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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA SAÚDE


CURSO DE PSICOLOGIA

ANA LUIZA SAVI


LÉO PORTO
LUIZ VIEIRA DO NASCIMENTO JÚNIOR
PAULO EMANUEL CENACCHI PEREIRA
VALENTIN RAFFO GALLEGO

TRANSPORTE PÚBLICO E O LAZER DA


JUVENTUDE EM SÃO PAULO

SÃO PAULO

2014
ANA LUIZA SAVI
LÉO PORTO
LUIZ VIEIRA DO NASCIMENTO JÚNIOR
PAULO EMANUEL CENACCHI PEREIRA
VALENTIN RAFFO GALLEGO

TRANSPORTE PÚBLICO E O LAZER DA


JUVENTUDE EM SÃO PAULO

Trabalho realizado como exigência parcial da disciplina


Modelos de Investigação do curso de Psicologia da
Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde, da Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.

Orientador: Maria da Graça Marchina Gonçalves

SÃO PAULO

2014
TRANSPORTE PÚBLICO E O LAZER DA
JUVENTUDE EM SÃO PAULO
Ana Luiza Savi, Léo Porto, Luiz Vieira do Nascimento Júnior, Paulo Emanuel Cenacchi Pereira,
Valentin Raffo Gallego

Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde, Curso de Psicologia. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP). São Paulo, SP. Brasil.

RESUMO

As atividades de lazer consistem nas atividades que o indivíduo realiza quando não está
envolvido em qualquer obrigação, como trabalho ou estudos. O tempo gasto no
transporte público se mantém como intermediário entre as obrigações e tempo livre, e
nas grandes metrópoles o tempo disponível para a realização destas atividades se
encontra bastante reduzido para a maior parte da população, em parte em função do
transporte público, onde se gasta uma média de 1h48 (IBOPE, 2010) do dia nos
percursos de ida e volta em São Paulo. Reconhecida a importância do lazer para a
qualidade de vida e manutenção do equilíbrio do corpo, colaborando para a manutenção
da saúde, esta pesquisa procura estabelecer uma relação entre o tempo gasto no
transporte público e sua importância em relação ao lazer tanto no aspecto de poder ser
considerado ou não um espaço hábil para a prática de atividades de lazer, quanto em
uma tentativa de suprir a falta de lazer característica das grandes metrópoles.

RESUMEN

Las actividads del lacer


SUMÁRIO

Introdução........................................................................................... 1

Método ............................................................................................... ?

Resultados .......................................................................................... ?

Discussão ........................................................................................... ?

Referências Bibliográficas ................................................................ ?


INTRODUÇÃO
Em quase todas as pesquisas lidas para a formulação deste trabalho, os autores fizeram
uma relação entre lazer e transporte com a qualidade de vida. Segundo Amouzou
(2000):

O transporte exerce sobre a sociedade uma influência muito


maior do que aquela comumente percebida. A grande mudança da
urbanização que vem ocorrendo no mundo, mostra não somente que
maior número de pessoas vão morar e trabalhar em grandes cidades
mas também, que o cidadão vai precisar percorrer longas distâncias
para satisfazer suas necessidades econômicas, sociais e culturais no
espaço urbano. (p.3)

Teixeira Júnior (2010) expôs a importância das variadas práticas de lazer para a
qualidade de vida e os espaços físicos em que essas práticas acontecem:

O lazer é algo que está presente na vida das pessoas, mas nem
todos sabem a importância dessa atividade, que traz muitos benefícios
para nossa qualidade de vida, entre os seus benefícios podemos citar o
combate ao estresse, facilita a circulação do sangue promovendo
assim uma homeostase, ou seja, um equilíbrio no meio interno do
corpo, colaborando na manutenção da saúde. Às vezes por falta de
informações, as pessoas ignoram sua importância e isso não pode
acontecer, pois todos têm direito ao lazer. (p.2)

Já as pesquisas que justificam essa relação entre transporte ou lazer e qualidade


de vida parecem ser mais escassas, como se de alguma forma a relação fosse implícita
ou óbvia. Ainda menos trabalhos juntam os conceitos de transporte e lazer. Nosso
intuito neste trabalho é entender melhor não só como esses fatores são importantes no
bem-estar da população, mas também tentar uni-los: é possível exercer práticas de lazer
durante o transporte? A redução do tempo disponível para lazer pode ser de alguma
forma suprido dentro do transporte público?

Para isso é necessário primeiro definir os conceitos de transporte, lazer e


qualidade de vida.

A qualidade de vida é definida por Minayo (2000) como:


[...] a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos
que determinada sociedade considera em seu padrão de conforto e
bem-estar. (p.2)

Uma definição de transporte pode ser encontrada dentro da definição de


trânsito de Rozestraten (1988), onde o trânsito é um conjunto de deslocamentos de
pessoas e veículos que tem como objetivo transportar pessoas e bens de maneira que
não se sofra nenhum dano. Porém Oliveira (2010) explora as características ideológicas
do transporte.

[...] Vasconcelos (1985), adverte sobre a importância de se


incorporar às definições convencionais a dimensão ideológica
subjacente ao trânsito. Tal ideologia consiste na supervalorização do
automóvel particular, veículo tipicamente burguês, em detrimento da
primazia que se deveria conferir aos meios de transporte de massa -
como ônibus e metrô - acrescentando-lhes maior qualidade e
quantidade (p.4)

Já o conceito de lazer é talvez o mais complexo e polêmico dos três. Há muitas


divergências entre autores. Marcellino (1996), um dos maiores estudiosos brasileiros
sobre o tema, afirma:

A possibilidade de escolha das atividades e o caráter


“desinteressado” de sua prática são características básicas do lazer [...]
deixa clara a contradição entre obrigação e lazer [...] A realização de
qualquer atividade de lazer envolve a satisfação de aspirações de seus
praticantes. (p.14)

Ou seja, as práticas de lazer seriam aquelas que o indivíduo exerce por própria
vontade em momentos nos quais não precisa atender a qualquer tipo de obrigação
(trabalho, escola, faculdade, obrigações familiares ou religiosas, etc.); práticas exercidas
durante o tempo livre.

No entanto, na mesma publicação, Marcellino aponta algumas divergências


quanto à definição de tempo livre entre os estudiosos do tema. Isto porque,
considerando o ponto de vista histórico, tempo nenhum poderia ser considerado livre de
coações sociais e, consequentemente, obrigações.

Atualmente, nas grandes metrópoles, o tempo disponível, ou seja, aquele que


não é tomado por qualquer tipo de obrigação, tem sido bastante reduzido para uma boa
parcela da população. Isto se deve ao próprio funcionamento das cidades e suas
exigências quanto à sociedade no geral.

Devido ao planejamento imediatista da formação da cidade de São Paulo, vários


aspectos da qualidade de vida dos cidadãos acabam sendo prejudicados (Marcellino,
1996). Um dos fatores afetados por esse tipo de organização metropolitana é a distância
que boa parte da população deve percorrer para chegar ao local do trabalho e o tempo
necessário para isso (Pereira e Schwanen, 2013).

A idade média em que os jovens paulistanos ingressam no mercado de trabalho é


18 anos, em 2000, para os homens, e de 16 e 18 anos para as mulheres (Tomás, 2008)
tendo, em sua maioria, que utilizar transporte público para se deslocar até os centros
comerciais e industriais, gastando em média 1h 48 minutos (IBOPE, 2010) do seu dia
para isso (ida e volta).

O jovem, portanto, se vê muitas vezes inserido numa relação de trabalho que


limita sua criatividade (Gomes, 2012) e que consome, em média, 8 horas do seu dia
(Art. 7º inciso XIII da constituição federal de 1988, e art. 58 da CLT) somadas à média
de 2h42min minutos (IBOPE, 2010) para os deslocamentos diários. Assim, lhes resta
pouco tempo disponível para atividades de lazer, já que é obrigado a gastar a maioria do
seu dia para garantir sua subsistência. Subtraindo o tempo de transporte, trabalho e
sono, o período disponível para atividade de lazer se vê drasticamente diminuído.

Esse tipo de relação conflituosa entre trabalho, transporte e lazer é característica


das sociedades industrializadas. Em outros momentos históricos não havia dissociação
entre trabalho e lazer, como ilustra Aquino (2007):

Sabe-se que, nas sociedades pré-industriais, as atividades lúdicas, hoje


atribuídas ao lazer, estavam ligadas ao culto, à tradição, às festas e não
existia de fato o lazer em si, pois as atividades de trabalho envolviam
ludicidade e prazer criativo.
O trabalho e o lazer se intercalavam no cotidiano do indivíduo. O
trabalho e o tempo subjetivo eram difíceis de serem percebidos
separadamente, pois ambos possuíam intrínsecas relações. É curioso
perceber que, em sociedades onde a industrialização não foi
hegemônica, essa relação do caráter lúdico e criativo, que hoje se
associa ao lazer, está presente em atividades laborais, que não
compõem o modelo industrial de produção. (p. 7)

Assim chegamos a uma questão fundamental para analisar o lazer no transporte.


Adotando a definição de lazer de Marcellino, o transporte pode ser considerado um
lugar de possíveis práticas de lazer, sendo que os passageiros têm necessariamente que
percorrer o trajeto para chegar ao seu destino (trabalho, escola, etc.)?

Seguindo a análise de Gomes (ibid.): "A linha divisória entre vida no trabalho e
vida na esfera privada está desaparecendo, já que o mundo do trabalho coloniza
progressivamente a vida privada" (p.129) Ao considerar o lazer como uma esfera da
vida privada, concluímos que, caso o transporte não seja considerado uma possibilidade
para exercer práticas de lazer e seja encarado como um prolongamento da atividade
laboral, causará uma diminuição da qualidade de vida dentro e fora do ambiente de
trabalho (Carneiro, 2007).

Segundo pesquisa “O jovem e o futuro na cidade de São Paulo”(referências?) os


jovens paulistanos discordam que os meios de transporte da cidade supram a demanda
da população, porém são otimistas em relação ao futuro do transporte público na cidade,
mesmo ao se mostrar pessimistas em relação ao lazer, custo de vida, saúde entre outros.

A partir disso, buscamos obter dados sobre o que os jovens paulistanos fazem
para lidar com o transporte público e se eles consideram ou não o transporte como uma
possibilidade de lazer,

A psicologia do trânsito estuda o transporte público com duas abordagens


distintas, a psicologia experimental e a psicologia social. A psicologia experimental
estuda as relações sensoriais e cognitivas que são construídas no uso do transporte
público, como as informações sinalizadas por placas, o nível de conforto ergonômico
durante a viagem, planejamento de intervenções, etc. A psicologia social se interessa em
estudar as determinações sociais do comportamento, as ideologias presentes no
transporte e as relações sociais que são construídas neste (Oliveira, 2010).

Tentaremos usar nesse estudo uma síntese entre a abordagem da psicologia


experimental e da psicologia social ao analisar os dados que serão obtidos. Verificando
como as práticas de lazer se alteram nas diferentes relações sociais, juntamente com
uma tentativa de pensar em possíveis práticas e intervenções para a melhoria do bem-
estar nos trajetos percorridos.

Método
Para a realização desta pesquisa foram coletados dados referentes à utilização do
transporte público e à prática do lazer. Na pesquisa procurou-se investigar as condições
de utilização do transporte público como o tempo gasto, a lotação, a satisfação, as
condições de prática e realização do lazer e a possibilidade da ocorrência de uma
conciliação entre ambas as práticas.

Situação- Abordaram-se os sujeitos por conveniência, em locais com alto


trânsito de pessoas, próximos a pontos, estações e terminais de ônibus e metrô nas
regiões Socorro, Grajaú, Paraisópolis, Barra Funda e Jd. Paulista e também na PUC-SP
Campus Monte Alegre.

Sujeitos- A amostra foi composta exclusivamente por jovens de faixa etária


entre 18 e 26 anos, que declararam utilizar o transporte público com alguma frequência
na cidade de São Paulo, totalizando 53 sujeitos.

Material- Foram aplicados questionários compostos por 06 questões de múltipla


escolha e 05 questões abertas (anexo 1). Em um momento prévio à aplicação foi
realizado um pré-teste para averiguar a qualidade das respostas que os questionários
proporcionavam. Após a aplicação final foi computado um total de questionários
válidos de 52.

Procedimento- Quanto ao método utilizado para a aplicação destes


questionários, os sujeitos de pesquisa tiveram a opção de responder por si próprios
preenchendo o questionário, ou respondendo verbalmente às questões de forma que
estas fossem transcritas pelo pesquisador responsável pela a aplicação.

Para a realização da análise dos dados obtidos nas questões abertas foram
criadas classes de respostas, divididas com base nos conteúdos que apresentavam temas
em comum. Na questão de número 7 (relacionada a quais atividades de lazer são
praticadas durante o tempo livre) foram criadas as seguintes categorias: práticas de lazer
que poderiam ser realizadas durante o tempo gasto no transporte público, práticas de
lazer que seriam possíveis mas que tem sua prática reduzida ou dificultada durante o uso
do transporte público e práticas de lazer que não poderiam ser realizadas no transporte
público.

Na questão 11(relacionada às sugestões dos sujeitos de medidas que poderiam


facilitar a prática do lazer no transporte público) foram elaboradas quatro categorias:
medidas facilitadoras de leitura e música, promoção de mídias interativas, mudanças
relacionadas à infraestrutura do transporte público como um todo e medidas para
aumento de conforto dos passageiros. É importante diferenciar as medidas relacionadas
à infraestrutura e as medidas relacionadas ao conforto dos passageiros. As medidas
relacionadas ao conforto dos passageiros consistem em medidas internas como bancos
maiores e mais acolchoados, ar condicionado etc. Já as medidas relacionadas à
infraestrutura consistem em medidas estruturais do transporte público como a
pavimentação decente das ruas, aumento da frota, expansão de linhas de ônibus e metro
etc.

A análise foi realizada através de um cruzamento de dados visando verificar a


ocorrência de correlação entre as variáveis das respostas.

Resultados

Para fazer a análise dos questionários, tabulamos todos os dados e fizemos


tabelas relacionando diferentes perguntas. Apesar de termos 52 questionários válidos
disponíveis, alguns sujeitos não responderam todas as questões ou as preencheram
incorretamente, tendo em conta as instruções dadas no questionário.
A maioria dos sujeitos utiliza o transporte público de 4 a 7 dias por semana. 66% dos
sujeitos pesquisados apenas estudam, enquanto 20,7% estudam e trabalham e 9,4%
apenas trabalham. 4% responderam que exercem outras atividades ou não exercem
nenhuma.

Quanto à satisfação dos sujeitos com o transporte público, 53% dos sujeitos
responderam estar insatisfeitos com o sistema de transporte público, seguidos pelos
muito insatisfeitos (26,9%) e pelos satisfeitos (13,4%).

41,51% dos sujeitos alegaram que os veículos que usam para deslocar-se se encontram
lotados durante seu trajeto. Dentre esses sujeitos, 68,2% estão insatisfeitos com
transporte público. 26,4% responderam que se encontram poucos lotados e 16,9%
responderam que se encontram muito lotados. 77,8% dos sujeitos que responderam que
fazem os trajetos com veículos muito lotados estão muito insatisfeitos.

64,29% das pessoas que estão muito insatisfeitas moram em distritos com IDH Médio.
83,33% das pessoas que moram em distritos com IDH elevado estão insatisfeitas.

Nenhum sujeito respondeu estar muito satisfeito com o sistema de transporte público.

Dentre os que estão muito insatisfeitos com o transporte público, nenhum sujeito utiliza
o transporte menos de 4 dias por semana. Na categoria insatisfeito a maioria também se
encontra entre aqueles que utilizam o transporte 4 dias ou mais por semana.

Entre os que estão satisfeitos, 2 sujeitos não utilizam o transporte público, 1 sujeito
utiliza apenas um dia e outro utiliza 2 dias por semana. Outros três sujeitos nessa
categoria utilizam o transporte de 5 a 7 dias por semana.

Ao responderem sobre o tempo total gasto em todos os trajetos que percorrem no


transporte público por dia, 32,7% responderam que gastam 2h 30min ou mais, 19,2%
responderam gastar de 1h a 1h30min ou 1h30min a 2h, 17,2% gastam de 2h a 2h 30min
e 11,5% gastam 30min ou menos. (tabela 1)

Os sujeitos que responderam estar insatisfeitos com o transporte público se distribuem


uniformemente com relação ao tempo gasto no transporte por dia, já os muito
insatisfeito responderam com maior frequência que gastam 1h30min ou mais. Dentre os
que estão satisfeitos com o transporte público, a maioria (57,1%) respondeu que gasta
30 minutos ou menos por dia.
Pessoas que são indiferentes representam a menor parcela da amostra (5,7%) e estão
distribuídas uniformemente com relação ao tempo gasto.

Todos os sujeitos que se declararam muito insatisfeitos responderam que sentem que o
tempo passado no transporte é perdido, assim como 84,5% dos sujeitos insatisfeitos.
Todos os sujeitos indiferentes afirmaram que o tempo gasto no transporte é bem
aproveitado, igual a 71,3% dos que se declararam satisfeitos. Percebe-se, portanto, uma
forte diferença entre as respostas daqueles que estão muito insatisfeitos ou insatisfeitos
e daqueles que são indiferentes ou satisfeitos.

Entre as pessoas que gastam 30 minutos ou menos por dia, 83,3% consideram o tempo
gasto no transporte bem aproveitado. 77,7% dos que gastam 1 hora e dos que gastam 2
horas consideram um tempo perdido. 88,8% dos que gastam 1 hora e meia consideram
um tempo perdido. Entre aquele que gastam 2 horas ou mais, 93,3% consideram que o
tempo que passam no transporte é um tempo perdido.

Quanto à disponibilidade e as formas de lazer usadas, obtivemos os dados a seguir.

Uma das questões perguntava aos sujeitos como se sentiam em relação ao tempo livre
de que dispunham para lazer. 60,4% disseram sentir ter pouco tempo livre, 24,5% ter
tempo livre suficiente, e 13,2% afirmaram não ter tempo livre.

Entre os sujeitos que apenas trabalham, 60% responderam ter pouco tempo livre para
atividades de lazer e 40% responderam ter tempo livre o suficiente.

Já nos que estudam e trabalham, 72,7% tem pouco tempo livre e 27,3% alegam não ter
tempo livre. Nenhum sujeito desta categoria respondeu ter tempo livre o suficiente.

Dos sujeitos que estudam, 57,1% responderam ter pouco tempo livre, 11,4% não tem
tempo livre nenhum e 31,4% tem tempo livre suficiente.

Os sujeitos que gastam menos de 30 minutos no transportem dividem-se igualmente


(50%) com relação ao tempo livre que dispõem para atividades de lazer. Metade desses
sujeitos possui tempo livre o suficiente, a outra metade possui pouco tempo livre.

Entre os que gastam 2 horas e meia ou mais, 70,6% alegaram ter pouco tempo livre.
(TABELA 2)
Questionamos os sujeitos sobre as atividades de lazer que praticam em seu tempo livre
em uma pergunta aberta. Poderiam ser listadas quantas opções o sujeito desejasse.

79,3% dos sujeitos citaram atividades de lazer inviáveis de serem praticadas durante o
transporte (esportes, comer em restaurantes, etc.), sendo que 37,4% listaram
exclusivamente itens nesta categoria. 71,4% listaram atividades que podem ser
realizadas totalmente (escutar música, ler, etc.) ou parcialmente (filmes, séries, etc.)
dentro do transporte.

Foram realizadas algumas questões que visavam obter dados sobre o uso de lazer
especificamente no transporte.

88% dos sujeitos disseram usar (raramente, frequentemente ou sempre) meios de lazer
no transporte. 45,4% deles afirmou fazer uso desses meios frequentemente, enquanto o
resto se dividiu igualmente entre raramente e sempre.

A categoria dos sujeitos que não dispõe de tempo livre para lazer foi a única na qual
todos os participantes disseram praticar atividades de lazer no transporte (raramente,
frequentemente ou sempre), apesar de ter a menor amostra (7 sujeitos). A porcentagem
é de 9,7% para sujeitos que sentem que têm pouco tempo livre e aumenta para 25% nos
sujeitos que sentem que têm tempo livre suficiente. Também é interessante notar que, de
uma amostra de 12, apenas 1 dos sujeitos do grupo (8,3%) que tem tempo livre
suficiente disse praticar lazer no transporte sempre, enquanto que 2 sujeitos do grupo
que não tem tempo de livre (28,6%) assinalaram a mesma alternativa, mesmo tendo
uma amostra bem menor.

Aqueles que praticam lazer no transporte raramente e frequentemente se dividiram


quase igualmente ao responder se o fazem por prazer ou apenas para evitar o tédio.
Porém, 61,5% daqueles que sempre praticam lazer no transporte disseram fazê-lo por
prazer.

53,3% dos sujeitos que listaram apenas atividades de lazer inviáveis para o espaço do
transporte público e que também praticam atividades de lazer no transporte afirmaram
que fazem uso de lazer no transporte porque sentem prazer em fazê-lo.

Entre os sujeitos que moram em distritos com IDH médio, 63,6% praticam raramente
alguma atividade de lazer no transporte enquanto apenas 9% pratica com grande
frequência. Entre os sujeitos que moram em distritos com IDH muito elevado, 37%
praticam alguma atividade no transporte com frequência e 18% pratica raramente.

A maioria dos sujeitos (58,5%) acredita que seu tempo livre pode ser suprido ou
aumentado ao aproveitar o tempo tomado pelo transporte. A diferença entre os que
sentem que têm pouco ou nenhum tempo livre e aqueles que sentem que têm tempo
livre suficiente não foi significativa.

A última pergunta perguntava aos sujeitos se tinham sugestões para facilitar ou


melhorar o uso de lazer no transporte público. 20 sujeitos não responderam ou
afirmaram não ter qualquer tipo de sugestão.

Sugestões que apareceram com maior frequência (38%) foram aquelas relacionadas à
categoria conforto. Em segundo lugar apareceram as sugestões de infraestrutura e de
promoção de mídias interativas, cada uma com 29%.

Tabela 1. Relação entre o nível de satisfação e o tempo gasto no transporte por dia.

TABELA 1 Muito Insatisfeito Indiferente Satisfeito Muito TOTAL


Insatisfeito Satisfeito
0-30 min 0% 1,9% 1,9% 7,7% 0% 11,5%
1h00 – 1h 30 min 3,8% 13,5% 1,9% 0% 0% 19,2%
1h30 – 2h00 7,7% 11,5% 0% 0% 0% 19,2%
2h00 – 2h 30 min 1,9% 11,5% 1,9% 1,9% 0% 17,2%
2h30+ 13,5% 15,4% 0% 3,8% 0% 32,7%
TOTAL 26,9% 53,8% 5,7% 13,4% 0% 99,8%
Tabela 2. Relação entre o tempo disponível para lazer e o tempo gasto no transporte por
dia.

TABELA 2 Não tem tempo Tem Tem tempo livre Total


livre pouco suficiente
tempo
livre
0-30 min 0% 5,77% 5,77% 11,54%
1h00 – 1h 30 min 1,92% 9,62% 7,69% 19,23%
1h30 – 2h00 1,92% 11,54% 5,77% 19,23%
2h00 - 2h 30min 3,85% 11,54% 1,92% 17,31%
2h30+ 5,77% 23,08% 3,85% 32,69%
TOTAL 13,46% 61, 54% 25% 100%

Tabela 3. Relação entre o número de dias em que faz uso de transporte público e o nível
de satisfação.

0 1 2 3 4 5 6 7 Total

Muito 0% 0% 0% 0% 1,9% 13,5% 7,7% 3,8% 26,9%


Insatisfeito
Insatisfeito 0% 3,8% 0% 3,8% 9,6% 11,5% 19,2% 5,8% 53,8%
Indiferente 0% 0% 0% 0% 3,8% 0% 1,9% 0% 5,8%
Satisfeito 3,8% 1,9% 1,9% 0% 0% 1,9% 1,9% 1,9% 13,5%
Muito 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
Satisfeito
Total 3,8% 5,8% 1,9% 3,8% 15,4% 26,9% 30,8% 11,5% 100%
Gráfico 1. Porcentagem de dias das semanas em que se faz uso de transporte público.

DIAS P/ SEMANA
0 1 2 3 4 5 6 7

4%
11% 6%
2%
4%

15%

31%

27%

Gráfico 2. Porcentagem de pessoas que consideram perdido ou bem aproveitado o


tempo que gastam no transporte.

O TEMPO GASTO NO TRANSPORTE É:


Bem aproveitado Perdido

22%

78%
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