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Análise: a Morte do Vaqueiro

A toada “A morte do Vaqueiro” foi composta por Luiz Gonzaga em parceria


com Nelson Barbalho, em homenagem ao seu primo o vaqueiro Raimundo Jacó,
que foi assassinado na caatinga. A música foi gravada em 1963 em um disco de
78RPM. Sobre a canção Dreyfus (1996) recolheu a seguinte conversa de um dos
autores.

Nelson Barbalho relembrou o momento da composição: “A Morte do


Vaqueiro foi composta na Rua Vidal de Negreiros, nº. 11, no Recife. Nós
almoçamos juntos e depois fomos para a sala. Tinha um relogiozinho feito
de coco, daqueles que balançam e Luiz ficou olhando o relógio e, daqui a
pouco, falou: ‘eu sempre tive vontade de prestar uma homenagem a um
primo meu, que era vaqueiro e foi assassinado lá no Sertão’. E ele contou
a história de Raimundo Jacó que foi assassinado na caatinga, e nunca
ninguém soube quem era o culpado. Eu disse que isso podia fazer um
baião danado de bom, e na mesma hora ele pegou na sanfona e fez: ‘Lá
lari lari lara’ e eu fiz ‘Numa tarde bem tristonha’; e ele: ‘Larará lará Lara’ e
eu: ‘Gado muge sem parar/ relembrando seu vaqueiro/ que não vem mais
aboiar’ e, no final da tarde, a música estava pronta”. (DREYFYS, 1996,
p.230)

Segundo o musicólogo Napoleão Costa lima (2005), a toada é um gênero de


canção lenta de caráter narrativo e melancólico. O tema é muito usado na região rural, ás
vezes simplesmente como sinônimo de canção.

O arranjo para violão solo da canção está na tonalidade de Ré menor e em


compasso binário, totalizando em 107 compassos.
FORMA

Em relação à forma do arranjo, observamos o seguinte esquema:

Introdução Comp. 1 até 17’2


Seção A Comp. 17’3 até 46
Refrão Comp. 47 até 54
Seção A’ Comp. 59 até 87
Refrão + Final (repetição da introdução) Comp. 88 até 107

INTRODUÇÃO

A introdução tem início com uma progressão baseada nos acordes de Ré menor, Lá menor
e Sol maior, caracterizando uma progressão modal baseada na escala nordestina. Logo em seguida,
nos compassos 13 a 15, temos uma apresentação baseada em uma parte do tema principal,
porém, na região média grave. Abaixo observamos a Harmonia e as frases da introdução (figura 1):

Figura 1 – introdução

SEÇÕES A e A'
Partindo da melodia, observamos que esta tem inicio no segundo tempo do
compasso e utiliza saltos de no máximo uma quinta justa. Identificamos ainda, que em
quase toda a música a nota Si, está natural, gerando uma intenção no modo dórico,
caracterizando, uma atmosfera modal á música. Em A' a melodia inicial da seção A é
dobrada, na figura 2 no retângulo vermelho, observamos a melodia sendo dobrada.

Nos compassos 77 á 79, observamos o ponto de maior tensão no arranjo, onde a


melodia no início da seção, toma direção para o acorde de Ré menor no compasso 77,
neste momento verifica-se o ponto culminante da música, que consiste na nota mais
aguda, e neste caso, em uma dinâmica forte e uma passagem de maior densidade,
caracterizada pela utilização de acordes de 04 a 06 notas. Mas, esta melodia subitamente
decresce quando chegam à nota lá dois compassos depois, tendo em seguida uma
dinâmica mais amena a partir do compasso 79 (figura 2).

Figura 2- Ponto culminante

Para harmonia, a seção se configura através dos acordes principais do campo


harmônico, nota-se um maior dinamismo através de acordes de função secundária além
de bordaduras cromáticas no compasso 16. No que se refere à textura, observamos
basicamente três vozes: a melodia que irá pertencer à voz mais aguda; O baixo e a voz
intermediária fazem parte do acompanhamento. Durante toda a música a voz
intermediária é formada por uma célula rítmica específica (figura 4). Imitando o toque do
triângulo.

Figura 4 - Célula Rítmica da voz intermediária


Figura 5- Esquema da Seção A
Figura 6- Esquema da seção A’

REFRÃO:

No Refrão, onde temos a parte mais marcante da música, observamos uma textura
formada por uma simples melodia, acompanhada por um baixo que alterna em apenas
fazer a marcação dos tempos fortes do compasso ou em fazer pequenos arpejos. Quanto
à harmonia, é apenas uma alternância entre tônica e dominante menor. Na figura 7 o
esquema harmônico e fraseológico.

Figura 7- refrão
FINAL

Para finalizar o arranjo, ocorre a repetição da introdução, assim como na gravação


do compositor Luiz Gonzaga.

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