MATERIAL DIDÁTICO
METODOLOGIA DE ENSINO DE
GEOGRAFIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3
UNIDADE 1 – DIRETRIZES X REFERENCIAIS X PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS ............................................................................................ 5
1.1 DIRETRIZES CURRICULARES ............................................................................................... 5
1.2 REFERENCIAIS CURRICULARES........................................................................................... 6
1.3 PARÂMETROS CURRICULARES ............................................................................................ 6
UNIDADE 2 – OS PRIMEIROS PASSOS DA CRIANÇA RUMO À GEOGRAFIA ..... 13
UNIDADE 3 – A IMPORTÂNCIA DA GEOGRAFIA NAS SÉRIES INICIAIS ............ 16
3.1 APRENDER A LER O MUNDO ............................................................................................. 17
3.2 ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA .................................................................................... 17
UNIDADE 4 – A GEOGRAFIA DO 6º AO 9º ANO ........................................................... 20
UNIDADE 5 – A GEOGRAFIA NO ENSINO MÉDIO...................................................... 23
UNIDADE 6 – GEOGRAFIA EM ESCOLAS INDÍGENAS ............................................. 28
6.1 REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA ESCOLAS INDÍGENAS ................................ 29
6.2 DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES INDÍGENAS
.............................................................................................................................................. 30
6.3 RCNEI E O ENSINO DE GEOGRAFIA ................................................................................. 32
UNIDADE 7 – CONTEÚDOS PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS............ 35
UNIDADE 8 – GEOGRAFIA PARA ALUNOS SURDOS E A ESCOLA INCLUSIVA 42
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 52
INTRODUÇÃO
Antes de entrar em uma sala de aula, o professor precisa saber qual será o
conteúdo a ser ministrado, qual será seu método a utilizar com a turma e se seus
procedimentos são os mais adequados para o nível da turma. Fazer uma reflexão
sobra a sua prática adotada, se ela realmente está funcionando como ele planejou
ou se está ficando a desejar, e o que precisa ser melhorado, pois o professor precisa
sempre estar refletindo sobre os seus métodos e procedimentos (FERREIRA;
RODRIGUES; JESUS, 2011).
Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das
ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se
tratando, portanto, de uma redação original.
Conjunto de textos, cada um sobre uma área de ensino, que serve para
nortear a elaboração dos currículos escolares em todo o país. Os PCNs não
constituem uma imposição de conteúdos a serem ministrados nas escolas, mas são
propostas pelas quais as Secretarias e as unidades escolares poderão se basear
para elaborar seus próprios planos de ensino.
Guarde...
Para que sintam confiantes para expor suas ideias, hipóteses e opiniões, é
preciso que o professor promova situações significativas de aprendizagem nas quais
as crianças possam perceber que suas colocações são acolhidas e contextualizadas
e ofereça atividades que as façam avançar nos seus conhecimentos por meio de
problemas que sejam ao mesmo tempo desafiadores e possíveis de serem
desenvolvidos (RCNEI, 1998).
Quando o professor entra em uma sala de aula, muitos são os desafios que
se apresentam a ele. É com esse espírito que deverá assumir o seu cotidiano
profissional.
Cada aula será sempre um novo desafio, pois a dinâmica desse cotidiano é
enriquecedora. Portanto, em uma sala de aula, cada dia será diferente do anterior.
Fugir das atitudes padronizadas, que congelam as multiplicidades de situações em
que a relação professor/aluno e área se tornam um grande desafio.
Callai (2005) afirma que a leitura do mundo é fundamental para que todos
nós, que vivemos em sociedade, possamos exercitar nossa cidadania.
orientação para a alfabetização cartográfica, por dois eixos, mas a cartografia tem
que trazer uma representação exata e de fácil compreensão com dados, gráficos e
tabelas representadas de forma correta no texto (FERREIRA; RODRIGUES; JESUS,
2011).
com isso, a prática de ensino bem pensada e elaborada é essencial para não passar
conhecimento distorcido ao aluno.
Como nos diz Callai (2005), por meio da geografia, nas aulas dos anos
iniciais do ensino fundamental, podemos encontrar uma maneira interessante de
conhecer o mundo, de nos reconhecermos como cidadãos e de sermos agentes
atuantes na construção do espaço em que vivemos. E os nossos alunos precisam
aprender a fazer as análises geográficas e conhecer o seu mundo, o lugar em que
vivem, para poder compreender o que são os processos de exclusão social e a
seletividade dos espaços.
distantes de sua vida diária, mas que estão interferindo na dinâmica geral das
sociedades e, ao mesmo tempo, na sua vida ou de seu grupo em particular.
A paisagem é o arranjo espacial que a nossa visão alcança. Ela nos revela os
elementos sociais, culturais e naturais e a interação entre eles, o seu
permanente processo de transformação e os seus múltiplos espaços e
tempos.
A Geografia é uma ciência social e tem como seu objeto de estudo o Espaço
Geográfico e sua composição conceitual básica: paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade.
Nesse sentido, é preciso ter clareza de que o local é influenciado pelo global,
assim como este também é influenciado pelas particularidades e singularidades dos
lugares, sendo o movimento do particular para o geral e do geral para o particular
um dos fundamentos do método de análise da geografia crítica.
Nas mais diversas regiões do globo, para milhões de pessoas, a água doce
torna-se cada vez mais escassa. Segundo a Organização das Nações Unidas,
atualmente, quase 900 milhões de pessoas vivem sem água limpa em todo o
mundo. Em um país como o Brasil, para boa parte dos habitantes essa realidade
parece distante. Para outros brasileiros, nem tanto. Seja em termos mundiais ou
nacionais, o acesso à água doce está longe de ser equilibrado. Há nesse
desequilíbrio fatores climáticos, sociais, econômicos e políticos.
Você pedir aos alunos para fazerem uma pesquisa sobre os conflitos
nacionais e fazer relações entre ciclo hidrológico, a escassez de água no mundo, a
importância da água para a vida na Terra. Ao mesmo tempo que pode levá-los a se
conscientizarem da importância de economizarmos para nosso próprio bem.
O RCNEI tem por objetivo: [...] servir de base para que cada escola indígena
construa o seu próprio referencial de análise e avaliação do que nela está sendo
feito e, ao mesmo tempo, elaborar um planejamento adequado para que nela se
queira realizar.
1. O espaço geográfico.
2. O que é Geografia?
1. O mapa da Terra.
2. A vontade de saber.
2. Temas de estudo.
VII Bibliografia
se relacionar com a terra, com as águas, com as plantas, com o céu, com a chuva,
com o vento, com o sol e com outros povos, outras formas de interpretação do
espaço (BRASIL, 2005, p. 225).
motivar meus alunos que trabalham de dia e, à noite, dormem na aula?” O texto
discorre que estimular adultos que chegam à sala de aula depois de um dia de
trabalho, que custeiam seu estudo e contribuem para a economia familiar é um
desafio e tanto. Complementa com argumentos e reflexões sobre o assunto.
a. Cartografia
• A linguagem cartográfica
b. Sociedade e território
• A urbanização da sociedade
• As transformações do campo
• As relações campo-cidade
• Segregação socioespacial
c. Questões socioambientais
• Dinâmicas da natureza
• Recursos naturais
• Desenvolvimento sustentado
• A distribuição do poder
• Centro e periferia
De todo modo, concordamos com Mantoan (2007) quando diz que a inclusão
é um desafio que, ao ser devidamente enfrentado pela escola comum, provoca a
melhoria da qualidade da educação básica e superior.
Na prática, isso significa que o aluno deve estar apto para as seguintes
atividades: separar o que é teoria daquilo que é experiência; elaborar problemas a
serem solucionados; realizar estudos e pesquisas; identificar diferentes valores
tácitos relacionados às suas tomadas de decisão; e avaliar as inúmeras visões que
se apresentam (FONSECA; TORRES, 2013).
É válido ressaltar que essa melhor qualidade no ensino deve atingir os dois
grupos de alunos, isto é, que alunos surdos e ouvintes entendam o mesmo conteúdo
aplicado com os mesmos métodos pedagógicos. É importante reforçar o papel do
intérprete (a pessoa que vai passar as informações aos alunos surdos), o qual
acompanhará as aulas em razão da importância das traduções, sendo que ele não
poderá desabonar o método adotado pelo professor e assim facilitar o seu próprio
trabalho.
a) Saídas de campo:
Para os estudantes ouvintes, esse tipo de aula pode ser aperfeiçoado, caso
o educador tome algumas posturas, tais como: “escolha do trajeto” e “a forma como
b) Maquetes:
O professor tem que estar atento a esse tipo de atitude e, quando for
trabalhar com maquetes, precisa deixar claro que, caso nenhum aluno se importe,
será enviado ao lixo ou, o que seria melhor, à coleta seletiva para reciclagem,
surgindo daí uma boa maneira de o professor entrar num outro contexto e levar seus
alunos até um local que realize a reciclagem do lixo.
c) Mapas e Atlas
e) Desenhos
Para os alunos ouvintes, as opiniões não são tão diferentes das dos alunos
surdos. Quando questionados sobre o que deve ser melhorado nessa metodologia,
a primeira resposta foi um tanto parecida com uma resposta de um aluno surdo: “o
objetivo pelo qual tem que ser desenhado”, porque muitas vezes esse objetivo não
está claro para eles; portanto, o professor sempre deve expor para seus alunos qual
a finalidade do trabalho; para um outro estudante deve ser melhorada “a técnica do
desenho”. É importante ressaltar que o professor deve deixar o educando escolher a
forma como estará realizando esse trabalho, pois o professor poderá encontrar uma
agradável surpresa ao verificar os resultados desse método.
REFERÊNCIAS
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Prática de Ensino. In: 9º ENCONTRO DE PRÁTICA DE ENSINO DE GEOGRAFIA:
MUNDO CONTEMPORÂNEO, PRÁXIS EDUCATIVA E ENSINO DE GEOGRAFIA,
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contemporâneo, práxis educativa e ensino de geografia . Niterói: UFJF/NEC, 2007.
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1993. p. 15-19.
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CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino
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FONSECA, Ricardo Lopes; TORRES, Eloiza Cristina. Ensinando geografia para alunos
surdos e ouvintes: algumas adaptações na prática pedagógica. Terr@Plural, Ponta Grossa,
v.7, n.2, p. 223-239, jul/dez. 2013.
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