Introdução
o presente trabalho de antropologia, que foi recomendado pelo docente, sob tema:
Evolucionismo, tendo em conta que este é um dos temas que está inserido no plano
semestral do curso.
Ou seja não olharam o tempo em que as sociedades se encontravam. O grupo ira trazer
um leque de características desta corrente, os objectivos, os principais representantes,
visto que se trata de teorias que deram o marco da historia da antropologia do campo,
em parte os antropólogos se deslocam da sua zona de origem para viver a realidade
social ( Alteridade, Exótico), mas também é a fase onde surgem outros pensadores com
visões diferente dos outros pensadores.
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Evolucionismo
Bases ideológicas
O sucesso da visão evolucionista da sociedade pode ser explicado pela ideia que os
europeus tinham de sua própria sociedade. Esta seria “civilizada” e “complexa” por
haver atingido um grau de industrialização, ciência e tecnologia, enquanto as culturas
das colónias seriam “primitivas” e “atrasadas”. Em outras palavras, a sociedade
europeia tomava a si como medida de civilização, atribuindo as sociedades tribais um
perfil “ inferior”. No caso de Morgan, os habitantes nativos do oeste norte-americano
não haviam alcançado o grau da civilização da população branca do leste.
Um primeiro passo para estudar as culturas vai ser dissecá-las nas suas partes
constituintes, isto é:
cultura material (dentro desta armas, utensílios domésticos, etc), mitos, ritos,
língua, etc.
Num segundo momento, através desses elementos culturais isolados, as culturas podem
ser ordenadas numa escala que vai desde os mais primitivos até a nossa civilização.
Esse tipo de metodologia entra numa flagrante contradição com a noção de cultura com
a que Tylor abre o livro:
Tylor postula que a cultura é um todo integrado, mas na sua metodologia diz que o
primeiro passo é dissecar a cultura. A partir da ideia de que toda e qualquer sociedade
está submetida a leis que governam seu desenvolvimento, toda e qualquer diferença
deve-se entender diferença aqui em um sentido relacional e complementar, ou seja,
diferença é sempre diferença a algo ou alguma coisa que se tem como central,
verdadeira e autêntica é explicada a partir do estágio ou da etapa que cada uma dessas
sociedades ocupa em uma linha que teria como ponto final de chegada as sociedades
modernas ou capitalistas avançadas. Nessa perspectiva, todos os povos estariam
trilhando uma mesma história, um mesmo caminho. Os que já chegaram ao final do
caminho impõem a classificação de todos os demais que ainda se encontram espalhados
ao longo de uma única linha de evolução. As diferenças são explicadas justamente como
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cultural caracterizados por certo apego aos valores e as instituições do passado, levou os
evolucionistas a fixarem sua atenção no estudo do exótico. Curiosamente esta marca
ainda perdura na tradição académica da antropologia cultural. Mesmo quando os
antropólogos pretendem estudar fenómenos contemporâneos, em geral, eles se afixam
nos seus aspectos excepcionais e, até certo ponto, exóticos.
Mesmo tempo que presta uma atenção privilegiada ás sociedades mais arcaicas
“Primitivas”, especialmente australianas, aos sistemas de parentescos e á religião, o
evolucionismo visa estabelecer um corpus etnográfico da humanidade e uma tipologia
inteligível das sociedades, a sua teoria da civilização aprova a acção colonial.
mesmo assim, as premissas desta linha de ideias evolucionistas, devem ainda serem
contestadas pois, não existe trajectória histórica unilinear da humanidade, mas sim
formas divergentes da civilização dispersas no espaço. A historia humana não se traduz
necessariamente por um acumulo de ganhos, emaranhada e divergente, ela pode
comportar erros sociológicos, degenerescências, involuções cada conjuntura está prenhe
de diferentes possibilidades. As mudanças não se explicam por um factor único e
podem depender de efeitos de propagação, de redemoinhos, de movimentos assíncronos
RIVIERE (1995: 38).
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Conclusão
Bibliografia
MELLO, Luís Gonzaga: Antropologia cultural, 6ª ed. Vozes editora; Petrópolis, 1982
RIVIERE, Claude: introdução à Antropologia, S/ed, edições 70; Lisboa 1995