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SUPERA

– Explicações Individuais Multidisciplinares


Obtençã o de maté ria


Biologia | 10.º Ano
1. Obtenção de matéria pelos seres heterotróficos

1.1. Dos seres unicelulares aos seres pluricelulares

Os seres heterotróficos são os mais abundantes quer sejam unicelulares quer sejam
pluricelulares. Estes seres necessitam de outros seres para sobreviverem pois não conseguem,
como os autotróficos, produzir matéria orgânica.

Os seres unicelulares capturam a matéria orgânica através da absorção, enquanto que os seres
mais complexos precisam de a ingerir e de fazer a digestão, em órgãos especializados, dessa
matéria orgânica (simplificação de macromoléculas de modo a serem utilizadas pelas células)
que será posteriormente transportada pelo sangue (seres mais complexos), ou outros fluidos,
até às células. As substâncias orgânicas vão ser utilizadas pelas células no seu metabolismo
celular, sendo que estas substâncias que sofreram o transporte rumo à célula, terão que passar
através da seletividade da membrana celular.

Os seres heterotróficos podem ser:

 Macroconsumidores (consumidores) ‐ transformam a matéria orgânica, noutra


igualmente orgânica;
 Microconsumidores (decompositores) – transformam a matéria orgânica em
inorgânica, no exterior do seu corpo. Porém, é através da absorção que adquirem a
matéria orgânica de que necessitam (fungos e algumas bactérias).


Membrana plasmática, celular ou plasmalema

Todas as células possuem esta estrutura, que é a responsável por garantir a obtenção de
matéria para a célula. Esta membrana delimita a célula, garante a manutenção do meio


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intracelular da célula e separa‐o do meio extracelular. Controla ainda a entrada e a saída de
substâncias. É uma estrutura muito pequena, apenas observável ao microscópio eletrónico.

Desde há muito que se estuda a membrana celular e ao longo do tempo foram surgindo
variados modelos explicativos da membrana, o que é aceite, atualmente, para a explicação do
funcionamento da membrana é o MODELO DO MOSAICO FLUIDO, desenvolvido por Singer e
Nicholson, em 1972.

ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA

A membrana é constituída por:

 Proteínas (25%);
 Lípidos (bicamada fosfolipídica, pode conter colesterol ‐ 40%);
 Glúcidos (10%).

NOTA: A proporção existente depende do tipo de célula.

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Lípidos da membrana

Os lípidos da membrana são essencialmente os fosfolípidos e o colesterol.

A dupla camada de fosfolípidos é fluida, de consistência oleosa, e as proteínas mudam de


posição continuamente, como se fossem peças de um mosaico.

Os fosfolípidos têm a função de manter a estrutura da membrana e as proteínas têm diversas


funções. As membranas plasmáticas de um ser eucariótico contêm quantidades
particularmente grandes de colesterol. As moléculas de colesterol aumentam as propriedades
da barreira da bicamada lipídica e, devido aos seus rígidos anéis planos de esteroides,
diminuem a mobilidade e tornam a bicamada lipídica menos fluida.

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Figura 1 ‐ Fosfolípido

Figura 2 ‐ O colesterol é uma molécula pertencente ao grupo de esteroides (lípidos com anéis de
carbono) e é insolúvel em água o que faz diminuir a permeabilidade da membrana. Confere
rigidez à membrana.

Proteínas da membrana

Encontram‐se "presas" à bicamada de fosfolípidos e podem ser:

 INTRÍNSECAS ou INTEGRADAS ‐ quando se encontram intimamente ligadas à bicamada


(NOTA: se a proteína intrínseca atravessar toda a membrana designa‐se por
TRANSMEMBRANAR);

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 EXTRÍNSECAS ou PERIFÉRICAS – quando se encontram, fracamente ligadas à parte mais
externa de ambas as camadas dos fosfolípidos.

As proteínas Intrínsecas são moléculas ANFIPÁTICAS, isto é, têm uma parte hidrofílica (parte
externa da camada) e outra hidrofóbica (parte interna da camada).

Função: podem ser estruturais, intervir no transporte de substâncias, recetoras de estímulos


químicos, ou enzimas. Os tipos de proteínas que aparecem na membrana variam de célula para
célula.

Glúcidos da membrana

Nem todas as membranas têm estas moléculas. São recetores de informação de certas
substâncias e localizam‐se na parte externa da membrana.

Quando os glúcidos se ligam às proteínas formam‐se as GLICOPROTEÍNAS e quando se ligam


aos lípidos, formam‐se os GLICOLÍPIDOS.

Modelo do Mosaico Fluido

Assim chamado porque a membrana não é uma estrutura rígida, pois possui movimentos
laterais (fosfolípidos) e também transversais (movimentos flip‐flop), das moléculas que as
constituem (fosfolípidos e algumas proteínas).
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Ver animação em:
http://www.stolaf.edu/people/giannini/flashanimat/lipids/membrane%20fluidity.swf

Este modelo foi apoiado, posteriormente, através do avanço da técnica com a CRIOFRATURA,
congelando a membrana consegue‐se separa as duas camadas. (em inglês: https://www.wisc‐
online.com/learn/natural‐science/life‐science/ap1101/construction‐of‐the‐cell‐membrane).

Transporte de materiais através da membrana plasmática

O transporte das substâncias pela membrana é feito por diversos processos em que uns são
meramente físicos ‐ TRANSPORTE NÃO MEDIADO ‐ e outros intervêm as proteínas que estão
presentes na membrana ‐ TRANSPORTE MEDIADO.


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tipos de transporte Esquema Características do processo substâncias


envolvidas

Não mediado Difusão A energia proveniente para a realizar a difusão é a gases e


simples própria energia cinética normal das moléculas. O substâncias
movimento das moléculas ocorre do meio mais lipossolúveis
transporte
concentrado para o meio menos concentrado, a favor do
passivo
gradiente.


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É um caso particular da difusão simples em que a água
substância que se desloca é a água. Transporte a favor
Osmose
do gradiente de concentração (passa de zonas de menor
concentração de um soluto, MEIO HIPOTÓNICO para
transporte
zonas de maior concentração, MEIO HIPERTÓNICO.
passivo

Se a concentração de um soluto é igual nos dois meios,


diz‐se que é ISOTÓNICO.

Para que a água se desloque gera‐se uma pressão, a PRESSÃO OSMÓTICA. Uma solução com elevada concentração de
soluto (meio hipertónico), tem uma elevada pressão osmótica e uma solução com baixa concentração de soluto (meio
hipotónico), tem baixa pressão osmótica.

Se a célula está exposta num meio hipotónico em relação ao meio intracelular, a água entra para o vacúolo da célula e
esta aumenta de volume, diz‐se que a célula fica TÚRGIDA.

Se a célula está exposta num meio hipertónico em relação o meio intracelular, a água da célula desloca‐se para o exterior
e a célula diminui de volume, diz‐se que está PLASMOLISADA.

A célula vegetal tem a parede celular e na turgência, esta exerce uma força contrária à água que entra na célula fazendo
com que o aumento de volume não seja significativo. Na célula animal, com o aumento de volume pode acontecer
a LISE da célula (rebenta).

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Um exemplo prático deste processo é quando temperamos uma salada de tomate com sal. Após um tempo aparece no
fundo uma solução aquosa na saladeira, que é a água que as células perderam para o meio, que estava hipertónico em
relação à célula.

Mediado Difusão As substâncias deslocam‐se a favor do gradiente de Glicose e


facilitada concentração, mas são auxiliadas pelas PERMEASES aminoácidos
(proteínas específicas) que são proteínas
transporte
transportadoras da membrana.
passivo

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A substância liga‐se à permease, esta muda de
configuração durante o transporte da substância para
permitir a entrada da mesma.

Transporte O transporte é contra o gradiente de concentração, iões potássio e


ativo zonas de menor contração para zonas de maior sódio
concentração e há dispêndio de energia. Intervém
também proteínas da membrana.

A substância liga‐se à proteína da membrana e esta


muda de forma graças à energia e transporta a
substância par o outro lado da membrana.

Dá‐se a invaginação da membrana, forma‐se uma eliminação de


vesícula endocítica e as substâncias do meio bactérias pelos
Transporte de Endocitose
extracelular ficam retidas. macrófagos,
macromoléculas
gotículas de
Fagocitose‐ A célula emite pseudópodes e envolve as
lípidos,
substâncias, formando a vesícula (leucócitos‐
macromoléculas
macrófagos).

Pinocitose ‐ As substâncias que entram para dentro da


http://wikiciencias.casadasciencias.org/index.php/Fagocitose
célula são fluídas.

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É o processo inverso da endocitose. As vesículas hormonas,
exocíticas movem‐se até à membrana, dá‐se fusão da enzimas
Exocitose
membrana da vesícula com a membrana celular e o da digestivas,
vesícula liberta‐se para o meio extracelular. produtos
excretados da
digestão celular

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1.2. Ingestão, digestão e absorção


 ingestão ‐ é o processo que leva à introdução dos alimentos no ser vivo;
 digestão ‐ é o conjunto de processos que leva à simplificação de macromoléculas em
micromoléculas, por reações de hidrólise catalisadas pelas enzimas:
o digestão intracelular – é aquela que ocorre no interior da célula;
o digestão extracelular – é aquela que ocorre no exterior da célula;
o absorção ‐ é a passagem destes nutrientes simples, através das membranas
celulares, de forma a poderem ser utilizados no metabolismo celular.

Digestão intracelular

Se observarmos uma célula podemos verificar que a maior parte do volume desta é ocupado
pelo sistema membranar. Este sistema é constituído por organitos que têm comunicação
entre si: a membrana nuclear, o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi.



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RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO (RE)

Localiza‐se entre a membrana nuclear e o complexo de Golgi. É constituído por muitas


membranas que delimitam vesículas ou cisternas e túbulos. O interior do RE designa‐se
por Lúmen.

O RE pode ser:

 RUGOSO – quando os túbulos e cisternas são revestidos externamente por ribossomas.


É aqui onde ocorre a maioria da síntese de proteínas, das quais algumas são
enzimas;
 LISO ‐ quando os túbulos e cisternas não são revestidos por ribossomas. É aqui onde
ocorre a síntese de fosfolípidos, modificação de moléculas que entram na célula,
como drogas e pesticidas, e formação de novas membranas

COMPLEXO DE GOLGI

É o nome que se dá ao conjunto de todos os dictiossomas (corpos do complexo) de uma célula.


Os dictiossomas são as cisternas achatadas, em forma de disco (normalmente em número de 4
a 7), e rodeadas por vesículas.

Possuem duas faces:

 face convexa ‐ virada para o RE. Esta face é a fase de formação, onde os dictiossomas
recebem as proteínas vindas do RE;
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 face concava – esta face é a fase de maturação, onde as vesículas vão sendo substituídas
por novas vesículas vindas da parte convexa e esta dará origem a vesículas de secreção.

NOTA: As proteínas que vão passando do RE para o CG vão sofrendo transformações, como a
que ocorre ao nível das enzimas, que ficam ativas.

LISOSSOMAS

São vesículas delimitadas por uma membrana e que contêm enzimas. Formam‐se na fase de
maturação do complexo de Golgi, podendo unir‐se a outras vesículas endocíticas (no
citoplasma), originando um VACÚOLO DIGESTIVO.

Os lisossomas intervêm nas digestões das substâncias que foram endocitadas (fagocitose e
pinocitose) – HETEROFAGIA ‐ e também participam na digestão de organelos que necessitam
de ser renovados, formando um vacúolo autofágico ‐ AUTOFAGIA.

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Digestão extracelular

Na maioria dos seres heterotróficos mais complexos a digestão é feita fora das células, isto é,
extracelular, sendo que há mesmo seres nos quais a digestão é realizada fora do corpo
(extracorporal). Ex.: alguns fungos.

À medida que a complexidade do ser vai aumentando, também os sistemas digestivos vão
evoluindo de forma a um maior aproveitamento dos alimentos.

Os sistemas digestivos podem ser:

 incompletos ‐ têm apenas uma abertura por onde entram os alimentos e por onde sai
o que não foi digerido. Ex.: hidra e planária);
 completos ‐ têm duas aberturas: boca e ânus.

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Sistema digestivo incompleto ‐ Hidra e Planária

A Hidra tem a boca circundada por tentáculos e está ligada a uma cavidade em forma de saco
(cavidade gastrovascular ‐ funções digestivas e absorção dos nutrientes para as células)
onde ocorre a digestão extracelular. Os produtos gerados na digestão extracelular são,
depois, absorvidos por todas as células, onde ocorre a digestão intracelular. Os produtos
excretados pelas células passam para esta cavidade, através da exocitose e são libertados
através da contração do corpo.

O sistema digestivo da Planária é semelhante ao da Hidra, no entanto, já apresenta alguma


diferenciação, pois, a seguir à boca tem uma faringe musculosa que se pode projetar para o
exterior e captar o alimento. A cavidade gastrovascular é ramificada, aumentando assim, a área
de digestão e absorção. A digestão, tal como na Hidra, começa na cavidade e depois completa‐
se nas células.


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Sistemas digestivos completos (digestão exclusivamente extracelular)

Os seres que possuem sistemas digestivos completos têm vantagem dado que o percurso dos
alimentos ocorre num só sentido, aumentando a eficiência da digestão e absorção. A digestão
pode ocorrer em vários órgãos especializados para a digestão específica de determinados
nutrientes. A absorção ao dar‐se num tubo é mais eficiente e os produtos de excreção são
expulsos por um outro orifício (ânus).

Invertebrado ‐ Minhoca

A captura dos alimentos processa‐se através de um mecanismo de sucção devido à contração


dos músculos da faringe. Depois os alimentos passam para o esófago e são armazenados no
papo. De seguida deslocam‐se para a moela onde são triturados devido à contração das
paredes. No intestino, a ação enzimática faz com que haja a simplificação em moléculas mais
simples. Ao longo do intestino, a minhoca tem uma prega dorsal, que permite aumentar a
superfície de absorção. Os produtos a excretar saem, depois, pelo ânus.


Vertebrados

São os seres mais complexos e o seu sistema digestivo acompanha esta complexidade. Todos
apresentam dois órgãos anexos (fígado e pâncreas), produtores de substâncias que são
lançadas no intestino (bílis do fígado e enzimas do pâncreas) e misturadas com os produtos
alimentares. Alguns têm glândulas salivares.

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