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SUPERA

– Explicações Individuais Multidisciplinares


Unidade 1 ‐ Obtençã o de maté ria


Biologia | 10.º Ano
2. Obtenção de matéria pelos seres autotróficos

A aquisição de matéria e de energia ao nível dos seres autotróficos realiza‐se:

 através da fotossíntese (principal processo), encontrando‐se a maioria das formas de


vida direta ou indiretamente dependentes dela. Os principais seres vivos que utilizam
este processo (fotoautotróficos) são: as plantas, as algas, algumas bactérias, as
cianobactérias, por exemplo;
 através da quimiossíntese, utilizando os seres vivos quimioautotróficos,
principalmente as bactérias nitrificantes, a energia química para efetuarem a síntese da
matéria orgânica a partir da matéria mineral.


2.1. ATP (Adenosina Trifosfato) – fonte de energia nas células

A energia luminosa e a química não são utilizadas diretamente pelas células, pois parte dessa
energia é transferida para um composto: o ATP (ADENOSINA TRIFOSFATO) que é a fonte de
energia utilizável pela célula.

As células não têm armazenadas grandes quantidades de ATP e a transferência de energia


depende do ciclo ATP – ADP (Adenosina Difosfato).

Na fotossíntese e na quimiossíntese a produção de ATP é fundamental para a formação dos


compostos orgânicos.


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Ciclo ATP – ADP

Dá‐se uma reação de hidrólise (ATP + água), perde‐se um ião fosfato, liberta‐se energia (reação
exoenergética) e o Trifosfato passa a Difosfato (ADP).

Para o Difosfato passar a Trifosfato tem‐se de juntar o ião fosfato e ocorrer a libertação de água.
Trata‐se do processo inverso, denominado Fosforilação do ADP e a reação é endoenergética
(necessita de energia).

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2.2. Fotossíntese
CLOROPLASTO

O cloroplasto é um organito existente nas plantas e nalgumas bactérias (cianobactérias). É no


cloroplasto que se encontram os pigmentos que são fundamentais na fotossíntese (clorofila “a”
e “b”).

Os cloroplastos para além da clorofila têm outros pigmentos, por exemplo os carotenos
(laranja), mas em menor quantidade.

São revestidos por duas membranas lipoproteícas e têm no seu interior um complexo
membranoso formado por invaginações das membranas, formando pequenas bolsas discoides,
achatadas e empilhadas: os tilacoides. Cada pilha de tilacoide chama‐se de granum, o plural é
grana. O Interior do cloroplasto é constituído por um fluido, denominado de estroma.

As moléculas de clorofila estão dispostas nas membranas dos tilacoides. A clorofila é


capaz de absorver energia luminosa e transformá‐la em energia química.

Cada célula tem em média cerca de 40 cloroplastos.

C ‐ CAPTAÇÃO DA ENERGIA LUMINOSA

As reações termonucleares do Sol emitem grandes quantidades de energia radiante, que


constitui o espetro eletromagnético. Estas radiações propagam‐se em ondas e a sua energia
é avaliada pelo comprimento de onda.

De toda a energia que atinge a Terra, através dos fotões, apenas 42% atravessa a atmosfera,
pois parte é filtrada na camada de ozono (comprimentos de onda curtos), outra parte é filtrada

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pela água e dióxido de carbono, existentes na atmosfera (comprimentos de onda longos), antes
de chegarem à superfície terrestre.

Cada radiação é caraterizada pelo seu comprimento de onda e quanto maior for este
comprimento menor é a energia. Por esta razão, se observares a figura, vês que os raios UV e
os raios X, são muito energéticos e, embora não visíveis, causam lesões nas células
(queimaduras solares, melanomas...).

Os nossos olhos têm capacidade para detetar luz com comprimentos de onda entre os 380nm
e os 750nm e esta faixa é conhecida como LUZ VISÍVEL ou BRANCA. Se esta luz passar por um
prisma, ocorre a decomposição do espetro da luz branca em radiações que vão do violeta ao
vermelho.

Os pigmentos fotossintéticos são substâncias que captam a luz solar e iniciam todo o processo
da fotossíntese.

A Clorofila absorve radiações de diferentes comprimentos de onda, mas não absorve aqueles
que correspondem à cor verde e como os reflete, apresentam essa cor.

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Figura 1 ‐ Espetro da absorção dos pigmentos existentes nos cloroplastos.

D ‐ A EXPERIÊNCIA DE ENGELMANN

Theodore Engelmann foi um botânico e microbiólogo alemão do século XIX, que em 1882
elaborou uma experiência com uma alga filamentosa, a Espirogira, e com bactérias aeróbias
(que utilizam o oxigénio na sua respiração). O objetivo era relacionar os comprimentos de onda
da luz com a eficácia da fotossíntese.

Colocou numa lâmina a Espirogira e água com bactérias. Cobriu a preparação com uma lamela
e verificou que as bactérias se encontravam uniformemente espalhadas em toda a preparação.
No microscópio tinha adaptado um prisma ótico que permitia a decomposição da luz branca.

No final da experiência Engelmann verificou que as bactérias se deslocaram para as zonas onde
incidiam as radiações vermelho‐alaranjada e azul‐violeta, isto é, as bactérias deslocaram‐se à
procura de oxigénio fornecido pela Espirogira através da fotossíntese.

Pode concluir‐se que estas radiações eram as mais absorvidas pelas plantas de cor verde, pois
a maiores taxas fotossintéticas correspondem maiores taxas de absorção de radiação.

As radiações com comprimentos de onda correspondentes à cor verde não são absorvidas, são
refletidas daí vermos a cor verde nas plantas

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E ‐ RELAÇÃO ENTRE O ESPETRO DE AÇÃO E O ESPETRO DE ABSORÇÃO DE UMA PLANTA

A concordância entre estes dois espetros sugere que os pigmentos fotossintéticos são
responsáveis pela captação da luz.

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Fotossíntese

Os seres autotróficos, são produtores, pois produzem a matéria orgânica essencial aos seres
heterotróficos que deles dependem direta (herbívoros) ou indiretamente (carnívoros e
omnívoros). São fundamentais para o equilíbrio da biosfera, mas também necessitam da
geosfera e da hidrosfera para sobreviverem (água e sais minerais).

FOTOSSISTEMAS

É nas membranas dos tilacoides que existem os pigmentos fotossintéticos agrupados em


FOTOSSISTEMAS. A energia é transferida de molécula para molécula até chegar à clorofila “a”,
que fica excitada e perde um eletrão que é transferido para uma molécula aceitadora de
eletrões (proteína). Esta energia será depois utilizada em reações químicas (energia luminosa
transformada em energia química).

Existem, conhecidos, dois tipos de fotossistemas: I e II, que atuam em conjunto. A molécula
da clorofila do fotossistema II é especializada em absorver energia luminosa com um

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comprimento de onda de 680 nm e a do fotossistema I em energia com comprimento de onda
de 700nm. A designação I e II tem apenas a ver com altura em que foram descobertas.

Genericamente a fotossíntese pode‐se traduzir pela seguinte equação:

Verificamos que há produção de oxigénio proveniente da água e de glicose proveniente do


dióxido de carbono.

A fotossíntese compreende dois processos complementares:

 a fase fotoquímica (reações que dependem da luz);


 a fase química (reações que não dependem diretamente da luz).

FASE FOTOQUÍMICA

1 ‐ A luz solar incide nas folhas e é absorvida pela clorofila, presente no cloroplasto na
membrana interna, no tilacoide, constituindo a fonte energética inicial. A clorofila do
fotossistema II fica excitada e perde eletrões que vão reagir com a molécula de água, oxidando‐
a e originando a libertação do oxigénio, protões e eletrões. Os eletrões vão fluir para uma cadeia
de acetores que existem na membrana do tilacoide e serão transportados até ao fotossistema
I. Os protões de hidrogénio deslocam‐se para o interior do tilacoide.

Os eletrões que a clorofila perdeu acabam por ser repostos pela fotólise da água.

Figura 2 ‐ Oxidação da água‐ fotólise da água (ocorre no interior do tilacoide).

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2 ‐ O fluxo de eletrões liberta energia para transformar várias moléculas ADP em ATP. Os
protões que foram encaminhados para o interior do tilacoide vão agora ser utilizados para a
fosforilação do ADP que irá ocorrer no estroma (exterior do tilacoide).

Figura 3 ‐ fosforilação do ADP (ocorre no estroma).

3 ‐ O Fotossistema I, após captar a energia luminosa, reencaminha os eletrões para o estroma


e em conjunto com os protões, vão ser cedidos a uma molécula chamada de NADP(+)
(Nicotinamina adenina dinocleótido fosfato), reduzindo‐a e transformando‐a em NADPH
(molécula transportadora de eletrões e hidrogénios), molécula importante, tal como o ATP,
para a formação de compostos orgânicos.

Figura 4 ‐ redução da molécula aceitadora de Hidrogénio NADP (ocorre no estroma).

FASE QUÍMICA

Esta fase ocorre no estroma dos cloroplastos e é nela que se forma a glicose, pela reação inicial
entre o dióxido de carbono (CO2) atmosférico e a ribulose difosfato (RDP), um composto com
cinco carbonos, que funciona para a incorporação do CO2.

Nesta fase ocorre uma série de reações químicas que necessitam de ATP e NADPH, formados
na fase anterior. Estas reações ocorrem por ação de enzimas que dependem da presença da luz

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e da temperatura. O dióxido de carbono, desde que entra na planta, sofre uma sequência de
reações até à formação de matéria orgânica.

Em 1950, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, liderado por Melvin Calvin,


utilizando uma série de compostos marcados radioactivamente, conseguiram estudar a
sequência das reações, permitindo conhecer as moléculas intervenientes na formação de
glicose e o papel do ATP e do NADPH na síntese de matéria orgânica. Esta sequência é
conhecida por Ciclo de Calvin, em homenagem ao cientista.

Ciclo de Calvin é constituído por 3 fases:

 1.ª Fase ‐ Fixação do Carbono;


 2.ª Fase ‐ Produção de compostos orgânicos;
 3.ª Fase ‐ Regeneração do aceitador.

O CO2 combina‐se com a ribulose difosfato (RuBP) que origina um composto com 6 carbonos
instáveis.

Este composto instável dá origem imediatamente a 2 moléculas com 3 carbonos cada uma: o
ácido fosfoglicérico (PGA).

O ATP atua nestas 2 moléculas e estas são reduzidas pelo NDPH, formando o aldeído
fosfoglicérico (PGAL).

Por cada 12 PGAL, 10 são utilizadas para regenerar a RuBP e 2 são para sintetizar compostos
orgânicos.

Para se formar uma molécula de glicose é necessário que o ciclo ocorra 6 vezes gastando‐se:

 6 moléculas de CO2;
 18 moléculas de ATP;
 12 moléculas de NADPH.

O aldeído fosfoglicérico é utilizado não só para a formação da glicose, mas também de outros
compostos orgânicos: aminoácidos, glicerol e ácidos gordos.

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EM SÍNTESE:

 A fotossíntese é um processo de autotrofia que utiliza energia luminosa na produção de


matérias orgânica a partir de CO2 e H2O;
 As clorofilas e os carotenoides são pigmentos fotossintéticos que absorvem radiações
da luz visível com diferentes comprimentos de onda;
 Os pigmentos fotossintéticos e outras moléculas, como as proteínas, formam complexos
localizados na membrana dos tilacoides dos cloroplastos;
 A fotossíntese compreende duas fases complementares, a fase fotoquímica, ao nível dos
tilacoides, em que a energia luminosa absorvida pelos pigmentos é transformada em
energia química, e a fase química, ao nível do estroma, em que o CO2 é fixado e, em
consequência de uma série de reações cíclicas, ocorre a produção das moléculas
orgânicas.

2.2. Quimiossíntese
Os seres quimioautotróficos (grupo de bactérias sulfurosas, nitrificantes e ferrosas), sintetizam
matéria orgânica a partir da oxidação de compostos inorgânicos.

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Utilizam a energia proveniente da oxidação na formação de ATP, protões H+ e eletrões, para
fixar o dióxido de carbono e sintetizar a matéria orgânica. Os compostos são: amoníaco (NH3),
dióxido de carbono (CO2) ou Sulfureto de Hidrogénio (H2S).

Nas fumarolas negras (fontes hidrotermais que se localizam a grandes profundidades no fundo
oceânico), onde a luz solar não penetra, a existência destas bactérias sulfurosas produtoras de
matéria orgânica é a base da cadeia alimentar local.

Neste processo distinguem‐se duas fases:

1. Ocorre a oxidação dos compostos, formam‐se eletrões e protões que são transportados
numa cadeia para produzir ATP e NADPH, através da redução do NADP (+);
2. Produção de compostos orgânicos a partir do dióxido de carbono, do ATP e do poder
redutor do NADPH.

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