagem utilizado para formar a pilha de correia. . 52
Figura 3-19 - Sistema de Britagem utilizado para formar a pilha por correia. ...................................... 52
Figura 3-20 – Material utilizado para realizar a pilha por correia transportadora. ................................ 53
Figura 3-21 - Silo de alimentação da correia. ........................................................................................ 53
Figura 3-22 – Divisor de fluxo da peneira para as correias. .................................................................. 54
Figura 3-23 - As duas correias formadoras das pilhas. .......................................................................... 54
Figura 3-24 - Pilhas sendo formadas...................................................................................................... 55
Figura 3-25 – Diagrama da superposição das duas pilhas formadas. .................................................... 55
Figura 3-26 - Altura de queda do material 3,75 m. ................................................................................ 56
Figura 3-27 - Seção esquemática das pilhas. ......................................................................................... 57
Figura 3-28 – Foto das pilhas prontas .................................................................................................... 57
Figura 3-29 - Seção vertical da unificação das duas pilhas. .................................................................. 58
Figura 3-30 – Platô para a realização dos ensaios de densidade e DCP. ............................................... 58
Figura 3-31 - Seção vertical das "cavas" para o teste da densidade in situ. ........................................... 59
Figura 3-32 - Desenho esquemático representando a pilha construída. ................................................. 60
Figura 3-33 - Desenho esquemático representando o platô para realização dos ensaios de DCP e
densidade. ............................................................................................................................................... 60
Figura 3-34 - Pilha única construída com a massa total da amostra. ..................................................... 61
Figura 3-35 – Platô formado para realizar os ensaios de DCP e Densidade. ......................................... 62
Figura 3-36 – Ensaio de DCP dentro da cava do ensaio de densidade (PCV 13 e PCV 14). ................ 62
Figura 3-37 – Placa de aço (71 cm x 40 cm) utilizada para confinar o material. .................................. 63
Figura 3-38 – Descrição da pilha construída. ........................................................................................ 63
Figura 3-39 – Descrição da pilha com o platô na cota 1 ........................................................................ 64
Figura 3-40 – Descrição da pilha com o platô na cota 2. ....................................................................... 64
Figura 3-41 – Pilha formada no terceiro dia de testes............................................................................ 65
Figura 3-42 – Platô na cota 1. ................................................................................................................ 65
Figura 3-43 – Utilização da placa de confinamento com uma carga de 169 Kg. .................................. 66
Figura 3-44 – Ensaios realizado no platô da cota 2. .............................................................................. 66
Figura 3-45 – Localização geográfico do depósito de estéril de João Manoel.. .................................... 67
Figura 3-46 - Localização geográfica dos dois testes realizados na pilha de estéril João Manoel. ....... 68
Figura 3-47 – Trator trabalhando em ponta de aterro para preparar a área do teste. ............................. 68
Figura 3-48 – Local do teste em ponta de aterro.................................................................................... 69
Figura 3-49 – Dimensão e geometria da cava aberta para realização dos ensaios................................. 69
Figura 3-50 – Secção em perfil dos platôs onde foram realizados os ensaios. ...................................... 70
Figura 3-51 - - Visão dos platôs abertos para realização dos ensaios. ................................................... 70
Figura 3-52 – Localização em planta os ensaios de DCP e densidade. ................................................. 71
Figura 3-53 – – Localização dos ensaios de densidade in situ e de coleta de amostras
granulométricas. ..................................................................................................................................... 71
Figura 3-54 -Diagrama em perfil dos ensaios DCP. .............................................................................. 72
Figura 3-55 – Realização dos ensaios de DCP nos banco abertos ......................................................... 72
Figura 3-56 – Caminhão dispondo estéril no método de camadas. ....................................................... 73
Figura 3-57 – Pilhas de material dispostos pelos caminhões no método de camadas. .......................... 74
XI
Figura 3-58 – Praça onde as pilhas foram quebradas e niveladas pelo trator. ....................................... 74
Figura 3-59 – Dimensão da cava e platô para os ensaios de densidade e DCP no método por
camadas. ................................................................................................................................................. 75
Figura 3-60 – Cava do método de camadas. .......................................................................................... 75
Figura 3-61 – Seção vertical com as dimensões dos platôs e suas respectivas cotas. ........................... 76
Figura 3-62 – Localização das cavas dos ensaios de densidade in situ. ................................................ 76
Figura 3-63 – Localização dos ensaios de DCP dentro e fora das cavas de densidade in situ. ............. 77
Figura 4-1– Curvas de penetração dos ensaios DCP no primeiro dia. ................................................... 79
Figura 4-2– Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do primeiro dia ............................. 80
Figura 4-3 - Curvas de penetração dos ensaios DCP no segundo dia. ................................................... 81
Figura 4-4 - Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do segundo dia ............................. 82
Figura 4-5 - Curvas de penetração dos ensaios DCP no terceiro dia. .................................................... 83
Figura 4-6 - Distribuição normal de Gauss de todos os resultados de DCP do terceiro dia .................. 84
Figura 4-7 - Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do terceiro dia, platô 1 ................. 85
Figura 4-8 - Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do terceiro dia, platô 1, dentro da
cava dos ensaios de densidade in situ. ................................................................................................... 86
Figura 4-9 Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do terceiro dia, platô 2 .................... 86
Figura 4-10 – Textura do material dentro da cava do ensaio de densidade ........................................... 88
Figura 4-11 - Acréscimo do confinamento lateral em função do segundo platô ................................... 88
Figura 4-12 – Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP para casos combinados:
segundo dia + terceiro dia – platô 1- cava+ terceiro dia – platô 2 ......................................................... 89
Figura 4-13 - Perfis de teor de umidade no depósito teste de empilhamento por bancada .................... 91
Figura 4-14 - Perfis de densidade in situ no depósito teste de empilhamento por bancada. .................. 92
Figura 4-15 – Gráfico dos resultados dos ensaios do método ponta de aterro....................................... 93
Figura 4-16 - – Perfis de DCP no método de bancada. .......................................................................... 95
Figura 4-17 - Perfis de teor de umidade no depósito teste de empilhamento por camada..................... 96
Figura 4-18 - Perfis de densidade in situ obtidos em ensaios no depósito teste de empilhamento por
camada ................................................................................................................................................... 97
Figura 4-19 - Gráfico dos resultados dos ensaios do método em camadas............................................ 99
Figura 4-20 - Perfis de DCP no método de camada. ............................................................................ 101
Figura 4-21 – Comportamento da umidade em profundidade por método construtivo. ...................... 102
Figura 4-22 – Comparativo das densidades total in situ pelos três métodos de disposição. ................ 103
Figura 4-23 – Gráfico comparativo da taxa de penetração entre o método de camadas e banco. ....... 104
Figura 4-24 - Gráfico comparativo da taxa de penetração entre os três métodos de disposição ......... 105
XII
1. Introdução
1.1 - Considerações iniciais
13
operações, a literatura técnica é bastante limitada, dificultando o melhor
entendimento do método e suas possibilidades de aplicação.
1.2 - Objetivos
14
O capítulo 4 é utilizado para apresentar os resultados dos ensaios nas
pilhas testes constituídos por medidas de densidade e o de resistência, e onde
também são interpretados e discutidos de modo a diferenciar os métodos
construtivos.
15
2. Revisão Bibliográfica
Neste capítulo são apresentados os três diferentes métodos construtivos
das pilhas de estéril e suas diferenças. Além dos principais fatores que podem
ser alterados por eles.
Configuração da pilha;
Inclinação do talude de fundação e grau de confinamento;
Tipo de fundação;
Qualidade do material da pilha;
Método de construção;
Condições piezométricas e climáticas;
Taxa de disposição;
Sismicidade.
Favorável
o Bancos ou camadas não muito espessos (<25 m de
espessura), plataformas largas;
16
o Disposição ao longo das curvas de nível;
o Construção ascendente;
o Contrapilhamento ou terraços.
Médio
o Bancos ou bancadas moderadamente espessas (25 m - 50 m);
o Método misto de construção.
Desfavorável
o Bancos ou camadas muito espessas (>50 m), plataforma
estreita (aterro em forma de pontões);
o Disposição abaixo da linha de queda do talude (crista);
o Construção descendente.
Baixa
o < 25 m3/banco por metro linear de crista por dia;
o Taxa de avanço da crista < 0.1 m por dia.
Moderada
o 25 – 200 m3/ banco por metro linear de crista por dia;
o Taxa de avanço da crista na faixa de 0.1 m – 1.0 m por
dia.
Alta
o > 200 m3/ banco por metro linear de crista por dia;
o Taxa de avanço da crista > 1.0 m por dia.
17
- Drenagens de fundo;
- Drenagem superficial;
- Parâmetros de estabilidade;
Figura 2-1 Visão esquemática dos montes formados pela disposição em camadas.
19
Figura 2-4 – Avanço do banco da pilha de estéril no método por ponta de aterro,
(Oliveira Filho, 2010).
20
Figura 2-5 - Retaludamento da face do banco em conformação ao projeto geotécnico da
pilha.
21
de construção, que está ligado ao planejamento da construção da pilha de
estéril.
22
Figura 2-8 – Método de bancada por blocos (Samarco,2010).
- Deslizamento.
25
- Direção do avanço na direção do mergulho da base.
2.8.1. Medida A
2.8.2. Medida B
26
Essa ação consiste na estabilização do ângulo de disposição através do
contrapilhamento. Na pilha 1 o ângulo α é maior que o ângulo β da pilha 2. Ver
Figura 2-13.
2.8.3. Medida C
2.8.4. Medida D
27
2.8.5. Medida E
2.8.6. Medida F
2.8.7. Medida G
2.8.8. Medida H
28
Figura 2-19 – Medida H: Modo de operação por bloco. (Samarco,2010).
2.8.9. Medida I
2.8.10. Medida K
29
Figura 2-21 – Medida K: Direção do avanço da disposição oposta ao mergulho do
material de base (Samarco,2010).
2.8.11. Medida L
30
Pelo fato de não ser compactado, a estabilidade do depósito não é
facilmente garantida. Vale, pois aprofundar um pouco sobre o tema da
compactação ou a falta dela na construção dos depósitos. .
31
na verdade é uma sub-compactação, que afeta apenas superficialmente o solo
e com cobertura bastante variável e errática. Dependendo do método utilizado
para o empilhamento do estéril, essa sub-compactação pode ser melhorada ou
não.
2.9.2. Compressibilidade
32
Figura 2-23 – Bulbo de tensões que descreve o comportamento da carga P em
profundidade
33
Já no método por camada, onde os bancos são construídos com
camadas de 1,50 m, a zona afetada pelo bulbo de tensões é mais expressiva
na camada e, portanto no banco. Mesmo assim haverá espaços sub-
compactados no depósito formado. A figura 2-25 ilustra esses aspectos.
2.9.3. Permeabilidade
34
tradicionais (bancada e camadas), mas no método de disposição por correia
transportadora a pluviação aérea em geral aumenta o índice de vazios, e como
consequência deve se esperar permeabilidades mais altas
2.10. Pluviação no Ar
35
Figura 2-27 – Pluviação: menor espalhamento do material com uma vazão mais baixa.
Figura 2-28 – Pluviação: maior espalhamento do material com vazão mais alta
36
Figura 2-29 – Curvas típicas de tensão- deformação para areias fofas e compactas
(Oliveira Filho, 1987)
37
3. Materiais e Métodos
Esse capítulo descreve os materiais e métodos utilizados para a
construção dos três depósitos de estéril experimentais, uma para cada método
de construção: bancada, camada, e correia. pilha experimental por correia e
realizar os testes de densidade e DCP .Obviamente a comparação com os
métodos convencionais foram inevitáveis, logo duas outras pilhas foram
construídas representando o método de bancos e camadas. A descrição dos
métodos e materiais também estão descritos aqui.
3.1. Materiais
Figura 3-1 – Frente de estéril de onde foram retirados os materiais para construção dos
depósitos testes.
38
Da amostra retirada na mina, foi separada uma parte do material,
através de quarteamento, para realizar a caracterização física e química.
Classificação granulométrica
Figura 3-2 – Curvas granulométricas do estéril obtida a partir de amostras dos depósitos
testes.
39
Análise Química
40
Densidade das particulas sólidas
Análise Mineralógica
41
3
1
Figura 3-4 - Fotomicrografia da amostra NÃO MAGNÉTICO: (1) hematita martítica
com inclusão de quartzo; (2) associação de hematita martítica e goethita; (3) goethita
terrosa (lama). Aumento de 8 x luz refletida.
3.2. Métodos
42
Figura 3-5 – Dimensões da pilha de estéril de Loy Yang
Peso: 2.100 t
Peso: 1.863 t
43
Figura 3-6 – Visão geral do Spreader TS5.
44
Figura 3-7 - Vista do estéril de pior qualidade sendo encapsulado pelo de melhor
qualidade Geotécnica.
45
50 m
46
Figura 3-10 - Gabarito para realização do teste de densidade aparente.
47
Figura 3-12 – Preenchimento da cava com água para densidade.
48
O equipamento constituiu basicamente de duas hastes na vertical e uma
régua milimetrada para a leitura da penetração. O peso de 8 Kg é solto em
queda livre, golpeando a haste inferior, penetrando-a no solo. Esse
deslocamento é medido como a penetração no solo. O equipamento é o
mesmo usado por RESENDE (2013) e RESENDE et AL.(2013), que fazem
uma apresentação completa sobre o DCP e mostram sua aplicação em
controle de compactação de camadas de aterro em barragens de rejeito.
49
Figura 3-15 – Aspecto da cava pronta para a realização do ensaio de DCP.
Figura 3-16 – Realização dos ensaios DCP dentro da cava para ensaio da densidade.
50
Os ensaios de teor de umidade tiveram o objetivo determinar a
densidade seca in situ, além de permitir a verificação se a umidade em
profundidade se altera e se esse fator modifica a resistência do material com
relação a cada método de disposição.
Construir um depósito de estéril por correia foi a etapa mais difícil dos
trabalhos de campo, já que não existe na região um depósito formado usando
esse método de disposição. Várias alternativas foram pensadas, porém a mais
factível foi utilizar o sistema de britagem de uma planta piloto e fazer as
adaptações necessárias.
51
Figura 3-18 – Sistema esquemático do sistema de britagem utilizado para formar a pilha
de correia.
Figura 3-19 - Sistema de Britagem utilizado para formar a pilha por correia.
52
Figura 3-20 – Material utilizado para realizar a pilha por correia transportadora.
53
Figura 3-22 – Divisor de fluxo da peneira para as correias.
54
Figura 3-24 - Pilhas sendo formadas.
Primeiro dia
55
Com a criação das duas pilhas, dois pontos de descarga simultânea,
foram formados, servindo de referência para os ensaios de DCP. A altura de
queda máxima foi de 3.75 m (inicial) e o tempo de duração foi de 36 min. Ao
final, as pilhas formadas chegaram a altura de 1,65 m na pilha 1 e 2,05 m na
pilha 2. As Figuras 3-26 e 3-27 mostram detalhes do arranjo experimental e a
Figura 3-28, as pilhas formadas.
56
Figura 3-27 - Seção esquemática das pilhas.
57
Figura 3-29 - Seção vertical da unificação das duas pilhas.
58
Figura 3-31 - Seção vertical das "cavas" para o teste da densidade in situ.
Segundo dia
59
Figura 3-32 - Desenho esquemático representando a pilha construída.
.
Figura 3-33 - Desenho esquemático representando o platô para realização dos ensaios
de DCP e densidade.
60
Figura 3-34 - Pilha única construída com a massa total da amostra.
61
Figura 3-35 – Platô formado para realizar os ensaios de DCP e Densidade.
Figura 3-36 – Ensaio de DCP dentro da cava do ensaio de densidade (PCV 13 e PCV
14).
Terceiro dia
No último dia de teste foi formada apenas uma pilha com toda a
amostra, porém algumas diferenças foram feitas. Foram construídos dois
platôs com cotas diferentes e utilizado uma placa de aço (71 cm x 40 cm) com
um furo no centro para simular o confinamento do material disposto para os
primeiros golpes do DCP (ensaios na superfície). Ver detalhes da placa na
Figura 3-37 e do arranjo experimental nas figuras de 3-38 a 3-42.
62
Figura 3-37 – Placa de aço (71 cm x 40 cm) utilizada para confinar o material.
63
Figura 3-39 – Descrição da pilha com o platô na cota 1
64
Figura 3-41 – Pilha formada no terceiro dia de testes
65
Figura 3-43 – Utilização da placa de confinamento com uma carga de 169 Kg.
66
3.4. Formação de depósito de estéril pelo método de bancadas ou
Ponta de aterro
67
Local Teste Bancada
Local Teste Camada
Figura 3-46 - Localização geográfica dos dois testes realizados na pilha de estéril João
Manoel.
Figura 3-47 – Trator trabalhando em ponta de aterro para preparar a área do teste.
68
Figura 3-48 – Local do teste em ponta de aterro.
Figura 3-49 – Dimensão e geometria da cava aberta para realização dos ensaios.
69
Figura 3-50 – Secção em perfil dos platôs onde foram realizados os ensaios.
Figura 3-51 - - Visão dos platôs abertos para realização dos ensaios.
70
Figura 3-52 – Localização em planta os ensaios de DCP e densidade.
71
Figura 3-54 -Diagrama em perfil dos ensaios DCP.
72
3.5. Formação de depósito de estéril pelo método em camada
73
Figura 3-57 – Pilhas de material dispostos pelos caminhões no método de camadas.
Figura 3-58 – Praça onde as pilhas foram quebradas e niveladas pelo trator.
74
Figura 3-59 – Dimensão da cava e platô para os ensaios de densidade e DCP no método
por camadas.
75
Figura 3-61 – Seção vertical com as dimensões dos platôs e suas respectivas cotas.
76
Figura 3-63 – Localização dos ensaios de DCP dentro e fora das cavas de densidade in
situ.
77
4. Discussão dos Resultados
78
após o arrasamento das pilhas, três deles na pilha 1 (final “a” na identificação)
e os outros quatro na pilha 2(final “b” na identificação) .
79
3
Dist. Pop.1
Dist. Geral
2
Frequência
100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
DCP (mm/golpe)
Figura 4-2– Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do primeiro dia
Média 2.09
80
Figura 4-3 - Curvas de penetração dos ensaios DCP no segundo dia.
Distr. Pop.1
Dist. Geral
Frequência
200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
DCP (mm/golpe)
Figura 4-4 - Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do segundo dia
82
Figura 4-5 - Curvas de penetração dos ensaios DCP no terceiro dia.
83
PCV 35 421.0
PCV 36 892.0
PCV 37 777.0
PCV 38 303.0
PCV 39 420.0
PCV 40 353.5
PCV 41 394.5
PCV 42 389.5
PCV 43 945.0
PCV 44 630.0
PCV 45 302.0
PCV 46 251.0
PCV 47 430.0
PCV 48 308.0
PCV 49 369.0
PCV 50 354.0
12
Dist. Pop. 1
11 Dist. Pop. 2
10 Dist. Geral
9
Frequência
200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
DCP (mm/golpe)
Figura 4-6 - Distribuição normal de Gauss de todos os resultados de DCP do terceiro
dia
84
PVC29) a média iria para DCP=880 (CV=11%). Caso os “outliers” sejam
considerados outra população, esta seria com DCP médio 343 (CV=8%). A
Figura 4-7 mostra a distribuição dos resultados de DCP para o platô 1.
4
Dist. Pop. 1
Dist. Geral
3
Frequência
300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200
DCP (mm/golpe)
Figura 4-7 - Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do terceiro dia, platô
1
85
4
Dist. Pop. 1
3 Dist. Pop. 2
Dist. Geral
Frequência
200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
DCP (mm/golpe)
Figura 4-8 - Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do terceiro dia, platô
1, dentro da cava dos ensaios de densidade in situ.
6
Dist. Pop.1
Dist. Geral
5
Frequência
200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
DCP (mm/golpe)
Figura 4-9 Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP do terceiro dia, platô 2
86
4.1.4. Comparação e conclusão parcial do método por correia
A análise dos resultados do ensaio DCP é bem mais complexa. Nos três
dias de ensaio houve variações na forma de construir a pilha ou de como
realizar os ensaios, além da quantidade de cada série. Alguns fatores que
poderiam ter influência nos resultados podem ser citados: altura de queda,
velocidade (vazão) de formação das pilhas, confinamento lateral, e presença
aleatória de pedregulhos e fragmentos (dificultam a penetração do DCP).
Dos fatores acima, a altura de queda e a vazão não puderam ser muito
exploradas pela pequena variação delas nos arranjos experimentais
executados. Assim sobram para explicar os resultados a granulometria e o
confinamento.
DCP médio (Coef. No. Residual DCP médio (Coef. No. Residual
Variação) (%) Variação) (%)
87
Figura 4-10 – Textura do material dentro da cava do ensaio de densidade
88
Tabela 4-10 – Comparação de casos para testar a justificativa de confinamento.
Dist. Pop. 1
17
Dist. Pop. 2
16
15
Dist. Geral
14
13
12
11
10
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100
Figura 4-12 – Distribuição normal de Gauss dos resultados de DCP para casos
combinados: segundo dia + terceiro dia – platô 1- cava+ terceiro dia – platô 2
89
4.2. Método de empilhamento por bancada
90
Teor de Umidade (%)
0 4 8 12 16 20
100
Profundidade (cm)
200
300
Seção 1
Seção 2
400
Figura 4-13 - Perfis de teor de umidade no depósito teste de empilhamento por bancada
91
Densidade in situ
1.6 1.8 2 2.2 2.4 2.6 2.8 3
100
Profundidade (cm)
200
300
92
Figura 4-15 – Gráfico dos resultados dos ensaios do método ponta de aterro.
93
Cada ensaios de DCP foi representado em forma gráfica a fim de obter a
equação da curva de cada ensaio:
94
PAT 06 furo_2 25.6 275.0
PAT 06 furo_3 46.6 273.8
PAT 06 superficie 12.4 270.0
PAT 06 superficie_1 31.1 232.7
PAT 07 furo 45.9 365.3
PAT 07 furo_1 38.1 365.0
PAT 07 furo_2 42.1 363.8
PAT 07 superficie 50.4 323.6
PAT 07 superficie_1 22.5 322.4
PAT 08 furo 40.3 362.3
PAT 08 furo_1 45.3 365.4
PAT 08 furo_2 25.7 364.4
PAT 08 furo_3 45.3 364.7
PAT 08 superficie 36.2 326.6
PAT 08 superficie_1 42.7 326.5
95
Um olhar mais de detalhe nos resultados mostra na seção 1 valores de
DCP dentro da cava são em média menores (maior resistência) do que os que
foram executados na superfície. Para a seção 2 esse fato não aparece. No
comparativo da seção 1 com a 2, os valores da seção 1 são menores,
demonstrando consistência com o já observado no perfil de densidades.
100
Profundidade (cm)
200
300
400
Seção 1
Seção 2
500
96
Tabela 4-17 – Teor de umidade na seção 1.
Teor de Umidade Camada na Seção 1 (%) Profundidade (cm)
PCA01 13.4% 26
PCA02 12.8% 148
PCA03 11.2% 286
PCA04 8.6% 385
Densidade in situ
1.6 1.8 2 2.2 2.4 2.6
100
Profundidade (cm)
400
500
Figura 4-18 - Perfis de densidade in situ obtidos em ensaios no depósito teste de
empilhamento por camada
97
Tabela 4-19 – Resumo das densidades dos ensaios na seção 1.
Densidade Camada na Seção 1 (g/cm3) Profundidade (cm)
PCA01 1.95 25
PCA02 2.17 158
PCA03 2.44 307
PCA04 2.32 410
98
Figura 4-19 - Gráfico dos resultados dos ensaios do método em camadas.
99
Tabela 4-21 – Valores de DCP no método de camada na seção 1.
DCP Camada Seção 1
Ensaio DCP (mm/golpe) Profundidade (cm)
PCA 01 furo 49.8 34.2
PCA 01 furo1 49.4 35.5
PCA 01 furo2 53.6 35.5
PCA 01 furo3 37.5 37.7
PCA 01 superficie 16.9 5.5
PCA 01 superficie1 19.0 6.2
PCA 01 superficie2 14.5 5.8
PCA 01 superficie3 22.2 8.4
PCA 01 superficie4 14.7 8.5
PCA 01 superficie5 13.4 10.2
PCA 02 furo 4.7 172
PCA 02 furo1 4.6 173.3
PCA 02 furo2 4.2 173.6
PCA 02 superficie 10.8 131.9
PCA 02 superficie1 6.8 134.3
PCA 02 superficie2 8.5 133.9
PCA 02 superficie3 9.4 131.7
PCA 02 superficie4 10.9 134.7
PCA 02 superficie5 15.7 133
PCA 03 furo 10.5 323.9
PCA 03 furo1 10.7 323.6
PCA 03 superficie 8.0 286
PCA 03 superficie1 9.0 280.2
PCA 03 superficie2 7.7 278.9
PCA 03 superficie3 12.8 280.8
PCA 03 superficie4 46.4 281.5
PCA 03 superficie5 30.1 282.7
PCA 04 furo 25.2 421
PCA 04 furo1 39.7 420.7
PCA 04 furo2 36.9 419.3
PCA 04 superficie 38.7 379.1
PCA 04 superficie1 23.2 378.5
PCA 04 superficie2 13.9 382.2
PCA 04 superficie3 15.6 381.6
PCA 04 superficie4 29.9 380.6
PCA 04 superficie5 38.1 379.9
100
Tabela 4-22 - Valores de DCP no método de camada na seção 2.
DCP Camada Seção 2
Ensaio DCP (mm/golpe) Profundidade (cm)
PCA 05 furo 21.2 2.7
PCA 05 furo1 16.0 2.3
PCA 05 furo2 19.6 2.9
PCA 06 furo 11.4 173.3
PCA 06 furo1 11.3 175.7
PCA 06 furo2 11.6 174.6
PCA 07 furo 41.6 320.4
PCA 07 furo1 19.8 320.7
PCA 07 furo2 37.1 319.8
PCA 08 furo 34.1 420.1
PCA 08 furo1 30.1 419.4
PCA 08 furo2 27.1 420.4
101
Os resultados do ensaio DCP para depósito em camadas mostram na
média que tanto para seção 1 como para seção 2 há valores mais elevados na
superfície, que depois se reduzem em profundidade, mas que em níveis mais
baixos apresenta valores novamente maiores. A interpretação desses
resultados deve ser feita lembrando que nesse método construtivo as camadas
tem espessura de 1,5m, a assim a certas profundidades é de se esperar uma
diminuição do DCP. O perfil típico seria como que uma sucessão de “Ss
102
Figura 4-22 – Comparativo das densidades total in situ pelos três métodos de
disposição.
103
4.6. Comparação entre os métodos de empilhamento pelos resultados
de ensaio DCP
104
Figura 4-24 - Gráfico comparativo da taxa de penetração entre os três métodos de
disposição
105
5. Conclusões e Recomendações
5.1. Conclusão
106
Tira-se daqui, portanto que a adoção do método de empilhamento por
correia deve ser feito com todo cuidado, pois o comportamento da pilha pode
ser muito diferente do que a prática corrente de empilhamento de estéril
conhece. Assim parece prudente que para projetos de pilha de estéril que
venham a utilizar esse método construtivo, devam ser utilizados nas análises
(tensão x deformação, análise de percolação e de estabilidade) parâmetros
reais de engenharia, baseados em resultados de ensaios com amostras
obtidas em condições que simulem a estrutura do depósito (pluviação no ar,
por exemplo). .
5.2. Recomendações
107
método de correia e tudo o que isso representa em termos de
propriedades geomecânicas e hidráulicas.
Replicar essa pesquisa de empilhamento por correia em uma
pilha de maior porte, seguindo alguns dos métodos sugeridos na
literatura.
Analisar o comportamento da resistência alterando o teor de
umidade..
Analisar o comportamento de permeabilidade e
compressibilidade.
Analisar a resistência do material com a variação de altura.
Analisar a resistência do material com a variação da vazão.
Analisar a resistência entre os bancos devido a segregação do
material.
Analisar as possíveis erosões geradas pela chuva dado a baixa
compacidade do solo.
108
6. Referências Bibliográficas
HAIN.S.J (2009). Managing Project and Professional Service. Version 7A. Hain
Consulting.
109
LIMA, L. C. O Ensaio DCP aplicado no Controle de Qualidade de Compactação
de Obras Viárias executadas com Solos Lateríticos de Textura Fina. 2000. 164
p. Tese de mestrado em Engenharia de Infraestrutura Aeronáutica – Área de
Infraestrutura Aeroportuária – Instituto de Tecnologia Aeronáutica, São José
dos Campos.
110
SCHRODER.D.L. (2003). The use of In-Pit crushing and conveying methods to
significantly reduce transportation costs by truck. Bali, junho de 2003, Coaltrans
Asia Conference.
111