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CURSO DE

FORMAÇÃO

DE BLASTER
2.2 – DEFINIÇÃO de EXPLOSIVOS
Os explosivos industriais são substâncias ou misturas de substâncias químicas, que
quando iniciadas por um agente externo suficientemente energético, decompõe-se
quimicamente gerando considerável quantidade de gases, altas temperaturas, liberando
energia em curtíssimo espaço de tempo.

2.3- REAÇÃO QUÍMICA DE DECOMPOSIÇÃO

A depender da velocidade de decomposição química de uma determinada substância ou


produto químico poderá queimar, deflagrar ou detonar. Classifica-se a queima ou
combustão como decomposição de baixa velocidade; deflagração como decomposição
de média velocidade e detonação quando a velocidade de decomposição é alta.
A velocidade de decomposição química de um explosivo poderá variar para valores
menores que aquele característico seu próprio. A depender das condições de iniciação,
confinamento, contaminação. Um mesmo explosivo poderá: detonar, deflagrar queimar ou
mesmo tornar-se inerte.
Ao se decompor fora de sua condição própria de velocidade o explosivo não produzirá o
efeito esperado, haverá perda considerável de eficiência, com prejuízo para o trabalho
que se realiza.

 Combustão - A reação de decomposição se propaga por condutividade térmica. A


velocidade da reação é baixa na ordem de cm/s até ~300m/s. No caso de líquidos
a combustão acontece pela volatilização da camada superficial da substância, que
se inflama ao atingir o ponto de fulgor. Existe sempre a necessidade de
oxigênio(do ar ambiente ou insuflado) para continuidade da reação de combustão.
Ex: Gasolina, papel, madeira,... etc.

 Deflagração - A reação de decomposição ocorre em processo mais rápido, a


velocidade da reação fica no intervalo de 300 a 1000 m/s. No processo de
deflagração há aumento local de temperatura e pressão. O exemplo mais típico é a
pólvora, a propagação da reação dá-se por condução térmica, cada partícula que
reage transmite calor a partícula adjacente. A característica da substância que
deflagra é possuir intrinsecamente os elementos combustíveis e comburentes para
a reação, não necessitando do oxigênio do ar para a reação.

 Detonação - A reação de decomposição ocorre de maneira violenta produzindo


onda de choque, associada a reação química. Esta reação acontece para valores
entre 1000 a 8000 m/s. Neste caso a propagação da reação dá-se por ondas de
choque. Cada partícula, ao detonar, cria uma onda de alta pressão chamada de
onda de choque, que comprime adiabaticamente (sem perda de calor), as
partículas adjacentes, fazendo com que elas se aqueçam e reajam. As ondas de
choque apresentam o efeito de ruptura nos materiais. Ex: emulsões explosivas,
nitropenta, nitroglicerina.

Em resumo, podemos afirmar que a causa primária da iniciação de um explosivo é a


temperatura, sendo necessário para continuidade da reação suficiente quantidade
de energia liberada.
2.4 - PROPRIEDADES DOS EXPLOSIVOS

Define-se como propriedades dos explosivos as condições materiais que os


caracterizam, propriedades físicas ou químicas particular de cada um deles. As
propriedades dos explosivos são como as características de uma pessoa: altura, cor da
pele, olhos, cabelo, timbre de voz, etc.
O conhecimento das propriedades dos explosivos é de fundamental importância para a
escolha do produto adequado, a ser aplicado nos diferentes tipos de rocha e nas
inúmeras circunstâncias que se apresentam os trabalhos de engenharia.

.4.1 - Força

Exprime a quantidade de energia liberada por um explosivo durante a sua detonação. A


força define a capacidade de realizar trabalho de um explosivo e pode ser medida em
relação à “Blasting- gelatina” (50 % nitrocelulose + 50 % nitroglicerina) ou em relação ao
ANFO padrão.

2.4.2 - Energia Absoluta ou Energia Disponível

Esta propriedade possui um conceito similar ao da Força. Exprime a energia liberada


pelo explosivo durante a sua detonação.
O cálculo da energia é teórico, feito com base nos constituintes deste explosivo,
considerando para eles o comportamento ideal de decomposição (100% de eficiência).
Os valores da energia são expressos em unidades de energia (kcal - quilo calorias) ou
em percentagem, relativamente a um explosivo padrão (ANFO PADRÃO).

2.4.4 - Densidade

É a relação entre o peso do explosivo e seu volume, sendo comumente expressa em


g/cm³. Quanto mais denso maior quantidade de explosivo por unidade de volume.
A densidade pode ser expressa sem referência a unidade, pois literalmente o termo
significa quanto uma substância é mais ou menos pesada que o seu próprio volume em
água. Pode-se expressar a densidade de um explosivo como 1,15g/cm³, ou simplesmente
1,15.

No caso de explosivos granulados, os valores de densidade constantes nos catálogos


normalmente se referem à densidade aparente ou derramada no furo, valor
significativamente inferior ao da densidade específica do produto ou dele adensado.
O propósito das variações de densidade dos explosivos é permitir ao usuário concentrar
ou distribuir as cargas dentro do furo.

2.4.7 – Resistência do explosivo

É a capacidade dada ao produto explosivo em resistir a circunstâncias adversas que lhe


provocam desgaste, deteriorização ou detonação prematura.
 Resistência a água: intervalo de tempo que o explosivo pode ficar em contato
com a água sem perder suas características.

 Resistência ao armazenamento: período que o explosivo pode ficar estocado a


partir da data de fabricação, sem perder a qualidade e/ou deteriorar-se.

 Resistência ao choque: propriedade que avalia a possibilidade de detonação


por choque.

2.4.8 - Sensibilidade

É a capacidade do produto explosivo em se realizar na detonação, em uma condição


determinada.

 Sensibilidade à propagação:é a capacidade ou poder do explosivo em


provocar a detonação ou ser iniciado por outro explosivo de mesma
características sua estando separados, um do outro, de uma certa distância. É
a medida do poder de propagação do explosivo.

É importante que os explosivos sejam sensíveis o suficiente para detonar toda a


extensão da carga, porém não tão sensíveis a ponto de tornarem-se perigosos.
No teste considera-se boa sensibilidade quando a detonação propagar-se a
distância de uma vez o diâmetro da carga.

Chama-se ”air-gap” o espaço máximo de ar entre dois cartuchos ou


pedaços de cartuchos, colocados com suas extremidades voltadas
uma em direção à outra, para o qual detonando-se um dos cartuchos, a
detonação seja transmitida para o outro. Dita detonação por “simpatia”.

 Sensibilidade à iniciação:
É condição mínima de potência exigida pelo explosivo, para que se inicie e detone de
maneira ideal. Esta condição é normalmente especificada a um iniciador ou outro
explosivo. A grande maioria dos explosivos do mercado têm como requerimento para
iniciação a espoleta nº 8 ou cordel detonante NP-10, sendo dito que são sensíveis a
espoleta nº 8 ou ao cordel NP-10.

Quando um explosivo não é sensível a iniciação por um detonador ele é dito um “agente
explosivo”, sendo necessário para sua detonação a utilização de explosivos
reforçadores ou “boosters”.

Chama-se “diâmetro crítico” o diâmetro abaixo do qual não há propagação da onda de


detonação, a saber:

EMULSÕES = 7/8”
ANFO = 1 a 1 ¼”

2.4.9 - Volume Gasoso


É o volume total de gás gerado na detonação.
O volume de gás produzido em uma detonação é dado pela relação entre o volume
produzido e o peso de explosivo que o gerou, usualmente litros/kg.
O Volume Gasoso de um explosivo é uma propriedade importante para avaliar sua
capacidade em lançar os fragmentos da rocha detonada.

2.4.10 - Classificação Gasosa

Teoricamente os explosivos bem formulados não produziriam gases tóxicos.


Na condição ideal, a reação química de decomposição de uma emulsão explosiva
produzirá dióxido de carbono (CO 2), nitrogênio (N2) e vapor d’agua (H 2O), todos não
tóxicos.
Na condição prática de uso haverá sempre contribuições negativas que desequilibraram
a reação química, ocorrendo assim gases tóxicos na detonação.
O desequilíbrio químico acontece por motivos diversos dentre eles: iniciação deficiente,
umidade excessiva, grau de confinamento inadequado do explosivo, impurezas químicas,
fabricação despadronizada.
Os gases tóxicos gerados por explosivos convencionais poderão ser: o monóxido de
carbono (CO) e/ou gases nitrosos(NO e NO 2).

A classificação dos explosivos quanto ao nível de toxidade dos gases produzidos na


detonação é estabelecida em três categorias:

CLASSE I - não tóxicos - geração menor que 22,65 litros/kg


CLASSE II - pouco tóxicos - geração entre 22,65 e 46,70 litros/kg
CLASSE III - tóxicos – geração entre 46,70 e 94,80 litros/kg

2.5 – TIPOS DE EXPLOSIVOS

Existem diversos tipos de explosivos no mercado. A evolução tecnológica, em resposta às


exigências: econômicas, de saúde humana e ambiental, caminha no sentido de oferecer
ao mercado produtos que lhe atenda.
Alguns produtos explosivos foram criados e na seqüência evolutiva industrial
abandonados, por se tornarem obsoletos. Outros sofreram processo evolutivo,
agregando tecnologia e permanecendo no mercado.

O nitrato de amônio é hoje quase com exclusividade a matéria prima na fabricação dos
explosivos industriais, sendo porém necessário o conhecimento prévio de alguma de
suas propriedades, antes de conhecer os explosivos :

Nitrato de Amônio
 Sal inorgânico
 Fórmula química : NH4NO3.
 Ponto de Ebulição: 210ºC
 Ponto de Fusão: 169,6ºC
 Estado Físico: Sólido (perolado, cristalino branco e levemente amarelado)
 Elevada Solubilidade em H2O
 Não combustível
 Forte oxidante

Efeitos :
 Em contato pode causar leve irritação nos olhos, nariz e garganta.
 Exposto a altas temperaturas se decompõe, podendo liberar gases nitrosos tóxicos
(NOx), capazes de provocar problemas respiratórios.
 Pode contaminar cursos de água, tornando-os saturados de nitrogênio (Nitrogênio
Amoniacal)

2.5.1 - Explosivos Nitroglicerinados

São explosivos que contêm nitroglicerina em sua formulação, conhecidos como


dinamites. Caracterizam-se como um alto explosivo, têm elevada brizância, alta
densidade, boa resistência a água.
Apresentam a característica de provocar efeito fisiológico nas pessoas que entram em
contato direto com a massa nitroglicerinada. Provoca dor de cabeça.
Apresenta também maior risco de uma detonação acidental, em relação aos explosivos a
base de NA.

2.5.2 – Carbonitratos

São os explosivos granulados ou pulverulentos formados pela mistura de nitrato de


amônio, óleos especiais, estabilizantes e/ou energizantes.
São explosivos da família do ANFO, sigla de origem inglesa formada da junção das
palavras Nitrato de Amônio + Óleo Combustível (Diesel).
A proporção ideal de mistura para a formação do ANFO é de 94,4 % de nitrato de amônio
para 5,6 % de óleo diesel, em peso.

– Aspecto dos prills de nitrato de amônio.


O ANFO industrial é produzido com nitrato de amônio especial e outros aditivos,
fornecido em sacos de 25 kg.
Na operação de carregamento é simplesmente derramado no furo.
Não apresenta nenhuma resistência a água, não sendo possível usá-lo em furos com
água.
ex: Amex 3500

Explosivo Granulado Amex, densidade - 0,80 g/cm 3.

2.5.4 – EMULSÕES EXPLOSIVAS

As emulsões explosivas constituem a mais moderna geração de explosivos.


Emulsão é um termo químico que significa dispersão entre líquidos
imiscíveis(substâncias líquidas que não se misturam). É exemplo prático de emulsão a
maionese, mistura de ovo e óleo.
Para formação da emulsão explosiva faz-se a mistura da solução de nitratos(solução
salina), nitrato de amônio e/ou sódio em água, com óleo combustível e óleo
emulsificante.

O óleo emulsificante é o componente fundamental para a formação e estabilidade da


mistura.
A sensibilidade das emulsões é feita sem a utilização de “alto explosivo”, como a
nitroglicerina.
Nas emulsões a sensibilização é feita utilizando-se micro bolhas de ar, adicionadas na
massa emulsificada.
O desenvolvimento dos explosivos foi em promover o maior contato entre as fases
oxidantes e combustíveis, chegando-se às emulsão, onde microgotas de solução salina
estão envolvidas pela fase óleo, contato muito íntimo e em grande superfície.
As emulsões explosivas ganharam mercado pela inúmeras vantagens que apresentam,
como:
 preço relativamente menor comparado com aquageis ou nitroglicerinados;
 grande segurança na aplicação, manuseio e fabricação;
 alta velocidade de detonação, sendo excelentes para fragmentação dos
maciços mais resistentes e para utilização como iniciador de explosivos menos
sensíveis;
 opção de produto com maior ou menor densidade;
 não causam efeitos fisiológicos;
 excelente resistência à água;
 ótimo fator de adensamento permitindo o preenchimento total do furo;

As emulsões existentes no mercado brasileiro são fornecidas em cartuchos de filme


plástico, com raras exceções em papel parafinado. Para grandes consumos apresentam-
se soltas, estocadas em tanques de veículos especiais, manipuladas por bombeamento
através de mangueiras, chamadas “emulsões bombeadas”.

Cartuchos de emulsão SENATEL.


3 – ACESSÓRIOS DE DETONAÇÃO
São produto explosivos ou não, que têm função de provocar a detonação dos explosivos,
o que se chama “iniciar”, e/ou controlar e auxiliar a detonação deles.

3.1 - TIPOS

3.1.1 – Estopim

Acessório de detonação destinado a iniciação de espoletas simples.


Com formato de um tubo, consiste em um núcleo de pólvora negra, envolvido por
camadas de materiais têxteis, revestimento por uma capa de PVC.
O estopim é iniciado por chama, queima em tempo de 120 a 150 segundos por metro.
O tempo de queima não é rigorosamente constante, podendo variar em torno de 5%.
Recomenda-se observar nas embalagens o tempo especificado de queima do estopim.
O estopim é especificado pelo seu comprimento, pois é pelo comprimento que se
determina o tempo disponível para se abrigar da detonação.
Recomenda-se usar somente um padrão de comprimento para o estopim. A
padronizado do comprimento do estopim deve ser aquele que proporcione tempo com
folga suficiente para se abrigar, adotando-se a situação mais extrema, aquela que mais
tempo exigirá.

3.1.2 - Espoleta simples


A espoleta simples é um acessório de detonação, destinada a iniciar carga explosiva.
Consiste de uma cápsula de alumínio, aberta em uma das extremidades, contendo duas
cargas explosivas, azida de chumbo e nitropenta, e espaço para acoplamento do
estopim.
A espoleta é iniciada pela chispa(chama) do estopim ao atingir a azida de chumbo.
A azida de chumbo ao detonar inicia a nitropenta, que por sua vez inicia a carga
explosiva.
A azida de chumbo é um explosivo extremamente sensível, que se inicia por choque ou
“calor”.

nitropenta azida de chumbo


altura livre para acoplamento do estopim

CARACTERÍSTICAS DA ESPOLETA NO 8
Comprimento do estojo 45 mm
Diâmetro externo do estojo 6,4 mm
Diâmetro interno do estojo 5,7 mm
Carga de nitropenta 550 mg
Carga de azida de chumbo 250 mg
Altura livre 25 mm
Peso da espoleta 1,5 g
Material do estojo alumínio
SISTEMA DE INICIAÇÃO :
ESTOPIM HIDRÁULICO COM
ESPOLETA Nº 8

3.1.3 - Acoplamento e amolgamento do estopim à espoleta:

Acoplamento é junção da espoleta simples ao estopim.


Amolgamento é fixação da espoleta ao estopim, por pressão na cápsula da espoleta
sobre o estopim.

Procedimento para o acoplamento e amolgamento:


 cortar o estopim em comprimento que proporcione tempo suficiente ao homem,
que fez o acendimento, sair em segurança da área de risco - recomenda-
se comprimento mínimo de 0,8 m;

 cortar e tirar fora um pedaço de 10 cm ao iniciar rolo de estopim, para prevenir


falha de queima por possível penetração de umidade;

 efetuar, com canivete afiado, o corte do estopim expondo sua seção reta- corte
perpendicular;

 introduzir o estopim cuidadosamente na cápsula da espoleta até tocar o fundo,


sobre a azida de chumbo;

 utilizar o alicate especial amolgador, para fazer o amolgamento.


amolgamento correto

amolgamento errado devido ao afastamento do estopim

amolgamento errado devido ao corte oblíquo do estopim

Escorva e carregamento com uso de Espoleta Simples e Estopim:

Escorvar é o ato de acoplar um iniciador a um explosivo ou a um acessório de detonação.


Para escorvar explosivo com espoleta simples deve-se utilizar um furador de madeira, de
modo a introduzir a espoleta no cartucho sem nenhum esforço.
Este processo, mostrado na figura 1, é pouco conveniente, pelo fato da espoleta ficar
solta dentro do cartucho. Mesmo com o uso de fita adesiva a espoleta não fica
perfeitamente presa. O processo mais seguro, mostrado na figura 2.
MÉTODO POUCO CONFIÁVEL MÉTODO MAIS CONFIÁVEL
FIGURA 1 FIGURA 2

O cartucho escorvado deve ser o último a entrar no furo e com a espoleta apontada para
o fundo do furo.

Tampão

Cartucho-escorva

3.4 - Cordel detonante

Os cordéis detonantes são acessórios de detonação usados para iniciar cargas


explosivas dentro do furo ou interligar cargas de furos.
Tem formato de um tubo flexível, constituído de um núcleo de Nitropenta, envolvido por
fios de material sintético, recobertos por uma capa de PVC.

É o acessório muito seguro, com velocidade de detonação da ordem de 7.000 m/s.


Iniciado por espoleta n° 8, outro cordel detonante ou alto explosivo.
É especificado pela quantidade de nitropenta que contém( em gramas) por metro
-gramatura.
Há disponível no mercado três tipos de cordel quanto a gramatura:

TIPO GRAMATURA
NP-03 3 gramas de nitropenta / metro linear
NP-05 5 gramas de nitropenta / metro linear
NP-10 10 gramas de nitropenta / metro linear

Ligação da espoleta ao cordel detonante

Deve ser feita no momento da detonação, fixando a espoleta paralela ao cordel através
de fita adesiva. A espoleta deve ficar apontada para a direção da detonação.
Recomenda-se ainda a utilização de um par de espoletas simultaneamente por
precaução contra falhas.
Pela facilidade de manuseio, segurança elevada principalmente em comparação com as
espoletas e pela confiabilidade dos seus resultados, o cordel detonante é o acessório
mais indicado para a iniciação de cargas explosivas e ligação entre as mesmas.
O cordel detonante já é industrializado com as características de se ter um bom
desempenho e resistência contra tração, cisalhamento, o que nos permite utilizá-lo nas
mais diversas situações de uma mineração ou pedreira.
. Conhece-se pelo menos um caso em que o raio caindo sobre uma linha de cordel
preparada, cortou a mesma sem detoná-la. Não obstante, isto não significa que o cordel
deva ser usado sem precauções.

Escorva de cartuchos com uso do Cordel Detonante

Existem várias maneiras de se escorvar cartuchos com o uso de cordel detonante. As


mais comuns estão exemplificadas abaixo.

CONEXÃO DE LINHAS DE CORDEL DETONANTE


No caso da conexão de ramificações à linha tronco (LT), deve sempre ser observado um
ângulo reto (90 graus) no ponto de contato entre ambas para se evitar falha por corte no
cordel.

CONEXÃO ADEQUADA DAS RAMIFICAÇÕES

CONEXÕES ERRADAS DE RAMIFICAÇÕES

Cruzamento errado Derivação inclinada - errada

Sentido da detonação

Linha tronco

EMENDA DE CORDEL DETONANTE

Emenda de cordel

3.5 - Retardos para cordel detonante

O tipo mais comum de retardo para cordel detonante é basicamente constituído por um
tubo plástico com duas cargas explosivas em cada extremidade, separadas por um
elemento de retardo.
azida

elemento
de retardo

nitropenta
Figura 3.5.a – Retardo do tipo “ossinho-de-cachorro”.

Por motivos de facilidade no manuseio e maior precisão nos seus tempos, há hoje uma
tendência em se fabricarem retardos com um segmento de tubo de choque separando
duas espoletas de retardo.
Existem no mercado dois tipos destes retardos:

A função dos retardos e suas vantagens

A função dos retardos é criar uma diferença de tempo (retardo) entre dois segmentos de
cordel detonante ou entre a detonação de furos vizinhos.

Isto permite que cargas explosivas conectadas a estes segmentos detonem a intervalos
de tempo diferentes, originando uma seqüência na detonação dos furos em um plano de
fogo.

Existem várias conseqüências disto. Quando utilizamos retardos entre linhas de furos
teremos as seguintes:

 Ao fazer com que uma linha de furos detone antes da linha imediatamente
posterior a ela, gera-se um alívio no “pêso” de rocha a ser deslocado pela linha
de trás. Isto faz com que a linha ou linhas subseqüentes à primeira, tenham
maior facilidade em arremessar o material à sua frente, fazendo com que a pilha
de material detonado fique mais espalhada e baixa;

 Pelo mesmo motivo anterior, o alívio criado entre a linha da frente e a de trás,
ou entre um furo à frente de outro, melhora o arranque da detonação no fundo
do furo, reduzindo problemas de repé;

 Devido ao alívio entre linhas, a diminuição do “peso” a ser deslocado pela


última fileira, ou último furo, diminui a ultra-quebra;

 Também por estar submetido a um menor esforço de deslocamento (alívio) o


explosivo utiliza melhor a sua energia no desmonte, diminuindo a parcela de
energia dispersada para o maciço rochoso sob a forma de vibração.

Ao utilizarmos retardos entre furos de uma mesma linha teremos como conseqüências:

 Criam-se novas faces livres entre os furos adjacentes melhorando


sensivelmente a fragmentação;
 Diminui a distância de lançamento horizontal;

 Reduz-se a carga por espera diminuindo diretamente os valores de vibração do


terreno e sobrepressão acústica.

Quanto aos tempos de retardo pode se dizer que para os retardos entre linhas, quanto
maior o tempo de retardo, maior o alívio e conseqüentemente maior a distância de
lançamento.

Já para os retardos entre furos, valores muito pequenos menores que 10 ms fazem pouco
ou nenhum efeito. Valores de 15 ms a 25 ms produzem melhores resultados de
fragmentação que retardos de 30 ms ou maiores, por propiciarem entrechoque de
fragmentos. No caso de retardos entre furos da mesma linha, quanto maior o tempo de
retardo menor a distância de lançamento perpendicular à linha detonada.

Amarrações em linha favorecem o lançamento e o arranque do pé da bancada.

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Retardo p/ Cordel de 10ms (Verde)


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Retardo p/ Cordel de 30ms (Laranja)


Cordel NP-10 (NP-05)
Furo
Des.: Ulisses Duarte Silva.
Face da Bancada (Crista)

Amarração em linha com retardos nas pontas para propiciarem um melhor descolamento da rocha nos
cantos.

Retardos de maior tempo podem ser utilizados nos furos do canto para gerar um maior
alívio da frente destes furos, melhorando o arranque desta porção mais engastada e
diminuindo a ultra-quebra lateral

Recomenda-se também a colocação de retardos em 2 posições de passagem de uma


linha tronco para outra para garantir a detonação da linha da frente em caso de falha de
cordel .
Amarrações em “v” fechado ou diagonal fechada produzem excelente fragmentação
porém, a pilha detonada ficará muito alta o que será ruim para as carregadeiras e bom
para as escavadeiras.

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Retardo p/ Cordel de 10ms (Verde)


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Retardo p/ Cordel de 30ms (Laranja)


Cordel NP-10 (NP-05)
Furo
Face da Bancada (Crista) Des.: Ulisses Duarte Silva.

Amarração em diagonal fechada com iniciação pelo meio devido os cantos estarem presos. Pode aparecer fraturas
para além da última fileira de furos resultantes do prolongamento das fraturas diagonais criadas pelo desmonte.

Além disso, devido ao ângulo acentuado entre as linhas da amarração e as fileiras de


furos, podem aparecer fraturas indesejáveis além da última fileira (ultra-quebra) devido
ao prolongamento das fraturas diagonais.
Amarrações em “v” aberto ou diagonal aberta, produzem boa fragmentação, devido à
redução do afastamento efetivo, bom lançamento e devido ao menor ângulo entre as
diagonais e as fileiras de furos, resultam em menos ultra-quebra.

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Retardo p/ Cordel de 10ms (Verde)


Cordel NP-10 (NP-05)
Furo
Face da Bancada (Crista) Des.: Ulisses Duarte Silva.

Amarração em diagonal aberta com iniciação pelo meio devido os cantos estarem presos. Ainda podem aparecer
fraturas para além da última fileira de furos resultantes do prolongamento das fraturas diagonais criadas pelo
desmonte. É notável a redução drástica do afastamento efetivo entre as linhas detonadas.
Uma utilização muito comum dos retardos é no direcionamento do lançamento dos
fragmentos da pilha de material detonado. Isto pode ser útil quando se deseja proteger
alguma estrutura ou local, de algum eventual ultralançamento. Uma das possíveis formas
de se amarrar um fogo nesta situação é exemplificada a seguir.

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O
PL

PL

PL

PL

PL

PL
EX

EX

EX

EX

EX

EX
il

GER

GER

GER

GER

GER

GER
as
Br

DAN

DAN

DAN

DAN

DAN

DAN
Nobel
Dynp
s
30m
E
IV
PLOS
EX
R
E
G
DAN

Direção de Lançamento

Local a proteger
Estopim Espoletado
D ANGER EXPL OSIVE 3 0m s D yn p No b e l Bra si l

Retardo p/ Cordel (Vermelho)


Cordel NP-10 (NP-05)
Furo
Des.: Ulisses Duarte Silva.
Face da Bancada (Crista)

Outro caso especial onde o uso dos retardos é fundamental é nas detonações onde o
comprimento da face livre é muito pequeno em relação à maior dimensão da área a ser
detonada.

Na figura abaixo, vemos um exemplo desses casos conhecido como fogo de trincheira
ou fogo em caixão. Nesse caso, a amarração em “v” é a mais indicada e deve se usar um
tempo de retardo de médio a longo, para que haja tempo suficiente para que a rocha de
cada um dos “v”s possa se movimentar criando uma nova face livre para o “v” seguinte.
Caso as paredes da trincheira tenham que ser muito retilíneas pode se usar a técnica do
pré-corte ou pré-fissuramento na forma mostrada na figura.

DANGER EXPL OSIVE 30 ms Dy np No b el Bra sil DANGER EXPLOSIVE 3 0m s Dyn p No be l Brasi l DANGER EXPL OSIVE 30 ms Dy np No b el Bra si l DANG ER EXPLOSIVE 3 0ms Dyn p No be l Bras il DANGER EXPL OSIVE 30 ms Dy np Nob el Bra si l DANGER EXPLOSIVE 3 0 ms Dyn p No be l Bras il DANGEREXPLO SIVE 30 ms Dy np No be l Bra sil

Dyn p No be l Brasi l

d
10 ms
DANG ER EXPLOSIVE

Linha de Corte

Estopim Espoletado
DANGER EXPL OSIVE 10 ms Dy np Nob el Bra si l

Retardo p/ Cordel de 30ms (Laranja)


DANGER EXPL OSIVE 30 ms Dy np Nob el Bra si l

Retardo p/ Cordel de20ms (Amarelo)


Cordel NP-10
Furo do Desmonte Escultural
Furo
Des.: Ulisses Duarte Silva.
Face da Bancada (Crista)

Esquema de iniciação de fogo de trincheira com o uso de pré-fissuramento. “e” é o espaçamento entre os furos de
pré-fissuramento e “d” é a distância entre a linha de corte e o desmonte principal.
4 -ELEMENTOS DO PLANO DE FOGO
4.1 - INTRODUÇÃO
Todo planejamento de uma detonação envolve a consideração de uma série de
parâmetros que influenciam diretamente no resultado do desmonte. Aqui estudaremos os
principais parâmetros a serem considerados para o caso de um desmonte de lavra em
bancadas, o qual é o método de lavra mais utilizado atualmente em quase todas as
minerações a céu aberto.

Na figura 4.1.a vemos os 3 planos que constituem as superfície delimitantes de uma


bancada: a praça onde operam os equipamentos de carga e transporte; a face que é a
superfície vertical ou inclinada resultante após o desmonte de uma das “fatias” da
bancada; e o topo onde operam os equipamentos de perfuração e a partir do qual é feito
o carregamento de explosivos nos furos.

E
TOPO

A FACE

T

Cc PRAÇA

Cf S

A - Afastamento T - Tampão
E - Espaçamento Cc - Carga de Coluna
H - Altura da bancada Cf - Carga de Fundo
 - Ângulo de inclinação S - Subfuração

Figura 4.1.a - Relação espacial entre os elementos do Plano de Fogo.

À reunião dos diversos elementos que constituem este projeto de escavação dá-se o
nome de “Plano de Fogo”. A determinação inicial dos valores destes elementos é feita,
comumente, levando-se em consideração a experiência prática da equipe encarregada
da elaboração do Plano de Fogo, partindo-se de valores empíricos já obtidos em
condições que correspondam àquelas existentes no local.
4.2 – DIÂMETRO DE PERFURAÇÃO ( )

Conforme a escala de produção desejada, os diâmetros de perfuração


podem variar desde 1” (uma polegada) nas pedreiras de pequeno porte, até 15” (quinze
polegadas) em grandes minerações. Tudo depende da capacidade de produção
necessária para atender os equipamentos de perfuração, carga e transporte.

No Brasil, as pedreiras produtoras de agregados para construção civil e


minerações de pequeno e médio porte, se utilizam normalmente de diâmetros de 2.1/2” a
3.1/2”. As grandes minerações brasileiras já fazem uso de diâmetros desde 4.1/2” até 12”.

4.3 - ALTURA DA BANCADA (H)

A altura da bancada é a distância, na vertical, entre o plano de topo da bancada e a


praça (ver figura 4.1.a).

É muito comum em algumas minerações, se confundir a altura da bancada com a altura


inclinada que é a medida da distância da crista do banco ao pé da bancada, medida com
uma trena ao longo da face inclinada da bancada. A altura da bancada só será igual à
altura inclinada se a face da bancada for vertical.

4.4 - ÂNGULO DE INCLINAÇÃO DA BANCADA ()

O ângulo de inclinação da bancada é coincidente com o ângulo de inclinação dos furos.


Sua medida é expressa em graus e deve ser considerada como o ângulo entre a face da
bancada e um plano vertical (figura 4.1.a).

O ângulo de inclinação influencia diretamente no lançamento da pilha de material


detonado por isso, em função do equipamento de carga utilizado este ângulo pode variar
de zero até 20º. Para os casos onde, por questão de segurança, se deseja evitar ao
máximo o ultra-lançamento é usual trabalhar-se com furos verticais.

Algumas vantagens em se trabalhar com furos inclinados:

 Aumento da fragmentação na região do tampão;

 Maior eficiência no arranque do pé da bancada, reduzindo a necessidade de


sub-furação;

 Redução de ultra-quebra superficial;

 Maior distância de lançamento da pilha de fragmentos;

 Diminuição dos problemas de aumento do afastamento no pé da bancada;


A A

A’

(a) (b)
Figura 4.4.a - Comparativo entre a execução de furos verticais (a) e inclinados (b). A porção vermelha dos furos
corresponde ao tampão e comparando-se os dois casos, vemos que a área hachurada em (b), devido à inclinação, é
menor que a área em (a). Notar que o afastamento A’ no pé do banco é maior que o afastamento A planejado. É
importante observar também que no caso (a) a direção de atuação dos explosivos localizados no fundo do furo aponta
para uma região de maior engastamento, enquanto que em (b) esta direção aponta para uma zona mais livre,
favorecendo o arranque do pé.

4.5 - SUBFURAÇÃO (s)

Para que se obtenha um piso regular da praça após a detonação da bancada, é


necessário que se perfure uma porção a mais dos furos abaixo da linha de “grade”. Esta
perfuração a mais é a chamada Subfuração.

O comprimento da subfuração varia conforme o diâmetro e a inclinação dos furos, o


afastamento entre linhas, o tipo de explosivo da carga de fundo, o tipo de iniciação dos
furos e as característica da rocha detonada.

No caso da subfuração, estipula-se um valor inicial o qual deverá ser ajustado


seguidamente durante algumas detonações, até se chegar a um resultado ótimo.

Alguns autores estipulam este valor inicial como sendo igual a 30 % do valor adotado
para o Afastamento, ou seja s = 0,3 A.

4.6 - PROFUNDIDADE DOS FUROS


A profundidade dos furos é calculada somando-se a altura inclinada com a subfuração.
ALTURA ALTURA
VERTICAL INCLINADA

SUBFURAÇÃO

Para se calcular a altura inclinada basta dividir-se a altura vertical da bancada pelo
coseno do ângulo de inclinação. O valor deste coseno pode ser obtido diretamente da
tabela abaixo ou com o uso de uma calculadora científica:

ÂNGULO DE INCLINAÇÃO COSENO


5º 0,996
6º 0,995
7º 0,993
8º 0,990
9º 0,988
10º 0,985
11º 0,982
12º 0,978
13º 0,974
14º 0,970
15º 0,966
16º 0,961
17º 0,956
18º 0,951
19º 0,946
20º 0,940
20,483º (3:1) 0,937
21º 0,934
22º 0,927
23º 0,921
24º 0,914
25º 0,906
26º 0,899
27º 0,891
28º 0,883
29,517º (2:1) 0,870
30º 0,866

PROFUNDIDADE DO FURO = Altura da bancada + Subfuração


Coseno de 

4.7 - MALHA DE PERFURAÇÃO


Este elemento do plano de fogo talvez seja aquele onde mais se faz valer a experiência
profissional do responsável pelo planejamento do desmonte.

De alguns anos para cá, a adoção de malhas escalonadas conhecidas como perfuração
em “pé-de-galinha”, parece ser quase uma unanimidade em detrimento da malhas
quadradas ou retangulares.

Em um plano de fogo a malha de perfuração é normalmente mencionada como uma


relação entre o Afastamento versus o Espaçamento, geralmente nesta ordem (A X E),
onde:
A - Afastamento entre linhas de furos ou da primeira linha à face

E - Espaçamento entre furos de uma mesma linha

Mais uma vez, o desenvolvimento de uma malha ideal passa pela adoção de valores
iniciais que deverão ser ajustados após uma série de detonações. No Brasil as razões
A:E utilizadas geralmente são da ordem de 1:2 ou 1:3, chamadas de malhas alongadas.

4.8 - TIPO DE CARREGAMENTO

A escolha do tipo de explosivo a ser utilizado baseia-se principalmente no tipo de


material rochoso que compõe o maciço, na presença ou não de água nos furos e no tipo
de resultado que se planeja alcançar no desmonte.

Quando os furos apresentam-se secos, a prática recomenda que se divida a coluna de


carregamento de explosivos em dois segmentos de cargas distintas.

4.8.1 - Carga de Fundo (CF)

O primeiro segmento localizado na parte inferior do furo é chamado Carga de Fundo,


composto principalmente por explosivos mais densos e energéticos, de alta velocidade
de detonação e capazes de quebrar a rocha situada próxima ao pé da bancada, onde
geralmente encontramos afastamentos mais “pesados”.

Deve se levar em consideração também, que é o explosivo da Carga de Fundo que se


encarregará de iniciar os explosivos da Carga de Coluna, razão pela qual ele deva ser
bastante energético para garantir a melhor iniciação possível do segmento superior do
furo.

4.8.2 - Carga de Coluna (CC)

Por motivo de economia, o explosivos de Carga de Coluna mais utilizados são os


nitrocarbonitratos que apresentam densidade baixa a média e velocidade de detonação
moderada. As maiores vantagens deste tipo de explosivo são o seu baixo custo, a
rapidez no carregamento e o acoplamento perfeito, uma vez que preenchem totalmente o
furo.

Nitrocarbonitratos de granulação mais grosseira quase sempre necessitam que se


adicionem cartuchos de explosivo mais potente intercalados na massa de granulado para
se conseguirem resultados ótimos de desempenho. É usual a intercalação de ½ cartucho
a cada 3 metros de coluna de granulado. Neste caso as emulsões encartuchadas são o
explosivo mais adequado por apresentarem alta velocidade de detonação. Explosivos do
tipo ANFO, de fabricação rudimentar, normalmente necessitam de uma quantidade maior
destas intercalações devido à sua baixa sensibilidade, havendo casos de diâmetros
muito grandes onde se faz necessária a utilização de “boosters”.

Alguns autores recomendam a utilização de uma proporção em peso de


aproximadamente 30 % Carga de Fundo para 70 % de Carga de Coluna. Porém, somente
o acompanhamento dos resultados de campo é que indicará a proporção que conciliará
os melhores resultados com um custo global compatível.

4.9 - TAMPÃO (T)

Como o próprio nome diz, a função primordial do tampão é tampar, fechar a boca dos
furos impedindo pelo máximo tempo possível que ocorra escape dos gases da explosão.

Se o tampão for insuficiente ocasionará perda de pressão dos gases dentro do furo
comprometendo o rendimento da detonação. Além disso, esta liberação prematura dos
gases para a atmosfera é fator causador de ultra-lançamento e sobrepressão acústica.

Por motivos de segurança quanto à possibilidade de ultra-lançamentos, admiti-se o valor


do Afastamento como sendo o valor mínimo para o comprimento de tampão. Entretanto,
para rochas maciças e resistentes, pode ser necessário utilizar-se de um tampão igual
até a 70 % do valor do Afastamento.

T = A ou até 0,7 A

O material utilizado no tampão deve ser aquele que ofereça a maior resistência possível
a sua expulsão pelos gases dos explosivos. Para furos acima de 2 ½” recomenda-se a
utilização de brita no lugar do pó da perfuração dos furos ou da terra.

4.10 - RAZÃO DE CARGA

Existem 2 tipos de razões de carga:

4.10.1 - Razão Linear de Carregamento (Rlc)

Exprime a quantidade em peso de explosivo por metro linear de furo carregado.


Pode ser calculada a partir dos dados de carregamento dos furos pela fórmula:

Rlc = CARGA TOTAL DE EXPLOSIVO


METRAGEM DE COLUNA COM EXPLOSIVO

Ou pode ser calculada teoricamente a partir a partir dos dados de diâmetro do furo e
densidade do explosivo, utilizando-se a tabela existente no catálogo dos produtos
fabricados pela Magnum.

4.10.2 - Razão de Carregamento (Rc)

A Razão de Carregamento é o resultado da divisão do total de explosivos gasto em uma


detonação pelo volume desmontado ou tonelagem desmontada.

Rc = CONSUMO DE EXPLOSIVOS TOTAL


VOLUME
Onde,
V = Volume total desmontado “in situ”
V = Afastamento x Espaçamento x Altura da Bancada x No. de Furos
Ou

Rc = CONSUMO DE EXPLOSIVOS TOTAL


TONELADAS
Onde,
T = Tonelada desmontada total
T = V x d

Sendo, d = densidade da rocha “in situ”


Esta razão nos dá uma idéia da dificuldade oferecida por uma rocha para ser
fragmentada e deslocada.
Muitos indivíduos responsáveis pela elaboração do plano de fogo para uma determinada
bancada, fazem uso de uma razão de carga conhecida para aquele tipo de rocha como
ponto de partida para determinação dos outros elementos do plano de fogo.
A tabela 4.10.a nos dá uma idéia aproximada de razões de carga típicas utilizadas no
desmonte dos tipos de rochas mais comuns, com valores diferenciados conforme o tipo
de equipamento de carregamento.

ROCHA/MINÉRIO EQUIPAMENTO DE RAZÃO DE


CARREGAMENTO CARREGAMENTO
Granito Carregadeira 450 - 500 g/m³
Gnaisse Carregadeira 450 - 500 g/m³
Basalto com disjunção colunar Carregadeira 250 - 300g/m³
Basalto Carregadeira 300 - 350 g/m³
Carvão Carregadeira 80 - 120 g/t
Calcário Carregadeira 70 - 110 g/t
Hematita Escavadeira 100 - 150 g/t
Arenito Drag-Line 200 - 250 g/m³
Arenito Carregadeira 200 - 250 g/m³
Siltito Carregadeira 150 - 200 g/m³
Arenito Escavadeira Hidráulica 150 - 200 g/m³

Tabela 4.10.a - Razões de Carga típicas para alguns tipos de rocha conforme o equipamento de carregamento (in
Manual do Blaster)

5 - SEGURANÇA

AS REGRAS DE SEGURANÇA ESTABELECIDAS PARA OS EXPLOSIVOS


VISAM, OBVIAMENTE, LIMITAR TANTO QUANTO POSSÍVEL OS RISCOS
DE ACIDENTES. E NO CASO DE OCORRER UM ACIDENTE, O MENOR
NÚMERO DE PESSOAS E/OU BENFEITORIAS ENVOLVIDAS NO MESMO.

As normas de segurança citadas abaixo são baseadas em anos de experiência no


trabalho com explosivos e obedecem ao regulamento R -105 do Ministério da Defesa.

5.1 - TRANSPORTE

a) Ao transportarem explosivos ou acessórios verifique se o veículo está em boas


condições de funcionamento, com bons freios e com circuitos elétricos bem isolados
para evitar curtos-circuitos.
b) Coloque sempre dois extintores de incêndio em todo e qualquer veículo que vai
transportar a carga.
c) Se o veículo for aberto, é recomendável cobrir a carga com lona impermeável.
d) Coloque sempre a carga bem arrumada e amarrada, de preferência sobre um
estrado de madeira.
e) Ao iniciar a carga ou descarga de explosivos ou acessórios o veículo deve estar
freado e calçado. Fazer esta operação com o máximo cuidado.
f) Nunca transporte juntamente com explosivos ou acessórios, cargas tais como:
Óleos, carbureto, gasolina, munições, armas de fogo, ácidos, produtos corrosivos ou
oxidantes, tambores de ferro, etc.
g) Nunca dê carona a amigos ou estranhos quando transportando explosivos ou
acessórios.
h) Nunca carregue ou descarregue quando a situação do tempo for desfavorável
( tempestades, relâmpagos,etc.).
i) Sinalizar o veículo com placas de advertência adequadas para transportar explosivos.
j) Nunca transporte explosivos e acessórios simultaneamente, a não ser que se
disponha de veículo com uma caixa especialmente desenvolvida e aprovada pelo
exército para este fim.
k) Verifique se o veículo está com o chassi ligado a terra.
l) Nunca estacione um veículo carregado com explosivos ou acessórios em locais
habitados principalmente próximo a escolas, hospitais, igrejas ou postos de
abastecimento.
l) RESPEITE SEMPRE TODAS AS NORMAS ACIMA, MESMO QUANDO
TRANSPORTANDO EXPLOSIVOS OU ACESSÓRIOS DENTRO DE SEU CANTEIRO
DE OBRAS.

5.2 - ARMAZENAMENTO

a) A fim de proteger os depósitos contra incêndios deve-se manter em torno dos


mesmos uma faixa de terreno limpo com largura mínima de 20 metros.

b) Não é permitido fumar ou carregar fósforos dentro e nas proximidades dos


depósitos.

c) Ante a aproximação de tempestade os depósitos devem ser fechados e o pessoal


afastado para uma distância segura.

d) O piso dos depósitos deve estar sempre limpo.

e) Os estoques mais antigos devem ser empilhados na frente e consumidos em


primeiro lugar.

f) As caixas devem estar dispostas em pilhas da seguinte forma:


. alojadas sobre estrados de madeira para isolá-las do piso;
. afastadas das paredes no mínimo 10 cm;
. afastadas do teto no mínimo 70 cm;
. separadas entre filas por 60 cm;
. ter altura máxima de 2 metros ou 10 caixas, prevalecendo o menor valor;
. separadas entre si para permitir a passagem, entrada e saída de caixas com segurança.

g) Todos os depósitos devem permanecer trancados quando não estiverem em


operação de carga ou descarga.

h) Para controle de estoque sugere-se três tipos de registros:

. registro por depósito - indica o tipo de produto e suas especificações, sua disposição e
a quantidade estocada;
. registro por produto - fornece a quantidade em estoque, bem como sua disposição e seu
movimento de entrada e saída;
. registro por data de fabricação - destinado a controlar o tempo de fabricação dos
produtos em estoque.
i) Para maior proteção dos paióis, pode-se instalar pára-raios, e vigias eletrônicos,
instalados por profissionais competentes para se ter confiabilidade no serviço. .

45°

PAIOL

Esquema básico de colocação de um para-raio, mostrando a geratriz do cone de proteção.

5.3 - MANUSEIO
OS MATERIAIS EXPLOSIVOS SÓ DEVEM SER MANUSEADOS POR PESSOAL
ESPECIALIZADO.

a) Evite maus tratos com explosivos e acessórios.

b) Não risque fósforos, fume ou acenda fogueira junto a explosivos.

c) Não coloque explosivos ou acessórios em lugares inadequados, onde fiquem expostos


a calor excessivo, fagulhas ou impacto.

d) Não coloque várias caixas de explosivos ou acessórios juntas ou muito próximas.

e) Não deixe sobras de explosivos ou acessórios jogadas de qualquer jeito. Guarde-


as sempre no paiol após o uso.

f) Não carregue explosivos ou acessórios dentro do bolso.

g) Ao iniciar uma perfuração, certifique-se de que não existem minas falhadas nas
proximidades.

h) Fure os explosivos com furadores de madeira e nunca force uma espoleta a entrar
em uma banana de explosivo.

i) Sobre o furo a ser carregado:


. verifique se o furo está frio;
. veja se o furo está desimpedido até o fundo;
. verifique a presença de água.

j) Não force o explosivo, principalmente o cartucho-escorva através de obstruções.

k) Prepare as escorvas no momento de introduzi-las no furo. Escorvas que não forem


utilizadas devem ser desfeitas.
l) Sobre as espoletas simples:
. não tente retirar a carga de uma espoleta;
. espoletas são extremamente sensíveis a calor,choque,atrito;
. faça o amolgamento em local isolado, sempre fora do paiol de acessórios ou explosivos;
. nunca enfie prego, arame ou outro objeto dentro da espoleta simples;
. use sempre o alicate amolgador.

m) Evite sempre a presença de pessoas não especializadas na área de carregamento e


detonação.

5.4 - DETONAÇÃO

a) Verificar com antecedência todas atitudes que deverão ser tomadas para isolar a
área de risco.

b) Isolar toda a área momentos antes da detonação, utilizando recursos como


bandeiras vermelhas, placas, correntes, comunicação via rádio, etc.

c) Determinar horário específico para detonações e divulgar a todos funcionários e


terceiros envolvidos na lavra.

d) Cortar o estopim em tamanho suficiente para que depois do acendimento, o


funcionário possa abrigar-se com segurança.

e) Nunca faça uma detonação sem antes ter absoluta certeza de que todas pessoas
e máquinas estão abrigadas seguramente.

f) Utilizar sistema de sirene para alertar sobre o momento exato da detonação.

g) Retornar na área após a detonação, somente quando os gases dissiparem.

h) Só liberar a área de risco após o cabo de fogo conferir os resultados.

5.5 - GASES

Como é sabido a decomposição dos explosivos acontece de maneira quase que


essencialmente gasosa. Alguns desses gases e em determinadas concentrações (princi -
palmente em minas subterrâneas ) são nocivos à saúde.
Os gases mais preocupantes são: CO ( Monóxido de Carbono ) e NO 2 e NO ( Dióxido e
monóxido de de Nitrogênio ).

Dessa forma, recomenda-se que se espere até a completa dissipação dos gases
resultantes da detonação antes da voltar ao local da detonação.

CO2 Dióxido de Carbono- (não é gás tóxico, porém asfixiante).


CO Monóxido de Carbono (extremamente tóxico).
NO Monóxido de Nitrogênio Reagem com a água do corpo e formam
H2No3 (Ácido Nítrico)
NO2 Dióxido de Nitrogênio

GRISU Mistura complexa de gases naturais, com acentuada predominância de CH4


(Gás Metano), concentração entre 93% a 99%. Constitui problema nas minas carvoeiras
subterrâneas. Torna a atmosfera explosiva.

OBS: Quantidade relativa máxima permitida para o ser humano, deste gás na atmosfera é especificado em ppm
(partícula por milhão) ou % (porcentagem) no caso do CH4.

5.6 – DESTRUIÇÃO DE EXPLOSIVOS

a) A destruição de dinamites deve ser feita por queima, espalhando-se os cartuchos


cortados em metades em camadas de 10 cm de largura e no máximo 7,5 cm de altura,
dispostas sobre material combustível (papel, papelão, serragem, etc) e derramando-
se sobre o explosivo óleo diesel ou querosene.

b) Para iniciação da queima deve se utilizar um rastilho de papel ou estopim para que
haja tempo para todos se abrigarem.

c) Para o caso de destruição de grandes quantidades, distribuir o material em pilhas de


no máximo 50 kg separadas de no mínimo 7,5 m de distância.

d) A destruição de cordel detonante deve ser feita preferencialmente pelo método da


queima, limitando-se a quantidade a 50 kg por vez e guardando-se uma distância
mínima de 130 m ou até 750 m para o caso ideal.

e) O cordel deve ser estendido em linhas paralelas separadas de 4 cm ou mais e não no


carretel.

f) A destruição de espoletas deve ser feita pelo método da detonação, utilizando-se no


máximo 100 espoletas de cada vez.

g) As espoletas devem ser depositadas em um buraco de 30 cm de profundidade, em


sua embalagem original ou num pequeno saco e escorvadas em seguida com 500 g
de dinamite e uma espoleta simples.

h) Tudo deve ser coberto com papel e depois com areia ou terra.
i) Para o caso de espoletas elétricas, as mesmas devem ter seu fio cortado, uma a uma,
2,5 cm antes do topo.

j) Detona-se em seguida a uma distância segura e verifica-se ao final se alguma


espoleta não foi destruída. Para outras destruições devem ser usados buracos
diferentes.

k) No caso de estopins, a destruição deverá ser por queima fazendo-se uma fogueira,
tomando-se o cuidado de verificar se não existem espoletas amolgadas a algum
pedaço de estopim.

l) Recomenda-se que não se queime grandes quantidades de estopim


simultaneamente, pois o efeito é o mesmo que a queima de uma quantidade
equivalente de pólvora.

5.7 – PROCEDIMENTO COM FUROS FALHADOS

Antes de qualquer outro procedimento isole o local com recursos como fitas e placas de
advertência.

a) Caso o explosivo esteja escorvado com cordel detonante:


1 – Verifique se é possível detonar o(s) furo(s) novamente com segurança e sem
riscos de ultra-lançamento;

2 – Caso seja seguro, escorve novamente o cordel restante ou remova o material de


tampão até atingir a carga explosiva e escorve-a novamente;

3 – Repita todos os procedimentos de segurança para evacuação do local e faça nova


detonação;

4 – Caso não seja seguro detonar novamente, adicione água no furo para neutralizar
os explosivos do tipo carbonitrato e utilize uma espingarda de ar comprimido não-
metálica (PVC) para soprar os explosivos restantes limpando o furo.

b) Caso o explosivo esteja escorvado com acessório espoletado:

1 – Verifique se é possível detonar o(s) furo(s) novamente com segurança e sem


riscos de ultra-lançamento;

2 – Caso seja seguro e desde que o início da carga explosiva esteja a uma distância
segura da espoleta, remova o material de tampão até atingir a carga explosiva e
escorve-a novamente;

3 – Repita todos os procedimentos de segurança para evacuação do local e faça nova


detonação;

4 – Caso não seja seguro detonar novamente, adicione água no furo para neutralizar
os explosivos do tipo carbonitrato e utilize uma espingarda de ar comprimido não-
metálica (PVC) para soprar os explosivos restantes até atingir uma distância segura
da espoleta;
5– Tente remover a espoleta manualmente sem forçar. Conseguindo prossiga até a
limpeza completa do furo;

6– **** Não conseguindo remover a espoleta, faça nova(s) perfuração(ões) próxima(s)


ao furo (a uma distância segura) e detone novamente o material rochoso ou, se
possível, termine a remoção com desmonte manual.

7 – Se a condição apresentar insegura, solicite a presença da assistência técnica do


seu fornecedor de explosivos

7 - FOGOS SECUNDÁRIOS
Os fogos secundários são comumente chamados de “fogachos” e devem ser tratados, em
termos de segurança, com os mesmos cuidados de segurança tomados para o caso dos
fogos primários.

Para ocaso de detonação de blocos isolados, conhecidos como “matacões”, são


apresentados a seguir os principais métodos utilizados.

MÉTODO DO FOGACHO

estopim espoletado

ALTURA 2/3 DE h
DO
BLOCO
(H)
MÉTODO DO JOÃO-DE-BARRO

cordel, estopim espoletado


Argila ou
espoleta com tubo de choque

EXPLOSIVO
ENCARTUCHADO

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