Betim - MG
Revisão Geral - Abril/2006
STEEL DECK METFORM
MANUAL TÉCNICO: ESPECIFICAÇÕES PARA PROJETO, MANUSEIO E MONTAGEM
ÍNDICE
Pág.
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 01
2. RESUMO ................................................................................................................................ 02
É muito comum o uso de lajes com Steel Deck tanto em edificações industriais quanto em urbanas, tais
como hotéis/flats, hospitais, escritórios, shopping centers, edifícios garagens, etc. Nos países mais
industrializados (USA, Canadá, Inglaterra, Japão, etc ...) esse sistema é adotado como tecnologia padrão,
onde em mais de 90% dos edifícios estruturados em aço as lajes são executadas com o sistema Steel
Deck. Durante a década de 1990 e início dos anos 2000, somente nos USA, registrou-se consumo anual
superior a 1.000.000 de toneladas de aço destinados apenas à produção deSteel Deck .
A principal característica do sistema de lajes Steel Deck é a rapidez de execução da estrutura. Devido à
eliminação completa de escoras, o sistema torna possível a simultaneidade de tarefas durante a obra.
Quando o Steel Deck é utilizado sobre estruturas de aço, a velocidade de montagem das lajes é
praticamente igual ou superior à velocidade de montagem da estrutura. Isso permite ganhos de tempo e
eliminação de interferências entre as atividades envolvidas no caminho crítico para a construção do
empreendimento.
Os principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento e crescimento da tecnologia de lajes com Steel
Deck são:
• Melhoria da geometria das fôrmas de aço, com seções cada vez mais resistentes e leves;
• Desenvolvimento de mossas eficientes, com melhoria na capacidade de resistência às tensões de cisalhamento
longitudinal na interface fôrma/concreto;
• Maior disponibilidade de insumos para projeto, execução e otimização de estruturas mistas aço-concreto que permite
concepções que reduzem o peso dos componentes estruturais;
• Possibilidade de consideração do Steel Deck como diafragma horizontal, mesmo antes da concretagem das lajes;
• Acessibilidade a normas com aplicações de pesquisas recentes sobre o comportamento de lajes com Steel Deck ,
em temperatura ambiente e em situação de incêndio;
No Brasil a METFORM foi pioneira e líder na implantação e divulgação da tecnologia para projeto e
execução de lajes com o sistema Steel Deck . Desde 1996, quando se iniciaram os primeiros testes e
pesquisas da METFORM em conjunto com a Universidade Federal de Minas Gerais , até o presente
(abril/2006), já foram utilizados mais de 2.700.000 metros quadrados de Steel Deck METFORM para
edificações industriais/urbanas, pontes, viadutos e obras diversas no Brasil, América Latina e África.
Atualmente (abril/2006), a METFORM produz 02 modelos de Steel Deck : MF-75 e MF-50. Ambos são
utilizados, principalmente, para a execução de lajes sobre vigas de aço. Durante a concretagem, os
modelos de Steel Deck METFORM suportam o concreto fresco e eliminam a necessidade de
escoramentos. Após a cura do concreto, os modelos de Steel Deck METFORM são incorporados como
elementos estruturais das lajes e substituem as armaduras positivas usualmente utilizadas em lajes de
concreto armado.
Os critérios adotados para o Steel Deck METFORM são baseados na norma doCSSBI – Canadian Sheet
Steel Building Institute , do EUROCODE 4 – ENV-1994 e nas especificações do SDI – Steel Deck
Institute . No Brasil, em 2001, todos os procedimentos adotados pela METFORM foram certificados pela
norma NBR 14323 (Anex o C).
1
2 RESUMO _________________________________________________________
2
3 DIMENSIONAMENTO EM TEMPERATURA AMBIEMTE ____________________
O Steel Deck METFORM é uma fôrma de aço estrutural formada a frio que tem como funções básicas:
• atuar como fôrma autoportante para o concreto fresco, suportando todo o carregamento durante a etapa
de construção;
• incorporar-se estruturalmente à laje, atuando como armadura positiva, para suportar as cargas impostas
à estrutura durante seu período de vida útil.
Todo modelo de Steel Deck produzido pela METFORM foi desenvolvido para classificação “wide rib”. As
seções transversais possuem nervuras largas o suficiente para possibilitar a solda de conectores de
cisalhamento, dentro das ondas e através do Steel Deck, na mesa superior das vigas (por exemplo:
conector tipo pino com cabeça - “stud bolt”). Desta forma o Steel Deck METFORM permite o
dimensionamento e posterior comportamento das vigas de aço como “vigas mistas”.
O Steel Deck METFORM é usualmente disponibilizado em aço galvanizado, tipo ZAR-280 (ASTM A-653
gr.40), com limite de escoamento 280MPa e galvanização tipo Z-275 (275 g/m2). O material é fornecido em
espessuras nominais de 0,80mm, 0,95mm e 1,25mm, com larguras úteis padronizadas (915mm para MF-
50 e 820mm para MF-75) e comprimentos variados (de acordo com projetos específicos) limitados a 12m.
Seguem dimensões e propriedades físicas referentes ao Steel Deck MF-50 e MF-75, METFORM:
915mm
175mm 130mm
PROPRIEDADES FÍSICAS:
Esp. Esp. Altura Peso Reações Máximas de Módulo de Inércia p/ Área de Centro
Final Projeto Total Apoio Resistência Deformação Aço Gravi-
Externo Interno dades
mm mm mm kg/m 2kN kN mm 3
Mm 4 mm 2 mm
0,80 0,76 52,26 8,39 4,95 14,67 14.599 449.419 997 26,13
0,95 0,91 52,41 9,97 6,51 20,89 18.778 562.372 1.193 26,21
1,25 1,21 52,71 13,11 11,41 35,43 27.791 786.502 1.587 26,36
Propriedades para largura de 1.000 mm;
Material: aço ZAR-280 (ASTM A-653 gr.40), limite de escoamento: 280MPa, galvanização Z-275.
3
STEEL DECK MF-75
820mm
m
m
5
7
155mm 119mm
PROPRIEDADES FÍSICAS:
Esp. Esp. Altura Peso Reações Máximas de Módulo de Inércia p/ Área de Centro
Final Projeto Total Apoio Resistência Deformação Aço Gravi-
Externo Interno dades
mm mm mm kg/m 2kN kN mm 3
Mm 4 mm 2 Mm
0,80 0,76 74,98 9,37 6,76 21,01 22.710 1.017.138 1.112 37,49
0,95 0,91 75,13 11,12 8,90 29,70 28.788 1.254.749 1.332 37,57
1,25 1,21 75,43 14,62 14,62 49,53 40.599 1.666.741 1.771 37,72
Propriedades para largura de 1.000 mm;
Material: aço ZAR-280 (ASTM A-653 gr.40), limite de escoamento: 280MPa, galvanização Z-275.
As vantagens do Steel Deck METFORM em relação aos sistemas alternativos consistem, principalmente,
dos seguintes aspectos:
• O Steel Deck METFORM permite a utilização de vigas mistas, com conseqüente economia por redução
de peso dos perfis de apoio;
• O Steel Deck METFORM é leve (8,5kg/m2 a 14,5kg/m2) o que possibilita fácil manuseio e ágil instalação.
Como resultado há simplificação e redução dos trabalhos no canteiro de obras.
• Usualmente o Steel Deck METFORM não necessita ser escorado durante a concretagem. Dessa forma
são excluídos os prazos gastos com montagem de escoramentos e desforma;
• Durante a montagem, o Steel Deck METFORM transforma-se em plataforma de trabalho nos andares
superiores e em proteção aos operários em serviço nos andares inferiores.
• Ao ser fixado na estrutura, o Steel Deck METFORM funciona como diafragma horizontal, travando a
estrutura e acrescentando mais segurança ao trabalho durante a construção do edifício.
• O Steel Deck METFORM funciona como armadura de tração para os momentos fletores positivos.
• O Steel Deck METFORM permite uma fácil execução dos sistemas elétrico, hidráulico e de ar
condicionado, além de facilitar a fixação de forros suspensos;
• Para lajes com Steel Deck METFORM , em situações de incêndio, não énecessário o uso de material
para proteção térmica superficial das lajes. As lajes podem ser especificadas com armaduras adicionais,
dimensionadas de acordo com tabelas disponibilizadas pela METFORM e calculadas de acordo com as
exigências da NBR 14323;
• Todas as vantagens descritas podem ser traduzidas em uma grande economia na construção, com uma
redução significativa no prazo de execução, nos desperdícios de materiais e no custo com mão-de-obra
no canteiro. Logo, o retorno financeiro do empreendimento é aumentado em grande escala.
4
3.3 MATERIAIS ADOTADOS E CRITÉRIOS DE CÁLCULO: LA JES COM STEEL DECK METFORM
Os materiais utilizados como componentes de lajes mistas são a fôrma de aço incorporada, usualmente
designada Steel Deck , o concreto estrutural e uma armadura em tela soldada, utilizada para controle de
fissuração, de retração e de temperatura.
• CONCRETO:
Deverá sempre ser adotado concreto estrutural convencional (densidade 24kN/m 3), com resistência
característica à compressão, fc k maior ou igual a 20MPa. Mediante aprovação do Departamento
Técnico da METFORM poderá ser utilizado concreto leve de densidade mínima 18kN/m 3. Em qualquer
caso, aditivos à base de cloretos não devem ser utilizados por agredirem o revestimento (galvanização
Z-275) do Steel Deck METFORM.
• ARMADURA DE FISSURAÇÃO:
São utilizadas telas soldadas, ou malhas de barras trefiladas, em aço com limite de escoamento 500MPa
ou 600MPa. Essa armadura tem a função de evitar fissuras oriundas da retração e variação térmica do
concreto e deverá estar localizada sempre no topo da laje, com cobrimento mínimo 20mm.
De acordo com especificações da NBR 14323 a armadura de fissuração deverá possuir área de seção,
em ambas as direções, superior a 0,10% da área de capeamento de concreto acima doSteel Deck
METFORM (em situações em que a abertura das fissuras deva ter um controle mais rigoroso, em
função das características do ambiente em que as lajes estejam inseridas, a área de capeamento
cit ada acim a deve ser aumentada ) .
Conforme tabelas e orientações deste Manual é permitido considerar a armadura de fissuração para:
- verificações de balanços, cargas concentradas e/ou aumento da capacidade de carga das lajes, em temperatura
ambiente, desde que a armadura adotada atenda às verificações e especificações da NBR 6118;
- suportar todo o carregamento de serviço em eventual situação de incêndio, desde que atendam aos critérios da
NBR 14.323.
Além da armadura de fissuração, deverão sempre ser adotadas ”armaduras adicionais” em junção de
vigas e contorno de pilares para evitar possíveis fissuras por rotação das vigas de aço e tendência de
continuidade da laje sobre os apoios. No Item “Detalhes Construtivos” são definidas as “armaduras
adicionais ” mínimas a serem adotadas para as lajes com Steel Deck METFORM.
5
Armadura
O dimensionamento do Steel Deck METFORM deverá ser sempre realizado em duas fases,
correspondentes às funções de fôrma para a concretagem (durante a construção) e de armadura positiva
das lajes (após a cura do concreto).
A primeira fase corresponde à verificação do vão máximo sem escoramento, que poderá ser adotado para o
Steel Deck METFORM de forma a eliminar a necessidade de escoramentos durante a etapa de construção
da laje (montagem e concretagem). A METFORM disponibiliza Tabela de Cargas com “Vãos Máximos
Sem Escoramentos” para Steel Deck MF-50 e MF-75. Estas tabelas foram elaboradas conforme os
seguintes critérios de carregamento de construção (NBR 14432):
• Carrega mento 1: Peso próprio do Steel Deck METFORM;
3
•• Carrega
Carrega mento
mento 2:
3: Peso própriode
Sobrecarga doconstrução,
concreto fresco antes dacomo
considerada cura,ocom
maisdensidade 2.400kg/m
nocivo dos seguintes; casos:
- carga uniformemente distribuída de 1kN/m2;
- somente para verificação do efeito de flexão, carga linear de 2,2kN/m
perpendicular às nervuras do Steel Deck, posicionada sempre na posição mais
desfavorável.
Os “ Vãos Máximos Sem Escoramentos” para o Steel Deck MF-50 e MF-75 encontram-se listados nas
tabelas de cargas correspondentes. Estes valores foram obtidos considerando-se a atuação dos
carregamentos anteriormente descritos bem como a possibilidade de continuidade do Steel Deck
METFORM sobre as vigas de apoio (formando vãos duplos ou triplos), conforme figura anexa.
l l
l l l
6
A segunda fase envolve a verificação do sistema “Steel Deck / concreto após a cura ” para suportar as
cargas da edificação. Nessa etapa, admite-se que o concreto já tenha atingido uma resistência à
compressão maior ou igual a 75% do fc k de projeto (fc k mínimo 20MPa). Devido à existência das “mossas”
(saliências) na superfície do Steel Deck METFORM , após a cura, o comportamento misto aço-concreto
passa a ocorrer e a fôrma de aço e o concreto formam um único elemento estrutural. As “mossas”
(saliências) na superfície do Steel Deck METFORM garantem a integridade do sistema e proporcionam
travamento mecânico entre a fôrma de aço e o concreto, sendo capaz de transmitir tensões de
cisalhamento entre um elemento e outro. Dessa forma, sob cargas de serviço, não há escorregamento por
cisalhamento longitudinal entre o Steel Deck e o concreto. O piso comporta-se como uma peça de estrutura
mista, com o aço doSteel Deck METFORM resistindo às tensões de tração e a parte superior do concreto
resistindo às tensões de compressão.
Para verificação das lajes às cargas de serviço, deverão ser comparados os valores de “Carga
Sobrepost a Máxima” (indicados nas Tabelas d e Cargas METFORM) com a soma das cargas sobrepostas
a atuarem após a cura do concreto. Para a soma das cargas sobrepostas (revestimentos e sobrecargas)
deverão ser consideradas todas as cargas, exceto o peso próprio das lajes. Não é necessária a utilização
dos coeficientes de majoração, devendo-se portanto trabalhar com valores de cargas nominais.
As Tabelas de Cargas elaboradas pela METFORM para MF-50 e MF-75 consideram, após a cura, lajes
mistas isostáticas , sem continuidade estrutural na região dos apoios. No entanto, existem casos em que é
necessário o dimensionamento das lajes mistas com Steel Deck METFORM com cont inuidade e strutur al
sobre os apoios. Ocorrem obrigatoriamente em balanços , para os quais deverão sempre ser previstas
armaduras negativas, e nos casos em que é necessário o aumento da capacidade de carga das lajes
mistas com Steel Deck METFORM. Este aumento poderá ser considerado por meio de armaduras positivas
(dentro das ondas baixas) ou armaduras negativas (no capeamento de concreto), já que a armadura de
controle de fissuração usada neste caso não possui área suficiente para resistir às tensões oriundas da
continuidade das lajes.
Para os casos de continuidade estrutural das lajes mistas são apresentadas Tabelas no Item 3.5
(elaboradas conforme NBR 6118) que indicam a resistência à flexão de seções transversais, armadas, sob
a geometria do Steel Deck MF-50 e MF-75. São indicadas armaduras de reforço positivas (dentro das
nervuras do Steel Deck METFORM) ou negativas (no capeamento de concreto).
Em qualquer caso de aplicação, após a cura do concreto, todo Steel Deck disponibilizado pela METFORM
deverá ser dimensionado para trabalhar como armadura positiva e resistir apenas às tensões de tração nas
regiões de momentos positivos.
7
Na definição da posição das vigas deverá ser priorizado o dimensionamento do Steel Deck METFORM
durante a fase de construção. As vigas de apoio da laje deverão ser locadas, preferencialmente, de forma a
evitar escoramentos durante a etapa de concretagem.
No dimensionamento para as cargas que atuarão após a cura do concreto, caso a capacidade resistente da
laje mista (Tabelas de Cargas METFORM) seja inferior ao carregamento atuante, pode-se optar entre o
aumento da espessura do Steel Deck ou o uso de armaduras adicionais de reforço tal como indicado nas
Tabelas do Item 3.5.
Durante o detalhamento do material a ser fornecido é importante observar que o comprimento final das
Peças atéSteel
peças de 8m Deck METFORM
poderão deverá ser tal
ser transportadas emque o transporte
caminhões e o manuseio O
convencionais. nãotransporte
fiquem comprometidos.
de peças de
comprimento entre 8m e 12m deverá ser realizado por carretas. Peças acima de 12m deverão ser evitadas
devido a dificuldades no transporte (carretas especiais), na descarga e no manuseio no canteiro de obras.
As tabelas anexas indicam o consumo estimado teórico de concreto (em m 3/m2 e sem considerar acréscimos
e o tipo de armadura
devido a perdas durante a concretagem e a deslocamentos verticais da estrutura de apoio)
mínima de fissuração (em telas soldadas) que deverá ser especificada com Steel Deck METFORM . As
armaduras de controle de fissuração atendem ao critério de 0,10% da área de capeamento de concreto,
definida na NBR 14.323 (em situações em que o controle da abertura das fissuras seja mais rigoroso,
em função das características do ambiente em que as lajes estejam inseridas, a área de capeamento
cit ada acim a deve ser a umentada) . A denominação das telas soldadas segue a padronização do Instituto
Brasileiro de Telas Soldadas (IBTS), onde o prefixo “ Q” indica que a tela é simétrica nas duas direções e
2
o número seguinte indica a área de aço da tela, em mm para uma faixa de 1m de largura.
8
160 0,1225 Q - 92 φ4,2xφ4,2 – 150x150 1,48
170 0,1325 Q - 113 φ3,8xφ3,8 – 100x100 1,80
180 0,1425 Q - 113 φ3,8xφ3,8 – 100x100 1,80
190 0,1525 Q - 138 φ4,2xφ4,2 – 100x100 2,20
200 0,1625 Q - 138 φ4,2xφ4,2 – 100x100 2,20
Conforme o Item 3.8 DETALHES CONSTRUTIVOS, além da Armadura de Contr ole de Fissu ração
(indicada acima) é necessário que sempre seja utilizada armadura adicional, nas regiões de junção de
vigas de sustentação do piso e no contorno de pilares. Utilizada nestas situações particulares a armadura
adicional evita trincas e fissuras devido a tendência de continuidade da laje sobre os apoios e devido a
rotação e deslocamento vertical das vigas de aço.
9
• EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DA “ TABEL A DE CARGAS METFORM”
Suponha que seja necessário projetar uma laje com Steel Deck METFORM , modelo MF-75, para piso de
uma edificação, cuja modulação dos pilares seja de 9m × 9m. A disposição das vigas do piso submete o
Steel Deck METFORM a vãos múltiplos de 3m, conforme representado na figura abaixo. A laje de piso terá
um revestimento cujo peso é de 1,5kN/m 2 e será submetida à uma sobrecarga de 4,0kN/m2.
• SOLUÇÃO:
Será adotada uma laje de espessura total de concreto de 140mm (75mm doSteel Deck + 65mm de
cobrimento acima do Steel Deck MF-75), com MF-75 de espessura de 0,95mm. O limite de escoamento do
aço do Steel Deck MF-75 será fy = 280MPa. A resistência mínima à compressão do concreto deve ser fck
≥ 20MPa.
Cargas de Construção:
De acordo com as tabelas de cálculo do Steel Deck MF-75 , para a laje em análise o máximo vão triplo
admissível é de 3.600mm. Logo, o vão de 3.000mm utilizado suporta satisfatoriamente as cargas de
construção da estrutura, sem que se faça necessário o uso de escoramentos.
Cargas de S erviç o:
As cargas nominais de serviço para a laje mista ( após a cura do concreto ) são:
• Peso próprio Steel Deck MF-75 + concreto:............................ 2,52kN/m 2
• Revestimento:............................................................................ 1,50kN/m2
2
• Sobrecarga:......................... ...................................................... 4,00kN/m
A carga sobreposta nominal total (excluindo-se o peso próprio da laje) será:
w d = 1,50kN/m 2 + 4,00kN/m 2 = 5,50kN/m 2
Para a laje mista em análise, em um vão de 3.000 mm a carga sobreposta máxima (já descontado o peso
próprio) fornecida pelas tabelas do steel deck MF-75 é: w n = 5,76 kN/m 2. Como a resistência da laje mista é
superior às cargas atuantes ( wn > wd ) , a escolha do steel deck a ser utilizado está correta.
Armadura:
12
Para o combate às fissuras de retração do concreto, será adotada uma malha de barras trefiladas soldadas.
A área de aço mínima, desta malha ( nas duas direções ) deve ser 0,1% da área da concreto acima do
deck. Logo, em uma faixa de um metro de largura, deve-se ter: As ≥ 0,1% × ( 6,5 × 100) = 0,65 cm 2/m
Uma malha simétrica, constituída por barras de 3,8 mm de diâmetro e com espaçamento entre os fios de
150 mm possui uma área de 0,75 cm 2/m. Conforme a especificação do catálogo do Instituto Brasileiro de
Telas Soldadas ( IBTS ) , esta malha é designada porTela Q-75. Possuindo uma área de aço maior que a
requerida, a Tela Q-75 está adequada à laje especificada.
13
3.4 CARGAS CONCENTRADAS OU LINEARES
As Tabelas de Cargas apresentadas para dimensionamento das lajes mistas com Steel Deck METFORM
são baseadas em cargas uniformemente distribuídas na área da laje. Porém, não é rara a ocorrência de
cargas concentradas ou lineares na superfície da laje mista. Essas cargas podem ser concentradas (bases
de equipamentos ou veículos e pilares cuja base é sustentada diretamente pelo piso) ou lineares
(representadas por paredes em alvenaria que não estão situadas acima do eixo das vigas de sustentação
do piso).
• LARGURA DE APLICAÇÃO:
As cargas concentradas ou lineares são aplicadas na laje mista através de uma largura de cálculo ( bm ) ,
conforme representado na figura abaixo. A distribuição das cargas concentradas ao longo da faixa bm é
garantida mediante a utilização de uma armadura de distribuição na região, colocada acima do topo do
Steel Deck METFORM.
bp
dp hr
hc
d
hp
bm
bem ou bev
A largura de aplicação das cargas concentradas ou lineares deverá ser tomada como:
bm b=p +2 (
hr ×hc + )
onde: bp = largura da carga concentrada perpendicular ao vão da laje;
hr = espessura da camada de revestimento da laje, caso a carga seja aplicada acima desta;
hc = espessura da camada de concreto acima do flange superior do Steel Deck METFORM.
Para cargas lineares perpendiculares às nervuras, bp deverá ser tomado como o comprimento da carga
linear. Em nenhum caso bm deverá ser superior à largura total da laje.
• LARGURA EFETIVA:
No cálculo da resistência da laje mista às cargas concentradas ou lineares deverão ser consideradas
larguras efetivas correspondentes à solicitação de flexão e de cisalhamento vertical.
Para a verificação da flexão, a largura efetiva ( bem ) deve ser obtida da seguinte forma:
• em lajes mistas bi-apoiadas ou tramos extremos de lajes mistas contínuas:
⎛ Lp ⎞
bem = mb + 2p L × ⎜ 1 − ⎟
⎝ L⎠
14
• em tramos internos de lajes mistas contínuas:
⎛ Lp ⎞
bem =mb + 1,33p L × ⎜1 − ⎟
⎝ L⎠
Para a verificação do cisalhamento transversal, a largura efetiva ( bev ) deverá ser dada por:
⎛ Lp ⎞
bev = bm +pL × ⎜ 1 − ⎟
⎝ L⎠
Para cargas concentradas ou lineares paralelas às nervuras, a largura efetiva ( bem ou bev) deverá ser no
máximo igual a 2700[hc / ( hp + hc ) ] mm. Esse limite não se aplica para cargas lineares perpendiculares às
nervuras ou para qualquer situação quando a armadura de distribuição for igual ou superior a 0,2% da área
de concreto acima da fôrma de aço. Em nenhum caso a largura efetiva (bem ou bev) deverá ser superior à
largura total da laje.
Para as situações em que atuam cargas lineares paralelas ao vão da laje, sendo que estas cargas se
prolongam em toda a extensão do vão, deverá ser adotado:Lp = L/4.
• ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO:
A armadura de distribuição, posicionada acima do Steel Deck METFORM, garante que a carga
concentrada ou linear seja aplicada ao longo da largura de cálculo bem ou bev . Conforme especificado na
NBR 14323, em qualquer caso de carregamento, esta armadura deverá ser superior a 0,1% da área de
concreto acima do Steel Deck METFORM.
Para cargas concentradas ou lineares paralelas às nervuras, esta armadura deverá prolongar-se além da
maior largura efetiva (bem ou bev) , sendo ancorada conforme a NBR 6118. Esta armadura deverá ser
suficiente para resistir ao momento fletor de cálculotransversal dado por:
P × be
Md = γ ×
15w
onde: γ = coeficiente de majoração de cargas (conforme a NBR 6118 = 1,40);
P = para carga pontual, P é igual à carga concentrada nominal. Para carga linear paralela ao vão
da laje, P corresponde ao valor da carga nominal, ao longo do comprimento bl ou L , o que
for menor;
Para cargas lineares perpendiculares às nervuras poderá ser adotada a armadura nominal de 0,1% não
sendo necessárias verificações adicionais.
15
• RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO VERTI CAL:
φV n = φ c × bo × d p × τ Rd × k v × (1,2 + 40 ×η ) / b f
Sendo:
φc = coeficiente de minoração da resistência ao cisalhamento do concreto, φc = 0,70;
bo = largura média das nervuras do Steel Deck (152,5mm para MF-50 ou 137mm para MF-75);
dp = distância do topo da camada de concreto ao centro da gravidade do Steel Deck METFORM, em mm;
τRd = resistência básica ao cisalhamento do concreto, tomada igual a 0,375 MPa para fck = 20 MPa;
kv = 1,6 − d p / 1000 ≥ 1 ;
η = relação entre a área da forma de aço ( Af) e a área de concreto (bo × dp) da seção transversal da laje,
relativa à largura média bo: η = A f / bo × d p ≤ 0,02 ;
bf = largura entre duas nervuras consecutivas (305mm para MF-50 ou 274 mm para MF-75).
bf
p
d
f
h
/2
f
bo h
A partir dos valores de φ.Vn ( resistência de cálculo) poderão ser obtidos os valores da resistência nominal,
considerando-se um fator de majoração de cargas (permanentes ou sobrecargas) γ = 1,4. Logo, as
resistências nominais ao cisalhamento vertical das lajes mistas com Steel Deck MF-50 e MF-75 da
METFORM deverão serem obtidas por: .Vn / . Estes valores de resistência devem ser comparados com
a soma de todas as cargas nominais atuantes na laje, incluin do-se o peso próprio da mesma.
São apresentados a seguir os valores da resistência nominal ao cisalhamento vertical das lajes mistas com
o Steel Deck MF-50 e MF-75 da METFORM, .Vn / . Na elaboração das tabelas, adotou-se f y = 280MPa,
fc k = 20MPa e = 1,4.
16
• RESISTÊNCIA A O CISALHAMENTO VER TICAL (em k nN/m ):
STEEL DECK MF-50 STEEL DECK MF-75
Altura Total da Esp. Steel Vn / Altura Total da Esp. Steel Vn /
Laje Mista Deck MF-50 Laje Mista Deck MF-75
( mm ) ( mm ) ( kN/m ) ( mm ) ( mm ) ( kN/m )
0,80 18,57 0,80 21,97
100 0,95 19,69 130 0,95 23,22
1,25 21,45 1,25 25,70
0,80 20,15 0,80 23,51
110 0,95 21,26 140 0,95 24,75
1,25 23,50 1,25 27,21
0,80 21,71 0,80 25,03
120 0,95 22,82 150 0,95 26,26
1,25 25,04 1,25 28,71
0,80 23,25 0,80 26,52
130 0,95 24,35 160 0,95 27,74
1,25 26,56 1,25 30,17
0,80 24,76 0,80 27,99
140 0,95 25,86 170 0,95 29,21
1,25 28,05 1,25 31,62
• RESISTÊNCIA À PUNÇÃO:
De acordo com a NBR 14323 a resistência de cálculo à punção das lajes mistas com Steel Deck
Pn
METFORM ( φ ) poderá ser obtida de maneira análoga à resistência ao cisalhamento vertical. A equação
seguinte fornece os valores de φPn em kN: φφPn = ×c u× crhτ c × kRd × v× η+ × (1,2 40 ) / 1.000
sendo:
φc = 0,70;
ucr = perímetro crítico da área de aplicação da carga concentrada. Para cargas concentradas aplicadas no
Steel Deck através de bases retangulares, o valor de Cp pode ser obtido por:
17
ucr = b2p[b( +d + 1p ) + 2h− c (π 2) ]
onde os termos dp , bl e bp representados na figura seguinte indicam:
dp = distância do topo da camada de concreto ao centro da gravidade do Steel Deck , em mm;
bp = dimensão da base da carga concentrada perpendicular às nervuras do Steel Deck , em mm;
bl = dimensão da base da carga concentrada paralela às nervuras do Steel Deck , em mm.
kv (
= 1,6 − d p / 1.000 ) ≥ 1;
η = Ao / bo × d p ≤ 0,02.
hc hc
Ucr
dp
bl
dp
bp
dp hc
A resistência nominal à punção das lajes mistas poderá ser obtida à partir da resistência de cálculo ,
considerando-se um coeficiente de majoração = 1,4 para a carga pontual. Desta forma, o valor da
resistência nominal deve ser dado por: Pn / .
A seguir são apresentados os valores de Pn / para o Steel Deck MF-50 e MF-75 da METFORM,
considerando-se várias dimensões usuais para a base de aplicação da carga concentrada. Na
determinação destes valores, ucr foi obtido a partir da equação anterior e τRd tomado igual a 0,375MPa (fck
igual a 20MPa). O coeficiente γ foi tomado igual a 1,4.
18
• RESISTÊNCIA À PUNÇÃO EM ( kN/m ) para STEEL DECK MF-50
19
• RESISTÊNCIA À PUNÇÃO EM ( kN/m ) para STEEL DECK MF-75
20
• EXEMPLO: VERIFICAÇÃO DE CARGA CONCENTRADA SOBRE LAJ E COM STEEL DECK METFORM
Suponha que uma laje mista de altura total de 140mm, comSteel Deck MF-75 da METFORM, cobrindo um
vão de 2,7m seja adotada na execução do piso de uma garagem de automóveis. O peso de camada de
revestimento a ser utilizado é 0,50kN/m2.
Será verificada a resistência da laje, utilizando-se um Steel Deck MF-75 de espessura de 0,80mm, em aço
galvanizado ZAR-280, de limite de escoamento igual a280MPa. O concreto a ser utilizado possui fck igual
a 20MPa. Será dimensionada a armadura de distribuição a ser posicionada no capeamento de concreto,
acima das nervuras do Steel Deck METFORM.
• SOLUÇÃO:
Para a execução de piso de garagens, uma laje mista com Steel Deck MF-75 deverá ser verificada para o
caso mais crítico entre uma sobrecarga uniformemente distribuída e uma carga pontual (por eixo do
veículo).
Inicialmente, será realizada uma verificação das cargas de serviço atuantes, considerando-se uma
sobrecarga uniformemente distribuída de 3kN/m2.
Posteriormente, será realizada uma segunda verificação, considerando-se a ação de uma carga de 9,0kN
concentrada em uma área de 150mm× 150mm, atuando em qualquer região da laje.
Para a laje mista em questão (d = 140 mm , esp. 0,80mm ZAR 280MPa), a resistência nominal fornecida
pela tabela de cargas do Steel Deck MF-75 é: w n = 6,11 kN/m 2.
wn > wd OK!
21
bl
dp P
Lp
L
bp
P
hc
hp
bo
22
⎧ ⎛ Lp ⎞
⎪bm + 2 L p × ⎜ 1 − =+⎟ 280 − 2 × 1.350 ×=(1. 1.350 ./ 2 700) 1 630mm
⎪ ⎝ L⎠
bem ≤ ⎨
hc
⎪2 .700 × = 2 .700 × [65 / (75 + 65)] = 1.254 mm
⎪⎩ ( h p + hc )
bem = 1.254 mm
2 × 9,0 ⎛ 1 ⎞
logo: q eq = ×⎜ ⎟⎠ = 5,32 kN/m2
2,7 ⎝ 1254
,
Vcd = P×
(L − L ) × p 1
L bev
23
A resistência tabelada da laje mista adotada é igual a: Vn/ = 23,51 kN/m
Vn / ~ Vd OK!
Neste caso a resistência da laje mista ao cisalhamento transversal é cerca de 5% inferior à força
cortante atuante, o que pode ser considerado admissível em função da representatividade dos
coeficientes de majoração de carga e minoração de resistência ; pode-se ainda recorrer a outras
fontes para determinação da resistência ao cisalhamento transversal, como o American Concrete
Institute (ACI); neste caso a resistência ao cisalhamento ( Vn/ = 57,48 kN/m ) seria superior ao
dobro da forç a cortante de cá lculo (V d = 24,71 kN/m ).
C) ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO:
A armadura de distribuição posicionada transversalmente às nervuras do Steel Deck deve prolongar-se ao
longo da maior largura efetiva ( na situação em questão bem = 1.254 mm ). Esta armadura deve resistir ao
momento fletor de cálculo transversal dado por:
P × be
Md =γ ×
15w
onde : γ = 1,40 (coeficiente de majoração de cargas, conforme a NBR 6118);
P = 9,0 kN
be = máx.( bem , bev ) = 1.254 mm
24
As × fy 0,75 × 60
a = = = 0,27 cm
0,85 × fck ×b 0,85 × 2 × 100
d'
hc
hp
em que o coeficiente 0,85 refere-se ao efeito Rüsch no concreto ( fck = 20 MPa ) e b corresponde à
largura da seção ( b = 1 metro ).
25
3.5 LA JES MISTAS COM ARMADURA DE REFORÇO
Conforme descrito no Item 3.3 a Tabela de Cargas para dimensionamento das lajes mistas com
Steel Deck METFORM apresenta valores de“ Cargas Sobre postas” admissíveis, considerando
lajes mistas isostáticas , sem continuidade estrutural após a cura do concreto. Em regiões em
que o carregamento atuante (distribuído ou concentrado) ultrapasse os valores apresentados na
Tabela de Cargas, a laje mista deverá ser dimensionada com continuidade estrutural, com
armaduras adicionais de reforço para garantir que a laje atinja a capacidade de carga
necessária.
As tabelas deste Item indicam valores de resistência a flexão (para momentos positivos e/ou
negativos) de seções armadas, com armaduras adicionais de reforço e geometria dos modelos
de Steel(geralmente
baixas Deck METFORM . Sãoemindicadas
adotadas TRAMOSseções com armaduras
EXTERNOS) positivas,
e com de armadurasdentro das ondas
negativas, no
capeamento de concreto (adotada em TRAMOS INTERNOS).
Para as armaduras positivas foram consideradas barras trefiladas em aço CA-50 (limite de
escoamento 500MPa), posicionadas no centro das nervuras doSteel Deck . Para as armaduras
negativas foram consideradas telas soldadas em aço CA-60 (limite de escoamento 600MPa),
posicionadas a 20mm do topo de concreto. Em todas as tabelas foi considerado concreto
estrutural com resistência a compressãofck igual a 20MPa.
As tabelas indicam resistências a flexão emkN.m para faixas de um metro de largura de laje.
Todos os valores foram obtidos de acordo com as especificações daNBR 6118 . Os valores
tabelados correspondem às resistências nominaisMn , já divididas pelo coeficiente de majoração
(igual a 1,4), portanto poderão ser utilizadas cargas nominais para determinar os esforços
solicitantes que serão comparados com os valores de resistência tabelados.
bf
bf
C
T
t Mn +
h 0 −
t 2 Mn
T h
f C
h 2
/
f
h
= =
bw
bw
Nas situações em que a armadura adicional de reforço for a única armadura da seção (por
exemplo armadura negativa sobre apoios em TRAMOS INTERNOS), recomenda-se que os
critérios de armadura mínima daNBR 6118 sejam atendidas.
Os critérios de armadura mínima não precisam ser verificados caso a armadura complementar
não seja a única armadura responsável pela seção. Esta situação é usual em TRAMOS
EXTERNOS, quando a capacidade total da seção para momentos positivos é obtida pela soma
entre a seção armada (tabelas anexas) com aTabela de Cargas do Item 3.3 . Caso a Tabela de
Cargas (Item 3.3 ) seja desprezada na capacidade da seção, os critérios de armadura mínima da
NBR-6118 necessitam serem atendidos.
Para determinação da resistência da laje mista recomenda-se utilizar 90% do vão livre para
TRAMOS EXTERNOS e 80% para TRAMOS INTERNOS.
24
STEEL DECK MF-50
Seção Armada: Resistência a Momento Fletor (positi vo)
fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
25
STEEL DECK MF-50
Seções Ar madas: Resistência ao Momento Fletor Negativo
fck = 20 MPa fyb = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em telas soldadas
26
EXEMPLO DE DETERMINAÇÃO DE ARMADURAS DE REFORÇO
Suponha a mesma laje do item anterior, porém cobrindo agora vãos adjacentes iguais a 3,2m. A
laje será executada para utilização de garagem de automóveis. O peso de camada de
2
revestimento que será utilizado será 0,50kN/m .
Será verificada a resistência da laje mista comSteel Deck MF-75 de espessura de 0,80mm ,
fabricado em aço galvanizado cujo limite de escoamento é igual a280MPa. O concreto utilizado
possui fck = 20MPa. Será dimensionada a armadura adicional necessária para garantir que a
laje suporte as considerações das cargas de serviço.
SOLUÇÃO:
Para a execução de piso de garagens, uma laje mista comSteel Deck deverá ser verificada para
o caso mais crítico entre uma sobrecarga uniformemente distribuída e uma carga pontual (por
eixo do veículo). Inicialmente, será realizada uma verificação das cargas de serviço atuantes,
2
considerando-se uma sobrecarga uniformemente distribuída de 3kN/m . Posteriormente, será
feita uma segunda verificação, considerando-se a ação de uma carga de 9,0kN concentrada em
uma área de 150mm × 150mm, atuando em qualquer região da laje.
Para a laje mista em questão ( d = 140 mm , # 0,80 mm ZAR 280MPa ), a resistência2 nominal
fornecida pela tabela de cargas doSteel Deck MF-75 da METFORM é : w n = 3,64 kN/m .
wn > wd OK!
27
B.1) VERIFICAÇÃO AO MOMENTO FLETOR:
Na verificação ao momento fletor deve-se considerar a carga concentrada P aplicada no
meio do vão , por se tratar da situação mais desfavorável em termos do diagrama do momento
fletor atuante e, conseqüentemente, da carga distribuída equivalente. Vejamos a situação a
seguir:
Para uma situação em que a carga concentrada esteja a uma distânciaa do apoio, tem-se
Pab
M at = . Igualando este momento ao de uma carga distribuída equivalente ( qL2 / 8) temos
L
8 Pab L 2P L
q eq = . Considerando-se a = b = , temos q eq = . Agora considerando-se a =
L 2 L 4
e b = 3L , q eq = 1,5 P , ou seja, aplicando-se a carga a ¼ do vão, tem-se umaredução d e 33%
4 L
L 9L 0,72 P
na carga distribuída equivalente. Considerando-se aindaa = e b= , q eq = , uma
10 10 L
redução de 64% na carga distribuída equivalente para uma carga aplicada a 1/10 do vão.
Portanto deve-se considerar sempre a carga concentrada aplicada no meio do vão. Neste caso,
L = Lp = 1.600 mm.
⎪⎩ (h p + hc )
bem = 1.274 mm
2 × 12 ⎛ 1 ⎞
logo: q eq = ×⎜ ⎟ = 5,89 kN/m2
3,2 ⎝ 1,274 ⎠
A parcela de carga nominal de serviço relativa à carga distribuída atuante (revestimento) é:
w dd = 0,50 kN/m 2.
Somando-se as parcelas de carga distribuída e carga concentrada, têm-se:
w d = 0,50 + 5,89 = 6,39 kN/m 2
Para o Steel Deck MF-75 especificado, a tabela de cargas daMETFORM indica uma resistência
para a laje mista igual a: w n = 3,64 kN/m 2
wn < wd NÃO OK! A laje necessita de armadura
28
B.2) VERIFICAÇÃO A O CISALHAMENTO TRANSVERSAL:
Na verificação ao cisalhamento transversal, será admitido que a carga concentradaP encontra-
se próxima a um dos apoios, com um afastamento igual à altura total da laje. Logo o vão de
cisalhamento será: Lp = 140mm. Conforme comentários anteriores, a resistência da laje mista ao
cisalhamento transversal deve ser dada por φ.Vn / γ. O valor desta resistência deve ser
comparado com a soma das cargas nominais atuantes na laje, incluindo-se o peso próprio da
mesma.
Nos apoios, a força cortante oriunda das cargas nominais distribuídas (incluindo-se o peso
3,2
próprio)é: Vdd = (2,50 + 0,50 ) × = 4,80 kN/m
2
No apoio
efetiva mais solicitado, a força cortante relativa à carga concentradaP, ao longo da largura
bev , é dada por:
Vcd = P ×
(
L − Lp
×
)
1
L bev
29
B.4) ARMADURAS A DICIONAIS
Para a determinação das armaduras adicionais serão consideradas 2 situações. Análise do
TRAMO EXTERNOS (primeiro e último vão, com momento resistente obtido considerando-se
90% do vão livre) e análise dos TRAMOS INTERNOS (segundo ao penúltimo vão, com momento
resistente obtido considerando-se 80% do vão livre).
TRAMOS EXTERNOS (primeir o e úl tim o vão):
Tabela de cargas Steel Deck MF-75 (pág. 10) para um vão igual a90% do vão liv re :
L = 0,9 x 3.200mm = 2.880mm ~ 2.900mm w n = 4,97 kN/m 2
Momento a ser resistido pela armadura a dicio nal:
De acordo com a tabela de resistências a momentos positivos paraSteel Deck MF-75 , para uma
laje com altura total igual a 140mm o momento nominal resistente da laje reforçada por uma
barra de diâmetro 5mm no interior da nervura do Steel Deck é Mn + = 2,22 kN.m/m. Portanto,
Mn + > M ar e a laje será reforçada com1 5mm/nervura.
TRAMOS INTERNOS:
Verificação de necessidade de Armadura po sitiva:
2
Carga atuante : w d = 6,39 kN/m
Capacidade resistente da laje:
Tabela de cargas Steel Deck MF-75 (pág. 10) para um vão igual a80% do vão l ivre :
De acordo com a tabela de resistências a momentos negativos paraSteel Deck MF-75 para uma
laje com altura total igual a 140mm o momento nominal resistente da laje reforçada por uma tela
soldada X 138é Mn − = 5,87kN.m/m. Portanto, Mn − > M ear a laje será reforçada por uma
2
tela com área mínima de 1,38 cm/m no sentido das nervuras. Para definição do tipo de tela a
ser usada basta verificar a área mínima de aço necessária no sentido paralelo às nervuras:
30
As min = 0,15% × bw × hef = 0,15% × 100 × 10,25 = 1,52 cm2/m;
Para atender ao critério de armadura mínima deverá ser adotada aTela M-159; (1,59cm2/m de
2
área de aço no sentido paralelo às nervuras e 0,75 cm /m no sentido perpendicular às nervuras).
C) ARMADURA DE DISTRIBUIÇÃO:
A armadura de distribuição posicionada transversalmente às nervuras doSteel Deck deve
prolongar-se ao longo da maior largura efetiva (na situação em questãobem = 1.254 mm). Esta
armadura deve resistir aomomento fletor de cálculo transversal dado por:
Md = γ × P × be
15w
As × f y 1,59 × 60
a= = = 0,56cm
0,85 × fck × b 0,85 × 2 × 100
onde o coeficiente 0,85 refere-se aoefeito Rüsch no concreto ( fck = 20MPa ) e b corresponde
à largura da seção (b = 1m).
O momento fletor resistente da seção é dado por:
Mn > Md OK!
31
3.6 DIMENSIONAMENTO DE VIGAS MISTAS COM STEEL DECK
O dimensionamento de vigas mistas cuja laje é executada com o sistemaSteel Deck deve ser
NBR 8800 (2007).
realizado obedecendo-se todas as limitações e recomendações prescritas na
Tais recomendações abordam as situações em que o eixo da viga é paralelo ou perpendicular às
nervuras do Steel Deck , conforme ilustrado na figura abaixo.
> 15 mm
> 40 mm hc > 50 mm
hf < 75 mm
bf > 50 mm
dcs = 19 mm
hcs > 4 dcs
LIMITAÇÕES CONSTRUTIVAS:
a) Para que as vigas de aço sejam consideradas no sistema misto, a altura máxima das
nervuras do Steel Deck ( hf ) deverá ser 75mm. A largura média das nervuras (bf ) não deve
ser inferior a 50mm. Os modelos deSteel Deck MF-50 e MF-75 da METFORM atendem a
estas prescrições.
b) A ligação do concreto da laje com aviga de aço deve ser executada mediante conectores tipo
pino com cabeça (stud bolt), com diâmetro igual a 19mm ( 3/4” ). Após a instalação, os
conectores devem ter comprimento maior ou igual a 4 vezes o diâmetro dos mesmos. Caso o
conector seja soldado à viga através doSteel Deck , as seguintes observações devem ser
atendidas:
- A espessura da chapa do Steel Deck deve ser inferior a 1,5mm para chapa simples.
Para trespasse de duas chapas, aespessura máxima de cada chapadeve ser 1,2mm;
- A soma das camadas de galvanização doSteel Deck deve ser inferior a 385g/m2.
Caso uma das condições acima não seja satisfeita, deve-se perfurar S
o teel Deck , antes da
execução da solda do conector.
c) Após a instalação dos conectores, a projeção dosmesmos acima do flange superior doSteel
Deck não deverá ser inferiora 40mm.
d) A camada de cobrimento de concreto acima do flange superior doSteel Deck deve ter no
mínimo 50mm de espessura. Recomenda-se que o cobrimento de concreto acima dos
32
conectores seja de pelo menos 10mm. Lateralmente (exceto no interior das nervuras) o
cobrimento de concreto para os conectores deve ser 25mm.
e) A METFORM disponibiliza conectores de cisalhamento Stud Bolt com diâmetro nominal
19mm com 02 alternativas de comprimento nominal antes da fusão: 110mm para utilização
com Steel Deck MF-50 e 135mm para utilização comSteel Deck MF-75 .
1 Acs × f ck × E c
Q Rd =
2 γ cs
R g × R p × Acs × f ucs
Q Rd =
γ cs
MPa);
γ cs = Coeficiente de ponderação da resistência do conector, igual a 1,25 para
combinações últimas de ações normais, especiais ou de construção e igual a
1,10 para ações excepcionais;
Rg = Coeficiente para consideração do efeito de atuação de grupos de conectores:
33
R g = 0,70, para três ou mais conectores soldados em uma nervura deSteel
Deck perpendicular ao perfil de aço;
Rp = Coeficiente para consideração da posição do conector:
34
nervura do Steel Deck é perpendicular ao eixo da viga este espaçamento também deverá ser
inferior a 915mm.
Ainda no sentido longitudinal, o espaçamento mínimo entre as linhas de centro dos conectores
deverá ser igual a 6 vezes o diâmetro dos mesmos, exceto no interior das nervuras de Steel
Deck , onde este limite poderá ser reduzido para 4 vezes o diâmetro dos conectores.
Caso o diâmetro dos conectores seja superior a 2,5 vezes a espessura da mesa àqual serão
instalados, estes devem ser soldados diretamente sobre a alma da viga de aço. Caso seja
possível a instalação de mais de um conector transversalmente à viga de aço, o espaçamento
entre suas linhas de centro neste sentido deverá sermaior ou igual a 4 vezes o diâmetro dos
mesmos.
35
GEOMETRIA DO PISO:
V1
0
0
5
7
4
V
5
V
5
V
4
V
Laje Adotada
V2
hc = 75 mm
tc = 150 mm hf = 75 mm
0
5
3
7
4 5 5 4
V V V V
V3
SOLUÇÃO:
A viga V2 é do tipo paralela ao eixo das nervuras doSteel Deck . Será verificada a resistência do
perfil PS 500 52 , cujas dimensões e propriedades geométricas encontram-se representadas
abaixo:
PS 500x52
8
6,3
0
0
5
5
,
6 0
1 0
2
150
2 3 3
Ag = 65,99 cm Wxsup = 878 cm Zx = 1.181 cm
4 3
Ix = 25.855 cm Wxinf = 1.240 cm
36
CARGAS E ESFORÇOS ATUANTES NA VIGA MISTA:
As somas das reações verticais das vigas secundárias ( 5V) que se apoiam em V2 são:
• devido ao peso próprio ... : P1 = 50,9 kN
• devido ao revestimento ...: P2 = 37,1 kN
• devido à sobrecarga ........ : P3 = 92,8 kN
As reações totais de cálculo atuando em V2 são:
Pd = 1,4 × ( P1 + P2 ) + 1,5 × P3 = 262,4 kN
Pd Pd Momentos Fletores
37
Ag f y 65,99 × 30
Tad = a
= = 1.799,7 kN
γ a1 1,1
está localizada no flange superior da viga de aço, distante y de sua fibra superior. A figura
seguinte exibe a distribuição de tensões bem como os esforçosTad , Cad e Ccd , atuantes na
seção mista.
38
bc
0,85 fck
Ccd C
hc
hf Cad fy
y LNP
Tad
hf yc yt
fy
y LNP
O termo yc indica a distância do centro de gravidadeda área de aço comprimida à fibra superior
do perfil: yc = y / 2 = 0,56 mm. O termo yt representa a distância do centro de gravidade da
área tracionada à fibra inferior da viga de aço. Para a viga em questão,
yt = 199,4 mm.
Sendo d igual a altura total da viga de aço ( 500 mm ) e β vm = 1,00 para vigas mistas
biapoiadas: MRd = 719,3 kNm.
Md = 656,0 kNm.
λr = 1,37 K v E / f y = 80,1
λp V
pl
λp < λ < λr ∴ V Rd = × = 417,4 kN
λ γ
a1
39
VERIFICAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS VERTICAIS:
O deslocamento vertical total (flecha) da viga mista é dividido em duas parcelas. A primeira
parcela corresponde ao deslocamento vertical daviga de aço isolada que ocorre antes da cura
do concreto, caso não existam escoramentos. Para esta parcela, o carregamento atuante na viga
2
de aço ( qG’ ) corresponde ao peso próprio da laje após a concretagem (2,74 kN/m para MF-75
esp.= 0,80 mm, tc = 150 mm). A segunda parcela corresponde aos deslocamentos daviga mista
devidos a todas as cargas de serviço da estrutura, subtraídas as cargas consideradas emqG’ .
Para a verificação da segunda parcela, o carregamento utilizado é denominadoqL . O valor
máximo admissível para o deslocamento vertical total éL / 250.
q total = qL + Gq= ' 2+,74
+ =2 5 9 74, kN/m2
qG' = 2 ,74 kN/m2 ∴ PG’ = 50,9 kN
q L = q total − q G ' = 7 ,00 kN/m2 ∴ PL = 129,9 kN
Para a determinação do momento de inércia da seção mista I(m ) , deve-se determinar a posição
da linha neutra elástica da seção mista (LNE ) , isto porque as deformações estão limitadas ao
regime elástico da peça.
Ag y a + A' c d + h f + hc / 2
ym =
Ag + A' c
L / 250 = 30 mm
total < L / 250 OK!
40
bc
Ac
hc
hf
LNE
d X X
ym
ya
Deve-se também verificar a flecha da viga mista devido às sobrecargas atuantes. PelaNBR
8800 (2007), o valor máximo admissível para o deslocamento vertical devido às sobrecargas é
L / 350 .
q sc = 5 kN/m2 ∴ Psc = 92,8 kN
23Psc × L 3
Δ sc = = 9,19 mm
648EI m
L / 350 = 21 , 4 mm
sc < L / 350 OK!
De acordo com a NBR 8800 (2007), a limitação da tensão de tração atuante na fibra inferior da
viga de aço é exigida apenas para o caso em que3,76 E / f y < h / t w ≤ 5,7 E / f y , o que
não ocorre neste exemplo. No entanto, para fins didáticos, faremos a verificação a seguir:
A tensão total atuante, assim como Δtotal é dividida em duas parcelas. A primeira parcela
corresponde à tensão atuante na viga de aço isolada ( carregamentoqG’ ) . A segunda parcela
corresponde à tensão atuante na viga mista ( carregamentoqL ) . Para o cálculo desta parcela, o
momento de inércia da viga mistaIm deve ser obtido considerando-se A’c = ( bc / n ) × hc .
qG ' = 2,74 kN/m2 ∴ MG’ = 127,25 kNm
qL = 7,00 kN/m 2
∴ ML = 324,75 kNm
3
Wxinf = 1.240 cm
4 3
Im = 103.335 cm ym = 48,43 cm Wminf = 2.134 cm
41
QUANTIDADE E DISTRIBUIÇÃO DOS CONECTORES DE CISA LHAMENTO:
Todas as verificações realizadas somente têm validade se o número e a distribuição dos
conectores (stud bolt) , sejam tais que a interação total da laje com a viga de aço seja
garantida.
Como a Linha Neutra Plástica (LNP) da seção mista situa-se na viga de aço, o esforço de
cisalhamento a ser resistido pelos conectores deve ser dado por:
Vn = 0,85 × fck × (bc × hc ) = 2.391 kN
Ao utilizar-se o Steel Deck MF-75 da METFORM para as vigas mistas paralelas ao vão da laje
há minoração de 24% da resistência nominal ao cisalhamento dos conectores stud bolt, assim
C = 0,76. Logo, a resistência de um conector stud bolt deve ser dada por:
red
⎧0,76 × 0,5 Acs × fck × E c
qn ≤⎨
⎩0,76 × Acs × f u
Será utilizado um conector φ3/4” × 53/8” (Acs = 283 mm2 , fu = 415MPa). Conforme o cálculo
anterior, o módulo de elasticidade do concreto com fck = 20MPa é Ec = 22.085MPa . Assim,
têm-se:
qn = 0,76 x 94 = 71,4 kN
Logo, o número de conectores entre o ponto de momento fletor máximo e o apoio deve ser :
V 2.391
n= n = = 32 conectores
qn 71,4
A espessura do flange superior da viga de aço (tfl = 8 mm ) é superior a dcs / 2,5 . Logo os
conectores podem ser soldados diretamente no flange superior da viga de aço, em uma fila
dupla. O espaçamento entre os conectores (2.500 / ( 32 / 2 )≅ 156 mm), é superior ao
espaçamento mínimo admissívelpara conectores, queé 6dcs .
Pd Pd
Na região de momento fletor constante devem sercolocados 4 conectores construtivos (em uma
fila única), de forma a satisfazer o espaçamento máximo admissível entre os mesmos, que é
800mm.
42
3.7 ABERTURAS EM LAJES COM STEEL DECK METFORM
Geralmente aberturas em lajes são executadas realizadas após a concretagem. Durante a concretagem,
deverão ser feitos nichos (utilizando-se madeira, chapas de aço de pequena espessura ou isopor) que
isolem o concreto do Steel Deck . O Steel Deck deverá ser cortado somente depois que a resistência à
compressão do concreto atinja 75% dofck de projeto.
Após a concretagem, deverão ser evitadas aberturas de furos cujo processo provoque uma vibração
excessiva que venha a prejudicar a superfície de contato concreto/Steel Deck .
ABERTURAS PEQUENAS:
São as aberturas cuja maior dimensão não ultrapasse 200 mm. Para estas aberturas não é necessário a
consideração de algum reforço para a laje mista. Estas aberturas podem ser realizadas após a
concretagem do piso, através de máquinas perfuradoras com coroas diamantadas. A distância mínima
entre os centros dos furos deverá ser de duas vezes o diâmetro perfurado. Nas regiões em que o concreto
perfurado participe da largura efetiva de vigas mistas, esta distância mínima deverá ser aumentada para
cinco vezes o diâmetro da abertura.
ABERTURAS GRANDES:
São as aberturas em que uma das dimensões ultrapasse o valor de 200mm. Nestes casos, armaduras de
reforço Longitudinais e Transversais deverão ser colocada na região. Esta armadura, consiste em:
ARMADURA LONGITUDINAL:
Deve ser posicionada dentro dos canais do Steel Deck na região adjacente ao furo. A resistência desta
armadura deve corresponder à resistência de área de aço da chapa doSteel Deck que foi retirada na
43
execução da abertura. O comprimento de ancoragem desta armadura deve ser determinado conforme a
ABNT-NBR-6118. A área total da armadura longitudinal ( Asl ) poderá ser considerada como:
Asl = As × L × φfy / ( fyl / γs )
em que: As = Área por unidade de comprimento de steel deck recortada na abertura. Para os modelos de
Steel Deck MF-50 e MF-75 estas áreas devem ser consideradas como:
STEEL DECK MF-50 STEEL DECK MF-75
# Steel Deck As # Steel Deck A s
( mm ) ( cm2/m ) ( mm ) ( cm2/m )
0,80 9,97 0,80 11,12
0,95 11,93 0,95 13,32
1,25 15,87 1,25 17,71
L = Largura da abertura, perpendicular ao vão dalaje;
φ = Coeficiente de minoração da resistência do aço doSteel Deck (em analogia à ABNT-NBR-
8800 pode-se adotar φ = 0,9);
fy = Limite de escoamento do aço doSteel Deck ;
γs = Coeficiente de segurança da armadura longitudinal (seguindo aABNT-NBR-6118, γs =
1,15);
fyl = Limite de escoamento do aço da armadura longitudinal.
ARMADURA TRANSVERSAL:
Corresponde à armadura de distribuição de lajes convencionais armadas em uma só direção. Deve ser
posicionada perpendicularmente aos canais do Steel Deck , podendo apoiar-se diretamente sobre o flange
superior do mesmo. Esta armadura deve prolongar-se por no mínimo dois canais do Steel Deck , além da
largura da abertura.
A armadura transversal pode ser considerada como no mínimo 20% da armadura longitudinal, distribuída
em no mínimo três barras, cujo espaçamento seja inferior a 300mm.
Região da abertura
Armadura longitudinal
Opcionalmente a armadura de distribuição poderá ser substituída por perfisU, laminados ou formados a
frio, em chapas de pequena espessura. Embutidos no concreto, os perfis U trabalharão à flexão e deverão
absorver as cargas atuantes na região da abertura, transmitindo-as para as regiões adjacentes.
Deverão sempre serem previstas vigas no contorno de aberturas cuja dimensão perpendicular ao sentido
das nervuras doSteel Deck maior que 600mm.
44
3.8 DETALHES CONSTRUTIVOS COM STEEL DECK METFORM
Para a correta instalação do Steel Deck METFORM sobre a estrutura de aço deverão ser utilizados
acessórios tais como arremates de laje ( AL), suportes de arremates (SD), complementos de Steel Deck
(CD) ou arremates de Steel Deck (AD). As peças de Steel Deck bem como todos os acessórios requeridos
na montagem da laje deverão ser detalhados em um desenho denominado“Diagrama de Forma” . Cada
cada pavimento tipo de uma edificação em projeto deve possuir o“ Diagrama de Forma” correspondente, o
qual deverá retratar o posicionamento das peças deSteel Deck bem como as situações particulares
existentes. Algumas destas situações serão ilustradas a seguir:
Arremates de Laje ( AL )
>15mm
b
>25mm >50mm
AL
>15mm
AL
b
>50mm
Para a fabricação dos perfis dos arremates de laje é recomendável que sejam utilizadas chapas em aço
ASTM A570 grau C com espessura maior ou igual a 2mm. O arremates de laje deverão ser soldados nas
vigas de aço, apoiando-se sobre um comprimento de no mínimo 50mm. As soldas deverão ser de filete com
comprimento de 25mm e espaçamento não superior a 300mm. A espessura da chapa de arremate é
determinada em função dobalanço (b) ao qual a mesma fica submetida. As tabelas seguintes indicam as
espessuras mínimas dos arremates de laje, baseadas nas recomendações do Steel Deck Institu te (SDI),
para os modelos deSteel Deck MF-50 e MF-75:
45
STEEL DECK MF-75 & MF-50
Espessur a Mínima Para Arr emates de Laje ( mm )
Altura Total Espessura Mínim a da Chapa ( mm )
da Laje Balanço do Arremate de Laje b ( mm )
( mm ) 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 250 275
100 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35
110 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35
120 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35
130 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35
140 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35
150 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35
160 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 -
170 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 -
180 2,00 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 - -
190 2,00 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 - -
200 2,00 2,00 2,65 2,65 2,65 2,65 3,35 3,35 3,35 - - -
Nas situações em que o balanço do Steel Deck em relação a extremidade do flange da viga de apoio for
muito grande, o arremate de laje deverá ser fabricado em de aço galvanizado, apresentando uma seção
transversal em U. A aba inferior doPerfil U deverá ser fixada com rebites nas ondas baixas do Steel Deck .
A aba superior do Perfil U deverá ser fixada (também por rebites) ao suporte de arremate (SD), o qual
deverá ser rebitado nas ondas altas do Steel Deck . Nas ondas altas ou baixas, o espaçamento entre os
pontos de rebites não deverá ser superior a 500mm.
SD AL
46
Compl emento s de Steel Deck ( CD )
Em situação de projeto, ao distribuir-se os painéis de Steel Deck para fôrma de uma laje, deverá ser levado
em conta a largura útil de cada modelo 915mm
( para o Steel Deck MF-50 e 820mm para o Steel Deck MF-
75) e a largura total disponível da laje a ser coberta. Para completar a largura total da laje, na região
próxima as vigas principais (comprimento l paralelo ao Steel Deck ), poderá ser utilizado umcomplemento
de Steel Deck ( CD ). A principal função desta peça é de evitar recortes e perdas noSteel Deck . O
Complemento de Steel Deck deverá ser executado em aço galvanizado, com limite de escoamento igual
ao do Steel Deck utilizado. Baseado nas prescrições do Steel Deck Institute ( SDI ), recomenda-se a
utilização de chapas galvanizadas com espessura nominal 1,55mm. A largura máxima admissível para os
Complementos de Steel Deck ( l ) deverá ser de até 250mm.
l
CD
>25mm
Da mesma forma que as peças de Steel Deck , os Complementos de Steel De ck ( CD ) deverão ser
fixados às vigas de aço da estrutura através de soldas tipo “bujão” (tampões) com 16mm de diâmetro. No
sentido longitudinal (paralelo as vigas) o espaçamento máximo entre as linhas de centro dos pontos de
soldas deverá ser inferior a 800mm. A largura mínima recomendada para apoio dos Complementos de
Steel Deck sobre o flange superior das vigas de aço é igual a 25mm.
AD
47
AL
AD
48
LARGURA MÍNIMA DE APOIO DO STEEL DECK
Os valores para “vãos máximos sem escoramento ” anotados nas tabelas de cargas do Steel Deck MF-
75 foram obtidos adotando-se75mm para largura de apoio externo e150mm para largura de apoio interno
do Steel Deck (vide desenho anexo). Estas larguras mínimas de apoio determinam o valor da resistência
ao esmagamento da alma da fôrma S( teel Deck solicitado durante a fase de construção).
Para o Steel Deck MF-50 os valores de “vãos máximos sem escoramento” foram obtidos adotando-se
50mm para largura de apoios externos e100mm para largura de apoios internos.
Ao se executar uma laje com o steel deck MF-50 ou MF-75 da METFORM, não deverão ser usadas
larguras de apoio inferiores aos valores adotados. Entretanto, caso o flange superior da viga de aço não
permita a utilização das larguras mínimas consideradas para apoio, o Departamento Técnico da METFORM
deverá ser consultado, para uma análise da situação.
l l
49
ARMADURAS ADICIONAIS SOBRE VIGAS PRINCIPAIS
Geralmente, as vigas da estrutura de sustentação da laje são calculadas como simplesmente apoiadas,
adotando-se condições de rótulas em suas extremidades. Porém, existe uma tendência de continuidade
das vigas secundárias nas regiões de ligação destas com as vigas principais. Este efeito pode provocar a
abertura de fissuras paralelas ao eixo das vigas principais.
Visando-se a evitar a ocorrência destas fissuras, deverá ser utilizada uma armadura adicional sobre as
vigas principais, além da armadura de retração. Esta armadura adicional deverá ser executada em barras
redondas, colocadas na região das ligações entre as vigas secundárias e principais, com cobrimento de
cerca de 20mm. O comprimento das barras redondas ( d ) bem como a área transversal desta armadura
adicional variam em função do tipo e do vão da viga (Lp ou Lm ), conforme as equações abaixo:
Lp1 Lp2
Tela
CORTE A−A
A 2
s Ls1/8 Ls2/8
L As1
c
8
/ 1 h
2
s
s A As2
L
/8
1
s
L Lp1/8 Lp2/8
1
s
Tela L
A
Recomenda-se o uso de barras com diâmetro de 12,5mm. Conforme visto na figura as barras deverão ter
comprimento para cada lado da viga igual a 1/8 do vão considerado, devendo ainda ser ancoradas no
concreto da laje segundo as prescrições da ABNT-NBR 6118 (2003).
50
= 0,5% × ⎛⎜ × 7,5 ⎞⎟ = 3,75 cm2 (3 φ 12,5mm);
800
Vigas secundárias: As1
⎝ 8 ⎠
51
4 DIMENSIONAMENTO DE LAJES COM STEEL DECK METFORM EM SITUAÇÃO DE
INCÊNDIO _______________________________________________________________
A verificação das lajes com Steel Deck METFORM em situação de incêndio segue as prescrições do Item
C.3 – Anexo C – da AB NT-NBR 14323.
Para TRRF (Tempo Mínimo de Resistência ao Fogo ) de até 30 minutos, seguindo as especificações da
ABNT-NBR 14323, todas as lajes com Steel Deck METFORM atendem aos requisitos exigidos e não são
necessárias verificações adicionais.
Para TRRF superiores a 30 minutos (60, 90 ou 120 minutos) deverão ser realizadas verificações adicionais
em situação de incêndio. Nestas verificações todo o carregamento aplicado (durante o incêndio) deverá ser
suportado por armaduras adicionais (positivas e/ou negativas) com os elementos (concreto e aço de
armaduras) com resistência minorada devido ao efeito da temperatura.
A consideração de resistência da laje em incêndio garantida exclusivamente pelo concreto e armaduras
utilizadas é econômica pois dispensa o gasto com material para proteção e isolamento térmico do Steel
Deck.
Para possibilitar a verificação especial em situação de incêndio, conforme o TRRF necessário, será exigido
que as lajes com Steel Deck atendam aos critérios de isolamento térmico (lâmina média de concreto - h ef)
tal com descrito na tabela abaixo.
TRRF h ef
( min ) ( mm )
30 60
60 80
90 100
120 120
Para a verificação de lajes em situação de incêndio (sem aplicação de materiais para proteção passiva) ,
além do critério de isolamento térmico acima descrito, também deverão ser atendidos os critérios de
resistênciapositivo
momento da seção aosnegativo
e/ou carregamentos. Deverá
de acordo com ser verificada
o modelo a resistência
estático das lajes
(simplesmente com Steel
apoiado Deck ao
ou contínuo)
adotado no TRAMO analisado (de maneira similar a verificação realizada em temperatura ambiente para
lajes com armadura de reforço Item 3.5). Toda seção analisada (momentos positivos e/ou negativos)
deverá ter resistência garantida exclusivamente pelas armaduras adicionais e pelo concreto (com
resistências minoradas devido ao efeito de temperatura elevada).
De acordo com a ABNT-NBR14.232 as combinações para cargas de cálculo em situação de incêndio
deverão atender a seguinte formulação:
n
Qd = ∑ γ gi Fgi + FQ,exc + α FQ
i =1
Onde:
Fgi é o valor nominal da ação permanente;
FQ,exc é o valor nominal das ações térmicas;
FQ é o valor nominal das ações variáveis devidas às cargas acidentais;
52
α é igual a:
0,2, para locais em que não há predominância de pesos de equipamentos que permaneçam fixos por longo
períodos de tempo, nem de elevadas concentrações de pessoas;
0,4, para locais em que há predominância de pesos de equipamentos que permaneçam fixos por longo períodos
de tempo, ou de elevadas concentrações de pessoas;
0,6, para bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e garagens.
53
Steel Deck MF-50
Resistênci a Nominal ao Momento Fletor (posi tiv o) TRRF = 90 min
fc k = 20 MPa fy b = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 φ 5,0 2 φ 5,0 1 φ 6,3 2 φ 6,3 1 φ 8,0 2 φ 8,0 1 φ 10,0 1 φ 12,5
100 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
110 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
120 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
130 Mn + (kN.m/m) 3,20 6,34 5,05 9,97 8,08 15,80 12,47 19,09
140 Mn + (kN.m/m) 3,51 6,96 5,54 10,94 8,87 17,37 13,70 21,01
150 Mn + (kN.m/m) 3,81 7,57 6,03 11,92 9,65 18,95 14,93 22,93
160 Mn + (kN.m/m) 4,12 8,19 6,52 12,90 10,44 20,52 16,15 24,85
170 Mn + (kN.m/m) 4,43 8,80 7,01 13,87 11,23 22,09 17,38 26,77
54
Steel Deck MF-75
Resistênci a Nominal ao Momento Fletor (posi tiv o) TRRF = 120 min
Fck = 20 MPa fyb = 500 MPa
Altura total
da laje Armaduras de Barra @ onda baixa
(mm) 1 φ 5,0 2 φ 5,0 1 φ 6,3 2 φ 6,3 1 φ 8,0 2 φ 8,0 1 φ 10,0 1 φ 12,5
130 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
140 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
150 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
160 Mn + (kN.m/m) 3,33 6,61 5,26 10,41 8,43 16,57 13,04 20,07
170 Mn + (kN.m/m) 3,60 7,16 5,70 11,28 9,13 17,97 14,14 21,78
180 Mn + (kN.m/m) 3,87 7,70 6,13 12,15 9,83 19,37 15,23 23,49
190 Mn + (kN.m/m) 4,15 8,25 6,56 13,02 10,53 20,77 16,32 25,20
200 Mn + (kN.m/m) 4,42 8,80 7,00 13,88 11,23 22,17 17,42 26,91
A resistência a momentos negativos deverá ser considerada em TRAMOS INTERNOS, sobre os apoios.
Para o cálculo da resistência a momento nos TRAMOS INTERNOS de lajes contínuas, dois sistemas
estáticos podem ser considerados no dimensionamento. O primeiro sistema (mais econômico) considera a
participação de armadura positiva e negativa para a determinação do momento total resistente (por
exemplo, através do uso de tela soldada em forma de uma catenária – ver figura na página seguinte). O
segundo sistema admite a formação de rótulas no centro do vão e considera a participação apenas de
armadura negativa na resistência a flexão (por exemplo, através do uso de tela soldada posicionada a uma
espessura constante do topo da laje – ver figura abaixo). Nas duas situações, procura-se utilizar como
armadura em verificação de incêndio a tela soldada (com ou sem reforços) que foi adotadas, em
temperatura ambiente, para controle da fissuração devida à retração do concreto.
0 0
2 2
CORTE A−A
Para o sistema estático sem armadura positiva a resistência a flexão é garantida apesas pelas
armaduras negativas sobre os apoios:
Mn 2 = Mn −
55
A
0 0
2 2
5 5
2 2
A
CORTE A−A
Para o sistema estático que considera a participação de armadura positiva e negativa são determinados
dois valores de resistência ao momento fletor: um positivo Mn+ e um negativo Mn-. O momento final é
obtido a partir da soma dos dois valores:
Mn 1 = Mn + + Mn −
As resistências nominais ao momento fletor de lajes contínuas podem ser resumidas pelas tabelas abaixo
(para a elaboração das tabelas foram considerados concreto com resistência caracterísitca a compressão
igual a 20 MPa e tela soldada fabricada a partir de aço com tensão de escoamento iguala 600 MPa):
56
Steel Deck MF-75
Resistênci a Nominal ao Momento Fletor (posi tiv o / negativo) TRRF = 60 min
fc k = 20 MPa fy t = 600 MPa
Altura total
Da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
130 Mn + (kN.m/m) 1,09 1,32 1,60 1,93 2,20 2,66 3,25 3,66
Mn - (kN.m/m) 3,07 3,72 4,50 5,41 6,14 7,40 9,02 10,16
140 Mn + (kN.m/m) 1,46 1,78 2,17 2,62 3,00 3,64 4,48 5,08
-
150 Mn + (kN.m/m)
M 3,52
1,84 4,27
2,24 5,18
2,74 6,23
3,32 7,10
3,80 8,58
4,63 10,50
5,72 11,86
6,50
n (kN.m/m)
Mn - (kN.m/m) 3,97 4,82 5,86 7,06 8,05 9,75 11,97 13,56
160 Mn + (kN.m/m) 2,21 2,70 3,30 4,01 4,59 5,61 6,95 7,92
Mn - (kN.m/m) 4,42 5,37 6,53 7,89 9,01 10,93 13,45 15,25
170 Mn + (kN.m/m) 2,59 3,16 3,87 4,70 5,39 6,59 8,18 9,33
Mn - (kN.m/m) 4,87 5,93 7,21 8,72 9,96 12,11 14,92 16,95
180 Mn + (kN.m/m) 2,96 3,62 4,43 5,39 6,19 7,57 9,41 10,75
Mn - (kN.m/m) 5,32 6,48 7,89 9,55 10,91 13,28 16,40 18,65
190 Mn + (kN.m/m) 3,34 4,09 5,00 6,08 6,98 8,55 10,65 12,17
Mn - (kN.m/m) 5,77 7,03 8,57 10,37 11,87 14,46 17,88 20,35
200 Mn + (kN.m/m) 3,72 4,55 5,57 6,77 7,78 9,54 11,88 13,59
Mn - (kN.m/m) 6,22 7,58 9,25 11,20 12,82 15,63 19,35 22,05
Steel Deck MF-50
Resistênci a Nominal ao Momento Fletor (posi tiv o / negativo) TRRF = 90 min
fc k = 20 MPa fy t = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
100 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
110 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
120 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
130 Mn + (kN.m/m) 1,58 1,94 2,37 2,87 3,30 4,03 5,01 5,71
Mn - (kN.m/m) 3,56 4,31 5,20 6,24 7,08 8,51 10,35 11,65
140 Mn + (kN.m/m) 1,88 2,29 2,81 3,41 3,92 4,80 5,97 6,82
-
(kN.m/m) 4,01 4,86 5,88 7,06 8,03 9,69 11,83 13,35
150 Mn + (kN.m/m)
M 2,17 2,65 3,25 3,95 4,54 5,56 6,92 7,92
n
Mn - (kN.m/m) 4,46 5,41 6,56 7,89 8,99 10,86 13,30 15,04
160 Mn + (kN.m/m) 2,46 3,01 3,69 4,49 5,16 6,33 7,88 9,02
Mn - (kN.m/m) 4,91 5,96 7,24 8,72 9,94 12,04 14,78 16,74
170 Mn + (kN.m/m) 2,75 3,37 4,13 5,03 5,78 7,09 8,84 10,13
Mn - (kN.m/m) 5,36 6,52 7,92 9,55 10,89 13,21 16,25 18,44
57
Steel Deck MF-75
Resistênci a Nominal ao Momento Fletor (posi tiv o / negativo) TRRF = 90 min
fc k = 20 MPa fy t = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
130 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
140 Mn + (kN.m/m) 1,14 1,40 1,71 2,07 2,37 2,89 3,57 4,06
Mn - (kN.m/m) 3,45 4,17 5,03 6,03 6,84 8,22 9,98 11,22
150 Mn + (kN.m/m) 1,44 1,76 2,15 2,61 2,99 3,65 4,53 5,16
Mn - (kN.m/m) 3,90 4,72 5,71 6,86 7,79 9,39 11,46 12,92
160 Mn + (kN.m/m) 1,73 2,11 2,59 3,14 3,61 4,41 5,49 6,26
Mn - (kN.m/m) 4,35 5,27 6,39 7,68 8,75 10,57 12,93 14,62
170 Mn + (kN.m/m) 2,02 2,47 3,03 3,68 4,23 5,18 6,45 7,37
Mn - (kN.m/m) 4,80 5,83 7,07 8,51 9,70 11,74 14,41 16,32
180 Mn + (kN.m/m) 2,31 2,83 3,47 4,22 4,85 5,94 7,40 8,47
Mn - (kN.m/m) 5,25 6,38 7,75 9,34 10,66 12,92 15,89 18,02
190 Mn + (kN.m/m) 2,61 3,19 3,91 4,76 5,47 6,71 8,36 9,58
Mn - (kN.m/m) 5,70 6,93 8,42 10,17 11,61 14,10 17,36 19,71
200 Mn + (kN.m/m) 2,90 3,55 4,35 5,30 6,09 7,47 9,32 10,68
Mn - (kN.m/m) 6,15 7,48 9,10 11,00 12,56 15,27 18,84 21,41
Steel Deck MF-50
Resistênci a Nominal ao Momento Fletor (posi tiv o / negativo) TRRF = 120 min
fc k = 20 MPa fy t = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
100 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
110 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
120 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
130 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
+
140 Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn (kN.m/m) - - - - - - - -
150 Mn + (kN.m/m) 1,74 2,12 2,60 3,17 3,64 4,47 5,57 6,38
Mn - (kN.m/m) 4,45 5,39 6,51 7,80 8,86 10,66 12,99 14,65
160 Mn + (kN.m/m) 1,97 2,41 2,95 3,60 4,14 5,08 6,34 7,26
Mn - (kN.m/m) 4,90 5,94 7,19 8,63 9,81 11,84 14,47 16,34
170 Mn + (kN.m/m) 2,20 2,70 3,31 4,03 4,63 5,69 7,10 8,14
Mn - (kN.m/m) 5,35 6,49 7,86 9,46 10,77 13,01 15,94 18,04
58
Steel Deck MF-75
Resistênci a Nominal ao Momento Fletor (posi tiv o / negativo) TRRF = 120 min
fc k = 20 MPa fy t = 600 MPa
Altura total
da laje Armaduras em tela soldada
(mm) X 75 X 92 X 113 X 138 X 159 X 196 X 246 X 283
130 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
140 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
150 Mn + (kN.m/m) - - - - - - - -
Mn - (kN.m/m) - - - - - - - -
160 Mn + (kN.m/m) 1,39 1,69 2,07 2,52 2,90 3,55 4,42 5,06
Mn - (kN.m/m) 4,34 5,25 6,34 7,59 8,62 10,37 12,62 14,22
170 Mn + (kN.m/m) 1,62 1,98 2,43 2,95 3,39 4,16 5,19 5,94
Mn - (kN.m/m) 4,79 5,80 7,02 8,42 9,57 11,54 14,10 15,92
180 Mn + (kN.m/m) 1,85 2,27 2,78 3,38 3,89 4,77 5,96 6,82
Mn - (kN.m/m) 5,24 6,35 7,69 9,25 10,53 12,72 15,58 17,62
190 Mn + (kN.m/m) 2,09 2,55 3,13 3,81 4,38 5,38 6,72 7,70
Mn - (kN.m/m) 5,69 6,90 8,37 10,08 11,48 13,90 17,05 19,32
200 Mn + (kN.m/m) 2,32 2,84 3,48 4,24 4,88 5,99 7,49 8,58
Mn - (kN.m/m) 6,14 7,46 9,05 10,91 12,44 15,07 18,53 21,01
59
0
0
0
8
0
0
0
8
8000 8000
A verificação das lajes mistas para situação de incêndio inicia-se pelo critério de isolamento térmico. De
acordo com a ABNT-NBR14.323, para o tempo de proteção definido, a altura efetiva (h ef) da laje deverá ser
superior a 120mm. Assim, para que se atinja a altura efetiva requerida deverá ser utilizada uma laje com
Steel Deck MF-75 com altura total 160mm (lâmina média de concreto igual a 122,5mm).
A verificação pelo critério de resistência ao carregamento começa pela definição para os tramos externos
do carregamento atuante em situação de incêndio, onde as lajes são consideradas como isostáticas:
Md = = 4,81 kN.m/m
8
Portanto, deverão ser posicionadas 2 barras com diâmetro igual a 5mm no interior das nervuras do
Steel Deck , a cerca de 37mm da face inferior da fôrma.
60
B) VERIFICAÇÃO DOS TRAMOS INTERNOS (LAJES CONTÍNUAS):
No caso dos TRAMOS INTERNOS das lajes podem ser considerados dois sistemas estáticos: o
primeiro que considera a participação apenas de armadura negativa e uma segunda opção (mais
econômica) que admite, também, acontribu ição de arma dura positiva na resistência a flexão
No primeiro sistema o valor do momento negativo dado pela tabela da página 47TRRF
( = 120 min,
ht = 160mm) deverá ser superior ao momento de solicitaçãoMd calculado anteriormente:
61
O detalhamento final das armaduras das lajes poderá ser representado pelo engenheiro calculista
da tal como representado na figura a seguir.
CORTE A−A
TELA Q92
2φ5 mm Tela
p/ nervura A Q−92
2φ5 mm
p/ nervura
A
2φ5
p/nervura
CORTE B−B
TELA Q92
Tela (catenária)
Q−92
2φ5 mm
B B
p/ nervura
0
2φ5 mm 2
p/ nervura
5
2
Steel Deck
Vigas secundárias
62
5 INSTRUÇÕES PARA TRANSPORTE, MANUSEIO, E MONTAGEM DO STEEL DECK
METFORM _________________________________________________________________
Para um perfeito desempenho do Steel Deck , durante a instalação algumas precauções deverão ser
tomadas, dando atenção especial às etapas de transporte, descarga, conferência, armazenamento,
manuseio e montagem dos materiais na obra.
O Steel Deck e seus acessórios são produzidos em aço galvanizado. Portanto, todas as precauções a
serem tomadas pela obra deverão sempre evitar o aparecimento de um tipo de corrosão causada pela
penetração e retenção de água entre as peças galvanizadas. Este tipo de corrosão é popularmente
conhecido como “ferrugem branca”.
5.1 Transpor te, descarga e armazenamento pro visó rio
Em geral, o Steel Deck é enviado para a obra em fardos, com os materiais firmemente cintados, de forma a
evitar que a vibração durante o transporte possa amassar as peças. Para painéis com comprimento de até
8,00m são utilizados caminhões; painéis com comprimento entre 8,00m e 12,00m são transportados em
carretas.
Quando da chegada do material à obra, o responsável pela descarga deverá checar as etiquetas de
identificação dos fardos, conferindo o número de peças e a espessura do Steel Deck. Deverá ser realizada
uma inspeção visual, para certificar que nenhum painel esteja danificado. Somente após esta verificação é
que o material poderá ser recebido pela obra.
Usualmente a descarga dos fardos de Steel Deck é realizada por meio de grua ou guindaste, tomando-se
as precauções necessárias, de forma a evitar danos aos painéis:
- No içamento, para que os painéis não sejam amassados e para que as cintas não sejam rasgadas, é
recomendável o uso de uma proteção de madeira ou borracha, de forma que as cintas não fiquem
diretamente em contato com o Steel Deck .
- Fardos com painéis de comprimento superior a 3,00m devem ser içados utilizando-se uma viga balança,
na qual deverão ser presas as cintas. Fardos mais curtos, de comprimento inferior a 3,00m, podem ser
erguidos sem a viga balança, porém utilizando-se pelo menos duas cintas. Em qualquer caso, é
recomendável que a distância entre as cintas não seja superior a 3,50m.
Na ausência
a retirada e ode guindaste
içamento ou gruadas
individual na peças.
obra, a descarga dos painéis poderá ser realizada manualmente, com
Após o içamento dos fardos, o Steel Deck deverá ser posicionado sobre as vigas de aço da estrutura.
Entretanto, caso a estrutura não esteja em condições de receber os painéis, estes deverão ser
provisoriamente armazenados em pilhas, tomando-se as devidas precauções para que se evite a
ocorrência da “ferrugem branca”no material galvanizado.
O armazenamento temporário deverá ocorrer em local seco, coberto, arejado, com pequenas variações de
temperatura e protegido de umidade. Conforme recomendações a seguir:
63
- As pilhas deverão ser posicionadas sobre “camas” de madeira ou aço, de forma a evitar o contato direto
do Steel Deck com o solo. Por precaução, as pilhas deverão ser inclinadas para, em caso de acidentes,
fazer o escoamento da água. É necessário ainda, deixar espaços entre os fardos de Steel Deck ,
possibilitando a ventilação e evitando a possível condensação de água entre os painéis.
- Mesmo com o material estando embalado é indispensável que as pilhas sejam cobertas por um lona
impermeável.
- Deve-se impedir, de qualquer maneira, que o Steel Deck seja molhado. Entretanto, caso isto venha a
ocorrer, as pilhas deverão ser provisoriamente desfeitas e todo o material deverá ser enxugado
manualmente.
O armazenamento
galvanizado na obra, temporário
não deverá doocorrer
material
por
períodos de tempo superiores a 30 dias. É
importante lembrar que, durante este período de
armazenamento, em hipótese alguma deve-se
colocar carga sobre as pilhas de Steel Deck .
Portanto, antes do início da instalação dos materiais a equipe de montagem deverá estar munida destes
desenhos e bem informada sobre os detalhes de fixação indicados. Durante a montagem, as informações
descritas nos desenhos de paginação deverão ser rigorosamente seguidas.
Após a conclusão da montagem das vigas da estrutura, a instalação do Steel Deck e de seus acessórios
poderá ser iniciada. Entretanto, é importante lembrar que o topo das vigas de aço deverá estar nivelado,
seco e livre de sujeiras ou ferrugem. Inclusive, caso as vigas venham a requerer a posterior solda de
conectores de cisalhamento do tipo Stud Bolt, é fundamental que a face superior destas esteja sem pintura,
para que o processo de solda não seja prejudicado. Após a conferência de que as vigas da estrutura
estejam atendendo às condições de nivelamento e de limpeza, os fardos de Steel Deck poderão ser
içados, dando início aos serviços de montagem.
Após o içamento dos fardos, os painéis individuais deverão ser retirados manualmente e posicionados
sobre o vigamento, seguindo as cotas e medidas indicadas no desenho de paginação. É importante estar
atento para o fato de que as peças não sejam montadas invertidas,“de cabeça para baixo”. Eventualmente,
nos cantos, ou no contorno dos pilares, podem ser necessários recortes nas extremidades dos painéis, para
possibilitar o ajuste final na geometria da estrutura da edificação. Caso necessário, estes recortes poderão
ser facilmente realizados mediante o uso de máquinas com discos para corte de metal.
64
“Montagem dos painéis” “Recortes para ajustes locais”
Após o ajuste e alinhamento, os painéis deverão ser fixados à estrutura. Recomenda-se que, inicialmente,
seja executada uma fixação preliminar com rebites. Posteriormente, para que seja garantido o travamento
das vigas de suporte, deverá ser executada a fixação definitiva dos painéis, através de solda elétrica.
- Para a fixação preliminar, na extremidade de cada painel deverão ser utilizados pelo menos dois rebites,
prendendo o Steel Deck no flange superior das vigas que o suportam. Esta fixação preliminar tem como
objetivo garantir que os painéis não saiam da posição correta até que a fixação definitiva seja concluída.
Com isto é evitado o desalinhamento e também que possam ocorrer acidentes, pela perda de apoio dos
painéis, devido à movimentação das peças ou devido ao vento.
- É importante lembrar que, ao final de um dia de trabalho, nenhumSteel Deck deverá ser deixado sobre a
estrutura sem a fixação preliminar e que t odos os fardos abertos deverão ser novamente amarrados.
- A fixação definitiva do Steel Deck à estrutura de aço deverá ser executada por meio de pontos de solda
bujão ou solda de tampão. Primeiramente, para a execução de cada um destes pontos de solda, deve-se
fazer uma abertura com diâmetro de aproximadamente 16mm na chapa galvanizada do Steel Deck ,
podendo-se utilizar para isto o próprio eletrodo de solda. Em seguida, o interior da abertura deverá ser
preenchido com a deposição do material de solda. Para a execução das soldas bujão é recomendável o uso
de eletrodos do tipo E70XX (limite de resistência igual a 70ksi), entretanto a especificação adequada sobre
o tipo de eletrodo a ser utilizado deverá estar registrada no desenho de paginação do Steel Deck .
- As vigas de suporte dos painéis são aquelas perpendiculares ao sentido das nervuras. Sobre estas vigas
é recomendável que se faça um ponto desolda bujão em todas as ondas baixas do Steel Deck .
- Para as vigas paralelas às nervuras é recomendável que os pontos de solda bujão sejam executados ao
longo do comprimento dos painéis, com um espaçamento entre si de até 800mm.
65< 800mm
U U
“Steel Deck,
acessórios e arremates
de laje:
- -Complementos de
Steel Deck / CSD;
-Arremates de Steel
Deck / ASD;
Após execução da fixação definitiva do Steel Deck e dos acessórios, a junção longitudinal dos painéis
deverá ser realizada através de “mordidas” com um alicate especial. Para as “junções longitudinais” é
recomendável que as mordidas de alicate sejam executadas ao longo do comprimento dos painéis, com um
espaçamento entre si de até 800mm. Geralmente, ao longo do perímetro externo das lajes e do contorno
das aberturas, são utilizadas cantoneiras em aço, denominadas Ar remates de Laje (A L) . Basicamente os
Arrem ates um
possibilitar de Laje (AL ) trabalham
bom acabamento como
para uma Acontenção
as lajes. lateral
fixação dos para oàs
arremates concreto
vigas daa estrutura
ser moldado, além
deverá serde
realizada por meio de soldas de filete, com comprimento igual a 25mm e espaçadas entre si de até 300mm.
Durante a montagem dos Arrem ates de Laje (AL ), deve-se cuidar para que a aba horizontal das peças
permaneça apoiada sobre o flange superior das vigas, em uma largura de pelo menos 50mm.
66
as vigas de suporte sejam mistas estes conectores deverão ser necessários e, somente após o término de
sua aplicação é que o construtor poderá iniciar instalação das armaduras adicionais da laje.
Conforme acertos contratuais já realizados, a aplicação dos conectores de cisalhamento deverá ser
executada ou pela equipe de montagem da estrutura metálica ou pela equipe de montagem do
Steel Deck .
Estes conectores somente deverão ser aplicados após o término da montagem do Steel Deck , sendo
fixados às vigas através das ondas baixas dos painéis.
Para executar seu trabalho, o aplicador deverá estar munido de um diagrama de locação dos conectores,
com a correta indicação da quantidade e da distribuição destes ao longo do comprimento das vigas. Este
diagrama deverá ser fornecido ao aplicador pelo engenheiro calculista da estrutura metálica da edificação.
Emvigas
as estruturas cujas
é o pino dolajes
tipo são
Studexecutadas com
Bolt . Estes Steel Deck
conectores , o conector
deverão de cisalhamento
ser soldados nas vigas,mais utilizado
através para
do Steel
Deck , mediante uma solda por eletrofusão. Conforme já dito antes, para que esta solda seja executada
corretamente, é fundamental que as faces superiores das vigas estejam limpas e principalmente sem
pintura e secas. A umidade é um fator que exerce uma influência desfavorável na solda dos Stud Bolts .
Portanto, para que a qualidade da solda não seja comprometida é recomendável que a aplicação dos
conectores ocorra logo após a montagem do Steel Deck , impedindo a possibilidade de acúmulo de água
entre os painéis e a face superior das vigas de aço. Para evitar esta umidade é recomendável que, ao final
de um dia de trabalho, sejam aplicados todos os conectores correspondentes às regiões com Steel Deck já
montado.
Cabo de aterramento
( < 5,0m)
Para as vigas perpendiculares às nervuras do Steel Deck , os conectores são instalados através dos
painéis. Após a soldagem dos conectores é formado um cordão de solda na base destes. Este cordão de
solda, indiretamente, faz a fixação do Steel Deck nas vigas. Portanto, nestes casos, nas ondas baixas onde
ocorrer a instalação de conectores através do Steel Deck , a solda bujão para a fixação dos painéis poderá
ser dispensada, podendo ser substituída pela solda dos conectores.
67
As armaduras adicionais são constituídas em grande parte por
Armadura
Futura abertura de reforço
telas soldadas, que deverão ser posicionadas próximo ao topo do
concreto, com cobrimentos da ordem de 2,00cm. Para que sejam
evitadas futuras fissuras na superfície do concreto, é muito
importante que seja obedecido o posicionamento correto das
armaduras em tela.
As regiões de balanço do Steel Deck e as regiões de aberturas
sem vigas de contorno, deverão estar previamente locadas no
desenho de armação, o qual deverá indicar as armaduras de
reforço adequadas.
“Armadura de reforço em abertura
sem vi as de contorno”.
Ao colocar as armaduras de reforço nas
aberturas sem vigas de contorno, o construtor
deverá também prever o uso de uma fôrma
lateral, em isopor ou madeira, para que o
concreto seja isolado da região do vazio. É
importante lembrar que o Steel Deck somente
deverá ser recortado após a cura do concreto.
68
- Na região sobre vigas perpendiculares às nervuras: deve-se executar a interrupção a uma distância
equivalente à 1/3 do vão dos painéis;
- Na região sobre vigas paralelas às nervuras: recomenda-se que a interrupção ocorra antes do eixo da
viga, a cerca de 1,00m de seu eixo.
É importante lembrar que o construtor deverá sempre consultar o calculista de concreto, para sejam
definidos os detalhes sobre as juntas de concretagem ao longo da superfície da laje.
Caso necessário, pode-se executar a concretagem e o polimento da superfície de concreto através de
equipamento automatizado. Entretanto, antes da operação, é recomendável que o construtor consulte
Departamento Técnico da METFORM, fornecendo aos técnicos dados referentes às características
geométricas e ao peso dos equipamentos utilizados.
Após o término da concretagem, deve-se executar a cura do concreto das lajes, de maneira similar ao
processo usual das lajes maciças em concreto armado. O calculista de concreto sempre deverá ser
consultado, para que seja especificado o tipo de cura a ser adotada bem como seu tempo de duração.
Após a cura do concreto, deve-se zelar para que sejam aplicadas sobre a laje apenas as sobrecargas
previstas nos projetos. Deve-se evitar o armazenamento, mesmo que provisório, de materiais sobre a
superfície das lajes. Caso sejam aplicadas cargas elevadas, estas deverão ser posicionadas próximo ou
sobre as vigas de suporte, distribuídas por meio de peças de madeira.
69
6 PROCEDIMENTOS PARA MANUSEIO, INSTALAÇÃO E INSPEÇÃO DE CONECTORES
STUD BOLT ______________________________________________________________
6.1 Condiç ões adequadas para con ector es, cerâmic as e loc al de sol dagem
6.1.1 No ato da soldagem, os conectores deverão estar isentos de ferrugem, carepa delaminação, óleo,
graxas, umidade ou de outro material que possa afetar adversamente a operação de soldagem.
6.1.2 Os conectores não deverão ser pintados, galvanizados ou cadmiados antes de serem soldados.
6.1.3 Os locais onde os conectores serão soldados deverão estar livres de ferrugem, carepa de laminação,
umidade, pintura, etc. Poderão ser limpos com escova de aço, descamador, lixadeira, etc.
6.1.4 As cerâmicas deverão ser mantidas secas, limpas eem embalagens à prova de umidade. Quaisquer
cerâmicas que mostrarem sinais de umidade na superfície deverão ser secas em estufa a 120ºC por
duas horas antes de serem usadas. Após a soldagem todas as cerâmicas deverão ser quebradas e o
local devidamente limpo.
6.3 Condiç ões específic as para a sup erfíci e de sol dagem: Sold a através do Steel Deck
6.3.1 Cuidados extremos deverão ser tomados aose fazer a soldagem dos conectoresatravés do Steel
Deck :
- O Steel Deck deverá estar firmemente em contato com a viga de aço;
- A presença de pintura (no flange superior das vigas e/ou noSteel Deck ), sujeiras, óleos, graxas,
ferrugem, umidade, e, principalmente, lâminas d’água é extremamente danosa à soldagem,
comprometendo a fusão dos materiais e causando porosidade nas soldas;
- Caso exista, toda a tinta existente na região de instalação dos conectores deverá ser retirada. Para o
caso de Steel Deck previamente pintado deverão ser realizadas aberturas com serra copo antes da
instalação dos conectores. Deverão ser utilizadas brocas com diâmetro igual a 24mm (para conectores
com diâmetro igual a 19mm). Os conectores deverão ser soldados diretamente nas vigas de aço,
dentro das aberturas previamente executadas;
- Toda umidade existente sobre o Steel Deck ou lâmina d’água existente entre oSteel Deck e as
vigas de aço deverá ser completamente eliminada antes da solda dos conectores (por exemplo,
utilizando-se equipamento de ar comprimido e/ou aquecendo-se).
6.3.2 Para evitar umidade (devido acondensação ou chuvas noturnas) acolocação do Steel Deck sobre
as vigas deverá ser realizada somente em tempo seco e deverá ser imediatamente seguida pela
70
colocação dos conectores. Ao final de um dia de trabalho todos os conectores stud bolt relativos aos
painéis de Steel Deck já montados deverão estar soldados. Nenhum painel deSteel Deck deverá ser
deixado sobre a estrutura sem a execução da solda dos conectores.
6.3.3 A soldagem não deverá ser executada através de duas espessuras de painéis deSteel Deck . Nas
emendas transversais (de topo) não deverá existir trespasses entre os painéis de Steel Deck .
6.4 Início de obra: Te stes para qualific ação do equipamento e dos proc edimentos de
soldagem
6.4.1 Devido a variações encontradas (voltagem, amperagem, condições climáticas, etc..) faz-se
necessário a aplicação de testes de qualificação no procedimento de soldagem. Os testes deverão
ser aplicados em todo o início de operação de soldagem de conectores (início de obra). Estes testes
de qualificação deverão ser executados no campo, utilizando-se materiais representativos das
condições normais de uso (conector, equipamento, etc..).
-Após estarem estabelecidas as regulagens do equipamento e os parâmetros de soldagem a
operação deverá ser iniciada, seguindo-se de uma inspeção visual do contorno da solda. Na região de
fusão deverá haver filete de solda em todo o perímetro da base dos conectores;
- Para o dobramento dos conectores deverá ser utilizado um tubo ou um martelo;
- Para o caso de conector soldado diretamente sobre a viga de açoos conectores deverão ser
dobrados em um ângulo de 30º com a vertical. O procedimento de soldagem diretamente sobre a viga
estará qualificado se pelo menos dois conectores consecutivamente instalados não apresentarem
sinais de fratura ou rompimento na solda.
- Para o caso de conector soldado sobre oSteel Deck os conectores deverão ser dobrados em um
ângulo de 90º com a vertical. O procedimento de soldagem através doSteel Deck estará qualificado se
pelo menos dez conectores consecutivamente instalados não apresentarem sinais de fratura ou
rompimento na solda.
6.5 Início de turno de traba lho: Testes para aferição e inspeção, a ntes do início da
soldagem em escala
6.5.1 Tanto para soldas diretamente sobre a viga ou através doSteel Deck podem ser necessárias
alterações na regulagem do equipamento (diariamente). Neste caso, no início da operação (antes da
soldagem em escala), deverão ser testados pelo menos dois conectores, soldados consecutivamente.
Para este teste a seguinte seqüência deverá ser obedecida:
- Os cordões de solda dos conectores deverão ser examinados visualmente. Deverá haver filete de
solda em todo o contorno da região de fusão;
- O dobramento dos conectores deverá ser realizado utilizado-se um tubo ou um martelo;
- Os conectores deverão ser dobrados em um ângulo de 30º com a vertical e não deverão apresentar
sinais de fratura ou rompimento na solda. A operação em escala somente deverá ser iniciada após a
soldagem (e dobra) satisfatória de dois conectores consecutivos.
6.5.2 É considerada alteração deregulagem qualquer umaentre as seguintes situações:
- Troca de pistola e/ou mudanças no ajuste“lift” e “plunge”;
- Alteração no “timer” (tempo) de soldagem;
- Troca de fonte de energia;
- Mudança no comprimento total ou na bitola dos cabos de soldagem;
- Variações maiores que 5% no ajuste de amperagem (corrente elétrica).
6.8 Bibliografia
AMERICAN WELDING SOCIETY - “ Struct ural Weldin g Code – Steel – A NSI/AWS D1.1-92” -
American Welding Society, Miami, Florida - 1991.
72