Brasília-DF.
Elaboração
Produção
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA............................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1
CONCEITOS E DEFINIÇÕES..................................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS, SISTEMAS DE COORDENADAS E SISTEMAS GEODÉSICO
DE REFERÊNCIA...................................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3
REPRESENTAÇÃO PLANIMÉTRICA............................................................................................. 20
CAPÍTULO 4
TIPOS DE ESCALAS CARTOGRÁFICAS....................................................................................... 28
UNIDADE II
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO............................................................................................. 31
CAPÍTULO 1
CONCEITOS E DEFINIÇÕES..................................................................................................... 31
CAPÍTULO 2
SENSORIAMENTO REMOTO...................................................................................................... 35
CAPÍTULO 3
FOTOINTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DE IMAGEM DIGITAL.............................................................. 42
CAPÍTULO 4
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG)...................................................................... 48
CAPÍTULO 5
TIPOS E AQUISIÇÃO DE DADOS GEOESPACIAIS ....................................................................... 50
UNIDADE III
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS......................................................................................... 56
CAPÍTULO 1
INSTALAÇÃO, CONFIGURAÇÃO E PROCEDIMENTOS BÁSICOS.................................................. 56
CAPÍTULO 2
VETORIZAÇÃO E ELABORAÇÃO DE BASE CARTOGRÁFICA........................................................ 62
CAPÍTULO 3
GEORREFERENCIAMENTO DE IMAGEM.................................................................................... 66
CAPÍTULO 4
ELABORAÇÃO DE MAPA TEMÁTICO......................................................................................... 72
UNIDADE IV
APLICAÇÃO PRÁTICA........................................................................................................................... 88
CAPÍTULO 1
CRIAÇÃO DE POLÍGONO POR AZIMUTE E DISTÂNCIA............................................................... 88
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 96
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
Embora pareça estar distante de quem não atua profissionalmente na área, a cartografia
e as informações georreferenciadas estão presentes mais do que nunca em meio a
toda sociedade, citemos como exemplo um navegador Sistema de Posicionamento
Global (do inglês Global Positioning System – GPS) veicular que aponta de maneira
georreferenciada o posicionamento global do veículo e toda a malha viária nas
proximidades auxiliando o motorista em seu trajeto, disponível em veículos e aparelhos
de celular. Isso demonstra que os resultados derivados do geoprocessamento estão
acessíveis não só apenas para quem possui certo conhecimento na área, mas também a
qualquer pessoa.
Outros exemplos ainda que podemos citar são os softwares Google Earth, Google Maps,
entre outros que nos permite ter uma visão ampla do Planeta a partir de imagens de
sensoriamento remoto, e mais ainda uma vasta infinidade de outros produtos acessíveis
a todos, democratizando a informação georreferenciada a todas as camadas sociais
e intelectuais.
Dessa forma, o geoprocessamento nos permite fazer essas análises criando e recriando
informações de maneira isolada ou integrada, bem como caracterizar e/ou organizar a
distribuição espacial da ocorrência de determinados eventos.
Porém, toda essa gama de atividades e informações analisadas e produzidas por meio
do geoprocessamento tendo a cartografia como parte de sua base teórica-conceitual e de
8
representação espacial, possui uma estreita relação com outras áreas, indispensáveis ao
seu funcionamento. Estas áreas trabalham de forma interligada como uma engrenagem
em meio a toda essa sistemática de procedimentos e respectivamente correspondem
a um conjunto de elementos, sendo eles os Sistemas de Informações Geográficas –
SIG responsável pelo processamento dos dados composto por hardware, software. os
dados. os procedimentos e a mão de obra.
Por fim temos a já citada Cartografia que nesse contexto, sua importância se dá pelo
fato desta ser a ciência que se encarrega da representação da superfície terrestre por
meio de um mapa, e agregado a isso estão todos os conceitos teóricos e metodológicos
de representação e referência do espaço. Em outras palavras podemos afirmar que a
Cartografia abarca toda a base teórica de representação e referência do espaço e ainda
de forma ilustrativa, por meio de mapas e cartas, representa a distribuição espacial dos
elementos analisados.
Objetivos
»» Compreender os conceitos teóricos e metodológicos básicos da Cartografia.
9
10
INTRODUÇÃO A UNIDADE I
CARTOGRAFIA
CAPÍTULO 1
Conceitos e definições
Seguindo o sentido etimológico, o termo cartografia significa “carto => carta e grafia
=> descrição” descrição em cartas, ou seja, a arte do traçado em mapas ou cartas,
representando neles os elementos da superfície terrestre.
Essa definição se originou em 1983 por Manoel Francisco de Barros e Souza de Mesquita
de Macedo Leitão, o qual era Visconde de Santarém. Posteriormente a associação
cartográfica internacional – ACI e a UNESCO, conceituaram a cartografia como sendo
o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base
os resultados de observações diretas ou da análise de documentação, se voltam para a
elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos,
elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos.
De forma bastante clara podemos afirmar que a cartografia é uma ciência voltada
à produção de mapas e cartas, composta de uma gama de conhecimentos de cunho
técnico, artístico e científico. É uma ferramenta de uso direto e indissociável da
geografia e também por outras ciências como a biologia, engenharias, arqueologia entre
outras. Seu uso é indispensável pelo fato da necessidade de representação gráfica dos
elementos estudados no planeta.
11
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
Ao longo do texto, por algumas vezes citamos a palavra “mapa” e “carta”, portanto é
importante sabermos diferenciar um termo do outro, entendendo de forma correta
seus conceitos, haja vista que cada um possui suas próprias características.
O autor Oliveira (1993) confirma essa questão de que há uma diferença entre um termo
e outro, para tanto ele expõe as seguintes definições:
Após entendermos a diferença entre uma Carta e um Mapa, vamos entrar nas
subclassificações desses dois termos, haja vista que estes se classificam de
acordo com seus objetivos e escala.
12
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA │ UNIDADE I
Existe ainda, segundo seu objetivo, uma classificação conhecida como Mapas
Técnicos, também conhecidos como Mapas Especiais. Esses mapas muito se
confundem com os Temáticos, porém além de representar temas específicos, estes
possuem também uma boa precisão que varia conforme a utilidade proposta.
Curvas de nível: São linhas com a mesma cota altimétrica, ou seja, são linhas que
ligam pontos com igual altitude. São utilizadas para representar a altimetria de
um terreno mapeado.
13
CAPÍTULO 2
Projeções cartográficas, sistemas de
coordenadas e sistemas geodésico
de referência
A maneira na qual representamos a Terra como um todo é por meio do Globo terrestre,
porém em um mapa a forma na qual a Terra será representada, é na forma plana. Dessa
forma, para que a superfície da Terra seja representada de forma plana através dos
mapas, foram desenvolvidas as chamadas projeções cartográficas.
Um problema que surge é que para transformar uma representação esférica em uma
representação plana, por exemplo, algumas distorções são inevitáveis, principalmente
na região dos polos Norte e Sul.
O autor Fitz (2012), em sua obra acerca da cartografia comenta que a Projeção é um
sistema que transporta os elementos do globo para os mapas de maneira mais fiel
possível, buscando dessa forma transferir a realidade das dimensões da superfície da
terra para uma superfície plana transformada geometricamente.
O autor aponta ainda que essa técnica acaba por gerar algumas deformações na
representação, as quais podem ser ajustadas conforme diferentes tipos de projeção que
são apropriadas para diferentes metodologias a serem utilizadas.
14
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA │ UNIDADE I
Fonte: www.lapig.iesa.ufg.br.
Fonte: www.lapig.iesa.ufg.br.
15
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
Fonte: www.lapig.iesa.ufg.br.
Existem mais de uma centena de sistemas de coordenadas em todo mundo que são
utilizados por diversos profissionais, porém os dois sistemas mais comuns são Universal
Transversal de Mercator – UTM e a Geográfica Latitude/Longitude.
16
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA │ UNIDADE I
Fonte: autor.
As referências das coordenadas podem ser observadas nas bordas dos grids dos mapas,
conforme ilustração abaixo (figura 5).
Fonte: autor.
17
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
Figura 6: Diferença de uma mesma coordenada utilizando o Datum SAD69 e o Datum SIRGAS2000.
Fonte: IBGE.
Além de corrigir essas distorções e erros, a implantação do SIRGAS2000 veio também para
integrar não só as informações da América do Sul, mas também dos demais continentes,
buscando com isso uma integração global de coordenadas georreferenciadas.
»» Entre outros.
Outro datum que já foi utilizado no Brasil, anterior ao SAD69, é o Córrego Alegre
– CA, o qual foi instituído como o primeiro sistema de referência do Sistema
Cartográfico Nacional, adotado oficialmente na década de 1950 até a década de
1970, quando entrou em vigência o SAD69.
Para se ter uma ideia, enquanto que a diferença entre o Datum SAD69 e
SIRGAS2000 é de aproximadamente 65 metros, a diferença entre o datum
Córrego Alegre e o SIRGAS2000 é de centenas de metros.
Outro Datum que continua sendo utilizado até hoje, porém não é o oficial
no Brasil, é o WGS84 (World Geodetic System). Esse sistema de referência é
considerado de uso global, estabelecido desde 1987, com características e
precisão muito semelhantes ao SIRGAS2000.
19
CAPÍTULO 3
Representação planimétrica
A elaboração de uma carta ou mapa pode ter como objetivo a representação de duas
dimensões, podendo uma ser o plano e outra a altitude. Nesse sentido, as convenções
podem ser de duas ordens: planimétricas e/ou altimétricas.
Hidrografia
20
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA │ UNIDADE I
Vegetação
Entendem-se como demais elementos físicos naturais, o solo, relevo (sem altimetria) e
geologia. Para a representação de cada temática, é necessário que se faça uma consulta
nas bibliografias oficiais das seguintes instituições:
21
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
Sistema viário
Quanto as ferrovias, estas devem ser representadas na cor preta com diferença apenas
segundo a sua espessura.
Linhas de limite
Internacional
Interestadual
Intermunicipal
Áreas
Fonte: IBGE, 2007.
Unidades político-administrativas
São representadas nas cartas e mapas por meio de linhas de limites (conforme
mencionadas anteriormente).
Além das linhas convencionais, é bastante comum utilizar diversidades de cores para
diferenciar, por exemplo, municípios dentro de um Estado, ou estados dentro da
Federação ou Regiões Geográficas (figura 12).
23
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
24
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA │ UNIDADE I
Localidades
25
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
26
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA │ UNIDADE I
»» Local – Todo lugar que não se enquadre em nenhum dos tipos referidos
anteriormente e que possua nome pelo qual seja conhecido.
»» Estação Ecológica.
»» Reserva Biológica.
»» Parque Nacional.
»» Monumento Natural.
»» Floresta Nacional.
»» Reserva Extrativista.
»» Reserva de Fauna.
»» Terras Indígenas.
27
CAPÍTULO 4
Tipos de escalas cartográficas
Para reforçar essas afirmações, Felisberto Silva (2014) nos coloca que quando produzimos
um mapa, estamos fazendo a redução do mundo real para uma representação gráfica,
onde as dimensões de distância entre um elemento e outro, bem como o comprimento
ou o tamanho de uma área podem ser mensurados a partir dos valores atribuídos na
escala cartográfica.
As escalas cartográficas diferem-se uma das outras podendo ser denominadas como
grande, média ou pequenas, onde as dimensões não estão relacionadas diretamente ao
numerador da escala propriamente dito, mas sim do nível de detalhe apresentado na
imagem em questão. Sendo assim, conforme exemplo na figura 14 uma imagem com
alto nível de detalhe é considerada uma escala grande, enquanto que uma imagem com
baixo nível de detalhe é considerada como sendo de uma escala pequena.
28
INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA │ UNIDADE I
Existem dois tipos de classificação para as escalas cartográficas, sendo elas a escala
numérica e a escala gráfica.
29
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO A CARTOGRAFIA
A escala gráfica, também conhecida como escala de barra, é representada por uma
escala linear subdividida por barras de divisões centimétricas ou não, que representam
a unidade de medida apresentada no mapa para o campo real. Essas unidades de
medidas são baseadas nos valores das escalas numéricas, e o tipo de unidade de medida
(Km, cm, mt) deve ser indicado na escala (figura. 15).
Uma grande vantagem do uso desse tipo de escala se deve pelo fato desta acompanhar
os redimensionamentos do mapa, ou seja, ao ampliar o tamanho do mapa a escala
gráfica também ampliará proporcionalmente. A mesma coisa já não ocorre com a escala
numérica, pois ao redimensionar o tamanho da imagem do mapa, deve-se também
recalcular os valores da escala.
Fonte: autor.
Além das escalas acima apresentadas (gráfica e numérica) existe ainda outra que pode
ser encontrada em alguns mapas. Trata-se da escala nominal, a qual é representada
por extenso apontando as unidades de medidas no mapa e sua correspondência no
campo real. Onde na própria escala já é discriminado o tipo de unidade, como sendo
quilômetros, metros, centímetros, entre outras (ex.: 1 cm = 10 km). A primeira unidade
representa a distância horizontal no mapa e a segunda representa a distância horizontal
no campo real.
30
INTRODUÇÃO AO UNIDADE II
GEOPROCESSAMENTO
CAPÍTULO 1
Conceitos e definições
31
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
Outro autor que buscou definir o que é geoprocessamento de uma maneira mais
completa e de uma forma mais clara é Rocha fazendo-o da seguinte forma:
O autor Fitz embasado em outras diversas definições e sintetizando-as, nos coloca uma
definição para geoprocessamento da seguinte forma:
Tomando como exemplo a definição do autor Fitz (2008), vamos pontuá-la correlacionando
as ações com as diversas compartimentações que estruturam o Geoprocessamento:
32
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
33
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
34
CAPÍTULO 2
Sensoriamento remoto
Dessa forma, notamos que os sensores necessitam receber energia radiante que é
refletida pelos alvos a serem analisados. Essa energia pode ser emitida pelo próprio
sensor ou por fontes externas, como por exemplo, a energia solar. Na sequência, a
radiação captada pelos sensores é transmitida a uma estação receptora na superfície
terrestre, que decodifica as informações disponibilizando-as para o uso.
Moreira (2001) define os sensores como sendo dispositivos com capacidade de detectar e
registrar a radiação eletromagnética (REM), e gerar informações passíveis de interpretação
e uso.
35
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
Tipos de sensores
Os sensores, conforme a fonte de energia que utilizam, podem ser classificados de duas
formas: ativos ou passivos.
Os sensores ativos não dependem de uma fonte de energia externa. Eles mesmos
possuem sua própria fonte de energia que irá ser emitida em direção do objeto alvo, ou
objeto de visada como é o termo utilizado no sensoriamento remoto. Exemplos desses
sensores são os de Radar que emitem e recebem ondas de rádio capaz de identificar
elementos na superfície terrestre. Outro exemplo bastante simples são as câmeras
fotográficas providas de flash e as filmadoras providas de spot de luz. Na ilustração a
seguir, está ilustrado o funcionamento de um sensor ativo acoplado em um satélite, em
que o próprio sensor emite e capta sua própria energia radiada.
Razão disso é que, de toda energia vinda do Sol, apenas uma parte é absorvida pela
superfície e a outra parte é refletida em direção ao espaço. Na ilustração a seguir, está
representado o funcionamento de um sensor passivo acoplado em um satélite, onde o
sensor capta a energia que é radiada pelo Sol, haja vista este sensor não possuir uma
fonte de energia própria.
36
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
Os sensores não imageadores são sistemas que não geram imagem como produtos,
porém o resultado é na forma de dados numéricos e gráficos ou assinatura espectral.
Nessa sistemática o sensor emite uma energia em direção ao alvo pretendido, e recebe
o retorno dessa energia com variações conforme a característica de cada objeto que
a refletiu.
37
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
Essa faixa contínua de radiação pode ser representada por uma escala compreendida
entre limites de frequência decrescente e ondas crescentes, a qual é conhecida pelo
nome de Espectro Eletromagnético.
Fonte: <http://www.fisica.net/einsteinjr/9/ondas_eletromagneticas.html>.
39
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
Figura 19: Imagens com diferente resolução espacial, onde a figura “a” é uma imagem Landsat com uma
resolução espacial de 30 metros e a figura “b” Ikonos com resolução espacial de 1 metro.
Figura 20: Imagens com diferente resolução espectral, que conforme as bandas do espectro eletromagnético a
figura “a” está na banda do visível e a figura “b” está na banda do infravermelho.
40
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
›› Cbers – 26 dias.
›› Spot – 26 dias.
›› GeoEye – 3 dias.
41
CAPÍTULO 3
Fotointerpretação e análise de
imagem digital
Em termos gerais pode-se conceituar fotointerpretação como a técnica que realiza estudo
de imagens fotográficas, buscando identificar, interpretar e obter informações sobre os
fenômenos e objetos nela contidos.
42
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
Figura 22: Formas geométricas observadas em uma imagem na região dos municípios de Samambaia e
Ceilândia – DF. Pontos: 1) canal de rio. 2) estrada. 3) edificações e 4) floresta
Figura 23: Imagem de parte da cidade de Porto Velho – RO, na escala numérica de 1:100.000, onde a
partir dessa informação é possível dimensionar o tamanho dos elementos presentes na cena, levando em
consideração que cada centímetro na imagem representa 1 km no campo real.
43
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
»» O padrão que a imagem apresenta (fig. 24) possui um estreito laço com a
“forma” em que, dada a sua organização, é possível interpretar como sendo
uma linha de plantação, lavouras diversificadas, entre outros atributos.
Figura 25: Município de Eucalipto – RS. Com padrões geométricos evidenciando áreas de plantação
contrastando com as matas ciliares.
44
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
Figura 26: Região sul do Estado do Pará - RS. Onde os pontos 1 e 2 embora possuam muitas semelhanças,
tratam-se de elementos diferentes em diferentes localizações. O primeiro é um afloramento rochoso e o segundo
uma área antropizada.
Figura 27: Região do município de Pouso Redondo - SC. Imagem com sombreamento na encosta de uma
feição geomorfológica.
45
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
Figura 28: Município de Manaus – AM. Imagem com contraste de Tonalidades, onde o ponto 1 na cor mais clara
representa uma área antropizada que reflete mais a radiação que o ponto 2, uma área de floresta densa.
46
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
Figura 29: Imagem do encontro das águas dos rios Negro e Solimões, onde as composições física e química de
cada rio resultam em uma cor específica, podendo ser distinguidos a partir de suas colorações.
Fonte: <http://www.ciencia-cultura.com/astronomia/terrab.html>.
47
CAPÍTULO 4
Sistemas de Informação Geográfica
(SIG)
Uma definição bastante objetiva acerca do que é SIG pode ser apresentada como um
poderoso conjunto de técnicas para colecionar, armazenar, recuperar, transformar e
apresentar dados do mundo real (BURROUGH, 1986).
Fonte: autor.
49
CAPÍTULO 5
Tipos e aquisição de dados geoespaciais
Tipos de dados
Os dados se classificam, quanto a sua estrutura, em dados espaciais e dados alfanuméricos.
Os dados vetoriais são compostos por pontos, linhas e polígonos, possibilitando dessa
forma vetorizar informações interpretadas em imagens, ou até mesmo em campo a
partir de informações pontuais.
Fonte: autor.
Em uma análise visual de imagem digital ou até mesmo em uma fotointerpretação nos
moldes tradicionais, a estrutura vetorial dos dados espaciais é de extrema importância
considerando-se as múltiplas possibilidades de aplicação a partir da vetorização dessas
imagens, a qual pode criar e/ou classificar polígonos que representam desde áreas
antropizadas até mesmo formações geológicas e refúgios florestais.
Da mesma forma, as linhas podem representar cursos de rios de toda ordem, estradas,
entre outros. O ponto, na vetorização de uma imagem, pode representar sedes de cidades,
localização geográfica de um determinado objeto, entre outros. Em cada entidade
vetorizada, é possível adicionar atributos que apontem o máximo de informações para
cada uma.
Em relação ao tipo do formato das extensões dos arquivos vetoriais, existem diversos
tipos que são utilizados, porém o mais comum é o shapefile o qual a sigla dessa extensão
é “shp”, compatível com a grande maioria dos softwares disponíveis.
50
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
Os dados matriciais, ou raster, são imagens na qual sua estrutura é organizada em linhas
e colunas, onde cada pixel representa uma informação de cor. O formato da extensão
do arquivo mais utilizado é o “TIFF”, o qual além de comprimir bem a imagem, não
perde a qualidade mantendo uma boa resolução. Outros tipos de formatos também são
utilizados no geoprocessamento, porém não tão eficiente quanto o TIFF, sendo eles
BMP, JPEG, PNG e GIFF.
Aquisição de dados
Existem diversas formas de aquisição de dados geoespaciais, e todas estão ligadas
diretamente ao sensoriamento remoto, a fotointerpretação e/ou a análise visual de
imagem digital e seus desdobramentos, bem como a levantamentos topográficos e uso
de equipamentos GPS.
O sensoriamento remoto como já fora visto nos tópicos anteriores, abrange toda a gama
de imageamento por sensores ativos e passivos embarcados em satélites e aeronaves
(aerofotogrametria), que produzem dados que são traduzidos em forma de imagem.
Essa relação formada com os endereços eletrônicos para obter os dados, é parte de um
material que é resultado de uma iniciativa do departamento de Análise Geoambiental
da UFF (CARVALHO, 2011).
51
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
Dessa forma, segue abaixo a relação com endereços eletrônicos de dados espaciais em
formato shapefile (vetoriais) e imagens (rasters):
52
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
53
UNIDADE II │ INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO
IGAM: Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Governo do Estado de Minas Gerais.
Permite o download dos dados ambientais produzidos no formato ESRI Shapefile
(.shp). Disponível em: <http://www.igam. mg.gov.br/geoprocessamento/downloads>.
Mapas SOS: ONG SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –
INPE. SIG Web com diversas informações sobre o Bioma Mata Atlântica. Possibilita o
download de arquivos no formato ESRI Shapefile (.shp), mediante o aceite da solicitação.
Necessita realizar cadastro no site (gratuito). Disponível em: <http://mapas.sosma.
org.br/>.
54
INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO │ UNIDADE II
55
INTRODUÇÃO AO
SOFTWARE QUANTUN UNIDADE III
GIS
Nesta unidade conheceremos algumas informações sobre softwares de sistema de
informações geográficas – SIG, bem como informações e instruções de uso referente
ao software Quantum Gis que utilizaremos na aplicação prática, na qual realizaremos
alguns procedimentos para desenvolver habilidades de manuseio do programa,
afinidades a partir da manipulação dos arquivos vetoriais e raster, como também
técnicas de interpretação e cartografia.
CAPÍTULO 1
Instalação, configuração e
procedimentos básicos
56
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Figura 32: Home page com as opções de instalação do software Quantum Gis.
Fonte: autor.
57
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
A figura anterior na qual apresenta o endereço eletrônico para ter acesso ao download
do software, apresenta três etapas para esse procedimento, sendo eles:
Fonte: autor.
Conforme a figura acima apresentada que ilustra a interface principal do Quantum Gis,
os principais menus são:
Fonte: autor.
Existem inúmeras projeções a serem utilizadas, porém as mais utilizadas são UTM
(Universal Transversa de Mercator) e Geográficas (Latitude e Longitude). O que definirá
a escolha entre uma projeção e outra serão as características da área a ser analisada.
Para as áreas pequenas (ex.: bairros, áreas agrícolas etc.) é apropriado que se use a
projeção UTM e para áreas maiores (municípios, estados, continentes etc.).
Quanto ao datum, que é o sistema geodésico de referência, os mais usuais até então são
o SAD69 (desativado), WGS84 e SIRGAS2000. O datum SAD69 já caiu em desuso haja
vista que a partir desse ano de 2015, o SIRGAS2000 passou a ser o Datum oficial, o qual
já vinha sendo utilizado por diversos órgãos oficiais.
59
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
Na tela que abrirá na sequência, na lateral esquerda escolha o item SRC, onde será
possível escolher a projeção mais apropriada para sua análise espacial e o datum
oficial SIRGAS2000.
Fonte: autor.
Como pode ser notado, na lateral esquerda da interface do programa há bastante opções
de ação. Ao que se refere à importação de arquivos vetoriais é a primeira opção da
coluna denominada “adicionar camada vetorial”. Na sequência surgirá um menu onde
você escolherá qual o tipo de arquivo vetorial deseja abrir. Após escolhido, escolha a
opção buscar e encontre em suas pastas o arquivo pretendido, abrindo-o na sequência.
60
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Conforme pode ser exemplificado na ilustração a seguir para importar o arquivo raster
pretendido, seleciona-se a opção “adicionar camada raster”. Na sequência escolhe-se
diretamente a pasta de origem do arquivo, selecionando-o para abrir na tela de trabalho
do software.
Fonte: autor.
61
CAPÍTULO 2
Vetorização e elaboração de
base cartográfica
Fonte: autor.
62
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Fonte: autor.
63
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
3. em seguida confirma;
7. para salvar o que fora criado, clica-se com o botão direito do mouse sobre
o nome do arquivo que está na área das camadas, e na sequência escolhe-
se a opção “salvar edições da camada”. Dessa forma, o arquivo vetorial
passa a existir na pasta que fora salvo. Podendo ser aberto em qualquer
outro software que suporte arquivos com formato shapefile.
Da mesma forma que foi criada a linha acima exemplificada, para representar
um dos canais hidrográficos de uma bacia, podem ser criados também pontos
e polígonos para representar propriedades rurais, lotes urbanos, polígonos de
desmatamento, polígono de plantações, polígonos de reserva legal, pontos
representando marcos, pontos representando nascentes, entre outros.
64
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
É importante sempre criar uma pasta de arquivo onde devem ser salvos os arquivos
vetoriais (e também as imagens) que vão sendo criados ou copiados para assim formar
a base de dados para o projeto que se pretende trabalhar.
65
CAPÍTULO 3
Georreferenciamento de imagem
Imaginem que se faz necessário um estudo de Escala Temporal para apontar avanços de
desmatamento ou então regeneração de floresta nativa, pois bem, para isso utilizaremos
uma imagem do ano 2005 já georreferenciada para servir como referência pra nossa
atividade, e uma outra imagem do ano de 2014, capturada no Google Earth, a qual será
objeto de nossa atividade.
Fonte: autor.
66
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Fonte: autor.
Após carregar a nova camada raster, vamos aos procedimentos para inserir a figura/
imagem que ainda não está georreferenciada.
Para isso basta optar por “Raster” na barra do menu na parte superior da tela de trabalho
do Quantum Gis.
Fonte: autor.
1. Abrir raster => Opção para importar a figura que se deseja georreferenciar.
67
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
4. Excluir ponto => Opção para excluir pontos que porventura tenham sido
inseridos de forma equivocada.
Fonte: autor.
3. Clicar sobre o mapa ao lado, exatamente no mesmo ponto onde foi clicado
na figura que está sendo georreferenciada.
68
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
repetir esse mesmo procedimento até que diversos pontos estejam bem
espalhados pela imagem.
Fonte: autor.
Depois de lançadas todas as coordenadas e clicado em “OK”, será possível ver todos os
pontos distribuídos nas duas imagens, na que está sendo georreferenciada e na que já
está georreferenciada e que serviu como base de referência (fig. 44).
Figura 44: Pontos homólogos a partir do ângulo da estrada (coordenadas confirmadas) e a opção “Iniciar
Georreferenciamento” para processar as coordenadas inseridas.
Fonte: autor.
69
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
Fonte: autor.
Na ilustração a seguir (fig. 46) estão abertas na tela de trabalho do Quantum Gis as
imagens A e B, onde a primeira é a imagem que já estava georreferenciada e a segunda
foi a que acabara de ser georreferenciada.
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INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Fonte: autor.
Vale lembrar que esse procedimento de georreferenciamento é uma prática simples voltada
a processamento simples de arquivos geoespaciais, diferente do georreferenciamento
tradicional de propriedades rurais, onde se faz necessário a utilização de equipamentos
GPS apropriados e técnicas e procedimentos convencionados e homologado pelo
INCRA.
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CAPÍTULO 4
Elaboração de mapa temático
Neste capítulo, iremos criar um mapa temático para representar uma parte da rede de
drenagem de uma bacia hidrográfica, bem como a malha viária, as áreas desmatadas e
as áreas florestadas.
Para chegar a esse produto final, que é o mapa temático, não iremos fazer uso de
arquivos vetoriais já existentes, haja vista que criaremos o nosso próprio arquivo, ou
seja, não utilizaremos arquivos que reproduzam uma rede de drenagem, estradas, áreas
de florestadas ou áreas desmatadas que já estejam prontos, nós iremos utilizar uma
imagem de satélite para interpretarmos, e a partir de suas informações criaremos um
arquivo vetorial próprio, que represente todas as informações temáticas propostas para
essa aplicação prática.
A imagem utilizada para esse trabalho é referente a uma área localizada na Amazônia
em uma sub-bacia de um rio denominado Rio Anta, localizado no município de Rolim
de Moura no Estado de Rondônia, disponível para download no Portal do Aluno.
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INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Após configurar a projeção, vamos abrir o arquivo indo até a barra de ferramentas na
coluna da direita e pedir para “adicionar camada raster”, na sequência escolheremos
o arquivo já disponibilizado denominado Imagem Sub-Bacia, e pediremos para
abrir.
Após aberto iremos realizar o procedimento de criação de uma nova camada sobre a
imagem já aberta. Essa nova camada corresponde a um arquivo vetorial do tipo shapefile
que reproduzirá a rede de drenagem que está presente nessa imagem.
As curvas das linhas são estruturadas por vértices, as quais correspondem a cada clique
do mouse com o botão esquerdo. Ao terminar cada traçado, deve-se clicar com o botão
direito e confirmar.
Fonte: autor.
O canal principal que foi traçado conforme apresentado na imagem acima, seguiu
exatamente o traçado original do canal do rio, demarcando toda sua extensão. No final do
desenho, para interromper essa etapa, clica-se com o botão direito do mouse e logo aparecerá
uma caixa de diálogo pedindo para atribuir ao arquivo recém-criado, uma identificação.
Figura 48: Figura ilustrando comparativo entre o inicio e o termino da vetorização da sub-bacia hidrográfica.
Fonte: autor.
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INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Ao completar o traçado por toda a rede de drenagem pretendida, deve clicar com o
botão direito sobre o nome arquivo correspondente a drenagem, no espaço onde estão
os títulos das camadas de informações, e pedir para “Salvar Edições da Camada”.
Não será necessário fechar e abrir o programa novamente, apenas basta ir na coluna da
esquerda, clicar na ferramenta denominada “Camada do Tipo Shape”, criar um novo
arquivo denominado estradas e iniciar todo o procedimento que fora realizado para
vetorizar a drenagem.
Encerrando essa etapa já temos mais um arquivo formando nosso banco de dados.
Fonte: autor.
Depois de feita a seleção do arquivo vetorial e criado o arquivo com nome sugestivo de
Vegetação, os próximos passos serão os mesmos das etapas anteriores. E ao fim dessa
etapa teremos um arquivo vetorial para a vegetação conforme a ilustração abaixo que
reproduz os vetores já criados.
Figura 50: Imagem com a vegetação remanescente vetorizada, juntamente com demais elementos.
Fonte: autor.
»» Estradas.
»» Florestas.
Dessa forma, o banco de dados está composto por todas as temáticas necessárias à
produção do objeto dessa aplicação prática, na qual as temáticas mencionadas irão
formar as camadas de informação que serão inseridas no software, representadas
espacialmente no mapa e tematicamente na legenda.
Durante todo decorrer da nossa aplicação prática, por várias vezes utilizamos
a expressão “Vetorização” ou “Vetorizar” ou “Vetor”. A título de conhecimento,
vamos pontuar de forma bastante didática o conceito de cada um:
A figura a seguir apresenta de forma conjunta todos os elementos que foram vetorizados
e que ilustrarão o mapa temático que será produzido no próximo tópico.
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UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
Figura 51: Figura com a rede de drenagem, estradas vegetação e áreas desmatas no formato de vetor (linhas e
polígonos).
Fonte: autor.
Para iniciar a elaboração do mapa, já com todos os arquivos vetoriais que foram criados
(área desmatada, drenagem, estradas e vegetação), dispostos no lado esquerdo da tela
de trabalho no campo onde estão as camadas de informação, clicaremos com o mouse
sobre o nome de cada arquivo e os arrastaremos deixando-os na seguinte ordem: rios,
estradas, áreas com vegetação e áreas desmatadas.
Estradas e rios serão arrastados ficando posicionados acima, sobre todos os outros
arquivos. As áreas desmatadas serão as últimas, na parte inferior, e as áreas com
vegetação serão as penúltimas.
Quanto às cores, no mesmo campo onde estão dispostos os arquivos nas camadas de
informações, observaremos que abaixo do nome de cada arquivo está representado
o seu formato e a sua respectiva cor. Iremos realizar um clique duplo sobre esses
formatos e na sequência abrirá uma caixa de diálogo com diversas opções de cores. As
quais editaremos respectivamente da seguinte forma:
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INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Após as edições de cores e posicionamento, iremos dar início aos procedimentos para
produção do nosso mapa temático, conforme as orientações contidas nas ilustrações
a seguir.
Figura 52: Procedimento inicial para dar início à edição do layout e produção do mapa.
Fonte: autor.
79
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
Fonte: autor.
80
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Para ajustar o tamanho do conteúdo com o tamanho da caixa que envolve este, ativa-
se a ferramenta de “Mover Item do Conteúdo” e utiliza-se a rolagem do mouse para
aumentar e diminuir o zoom da imagem do conteúdo.
81
UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
Inserindo a legenda
Fonte: autor.
4. nesse passo é possível adicionar uma moldura para a legenda, a qual pode
ser editada conforme a cor, espessura da linha da moldura e o estilo dos
ângulos da moldura;
82
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Fonte: autor.
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UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
Fonte: autor.
6. as linhas que formam a grade (ou o grid) podem ser contínuas ou podem
ser fragmentadas em pontos de cruz. Nas opções de edição existe a
possibilidade de escolher entre uma e outra, clicando no campo “Tipo de
Grade”. Logo abaixo existe outra opção que possibilita alterar a espessura
das cruzes. Optou-se para esse mapa, uma grade fragmentada em forma
de cruz, a fim de evitar a sensação de poluição visual no mapa.
84
INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Fonte: autor.
Concluídas as etapas até aqui, já pode-se dizer que o mapa está pronto. Tendo em
vista que todos os arquivos a serem representados espacialmente, bem como todos os
elementos cartográficos mínimos necessários para a sua produção, foram contemplados
no layout.
A próxima e última etapa para encerrar a atividade prática por definitivo é a exportação
do mapa em um formato adequado às necessidades, o que veremos no próximo tópico.
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UNIDADE III │ INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS
Na parte superior da tela de trabalho do editor de mapa, existe uma barra de ferramentas
com algumas opções dentre as quais, localizam-se as utilizadas para exportar o
mapa criado.
As opções para exportar são em PDF, SVG (compatível com navegadores web) e Figura
(podendo ser JPEG, PNG, TIFF, BMP entre outros).
Após escolher uma das opções de saída para o mapa, o sistema pede que você escolha
uma pasta de destino para salvar seu referido mapa. Após salvá-lo você poderá utilizá-
lo em sua destinação final.
Fonte: autor.
Dessa forma, encerramos aqui todas as nossas atividades referentes a essa aplicação
prática, bem como toda a atividade desse módulo.
A produção desse mapa temático, que ocorreu de forma bastante simples e objetiva, serviu
para estimular não só o poder de criação de cada um, mas também para desenvolver
o pensamento reflexivo acerca da sistemática de todo o conjunto de funcionamento do
geoprocessamento e ainda, as muitas possibilidades de aplicar as suas técnicas para
produzir informações e reaplicá-las no meio em que vivemos.
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INTRODUÇÃO AO SOFTWARE QUANTUN GIS │ UNIDADE III
Ao fazer um resgate de tudo que foi abordado ao longo desse módulo, e ao fazermos uma
análise a respeito do mapa final que produzimos durante a atividade da nossa aplicação
prática, podemos pontuar alguns elementos agregados a ele que juntos formam toda a
base do tema geoprocessamento que é objeto de estudo desse módulo.
Fonte: autor.
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APLICAÇÃO PRÁTICA UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
Criação de polígono por azimute
e distância
Para cumprir mais essa etapa, vamos iniciar da mesma forma que iniciamos na etapa
do georreferenciamento, verificando na opção “Complementos” se a extensão “Azimuth
and Distance” está instalada e ativa no Quantum Gis. Feito isso vamos utilizar a mesma
imagem que georreferenciamos na etapa anterior, para criar um polígono sobre ela
utilizando a técnica de azimutes e distância.
Antes de dar início aos procedimentos, vamos entender melhor o que é e como funciona.
360o 0o
45o
315o
90o
270o
135o
225o
180o
Fonte: autor.
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APLICAÇÃO PRÁTICA │ UNIDADE IV
Como exemplo prático, vamos imaginar uma pessoa posicionada em uma coordenada
“A” devendo se deslocar até a um ponto “B”. Seu azimute será 45º e sua distância
300 metros.
Norte
Azimute
45º
B Azimute: 45º
Distância: 300 metros
A
Fonte: autor.
A pessoa que estava no ponto A definiu o ângulo de 45º (azimute) a partir do norte,
definindo assim seu alinhamento. Na sequência deslocou-se por 300 metros (Distância)
chegando até o ponto B. Na prática esse procedimento acontece repetidamente até
fechar uma área por completo, ponto a ponto.
Feito uma breve explanação a cerca de azimute e distância, vamos iniciar nossa trajetória
a partir da coordenada:
X: 400274.453636
Y: 9039335.56741
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UNIDADE IV │ APLICAÇÃO PRÁTICA
Fonte: autor.
90
APLICAÇÃO PRÁTICA │ UNIDADE IV
5
4
2
1
Fonte: autor.
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UNIDADE IV │ APLICAÇÃO PRÁTICA
Fonte: autor.
Fonte: autor.
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APLICAÇÃO PRÁTICA │ UNIDADE IV
Para iniciar os procedimentos, deve-se clicar com o botão direito do mouse sobre o nome
do arquivo que está localizado à esquerda, nas camadas de informações, em seguida clicar
em “Salvar Como” onde abrirá um painel com as opções para salvar o arquivo.
Feito isso, já temos nosso polígono salvo em formato shapefile, bem como já finalizada
nossa aplicação prática.
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Para (não) finalizar
Para não finalizar nosso ritmo de aprendizagem, vamos dar um passo um pouco maior
em mais uma atividade prática.
»» Vetorização.
»» Georreferenciamento de imagem.
Dessa forma juntando todos esses conhecimentos que adquirimos ao longo desse
módulo, faremos uma atividade síntese, na qual valerá também como atividade final
desse módulo, onde será avaliada e atribuída uma nota conforme consta no sistema.
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PARA (NÃO) FINALIZAR
Cada etapa realizada irá gerar um produto, que deverá compor uma base de dados.
Na 4a e última etapa, serão utilizados todos os arquivos produzidos nas três primeiras
(exceto a imagem que não vai entrar no mapa temático).
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Referências
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