AMBIENTAL NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Ministério do Meio Ambiente - MMA
Centro de Informação e Documentação Ambiental - CID Ambiental
Esplanada dos Ministérios - Bloco B - Térreo
70068-900 Brasília, DF
Tel.: 55 61 4009.1235
Fax: 55 61 224-5222
e-mail: cid@mma.gov.br
Impresso no Brasil
Brasília
2004
Agenda Ambiental na Comissão Gestora da Agenda
Administração Pública Ambiental na Administração Pública
2a. Edição
ção pública nas três esferas, federal, estadu- Pública - A P, é um programa de caráter
3
al e municipal, revelam excessivo consumo voluntario que se propõe a inserir critérios
de recursos naturais, razão pela qual o go- ambientais nas áreas de governo, visando
verno federal precisa assumir papel estraté- minimizar ou eliminar os impactos ao meio ambi-
gico na indução de novos referenciais de pro- ente, provocados por atividades administrativas
de materiais.
8
Objetivos:
9
A Agenda Ambiental na
Administração Pública é uma tarefa de todos
Ao Ministério do Meio Ambiente cabe: Aos órgãos e entidades da União, dos esta-
dos, do Distrito Federal, dos municípios, as agên-
cias nacionais, autarquias e fundações instituí-
¶ como órgão federal, fazer cumprir a políti- das pelo Poder Público que compõem o SISNAMA
ca nacional e as diretrizes fixadas para o meio am- – Sistema Nacional do Meio Ambiente, bem como
as empresas estatais e de economia mista, cabe:
biente;
¶ executar e fazer executar a política naci-
onal e as diretrizes fixadas para a preservação
¶ promover intercâmbio técnico para difun- do meio ambiente;
dir informações sobre os objetivos e metodologia e
¶ desenvolver projetos e ações de comba-
implementação da A3P;
te ao desperdício, minimização de impactos
ambientais, diretos e indiretos, gerados pela ati-
¶ incentivar ações de combate ao desperdí- vidade pública, e a promoção da gestão ambiental
com qualidade;
cio e à minimização de impactos ambientais, dire-
tos e indiretos, gerados pela atividade pública; ¶ promover ações educativas e de
capacitação visando: estimular a melhoria da qua-
lidade do meio ambiente em todos os locais de
¶ estimular a excelência na gestão ambiental, trabalho; conscientizar servidores/funcionários
sobre a importância de se preservar o meio ambi-
a qualidade de vida no trabalho nas instituições e ente; dar conhecimento quanto a necessidade de
preferência pelos os produtos com diferenciais eco- introduzir critérios ambientais nas compras de
governo; e despertar a responsabilidade do ser-
lógicos nas compras de governo.
vidor público no que se refere ao uso correto dos
bens e serviços da administração pública.
10
11
Como implantar a A3P
12
São os seguintes os pressupostos para implantação da A3P:
¶ criação e regulamentação de comissão da A P: envolvendo servidores pú-
3
blicos de várias áreas da instituição para o acompanhamento de projetos e atividades
e para a representatividade institucional;
¶ diagnóstico da situação: identificação dos pontos críticos e procedimentos,
avaliando os impactos ambientais e de desperdício gerados;
¶ definição de projetos e atividades: a partir do diagnóstico, priorização dos
projetos e atividades de maior urgência e relevância;
¶ planejamento integrado: envolvimento de maior número de colaboradores e
áreas de trabalho;
¶ implementação: realização deprogramas de capacitação, disponibilização de
recursos físicos e/ou financeiros, introdução às mudanças necessárias;
¶ avaliação e monitoramento: verificação do desempenho ambiental, identifi-
cação de falhas e pontos de melhoria;
¶ melhoria contínua: avaliação sistemática, replanejamento e implementação
de procedimentos, qualificação e treinamento de recursos humanos, controle e acom-
panhamento, conhecimento e absorção de novas tecnologias e legislação;
¶ avaliação de performance ambiental: levantamento de impactos de riscos
ambientais, identificação de ações de controle, identificação de indicadores de apri-
moramento;
13
Conhecendo o ambiente de trabalho
14
Geração
de
Geração lixo Consumo
de esgoto de
orgânico energia
Geração Consumo
de ruídos de
e sons água
Geração de Geração de
emissões resíduos
luminosas tóxicos
Proliferação Geração de
de emissões
organismos Degradação magnéticas
vivos de aspectos
paisagísticos
15
Nova cultura institucional na
administração pública
16
Links
Interfaces
móveis parcerias
material de expediente Uso racional
produtos químicos Ética do
dos recursos
veículos e acessórios servidor
naturais e
material de construção público
bens públicos
equipamentos eletro-eletrônicos
produtos alimentícios
produtos farmacêuticos
produtos hospitalares
A3P
Destinação
Auto-estima
adequada
do servidor
dos resíduos
público
sólidos
Práticas Mudança
sustentáveis de
hábitos
Qualidade
de vida
no trabalho
17
O papel nosso de cada dia
Mesmo com a expansão da informatização no Os papéis mais conhecidos são feitos à base
serviço público nos últimos dez anos, o consumo de de celulose, extraída de Eucaliptus e Pinus.
papel tem aumentado, tornando vitais a economia,
o reflorestamento e a reciclagem. Do Eucaliptus vem o papel para escrever e fa-
zer cópia. Do Pinus, os papelões para embalagens.
Uma tonelada de
papel requer o corte
de quarenta árvores.
18
Vantagens da reciclagem de papel
¶ Reduz a poluição do ar e dos
rios, pois não implica na utilização de
Os processos de
certos procedimentos químicos que branqueamento de
geram impactos ambientais, para
obtenção da pasta de celulose papel mais usados
(lançamento de efluentes nos rios e
partículas e odores no ar);
pela indústria nacional
¶ reduz o corte de árvores; são: branqueamento a
¶ reduz a utilização de água doce
nos processos de produção; cloro ou peróxido de
¶ reduz em mais da metade a
energia usada no processo de hidrogênio.
fabricação;
¶ possibilita a geração de novos
empregos.
Você sabia?
• Que cada tonelada de papel reciclado representa uma diminuição de 3,2 m2 de espaço nos
aterros sanitários?
• Que 40% do lixo urbano é composto de papéis e papelão?
19
Recriando o uso do papel
reciclados.
tornará, economicamente.
A reciclagem de um
Papéis tipo A4, usados de um só lado, podem
mesmo papel com textura
ser reutilizados para confecção de blocos de
de boa qualidade é possível
rascunho e para reimpressão no computador.
até sete vezes.
20
Curiosidade
¶ a redução da poluição
do ar em 74%;
¶ a redução da poluição
da água em 35%;
¶ a redução do consumo
de energia em 71%.
Fonte: Powelson . Cia Energética de Brasília-CEB, 1992.
21
Material de expediente -
uso com bom-senso faz a diferença
Nem sempre prestamos atenção se o material
de expediente é de fato necessário e em caso positi-
Combater o desperdício
vo, se é usado de forma racional. E mais, sequer sa- depende de vontade política de
bemos se esses materiais são produzidos a partir de dirigentes e de cada um.
fontes naturais não renováveis, como minerais, car-
vão e petróleo.
22
Dentre os materiais de escritório, os mais usados e
desperdiçados são:
clips
prendedores
canetas esferográficas
lápis grafite
extratores de grampos
pastas
23
Energia elétrica -
criando novos hábitos para a economia
Pequenas idéias, grandes soluções Dê preferência a iluminação natural do Sol,
abrindo janelas, cortinas e persianas.
Se você tem uma boa idéia sobre o uso eco-
nômico e racional de energia elétrica em seu local
de trabalho, proponha estudos para a viabilização Apague as lâmpadas de ambientes vazios.
técnica e administrativa junto a sua chefia e aos
colegas. Não deixe computadores e aparelhos de ar con-
dicionado ligados por mais de trinta minutos, sem uso.
Muitas vezes, a adaptação, a modernização, a
manutenção das instalações elétricas e a otimização
do uso dos elevadores, ar condicionado e de outros
equipamentos são providências que estão ao alcan-
ce com soluções rápidas e econômicas.
24
Fique por dentro
25
Dicas para economizar energia
1 2 3
26
4 5 6
Pintar paredes
Aproveitamento
dos locais de trabalho
máximo Tome banhos rápidos,
usando cores claras
da fechando a torneira
favoressem a
luz do sol. enquanto se esfrega.
menor utilização
da iluminação elétrica.
27
Água – seu valor de mercado
Você sabia ?
¶ Que o planeta Terra é composto de 70% de água e que o corpo humano
também tem em sua composição 70 % de líquidos?
¶ Que a água existente no planeta está distribuída assim:
• 97% é salgada;
• 3% é doce;
• 2% está congelada nas geleiras;
• 1% está disponível em lagos, rios e camadas subterrâneas;
• 13% de toda a água doce está concentrada no Brasil.
28
Quem usa água, deve pagar pelo seu
uso. Quem polui a água deve pagar pela
degradação causada.
29
Água – cuidando para evitar o desperdício
1 2 3
A irrigação de
Evite jardins e plantas
Dê preferência
lavar calçadas deve ser feita
ao uso de baldes com água
com freqüência ou usar com o uso de aspersor
ao invés de mangueiras
o jato da mangueira acoplado à mangueira,
para lavagem de veículos.
como vassoura. de forma controlada
(tempo e quantidade de água).
30
Sempre que for constatada a ocorrência de falta de informação para procedimentos cor-
retos, necessidade de manutenção hidráulica e negligência com relação ao consumo excessi-
vo de água em seu local de trabalho, peça providências.
4 5 6
Os banhos
Fonte:SOS água, apud Cia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP)
31
Manutenção da frota oficial de veículos
automotores – questão de cidadania
e peça providências.
32
Fique por dentro
Leia:
33
Reduzir, reutilizar e reciclar – hábitos que po-
dem ajudar a construir a qualidade de vida
mente lixo”.
trabalho.
público.
34
A administração pública, nas três esferas de
governo, começa a apresentar resultados, de uma
O que se faz com o lixo
maneira geral, bastante positivos com a introdução gerado é indicador da
de um novo pensar no que se refere à gestão qualidade de vida que se quer
ambiental dos resíduos decorrentes de suas ter.
atividades.
35
Trabalhando com os 3 R’s
REDUZIR REUTILIZAR
36
Existe um quarto ‘r’ que é o
RECICLAR
RECICLAR que vai definir o sucesso de
qualquer iniciativa para a
introdução de critérios ambientais
em seu local de trabalho. É o ‘r’ de
recusar consumir produtos que
tenham gerado impactos
ambientais significativos.
37
Gestão ambiental de resíduos sólidos
38
Resíduos líquidos
Resíduos orgânicos Resíduos inorgânicos
ou efluentes
São os restos de alimentos, São os plásticos,
São os rejeitos industriais,
galhos e folhas, papéis,
águas utilizadas (servidas)
papel higiênico. vidros e metais.
e chorumes.
39
Etapa 2
A coleta
40
CICLO DA COLETA
SELETIVA
Regionais, Regionais,
subsidiárias ou subsidiárias ou
representações representações
Regionais,
subsidiárias ou
representações COOPERATIVAS DE
CATADORES
EMPRESAS DE
COMUNIDADE COLETA SELETIVA
41
2. A triagem de resíduos sólidos
42
Veja quais são
os resíduos mais
comuns
Papel
Embalagens: caixas
Plástico de papelão.
Metal Papel: jornais, revis-
Embalagens: de refrige- tas, aparas, envelopes, A4,
Aço: latas de óleo, de formulários de computador,
salsichas, de legumes, de Vidro rante (PET), de margarinas
de fax.
banha, etc. e de produtos de limpeza.
Recipientes em geral: Ainda não reciclá-
Alumínio: latas de refri- Outros: copos descar-
garrafas, potes, frascos e veis, porque sai caro: pa-
gerante, de cerveja , de táveis, sacos plásticos, en-
copos. pel carbono, etiqueta ade-
suco e sucatas da constru-
Ainda não recicláveis, gradados de bebidas e bal- siva, papéis sujos, papéis
ção civil.
Ainda não recicláveis, porque sai caro: espe- des. sanitários (higiênicos),
porque sai caro: clips, lhos, vidros planos, lâm- Ainda não recicláveis, guardanapos e fotografias.
grampos, canos e espon- padas, porcelana, cerâ- porque sai caro: cabos de
jas de aço. mica e tubos de televisão. panelas e tomadas.
43
3. Separação de resíduos: organi-
zando a casa
Na maioria dos locais de trabalho existem os
conhecidos depósitos, onde são acumulados
entulhos, como móveis velhos, sucatas de
computador e ar condicionado, pneus, peças de
veículos, restos de madeira, lâmpadas queimadas,
além dos recicláveis já conhecidos, como papel, vidro,
metal e plásticos.
Faça uma lista dos tipos de resíduos sólidos ou
líquidos que podem ser reutilizados e/ou reciclados
e dê-lhes destino adequado.
Fique atento
Lâmpadas fluorescentes podem
ser recicladas, e não devem ser jogadas
nos coletores de vidro ou no lixo comum Manter um depósito entulhado e
para evitar contaminação por produtos sujo contribui para que ratos, baratas,
químicos, que entram na sua aranhas, mosquitos, cobras e outros
composição além do perigo de intrusos apareçam, se instalem e gerem
acidentes com o vidro. vetores de doenças.
44
45
4. Outros resíduos gerados nas ati-
vidades de governo
Pneus: pneus velhos podem ser
Carcaças de veículos: podem ser en-
transformados em pó de borracha,
caminhadas aos ferros-velhos ou
desvulcanizados e utilizados na
sucateiros.
fabricação de produtos, como tapetes
de carro e solas de sapato. A Resolução
nº 258/99 CONAMA faz recomenda-
ções sobre o destino e descarte de
pneus.
Móveis: podem ser levados para ater-
Carcaças de computadores e ar con- ros sanitários ou doados à entidades
dicionados: podem ser compradas sociais.
para desmonte. Em cidades como
Curitiba, PR e São Paulo, SP existem
empresas que recebem esses materi-
ais para o reaproveitamento ou
reciclagem.
Canos de cobre, ferro e alumínio:
Óleos lubrificantes: óleos não podem ser vendidos a sucateiros
rerrefinados ou não reciclados, depois
de usados, deverão ser acondiciona-
dos em tambores para disposição em
aterros industriais próprios para resídu-
os perigosos. Em sua composição es- Peças mecânicas e baterias de veí-
tão metais e compostos altamente tó- culos: peças mecânicas de metal de-
xicos e por esse motivo é classificados vem ser encaminhadas aos ferros-ve-
como resíduos perigosos à saúde hu- lhos ou sucateiros e as baterias de ve-
mana, animal e natureza. ículos descarregadas enviadas ao
Leia a Resolução CONAMA nº 9 de 31 revendedor. As resoluções nº 257 e
de agosto de 1993 para saber mais a 263/99 CONAMA tratam do tema bate-
esse respeito. rias.
46
Entulhos de construção civil e canos
Cartuchos de tinta: a destruição e o de PVC: a destinação para o descarte
descarte devem ser feitos pelo serviço desses materiais baseia-se nas Reso-
de limpeza urbana-SLU local. Outra op- luções 307/02 e 348/04 do CONAMA.
ção é a recarga para reutilização.
47
5. O que a coleta seletiva pode
angarear
A separação de resíduos sólidos na fonte, ou
segregação (etapa 1 da coleta seletiva), pode
angarear fundos para a manutenção de pequenos pro-
jetos, cestas básicas e outros eventos para a
integração dos servidores em sua área de trabalho.
48
A coleta de resíduos de forma seletiva deve Fique por dentro
ser a primeira ação no programa Agenda Ambiental
na Administração Pública, pois será a partir dela que
se vai dá maior visibilidade ao processo de inserção
de critérios ambientais no dia-a-dia do serviço público.
O MMA já está fazendo
a coleta seletiva (etapa 1)
de papéis, copos des-
cartáveis em sua sede em
Brasília, DF. Para isso são
usados contêineres, caixas
coletoras apropriadas, com
capacidade mínima de
acondicionamento de sete-
centos copos empilhados.
49
Comprar de quem preserva a natureza é
ambientalmente correto
50
Nesse contexto, a responsabilidade ambiental
é um processo de melhoramento contínuo, que
consiste em assumir os efeitos ambientais das
condutas da administração pública, por meio da
prevenção de impactos ambientais indevidos. A
proteção ao meio ambiente decorre não apenas de
A economia brasileira caracteriza-se por ações repressivas por parte do poder público, mas
elevado nível de desperdício de recursos naturais, e especialmente, e de forma muito eficaz, de ações de
a redução desses desperdícios constitui importante caráter preventivo, tais como o licenciamento, os
reserva de desenvolvimento para o Brasil e fonte de incentivos fiscais e de crédito e as próprias
bons negócios para empresas decididas a enfrentar contratações, procurando prevenir e/ou controlar os
o problema. efeitos negativos – os riscos ambientais derivados
Sendo o meio ambiente um potencial de da atividade institucional e fomentar os positivos.
recursos mal aproveitados, sua inclusão no horizonte Trata-se, em última instância, de compartilhar
de negócios pode resultar em atividades que a responsabilidade ambiental, tarefa de todos os
proporcionem lucro ou pelo menos se paguem com a segmentos da sociedade, setor produtivo e
poupança de energia, de água ou de outros recursos principalmente do Governo, como preconizado na
naturais. Constituição Federal. A Administração Pública deve
Em outras palavras, as contratações da caminhar para o desenvolvimento sustentável não
Administração Pública, sejam decorrentes de licitação apenas pelo seu benefício ambiental, mas também
ou efetivadas de forma direta, mediante dispensa de por razões econômicas. É de interesse geral utilizar
licitação ou de sua inexigibilidade, devem ser voltadas a tecnologia mais eficiente, que poupe mais matéria-
ao consumo sustentável, isto é, um consumo que não prima, que recicle seus resíduos, que evite conflitos
seja predatório aos recursos naturais e ao meio com a população em geral, e que o faça de acordo
ambiente. com o preconizado na legislação vigente.
51
A rotulagem ambiental
52
53
Pregão de compras do governo
A modalidade de compras do governo por meio Para participar dos pregões as empresas de-
de pregão tem apresentado resultados satisfatórios, verão acompanhar as especificações contidas nos
pois elimina alguns procedimentos burocráticos des- editais para compras de bens e serviços.
necessários, permite a transparência nas negocia-
ções e a introdução de critérios ambientais como pré- Após o processo competitivo e o ordenamento
requisitos em seus editais. das ofertas o pregoeiro verificará o atendimento das
condições fixadas no edital, principalmente aquelas
O mecanismo de funcionamento do pregão é que dizem respeito às questões ambientais.
mais ou menos igual ao utilizado nos leilões, por meio
de lances de melhor preço e qualidade oferecidos
pelos representantes das empresas.
54
Fique por dentro Antes de comprar os produtos, é
necessário solicitar do fabricante dados
¶ O Decreto Federal nº 2783 de sobre a composição de cada um, e ve-
17 de setembro de 1998, dispõe sobre rificar se o mesmo está de acordo com
a proibição da compra de produtos com as leis ambientais.
CFC (Clorofluorcarbono) e seus deriva-
dos na administração;
55
Pré-requisitos a serem observados quando das
compras e contratação de serviços para áreas de
governo
¶ Capacitaçção sobre educação ¶ ausência de passivos
ambiental para prestadores de serviços ambientais;
de manutenção técnica, de limpeza, de ¶ gestão de resíduos sólidos
copa e outros; pós-consumo;
¶ programas educativos sobre ¶ responsabilidade compartilha-
preservação da natureza (fauna, flora, da nos resíduos;
solo e água); ¶ uso racional de energia e
¶ gestão ambiental e qualida- água;
de total de processos de produção e de ¶ uso de energia alternativa.
prestação de serviços;
¶ programas de meio ambiente,
de saúde e de desenvolvimento susten-
tável;
¶ respeito à convenção sobre os
direitos da criança e do adolescente(*),
à Declaração dos Direitos Humanos,
aos direitos dos portadores de deficiên-
cia física e às iniciativas que tratam das
questões de gênero (principalmente fe-
minino) e de etnias;
¶ produtos reciclados e que não
contenham CFC;
56
Ecoproduto
Principais características:
¶ menor consumo de matérias-primas e
maior índice de conteúdo reciclável;
¶ produção não-poluidora e materiais
não-tóxicos (tecnologia limpa);
¶ sem testes desnecessários com animais e
cobaias;
¶ sem impacto negativo ou dano a espécies
Fique por dentro em extinção;
¶ menor consumo de energia e água durante
(*) O Decreto Federal nº 3.597, de
o processo de produção, distribuição e des-
12 de setembro de 2000 promulga a carte pós-consumo;
convenção 182 e a recomendação 190 ¶ embalagem reduzida ou sem embalagem;
da Organização Internacional do Traba- ¶ passível de reutilização ou reabastecimen-
lho-OIT sobre a proibição das piores for- to (refil e/ou recarga);
mas do trabalho infantil e a ação imedi- ¶ longa duração, permitindo atualizações;
ata para sua eliminação, concluídas em ¶ passível de coleta ou desmonte pós-consu-
Genebra, em 17 de junho de 1999. mo;
¶ passível de reutilização ou reciclagem.
57
Qualidade de vida no trabalho
Curiosidade
Pesquisas sobre fontes emissoras de ruídos em centros urbanos detectaram muitos
indicadores sobre impactos ambientais causados ao ser humano. Inúmeros casos de
problemas auditivos podem estar relacionados com a intensidade, a duração e a fre-
qüência de ruídos aos quais as pessoas ficam expostas.
58
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT e a Organização Mun-
dial de Saúde-OMS o nível máximo de ruído tolerado pelo ouvido humano de forma
contínua não deve exceder a 65 decibéis.
59
1.2. Área para fumantes
60
1.3. Acesso para portadores de
deficiência física
61
1.4. Brigadas de incêndio
62
2. A atitude de cada pessoa
no ambiente de trabalho?
63
2.2. Integração e movimento se
combinam
64
2.3. Um toque pessoal na decora-
ção do seu local de trabalho
65
Grupos de apoio anti-tabagismo,
alcoolismo, drogas, e neuroses
diversas
66
Desenvolvendo os 5 S’s
67
Senso de limpeza (Seiso) Senso de organização (Seiton)
68
Senso de utilização (Seiri) Senso de higiene (Seiketsu)
69
Senso de disciplina (Shitsuke)
70
71
Cidadania e ética no trabalho
72
O código de ética do servidor público prevê a criação de comissões de ética, com
o objetivo de estudar e encaminhar pedidos de providências para assegurar a manu-
tenção e integridade do patrimônio público e da imagem de idoneidade do órgão ao
qual as referidas comissões estiverem ligadas.
73
Vestindo a mesma camisa
A A 3 P é um convite ao
comprometimento pessoal, ao
engajamento individual e coletivo e
à disposição para a transformação de
hábitos, costumes, processos e
serviços rumo à sustentabilidade e ao
convívio mais fraterno em um
ambiente de trabalho com qualidade.
74
A Agenda Ambiental na Administração Pública Juntos, poderemos construir uma nova cultura
- A3P veio para mostrar que é possível estabelecer institucional, direcionada a ações mais eficientes e
critérios ambientalmente corretos para as demandas eficazes nas instituições públicas; uma nova cultura
que contemple a integração das áreas de trabalho, a
geradas nas atividades da administração pública.
unidade de procedimentos pró-qualidade de vida e o
desenvolvimento de pessoas, os seres humanos, pro-
fissionais e cidadãos.
75
Glossário
76
11. Biorremediação: processo de descontaminação 16. Ciclo da água ou ciclo hidrológico: ciclo percorrido
do solo ou das águas em que se utilizam pela água, desde sua evaporação nos oceanos e
microorganismos como agentes para degradar os outros corpos d‘água para a atmosfera, até seu
poluentes. retorno aos oceanos por meio da precipitação
12. Camada de ozônio: faixa de proteção que envolve atmosférica e infiltração no solo.
a Terra na alta atmosfera e possui uma 17. Ciclo do carbono: ciclo desse elemento vital para
concentração de ozônio capaz de atuar como um a vida, por meio de sua fixação nos combustíveis
filtro natural no bloqueio das radiações ultravioleta, fósseis (petróleo, carvão, gás), sua presença na
procedentes do Sol e nocivas à vida no planeta e atmosfera (especialmente sob a forma de dióxido
à saúde humana. de carbono) e nos organismos vivos.
13. Certificação ambiental: comprovação 18. Combustível fóssil: materiais orgânicos
documentada do cumprimento dos compromissos combustíveis obtidos a partir de jazidas naturais,
assumidos por uma organização em respeito ao tais como petróleo, carvão, carvão mineral, turfa,
meio ambiente, por meio de seus sistemas de xisto.
gestão e política ambientais. 19. Compostagem: método de reciclagem de resíduos
14. CFCs: compostos de cloro, flúor e carbono orgânicos capaz de transformá-los em adubo.
desenvolvidos pelo homem, utilizados 20. Compostos orgânicos voláteis: compostos que se
principalmente como gases para refrigeração, evaporam e dispersam com facilidade no ambiente
solventes, propolentes para sprays e material para próximo e na atmosfera.
produção de isolantes térmicos. Quando liberados 21. Desastre: acontecimento calamitoso,
na atmosfera, os CFCs contribuem para a especialmente o que ocorre de súbito e
destruição da camada de ozônio. ocasionando grande dano ou prejuízo.
15. Chuva ácida: deposição de substâncias ácidas 22. Desenvolvimento sustentável: desenvolvimento
dispersas na atmosfera, resultantes que permite atender ás necessidades da geração
principalmente dos gases produzidos pela queima atual sem comprometer o direito das futuras
de combustíveis fósseis. gerações de atender suas próprias necessidades.
77
23. DFD (Design for Disassembly - Projeto voltado 30. Eutrofização: processo de alteração de corpos
para a Desmontagem): conceito de projeto de um d‘água devido à adução de nutrientes, gerando
produto que objetiva facilitar sua desmontagem como uma das conseqüências a proliferação de
ao final de seu ciclo de vida, estimulando a plantas aquáticas.
reciclagem e o reaproveitamento de suas partes 31. Gases de efeito estufa: gases capazes de
e componentes. O DFD é parte do DFE. absorver energia e aumentar a temperatura da
24. DFE (Design for Environment – projeto voltado para o atmosfera, contribuindo para o surgimento de
Meio Ambiente): conceito de projeto que conduz a mudanças climáticas.
produtos ambientalmente otimizados e 32. Gestão ambiental: controle do meio ambiente
físico de forma a manter seu uso com o mínimo
economicamente viáveis, levando em conta todo seu
de degradação.
ciclo de vida.
33. Impacto ambiental: qualquer modificação no meio
25. Dioxinas e furanos: duas famílias de compostos
ambiente, adversa ou benéfica.
orgânicos de cloro totalizando 210 substâncias 34. ISO 14000: série de normas da International
distintas, algumas delas extremamente tóxicas. Organization for Standardization dirigidas para a
26. Ecoeficiência: capacidade de se produzirem bens gestão ambiental.
e serviços melhores reduzindo o uso de recursos 35. Lixo: designação vulgar para os resíduos sólidos,
naturais, inclusive água e energia, minimizando- especialmente aqueles gerados nos domicílios e
se ao mesmo tempo a geração de poluentes. nos espaços municipais.
27. Efeito estufa: fenômeno que controla as condições 36. Lixo doméstico: resíduos sólidos gerados nos
climáticas na Terra por meio da absorção das domicílios e nos pequenos estabelecimentos
radiações solares pelos gases da atmosfera, comerciais.
assegurando a manutenção de uma faixa de 37. Lixo orgânico: parte do lixo constituído de matérias
temperatura adequada à vida. orgânicas, geralmente úmidas e putrescíveis, em
28. Efluente: descarga líquida proveniente de oposição ao lixo reciclável, constituído por
atividades produtivas ou sistemas de escoamento. materiais geralmente secos e que podem ser
29. Emissão: descarga ou liberação de substâncias reaproveitados.
poluentes no meio ambiente. Refere-se 38. Lixões: aterros a céu aberto criados sem técnica
geralmente a gases e vapores. nem controle adequado de seus impactos.
78
39. MDL: tradução de Clean Development Mechanism 43. Poluição: resultado das atividades humanas que
(CDM), é um mecanismo criado no âmbito do causam dano ao meio ambiente e à saúde, a
Protocolo de Kioto, que permite aos países poluição compreende tudo que é indesejável e
industrializados (que têm compromisso de reduzir gerado sob a forma de resíduos sólidos, efluentes
suas emissões de gases geradores do efeito líquidos, emissões gasosas, ruídos, odores,
estufa) financiar projetos de redução ou “comprar” radiações ionizantes e não ionizantes, até os
os volumes de redução das emissões resultantes aspectos visuais degradantes.
de projetos em países em desenvolvimento. 44. Poluentes orgânicos persistentes (POPs):
40. Metais pesados: metais que por suas produtos químicos desenvolvidos pelo homem que
características tendem a se fixar nos organismos não se degradam ou combinam facilmente,
vivos e incorporar-se nas cadeias alimentares, resultando em passivos ambientais de difícil
provocando efeitos tóxicos e, muitas vezes, letais controle e eliminação. Entre eles contam-se os
nesses organismos. Os metais pesados mais PCBs, o DDT e diversos pesticidas e inseticidas.
nocivos são o chumbo, o mercúrio, o cádmio e o 45. Pós-consumo: diz-se da condição dos produtos
cromo, na sua forma hexavalente. que, após sua vida útil, são descartados,
41. Minimização de resíduos: abordagem para a aumentando o volume dos resíduos gerados pela
destinação dos resíduos que visa reduzir a sua sociedade e, em muitos casos, causando
geração por meio de projetos de produtos impactos ambientais que decorrem de substâncias
ecológicos, uso de processos produtivos calcados perigosas que podem conter.
em tecnologias mais limpas e estímulo à 46. Prevenção da poluição: utilização de processos,
reciclagem e ao reuso dos produtos e embalagens. práticas, materiais ou produtos que evitem,
42. PCB: compostos orgânicos sintéticos largamente controlem ou reduzam a poluição.
utilizados como óleos isolantes de 47. Protocolo de Kioto: documento negociado e
transformadores e capacitores elétricos até os firmado na cidade de Kioto, Japão, em 1997, pelo
anos 1980. As características tóxicas e a qual os países desenvolvidos se comprometem a
atribuição de propriedades concerígenas aos reduzir em 5,2 %, entre 2008 e 2012, suas
PCBs levaram à proibição de sua produção e emissões de gases contribuintes para o efeito
descarte no meio ambiente. estufa, referentes aos níveis de emissão de 1990.
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48. Protocolo de Montreal: documento firmado em 55. Reuso: abordagem para a destinação de produtos
1987 com o objetivo de estabelecer etapas para e embalagens descartados que visa utilizá-los
a redução e proibição da produção e uso de mais de uma vez, aumentando seu ciclo de vida
substâncias degradadoras da camada de ozônio. e reduzindo, conseqüentemente, o volume de
49. Reciclagem: abordagem para a destinação de resíduos a dispor. Garrafas retornáveis e
resíduos que visa o reaproveitamento de matérias- cartuchos de impressoras recarregados são
primas e substâncias que são reinseridas no ciclo exemplos de reuso.
produtivo, evitando-se seu descarte no meio 56. Risco ambiental: potencial de dano que um
ambiente. impacto pode causar sobre o meio ambiente.
50. Resíduo: tudo o que resta, sobra, não é desejado 57. Rótulo ambiental: identificação da qualidade
e deveria ser evitado. Pode ser um desperdício ambiental de um produto por meio de símbolos,
do processo produtivo, um produto ao fim de sua gráfico ou selo específico, vulgarmente designado
vida útil, uma matéria-prima para um reciclador. por “selo verde”.
51. Resíduo perigoso: resíduo que, por suas 58. Sistema de gestão ambiental: sistema interno que
características nocivas ao meio ambiente, requer regula as atividades de uma organização em tudo
cuidados e destinação especiais. que se refere ao meio ambiente, assegurando a
52. Resíduo de serviço de saúde: resíduo com aplicação de sua política ambiental e
características patogênicas gerado em possibilitando, por meio de auditoria específica,
estabelecimentos dedicados à saúde, como sua certificação ambiental.
hospitais, ambulatórios, clínicas, farmácias, etc. 59. Smog: mistura de fumaça e nevoeiro que pode
53. Resíduo sólido municipal: resíduo gerado no ocorrer em aglomerações urbanas e regiões
âmbito do município, incluindo os domiciliares, os industrializadas em decorrência da poluição do
de varrição, podas de árvores, etc. ar.
54. Resíduos especiais: resíduos com características 60. Tecnologia Limpa: tecnologia que torna mínimos
que requerem destinação controlada, ou inexistentes os impactos ambientais causados
especialmente aqueles que contêm substâncias pelas atividades, produtos e serviços de uma
perigosas. organização.
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