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Pronomes relativos

O uso de pronomes para referenciar termos já citados é o recurso mais utilizado para estabelecer
coesão. A finalidade dessa escolha é claramente a de evitar a repetição dos vocábulos e, por
conseguinte, adequar a linguagem a um entendimento mais objetivo da enunciação produzida.
Os pronomes relativos, especificamente, são usados para unir orações (as orações
subordinadas adjetivas), fixando relações lógicas consistentes para a interpretação. Para tanto, o
falante precisa ater-se à regência (nominal e verbal), a fim de estabelecer a união das orações
pelo uso (ou não) concomitante da devida preposição e do pronome.

Observe este exemplo: O homem é inteligente. Eu falei desse homem. Para expressar a ideia, o
autor preferiu usar dois períodos e repetiu o termo homem. A fim de evitar essa repetição e
tornar os períodos coesos, uma opção é transformá-los num único período composto. Para isso é
necessário que sejam respeitadas as regras de regência do verbo falar, além de manter o sentido
original da relação lógica dos períodos separados.

Observe a construção a seguir. O homem sobre o qual eu falei é inteligente. Essa não seria a
melhor opção para unir os períodos, pois a preposição sobre pressupõe duas possibilidades de
interpretação: Eu falei a respeito do homem. Eu falei em cima do homem. Como o verbo falar
permite regências variadas (quem fala, fala a alguém, de alguém, com alguém), basta que se
opte pela preposição que melhor determine o sentido pretendido nos períodos separados. A frase
a seguir seria, portanto, o melhor modo de construir um período coeso. O homem de quem eu
falei é inteligente.

Leia os períodos a seguir. O aluno é estudioso. Referi-me à mãe do aluno. Para unir esses dois
períodos de forma coesa é preciso estabelecer duas relações: a da regência entre o verbo referir
e o objeto indireto mãe e a de posse entre aluno e mãe. Portanto: O aluno a cuja mãe me referi é
estudioso. Nesse caso, nota-se que o relativo que determina a relação de posse é o cujo(a)(s).
Além disso, percebe-se que houve a necessidade de se manter a preposição a, mas não a de se
utilizar o artigo a diante do relativo, não sendo, portanto, preciso usar o acento grave (crase).

Uso de sinais de pontuação

A pontuação, além de ser determinada por questões gramaticais, pode desempenhar função
semântica, construindo relações de significação entre os elementos que compõem determinado
enunciado ou entre os enunciados. Em relação à utilização dos pronomes relativos em orações
adjetivas, o uso ou omissão da vírgula, por exemplo, interfere no entendimento da enunciação
na relação de sentido. Trata-se, então, de um problema sério de coesão que acaba por
desencadear outro: o de coerência.

Os pinguins, que vivem na Antártida, estão em extinção. Percebe-se que a oração “que vivem na
Antártida”, entre vírgulas, especifica o referente pinguins, passando a ideia de que só existem
pinguins na Antártida. A omissão das vírgulas restringiria o conceito/universo de pinguins, e,
portanto, tornaria o enunciado coerente com o nosso conhecimento de mundo. Pode-se afirmar,
portanto, que assim como a colocação das vírgulas determinou incoerência textual no caso do
exemplo anterior, sua omissão poderia fazê-lo. O contexto é determinante para estabelecer ou
não a coerência textual.

O Brasil que é um país populoso detém a maior renda per capita. Nesse caso, a omissão das
vírgulas passa a noção de que existem vários “Brasis” e que se fala de um entre todos: aquele
que é um país populoso – pressupõe-se que existam outros menos populosos. “Se as vírgulas
separassem a oração subordinada, a ideia original de que existe somente um país chamado
Brasil seria estabelecida. O Brasil, que é um país populoso, detém a maior renda per capita.
Conjunções

Como o próprio termo já exprime, as conjunções servem para estabelecer a junção entre as
orações e, embora apresentem classificação prévia, as relações de sentido que estabelecem são
determinadas pelo contexto em que estão inseridas. O Brasil é um país em desenvolvimento.
Ainda existem muitos problemas a serem resolvidos. Esses dois períodos podem ser unidos com
conjunções coordenativas (sem relação de dependência entre eles), ou subordinativas (com
relação de dependência entre eles). O Brasil é um país em desenvolvimento, mas ainda existem
muitos problemas a serem resolvidos. Embora ainda existam muitos problemas a serem
resolvidos, o Brasil é um país em desenvolvimento.

Coesão e coerência

Um texto coerente é um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira


complementar, sem se contradizer, de modo que nada fique destoante, ilógico, desconexo; a
coerência – que diz respeito à ordenação das ideias, dos argumentos -, portanto, depende da coe-
são. Um texto com problemas de coesão consequentemente terá problemas de coerência.
Analisemos um exemplo.

Os pacifistas que tentam alertar a todos que as guerras que ocorrem no mundo é fruto da
insanidade do homem. Separando os segmentos que formam esse período, tem-se: [Os
pacifistas] [que tentam alertar a todos] {que as desavenças [que ocorrem no mundo] podem ser
eliminadas}. Visualizando melhor:
• Os pacifistas
• Que tentam alertar a todos
• Que as desavenças podem ser eliminadas
• Que ocorrem no mundo

Dessa forma, fica fácil observar que faltou a oração principal à qual se subordinam as outras, o
que dificulta a compreensão do período como um todo. Rescrevendo o período: [Os pacifistas
tentam alertar a todos] {que as desavenças [que ocorrem no mundo] podem ser eliminadas}.

Todos os textos apresentados são literários. Buscam provocar no leitor determinados


sentimentos e reflexões. A linguagem é trabalhada, os recursos expressos em combinações às
vezes pouco convencionais, numa perspectiva intertextual. Note que o estilo do autor, o uso que
faz dos recursos expressivos, sua intenção ao produzir o texto e a época em que foi escrito são
aspectos bastante importantes. Nesse tipo de texto não importa apenas o que o autor diz, mas
como diz.

O texto literário, por causa de sua plurissignifica-ção, ou seja, a possibilidade de múltiplas


interpretações, depende muito do leitor, do seu gosto, da sua cultura, de sua visão de mundo, da
sua sensibilidade. A partir disso, a interpretação torna-se mais complexa, mais rica, atingindo os
objetivos a que foi destinado: promover prazer, conhecimento, catarse; possibilitar viagens ao
passado, reflexões; despertar emoções.

Texto publicitário

As mensagens dos textos publicitários nem sempre estão explícitas. O bom leitor é aquele que
consegue fazer as associações necessárias, que consegue identificar as pistas fornecidas pelo
autor. Alguns mecanismos linguísticos utilizados no texto indicarão as leituras possíveis, tais
como: recursos de expressão, figuras de linguagem, ambiguidade, intertextualidade, variações
linguísticas, etc. Os textos publicitários utilizam largamente esses recursos, buscando
originalidade, ousadia ou qualquer outra característica que pretenda imprimir o diferencial aos
produtos que anunciam.

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