para
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D esde pequeno gostava de dinheiro, finanças e investimentos,
guardava o dinheiro do lanche para comprar vídeo game, au-
torama, e até mesmo um kart. Em 1999 ao entrar na graduação
de economia fiquei fascinado pelo mercado de ações. Os filmes
como Wall Street, 1987 ajudaram a aumentar essa paixão.
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Chegou a hora de você aprender outras
maneiras de multiplicar o seu patrimônio!
Olá! Seja bem-vindo (a) a esta leitura! Esperamos que o presente
eBook seja agradável e útil para o desenvolvimento tanto da sua
educação financeira quanto, e especialmente, dos seus investi-
mentos.
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1. Teoria básica sobre as ações
Você já dever ter visto a figura de um Touro ou a de um Urso, ambas vincu-
ladas à bolsa de valores.
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Este título não é enviado fisicamente para você. Hoje, os registros são to-
dos eletrônicos, devido à necessidade de agilidade do mercado - uma vez que,
diariamente, a negociação de ações envolve um grande volume de títulos.
É por isso que investir em renda variável é algo arriscado: você pode perder
e/ou ganhar. É importante pensar, entretanto, que você só realiza seus lucros
ou prejuízos ao vender as ações que possui, pois, enquanto estiver com elas,
estará sujeito às variações de preços no dia a dia, mantendo estável a sua po-
sição como sócio daquela empresa.
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Existem, basicamente, dois motivos que levam o preço de uma ação a subir
ou descer:
Por outro lado, esta mesma crise, que derrubou o preço da ação de uma
empresa, pode fazer com que o preço da ação de uma outra companhia suba
bastante - isso ocorre, por exemplo, se esta companhia tiver suas receitas
atreladas ao Dólar e esta moeda se valorizar em relação ao Real.
Por esse motivo, a negociação de ações faz parte do mercado de renda vari-
ável. Os preços das ações variam constantemente e são movidos pelo mesmo
conceito básico que movimenta toda a economia: oferta e demanda.
Home broker é o software que conecta você, investidor, com a bolsa de va-
lores. Na tela do seu computador, você consegue ver, em tempo real, tudo o
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que está acontecendo com as ações das empresas e pode comprar, vender ou
montar operações com agendamento.
COMPRA VENDA
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2. Agentes envolvidos neste mercado
Ao investir em ações (ou, de forma mais ampla, no mercado de capitais), há
vários agentes que intermedeiam, auxiliam e executam algumas tarefas. De
maneira geral, ambos procuram garantir que tudo funcione de forma plena,
rápida e segura.
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Vejamos um pouco mais sobre alguns desses agentes.
Bolsa de Valores
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Câmara de Compensação e Liquidação
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Você não pode ir direto à bolsa para comprar uma ação. Se fosse assim, o
mercado seria muito confuso, pois são necessários conhecimentos específi-
cos para manter a ordem e a integridade das negociações. Por isso, apenas os
agentes credenciados e devidamente preparados podem fazer este papel. A
corretora de valores é um deles.
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Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
A CVM é uma entidade que tem como objetivo regulamentar e fazer a fis-
calização do mercado brasileiro de valores mobiliários, além de informar ao
público sobre quais são as companhias que emitiram esses valores. É uma es-
pécie de “polícia do mercado de capitais”.
Aliás, você sabe o que são valores mobiliários? Dentre eles, temos: ações;
debêntures, bônus de subscrição; cupons; direitos; recibos de subscrição; cer-
tificados de desdobramento, relativos aos valores mobiliários; certificados de
depósito de valores mobiliários; cédulas de debêntures, entre outros.
Ela foi criada pela Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e teve alterações
pela Lei nº 10.411 de 26 de fevereiro de 2002. Saiba que toda a emissão públi-
ca de valores mobiliários só poderá ser distribuída após o prévio registro na
CMV.
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3.Questões comportamentais: cuidado com
suas emoções
Agora, vamos deixar algumas considerações importantes sobre o lado huma-
no deste mercado. Afinal, apesar de já existirem até robôs operando na bolsa de
valores, por trás de tudo está a mão do homem.
Quando falamos em bolsa de valores, muita gente manifesta estes dois tipos
de pensamento: (1) aversão, dizendo que a bolsa de valores é uma questão de
sorte, que ela se parece mais com um cassino, ou (2) brilham os olhos, achando
que a bolsa é a solução para finalmente ficarem ricas.
Estas duas visões estão bem equivocadas. A bolsa de valores, como qualquer
tipo de investimento, requer conhecimentos técnicos. Apesar de ser possível
enriquecer investindo na bolsa, isso não vai acontecer do dia para a noite (a não
ser por pura sorte, mas não é assim que um investidor inteligente age).
A primeira coisa que você precisa fazer é esvaziar os seus preconceitos a res-
peito do mundo da renda variável e colocar-se numa postura de aprendiz. Outra
coisa importante é desenvolver e praticar duas coisas fundamentais: disciplina
e paciência.
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Assim, a disciplina ajudará a desenvolver o seu aprendizado, a fim de que
ele seja praticado, posteriormente, de forma consistente, enquanto a paciên-
cia fará com que você não “meta os pés pelas mãos” e evite, num momento de
precipitação, errar no investimento e sofrer prejuízos com isso.
Saiba que a dor de perder certa quantia em dinheiro pode ser até 5x maior
do que a alegria de lucrar o mesmo valor. Portanto, tenha cautela para ope-
rar na bolsa. Aprenda e pratique com pouco dinheiro, para evitar traumas e
frustrações que possam vir a criar um bloqueio completo contra este tipo de
investimento.
Sim, é possível, mas não é uma tarefa fácil. Como todo tipo de empreendi-
mento, ser um trader (nome dado a quem opera de forma profissional e fre-
quente na bolsa de valores) requer muita dedicação e estudo. É um trabalho
com um grau elevado de tensão e recomendado para pessoas que já aprende-
ram a dominar bem as suas emoções.
Ao ler tudo isso, você pode ter a impressão de que estamos colocando
“medo” em você, mas não é isso. Estamos apenas elencando a realidade dos
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fatos. Quando sofrer prejuízos em suas operações na bolsa (e acredite, por
melhor que você seja, isso pode acontecer), você entenderá bem o motivo
desses alertas.
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4. Como abrir uma conta numa corretora de
valores
Agora começamos a parte prática, que é sempre a mais legal. Se você já pos-
sui uma conta numa corretora de valores, poderá pular esta etapa, se não tem,
chegou a hora de resolver esse problema.
Abrir uma conta numa corretora é algo tão fácil, que você deveria aproveitar
este exato momento, enquanto faz a leitura deste eBook, para abrir a sua. O
procedimento é todo realizado pela internet e é muito mais simples do que, por
exemplo, abrir uma conta num banco.
• Que a empresa seja idônea e não tenha histórico problemático com seus
clientes;
• Que possua uma boa estrutura de atendimento ao cliente;
• Que apresente taxas justas para a realização das operações (taxa de cor
retagem, principalmente);
• Que ajude o investidor a se profissionalizar através de bons programas
educacionais.
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Acesse a página de cadastro da corretora, clicando aqui. Você verá uma tela
como esta:
Você pode abrir uma conta tanto para você (pessoa física) quanto para uma
empresa (pessoa jurídica). Assim, na próxima tela, insira o número do seu CPF
(ou do CNPJ) e a sua data de nascimento (ou a data de constituição da empresa):
Agora é a hora de criar o seu nome de usuário e a sua senha. Utilize, no má-
ximo, 20 letras. Use, preferencialmente, seu nome e sobrenome ou algum ape-
lido. Depois, com apenas números, defina sua senha. Tenha o cuidado de usar
combinações fortes e que não sejam óbvias, como datas comemorativas:
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Como você está percebendo, é tudo relativamente simples e fácil.
Você poderá enviar cópias digitais (feitas via scanner) desses documentos
pelo próprio site da corretora. Em alguns casos, poderá ser solicitado o envio da
documentação pelos correios.
Pronto! Agora é só aguardar alguns poucos dias para que você receba por
e-mail a confirmação de que sua conta foi aberta. Se tiver alguma dificuldade,
basta ligar para 0800 771 5465 ou 3003 5465 e tirar a sua dúvida com a equi-
pe de atendimento ao cliente.
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5. Comprando e vendendo uma ação (na prá-
tica)
Após abrir uma conta numa corretora de valores, o próximo passo é decidir a
quantia em dinheiro que você irá investir. Feito isso, será preciso transferir este
dinheiro do seu banco para a sua conta na corretora.
Aqui temos uma dica para você: dependendo da frequência com que você re-
aliza a transferência de valores, entre a sua conta do banco e a da corretora, as
tarifas de TED e DOC podem ficar elevadas.
Por isso, para evitar o pagamento dessas taxas, recomendamos que você abra
uma conta eletrônica. Bancos como Itaú e Brasil oferecem esse tipo de conta, a
qual, além de não cobrar nenhuma tarifa mensal, também não cobra pelo envio
de TED e DOC.
Feita a transferência, você precisa, apenas, acessar sua área de cliente no site
da corretora, para ter acesso ao famoso home broker. Este software possibilita
comprar e vender uma ação, no período de funcionamento da bolsa (o chamado
“pregão”, que ocorre das 10 h às 17 h, nos dias úteis).
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Ao acessar sua área de cliente, você vai ver a seguinte tela:
No canto superior direito, você poderá clicar na seta e verificar seu saldo em
conta. No canto superior esquerdo, você verá um botão laranja, onde está escri-
to “home broker”. Clique nele.
Após alguns segundos, a tela do seu home broker será carregada. Agora, você
está conectado diretamente com a Bovespa e poderá acompanhar, em tempo
real, a movimentação no mercado.
Observe que, na tela abaixo, há várias caixinhas (ou boxes). Talvez na sua tela
não haja nenhuma delas, pois, nesse caso, você ainda não configurou algum box
de cotação no seu home broker. Para resolver isso, clique no menu, ao lado da
logomarca da Rico.com.vc, e, na coluna “mercado”, acesse “box de cotação”.
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Agora que a caixa apareceu, você precisa digitar o código da ação que você
deseja comprar, na linha superior dentro da caixa. Abaixo, em nosso exemplo,
estamos monitorando as ações do Banco Itaú (código ITUB4).
Para você obter informações sobre as empresas listadas na bolsa, basta clicar
aqui e consultar diretamente no site da Bovespa.
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É também neste box que você realiza a compra e a venda de uma ação (vamos
mostrar isso mais adiante).
No nosso exemplo, temos uma baixa de -2,81%. Para entender esse valor, ob-
serve no box de cotação, na aba “detalhes”, o preço da ação ITUB4, no momento
de fechamento do dia anterior: R$ 36,60. Este é o preço de referência para en-
tendermos a porcentagem de alta ou baixa da ação durante o pregão.
As ações líquidas são negociadas com mais facilidade, pois sempre haverá al-
guém interessado em comprá-las ou vendê-las.
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Por falar em comprar e vender,
na figura abaixo, vemos o mesmo
box, agora na aba “ofertas”:
Assim, juntando todas essas informações, podemos dizer que, na primeira li-
nha, há 5 ordens de compra de ações colocadas por investidores, totalizando
2.200 ações (o mesmo que 2,2K) por um preço de R$ 36,63. Temos ainda 5 or-
dens de venda de ações, totalizando 600 ações, por um preço de R$ 36,64.
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Quando você observa um box de cotação desses, no momento do pregão,
percebe que esses movimentos de compra e venda são muito dinâmicos, modi-
ficam-se a todo instante.
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Ao clicar num botão azul, de compra, será possível ver esta outra caixa, onde
você poderá preencher sua ordem de compra de ações:
A ordem de compra possui validade, pois é possível que não seja executada
no exato momento em que você a coloca para o mercado; principalmente se seu
preço estiver distante do que o mercado praticar neste período.
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De forma muito similar, temos também a caixa denominada “ordem de ven-
da”. Veja:
Ao avançar nesta tela e enviar sua ordem de compra ou venda, você ainda
terá uma última tela de confirmação, onde deverá inserir a sua senha eletrônica
para concluir a transação.
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Observe que esta tela final (abaixo) também apresenta os custos desta ope-
ração, isto é, a taxa de corretagem, cobrada pela CTVM (corretora de títulos e
valores mobiliários), e os emolumentos, cobrados pela própria Bovespa:
Ao realizar, pela primeira vez, uma operação de compra e de venda, faça tudo
com muita cautela, observando cada detalhe. Isso é muito importante para o
seu aprendizado. Encorajamos você a seguir adiante e executar essa tarefa.
Apesar da apreensão, será de grande valia para você quebrar conceitos e per-
ceber que comprar e vender ações é mais fácil do que parece. Com o tempo, isso
se torna um hábito tão simples quanto qualquer outro de nosso cotidiano.
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6. Estratégias básicas de investimento
Com relação à variedade de estratégias que podem ser utilizadas para multi-
plicar o seu dinheiro, a bolsa de valores oferece um ambiente riquíssimo.
Para você ter uma ideia, é possível realizar centenas de tipos diferentes de
operações, combinando, por exemplo, ações, derivativos e índices futuros. Nes-
te eBook, não vamos tratar dos derivativos, índices e outros tipos de papéis
negociados em bolsa, mas é bom você já despertar a sua curiosidade sobre o
assunto, para buscar mais conhecimentos adiante.
No que diz respeito às ações, vale destacar algumas estratégias básicas para
você avaliar qual delas tem mais relação com seu modo (e possibilidade) de in-
vestir. Basicamente, a diferença entre elas está no prazo (duração) das opera-
ções.
Day Trade
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Day Trade exige bastante conhecimento em análise gráfica, alto grau de dis-
ciplina e uma estratégia bem formada antes de iniciar uma operação.
O day trader procura ganhos pequenos e rápidos, algo como 0,5%, 1%, 2% ou
poucos centavos, tudo em um único dia. Pode parecer pouco, mas se ele conse-
guir esse tipo de ganho ao longo do tempo, a soma será bastante interessante
no final.
Uma observação importante: o day trader precisa ter tempo disponível para
operar no mercado, além de pagar uma tributação alta (falaremos sobre isso
mais adiante). Ele também gasta mais em corretagens (outro assunto que vere-
mos no próximo tópico).
Swing Trade
São operações com prazos um pouco maiores que o Day Trade. Duram entre
1 e 5 dias, em geral. Quem utiliza essa modalidade também se baseia na análise
gráfica e busca ganhos maiores que o day trader, algo em torno de 5%, 6% ou
8% em poucos dias.
Operações desse tipo exigem paciência e estratégia bem definida para ten-
tar capturar os movimentos mais fortes das ações. O swing trader opera menos
vezes, procurando acertar o ponto exato de reversão dos movimentos de curto
prazo.
A liquidez dos ativos operados pode ser um pouco menor que no caso do Day
Trade, mas também exige uma boa liquidez dos papéis. Também é necessário
que se tenha tempo para operar no mercado.
Position Trade
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É um tipo de operação que pode ir de algumas semanas a alguns meses, difi-
cilmente passando de 3 ou 4 meses. Também é baseado em análise gráfica, mas
pode contar com a análise fundamentalista como aliada nas escolhas de boas
empresas.
Busca-se um retorno maior que nos prazos menores, algo acima de 10%, 15%
ou 20%. A liquidez dos ativos negociados pode ser bem menor que no caso do
Day Trade e do Swing Trade, pois o investidor tem mais tempo para entrar ou
sair de uma posição.
Médio Prazo
Operar na bolsa com estratégia de médio prazo é manter as ações desde al-
gumas semanas ou meses até poucos anos. Não há uma estimativa de retorno
específica. O investidor não precisa ser um ótimo trader e nem possuir bons co-
nhecimentos em análise gráfica e fundamentalista.
É a mais fácil das modalidades para o investidor comum. Existe um forte mo-
vimento de pessoas que afirmam que tal modalidade nem sequer constitui uma
estratégia, por ser algo “completamente” passivo.
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Por outro lado, em defesa do método, o Buy & Hold não consiste apenas em
comprar e “esquecer” as ações aplicadas ao sabor do acaso. Consiste em fazer
compras permanentes, buscando, além da formação de patrimônio, ajustar o
preço médio das ações com o objetivo de compensar a volatilidade no longo
prazo.
A história mostra que o Buy & Hold apresentou rentabilidades acima de ou-
tros tipos de investimentos. Porém, acreditar firmemente no passado não signi-
fica certeza de um bom negócio. Afinal, rentabilidades passadas não são garan-
tia de rentabilidades futuras.
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O investidor Buy & Hold, por ouro lado, busca períodos maiores (cerca de
30 a 40 anos), chegando, inclusive, a não utilizar o capital investido, deixando-o
para seus filhos e netos.
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7. Impostos e taxas
Abaixo apresentamos um resumo dos impostos e taxas cobradas nas opera-
ções na bolsa de valores:
• Emolumentos: - BM&FBovespa
- CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia)
Imposto de Renda
São muitos os detalhes e tentaremos ser objetivos. Ao fim deste tópico, sere-
mos sinceros numa recomendação mais prática para resolver o assunto. É im-
portante, porém, que você tenha ao menos uma noção razoável sobre o assun-
to. Então, mantenha a paciência. Primeiro, alguns pontos importantes:
• Você já ouviu falar em “regime de caixa”? Esta expressão contábil diz respeito
ao fato de o contribuinte ser tributado no exato momento em que recebe seu lucro.
Na bolsa de valores é assim que ocorre. Uma operação de venda é tributada.
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• Outro ponto importante é que o fisco considera a data do pregão em que
a operação foi feita, não a data de liquidação (que é quando você recebe o lu-
cro obtido na sua conta). Assim, se você vende uma ação no dia 30 de Abril, por
exemplo, e a liquidação ocorre 3 dias depois, já em Maio, o fisco entende que o
lucro foi realizado no dia 30 de Abril.
Sendo assim, a declaração anual do Imposto de Renda serve apenas para lan-
çarmos os valores que já foram pagos anteriormente, mês a mês. Este lança-
mento requer muita atenção aos detalhes. É fundamental que o investidor que
opera na bolsa de valores controle isso mensalmente.
Agora, a parte mais prática: o imposto a ser pago é sobre o ganho líquido que
você consegue nas suas operações na bolsa. Esse ganho líquido se refere tanto
aos valores positivos (lucros) quanto aos negativos (prejuízos). Assim, os prejuí-
zos podem ser considerados para diminuir o valor a ser pago em impostos.
Numa operação comum, onde a ação é comprada num dia e vendida em outro
dia qualquer, a taxa é de 15% sobre o lucro líquido, conforme explicado acima.
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Vamos exemplificar:
Você compra R$ 50.000,00 em ações da Vale (VALE5), hoje, e dois dias depois
consegue vender por R$ 60.000,00. Então, obteve um lucro de R$ 10.000,00
nesta operação.
Considerando que, no mês, você fez apenas estas duas operações, seu lucro
líquido foi de R$ 7.000,00 (R$ 10.000,00 – R$ 3.000,00). Como as operações fo-
ram normais (ou seja, as ações foram compradas num dia e vendidas em outro),
a taxa é de 15% sobre esse valor. O imposto a pagar equivale a R$ 1.050,00.
Agora, imagine por um instante você operando de forma mais ativa e fre-
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quente na bolsa. Imagine, também, que hoje você comprou 1000 ações do Itaú
por um preço, amanhã mais 500 por outro preço, depois de dois dias vendeu
700 por um preço ainda diferente, depois comprou e vendeu, no mesmo dia
(day trade), mais 800 ações e assim por diante. Para complicar um pouco mais,
misture várias ações de empresas diferentes, fazendo, junto, operações com
derivativos e índices futuros. Sim, a coisa fica bem complicada de ser calculada.
Assim, a cada operação que você realiza, a ferramenta já capta os dados, faz
os cálculos e, posteriormente, emite diversos relatórios, incluindo o DARF, pre-
enchido, para que você possa fazer o pagamento dos impostos do mês.
Essa ferramenta costuma custar algo em torno de R$ 20,00 ao mês. Vale mui-
to a pena contratar este serviço, uma vez que, com ele, você irá poupar muito do
seu tempo e pode eliminar vários erros, os quais geralmente ocorrem quando o
controle é feito manualmente.
Antes de finalizar a questão da tributação, uma dica: não tente burlar o sis-
tema. A cada operação de venda comum que você faz é aplicada, automatica-
mente, uma alíquota de imposto de 0,005% já retida na venda. Ela tem o apelido
de “dedo-duro”, pois serve para a receita saber que você fez aquela operação e
certificar que você irá acertar os tributos devidos.
No day trade, essa alíquota “dedo-duro” é de 1%. Tanto nas vendas comuns
quanto no day trade é possível deduzi-las, posteriormente, para o cálculo do IR
mensal (o programa já faz isso, automaticamente, para você).
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Bem, lidar com tributos em nosso país nunca foi uma tarefa fácil, mas é neces-
sária. Portanto, mãos à obra. Pense assim: quanto mais tributos você paga, mais
lucros obterá. Isso é bom!
Taxa de corretagem
A taxa de corretagem é cobrada pela corretora de valores. Ela é fixa por ope-
ração, independentemente da quantidade de ações que você compra. Apertou
o botão de compra ou o botão de venda, deve-se pagar a corretagem.
O valor varia de uma corretora para outra, mas fica em torno de R$ 10,00.
É comum as corretoras oferecerem pacotes de desconto em função da quan-
tidade de operações que o cliente realiza ao mês. Também podem acontecer
promoções pontuais que reduzem esta taxa. Enfim, é um valor flexível e que de-
pende da corretora.
Emolumentos
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Custódia
Esta é uma taxa mensal cobrada pelas corretoras, com o objetivo de cobrir
seus custos operacionais junto à CBLC. Em geral, a taxa é de R$ 6,90 para con-
tas com posição, ou seja, que possuem ações em custódia. Para contas sem mo-
vimentação ou posição, a taxa costuma ser de R$ 3,00.
Existe ainda uma taxa sobre o valor de custódia, a qual é mensal e é cobrada
de acordo com as posições em aberto no último dia útil do mês. Posições infe-
riores a R$ 300.000,00 estão isentas desta taxa. Entre R$ 300 mil e R$ 1 milhão,
a taxa é de 0,0132% ao ano. Acima de R$ 1 milhão, a taxa é de 0,0076%.
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8. Os próximos passos
Chegamos ao fim deste eBook! Graças à sua disposição em ler e aprender, al-
cançamos, juntos, o objetivo de informar e apresentar a você, leitor, os assuntos
básicos para que seja possível iniciar sua vida de investidor na bolsa de valores.
Este material se encerra, mas a sua jornada está apenas começando. Por isso,
vamos deixar, a seguir, alguns links com materiais extras, também gratuitos, que
vão ajudar você a ir mais além.
Antes de nos despedirmos, queremos deixar uma dica final: é importante que
você saia do campo da teoria e parta para a prática. Só assim seus conhecimen-
tos serão testados e aprovados por você mesmo.
Por isso, comece com pouco dinheiro e, à medida que você aperfeiçoa seus
conhecimentos, vá aumentando aos poucos.
Participe de salas ao vivo para aprender junto com outras pessoas e com espe-
cialistas renomados do mercado. Estes ensinam seus alunos ao vivo, explicando
conceitos e recomendando operações em tempo real. Uma destas salas que re-
comendamos é o Ponto a Ponto (clique aqui), com o analista Leandro Martins.
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Por fim, até que você se sinta completamente seguro para operar na bolsa,
nós recomendamos que você não invista mais do que 10% de todo o seu patri-
mônio (destinado às aplicações no mercado financeiro) em ações. É apenas uma
dica, sob um olhar mais conservador, visando a preservação do seu capital.
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