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ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
Programa de Pós-Graduação
Resenha crítica
Resenha crítica
2009
Introdução
Neste estudo foram analisados dois artigos, sendo um autor nacional e outro
estrangeiro. Também foram comparadas algumas idéias no decorrer da resenha crítica
em relação aos estudos acadêmicos e suas aplicações no mercado corporativo.
No artigo “Imagem e reputação na gestão da identidade organizacional”,
escrito por Luiz Carlos Assis Iasbeck, podemos ver duas vertentes da reputação,
envolvendo o discurso e a imagem. De uma forma acadêmica, o autor mostra a
multidisciplinaridade existente nos estudos da comunicação com outras ciências.
Também é possível perceber claramente a defesa que o autor faz no tripé discurso,
imagem e reputação versus a relação semântica com o público-alvo.
Em contrapartida, os autores Charles J.Fombrun, Kasper Ulf Nielsen e
Nicolas G. Trad, que elaboraram o artigo “The two faces of reputation risck:
anticipating downside losses while exploiting upside gains”, fala da reputação de uma
organização, baseado em sua na saúde financeira. O destaque do artigo está claramente
para os passos indicados dos autores para uma boa criação da reputação.
Imagem e reputação na gestão da identidade organizacional
A partir daí, o artigo entra em outro grande campo de estudo, que muitas vezes
não é compreendido por muitos estudiosos do assunto, mas adotado de modo precário
por diversas companhias. A dicotomia existente entre reputação e metodologia de
pesquisa, executada pelos institutos de pesquisas que acabam trazendo de forma
equivocada os conceitos de reputação e imagem. Muitos dessas pesquisas, realizadas
por profissionais de marketing, definem a reputação como sendo a “impressão” do
público, baseado no mix existente entre a percepção e os dados imaginários do
percebedor. Muito pelo contrário, conforme o artigo, a reputação é formada por juízos
de caráter lógico e alicerçada em argumentos, opiniões e até mesmo convicções e
crenças consolidadas.
Outro ponto de destaque nas idéias de Iasbeck está no fato, hoje, dos institutos
de pesquisas de comunicação e organizações interessadas em conhecer seus clientes
demandarem metodologias capazes de detectar as necessidades de seu público.
Entretanto, o que se promove nessas pesquisas são manobras técnicas de afunilamento
das diferenças subjetivas em favor da pasteurização dos dados obtidos em torno de um
ou mais elementos. Por isso, convencem, fornecendo os contornos de uma possível
“imagem real” do objeto pesquisado, mas não expressam necessariamente uma imagem,
muito menos uma reputação.
Uma reflexão fica bem clara nas linhas escritas por Iasbeck. É o questionamento
não das escolhas metodológicas dos institutos de pesquisas ou a ingenuidade dos
consumidores de informações simplificadas, mas o entendimento e o consentimento
tácito daquilo que se denomina “opinião publica” na formação da reputação das
organizações.
The two faces of reputation risck: anticipating downside losses while
exploiting upside gains
De uma forma não tão acadêmica quanto o texto anterior, surge então a
definição de reputação, conforme o Reputation Institute. Para essa instituição, reputação
é como um certificado de confiança, admiração, estima e bons sentimentos que os
stakeholders tem pela companhia. Essas características surgiram de uma pesquisa feita
com mais de 25 países. Já o autor brasileiro Iasbeck defende que a reputação deve ser
analisada a partir de um contexto semiótico, usada a lógica do raciocínio, alicerçada em
argumentos e até com convicções e crenças consolidadas.
Bibliografia
Artigos consultados
2) Fombrum, Charles J; Nielsen, Kasper Ulf; Trad, Nicolas G; The Two faces os reputation
risk: anticipating downside losses while exploiting upside gains, p. 71;