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Finanças Pessoais

para

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D esde pequeno gostava de dinheiro, finanças e investimentos,
guardava o dinheiro do lanche para comprar vídeo game, au-
torama, e até mesmo um kart. Em 1999 ao entrar na graduação
de economia fiquei fascinado pelo mercado de ações. Os filmes
como Wall Street, 1987 ajudaram a aumentar essa paixão.

No entanto a realidade é menos romântica e o mercado de ações


é uma bonita selva, com cachoeiras e lindas paisagens, mas com
algumas armadilhas e caminhos tortuosos.

O foco desde o início deve ser o aprendizado, simulações e mui-


ta, muita calma. O processo educacional é gostoso, mas longo, e
deve ser feito sem pressa e sem ganância.

E para aprender não temos no Brasil nenhuma equipe melhor que


o Dinheirama, em tempos que o marketing de guerrilha e moda
de infoprodutos são colocados na frente do que o conteúdo de
qualidade, o Dinheirama e sua equipe sempre foi referência no
Brasil em questões de conteúdo, ética, responsabilidade e aten-
ção a seus usuários.

Com isso, recebam com carinho este excelente e-book, prepara-


do por 4 das pessoas e profissionais que mais admiro em todo
o mercado e que tem excelentes informações iniciais para quem
quer diversificar seus investimentos e receber essas boas vindas
ao mercado de ações.

Não pensem em ganhos rápidos e nem busquem atalhos, o pro-


cesso é longo, mas no final valerá a pena!

Encontro vocês aqui na Rico!

Prefácio por: Leandro Martins

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Chegou a hora de você aprender outras
maneiras de multiplicar o seu patrimônio!
Olá! Seja bem-vindo (a) a esta leitura! Esperamos que o presente
eBook seja agradável e útil para o desenvolvimento tanto da sua
educação financeira quanto, e especialmente, dos seus investi-
mentos.

O objetivo deste material é permitir que você, que nunca inves-


tiu em ações de empresas na bolsa de valores, tenha condições
de começar a fazer esse tipo de investimento. Vamos apresen-
tar um pouco de teoria, mas nada muito aprofundado; apenas o
suficiente para, logo em seguida, chegarmos ao momento mais
empolgante do aprendizado: a prática.

Não temos a intenção de criar um material denso. Nossa propos-


ta é dar subsídios para que você inicie seus investimentos na bol-
sa de valores, passando pelas seguintes etapas:

1. Teoria básica sobre as ações


2. Agentes envolvidos neste mercado
3. Questões comportamentais: cuidado com suas emoções
4. Como abrir uma conta numa corretora de valores
5. Comprando e vendendo uma ação (na prática)
6. Estratégias básicas de investimento
7. Impostos e taxas
8. Os próximos passos

Feita esta breve introdução, mãos à obra!

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1. Teoria básica sobre as ações
Você já dever ter visto a figura de um Touro ou a de um Urso, ambas vincu-
ladas à bolsa de valores.

Esses animais representam os movimentos de alta e baixa tão presentes


nas negociações das ações. O Touro, com grande força em sua cabeça e chi-
fres, costuma atacar seus oponentes em golpes de baixo para cima. O Urso,
por sua vez, tem grande força em seus braços e patas e costuma atacar seus
oponentes de cima para baixo. Dessa forma, esses animais são usados para
representar a disputa entre compradores e vendedores.

O que é uma ação? É uma pequena parte de uma empresa. Portanto, ao


comprar uma ação, você está comprando um título (um documento), o qual
atesta que você passou a ter um pedacinho daquela empresa. Em outras pala-
vras, você se tornou um pequeno sócio dela.

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Este título não é enviado fisicamente para você. Hoje, os registros são to-
dos eletrônicos, devido à necessidade de agilidade do mercado - uma vez que,
diariamente, a negociação de ações envolve um grande volume de títulos.

É preciso salientar, contudo, que todas as compras e vendas de ações ocor-


rem em um ambiente altamente seguro, com regras e normas bem estabele-
cidas e monitoradas de perto pelos órgãos competentes.

O pedaço que você adquire de alguma empresa depende da quantidade


de ações que foram compradas. Os megainvestidores, por exemplo, possuem
uma parte considerável de muitas empresas.

Ao tornar-se sócio da empresa, você tem direito a participar das alegrias


(e também das tristezas) da mesma. Em outras palavras, se a empresa vai
bem e a conjuntura do mercado está favorável, então, há uma tendência de
valorização das ações. Assim, você tende a lucrar.

O oposto também é verdadeiro: ocorrendo algo errado (como, por exem-


plo, quando um fator externo passa a afetar o negócio da companhia), mesmo
que ela esteja cumprindo bem o seu papel, as ações desta empresa tenderão a
cair e, neste caso, você também participará disso.

É por isso que investir em renda variável é algo arriscado: você pode perder
e/ou ganhar. É importante pensar, entretanto, que você só realiza seus lucros
ou prejuízos ao vender as ações que possui, pois, enquanto estiver com elas,
estará sujeito às variações de preços no dia a dia, mantendo estável a sua po-
sição como sócio daquela empresa.

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Existem, basicamente, dois motivos que levam o preço de uma ação a subir
ou descer:

• Os fundamentos da própria empresa;


• A conjuntura política e econômica do mercado onde a empresa
está inserida.

Às vezes, a empresa é muito bem administrada e apresenta indicadores de


rentabilidade excelentes. Apesar disso, devido a algum acontecimento econô-
mico (como uma crise), o preço da ação cai.

Por outro lado, esta mesma crise, que derrubou o preço da ação de uma
empresa, pode fazer com que o preço da ação de uma outra companhia suba
bastante - isso ocorre, por exemplo, se esta companhia tiver suas receitas
atreladas ao Dólar e esta moeda se valorizar em relação ao Real.

Por esse motivo, a negociação de ações faz parte do mercado de renda vari-
ável. Os preços das ações variam constantemente e são movidos pelo mesmo
conceito básico que movimenta toda a economia: oferta e demanda.

Quando há muitas pessoas querendo vender uma ação, e poucas queren-


do comprar, há uma tendência de queda no preço. Quando há muitas pessoas
querendo comprar, e poucas querendo vender, há uma tendência de alta no
preço. Quando esta balança está equilibrada, o preço tende a ficar estável.

Essa “queda de braço”, entre compradores e vendedores, é vista em tempo


real quando você acompanha o preço dos ativos (sinônimo de “ações”, nes-
te nosso contexto) no seu home broker (veremos isso, detalhadamente, mais
adiante).

Home broker é o software que conecta você, investidor, com a bolsa de va-
lores. Na tela do seu computador, você consegue ver, em tempo real, tudo o

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que está acontecendo com as ações das empresas e pode comprar, vender ou
montar operações com agendamento.

Há muitas formas de operar na bolsa de valores: você pode apenas com-


prar uma simples ação de uma empresa e mantê-la, visando valorização de
longo prazo, mas também pode montar operações estruturadas - por exem-
plo: venda coberta de calls ou de puts; operações de long e short; operações
com derivativos, como as travas de alta e baixa, entre muitas outras (também
veremos mais sobre isso adiante).

Enfim, existe um mundo de possibilidades nesse contexto! Tudo vai depen-


der de quanto você está disposto a aprender. Aqui veremos apenas o básico,
mas é bom você ler esses termos esquisitos no parágrafo anterior. Isso irá es-
timular sua curiosidade e aprendizados futuros.

Agora, vamos conhecer um pouco das instituições que estão envolvidas no


mercado da renda variável.

COMPRA VENDA

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2. Agentes envolvidos neste mercado
Ao investir em ações (ou, de forma mais ampla, no mercado de capitais), há
vários agentes que intermedeiam, auxiliam e executam algumas tarefas. De
maneira geral, ambos procuram garantir que tudo funcione de forma plena,
rápida e segura.

Podemos dividi-los em 5 grandes blocos (em cada um destes, listamos os


principais agentes):

• Emissores:  Companhias abertas (que emitem as ações)

• Intermediários:  Bancos de Investimento


 Corretoras de Mercadorias
 Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários
 Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários
 Agentes autônomos de investimento
 Administradores de carteiras

• Administradores:  Bolsas de Valores


 Depositárias
 Câmaras de Compensação e Liquidação

• Outros:  Analistas de Mercado de Valores Mobiliários


 Empresas de Auditoria
 Consultorias

• Investidores:  Pessoas Físicas


 Institucionais
 Empresas
 Estrangeiros
 Outros

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Vejamos um pouco mais sobre alguns desses agentes.

Bolsa de Valores

A famosa Bolsa de Valores é o ambiente onde acontece a negociação de


ações. No Brasil, temos a BM&FBovespa - Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuros. Esta é uma imagem interna da Bovespa:

É aqui que as pessoas compram e vendem as suas ações (hoje, de forma


eletrônica). O principal objetivo da bolsa é proporcionar um ambiente seguro
para que as negociações possam acontecer.

A Bovespa tem a responsabilidade de garantir que você receba tanto as


suas ações, quando fizer uma compra, quanto o seu dinheiro, quando fizer
uma venda. No caso da compra, a bolsa de valores também é responsável por
guardar suas ações (seus registros de compra e propriedade) com segurança.

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Câmara de Compensação e Liquidação

No Brasil, temos a CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).


Ela executa todos os serviços de compensação, liquidação e controle de risco
das operações realizadas no mercado de capitais.

A CBLC guarda mais de 6 trilhões de ações de companhias abertas, debên-


tures e certificados de investimento e é responsável pela liquidação de 95%
dos negócios realizados no mercado brasileiro de ações.

A maior parte dos valores em custódia, na CBLC, é mantida em forma escri-


tural, ou seja, sem a movimentação física de documentos. Isto agiliza os pro-
cessos e diminui a burocracia na hora de efetuar a transferência dos ativos
(ações, por exemplo) em negociação.

Todas as operações realizadas na Bovespa devem, por obrigação legal,


identificar o investidor final de determinada negociação. Essa tarefa é reali-
zada pelos agentes intermediários (corretoras de valores). Nesse processo,
os dados fornecidos são confidenciais e as únicas pessoas com acesso a essas
informações são os funcionários responsáveis por monitorar o mercado.

Importante: como as ações compradas ficam sob a custódia da CBLC, mes-


mo que a corretora de valores venha a “quebrar”, as suas ações estão prote-
gidas. Caso isso ocorra, você precisa, apenas, escolher outra corretora para
intermediar as suas operações na bolsa.

Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (CTVM)

Depois da Bovespa, a corretora de valores é o agente mais popular no mer-


cado de capitais. Sem uma corretora de valores, que faz a intermediação en-
tre você e a bolsa, as compras e vendas de ações não acontecem.

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Você não pode ir direto à bolsa para comprar uma ação. Se fosse assim, o
mercado seria muito confuso, pois são necessários conhecimentos específi-
cos para manter a ordem e a integridade das negociações. Por isso, apenas os
agentes credenciados e devidamente preparados podem fazer este papel. A
corretora de valores é um deles.

O grau de interação entre você e a corretora de valores será grande. Por


isso, é importante que você escolha uma boa corretora para realizar seus in-
vestimentos em ações.

Nós do Dinheirama.com utilizamos a corretora Rico.com.vc. No Brasil, a


Rico é líder em número de clientes do tipo pessoa física. Por esse motivo, ela
investe forte em programas educacionais, que preparam ainda mais o inves-
tidor para lucrar no mercado, e também numa boa estrutura de atendimento.

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Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Apesar de não aparecer na listagem feita anteriormente, este agente tem


uma grande relevância no mercado de capitais.

A CVM é uma entidade que tem como objetivo regulamentar e fazer a fis-
calização do mercado brasileiro de valores mobiliários, além de informar ao
público sobre quais são as companhias que emitiram esses valores. É uma es-
pécie de “polícia do mercado de capitais”.

Aliás, você sabe o que são valores mobiliários? Dentre eles, temos: ações;
debêntures, bônus de subscrição; cupons; direitos; recibos de subscrição; cer-
tificados de desdobramento, relativos aos valores mobiliários; certificados de
depósito de valores mobiliários; cédulas de debêntures, entre outros.

A CVM tem ainda a responsabilidade de zelar pelo bom funcionamento do


mercado de ações e incentivar as aplicações em ações no capital das compa-
nhias abertas (empresas listadas na bolsa).

Ela foi criada pela Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e teve alterações
pela Lei nº 10.411 de 26 de fevereiro de 2002. Saiba que toda a emissão públi-
ca de valores mobiliários só poderá ser distribuída após o prévio registro na
CMV.

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3.Questões comportamentais: cuidado com
suas emoções
Agora, vamos deixar algumas considerações importantes sobre o lado huma-
no deste mercado. Afinal, apesar de já existirem até robôs operando na bolsa de
valores, por trás de tudo está a mão do homem.

O dinheiro e o desejo de obter riqueza é algo que aguça as mais profundas


emoções das pessoas. Basta vermos o sucesso dos golpes que apresentam pro-
messas de enriquecimento fácil. Isso se repete há séculos, nos mais variados
formatos, e as pessoas continuam caindo.

Quando falamos em bolsa de valores, muita gente manifesta estes dois tipos
de pensamento: (1) aversão, dizendo que a bolsa de valores é uma questão de
sorte, que ela se parece mais com um cassino, ou (2) brilham os olhos, achando
que a bolsa é a solução para finalmente ficarem ricas.

Estas duas visões estão bem equivocadas. A bolsa de valores, como qualquer
tipo de investimento, requer conhecimentos técnicos. Apesar de ser possível
enriquecer investindo na bolsa, isso não vai acontecer do dia para a noite (a não
ser por pura sorte, mas não é assim que um investidor inteligente age).

A primeira coisa que você precisa fazer é esvaziar os seus preconceitos a res-
peito do mundo da renda variável e colocar-se numa postura de aprendiz. Outra
coisa importante é desenvolver e praticar duas coisas fundamentais: disciplina
e paciência.

Diferentemente de um investimento em renda fixa, investir na bolsa pode


trazer prejuízos severos ao seu patrimônio, pois a ação de uma empresa pode
despencar e até “virar pó” (expressão usada quando uma ação perde seu valor).

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Assim, a disciplina ajudará a desenvolver o seu aprendizado, a fim de que
ele seja praticado, posteriormente, de forma consistente, enquanto a paciên-
cia fará com que você não “meta os pés pelas mãos” e evite, num momento de
precipitação, errar no investimento e sofrer prejuízos com isso.

Há quem diga que a componente emocional do investidor na bolsa é res-


ponsável por até 40% dos seus resultados. Portanto, o controle emocional é
fundamental.

Saiba que a dor de perder certa quantia em dinheiro pode ser até 5x maior
do que a alegria de lucrar o mesmo valor. Portanto, tenha cautela para ope-
rar na bolsa. Aprenda e pratique com pouco dinheiro, para evitar traumas e
frustrações que possam vir a criar um bloqueio completo contra este tipo de
investimento.

Agora, um fato muito importante: entenda que você é o único responsável


pelas suas operações na bolsa de valores. Mesmo que alguém dê uma suges-
tão de investimento em determinada ação de uma empresa, a decisão final
pela compra ou venda da ação será sempre sua.

Uma pergunta muito comum que as pessoas fazem é se é possível “viver de


bolsa”, isto é, tornar-se um profissional e assim extrair do mercado a sua renda
para viver.

Sim, é possível, mas não é uma tarefa fácil. Como todo tipo de empreendi-
mento, ser um trader (nome dado a quem opera de forma profissional e fre-
quente na bolsa de valores) requer muita dedicação e estudo. É um trabalho
com um grau elevado de tensão e recomendado para pessoas que já aprende-
ram a dominar bem as suas emoções.

Ao ler tudo isso, você pode ter a impressão de que estamos colocando
“medo” em você, mas não é isso. Estamos apenas elencando a realidade dos

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fatos. Quando sofrer prejuízos em suas operações na bolsa (e acredite, por
melhor que você seja, isso pode acontecer), você entenderá bem o motivo
desses alertas.

Uma vez que a bolsa de valores é um ambiente de risco, o objetivo maior de


quem opera é perder pouco e ganhar muito. Dessa forma, será possível obter
lucros de forma consistente.

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4. Como abrir uma conta numa corretora de
valores
Agora começamos a parte prática, que é sempre a mais legal. Se você já pos-
sui uma conta numa corretora de valores, poderá pular esta etapa, se não tem,
chegou a hora de resolver esse problema.

Abrir uma conta numa corretora é algo tão fácil, que você deveria aproveitar
este exato momento, enquanto faz a leitura deste eBook, para abrir a sua. O
procedimento é todo realizado pela internet e é muito mais simples do que, por
exemplo, abrir uma conta num banco.

Então, vamos nessa! O primeiro passo é escolher uma corretora de valores.


Para isso, é importante você avaliar os seguintes pontos:

• Que a empresa seja idônea e não tenha histórico problemático com seus
clientes;
• Que possua uma boa estrutura de atendimento ao cliente;
• Que apresente taxas justas para a realização das operações (taxa de cor
retagem, principalmente);
• Que ajude o investidor a se profissionalizar através de bons programas
educacionais.

Precisamos escolher uma corretora para mostrar a você algumas telas de


exemplo. Utilizaremos a Rico.com.vc, corretora através da qual, de fato, reali-
zamos os nossos investimentos. Ela atende muito bem aos requisitos indicados
acima.

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Acesse a página de cadastro da corretora, clicando aqui. Você verá uma tela
como esta:

Basta preencher com seu nome completo e o seu endereço de e-mail.

Você pode abrir uma conta tanto para você (pessoa física) quanto para uma
empresa (pessoa jurídica). Assim, na próxima tela, insira o número do seu CPF
(ou do CNPJ) e a sua data de nascimento (ou a data de constituição da empresa):

Agora é a hora de criar o seu nome de usuário e a sua senha. Utilize, no má-
ximo, 20 letras. Use, preferencialmente, seu nome e sobrenome ou algum ape-
lido. Depois, com apenas números, defina sua senha. Tenha o cuidado de usar
combinações fortes e que não sejam óbvias, como datas comemorativas:

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Como você está percebendo, é tudo relativamente simples e fácil.

Basta você continuar fornecendo as informações solicitadas. Ao final, você


terá que imprimir um formulário, assinar e providenciar algumas cópias de do-
cumentos e comprovantes.

Você poderá enviar cópias digitais (feitas via scanner) desses documentos
pelo próprio site da corretora. Em alguns casos, poderá ser solicitado o envio da
documentação pelos correios.

Pronto! Agora é só aguardar alguns poucos dias para que você receba por
e-mail a confirmação de que sua conta foi aberta. Se tiver alguma dificuldade,
basta ligar para 0800 771 5465 ou 3003 5465 e tirar a sua dúvida com a equi-
pe de atendimento ao cliente.

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5. Comprando e vendendo uma ação (na prá-
tica)

Após abrir uma conta numa corretora de valores, o próximo passo é decidir a
quantia em dinheiro que você irá investir. Feito isso, será preciso transferir este
dinheiro do seu banco para a sua conta na corretora.

A corretora não aceita depósitos em dinheiro. Assim, você, obrigatoriamen-


te, precisa realizar uma transferência bancária. A sua conta na corretora funcio-
na de forma semelhante a uma conta bancária, possuindo um código de agência
e conta. Dessa forma, você precisará realizar um TED ou um DOC.

Aqui temos uma dica para você: dependendo da frequência com que você re-
aliza a transferência de valores, entre a sua conta do banco e a da corretora, as
tarifas de TED e DOC podem ficar elevadas.

Por isso, para evitar o pagamento dessas taxas, recomendamos que você abra
uma conta eletrônica. Bancos como Itaú e Brasil oferecem esse tipo de conta, a
qual, além de não cobrar nenhuma tarifa mensal, também não cobra pelo envio
de TED e DOC.

Feita a transferência, você precisa, apenas, acessar sua área de cliente no site
da corretora, para ter acesso ao famoso home broker. Este software possibilita
comprar e vender uma ação, no período de funcionamento da bolsa (o chamado
“pregão”, que ocorre das 10 h às 17 h, nos dias úteis).

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Ao acessar sua área de cliente, você vai ver a seguinte tela:

No canto superior direito, você poderá clicar na seta e verificar seu saldo em
conta. No canto superior esquerdo, você verá um botão laranja, onde está escri-
to “home broker”. Clique nele.

Após alguns segundos, a tela do seu home broker será carregada. Agora, você
está conectado diretamente com a Bovespa e poderá acompanhar, em tempo
real, a movimentação no mercado.

Observe que, na tela abaixo, há várias caixinhas (ou boxes). Talvez na sua tela
não haja nenhuma delas, pois, nesse caso, você ainda não configurou algum box
de cotação no seu home broker. Para resolver isso, clique no menu, ao lado da
logomarca da Rico.com.vc, e, na coluna “mercado”, acesse “box de cotação”.

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Agora que a caixa apareceu, você precisa digitar o código da ação que você
deseja comprar, na linha superior dentro da caixa. Abaixo, em nosso exemplo,
estamos monitorando as ações do Banco Itaú (código ITUB4).

Para você obter informações sobre as empresas listadas na bolsa, basta clicar
aqui e consultar diretamente no site da Bovespa.

Agora, vamos ampliar a imagem do box de cotação para entender as informa-


ções disponíveis ali. Dê uma olhada:

Neste box, vemos alguns detalhes


importantes sobre o comportamen-
to da ação. É fundamental que você
se familiarize com elas, pois é aqui
que você analisa o preço da ação, a
variação do preço no dia e a variação
do preço em relação ao dia anterior.

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É também neste box que você realiza a compra e a venda de uma ação (vamos
mostrar isso mais adiante).

No topo, aparece o código da ação: ITUB4. Logo abaixo, o nome da empresa


e o tipo da ação (clique aqui para saber mais).

A próxima linha de informações apresenta o preço da ação (R$ 35,57), segui-


do da porcentagem de valorização (alta) ou desvalorização (baixa) da ação em
relação ao preço de fechamento do dia anterior.

No nosso exemplo, temos uma baixa de -2,81%. Para entender esse valor, ob-
serve no box de cotação, na aba “detalhes”, o preço da ação ITUB4, no momento
de fechamento do dia anterior: R$ 36,60. Este é o preço de referência para en-
tendermos a porcentagem de alta ou baixa da ação durante o pregão.

O campo “negócios” também apresenta uma informação importante: a quan-


tidade de negócios que foram feitos no dia. Isso mostra se uma ação possui
ou não liquidez de negociação. No caso de ITUB4, vemos que houve cerca de
32.200 negociações em um dia, ou seja, uma ação com muita liquidez.

As ações líquidas são negociadas com mais facilidade, pois sempre haverá al-
guém interessado em comprá-las ou vendê-las.

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Por falar em comprar e vender,
na figura abaixo, vemos o mesmo
box, agora na aba “ofertas”:

É nesta aba que podemos iniciar


o processo de abertura de uma
ordem de compra ou de venda de
uma ação. Antes, vamos observar
os detalhes.

Veja que temos duas colunas


de preço: do lado esquerdo, pes-
soas dispostas a comprar a ação por um determinado preço; do lado direito,
pessoas dispostas a vender a ação por um determinado preço.

É aqui que vemos, em tempo real, a “queda de braço” entre compradores


e vendedores.

A primeira linha mostra a “disputa” do momento. Observe os preços. Do


lado esquerdo, R$ 36,63; do lado direito, R$ 36,64. Apenas um centavo de
diferença.

Observe também que, ao lado dos preços, existem as quantidades de ações


que estão sendo vendidas pelo valor indicado. Temos ainda uma última infor-
mação, na coluna representada pelo símbolo “#”: estas são as quantidades de
ordens (de compra ou venda) que estão colocadas no momento e com o mesmo
preço.

Assim, juntando todas essas informações, podemos dizer que, na primeira li-
nha, há 5 ordens de compra de ações colocadas por investidores, totalizando
2.200 ações (o mesmo que 2,2K) por um preço de R$ 36,63. Temos ainda 5 or-
dens de venda de ações, totalizando 600 ações, por um preço de R$ 36,64.

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Quando você observa um box de cotação desses, no momento do pregão,
percebe que esses movimentos de compra e venda são muito dinâmicos, modi-
ficam-se a todo instante.

É o mercado que movimenta os preços, os quais, normalmente, são fomenta-


dos pelas expectativas econômicas, acontecimentos pontuais em cada empresa
listada na bolsa e tudo misturado com as estratégias e emoções dos pequenos
e grandes investidores; embora estes últimos tenham grande peso na definição
do sentido dos preços.

Voltando às informações do box de cotação, talvez você esteja se perguntan-


do o que são os botões verde (com a letra V) e azul (com a letra C). Estes botões
permitem que você inicie a compra ou a venda de ações. Veja que interessante:
eles estão “ao contrário” das forças compradoras e vendedoras que descreve-
mos mais acima.

Do lado esquerdo, temos investidores querendo comprar ações, então apa-


rece o botão de “venda” para você (caso queira vender sua ação para um deles).
Já do lado direito, temos investidores querendo vender ações, então aparece o
botão de “compra” para você (caso queira comprar as ações deles).

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Ao clicar num botão azul, de compra, será possível ver esta outra caixa, onde
você poderá preencher sua ordem de compra de ações:

Observe, novamente, todos os campos desta caixa, denominada “ordem de


compra”. Nela você diz qual é o código da ação que deseja comprar (no caso,
banco Itaú ou ITUB4), qual a quantidade de ações (no caso, um lote padrão de
100 ações), o preço (no caso, 36,64) e a validade (no caso, até que você mesmo
cancele a ordem).

A ordem de compra possui validade, pois é possível que não seja executada
no exato momento em que você a coloca para o mercado; principalmente se seu
preço estiver distante do que o mercado praticar neste período.

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De forma muito similar, temos também a caixa denominada “ordem de ven-
da”. Veja:

O raciocínio é o mesmo da ordem de compra, embora diga respeito à venda.

Ao avançar nesta tela e enviar sua ordem de compra ou venda, você ainda
terá uma última tela de confirmação, onde deverá inserir a sua senha eletrônica
para concluir a transação.

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Observe que esta tela final (abaixo) também apresenta os custos desta ope-
ração, isto é, a taxa de corretagem, cobrada pela CTVM (corretora de títulos e
valores mobiliários), e os emolumentos, cobrados pela própria Bovespa:

A cada ordem de compra ou venda que executar, você precisará considerar


as taxas da operação. Assim, é necessário ter saldo suficiente na conta, tanto
para comprar as ações quanto para arcar com estes custos.

Ao realizar, pela primeira vez, uma operação de compra e de venda, faça tudo
com muita cautela, observando cada detalhe. Isso é muito importante para o
seu aprendizado. Encorajamos você a seguir adiante e executar essa tarefa.

Apesar da apreensão, será de grande valia para você quebrar conceitos e per-
ceber que comprar e vender ações é mais fácil do que parece. Com o tempo, isso
se torna um hábito tão simples quanto qualquer outro de nosso cotidiano.

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6. Estratégias básicas de investimento

Com relação à variedade de estratégias que podem ser utilizadas para multi-
plicar o seu dinheiro, a bolsa de valores oferece um ambiente riquíssimo.

Para você ter uma ideia, é possível realizar centenas de tipos diferentes de
operações, combinando, por exemplo, ações, derivativos e índices futuros. Nes-
te eBook, não vamos tratar dos derivativos, índices e outros tipos de papéis
negociados em bolsa, mas é bom você já despertar a sua curiosidade sobre o
assunto, para buscar mais conhecimentos adiante.

No que diz respeito às ações, vale destacar algumas estratégias básicas para
você avaliar qual delas tem mais relação com seu modo (e possibilidade) de in-
vestir. Basicamente, a diferença entre elas está no prazo (duração) das opera-
ções.

Por isso, utilizando uma máxima da educação financeira, é necessário ter em


mente quais são os seus objetivos para os investimentos que irá realizar e tam-
bém em quanto tempo pretende realizá-los. Identificar esses fatores pode faci-
litar na hora de escolher qual estratégia será aplicada.

Day Trade

Modalidade onde o investidor compra e vende a ação no mesmo dia; num


jargão do mercado, ele sempre “zera” a operação no mesmo dia em que ela foi
iniciada, não importam os horários de compra e venda.

A compra pode ter ocorrido na primeira hora do pregão e a venda na última


hora. A ação também pode ter sido comprada às 11h55 da manhã e vendida às
11h59.

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Day Trade exige bastante conhecimento em análise gráfica, alto grau de dis-
ciplina e uma estratégia bem formada antes de iniciar uma operação.

O day trader procura ganhos pequenos e rápidos, algo como 0,5%, 1%, 2% ou
poucos centavos, tudo em um único dia. Pode parecer pouco, mas se ele conse-
guir esse tipo de ganho ao longo do tempo, a soma será bastante interessante
no final.

Uma observação importante: o day trader precisa ter tempo disponível para
operar no mercado, além de pagar uma tributação alta (falaremos sobre isso
mais adiante). Ele também gasta mais em corretagens (outro assunto que vere-
mos no próximo tópico).

Swing Trade

São operações com prazos um pouco maiores que o Day Trade. Duram entre
1 e 5 dias, em geral. Quem utiliza essa modalidade também se baseia na análise
gráfica e busca ganhos maiores que o day trader, algo em torno de 5%, 6% ou
8% em poucos dias.

Operações desse tipo exigem paciência e estratégia bem definida para ten-
tar capturar os movimentos mais fortes das ações. O swing trader opera menos
vezes, procurando acertar o ponto exato de reversão dos movimentos de curto
prazo.

A liquidez dos ativos operados pode ser um pouco menor que no caso do Day
Trade, mas também exige uma boa liquidez dos papéis. Também é necessário
que se tenha tempo para operar no mercado.

Position Trade

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É um tipo de operação que pode ir de algumas semanas a alguns meses, difi-
cilmente passando de 3 ou 4 meses. Também é baseado em análise gráfica, mas
pode contar com a análise fundamentalista como aliada nas escolhas de boas
empresas.

Busca-se um retorno maior que nos prazos menores, algo acima de 10%, 15%
ou 20%. A liquidez dos ativos negociados pode ser bem menor que no caso do
Day Trade e do Swing Trade, pois o investidor tem mais tempo para entrar ou
sair de uma posição.

Médio Prazo

Operar na bolsa com estratégia de médio prazo é manter as ações desde al-
gumas semanas ou meses até poucos anos. Não há uma estimativa de retorno
específica. O investidor não precisa ser um ótimo trader e nem possuir bons co-
nhecimentos em análise gráfica e fundamentalista.

Ainda assim, é recomendável que aprenda mais, principalmente sobre no-


ções de análise fundamentalista. Em geral, quem opera nesse tipo de prazo pro-
cura por ações de boas empresas, também conhecidas como Blue Chips.

Longo Prazo e Buy & Hold

São as estratégias que apresentam os maiores prazos, podendo passar de 10,


20, 30 ou 40 anos de aplicação. Também não existe uma estimativa de retorno
pré-definida e o investidor não precisa possuir grandes conhecimentos em aná-
lise gráfica.

É a mais fácil das modalidades para o investidor comum. Existe um forte mo-
vimento de pessoas que afirmam que tal modalidade nem sequer constitui uma
estratégia, por ser algo “completamente” passivo.

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Por outro lado, em defesa do método, o Buy & Hold não consiste apenas em
comprar e “esquecer” as ações aplicadas ao sabor do acaso. Consiste em fazer
compras permanentes, buscando, além da formação de patrimônio, ajustar o
preço médio das ações com o objetivo de compensar a volatilidade no longo
prazo.

É altamente aconselhável que o investidor possua algum entendimento de


análise fundamentalista. Isso porque, ao longo dos anos, é importante que se
faça um balanço para verificar se as empresas continuam com boas perspecti-
vas de crescimento e geração de lucros futuros.

Negligenciar este quesito pode significar anos e anos de poupança e trabalho


duro sendo transformados em pó. Esse tipo de investidor se preocupa em in-
vestir somente em boas e sólidas empresas, em geral, a maioria das Blue Chips.

A história mostra que o Buy & Hold apresentou rentabilidades acima de ou-
tros tipos de investimentos. Porém, acreditar firmemente no passado não signi-
fica certeza de um bom negócio. Afinal, rentabilidades passadas não são garan-
tia de rentabilidades futuras.

O investidor de longo prazo busca obter um rendimento no futuro que possa


bancar ou complementar sua aposentaria através de dividendos (distribuição
de lucros em dinheiro, que algumas empresas fazem com frequência).

Estes investidores podem também se desfazer de parte de suas ações ao


longo do tempo para realizar outras aplicações, em renda fixa ou imóveis, por
exemplo, como forma de proteger parte do capital conquistado.

Apesar de serem estratégias muito parecidas (e que podem se confundir ao


longo dos anos), o investidor de longo prazo é aquele que busca períodos de
aplicação de 10 a 20 anos, talvez pelo fato de ter entrado tarde na bolsa.

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O investidor Buy & Hold, por ouro lado, busca períodos maiores (cerca de
30 a 40 anos), chegando, inclusive, a não utilizar o capital investido, deixando-o
para seus filhos e netos.

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7. Impostos e taxas
Abaixo apresentamos um resumo dos impostos e taxas cobradas nas opera-
ções na bolsa de valores:

• Imposto de Renda: - Na fonte


- Recolhido pelo investidor

• Corretagem: - Taxa de corretagem


- ISS (Imposto Sobre Serviços)

• Emolumentos: - BM&FBovespa
- CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia)

• Custódia: - Taxa de custódia


- Taxa sobre o valor de custódia

Imposto de Renda

Como já é de se esperar, a questão tributária envolvendo as ações não é tão


simples quanto gostaríamos que fosse, mas precisamos entender isso para evi-
tar problemas desagradáveis com a Receita Federal.

São muitos os detalhes e tentaremos ser objetivos. Ao fim deste tópico, sere-
mos sinceros numa recomendação mais prática para resolver o assunto. É im-
portante, porém, que você tenha ao menos uma noção razoável sobre o assun-
to. Então, mantenha a paciência. Primeiro, alguns pontos importantes:

• Você já ouviu falar em “regime de caixa”? Esta expressão contábil diz respeito
ao fato de o contribuinte ser tributado no exato momento em que recebe seu lucro.
Na bolsa de valores é assim que ocorre. Uma operação de venda é tributada.

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• Outro ponto importante é que o fisco considera a data do pregão em que
a operação foi feita, não a data de liquidação (que é quando você recebe o lu-
cro obtido na sua conta). Assim, se você vende uma ação no dia 30 de Abril, por
exemplo, e a liquidação ocorre 3 dias depois, já em Maio, o fisco entende que o
lucro foi realizado no dia 30 de Abril.

• O pagamento dos impostos é de responsabilidade do contribuinte, ou


seja, é você quem calcula e precisa recolhê-los, através do pagamento do DARF,
até o último dia útil do mês seguinte ao mês que realizou as operações.

• A tributação sobre as operações na bolsa de valores é do tipo “exclusiva e


definitiva”, ou seja, é diferente dos tipos “antecipação” ou “carnê-leão”.

Sendo assim, a declaração anual do Imposto de Renda serve apenas para lan-
çarmos os valores que já foram pagos anteriormente, mês a mês. Este lança-
mento requer muita atenção aos detalhes. É fundamental que o investidor que
opera na bolsa de valores controle isso mensalmente.

Agora, a parte mais prática: o imposto a ser pago é sobre o ganho líquido que
você consegue nas suas operações na bolsa. Esse ganho líquido se refere tanto
aos valores positivos (lucros) quanto aos negativos (prejuízos). Assim, os prejuí-
zos podem ser considerados para diminuir o valor a ser pago em impostos.

As taxas dos impostos dependem do tipo de operação (que também devem


ser separadas no seu controle):

Numa operação comum, onde a ação é comprada num dia e vendida em outro
dia qualquer, a taxa é de 15% sobre o lucro líquido, conforme explicado acima.

Numa operação de compra e venda no mesmo dia (o day trade), a taxa é de


20% sobre o lucro líquido.

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Vamos exemplificar:

Você compra R$ 50.000,00 em ações da Vale (VALE5), hoje, e dois dias depois
consegue vender por R$ 60.000,00. Então, obteve um lucro de R$ 10.000,00
nesta operação.

No mesmo mês, em outro dia, você compra R$ 10.000,00 em ações da Pe-


trobrás (PETR4). Cinco dias depois, as ações começam a cair muito. Antes que a
situação fique pior, você vende por R$ 7.000,00. Então, teve um prejuízo de R$
3.000,00.

Considerando que, no mês, você fez apenas estas duas operações, seu lucro
líquido foi de R$ 7.000,00 (R$ 10.000,00 – R$ 3.000,00). Como as operações fo-
ram normais (ou seja, as ações foram compradas num dia e vendidas em outro),
a taxa é de 15% sobre esse valor. O imposto a pagar equivale a R$ 1.050,00.

O raciocínio é o mesmo em operações day trade, só que a alíquota a ser apli-


cada é de 20%. Como essas operações são distintas sob a ótica da Receita Fede-
ral, não é possível fazer a compensação dos prejuízos de operações comuns nas
operações de day trade (e vice-versa). Os controles devem ser feitos de forma
separada.

Observação importante: nas operações comuns, você só pagará impostos no


mês se as vendas totais de suas ações ultrapassarem o valor de R$ 20.000,00.
Caso sejam inferiores, não há incidência de impostos. Já no day trade, essa isen-
ção não existe.

No nosso exemplo, o valor total das vendas de VALE5 e PETR4 é R$ 67.000,00.


Neste caso, que ultrapassa os R$ 20.000,00, é necessário pagar os impostos.

Agora, imagine por um instante você operando de forma mais ativa e fre-

35
quente na bolsa. Imagine, também, que hoje você comprou 1000 ações do Itaú
por um preço, amanhã mais 500 por outro preço, depois de dois dias vendeu
700 por um preço ainda diferente, depois comprou e vendeu, no mesmo dia
(day trade), mais 800 ações e assim por diante. Para complicar um pouco mais,
misture várias ações de empresas diferentes, fazendo, junto, operações com
derivativos e índices futuros. Sim, a coisa fica bem complicada de ser calculada.

Lembra que comentamos no início que daríamos uma recomendação mais


prática para resolver isso? Existem softwares que fazem tudo isso de forma au-
tomática para você. Essas ferramentas digitais são disponibilizadas pelas corre-
toras de valores e ficam acopladas ao seu home broker.

Assim, a cada operação que você realiza, a ferramenta já capta os dados, faz
os cálculos e, posteriormente, emite diversos relatórios, incluindo o DARF, pre-
enchido, para que você possa fazer o pagamento dos impostos do mês.

Essa ferramenta costuma custar algo em torno de R$ 20,00 ao mês. Vale mui-
to a pena contratar este serviço, uma vez que, com ele, você irá poupar muito do
seu tempo e pode eliminar vários erros, os quais geralmente ocorrem quando o
controle é feito manualmente.

Antes de finalizar a questão da tributação, uma dica: não tente burlar o sis-
tema. A cada operação de venda comum que você faz é aplicada, automatica-
mente, uma alíquota de imposto de 0,005% já retida na venda. Ela tem o apelido
de “dedo-duro”, pois serve para a receita saber que você fez aquela operação e
certificar que você irá acertar os tributos devidos.

No day trade, essa alíquota “dedo-duro” é de 1%. Tanto nas vendas comuns
quanto no day trade é possível deduzi-las, posteriormente, para o cálculo do IR
mensal (o programa já faz isso, automaticamente, para você).

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Bem, lidar com tributos em nosso país nunca foi uma tarefa fácil, mas é neces-
sária. Portanto, mãos à obra. Pense assim: quanto mais tributos você paga, mais
lucros obterá. Isso é bom!

Taxa de corretagem

A taxa de corretagem é cobrada pela corretora de valores. Ela é fixa por ope-
ração, independentemente da quantidade de ações que você compra. Apertou
o botão de compra ou o botão de venda, deve-se pagar a corretagem.

O valor varia de uma corretora para outra, mas fica em torno de R$ 10,00.
É comum as corretoras oferecerem pacotes de desconto em função da quan-
tidade de operações que o cliente realiza ao mês. Também podem acontecer
promoções pontuais que reduzem esta taxa. Enfim, é um valor flexível e que de-
pende da corretora.

Existe, ainda, a incidência do ISS (Imposto Sobre Serviços) sobre o valor da


corretagem. Esta taxa varia de acordo com cada município e costuma ser de,
no máximo, 5% ̶ por exemplo, para uma corretagem de R$ 10,00, o ISS de 5%
será R$ 0,50.

Emolumentos

Os emolumentos são cobrados pela BM&FBovespa através de uma taxa fixa


para cada tipo de operação.

As operações normais têm incidência de 0,0325% sobre o preço das ações,


sendo 0,0275% de taxa de Liquidação e 0,005% de Emolumentos.

Já as operações de day trade têm a incidência de 0,025% sobre o preço das


ações, sendo 0,02% para Liquidação e 0,005% para Emolumentos.

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Custódia

Esta é uma taxa mensal cobrada pelas corretoras, com o objetivo de cobrir
seus custos operacionais junto à CBLC. Em geral, a taxa é de R$ 6,90 para con-
tas com posição, ou seja, que possuem ações em custódia. Para contas sem mo-
vimentação ou posição, a taxa costuma ser de R$ 3,00.

Algumas corretoras costumam isentar seus clientes desta cobrança. Geral-


mente, a isenção também está associada à quantidade de operações realizadas
no mês.

Existe ainda uma taxa sobre o valor de custódia, a qual é mensal e é cobrada
de acordo com as posições em aberto no último dia útil do mês. Posições infe-
riores a R$ 300.000,00 estão isentas desta taxa. Entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão,
a taxa é de 0,0132% ao ano. Acima de R$ 1 milhão, a taxa é de 0,0076%.

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8. Os próximos passos
Chegamos ao fim deste eBook! Graças à sua disposição em ler e aprender, al-
cançamos, juntos, o objetivo de informar e apresentar a você, leitor, os assuntos
básicos para que seja possível iniciar sua vida de investidor na bolsa de valores.

Este material se encerra, mas a sua jornada está apenas começando. Por isso,
vamos deixar, a seguir, alguns links com materiais extras, também gratuitos, que
vão ajudar você a ir mais além.

Aprenda o básico sobre análise técnica >

Série de vídeos “Seus Investimentos Passo a Passo” >

Biblioteca digital com artigos sobre ações e derivativos >

Antes de nos despedirmos, queremos deixar uma dica final: é importante que
você saia do campo da teoria e parta para a prática. Só assim seus conhecimen-
tos serão testados e aprovados por você mesmo.

No entanto, respeite seu tempo de aprendizado e não se arrisque a fazer al-


gumas operações que tragam elevado grau de insegurança. Tão ou mais impor-
tante do que lucrar no mercado financeiro é proteger o seu patrimônio.

Por isso, comece com pouco dinheiro e, à medida que você aperfeiçoa seus
conhecimentos, vá aumentando aos poucos.

Participe de salas ao vivo para aprender junto com outras pessoas e com espe-
cialistas renomados do mercado. Estes ensinam seus alunos ao vivo, explicando
conceitos e recomendando operações em tempo real. Uma destas salas que re-
comendamos é o Ponto a Ponto (clique aqui), com o analista Leandro Martins.

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Por fim, até que você se sinta completamente seguro para operar na bolsa,
nós recomendamos que você não invista mais do que 10% de todo o seu patri-
mônio (destinado às aplicações no mercado financeiro) em ações. É apenas uma
dica, sob um olhar mais conservador, visando a preservação do seu capital.

E os outros 90%? Nossa recomendação é que eles sejam aplicados na renda


fixa, em títulos do Tesouro Direto, por exemplo. Se precisar aprender mais so-
bre Tesouro Direto, faça o download gratuito de um outro eBook que aborda
este tema, clicando aqui.

Desejamos muito sucesso nos seus investimentos! Lembre-se: a riqueza é


uma questão de escolha!

Um forte abraço da equipe Dinheirama!

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Sobre os autores

Conrado Navarro Ricardo Pereira


Sócio fundador do Dinheirama.com, Sócio fundador do Dinheirama.com, com
autor de diversos livros sobre educação vasta experiência em educação finan-
financeira e colunista de importantes ceira e no mercado financeiro, tendo
veículos. Foi eleito o “Guru Financeiro passagens por bancos de investimento e
do Ano”, em 2012, pela comunidade de também grandes organizações.
investidores ADVFN.

Giovanni Coutinho Renato De Vuono


Investidor, colaborador do Dinheirama e Apaixonado por finanças pessoais, é
praticante da educação financeira como investidor, colaborador do Dinheirama,
estilo de vida. Possui ampla experiência além de especialista em comunicação
em vendas, marketing, gestão de conteú- social e comportamento humano. Foi
do e comunicação. fundador da WEME/Galileo e do site
Café com Finanças.

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