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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA xx VARA CÍVEL DA

COMARCA DE xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Processo nº xxxxxxxxxx

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx já devidamente qualificada no


processo em epigrafe, que promove em desfavor de xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, por seu
advogado in fine assinado, vem, mui respeitosamente, perante V. Exa., requerer o que se
segue:

Em 21/07/2016 publicado Despacho no DJE em que esse douto juízo


concedeu prazo de 30 (trinta) dias para a prática de ato processual de juntada de
comprovante de recolhimento de custas de carta precatória .

Ocorre que, em recente consulta ao JurisConsult, verificou-se que havia sido


emitida certidão de transcurso de prazo sem manifestação do Banco-autor – fazendo com que
os autos fossem conclusos ao gabinete.

Entretanto, tem-se que o prazo ainda não fora esgotado, tendo em vista que
o novo Código de Processo Civil no parágrafo único do artigo 219 – estabelece que os prazos
processuais serão computados em dias úteis.

Sobre o tema, já se manifestou o Centro de Apoio Operacional das


Promotorias de Justiça Cíveis, Falimentares e de Liquidações Extrajudiciais do Ministério
Público do Estado do Paraná em seu informativo n° 75, senão vejamos:

“(...) Inicia-se a explanação pelo termo “prazo processual”. Em certas


situações práticas há dificuldade de se identificar um prazo como sendo de
natureza processual ou material. De uma forma simples, a doutrina coloca
como processual aqueles prazos fixados em lei ou em decisão judicial
que determinam “quando” e “como” devem ocorrer situações jurídicas
que geram efeitos processuais; seriam atos que demarcam as fases do
processo e o impulsionam para a seguinte1.
O artigo 219 do NCPC estabelece que “na contagem de prazo em dias,
estabelecidos em lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os úteis”. O
parágrafo único do mesmo dispositivo ressalta que a regra inserta no caput
se aplica somente aos prazos processuais.

Portanto, em relação às questões atinentes ao direito material, a contagem de


prazo continua como era no contexto do CPC/73, ou seja, em dias “corridos”,
mesmo em finais de semana e feriados. Como exemplos de prazo de
natureza material, citam-se os prazos prescricional, decadencial ou para
realizar algum pagamento, pois para serem praticados não dependem
necessariamente da existência de um processo.

É relevante observar que a nova forma de contagem dos prazos em dias


úteis se refere apenas àqueles que forem estabelecidos em dias. (...)”
(grifos nossos)

Portanto, infere-se que o prazo para a prática de juntada de comprovação


de recolhimento de custas – como no caso em tela, é considerado pela doutrina pátria, como
sendo prazo processual – devendo, portanto, ser contabilizado em dias úteis.

Ademais, para reforçar o entendimento, tem-se que prazos concedidos em


dias, são contados em dias úteis e prazos concedidos em horas, meses e anos – serão
computados pela via corrida – conforme orientação dada pelo informativo supracitado e anexo
a esta petição.

Portanto, REQUER-SE A DEVOLUÇÃO DO PRAZO PARA QUE SEJA


PRATICADO O ATO ATÉ O 30° DIA ÚTIL APÓS A PUBLICAÇÃO DO DESPACHO, a fim de
que não haja prejuízo ao Banco-autor. Além do mais, requer-se a juntada do informativo n°.
75 do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público. Após, requer-se seja dado o regular
prosseguimento ao feito.

Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Cidade/Estado, 16 de Fevereiro de 2018.

Advogado OAB/XX

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