Aleatha Romig
#2.5 Behind his Eyes - Truth
Série Consequences
~2~
SINOPSE
A Verdade é Relativa.
Segredos Expostos.
Behind His Eyes - Turh, para mais detalhes sobre o homem que:
~3~
Nada é tão doloroso para a mente humana como uma grande e
súbita mudança.
Prólogo
E isso começa novamente - Março de 2013
(Truth - nos bastidores)
Quando o carro diminuiu a velocidade, Tony levantou os olhos do
tablet. Ele estava tão perdido no documento que não tinha percebido
que eles estavam quase em casa. Suspirando, ele viu sua casa vir à
tona. A casa de um homem é supostamente seu castelo. Por que, então,
ele teme voltar para casa todas as noites? Era o mesmo de sempre, e
este evento poderia ser o mesmo que o anterior. Eric iria abrir a porta
do carro, sua equipe estaria pronta para recebê-lo. O jantar estaria
quente e pronto sempre que desejasse. Se queria uma bebida, também
estaria preparada. Anthony Rawlings tinha todos os confortos que o
dinheiro podia comprar, e ele não conseguia se lembrar de ser mais
miserável.
Sua razão era menos voltada para negócios. Uma noite ela foi
para seu escritório e disse lhe sem hesitação que ele precisava parar de
~4~
gastar tanto tempo sozinho. Tony concordou. Ele estava pronto para
alguma companhia.
Ele reconheceu as suas palavras com seu sorriso infame, mas não
tinha ideia de por que ela comentou sobre seu traje. Aparentemente, ela
notou sua confusão, porque ela riu e disse:
~5~
Depois de semanas e meses de conscientemente não pensar sobre
sua ex-mulher, uma barreira invisível se rompeu. Lembranças
inundaram sua mente na presença de centenas de doadores, onde um
prato custava US$10.000. Ele levou o resto da noite, apertando mãos,
conversando um pouco, mas seus pensamentos estava há três anos no
passado, em um restaurante italiano em Atlanta, Geórgia.
Quando Tony entrou pela porta de sua casa, Cindy estava pronta.
~6~
Depois de mais um copo, Tony proclamou ter fechado a porta de
suas memórias. Ele tinha feito isso antes e faria novamente. Recostado
na cadeira de couro, tirou o paletó e extraiu seu telefone. A luz piscando
o alertou, lembrando-lhe que sempre haviam pessoas tentando alcançá-
lo em uma chamadas, mensagens de texto ou e-mails. Uma pincelada
rápida na tela lhe disse que, além da infinidade de e-mails, ele tinha
duas chamadas perdidas com mensagens de voz. O primeiro número de
telefone foi do gabinete do governador. Tony não sabia por que Preston,
o novo governador, chamaria, a menos que estivesse à procura de um
favor. Tony tinha cumprido mais do que alguns desses, especialmente
para Marcus Evergreen, promotor da cidade de Iowa. Por mais que
irritasse Tony ser chamado pelo homem, o promotor tinha feito a sua
parte para ajudá-lo a se livrar do mundo de acusações da Sra. Nichols.
Troca de favores. As chamadas não atendidas irritou Tony, lembrando-
lhe que algumas dívidas nunca podem verdadeiramente ser
reembolsadas, no entanto, se manter o novo governador feliz o
beneficiaria um dia, ele iria suportar a imposição.
Depois que ele comeu, desligou sua linha privada e disse a seus
funcionários que, a menos que a casa estivesse em chamas, ele não
queria ser interrompido. Minutos transformaram-se em horas, e o céu
de março de Iowa escurecia, enquanto Tony continuava a trabalhar, ler
e fazer anotações. As memórias que o atormentaram mais cedo se
encontraram bloqueadas com êxito atrás de uma parede de números e
relatórios. Foi só quase meia-noite que notou que seu telefone estava
com o toque mudo, ele tinha esquecido os correios de voz e textos.
Iluminando a tela, viu que os alertas de antes haviam se multiplicado.
Digitalizando a lista de números, Brent Simmons foi à chamada mais
~7~
recentemente pedida. Ele também tinha enviado o último texto
recebido.
— O que diabos você quer dizer com... — Ela está fora da prisão?
Será que ela escapou? Que tipo de facilidade é operada nesse estado?
~8~
— Humm...
Tony viu quando sua mão apertou o pequeno telefone. Ele não
podia conter a fúria em sua voz.
— Sinto muito. É por isso que queria falar com você antes da
história chegar à mídia amanhã. Fui informado de que há uma notícia
relâmpago, e a primeira coisa que vai sair na parte da manhã é sobre
como o nome dela escapou do comunicado anterior. Eles estão
insinuando que encobrimos. Você pode entender. Como sou o novo
governador...
~9~
— Sr. Rawlings, um perdão é diferente de uma liberdade
condicional. Com o perdão, todo o crime é apagado, expurgado.
Oficialmente nunca aconteceu, a prisão, a sentença, nada disso. Nós
não sabemos para onde a Senhora Nichols foi. Ela não precisa fazer a
verificação ou prestar contas a ninguém.
~ 10 ~
— Claire! Bosley a perdoou há duas semanas! — os joelhos de
Tony cederam quando seu corpo cansado desabou no sofá. Ele pensava
nela. Ele havia recebido atualizações sobre ela, mas até aquele
momento, não tinha dito o primeiro nome dela, não desde que soube de
suas alegações.
Brent gaguejou. — T... Tony, eu não sei o que dizer? Quero dizer,
eu li os nomes das pessoas que Bosley perdoou. Essa lista não continha
o nome da Sra. Nichols.
Não, ele não o fez. Ele não tinha feito nada. — Liguei para você
em primeiro lugar. Quanto tempo vai demorar para contratar um
investigador particular de sua lista e localizá-la?
~ 11 ~
— Tem que haver algum recurso legal, certo? Quero dizer, você
pode lutar contra isso juridicamente?
— Indiana?
— Por que não comigo? Você pode falar comigo. Sou a única
pessoa que você pode falar sobre ela, e, além disso, gostaria de saber
mais.
~ 12 ~
Os escurecimento dos olhos de Tony queimaram em sua direção.
— Não esta noite, Catherine. Nem sequer sei uma porra para
dizer, — ele se levantou e caminhou até sua mesa. Voltando-se ao
redor, seu tom recuperou a sua intensidade antes. — Claire se foi... Mas
já que você ofereceu uma possível localização, você provavelmente já
sabia disso. Quando foi que você descobriu?
— Perdoada?
~ 13 ~
o olhava fixamente, e Tony contemplava sua resposta. Será que Claire
quer ser encontrada? Obviamente que não, ou ele saberia sua
localização. O que ele vai fazer depois que a encontrar? Tony não sabia
a resposta para isso, também. Fechando os olhos, lutou contra o
bombardeio de emoções. Havia muitas, chegando muito rápido e muito
conflitante. Raiva, incerteza, preocupação, ira, mágoa a lista poderia
continuar e continuar. Tony não conseguia identificar o que estava
sentindo, muito menos discutir o assunto.
Ele fechou os olhos. Ele e Claire poderiam estar bem juntos. Tony
sabia que, eles tinham sido. Quando abriu os olhos, Catherine tinha ido
embora.
~ 14 ~
Se você está à procura de respostas, é melhor você escolher a
questão com cuidado.
- Javier Bardem
Capítulo Um
Respostas - Março de 2013
(Truth – Capítulo 03)
Mesmo antes do nascer do sol, os escritórios das Indústrias
Rawlings zumbiam com a aglomeração de pessoas em atividade. Tony
acenou para sua assistente e fez um gesto em direção ao seu escritório
quando passou por sua mesa. Momentos depois ouviu quando Patrícia
o atualizou sobre o seu progresso.
Tony leu:
~ 15 ~
— Você tem notícia? — perguntou Tony.
— Cabe a você, mas você pode querer ficar sem comentar. Quer
dizer, quanto mais você disser, mais eles vão inferir.
~ 16 ~
Tony balançou a cabeça. Embora estivesse cansado demais para
parecer hostil, a determinação tocou alto em todo seu tom.
— O tempo é a única coisa que ele não pode ter. Belo dinheiro.
Bons recursos. Sem tempo, — ele colocou a caneca para baixo e se
inclinou para frente. — Que tipo de informação você deu a ele?
~ 17 ~
— A companhia aérea se recusou a divulgar informações sobre o
cliente. Roach está trabalhando em outra alameda. Ele também
encontrou um número ligado a um daqueles telefones descartáveis, não
rastreáveis que ligou para o celular de Emily todos os dias desde a
liberação de Nichols. Em alguns dias eles ligaram várias vezes.
— Califórnia.
Tony não foi capaz de conter sua emoção, o som ecoou na sala
quando seu punho atingiu duro a mesa brilhante. O café espirrou
quando os copos saltaram.
— Hoje! Disse que queria falar com ela hoje! Pessoalmente, foi
isso que eu quis dizer. Ligue de volta. Fale com Quill ou Qu... Com a
maldita assistente dela, e descubra detalhes da agenda da advogada
Allyson. Se ela vai ao tribunal hoje, o nome do juiz presidente. É,
obviamente, em Iowa, assim que começar o julgamento ou audiência
remarcada. A Sra. Allyson vai falar comigo, mais cedo ou mais tarde. Já
~ 18 ~
estou há duas semanas atrasado sobre esta catástrofe. E com certeza
não vou esperar mais uma semana.
~ 19 ~
estava oscilando à beira da sanidade, tentou se concentrar em seu
trabalho e os documentos diante dele. Em vez de palavras, imagens
encheu sua mente. Não eram imagens da vida real, e não era memórias,
mas um sonho, talvez um pesadelo.
Antes da porta se abrir, Tony lembrou que esta prisão era obra de
Claire. Ela aceitou esta consequência, não ele. Talvez ela não o tivesse
envenenado, mas ela o deixou, a sua casa, e seu casamento. Se ela
fosse uma concha quebrada, ela não tinha ninguém para culpar além
de si mesma!
~ 20 ~
O peito de Tony doía enquanto o vazio crescia, mas ele ficou
firme. — Não estou procurando ninguém.
— Não vim por ela. Não sei por que estou aqui, — na frente do
envelope, com a letra de Claire, ele leu: Para Anthony Rawlings.
Tony acordou com o som de sua própria voz. Com seu corpo
encharcado de suor, ele jogou as cobertas.
~ 21 ~
interior, a sua academia. Se ele estava indo para suar como um porco
maldito em sua própria cama, ele poderia muito bem começar com um
treino no processo. Tony não podia falar com Catherine sobre seu
sonho, e com certeza não podia falar com ninguém. Durante a execução
de quilometro após quilometro em sua esteira, tentou decifrar o seu
significado. Ele não tinha falhado com seu avô. Toda a vida de Tony
provou que ele tinha conseguido. Anthony Rawlings era mais rico e
mais influente do que Nathaniel Rawls já tinha sido. As Indústrias
Rawlings era legítima em todas as suas relações. Ele nunca iria
enfrentar o escrutínio público que a Corporação Rawls tinha sofrido. Ele
ouviu o conselho de Nathaniel e manteve as aparências, e se manteve
fiel à sua palavra. Como ele poderia ter falhado?
~ 22 ~
Um motorista esperava no aeroporto privado de Des Moines para
levar Tony e Brent para o escritório da Sra. Allyson no centro da cidade.
Uma vez que estavam dentro do carro, Tony perguntou:
— Quero saber por que diabos ele assinou o perdão. Apoiei a sua
campanha. Ele estava no meu casamento! — cada declaração tornou-se
mais enfática. Com o último comentário, ele percebeu, era o casamento
dela também. — Quero saber todos os nomes associados a esta
injustiça.
~ 23 ~
Brent falou primeiro. — Apenas que, recentemente chamou a
atenção do meu cliente que, em 08 de março você entrou com uma
petição com o então governador Bosley, pedindo um perdão para Claire
Nichols.
— Meu cliente gostaria de saber por que isso foi arquivado, por
que motivos, e quem se aproximou de você para fazer este pedido.
~ 24 ~
— Ela tinha um bilhete para San Francisco, — disse Brent. —
Mas antes de embarcar no avião, sua reserva foi cancelada. Você sabe
para onde ela foi em vez disso?
Como ela ousa? Tony não tinha voado para Des Moines para ser
indeferido levianamente. Ele se levantou para encará-la.
~ 25 ~
souber da sua localização, gostaria de ser informado. — Tony assumiu
uma maneira bem arraigada e estendeu sua mão.
~ 26 ~
limpar tudo, libertar-se e seguir em frente. Ela ainda insistiu em
redecorar a suíte de Claire. Ele queria seguir em frente, mas não
conseguiu se livrar deste item. Anthony Rawlings podia ser um monte
de coisas; no entanto, não era um homem que iria doar as posses mais
sentimentais de sua ex-mulher em um leilão de angariação de fundos.
Folheando os relatórios de investigação particular, fotos e documentos,
Tony sorriu quando encontrou a caixa de veludo preta. Olhando para
dentro, gentilmente tocou a corrente de ouro branco delicada e pérolas
de cor creme. O colar tinha pertencido à avó de Claire. Fechando os
olhos, ele se lembrou da noite em que ele deu de volta para ela, na noite
da sinfonia. Olhando para as inúmeras fotos de seus anos de vigilância,
Tony se perguntou se ele e Claire tinham um círculo completo.
Seria assim de novo? Será que a sua única conexão seria através
desta nova investigação? Será que ele só veria Claire em duas
dimensões?
Não fazia sentido. Para o mundo ela era a mulher que tentou
matá-lo. Para Tony ela era mais do que isso. As últimas 20 horas
tinham provado isso. Ela era sua droga. Claire Nichols correu através
de seu sistema como o êxtase, mandando-o em altas, de outra forma
inalcançável. Ele raciocinou os pontos baixos seguido dos altos, e que
ela lhe dera aqueles, também; tinham-lhes dado um ao outro. No
entanto, sem o estimulante certo, a euforia não poderia mais ser
alcançada. Se for exaltação ou miséria não seria obtida sem a potência
~ 27 ~
emocionante de Claire. Ele não queria um envelope vazio. Ele a queria.
Nathaniel estava errado: Claire não tinha ido embora; ela só estava
deslocada. As últimas 24 horas, todo o seu interior tinha explodido com
antecipação. Claire não podia compreendê-lo. Inferno! Tony entendia
isso, mas não podia negar. Agora que ela se foi, precisava dela de volta
em sua vida, e ele a teria. Tony balançou a cabeça. Ele estava agindo
como um adolescente deprimido. Ele endireitou os ombros e expirou. O
número de telefone de Roach já estava programado no seu telefone, e,
claro, o seu número foi bloqueado. O relógio marcava 09h47.
Sinceramente Tony não sabia ao certo onde ele estava chamando.
— Olá?
— Olá.
Ele sorriu para a mudança em seu tom. Sem dúvida, o seu apelo
a pegou de surpresa.
~ 28 ~
— Muito bom, — elogiou Tony. — Pensei que talvez fosse preciso
rever gentilezas comuns.
Ele não sabia ao certo quando ela cortou o telefone. Tony sabia
que a linha ficou muda. Em uma vida anterior, em um horário
diferente, ele estaria irado com Claire ou qualquer um que tivesse tido a
audácia de desligar na cara dele. Os tempos mudam; A ação de Claire
foi um desafio, que ele alegremente tinha aceitado.
Mais uma vez, Tony discou o número. Desta vez foi para o correio
de voz. Não, seu espírito não estava quebrado. De qualquer maneira, ela
era mais forte do que antes. Ele enviou um texto.
Oh, ele fez! Tony não sabia quando, mas tinha certeza de que em
breve estaria vendo o fogo em seus lindos olhos e não em uma imagem.
Ele iria testemunhar em primeira mão.
~ 29 ~
o número de Phillip Roach e chamou. O investigador atendeu no
primeiro toque.
— Sr. Rawlings?
~ 30 ~
Primeiro passo: Admitindo que não se possa controlar o vício ou
compulsão.
- Programa Doze Passos, Alcoólicos Anônimos.
Capítulo dois
Amor versus Ódio - abril de 2013.
(Truth - Capitulo 10)
— Sr. Rawlings enviei o e-mail. Posso reenviar, — disse Cameron
Andrews, investigador particular.
~ 31 ~
— Fique de olho nela, — a mente de Tony rodou. Havia mais
opções; ele só precisava se concentrar. — Consiga uma lista de nomes.
Quero saber todos os curadores de arte na área de Santa Clara. Talvez
possamos ligá-la a esse mundo da arte local.
— Sim?
~ 32 ~
seu trabalho. Em mais de uma ocasião, quando a queimadura doce de
Blue Label não podia parar o poço sem fundo de suas memórias, ele
ficava olhando para o retrato de casamento de Claire e recordando cena
após cena, algumas boas, outras não. Em seguida, ele se lembrava de
seu fracasso. Tony tinha experimentado a perda mais significativa, a
sua família. Ele tinha visto seus pais, coberto de seu próprio sangue; No
entanto, as imagens do vídeo de Claire afastando-se o rasgou como
nada que já tivesse conhecido. Seus pais não o deixaram
intencionalmente. Os relatórios de assassinato/suicídio eram falsos.
Seu avô não morreu voluntariamente em um buraco de uma prisão com
instalações médicas ineptas. Não, a culpa caiu sobre Jonathan Burke e
Sherman Nichols. Claire deliberadamente aproveitou a primeira
oportunidade que encontrou para deixá-lo. Ela falhou em seu teste
final. Durante o ano passado, nas raras ocasiões em que Tony permitiu
fluir as memórias e pensamentos, ele travou uma guerra interna de
amor contra ódio. Ao mesmo tempo, ele pensou que ele a amava. Que
diabos era amor? Não era algo que ele nunca tenha testemunhado na
vida real, exceto, talvez, de vez em quando entre Marie e Nathaniel. Ele
lembrou momentos, quando eles não sabiam que ele estava presente,
quando Tony viu um lado pouco conhecido de seu avô. Normalmente, o
homem estava em total controle de tudo e todos, exceto durante aqueles
momentos. Será que Tony nunca daria o controle para Claire? Ele
nunca tinha dado a ninguém. Com Claire, ele precisava de controle. Ele
ansiava por ela, e ela floresceu sob ele. Obviamente, quando dada uma
escolha, ela falhou. Claire precisava de sua orientação. Enquanto estava
na prisão, Tony sabia que ela estava segura, segura e incapaz de tomar
decisões erradas.
~ 33 ~
soube que Claire tinha vendido suas joias, e mais especificamente, seus
anéis de casamento. A sentença do e-mail de Roach parecia tão
benigna, mas no momento em que as palavras foram registradas, Tony
estava cheio de fúria sem precedentes. Felizmente, o e-mail veio
enquanto estava na privacidade da sua casa:
~ 34 ~
Tony olhou através de sua caixa de entrada e encontrou-mails de
Cameron Andrew. Clicou e releu as últimas semanas de relatórios. Se
ele não tivesse estado tão preocupado com a libertação de sua ex-
mulher e sua nova vida, teria tomado conhecimento sobre a mudança
de Sophia. Ele teria se importado? Talvez esta mudança iria simplificar
sua vida. Tony riu quando puxou um mapa de Silicon Valley. Talvez ele
devesse disparar um de seus investigadores particulares. As setas
vermelhas disseram tudo: Sophia e Claire estavam a vivendo meros
quilômetros de distância. Tony respirou, minimizado sua tela. Ele
estava indo para a Califórnia. Depois de mais de oito anos de
observação de Claire de longe, ele não ia fazer isso de novo por mais
tempo. Ele clicou no e-mail mais recente de Roach e expirou no
desprazer de ver a vida de Claire desdobrar-se em imagens. Com um
novo copo de Bourbon, olhou para a tela. Antes de ver Claire e Harrison
Baldwin jantando em algum restaurante. O cabelo na parte de trás do
seu pescoço eriçou enquanto observava o seu nível de conforto. Roach
tinha muitos atributos: um estava na capacidade de tirar fotos em
rápida sucessão. Ao ativar o programa de apresentação de slides,
poderia assistir como se fosse um filme, como um vídeo real a partir de
sua vigilância, ele também poderia fazer uma pausa e olhar para cada
quadro. Semanas atrás, Roach tinha enviado informações básicas sobre
Amber McCoy e Harrison Baldwin. Era bastante simples: eles eram
meio irmãos e ambos estavam na folha de pagamento da Sijo, e ambos
moravam no mesmo condomínio em Palo Alto. O que sua pesquisa não
respondeu foi ... Por quê? Por que Claire voltou para Amber McCoy,
noiva de Simon Johnson, para pedir ajuda? Como elas se tornaram
amigas? Tony conheceu Amber no funeral de Simon Johnson, ao
mesmo tempo em que Claire conheceu. Não fazia sentido.
Tony não queria discutir sobre Claire com Catherine. Claire era
dele. E ele não queria dividir; No entanto, concordou, sabendo que era
ele quem tinha trazido Claire para a vida de Catherine.
~ 35 ~
Tony minimizou a tela e se virou para olhá-la. — Eu poderia usar
menos insinuações.
— Então, você acredita que ela está vivendo com a noiva de Simon
Johnson?
— Talvez eles sejam todos uma família grande e feliz vivendo sob
o mesmo teto.
— Deveríamos?
~ 36 ~
— Tenho trabalho na Califórnia na próxima semana.
— Iria agora, após ver estas últimas imagens, mas Claire está
indo para o Texas amanhã.
— Isso foi o que disse Roach, mas é claro, ele vai estar lá também.
Então, vamos descobrir exatamente o que ela está fazendo.
— Eu sei. Sei que eu não posso fazer isso de novo. Ela precisa
perceber isso por conta própria, e eu não sei ...
~ 37 ~
— Ela conhece você, — a voz de Catherine se suavizou. — Talvez
melhor do que você conheça a si mesmo. Você precisa ajudá-la a
entender o que ela sabe.
— Ela vai querer. Ela quer saber mais sobre você e por que as
coisas aconteceram da maneira que aconteceram.
— Sei que você não me vê como uma, mas Anton, eu sou uma
mulher.
— Sei que você é uma mulher. O que isso tem a ver ...
— Sei o que é ser uma estranha nesta casa. Ela morou aqui por
quase dois anos, e ainda não sabia os segredos de família. Ela nunca
soube o porque.
— Ela vai nos odiar para sempre, se ela souber. Eu não posso...
— Marie...
— Eu sei.
— Ela é minha.
~ 38 ~
enviou flores para deixá-la saber que ele sabia o endereço dela. Agora,
ele enviaria isto. Tony iria chegar até ela de um jeito ou de outro.
~ 39 ~
A melhor coisa que você pode fazer é a coisa certa; a próxima
melhor coisa que você pode fazer é a coisa errada; a pior coisa que você
pode fazer é nada.
- Theodore Roosevelt
Capítulo três
Boa noite, Claire - Abril de 2013
(Truth - Capítulo 15 e 16)
Encontrar uma desculpa plausível para visitar a Costa Oeste não
foi difícil. As Indústrias Rawlings tinha filiais em todo o mundo. Tony
estava ciente dessas empresas, as seguiu, e estava em contato com elas
regularmente, principalmente a partir de uma distância. Sem dúvida,
alguns dos diretores sentados ao redor da mesa de conferência em San
Francisco estavam menos do que confortável com o interesse pessoal
repentino do CEO da empresa matriz. Não importava. Anthony Rawlings
poderia conduzir a conferência pela web da sede Rawlings, sua
propriedade, ou de uma sala de conferências na Califórnia. Ele podia
fazer o que muito bem queria.
Ele deixou isso bem claro para Shelly, sua agente, durante uma
conversa telefónica anterior.
— Senhor, você sabe que não é verdade. Tudo que você faz é
vigiado. Agora, tudo que a Sra. Nichols faz também é vigiado. Tenho
acompanhado os relatórios e até mesmo tem uma busca contínua em
execução. Sr. Rawlings, sua pontuação no Klout está através do
~ 40 ~
telhado. Todo mundo está falando sobre ela. Ela sequer foi mencionada
em um dos finais de noite...
~ 41 ~
maneira de livrá-la do homem que não a merecia. Havia também outro
plano em obra. Após a reunião com Cunningham, Tony tinha um
compromisso em Palo Alto com o curador de um pequeno estúdio de
arte, o Sr. George. Sophia Rossi Burke já havia recebido o
reconhecimento em todo o mundo por sua arte. Infelizmente, o
reconhecimento nem sempre equivale à liberdade financeira. Com a
ajuda do Sr. George, Tony tinha um plano para ajudar Sophia a
alcançar ambos. Foi uma oferta que o Sr. George não podia recusar.
Cameron Andrews tinha desenterrado o passado duvidoso do Sr.
George. Aparentemente, ele tinha feito mais do que alguns negócios
ruins. Um grande passo em falso resultou na perda de um estúdio
maior e sua casa no sul da Califórnia, assim como um divórcio. Quando
tudo foi dito e feito, Sr. George ficou com um pequeno estúdio em Palo
Alto. Atualmente, esse negócio estava por um fio financeiramente. Se o
Sr. George não recebesse assistência ou um salvador, em breve o
trabalho de sua vida e paixão teria ido, assim como sua esposa e filhos.
Enquanto Tony não tinha nenhuma influência sobre o passado do Sr.
George, ele acreditava que poderia impactar seu futuro. Esta tarde,
Tony levaria um interesse pessoal em saber o quão longe Sr. George
estava disposto a ir a fim de salvar os pedaços restantes de sua vida.
~ 42 ~
promessa de amar e manter Claire. Como uma paciente psiquiátrica em
uma instituição privada, Tony teria sido capaz de facilitar sua
libertação. Quando ele mencionou o divórcio a Brent, era uma reação
instintiva a uma falha de Claire para passar em seu teste.
— Olá, Claire. Espero que você não esteja ligando para cancelar
nossos planos.
~ 43 ~
— Presumo que você esteja. Queria entrar em contato com você
esta noite.
Ele riu. Bem seria, Palo Alto. Tony iria deixá-la vencer esta
batalha, desde que ele ganhasse a guerra.
— Sim, adeus.
~ 44 ~
O Bon Vivant não oferecia jantar privado; portanto, não querendo
decepcionar seu chefe, Patrícia fez a segunda melhor coisa. Ela explicou
que o Sr. Anthony Rawlings queria desfrutar da deliciosa cozinha sem
ser incomodado. Se Bon Vivant pudesse acomodar os seus desejos, o
Sr. Rawlings compensaria generosamente o restaurante, bem como os
empregados por qualquer perda potencial de rendimento. Em um
esforço para evitar qualquer reação contra o Bon Vivant, Sr. Rawlings
também iria compensar todos os clientes com reservas através da
compra de sua refeição em outra data. Depois de alguns minutos de
discussão, Tony e Claire, mais uma vez estariam em um jantar privado.
~ 45 ~
ofereceu para obter a ajuda do curador; no entanto, o homem pouco
estranho tinha saltado na primeira oferta sem muita hesitação. Não
importa. Em breve, Sr. George iria atrair Sophia Burke para seu
estúdio. De lá, o plano iria prosseguir. Embora Tony tenha de falar com
o Sr. George novamente, ele não tinha intenção de se encontrar
novamente cara-a-cara. Por uma questão de fato, a reunião de hoje
nunca ocorreu.
~ 46 ~
Sua ex-esposa, sua Claire, sentada sozinha perto do meio do
salão. A parte de trás do vestido mergulhado para baixo, revelando sua
pele bronzeada. Embora ele não pudesse ouvir, ela parecia radiante
quando falou com confiança para um garçom. Até sua chamada, no
início do dia, Tony se perguntava se ela realmente vinha seguindo suas
instruções. Ao vê-la, com os cabelos presos no alto e cachos pastando
ao longo do seu pescoço orgulhoso, ele se encheu de orgulho. Ela era
tão forte, tão orgulhosa, e ainda tão obediente. Tony estava tão
encantado com a visão que levou algum tempo antes que percebesse
que ela não estava usando o vestido que tinha enviado. Seu comprador
lhe tinha enviado fotos. Ela não estava usando qualquer um dos trajes.
Afastando sua irritação, ele suavemente riu. Maldição! Ela estava o
desafiando e precisava dela em sua vida.
~ 47 ~
Antes que a conversa pudesse continuar, um garçom apareceu ao
seu lado.
Uma vez que o garçom saiu, Tony disse: — Minha, Claire, você
continua a me surpreender. Vejo que você está tentando me mostrar à
nova e independente Claire Nichols, — quando ela não falou, ele
continuou. — Você não precisa trabalhar tanto. Estive observando você
de longe e já estou impressionado.
— Sim, — ele fez uma pausa. — Posso ver como você poderia
pensar isso, — ele tomou um gole de vinho. — Agora me diga, qual foi o
ponto com a mudança do local?
~ 48 ~
dedos entraram em contato com o calor de sua pele exposta, e ele lutou
contra o desejo de explorar o material abaixo do drapeados. Oh, não
seria uma expedição inexplorada. Ele conhecia cada centímetro de seu
corpo, mas o tempo tinha sido muito longo. Inclinando-se, colocou seus
lábios perto de seu ouvido, inalando o cheiro dela. Com cada grama de
contenção, ele mantinha os lábios em contato com sua pele. Em vez
disso, ele disse:
— Estou contente que visibilidade não era seu objetivo para esta
noite. Odiaria decepcioná-la.
Ele sorriu: — Queria passar mais tempo com você, sem o desvio
de outros.
De repente, ele temeu que ela fosse fugir. Mantendo uma fachada
calma, ele respondeu:
— Sim, Claire. Vamos nos sentar? Acredito que você solicitou esta
mesa central.
~ 49 ~
ela começou a tomar sua bebida, ele riu com o resultado. Ela tinha
acabado de perder e ele assistia a tudo.
— Desculpe-me?
Ela tinha acabado de pedir-lhe para parar de falar? Será que ela
não percebe o quão difícil isso foi?
Sua mente girava. Explique-se, isto foi o que Catherine tinha dito.
Ele tentou.
~ 50 ~
— Aceitei o convite por uma razão, para convencê-lo a me deixar
em paz. Nós terminamos!
— Minha querida, não é tão simples assim, — seu tom era plano,
não deixando espaço para debate. Ele não ia discutir o conceito, não
importa o quão ridículo era. Ela era sua para sempre. Terminar não era
uma opção.
O piso da sala sumiu. Ou talvez fosse o teto que caiu. Tony não
tinha certeza do que aconteceu, mas tão preparado quanto ele estava
para esta noite, nada poderia tê-lo preparado para isso. Endireitando o
seu pescoço, lutou contra o vermelho. Com os dentes cerrados, ele
respondeu:
— Meu nome é Anthony, mas você ainda pode me tratar por Tony.
Ele lutou para ficar sentado. Foi como sair dos efeitos do veneno:
ele arranhou para chegar à superfície do local onde o seu mundo estava
intacto. Essas duas palavras Anton Rawls faladas por Claire, rasgou o
véu que separava o passado do seu presente. Com uma aparência de
calma, ele perguntou:
O que diabos ela estava falando? Sua voz ganhou força com cada
sílaba. — Eu lhe asseguro, não tenho ideia do que você está dizendo.
— Não.
~ 51 ~
O garçom pediu desculpas pela interrupção e humildemente se
afastou da mesa. Tony trabalhou para processar suas palavras. Caixa.
Confissão. Prisão. Ele apertou o menu mais apertado.
— Obrigada, prometo que fiquei tão surpresa quanto você deve ter
ficado.
~ 52 ~
Ele sorriu. Como não podia? Ela estava conversando casualmente
sobre a prisão, como se tivesse sido um período de férias. Ele se
inclinou para frente.
Sua força não tinha diminuído ao longo do último ano e meio. Ela
emanava de cada poro do seu ser, como uma aura que ele puxou mais
perto. Ela possuía conhecimento, da sua linguagem e da dele. Ele
estava intrigado, bem como assustado.
O que ela faria com o seu novo poder? Será que ele poderia parar
com isso?
~ 53 ~
Um sonho que você sonha sozinho é apenas um sonho. Um sonho
que você sonha junto é uma realidade.
- Yoko Ono
Capítulo quatro
O Sonho – Abril de 2013
(Truth - Capítulo 18)
O luxo do condomínio de alto padrão não escapou à atenção de
Tony. Nada importava, além de fazer o seu caminho para Claire. Desde
o seu jantar na noite anterior, ele tinha sido incapaz de se concentrar
em qualquer coisa ou qualquer outra pessoa. Enquanto o elevador se
movia para cima em direção ao quarto andar, Tony fechou os olhos e
imaginou sua ex-esposa. Lembrou-se do vestido branco, a forma como
sua mão tocou a pele de suas costas, e o ligeiro aroma de perfume
quando seus lábios se aproximaram de seu longo pescoço. Ele se
lembrou do fogo em seus olhos quando ela o chamou de Anton. Embora
tivesse tentado esconder sua reação, sabia que tinha fracassado. Claire
viu o que os outros nunca poderiam. Ela sabia que sua declaração o
tinha afetado, e sabia quando um assunto estava encerrado. A mulher
que ele tinha compartilhado uma refeição na noite passada estava mais
parecida com a Claire Nichols que ele tinha visto de longe antes de sua
aquisição. Em algum momento durante o seu processo de refinação,
tinha silenciado qualidades que agora ele desejava explorar. Ela estava
diferente. Ele podia ver nas fotos, mas de forma mais vívida em pessoa.
Pela primeira vez ele queria saber sobre, a Claire Nichols real. A única
que podia encará-lo, e aquela que tentou manipular seus planos para o
jantar. Tony não queria apenas conversar com aquela mulher, ele
queria conhecê-la intimamente. A mulher que ele criou sabia de seus
desejos e necessidades. O que ele realmente sabia dela?
~ 54 ~
Catherine. Ele quase fez... Mas decidiu que precisava de mais
informações. Talvez o conteúdo dessa caixa fosse ajudá-lo a entender
por que Catherine enviou.
~ 55 ~
queria a centelha de volta em sua vida. Tony iria mover céus e terra
para fazer Claire entender que ela pertencia a ele.
— Não tenho uma chave, mas ficaria feliz em ter uma. Apenas me
diga onde para assinar acima.
Embora ele não tivesse previsto uma aliança entre Claire e Amber
McCoy. Amber estava obviamente ajudando Claire a refazer sua vida,
sem ele... Seus batimentos cardíacos aceleraram. Sem ele não era
aceitável!
~ 56 ~
falado com você recentemente, sabia que estava em casa e me
esperando...
Ele não hesitou. Estava dentro de sua nova casa e não queria
sair, não ainda.
Ela não respondeu, pelo menos não para ele; em vez disso,
atendeu ao telefone e decidiu o seu destino. Com cada palavra seu
corpo aliviou, ela disse ao guarda de segurança que ele poderia ficar.
Enquanto ela falava, ele bebia da mulher diante dele: casual e
confortável, com seu cabelo escuro puxado para trás, vestindo calças
leves e uma grande camisa. Tinha um grande decote que expôs um
ombro revelando a alça de seu sutiã. Era um contraste gritante com a
mulher de vestido branco, mas igualmente sexy. Quando ela finalmente
se virou, ele percebeu a determinação em sua voz.
— Sim, vejo que você está vestida para os negócios! O que eles
chamam isso? Negócio casual? — enquanto ela debatida a resposta, ele
baixou a voz e acrescentou: — Não estou reclamando. Sempre achei o
casual Claire, tão sexy quanto à pessoa que abalou em vestidos de grife.
Planos de almoço? Com quem? Ele tinha visto fotos dela com
Harrison Baldwin. Poderia ser quem ela estava planejando ver? Embora
essas perguntas, e muitas outras passaram por sua cabeça, ele
conseguiu perguntar:
~ 57 ~
— Podemos sentar, — ela respondeu, e começou a caminhar em
direção à sala de estar. Quando eles se sentaram, sua próxima frase o
pegou completamente desprevenido. — Sei que você gosta de café. Eu
lhe ofereceria um, mas da última vez que dei a você, não funcionou
muito bem para mim.
A batalha mais uma vez se alastrou por trás de seus olhos. Será
que ela expressaria seus pensamentos? Ou ficaria quieta, como quando
eles eram casados? Ele esperou. Seu volume aumentou a cada frase.
~ 58 ~
problema! Você sente muito por me enquadrar por tentativa de
homicídio, o que resultou em prisão em uma penitenciária federal? —
ela sentou-se e mais uma vez cruzou os braços sobre o peito arfando.
Tony se aproximou mais. Evitando seu olhar, ela olhou para suas
mãos trêmulas. Tinha seu discurso causado o tremor de suas mãos?
Ou foi ele? Sua luta para o controle evaporou em uma necessidade de
tranquilizá-la. Desde o início de sua aquisição, ele não perguntou pela
honestidade? Apesar de suas palavras serem dolorosas de ouvir, elas
eram a sua versão da verdade, que ela tinha entregado. Quando, seus
olhos verdes finalmente olharam para ele a partir das pálpebras
veladas, ele observou a tensão desaparecer.
Tony assentiu. Sua coragem parecia ser sem limites. Por que ele
não permitiu que ela brilhasse antes?
Seu pulso acelerou. Se ela soubesse o quão perto ele estava de ser
aquela pessoa novamente. Não porque ele queria machucá-la. Pelo
contrário, seus desejos estavam totalmente e completamente centrados
no prazer dele e mais importante, no dela. Tony advertiu:
~ 60 ~
— Acredito que você quer o que eu quero, tanto quanto eu.
— Se você está sugerindo que eu quero que você saia. Você está
absolutamente correto! Se você está sugerindo qualquer outra coisa,
não poderia estar mais longe da verdade.
— Sei que você não tem nenhuma razão para acreditar em mim,
mas pensei que você deveria saber por que vim para a Califórnia.
Seu olhar era muito inocente quando ela perguntou: — Por quê?
— Bem, já que desta vez eu tenho uma escolha vou dizer não.
~ 61 ~
Tony tentou outra rota. — Catherine sente sua falta.
Deus, ele odiava isso. Foi apenas uma das muitas coisas que
tinha feito para ela, uma das muitas coisas que ele não poderia tomar
de volta. A angústia na voz de Claire puxou seu coração. Ele não podia
dizer a verdade, não agora. Se ele lhe dissesse que Catherine não só
sabia, como também estava envolvida, poderia alienar Claire para
sempre. Tentando concentrar seus pensamentos, Tony cuidadosamente
redigiu sua resposta. Ele não estava mentindo; era mais uma
minimização dos fatos.
— Então, como é que você sabe que ela sente minha falta?
~ 62 ~
— Finalmente descobri que a pessoa com quem estava mais
chateado era comigo. Pela primeira vez em muitos anos, sim, mais do
que três, você sabe agora. Tinha noção de que tinha perdido você... —
seu volume aumentou. — Meu deus, você se foi!
— Não, Tony. Por que você fez isso comigo? Por que você me pôs
na prisão, organizou a minha vida inteira, como se eu fosse atrás de seu
dinheiro, preparando-o para matá-lo? Você sabe que eu continuamente
disse que não me importava com o dinheiro. Mas tudo, desde o início,
foi manipulado para me fazer parecer culpada. Agora você diz que me
amava. Você não faz isso para alguém que você ama. Diga-me por que
você fez isso?
~ 63 ~
Suas palavras correram juntas, coladas por anos de repressão.
— Havia fotos, artigos e uma carta, nela explicava que o seu nome de
nascimento era Anton Rawls, e que você mudou após a morte de seus
pais e do avô.
— Sim, a carta foi escrita à mão. Pensei que parecia sua escrita.
Não foi assinado, mas você nunca assinou nada, — seu olhar cheio de
fogo desapareceu enquanto seus olhos caíram no chão. — Você não
pode ver por que a queimei.
Ele não podia acreditar no que ouvia. — Você está falando sério?
Você não tem nenhuma prova de qualquer coisa que você disse? Você
queimou? — um sorriso momentaneamente esvoaçou em seus lábios. —
Não sei quem enviou para você. Eu confirmei, hoje, que você recebeu
uma caixa em outubro do ano passado. A prisão disse que o endereço
de retorno era de Emily.
~ 64 ~
Claire assentiu.
— Quando você abriu pela primeira vez a porta, seu sorriso fez a
terra tremer. Quem você esperava?
— Um bom amigo.
— Tenho investido muito mais. Uma última coisa, — ele fez uma
pausa enquanto suas palavras desaceleraram. — Não compartilhe suas
teorias não amparadas com ninguém, — ele manteve essa parte de sua
vida escondida por anos. As repercussões se isso se tornasse público
eram muito abrangentes.
~ 65 ~
Sua postura cresceu a força fingida em sua voz. — Isso não é
mais a minha preocupação. Adeus Tony!
~ 66 ~
ouvido. Seus batimentos cardíacos aceleraram. Tony sabia que devia
sair. Claire estava bem, apenas dormindo. Ele devia sair e não olhar
para trás. Ele não podia. Embora ela não estivesse falando ou se
movimentando, a presença dela o puxou para mais perto. Seus lábios
entreabertos pareciam perfeitos para beijar. Antes que pudesse se
conter, Tony se ajoelhou ao lado de sua ex-esposa e tocou seus lábios
nos dela. A doçura decadente o excitava, ele desejava provar mais do
que seus lábios. Com os olhos ainda fechados, o corpo de Claire se
aproximou dele. Ele esperava que ela dissesse para sair, em vez disso,
um gemido suave ecoou por todo o apartamento. O som era mágico,
como um interruptor ligando os sentimentos e as emoções que ele
tentava esconder. Tony não sabia o que ia acontecer, mas ela parecia
dormir de mau jeito no sofá. Seu quarto estava tão perto; ele decidiu
que precisava levá-la.
Ele esperou. Será que ela responderia? Ela gemeu de novo, com
um ligeiro aceno de cabeça. Tony tentou outro beijo. Desta vez, quando
os lábios se uniram, os dela não eram mais suaves, mas firmes,
enrugado e empurraram contra os dele. Quando sua boca se abriu um
pouco e sua língua procurou a dele, ele não podia controlar-se por mais
tempo. O raciocínio consciente desapareceu quando o instinto primal
assumiu. Antes que ele pudesse repetir sua demanda, os braços dela
cercaram seu pescoço, abanando o calor de seu desejo. Sua boca
procurou a dela, com fome de mais. Isso não era só ele. Sentiu a
atração mútua antes. Ambos estavam de bom grado se entregando. Os
seios de Claire soltaram contra seu peito, enquanto os braços dela
apertaram seu braço.
~ 67 ~
os braços ou arquear as costas. Cada comando foi recebido com
respeito. Quando ele levantou a roupa de baixo por cima da cabeça, viu
seus mamilos rosa endurecer diante de seus olhos. Tony não conseguia
parar de acariciar com os dedos as protuberâncias duras. O corpo de
Claire respondeu quando empurrou os seios para as mãos e gemeu seu
nome.
— Por favor, — foi tudo que Claire conseguiu dizer, enquanto seus
lábios se moviam do ombro ao pescoço e até os seios.
~ 68 ~
À medida que ele sugou cada mamilo, os dedos de Claire
enrolaram por seu cabelo, e puxaram sua boca mais apertada contra
seu seio. Quando seus lábios se moveram passando por seu estômago
liso, seus apelos se tornaram mais altos e menos coerentes. O cheiro de
sua excitação o intoxicou quando ele abriu suavemente suas pernas.
Ele precisava ouvir sua aprovação. Se ela negasse, ele não sabia
se poderia parar, mas precisava saber que isto era consensual.
Claire era dele. Ele tinha cometido erros terríveis e feito coisas
horríveis, mas como eles se moviam em sincronia. Viu a esperança de
um futuro. Ele disse mais e mais como ela era bonita, como era
magnífica, e quanto ele a queria. Ele sabia que não seria fácil, inferno,
ele não deveria ser visto com ela em público, mas pretendia. Ele
conhecia cada centímetro de Claire, dentro e fora. Sabia que a mulher
estava ali por vontade própria. Ela podia continuar a fazer comentários
sobre a realidade e os sonhos, mas ele entendeu. Este era o seu sonho,
também.
Seu tempo longe não tinha mudado a magnífica mulher que ela
era. Ela ainda o excitava. Suas mãos, lábios e corpo poderiam trazê-lo
às alturas que nunca tinha alcançado, com mais ninguém. Sua falta de
inibição proclamou sua independência recém-descoberta. Ela de bom
grado lhe agradava, permitindo-lhe cumprir cada fantasia sua. Eles se
encaixavam como duas peças de um quebra-cabeça. Não havia dúvidas.
Sonho ou realidade, eles pertenciam um ao outro.
~ 69 ~
Tony se deitou com ela por um tempo, entrando e saindo dos
sonhos. Talvez Claire estivesse certa. Talvez isto não fosse real.
Enquanto segurava seu corpo adormecido, ele se perguntava, se a
realidade poderia ser verdadeiramente incrível. Quando ele finalmente
levantou-se de sua cama, viu a calcinha preta no chão. Ao pegá-la tocou
o laço delicado. Ele nunca imaginou que uma roupa íntima, pudesse ser
tão erótica. Inalou o cheiro dela, e colocou a calcinha sobre os pés dela
e acima de suas pernas sensuais. Ao vê-la dormindo, vestindo apenas
roupas íntimas o fez duro novamente.
~ 70 ~
A confissão de más obras é o começo de boas obras
- São Agostinho
Capítulo Seis
Brecha – Maio de 2013
(Truth - Capítulo 23 e 24)
Tony esperou, esperou e esperou. Com o celular em sua mão e
sua cabeça contra a janela fresca do carro, sua mente girou e deslizou
para dentro dos cenários, possibilidades e sonhos. Era estranho como
um pensamento podia se transformar em um completo filme
desempenhado atrás de seus olhos fechados. O voo da cidade de Iowa
para San Diego levou menos de quatro horas. Ele tinha assuntos
urgentes que atrasaram sua partida desejada, no entanto, ele foi mais
uma vez para Costa Leste por terra, era 18h00. Até o momento que
estava sentado atrás do volante de um carro alugado, ele tinha
confirmado a mensagem de texto de Phil Roach:
~ 71 ~
suíte, e deixe-me saber no segundo que algo mudar. Estou na pista,
mas devo estar lá em breve.
— Sim senhor.
Não foi a retratação que incomodou Tony, além do fato de que ele
confirmou a inocência de Claire durante a suposta entrevista de quase
três anos atrás. Ele tentou não se lembrar daquela noite ou as semanas
terríveis que se seguiram. No entanto, os paralelos com a sua situação
atual eram irônicos. Mais uma vez, ele estava esperando, assim como
esperou por ela naquela noite em sua suíte. Em 2010, ela estava no seu
lago, inconsciente das circunstâncias de sua raiva. Hoje à noite, ela não
era inocente. Claire estava obstinada, divulgando informações privadas
intencionalmente. Ela estava naquele maldito hotel, comendo e
conversando com Meredith Banks. Ela estava quebrando suas regras
sem se importar com as consequências!
Da última vez ele voou de Nova York para casa, desta vez foi de
casa para San Diego. Quando o céu escureceu ele sentou-se em
silêncio, observando as pessoas que iam e vinham do Grand Hotel, Tony
~ 72 ~
imaginou a conversa ocorrendo, no piso acima da suíte de luxo. Ele não
queria que isso fosse discutível.
SEM MUDANÇA.
~ 73 ~
Inferno, além da pequena exposição de Claire, o desdobramento
da estrutura histórica, andares acima, poderia arruinar tudo o que ele
tinha levado uma vida inteira para realizar. Shelly faria o seu melhor
para girar isto da maneira certa, mas Tony precisava parar com isso
antes que ela fosse mais longe.
— Não acho que nós temos nada para discutir. Você fez uma
viagem desnecessária. Por favor, vá.
~ 74 ~
— Nós não estamos tendo essa discussão no corredor. Estou
entrando.
Pasmo, ele olhou. Será que ela não entendia que seu
comportamento era inaceitável? Que haveria consequências? Ela não
tinha aprendido nada durante seu tempo juntos?
Por um momento, ele olhou para a mulher que tinha sido sua
esposa. Ele estava oscilando à beira da sanidade, e ela estava
estimulando-o, empurrando-o, quando sabia muito bem o que ele era
capaz de fazer.
— Você acha que sou idiota? Você está falando com ela sobre
mim, e eu não vou permitir.
~ 75 ~
O fogo começou a queimar os malditos olhos verdes de Claire. Ele
tinha feito uma pergunta. O senso comum diria a ela para responder,
mas não. Em vez disso, seu olhar queimou sua alma, desafiando-o a
empurrá-la ainda mais.
— Tony — sua voz ainda era forte. — Você precisa de ajuda. Não
posso acreditar que você está me observando de perto. Supere isso.
Suas palavras não faziam sentido. Como ela poderia até mesmo
fingir que ele poderia parar?
— E acho que isso vai para além de assustador. Por quê? Diga-me
por quê? Você não respondeu a minha pergunta antes.
~ 76 ~
— Não me lembro de alguma vez ter a capacidade de jogá-lo fora
de qualquer lugar. Talvez seja tempo de mudar?
Quando ela olhou pelo olho mágico, ele sorriu: — Deve ser por
isso que você abriu a porta mais cedo. Você, obviamente, não olhou a
última vez.
Através do riso abafado, ela respondeu: — Não. Mas uma vez que
eles estão aqui, você gostaria de um pouco de Merlot?
~ 77 ~
— Estive te observando por anos. Estava tão nervoso naquela
noite. Pensei que estivesse planejando a sua aquisição, — ele olhou
para o copo.
Tony sorriu. Ela não ia tornar esta tarefa fácil. — Sim, eu queria
isso. Não queria conhecer você, seu verdadeiro eu. Lutei por meses, mas
você era essa luz que me sugava. Não era para ser assim. Nós
supostamente não éramos para acontecer.
~ 78 ~
Algo em seu peito se apertou. Não era a raiva que ele estava
sentindo mais cedo, isso era doloroso e solene. Ele detestava ouvir esse
nome em seus lábios. Ele exalou.
— Suponho que sim, mas não mais. Tive que mudar legalmente.
Então, entenda, eu não gostava. Meu nome legal é Anthony Rawlings, e
tem sido por muito tempo.
— Não sei como explicar isso... Era uma brecha. Você não
entendeu?
~ 79 ~
— Não tenho ideia do que você está dizendo! — ela fechou os
olhos e suspirou. — Salvar-me de quê?
— De mim!
~ 80 ~
Seu olhar de fogo penetrou a compostura dele. — Eu sou. Você
está correto, sou Sra. Nichols, não Sra. Rawlings.
~ 81 ~
— Tony, também estou cansada. Não tenho energia para
descobrir seus enigmas. Não planejei revelar nada sobre sua verdadeira
identidade para a mídia, se isso é parte de sua preocupação. Tenho, no
entanto, descoberto muitos equívocos sobre mim durante nosso
relacionamento. Estou pensando em corrigir esses erros.
~ 82 ~
— Minha Claire. Você me dá muito crédito! Sou homem de
negócios! Não tenho a capacidade de causar mal a ninguém, muito
menos aos que estão associados com você.
~ 83 ~
exigências, ele não as recebia. Sempre foi assim, não apenas com
Claire, com todos.
— Quem?
Ele já estava ficando velho para ficar indo e voltando para a Costa
Leste, e ele precisava estar de volta a esta parte do país para uma
palestra em duas semanas. Graças a Deus, tinha um avião particular.
Talvez, se as suas preocupações sobre a profundidade do conhecimento
de Claire não atormentassem seus pensamentos, ele seria capaz de
dormir um pouco.
~ 84 ~
Reunificação: verbo. Grupo de causar, partido, estado ou sec. para
se tornar unificada novamente depois de ser dividido.
Capítulo sete
Reunificação – Maio de 2013
(Truth - Capítulo 33 e 34)
Embora o St. Regis Hotel em San Francisco fosse grande e
imponente, Tony não percebeu. E mais importante, ele não se
importava. O evento de caridade tornou-se um lugar desastroso e ficava
pior a cada minuto. Inicialmente, ele tinha planejado para atender a
oportunidade de falar com Derek Burke. Foi tudo arranjado. O CEO da
Shedis-tics, Roger Cunningham, prometeu a presença de Burke. O
único problema era a esposa de Derek, Sophia. Tony ainda não estava
pronto o bastante para ficar cara a cara com Sophia. Ele tinha ido a
muitas de suas exposições de arte, e se cruzaram mais vezes do que ele
tinha certeza que ela percebeu. Tony não queria que ela tivesse uma
revelação no meio de um enorme evento de caridade.
Foi por isso que ele ordenou ao Sr. George, do estúdio de arte
Palo Alto, para enviar Sophia de volta para Provincetown. Era uma
história legítima. Tony tinha gasto uma fortuna em seus quadros, e ele
queria as suas compras. Ele também queria ver mais de sua coleção. O
que nem o Sr. George nem Tony esperavam era que Derek voasse com
Sophia para o Cape para ajudá-la a recolher sua coleção. Juntos, eles
tinham conseguido cumprir sua missão em dias, em vez de semanas.
Agora, nessa celebração ridiculamente cara de sexta-feira, tanto o
Senhor como a Sra. Derek Burke estavam presentes e aguardavam
Anthony Rawlings.
~ 85 ~
companhia de Harrison Baldwin, eles eram os representantes oficiais da
Sijo Gaming. Como ele tinha sorte! Sijo Gaming e Sheds-tics
compartilhando uma mesa... Tony ficou com dor de cabeça, com o
pensamento de Claire e Sophia na mesma mesa. Ele se perguntava
como seria aquela conversa. Você me parece familiar... Oh, sim! Eu
pintei seu retrato de casamento! Gostou? As coincidências eram muito
numerosas para não levantar suspeitas. Tony tomou sua decisão. Ele
iria participar do evento e iria acompanhar Claire. Ele não tinha a
intenção de estar no mesmo evento com sua ex-esposa e outro homem.
Ele não se importava que pudesse ser um maldito modelo de trajes de
banho da Sports Illustrated em seu braço. Tony não estaria sentado na
cabeceira da mesa e olhando para fora, para uma sala de doadores
vendo Claire com alguém.
~ 86 ~
as especificações de Tony. O lançamento estava pronto para publicar.
Tony estava apenas esperando chegar às palavras da entrada de Claire
no St. Regis. Uma vez que ela estivesse no edifício e fora do alcance dos
meios de comunicação, a notícia de sua reunificação teria atingido o fio
telefônico.
~ 87 ~
O fato de que a festa tinha começado. Com o atraso iminente de
Tony, bem como o não atendimento continuo de Sophia, trabalhou para
exacerbar o comportamento já desagradável de Tony. Ele andou perto
das grandes janelas e socou o número do Sr. George em seu telefone. O
curador imediatamente respondeu:
— Senhor Rawlings...
Tony virou-se ao som dos passos e viu Eric entrando com Claire.
Pelo menos alguém poderia fazer o seu trabalho.
~ 88 ~
questão. Estou atrasado para o evento, e isso é muito perturbador para
mim.
Tony levantou-se e olhou. Não era assim que queria sua reunião
indo para baixo, ainda que tempos de desesperos pedissem medidas
desesperadas. O fechamento da porta ecoou pela suíte; o silêncio
encheu a sala, até que Claire ajeitou os ombros e engoliu.
Seu rosto tremeu abaixo de seu alcance, mas ainda assim suas
palavras soaram forte.
— Por quê?
~ 89 ~
mais poderia continuar a manter contato visual, bem como questionar
seus motivos.
— Eu preciso me sentar.
~ 90 ~
Baixando a cabeça mais uma vez para seu colo, ela
obedientemente respondeu: — O que você quer que eu faça?
— O telefone de trabalho.
Pelo que pode ver, ela estava dizendo a verdade. Ele olhou para o
relógio; Ainda não havia informações sobre Sophia, mas precisava
movimentar as coisas.
— Como você pode lembrar, que durante uma festa como essa,
sua atenção deve estar em mim e seus deveres em mão. Acredito que
esta noite vocês estão representando Sijo Gaming. Bem como
representá-lo para as massas do andar de baixo, o seu comportamento
irá percorrer um longo caminho para resolver a sua situação atual, ou
— ele fez uma pausa. — Tornando-o público.
— Eu entendo.
~ 91 ~
— Estou feliz que você entenda. Você vai ter o seu telefone de
volta quando esta noite terminar. Acredito que você vai ter o suficiente
no seu prato, e você não precisa de outra distração.
— O que é isto?
Ele observou enquanto Claire lia. Depois que terminou, ela olhou
para ele, seus olhos brilhando com lágrimas não derramadas.
~ 92 ~
sabe, este evento começou há uma hora. Talvez você lembre, não gosto
de chegar atrasado.
Ela apertou os lábios enquanto Tony caia nas boas graças o fogo
queimando perante ele. Ele podia olhar para ela por horas, mas eles
tinham que participar de um evento. Quando endireitou seu pescoço,
Claire perguntou:
~ 93 ~
Para entender o coração e a mente de uma pessoa, não olhe para o
que ele fez, mas pelo que ele aspira a fazer.
- Khalil Gibran
Capítulo oito
Festa de Gala – Maio de 2013
(Truth – Capítulo 35 e 36)
Claire estava absolutamente adorável quando saiu do banheiro
principal. Seu vestido verde acentuava seus olhos, e os cachos de
cabelo escovado seu vaidoso pescoço.
~ 94 ~
— Você não precisa se culpar. Você não poderia ter impedido isso
se tivesse tentado. Deixe este bastardo insensível levar toda a culpa.
Foi só depois do seu discurso principal que Tony viu o que ele não
sabia que era um olhar, algo na expressão de Claire. Tony não poderia
descrevê-lo, mas ele estava lá. Ele não tinha visto em anos, mas
reconheceu imediatamente. Quando voltou a sentar, ele pegou a mão de
Claire e gentilmente a tirou de seu colo. Desta vez, seu toque não foi
concebido como um aviso, em vez disso, ele pretendia fazer carinho
quando abaixou a cabeça e roçou os dedos com uma varredura suave
de seus lábios, ao mesmo tempo mantendo os olhos fixos nos dela. As
bochechas de Claire coraram conforme seu sorriso se alargou.
— Poderosa?
Claire se inclinou para muito perto. Seu sorriso era muito grande,
enquanto as lágrimas ameaçavam precariamente sobre as pálpebras
inferiores. Com uma leve rachadura na voz dela, ela perguntou:
Ele ampliou seu sorriso. — Então talvez você deva ir para a cama.
~ 96 ~
Após um momento de analise, ela respondeu. — Vou lá para cima
com você. Vou completar este cenário, no entanto, não vou fazer sexo
com você.
— Sim, Sr. Rawlings. Estou tão pronta para fechar a cortina sobre
esse desempenho.
Tony mudou de ideia. Ele não estava pronto para a noite acabar.
Tomando o telefone da mão dela, ele acalmou suas palavras e
interrompeu a conversa.
~ 97 ~
— Olá, Marcus, a Sra. Nichols não vai precisar de sua ajuda esta
noite.
— Está correto.
É claro que ela queira! Por que ela não faria? Ele era um canalha
sem coração aos seus olhos. Se pudesse fazê-la ver que ela estava certa
antes, mas não agora. Agora, ele sabia que o seu coração batia por um
motivo, ele tinha literalmente parado quando ela o deixou. A razão pela
qual reiniciou os batimentos estava sentada ao lado dele. Solenemente,
ele balançou a cabeça e tirou o telefone. Ele chamaria Eric e a enviaria
em seu caminho.
~ 98 ~
Seu tom de voz suave acalmou seus movimentos. — Tony? — sua
voz tremia de preocupação. — Sijo está segura? Será que o problema
dela foi resolvido?
Ele sorriu para seu alívio. Talvez ele devesse deixar esta noite
aqui. Ela estava feliz.
Então, sem aviso, ela tomou sua mão e perguntou: — O que mais
você estava pensando?
~ 99 ~
A preocupação em suas piscinas esmeralda lavou sua dúvida. Ele
seria honesto. — Nessa calcinha rendada preta.
Sua voz ressoou uma oitava acima. — Como é que você sabe
sobre a calcinha de renda preta?
Mais uma vez ele perdeu o chão. — Não! Claire, — ele enlaçou a
suplica de seu comando. — Nem sequer sugira isso, — levantando o
queixo, ele procurou seus olhos. Ela falou sobre um sonho, mas ela
sabia que era real, assim como ele fez. — Você concordou com tudo.
Você mais do que consentiu, você queria tanto quanto eu, — quando ele
liberou o queixo, ela não se afastou, em vez disso, seu rosto se
estabeleceu contra seu peito enquanto ela cambaleava em seus braços.
Tony beijou o topo da cabeça dela e pegou-a em seus braços.
~ 100 ~
Tony queria que isso durasse para sempre, queria esquecer seu
passado e vingança. Ele queria ficar com ela exatamente assim.
Anthony Rawlings normalmente não conseguia o que queria? Mas ele
sabia que nunca seria certo se ela fosse forçada.
Ele virou-se para ela com surpresa. — Você disse que não.
— Não quero dizer sexo. Quero dizer ações, como me enganar hoje
à noite, e ter armado para mim a sua tentativa de assassinato.
~ 101 ~
Maldita Catherine! Isso era exatamente o oposto do que ela havia
dito. Tony deixou de lado sua raiva e se concentrou em Claire. Vendo-a
entregar a partir de sua perspectiva causou dor a seu peito.
~ 102 ~
Uma vez que seu pedido foi feito, ele disse: — Eric terá o carro
pronto na garagem privada em poucos minutos, — vendo a pergunta em
seus olhos, ele acrescentou: — Ao entrarmos no carro pela garagem
evitaremos os paparazzi.
— Oh! Boa ideia! Preciso usar o banheiro, e vou estar pronta para
sair. — Claire virou para sair, em seguida, virou-se para trás. — Nós?
Tony, não preciso de você para ir comigo, — ela fez uma pausa. —
Prefiro que você não vá.
— A Sra. Claire prefere voltar sozinha para Palo Alto. Por favor,
ligue-me quando ela estiver na porta em segurança.
— Como eu poderia?
~ 103 ~
— Tenho planos de manhã. Chame-me depois que você voltar de
Iowa.
— Amanhã, Claire.
Ele fechou a porta, bateu no teto do carro, e Eric foi embora. Tony
observava as luzes traseiras do Mercedes C-Class. Tornarem-se
menores, uma vez que deixou a garagem subterrânea. Ele fez de fato o
seu caminho de volta para a cobertura vazia.
~ 104 ~
O que você percebe de suas observações, sentimentos,
interpretações, são toda a sua verdade. Sua verdade é importante. No
entanto, não é a verdade.
- Linda Ellinor
Capítulo nove
Preparar o Caminho – Maio de 2013
(Truth - Capítulo 41 e Por trás dos Bastidores)
O senso comum de Tony lhe dizia que tinha muita coisa
acontecendo. Com o casamento do filho de seus melhores amigos, ele
estava a menos de uma semana de ter tempo para ir visitá-los. No
entanto, o senso comum nunca foi um cartão de visita para Tony,
especialmente quando se tratava de sua vida pessoal. Felizmente, Brent
e Courtney eram seus amigos por muito tempo, o suficiente para serem
utilizados para seus objetivos. Isso foi o que Tony lembrou a si mesmo
enquanto se aproximava da casa deles na manhã de domingo após a
festa de gala. Eles eram a sua primeira parada. Depois deles, o seu dia
iria incluir uma visita a Tim e Sue, assim como Tom e Bev.
~ 105 ~
fez isso. Ela ouvia e, em seguida, educadamente recusava muitas de
suas propostas. Teria alguma vez existido alguém que tivesse tão
descaradamente e repetidamente lhe dito que não?
~ 106 ~
— Sei que vocês devem estar ocupados. Isso não vai demorar
muito.
— Realmente não sei o que dizer! Quer dizer, sério? Que inferno!
Tony apertou os lábios. Isto foi mais direto do que tinha previsto.
Tony concordou.
~ 107 ~
se moveram para a varanda. A brisa fresca e suave das janelas abertas
ajudou a facilitar uma atmosfera mais calma. Quando Tony falou,
explicou que nunca quis acreditar que Claire iria querer matá-lo, mas a
evidência parecia tão forte. Ele atacou a ela e a todos os outros. Ele
acrescentou:
— Eu sinto muito.
Embora Brent não tivesse respondido, Courtney foi até onde Tony
estava sentado e colocou os braços ao redor de seus ombros. Tony
exalou. Foi um abraço mais acolhedor do que ele tinha recebido em sua
chegada. Depois que ela voltou para seu assento, Brent perguntou:
— Estou feliz, porque não sei exatamente onde isso tudo vai dar.
Claire e eu tivemos a oportunidade de tentar arranjar algumas coisas, e
estou esperançoso que com o tempo, possamos estar juntos novamente,
como um casal.
~ 108 ~
amigos e eu não sei o que pensar... E em relação às pessoas estranhas,
funcionários e investidores?
~ 109 ~
Courtney levantou a mão. — Você está se adiantando. Primeiro,
deixe-me falar com Julia.
— Eu não sei. Você sabe que eu estava com raiva quando ela
recusou a minha oferta para a instituição mental.
Brent pigarreou.
~ 110 ~
Tony passou a mão pelo cabelo. — Claire, o nome dela é Claire, e
eu não sei. Nem sequer falei com ela sobre isso. Merda!
Tony explicou que estava esperando para falar com eles. Então,
ele planejava visitar Tim e Sue, Tom e Bev. Ele falaria com Eli e Mary
Ann.
Uma vez de volta para dentro de seu carro, Tony discou o número
de Claire, ela não respondeu. Em seguida, ele tentou Tim Bronson.
~ 111 ~
para falar com Eli e Mary Ann. Todos eles concordaram em apoiar sua
decisão, ainda que um pouco apreensivos a princípio. Foi durante a sua
volta para casa de carro que ele recebeu o telefonema de Sue. Ela tinha
falado com Courtney e perguntou se a reunião do círculo interno
poderia ter lugar em sua casa na quinta-feira à noite.
Momentaneamente sem fala, Tony aceitou seu convite.
— Tony, esta é a terceira vez que você chama hoje. Nós não vamos
fazer nenhuma aparição pública por duas semanas. Por favor, me dê
um pouco de espaço.
~ 112 ~
— Isso é uma ameaça? O que você vai fazer neste momento,
organizar uma decisão do contrato dos funcionários de Sijo?
Tony tinha colocado muito esforço para isso. Era o plano perfeito
para conseguir Claire em Iowa, e não apenas para estar lá, mas para
estar lá de bom grado. Ele não iria parar até que ela dissesse que sim.
Ele explicou sobre Brent e Courtney e como Courtney havia conversado
com Sue. Pode ter havido alguns detalhes que ele se esqueceu de
mencionar, perguntas, tom de voz, mas não estava mentindo, estava
omitindo. Lentamente, Claire começou a vir por aí. Quando Tony
chamou pela primeira vez ouviu a irritação que se modificou esperava
que fosse interpretada com entusiasmo. Foi quando Catherine foi
mencionada que Tony expressou pessimamente o quanto Catherine
queria Claire na propriedade, e sua postura indiscutível começou a
balançar. Tony sorriu para o ultimato de Claire.
~ 113 ~
— Você conduz uma negociação difícil. Já lhe disse antes que
você deve entrar nos negócios. Você é uma negociadora mestre.
~ 114 ~
A primeira condição para o progresso é a remoção da censura.
- George Bernard Shaw
Capítulo dez
Honestidade - Junho de 2013
(Truth - Capítulo 42 até 44)
Tudo aconteceu em câmera lenta, partindo da condução de Eric,
para a abertura dos grandes portões de ferro. Se Tony não entrasse em
sua casa em breve, poderia entrar em combustão. Suas conversas
recentes com o Sr. George e Danielle não ajudaram seus nervos já
desgastados. Com Sophia, em Nova Jersey, foi à oportunidade perfeita
para convencer Danielle Derek Burke que ele poderia encontrar conforto
em outro lugar. Em primeiro lugar estava além de Tony, porque a
garota estúpida não tinha ido para a China com Burke. Será que todas
essas pessoas precisam dele para se meter em suas vidas? Ele tinha
assuntos muito mais urgentes com sua própria vida.
Ele não esperou por ela para acompanhar seus passos rápidos,
as pernas longas o tinham seguramente dentro dos limites do seu
domínio privado.
~ 115 ~
Seguindo de perto, Catherine entrou e fechou a porta atrás dela.
— Onde ela está? Como ela estava quando chegou? Eric disse que
ela estava chateada. Por quê?
— Eu disse. Ela foi à única que perguntou sobre sua antiga suíte.
~ 116 ~
sabe, se você não tivesse desligado as câmeras, nós saberíamos com
certeza se ela está dormindo.
— Vai aonde?
~ 117 ~
— An. tho. ny, — disse ela, cada sílaba enunciada. — Vá para sua
suíte. Você vai fazer a coisa certa.
— Você não pode perder tudo até que você tenha tudo a perder.
Eu tinha tudo, e agora olhe para mim!
~ 118 ~
Tudo fazia sentido, depois de todos esses anos. Tony sabia a
verdade. Quando Claire se foi, seu envelope estava vazio. Em seu
sonho, Nathaniel disse que Tony recebeu o que ele deu e Tony
finalmente admitiu, que seu avô estava certo. Tony tinha dado a Claire
uma vida com tudo e, em seguida, lhe tirou por vingança. Nesse
processo, ele tinha perdido tudo, tudo o que não percebeu que era o que
ele queria. Depois que ela se foi, ele ainda tinha o dinheiro, a
propriedade e o prestígio, mas sua vida era tão vazia quanto o envelope
na mão. A vingança não só tinha punido as pessoas na sua lista, mas
tinha o castigado, tirado seu tudo.
Tony não tinha certeza de como iria fazê-lo, ou se isso poderia ser
feito, mas ele sabia que a mulher dormindo no andar de cima era a sua
vida, felicidade e futuro. Para preencher o seu vazio e honrar seu avô,
ele precisava fazê-la ver isso também. Ele precisava fazer mais do que
isso; precisava controlar a única coisa que poderia controlá-lo. Tony
necessitava controlar o vermelho.
Tudo isso mudou quando ele trouxe Claire para sua vida. Tony
tentou acreditar que ela não era nada mais do que uma aquisição,
alguém que poderia ser eliminada, mas isso não era verdade. Ela
encheu o mundo com as cores. Oh, lá estava vermelho muito vermelho,
~ 119 ~
mas havia também azul, amarelo, verde e de maneira mais vívida. Ela o
fez ver o céu, árvores e lagos. Com ela, ele viu a neve nas montanhas e
a ressaca na costa. A vida não era mais uma série de números e livros.
~ 120 ~
As memórias deles na cama rodaram através de sua consciência
enquanto se aproximava. A cada passo, ele dizia o nome dela.
~ 121 ~
Sem dúvida, isso era o que ela tinha em mente. No entanto, Tony
sabia que havia outros itens de lingerie. Se ele encontrasse o caminho
certo, poderia saber a resposta à sua pergunta para calcinha azul
ardente. Quando saiu, ele mostrou uma roupa feminina preta de seda
transparente que ele pensou ser um robe. Quando os olhos dele
encontraram os dela, suas sobrancelhas se ergueram, seus lábios
franziram apertados e ela balançou a cabeça de um lado para o outro.
Com um beicinho fingido ele retornou ao quarto de vestir e voltou
novamente com a longa túnica cor rosa.
Quando o fez, ela era a única coisa que ele podia ver. Seu cabelo
estava um pouco bagunçado, o rosto corado e seus olhos brilhavam
com um brilho que poderia hipnotizá-lo por horas. Era tudo o que ele
poderia fazer para lembrar-se de sua missão. Piscando duas vezes, ele
se obrigou a permanecer na tarefa.
~ 122 ~
desperta que ansiava por ver novamente. Uma vez que ela atingiu o
chão de mármore, ele endireitou-se e disse:
Ele não tinha pensado nisso. Não era o que ele estava tentando
fazer; No entanto, ele compreendeu a sua apreensão. Na tentativa de
tranquilizá-la, ele disse:
— Qual o problema?
— E...?
— Vai dar tudo certo. Isso supostamente fará com que amanhã as
coisas no casamento sejam mais fáceis, — enquanto a levava para fora,
perguntou: — Você quer estar no casamento, não é?
~ 123 ~
Tony seguiu seu olhar. Ele não podia culpar a reação dela, ela
estava vendo seu carro mais novo pela primeira vez. Era um Lexus LFA.
Não havia dúvida, que diferente de Claire, os carros eram a sua paixão.
Este super., carro de dois lugares com um V-40 válvula V-10 não foi
exceção. Ele abriu a porta e ela abaixou-se para o banco estofado.
Quando ele entrou e sorriu, Claire disse:
~ 124 ~
que não quero que seja real, mas, por enquanto, não é. Não vamos
adicionar camadas desnecessárias para esta charada.
Ela exalou. — Sim Tony, uma pequena parte de mim quer que
sejamos reais.
Mais uma vez, Claire fechou os olhos, colocou a cabeça para trás,
e expirou. Sua frase seguinte veio sem nenhuma emoção.
~ 125 ~
Com o carro agora parado ao longo do acostamento da estrada da
cidade, Tony pegou o queixo de Claire e voltou seus olhos verdes
brilhando em direção a ele. Em uma fração de segundo antes de falar,
ele lembrou-se do envelope. Apertando a mandíbula, ele procurou
desesperadamente por seu tom de voz mais calmo. O resultado final
abrandou suas palavras.
Quando ela zombou dele com seus cílios esvoaçantes, seu coração
disparou, e a temperatura dentro do carro aumentou exponencialmente,
Tony colocou a mão no queixo dela. Ele não conseguiria liberar aqueles
olhar verde se tentasse. Inconscientemente, ele se inclinou para ela e
ordenou:
— Me beije.
Ele não tinha a intenção de dizer isso com essa necessidade, mas
era verdade. Ele precisava de uma aprovação, e atacando não iria levá-
lo aos resultados que desejava. Felizmente, ela não protestou.
Obediente, fechou os olhos entreabrindo os lábios, e suas bocas se
uniram. Inflamando, enquanto suas mãos procuravam o que só o outro
possuía. Se não fossem os malditos cintos de segurança, Tony teria
esquecido que eles estavam do lado da estrada, a apenas um quilômetro
de casa do seu vice-presidente.
~ 126 ~
Foi isso o fez perceber o quão difícil realmente isto seria para ela.
Ele tentou abrir o caminho, mas também tinha sido ele o único a criar
os obstáculos. Mais uma vez, ele estendeu a mão para o queixo, mas
sem a tensão de antes. Tony não queria nada mais do que ajudar.
Claire assentiu.
~ 127 ~
Apesar das evidências, você me convenceu de que você não era
responsável.
— Então quem?
— Desta vez não vou deixar você, — ele prometeu. — Vou ficar ao
seu lado, e você não estará sozinha.
— Esperava que ver todos aqui em primeiro lugar seria mais fácil
do que vê-los pela primeira vez em uma multidão.
~ 128 ~
Ele puxou-a para uma parada e procurou o rosto sob o céu
escuro. — Sua cor parece estar boa. Você está maravilhosa. Eu
prometo, — disse ele, apertando-lhe a mão. — Estou bem aqui, — seu
sorriso ampliou. — Um homem de palavra.
— Obrigada.
Tony olhou para Sue. Ela fez um gesto em direção a sua sala de
estar e disse: — Por favor, entrem.
Todo o seu trabalho para preparar Claire foi uma perda de tempo.
As duas mulheres estavam se abraçando, chorando e segurando-se
como se para salvar a vida. Tony assistiu com horror, uma a uma, as
outras mulheres se juntaram ao Hugfest, até que Claire estava cercada.
Impotente, viu quando todas as mulheres desapareceram na cozinha.
Foi preciso esperar até que Tim deu-lhe um, tapa no ombro e
disse: — É uma coisa boa, — para Tony soltar a respiração que não
sabia que estava segurando.
~ 129 ~
excepcionalmente bem. Na maioria das vezes, quando Tony olhava para
Claire, ela estava ao seu lado, dizendo ou fazendo a coisa perfeita.
— Acho que ela vai pegar Sean. Ele está lá em cima com a babá.
— Você pode ficar por mais alguns minutos? Sei que você tem
muito que fazer, e Tony quer falar...
~ 130 ~
acenou com a cabeça em aprovação, antes que ela se voltasse para sua
ex-esposa.
Tony sabia que eles tinham muito que fazer para o casamento e
ensaio, mas isso era importante. Brent passou a explicar que alguma
~ 131 ~
nova informação tinha chegado ao conhecimento do State Bar
Association de Nova York, e o caso de John logo estaria chegando para
revisão. Se tudo corresse bem, o resultado seria o restabelecimento de
sua licença para exercer a advocacia. Enquanto Brent falava, Tony viu
os olhos de Claire brilhar e brilhar.
~ 132 ~
— Por quê? Sei que você fez isso. Você disse a Brent e Courtney
que você queria ser honesto. Então, seja honesto.
~ 133 ~
A esmeralda suave acalmou quando ela disse: — Obrigada.
Obrigada por me apoiar esta noite com seus amigos. Estava muito
nervosa. Aconteceu muito melhor do que poderia ter possivelmente
esperado... E obrigado por ajudar John. Sei que você não gosta dele, e
que você criou seus problemas, mas está o ajudando agora, isso
significa muito para mim, — ela se inclinou e beijou levemente seus
lábios.
Ele sorriu para ela mudando o tom. — Sim, Claire para o seu
lago?
~ 134 ~
Ela sorriu e acenou com a cabeça. — Eu... Eu gostaria muito
disso.
~ 135 ~
Não há nada mais profundo ou de consequência duradoura do que
a decisão de ter um filho.
- Raymond Reddington, The Blacklist.
Capítulo onze
Mudanças – Julho de 2013
(Truth - Capítulo 44 e 46)
A visita ao lago era tudo que Tony esperava e muito mais. Não era
que não lhe tinha ocorrido ao longo do último ano e meio visitar o Lago
de Claire. Ele tinha. A coisa é. Ele não era adepto de encontrar o seu
caminho através do terreno arborizado. Tony poderia enfrentar a mesa
dos adversários, sabendo que ele iria cortar sua tábua de salvação
financeira. Ele poderia estudar uma pilha de folhas de cálculo e,
instintivamente, saber quais as empresas poderiam ser salvas e quais
deviam ser fechadas... Mas caminhar através das árvores, subir
encostas, e terminar em um lago primitivo, não estava em seu conjunto
de habilidade. Claire, por outro lado, Tony tinha total confiança em
suas habilidades. Uma vez que eles chegaram à margem e ela
perguntou se ele tinha estado lá durante a sua ausência, sua resposta
foi sincera:
É claro que ela não concordou. Por que ele achava que havia uma
chance? Ela era a mesma mulher que puxou o lençol sobre os belos
seios redondos e projetando a modéstia em todas as oportunidades. Ela
~ 136 ~
era a mesma mulher que iria colocá-lo em seu lugar figurativo, mais de
uma vez. Claire era a mulher que girou a vida previsível fora de controle
para sua outra forma calma. Sua recusa estimulou seu desejo mais do
que uma aceitação jamais conseguiria. Quando eles voltaram para a
propriedade, Claire disse que estava cansada, e antes de irem para o
ensaio da celebração com sobremesa e vinho, ela queria tirar uma
soneca. Tony de boa vontade concordou, afinal de contas, entre viagens
e nervos, ela tinha todo o direito de estar cansada. Ele pensou que se
ela planejava voar para ele a cada duas semanas para as suas aparições
regulares, Claire necessitava se acostumar com a viagem. Talvez isto
fosse o perfeito trampolim para sugerir que ela ficasse em Iowa. Ele
teria que enfatizar que era para seu benefício, para torná-lo menos
desgastante. Eles planejaram jantar no pátio posterior antes de ir para
a celebração. No passado tinha sido a sua prática, Tony ia buscar Claire
em sua suíte para levá-la para a sala de jantar ou pátio, no entanto,
uma vez que não tinha dito especificamente, Tony foi para o pátio e
esperou. A cada minuto que passava, uma voz do nada, uma que ele
tentou ignorar lembrou-lhe sobre sua aversão à espera. Cada vez que
olhava para o relógio, a voz fez clamar mais ruidosamente sobre as
consequências do atraso.
— Não. Não ele não ia comer sozinho. Esse era a vantagem de ter
Claire na propriedade. — Ainda não, Cindy.
— A náusea.
~ 138 ~
Cada palavra veio mais lenta e mais profunda do que a última. —
Provocado por quê?
— Não sei o que vamos fazer. Eu vou ter um bebê, com ou sem
você.
~ 139 ~
— Sinto muito. Você me surpreendeu. Deixe-me pensar sobre isso
por um tempo.
— Tudo bem Tony, você pensa tudo que você quer. Seus
pensamentos e decisões não importam. Eu vou ter esse bebê.
~ 140 ~
bom brilho rosado, que destacava o decote de vestido, e o florescimento
da linha entre seus seios distraiu seus pensamentos. Sem dúvida, os
seios pareciam maiores. Será que a gravidez faz isso? Inferno, ele
precisava fazer uma pesquisa. Tony odiava não ter respostas.
Claire não queria ir com ele. Desde a primeira vez que tinha sido
levada para a propriedade, nunca a tinha visto reagir com veemência, e
violência como fez naquela tarde. Tudo o que Tony queria fazer era levá-
la para longe da propriedade. Fazia quase dois meses que ela não ia a
lugar algum. No entanto, Claire perdeu isso quando ele a conduziu
passando pelas portas da frente e ela viu o carro esperando. Bem ali,
em seus degraus da frente, ela começou em um ataque de histeria.
Tony nunca tinha visto nada parecido. Por mais de um mês ela estava
~ 141 ~
calma e acomodada, calma demais. Naquela tarde, todas as suas
emoções borbulharam. Ela vomitou coisas odiosas quando caiu no
chão, recusando-se a ceder. Ele lembrou os punhais em seus já não
calmos olhos verdes quando ela disse-lhe que o odiava. Foi Catherine
que sussurrou e explicou. Em todo o tempo desde o acidente, ela não
tinha perdido a calma. Catherine explicou que era parte do processo de
cura. Naquele dia, Tony sabia que Claire precisava mais do que
liberdade. Ela precisava, não, ela merecia ouvir seu pedido de desculpas
honesto.
Quando ela não falou, ele perguntou: — Você sabe onde estamos?
Seu olhar desviou para o piso. — Não acho que os meus sapatos
foram feitos para...
~ 142 ~
Claire deu de ombros com indiferença e aceitou sua mão
estendida. Sua fachada foi mais uma vez segura quanto ela respondeu:
Ela estava com medo? Ela estava. As memórias deste campo e seu
último pedido de desculpas trouxeram de volta memórias, outras vezes
que ele tinha visto o medo em seus olhos.
— Eu te assusto?
~ 143 ~
Havia esperança em sua resposta, a esperança real. Enquanto
Tony balançou com essa nova realidade de seu mundo girando fora de
controle, ele atingiu a tremulação. Embora mais do que ele merecia,
isso estava lá.
— Para aqui?
— Não, eu amo aqui. Não vou voltar para o seu controle supremo
sobre cada movimento meu. Não posso e não vou permitir esse tipo de
vida para o nosso filho.
— Como eu sei como você se sente? Ou que você não vai fazer
alguma coisa para mim como você fez antes, com a tentativa de
assassinato?
~ 144 ~
Ele ponderou a pergunta dela quando pegou sua mão e ajudou-a
voltar para o carro. Poderiam? Eles poderiam confiar? Este não era o
momento para lembrar Claire que ela tinha sido a única a deixá-lo, e a
única a falhar no teste e romper essa confiança. Voltando para a casa,
Tony fez perguntas e Claire respondeu. Ninguém mais sabia sobre a
gravidez. A partir do momento que ela viu o ultrassom, queria ver Tony
e decidir o que fazer. Claire sabia que não ter o bebê não era uma
opção. Ela disse a ele sobre a doença, o que ela achava que era uma
intoxicação alimentar pelo bacon. Ele perguntou quando ela suspeitou.
Se ela já sabia quando ele estava na Califórnia?
Ele não discutiu, ele também tinha muito a ponderar. Depois que
ele a viu subir as escadas e desaparecer pelo corredor, Tony foi para o
seu escritório para verificar suas mensagens. Com tudo o que tinha
acontecido, ele não tinha verificado seu telefone desde antes do jantar.
Olhando para a tela, tocou uma mensagem de texto perdida de Phillip
Roach. As palavras foi um soco para seu intestino, empurrando o ar de
seus pulmões:
~ 145 ~
A realidade da outra pessoa não está no que ela revela a você, mas
no que ela não pode revelar a você. Portanto, se você pudesse entendê-la,
não ouvindo o que ela diz, mas sim o que ela não diz.
- Khalil Gibran
Capítulo doze
É um Novo Jogo, com Novas Regras - Junho de
2013.
(Truth - Capítulo 47)
Tony acordou cedo com a novidade correndo em voltas através de
seu cérebro. Claire estava grávida, de um filho seu. Como isso
aconteceu, ou até mesmo por que, já não valia a pena a sua
consideração. Para onde ir a partir daqui era o que ele precisava decidir.
Ele queria convencer Claire que estar em sua vida era o lugar onde ela
precisava estar. Este bebê mudou o jogo, ele ou ela, estava forçando
movimentos que nem Claire nem Tony tinha imaginado fazer tão
brevemente. Tony não tinha certeza de como convencer Claire, mas ele
estava falando sério quando disse que não queria ela morando com o
bebê na Califórnia. Quando era só Claire, ele estava disposto a esperar
e deixá-la chegar a essa realização, no entanto, já não era mais o caso.
O bebê podia estar residindo dentro dela, mas era metade dele. Na
opinião de Tony, isso lhe deu a vantagem que precisava em sua
negociação.
~ 146 ~
O tempo era um bastardo teimoso. Não importava quanto
dinheiro ou influência Anthony Rawlings possuía, ele não poderia
mudar o tempo ou ligá-lo novamente. O que poderia fazer era a
promessa de que o futuro seria diferente. Ele olhou para dentro da
gaveta da escrivaninha. Pela primeira vez desde o seu sonho, o envelope
o fez sorrir. Pela primeira vez, Tony tinha esperanças genuínas de que
seu envelope não permaneceria vazio. Ele nunca tinha considerado
preenchê-lo com mais de Claire, mas agora, agora havia também uma
criança. Tony não sabia por que Deus achou que ele merecia esta
oportunidade. Ele não estava questionando, ao invés disso ele queria
provar para Nathaniel, para um ‘ser’ superior, para Claire e seu filho
que ele teria sucesso.
Falha nunca tinha sido uma opção e esta não foi exceção. A
diferença que puxou seu coração era o conhecimento que ele nunca
teria sucesso por conta própria. Sozinho, ele tinha realizado grandes
coisas ao longo de sua vida. Desta vez era diferente. A realização criou
uma sensação estranha de vulnerabilidade. Para não falhar, para ter
sucesso, Tony precisava de Claire. Ele precisava de sua ajuda e sua
orientação. Ele nunca seria capaz de ser pai sem ela. Inferno, ele não
teria uma pista. Para fazer este trabalho, que levaria os dois. Não era
mais uma questão de ter as respostas às suas solicitações e perguntas,
este era um mundo totalmente diferente. De repente, ele tinha
perguntas e ela tinha as respostas. A concretização o deixou inquieto.
~ 147 ~
Assim que Tony viu Claire através das portas francesas, ele se
lembrou de sua nova aversão ao café, afastou o seu copo a uma
distância, e cumprimentou-a:
— Bom dia. Não tinha certeza de que iria acordar com o meu
texto.
Antes que ele pudesse dizer outra palavra, dizer o quão incrível
ela estava, ela o olhou como se ele quisesse mantê-la em cativeiro para
sempre, Cindy estava ao seu lado, oferecendo-lhe café ou chá e
discutindo alimentos. Maldição, ele precisava de pessoas menos
atentas. Enquanto ela falava, avaliou sua tez. Para ele, ela estava linda.
Quando estavam finalmente em paz, ele perguntou:
— Ah, mas você está enganada! Seria sempre tão útil! — Tony
pegou a taça de frutas frescas. — Você gostaria de um pouco de fruta?
Ele pegou a mão dela. — Claire, por que você acha que tudo tem
duplo sentido?
Ela engoliu a sua fruta. Com seus belos olhos cor de esmeralda
brilhando, ela respondeu:— Porque conheço você.
~ 148 ~
— Queria discutir o dia. Pretendo trabalhar em casa esta manhã e
estava esperando que pudéssemos passar algum tempo juntos antes do
casamento.
Poucos dias atrás, ela não queria Claire perto de seu filho. Agora,
elas estavam indo para tomar um café? Não fazia sentido.
~ 149 ~
Claire endireitou os ombros e se inclinou sobre a mesa. O olhar
de Tony se esforçou para encontrar seus olhos de fogo, em vez de
concentrar-se no caminho de seu roupão aberto, dando-lhe uma
excelente vista de seu decote. Seu tom abafado, mas determinado
reorientou seu ponto de vista, bem como os seus pensamentos.
Depois de Claire agradecer Cindy por sua comida, ela voltou sua
atenção para Tony.
— Outros?
Tudo bem, então ele nunca lhes deu qualquer pensamento. Por
que ele? Roach tinha dito que isso aconteceu quando Amber não estava
em casa. Isso ainda não explicava sua indiferença e isso era sério.
— Eu não sei, mas quem quer que seja levou meu laptop. A única
informação secreta que há é sobre você. — Claire continuou a comer.
~ 150 ~
Ela falou como se tivesse acabado de lhe dizer que tinha receitas
em seu disco rígido, não os segredos que ele tinha trabalhado com
afinco para manter enterrado.
— Bem, Tony, estou sendo honesta com você. Esse laptop contém
informações sobre Nathaniel e Samuel Rawls. Se você não é a pessoa
responsável por seu desaparecimento. Você não gostaria de saber quem
o levou?
~ 151 ~
dou a mínima para isso; no entanto, eles exigem um pouco mais de
experiência por atrás da roda.
— Isso foi o que pensei que parecia quando vi pela primeira vez.
~ 152 ~
Tony foi seguindo na conversa. — Como vocês sabem, minha
diretiva original foi há dois dias. Queria uma resposta ontem. Sua
incompetência é...
— Isso deve ser o seu slogan, — disse Claire quando ele parou a
poucos centímetros de distância.
— Oh, mas você está tão certa. Não gosto de ser decepcionado.
— Lembro-me disso sobre você, — ela hesitou. Ele fez uma oração
silenciosa para que Claire avançasse em direção a ele então ele podia
sentir seu calor contra seu peito. Mantendo sua distância, Claire
continuou: — Seu carro foi devolvido em uma única peça, dificilmente
um arranhão.
~ 153 ~
Sua força de vontade foi subitamente gasta. Querendo ela mais
perto, ele colocou seus braços ao redor da sua costa pequena e puxou-a
contra ele, segurando seu queixo, manteve o olhar de seus olhos de
esmeralda espumantes.
~ 154 ~
ela abriu os lábios, a língua dele mergulhou mais profundamente,
saboreando sua doçura e sentindo seu calor.
~ 155 ~
— Gostaria de ficar aqui para sempre, mas gosto da ideia de você
ficar mais no sol.
Ele seguiu seu olhar atônito. Era o seu retrato de casamento. Ele
ainda não tinha considerado a sua presença quando a levou para o seu
quarto. Timidamente, ele respondeu:
~ 156 ~
Onde nós amamos é o lar, casa que nossos pés podem sair, mas
não nossos corações.
- Oliver Wendell Holmes
Capítulo Treze
Eu espero que você considere-se em casa - Julho de
2013
(Truth - Capítulo 48 e 49)
Tony estava satisfeito que Courtney tinha facilitado o encontro na
casa de Sue e Tim. Isso realmente ajudou a aliviar a ansiedade de Claire
por estar com todos. A atmosfera no casamento e recepção foi festiva e
amigável. Parecia que todo o desconforto de quinta-feira foi uma
memória distante. A partir da cerimônia, onde Claire comportou-se
firmemente a seu lado, para a recepção, onde eles se moveram de forma
fluida de um lado para o outro da pista de dança, Tony aproveitava
cada minuto.
~ 157 ~
--------------------------------------------------------------------------------
Obrigado.
--------------------------------------------------------------------------------
— Nem sequer olhei para o meu telefone desde que saímos para o
casamento. Por quê? Tem algo mais acontecendo?
~ 158 ~
— Por que alguém iria querer meu laptop?
— Bem, você sabe que é verdade. Por que você está continuando
esta pesquisa?
~ 159 ~
Ele não falou, mas olhou para ela, questionando seu laptop
seguro. Ele assumiu que era protegido por senha como, SENHA 123 ou
sua data de nascimento, não à prova de falhas e barreira impenetrável.
— A protegi?
— Sim, quem quer que seja, você manteve o seu segredo seguro.
~ 160 ~
Ele considerou seu voo de retorno. Não há dúvida de que ela
estaria chateada que ele havia cancelado seu voo, talvez ele pudesse
fazê-la pensar que foi ideia dela.
Sua delicada mão, mais uma vez fez contato. Alcançado para o
joelho, ela explicou: — Tive um tempo maravilhoso. Por favor, não
arruíne isto. Vamos dar a tudo isso um dia de cada vez? Gostaria de
pensar sobre esta noite agora e amanhã mais tarde.
Tony não discutiu. Isso não importa, ela já não tinha um assento
no voo comercial. Quando chegaram à propriedade, Tony abriu a porta
de Claire e pegou sua mão. Ela disse que queria se concentrar nessa
noite. Assim o fez. Mesmo sem o bilhete de avião, Tony duvidou que
fosse capaz de convencê-la a ficar uma noite extra, semana ou mês.
Olhando em seus olhos cor de esmeralda, ele tocou os lábios na parte
superior e sua mão pousando dentro. Silenciosamente, eles
caminharam de mãos dadas para a casa. Na base da grande escadaria,
Tony sussurrou:
Claire estendeu a mão e cobriu sua boca com o dedo. Ele apertou
os lábios e viu o desejo e determinação, criando uma bela chama de
fogo esmeralda. Não foi provocada pela raiva, mas anseio. Ele tinha
~ 161 ~
visto isso antes e sabia que estava sendo correspondido em seu olhar.
Lentamente, abaixo de seu toque, as pontas de seus lábios se moviam
para cima. Ela sussurrou:
Ela queria o controle, ele iria permitir algum. Eles não iriam
discutir seu voo de retorno, seu computador, ou o seu histórico. Em vez
disso, continuaram a sua reunificação dentro das paredes de sua
história compartilhada. Era um quarto que continha boas memórias de
luxuria e amor e más dominações e consentimento.
Amor? Tony não podia acreditar que foi real, mas era. Ele nunca
tinha desejado o amor. Por que ele? Ele não tinha certeza de que existia,
até que ela, mais uma vez de boa vontade estava embaixo dele. Seus
papéis foram redefinidos, Tony já não desejava dominação, e Claire não
estava submetendo-se. Ela era uma participante voluntariamente ativa,
capaz de acomodar suas necessidades, bem como expressar a sua. Seus
belos olhos viram sua alma e seu delicado corpo dominou seus
pensamentos. Apesar de todos os seus erros e manipulações, Tony
estava mais uma vez onde ele ansiava estar.
Ele sabia que não seria fácil. Cada momento foi uma batalha
interna. Instintivamente, ele queria controlar Claire e limitar seu acesso
ao seu passado e seu coração. No entanto, sabia que era tarde demais.
Ela já tinha conseguido desenterrar emoções que ele nunca soube que
existia, e agora eles iam ter um filho. Apesar de seu poder escorregar
por entre os dedos, quando Claire abriu os olhos e viu através de sua
íris esmeralda cintilante os lábios dele formaram um sorriso que ele não
se importava. Era apenas os dois dentro das paredes de cobre e cortinas
de cetim da suíte de Claire, e isso era tudo o que precisava.
Uma vez dentro de seu escritório, não demorou muito para uma
batida e abertura da porta. Catherine entrou silenciosamente, sem
esperar por um convite.
~ 162 ~
— Diga-me, como foi o casamento? Você não disse muita coisa
desde que ela chegou.
Tony passou a mão pelo cabelo. Ele não queria compartilhar o fim
de semana com ninguém, exceto Claire. Respirou, e optou por pacificar.
— Não sei talvez como ela, foi recebida? Como é que ela fez? Vi as
fotos do casamento na Internet. Você sabia que estavam sendo tiradas?
Tony balançou a cabeça. — Ela não vai. Ela saiu com Sue e
voltou.
— Sim, é claro, estava, está — ela corrigiu. — Isso não muda seu
sobrenome. Certamente vai estar sempre na parte traseira de sua
mente. É por isso que é complicado?
~ 163 ~
— Não me interprete mal, estou feliz em vê-lo feliz, mas você sabe
tão bem quanto eu que ela nunca pode compartilhar o seu nome real.
Além disso, você não está apressando as coisas?
Catherine assentiu.
— Você que começou com a sua entrega. Não vou dizer a ela, mas
se ela souber você só pode responsabilizar você mesmo.
~ 164 ~
— Você acha que Claire sabe?
Ele se inclinou para frente. — Catherine, ela sabe que meus pais
foram mortos. Ela disse que acreditou em mim que eu não era
responsável, que era uma mulher em um Honda azul. Ela parecia mais
simpática do que julgando qualquer coisa.
Foi por isso que Tony não queria ter esta discussão. Sempre que
seus pais eram mencionados mesmo depois de todos esses anos, a
postura de Catherine endurecia.
— É bom ver você feliz. Espero que ela não o decepcione de novo.
~ 165 ~
verdadeiro homem por trás Anthony Rawlings. Tony não sabia se era o
filho ou a sua força recém-descoberta, mas, independentemente do
motivo, ele queria compartilhar. Esse desejo incitou um medo profundo
dentro dele, como nunca tinha conhecido.
Era isto o que era amar verdadeiramente alguém? Será que isso
significava mais do que uma promessa de obediência e união? Será que
isso também significa permitir-se ser vulnerável?
Esperando Claire recuar, como ela teria feito anos atrás, Tony
assistiu atônito, quando Claire se levantou e caminhou em direção a
ele. Seus lábios fechados formaram um sorriso suave quando ela olhou
profundamente em seus olhos. Com as delicadas mãos emoldurando
seu rosto, ela se inclinou em direção a ele até que seus narizes se
tocaram, e roçou os lábios nos dele.
~ 166 ~
— Confio em você para não travar minha suíte do lado de fora.
Você precisa confiar em mim para voltar.
— Eu não sei ... Sexo soa muito bem, e eu amo seus olhos.
Gostaria de negociar?
~ 167 ~
As bochechas de Claire coraram quando ela balançou a cabeça. —
Como vou conseguir... Voltar para a Califórnia?
Claire não tinha saído de seu escritório por muito tempo quando
Tony sabia que seu trabalho poderia esperar. Ele queria passar o
máximo de tempo que podia com ela, antes que saísse. Ele tinha
considerado uma questão importante que queria perguntar, e depois da
foto que ela tinha acabado de lhe mostrar, Tony sabia o que queria
fazer.
Ele fez o seu caminho para sua suíte, no entanto, antes de bater,
endireitou as costas quando a voz de Catherine entrou no intervalo.
Tony não precisava de Catherine pescando para obter informações. Será
que ela não percebia que iria alimentar a curiosidade de Claire mais do
que queria silencia-la? Quando ele abriu a porta, ambas as senhoras se
viraram em sua direção.
Claire caminhou para Tony e pegou sua mão. — Não. Mas uma
vez que você está aqui...
~ 168 ~
registrar, mas finalmente os olhos cinzentos se arregalaram e ela
proclamou: — Você está grávida?
Foi então que Catherine olhou para Tony, que estava com a mão
de Claire em seu peito com orgulho inchado. Catherine continuou com
choque e espanto em sua voz:
~ 169 ~
A vida se move muito rápido. Ele corre do céu ao inferno em
questão de segundos.
- Paulo Coelho
Capítulo quatorze
Do Céu para o Inferno - Julho de 2013
(Truth - Capítulo 49,51 e 52)
Enquanto esperavam para jantar, Tony e Claire relaxaram na
piscina. Tudo foi perfeito, ao sol quente de Junho no céu azul de Iowa.
Tony lembrou a Claire que uma vez ela chamou a piscina de seu pedaço
de céu, e esperava que ela ainda se sentisse assim quando ele fizesse
uma pergunta muito importante. A última vez que ele a pediu em
casamento, estava elaborado planejado, mas isso era diferente. A
primeira vez que disse a ela que sabia o que era ter sobre o acidente.
Agora, ele realmente sabia como era quando ela partiu, e ele a queria ao
seu lado, agora e para sempre. Não se tratava de um nome ou deixar o
mundo saber que ela era sua. Era sobre seu envelope, sobre sua
família, sobre mantê-los seguros e fazê-los felizes. Com todo o seu
coração, Tony acreditava que era sobre o amor. Ele chamou-lhe antes,
mas isto foi diferente do que eles tinham compartilhado no passado.
Talvez, apenas talvez, isto é o que era amor de verdade.
~ 170 ~
Reunindo sua coragem, quando ela levantou a cabeça da água, ele
disse:
~ 171 ~
Ele estendeu a mão para a mão esquerda e colocou o anel de
diamantes testando-o em quatro dedos dela. É claro que se encaixava
ele era dela. Com um sorriso maroto, Tony explicou.
~ 172 ~
querer voar com ela. Então, uma vez na Califórnia, ele não iria querer
abandoná-la.
Era seu novo mantra, até que ele tivesse quatro, depois três...
Tony respondeu:
Ele esperou. Quando ela não respondeu, Tony sabia que Claire
estava em rota para a Califórnia.
~ 173 ~
OS SEGURANÇAS DO PREDIO VÃO ME ENVIAR IMAGENS
AMPLIADA DO INTRUSO E ENCAMINHAREI ASSIM QUE RECEBER.
NÃO É CLARO O SUFICIENTE PARA SER USADO EM UM
SOFTWARE DE RECONHECIMENTO.
(AR):
(AR):
(PR):
(AR):
(PR):
(AR):
(PR):
EU VOU SENHOR!
~ 174 ~
sobre a superfície lisa, brilhante. Apressadamente, ele bateu na tela na
mensagem de texto Claire:
~ 175 ~
A restrição foi difícil, mas ele sabia que não ia reconquistá-la sem
esforço. Embora a maldita imprensa tivesse um dia cheio, se a visse
com Baldwin, Tony lembrou-se de fazer o que disse a ela, confiar.
Tony respondeu:
~ 176 ~
A SRA. NICHOLS CHEGOU NO COMDOMINIO. NÃO FEZ
PARADA NO CAMINHO.
— O que diabos você quer dizer que foi aberta 20 minutos atrás?
Pensei que o Amber tinha ido embora? Roach? Roach! Responda-me,
Maldição!
— É este o homem?
— Eu não sei. Ele tinha documentos. Sim, talvez... Ele era careca.
Tony ouviu tudo, mas não podia fazer nada. Quanto tempo levaria
para chegar tomando quatro voos? Ele desconectou Roach e rolou
através de seus contatos, encontrando Harrison Baldwin. Tony bateu
chamar.
~ 177 ~
— Baldwin, é Anthony Rawlings. Vá para a unidade de Claire
imediatamente. Você tem que me ouvir. Alguém está lá e ela não está
segura.
— Caramba! Sei que você pode me ouvir! Sei que você só a levou
para casa! Vá até ela, antes que seja tarde demais!
~ 178 ~
— Como no inferno que você deixou isso acontecer? Diga-me o
que está acontecendo aí!
~ 179 ~
Você tem que sonhar antes que seus sonhos possa se tornar
realidade.
- Abdul Kalam
Capítulo quinze
Eu Sonhei com Você – Julho de 2013
(Truth - Capítulo 52 e 53)
Tony berrou ordens por todo caminho até o aeroporto. Ele
chamou Brent e disse-lhe para contratar alguém novo: Roach seria
dispensado. Depois de seu fracasso épico, Tony não tinha a intenção de
empregá-lo por mais uma hora, muito menos por um dia. Tony
precisava de pessoas que pudesse depender, Phillip Roach, obviamente,
não era um deles. Tony queria informações sobre o assaltante: Se
estava trabalhando sozinho? O que ele queria? Tony também chamou
Baldwin. Embora a conversa tenha sido curta, Harrison confirmou que
Claire se localizava no Stanford Medical Center e garantiu que ela tinha
um sólido sistema de apoio, incluindo Emily e John, que estavam em
seu caminho.
~ 180 ~
enquanto Tony encontrou uma pequena sala de visita um andar de
distância do quarto de Claire e instalou-se ali.
~ 181 ~
novamente. O que ele temia, quando horas virou-se para outro dia,
eram suas memórias de depois do acidente de Claire e antes de seu
colapso na varanda da frente. Essas semanas preocuparam seus
pensamentos.
— Tony, prefiro ficar aqui, se está tudo bem com você. A sala de
jantar está tão longe.
~ 182 ~
suíte. Então, lentamente, fez mais progresso. Primeiro, foi à sala de
jantar, o patamar da varanda, eventualmente, eles tinham saído. Até o
ar fresco não trazia de volta a esmeralda espumante ele desejava. Tony
tentou presentes. Isso não parecia ter importância se era um cachecol
barato, um livro recém-lançado que ela tinha em antecipado, ou joias
avaliadas em milhares de dólares, embora seus lábios sorrissem, seus
olhos permaneciam mortos.
Foi por isso que ele falou com Courtney e Brent sobre uma visita
com ela. Tony tinha esperança de que se a levasse em qualquer lugar,
ajudaria. Ele nunca esperava que fossem as práticas de direção que iria
trazê-la de volta à vida.
Tony não sabia se todos estavam em seu quarto ou não, isso não
importava, ele ia entrar. Quando se aproximou, viu seus ex-cunhados
na porta do quarto dela. John foi o primeiro a vê-lo. A combinação de
ódio e choque no olhar de John alimentou os passos determinados de
Tony. Ele não iria parar até que estivesse no quarto de Claire. Ele não
podia. Ele tinha que vê-la com seus próprios olhos e saber que ela
estava bem. Ele precisava estar perto dela, para segurar sua mão e
prometer mais filhos.
~ 183 ~
— Eu quero vê-la.
— Não me importo com o que você quer. Nem sei como você soube
que ela estava acordada, mas você não está indo perto dela.
Emily suspirou antes que ela disse: — Eu nem vi ela ainda. Ela é
minha irmã!
— Obrigado, Baldwin.
~ 184 ~
encontrou o dela, o resto do mundo desapareceu. Diante dele viu a
faísca que temia que tivesse ido embora.
— Eu estou bem.
~ 185 ~
Claire interrompeu: — A médica estava aqui. Ela disse que o bebê
está bem.
Com o rosto inclinado a seu toque, a testa de Tony caiu para seu
peito, e ele suspirou de alívio. — Sabia que não seria bem-vindo. Estive
esperando em outro andar notícias de quando você tivesse acordada.
Ele olhou nos olhos dela, e sua voz endureceu com cada frase. —
Quando estiver bem o suficiente para viajar, você voltará para casa,
onde estará segura, e onde Catherine possa cuidar de você.
~ 186 ~
Chester estava trabalhando sozinho. Até descobrirmos e localizar o seu
laptop, isso não é negociável.
Tony sorriu. — Mesmo? Parece-me que você já faz. Acho que você
está sexy como o inferno, — ele gentilmente beijou sua testa. — Você
acha que agora é um bom momento para contar a sua comitiva, nossa
notícia?
Ele podia ouvir as palavras tão claro como o dia. O divórcio foi
obra dele, não dela. Ele teve uma chance de felicidade olhando para ela
por trás de um rosto machucado. Será que ele deixaria esta notícia
roubá-la e deixá-lo novamente sem nada? Quando voltou para Claire,
seus olhos estavam fechados e sua cabeça descansando contra o
travesseiro. Ela disse que estava com dor de cabeça. Ele sabia que
deveria deixá-la descansar, mas primeiro Tony precisava de
confirmação.
~ 187 ~
Verde esmeralda encheu sua visão, quando ela respondeu sem
hesitar. — Sim, você esteve no condomínio duas semanas antes de
Harry e eu, bem, no ultrassom, a médica disse que a pulsação não é
detectável até seis semanas. Se ele fosse o pai, estaria apenas de cinco
semanas justamente nessa altura, e estou de sete, — ela estendeu a
mão para ele e depois de apenas um momento de hesitação, Tony se
adiantou e pegou sua mão. Claire continuou. — Tony, não sabia que
estávamos juntos até você confirmar na festa de gala. Lembrei-me...
Mas tinha me convencido de que foi um sonho.
— Você fechou-a, mas você não fechou. Voltei para dizer alguma
coisa, e ouvi algo cair. Soou como algo quebrando. Escutei, mas não
ouvi mais nada, então decidi dar uma olhada em você. A porta se abriu,
— ele confessou: — Não bati. Quando entrei você estava dormindo no
sofá, então eu a levei para o seu quarto. Posso dizer com boas
intenções, mas não seria inteiramente verdade. Claire, perguntei-lhe
várias vezes. Você nunca disse que não.
— Sim, foi após o jantar. Não tinha visto você desde... A prisão em
Iowa.
— Sonhei com você, também. Acho que pode ter algo a ver com a
visão de seu lindo rosto em cima da minha lareira todas as noites antes
de dormir.
~ 188 ~
A porta se abriu, e uma enfermeira entrou. — Sinto muito senhor,
a Sra. Nichols precisa descansar. Estou fechando a porta para os
visitantes por um tempo.
~ 189 ~
No final da tarde de quarta-feira, a médica de Claire liberou-a do
hospital e deu-lhe uma referência na cidade de Iowa. Tony tinha
planejado levá-la diretamente para o aeroporto e para a segurança de
sua propriedade, no entanto, Claire recusou. Ela não recusou a viagem
iminente. Ela quis apanhar algumas de suas coisas antes de saírem.
Tony prometeu ter tudo enviado, mas queria fazê-lo sozinha.
Eu sei que você está bem... Mas agora, há outro corpo para
adicionar à contagem...
~ 190 ~
assegurando-se de que não era a realização de seu sonho, ele não pôde
conter a emoção de sua própria voz.
~ 191 ~
O amor consiste em liberdade e poder, não em obter o controle e
posse.
- Jeffrey Fry
Capítulo dezesseis
Diga que Você é Minha. – Junho de 2013
(Truth - Capítulo 54)
Tony dirigiu o carro alugado pelas ruas agora familiares de Palo
Alto. Olhando para o banco do passageiro, não podia deixar de sorrir.
Em algum lugar entre o último sinal de trânsito e, agora, Claire tinha
caído no sono. Com tudo o que ela tinha passado nos últimos dias e, é
claro, sua condição, ela tinha todo o direito de estar esgotada. Tony
compreendia. Ultimamente, a exaustão se tornara sua norma. Ele não
tinha tido uma boa noite de sono, desde que esteve com Claire em Iowa.
Ele definitivamente não tinha tido uma boa noite nos últimos dias. Na
verdade, não antecipava ter um por um tempo. Havia apenas muitas
perguntas sem resposta e muita incerteza. Concentrando-se na estrada
diante ele, contemplou os acontecimentos recentes.
~ 192 ~
começar toda a sua maldita vida outra vez. Nada disso seria possível.
Além disso, quando é que Anthony Rawlings teve arrependimentos? Ele
lembrou a si mesmo, se arrepender não resolveria a ação dos
problemas.
Por deus, Tony precisava agir! Amanhã Claire ia com ele para
Iowa, e iria mover céu e terra para descobrir quem tinha enviado as
flores com o nome de Rawls. Felizmente, Claire tinha concordado. Esta
não foi como a primeira vez. Ambos sabiam que a propriedade era o
lugar mais seguro. No entanto, se ela acordasse de manhã e mudasse
de ideia... Tony não era contra uma persuasão mais forte. Sua
segurança não era discutível.
~ 193 ~
— Ficaria feliz em levá-la para a minha suíte, mas tenho medo de
que iria atrair mais atenção do que qualquer um de nós quer.
Ele considerou dizer a ela que nada disso teria acontecido se ela
tivesse ficado em Iowa. As palavras estavam ali, querendo sair, em vez
disso, ele carinhosamente passou o braço em torno do ombro e puxou-a
em seus braços. Aproximando-se os lábios em sua orelha, ele
sussurrou: — Obrigado por me deixar ajudar.
~ 194 ~
saber seu estado ou os impasses em relação ao remetente das flores que
ameaçam, as sensações de impotência foram sufocantes. Por dias e
noites, cada músculo e fibra do seu ser estavam muito tensos. Não era
de admirar que ele não tivesse sido capaz de dormir.
~ 195 ~
em Iowa. O que acelerou os batimentos cardíacos de Tony e tingiu o
quarto em um tom doentio de vermelho estava no controle de Claire.
Isso tinha passado. Tony reconheceu que ela não pediu para ser alvo de
Chester, no entanto, ela tinha aceitado os avanços de Harrison Baldwin.
~ 196 ~
Quanto ele bebeu? Tony não tinha certeza. Quanto tempo tinha
se passado? Ele também não sabia. Ele sabia que ele tinha feito do sofá
uma cama, e mais cedo ou mais tarde voluntariamente ou
involuntariamente se deitou e desmaiou. De qualquer maneira, ele
estava disposto. Comida teria sido uma boa ideia, mas em algum lugar
entre os pensamentos de Chester e os de Baldwin, o apetite de Tony
desapareceu.
~ 197 ~
Todo o senso de inibição desapareceu com os últimos dedos de
Bourbon. Foi Claire quem começou a conversa, seria melhor estar
preparada para terminá-la. Jogando a precaução ao vento, Tony
respondeu honestamente.
— Eu confio em você...
— O Quê?
— Você é linda!
— Desculpe?
Ele deveria ter ouvido a sua preocupação iminente, mas não o fez.
~ 198 ~
— Me ver?
O toque de suas mãos tirou o foco seu objetivo. Ela parecia tão
forte. — Estou bem, mas quero que você venha para a cama comigo.
Talvez fosse o álcool, mas Tony de repente se sentiu mal. Era ele!
Estava tremendo por causa dele. Ele caiu de joelhos e gentilmente
apertou os quadris de Claire. Além das contusões ela era a mulher que
ele tinha machucado muitas vezes. Do outro lado das contusões estava
seu filho. Querendo fazer parar o tremor, ele beijou a barriga e inalou
seu perfume quente limpo. Com ternura roçou os lábios sobre suas
feridas enquanto suas mãos firmemente entrelaçaram atrás dela.
Ele não parou, não podia. Ele não conseguiria tirar a sua dor,
mas poderia tentar fazê-la, se sentir melhor. O aperto dela em seus
cabelos até antes de se ajoelhar diante dele era firme. Ele lutou para se
concentrar, quando sua visão se encheu de verde esmeralda.
~ 199 ~
Seu aperto de seu cabelo afrouxou, antes de seus joelhos se
dobraram e ela se ajoelhar diante dele. Quando ele lutou para se
concentrar, sua visão encheu de verde esmeralda. A faca deixou de
retorcer. Inferno, o mundo já não girava. Tony poderia morrer desde que
a última coisa que visse fosse seus olhos.
Ah, ele tinha dito isso. A verdade foi revelada. Sem dúvida, ele era
um bastardo egoísta, e a ideia de Claire estar com mais alguém o
encheu de angústia palpável. Antes que Tony conseguisse desviar o
olhar, as mãos de Claire emolduraram seu rosto.
~ 200 ~
era que ele a queria. Ele a queria mais do que queria o ar. Se ela queria
isso também, todas as paredes iam a baixo. Ela poderia lidar com isso?
Ela poderia lidar com ele, com seu verdadeiro eu? Era agora ou nunca.
Sem mais pretexto, sem hesitação. Isto seria sua verdade crua e sem
censura. Claire teria que ser sua para toda a eternidade ou fugir por
toda sua vida. Era tarde demais a voltar atrás.
Ele não fez uma pausa ou aguardou sua resposta em vez disso,
com uma mão ainda emaranhada em seus cabelos longos e escuros a
puxou para mais perto com a outra mão, e continuou a reivindicar a
mulher diante dele.
Sim, ela poderia ser dona de si. Isso era verdade. Tony gostava de
seu espírito independente. No entanto, no grande esquema, isso era
irrelevante. Tudo o que importava era que ela era sua, total e
completamente. Quando Tony cedeu aos seus desejos, sabia que uma
das duas coisas ocorreria.
Quando a noite terminasse, Claire teria que ser sua como nunca
foi, ou ela o deixaria para trás, e vida deixaria de existir. Parar agora
não era uma opção. Continuando sua reivindicação implacável, ele a
segurou mais apertado puxando-a contra seu peito. Seus corações
batiam juntos, enquanto eles se recuperavam do ato descontrolados de
antes. Suas palavras saíram como um rosnado.
— Você é minha.
~ 201 ~
Quando ele lançou seu cabelo, os lábios de Claire tocaram seu
pescoço e suas mãos acariciavam seus ombros. Ele não conseguiu
conter o estrondo na parte de trás de sua garganta enquanto tentava
pensar e usar sua razão. Claire não estava lutando, ela estava
respondendo. Ela estava seduzindo-o. Será que ela realmente sabia o
que ele estava oferecendo?
Esta era a sua última saída, a última chance. Se ela não corresse
agora, ele nunca iria deixá-la ir. Puxando mais uma vez seu cabelo, ela
engasgou quando ele inclinou a cabeça até que seus olhos se
encontrarem. Aquele olhar a sua frente era impressionante.
Naqueles olhos, ele tinha visto o medo e o amor. Hoje à noite, ele via
paixão, um calor que ameaçava quaisquer vestígios de controle que ele
ainda podia possuir.
Tony tentou se concentrar. Não era o que ele queria; não era o
que ele esperava, mas foi perfeito. Claire era mais do que ele merecia e
um inferno de muito mais forte do que ele já tinha conhecido. Nenhuma
outra mulher poderia ou iria aceitá-lo. Ele nunca teve ninguém. Não
que tivesse tentado. A realização o atingiu com uma força tremenda.
Claire Nichols não só sabia onde estava se metendo, mas ela queria. Ela
o queria.
~ 202 ~
A aceitação de Claire alimentou nova força e sobriedade aos
pensamentos de Tony. Suas palavras começaram como um sussurro e
aumentou em volume.
~ 203 ~
limites da cama king-size. Encostá-la a parede, do outro lado da mesa,
debaixo do chuveiro eram todas as alternativas aceitáveis.
Ela não era apenas uma amante incrível, mas uma mulher
incrivelmente forte, que tinha encontrado uma voz e estava disposta a
falar com ele como nenhum outro. No entanto, ela também permitiria a
ele ser reticente e gentil na presença de outros. Era mais do que ele
havia imaginado, mais do que ele merecia.
Por enquanto, ela estava segura e eles estavam juntos. Assim que
sua respiração desacelerou ele aqueceu seu corpo sexy em seus braços
e inalou seu incrível perfume fechando os olhos.
~ 204 ~
Às vezes, o mais forte entre nós são os que sorriem com a dor em
silêncio, chora a portas fechadas, e lutar batalhas que ninguém conhece.
- Autor Desconhecido
Capítulo dezessete
Dissemos que Iríamos Confiar - Final do verão de
2013
(Truth - Capítulo 55 e 58)
O primeiro postal que chegou à propriedade, endereçado a Claire
Nichols Rawls era um cartão, parabenizando-a por sua maternidade. O
cartão não foi assinado, o endereço foi digitado, bem como o endereço
de retorno para Cedar Rapids, próximo de mais para seu gosto. A
equipe de segurança de Tony interceptou o cartão com base no nome
desconhecido. Além do nome, não havia nenhuma ameaça óbvia. No
entanto, Tony se reuniu com sua equipe de segurança e empregados da
casa. Todos deveriam estar de olhos abertos, qualquer coisa suspeita ou
qualquer item, era para ser levado diretamente para ele. Claire não
deveria ser sobrecarregada.
~ 205 ~
— O-oh! Tony, eu não te ouvi, — suas bochechas umedecidas
revelaram suas lágrimas escondidas.
Claire assentiu.
Uma vez que eles voltaram para a cama, ela confessou ter
constantes pesadelos. Tony não poderia imaginar. Ele só tinha tido uma
vez um sonho que parecia muito real, e ela estava lutando contra isso
quase todas as noites. Abraçando-a, Tony perguntou:
~ 206 ~
Eles logo adormeceram.
Ele perguntou por que ela não tinha feito isso quando eles se
casaram. Com as mãos e os joelhos cobertos de sujeira, e um brilho de
suor, o sorriso dela iluminou o seu mundo. Tony amava quando ele
chegava, em casa depois do trabalho, e ela arrastava-o de um canteiro
para outro, explicando as diferenças das plantas e dizendo-lhe sobre os
seus cuidados com o sol e umidade. Apesar das flores sempre estarem
presente, sem Claire ele não tinha notado.
~ 207 ~
A definição da tarde quente de sábado era de descontração, um
momento tão bom como outro qualquer. Com um sorriso malicioso, ele
disse:
— Você finalmente disse sim, que você vai ser a Sra. Rawlings
novamente?
— Há uma condição.
— Eu não quero ter que guardar esse anel novamente. Não quero
vendê-lo, dá-lo, ou deixá-lo em qualquer lugar, senão em seu dedo
bonito, — era uma daquelas declarações não discutíveis.
~ 208 ~
Eles selaram o acordo com um beijo demorado, que os levou da
piscina para sua suíte.
Claire olhou para o anel por um tempo, quando olhou para cima,
respondeu:
— Amei este anel uma vez, mas preciso ser honesta. Acho que o
amo mais hoje em dia.
Ele a puxou para perto. — Sei que te amo mais hoje. Foi você
querida, que me ensinou o que é, e o que não é o verdadeiro amor.
~ 209 ~
de seu noivado. Quando Claire retornou, não falou muito sobre a sua
visita; no entanto, quando Tony perguntou se ela estava planejando
outra, ela lhe disse que, por enquanto, estava restringindo suas viagens
para viagens com ele. Embora ele não gostasse de vê-la decepcionada,
estava feliz que ela não queria viajar sem ele. Ele queria fazer tudo que
tivesse ao seu alcance para criar um ambiente livre de estresse, onde
Claire sentisse não apenas segurança, mas amor. Ao longo do tempo
ele, Catherine, e a equipe de segurança conseguiram. Até o abalo.
~ 210 ~
Tony lutou contra o vermelho que queria fluir na direção da sua
noiva. Será que ela não entendia que este não era o momento para ser
corajosa e atrevida?
— Claire, — alertou.
Ele nunca tinha ouvido esse tom de ninguém. Ela não estava
humilhando por mais que estivesse sendo autoritária. Apesar de seu
vestuário, Claire estava fazendo valer a posição que Tony queria que ela
assumisse como dona da casa. Todos na sala se viraram para ele para
confirmação. A tensão era palpável. Finalmente, com os dentes
cerrados, ele concordou.
~ 211 ~
não estou no meu juízo perfeito. E se estiver correta, a única coisa que
você pode obter sobre esse assunto é algo sobre mim, — ela se virou e
pegou o pacote endereçado a Claire Nichols Rawls. — Então não irei a
abrir meu próprio e-mail mais?
Ela se virou e olhou para ele. Com sua coluna reta e queixo para
cima, sua voz saiu calma.
— Cadê?
Ele conduziu ela até sua grande cadeira de couro atrás da mesa.
Era seu trono de controle em seu escritório, sua propriedade, seu
mundo. Tony queria que Claire soubesse que era bem-vinda para
partilha também de seu poder, mas com a responsabilidade veio o
fardo. Um que ele temia e seria necessário que ela sentasse. Claire
obedientemente sentou-se, e ele disse:
~ 212 ~
Ajoelhando-se diante dela, ele suavizou seu tom.
— M.. Mas... isso tem de ser considerado uma ameaça. Você não
pode levá-la para a polícia?
— Nós estamos, mas o que eles vão fazer que eu já não esteja
fazendo?
~ 213 ~
cama, na suíte utilizada por ele, e que agora compartilhavam, ele a
beijou suavemente e seus olhos e a voz sonolenta questionou:
— Por que você está me olhando desse jeito? Você disse que
queria que eu lhe acordasse.
Claire negou com a cabeça enquanto mais uma vez abraçou seu
pescoço. — Não, eu gosto mais disso.
Não era a resposta que queria; ele queria que ela dissesse que iria
com ele para a Europa.
~ 214 ~
— Eu não acho... que Eric se importaria... de esperar um pouco
mais... Além disso, ...você está indo embora... por quase duas semanas.
Sorrindo, ele beijou o topo de sua cabeça e viu quando seu sorriso
desapareceu, ela parecia alegre e serena com os olhos fechados. Foi
então que Tony lembrou-se da segurança. Ele não queria que ela
achasse que as coisas seriam diferentes, porque ele não estava em casa.
Utilizando seu tom CEO, acrescentou
— Claire.
~ 215 ~
— Tony, não estou debatendo. Estou tentando dormir.
Ele exalou. — Tudo bem, talvez ela tenha esquecido seu telefone.
Vou ligar para Clay.
— Ele está aqui. Ela saiu ontem depois de sua soneca e não a
vimos desde então.
Seu mundo implodiu. — O que quer dizer com ela saiu ontem e
ainda não voltou? Como ela poderia sair sem Clay?
~ 216 ~
— Ela disse que estava cansada da constante vigilância e
precisava de uma pausa.
— Claire deixou seu telefone e iPad aqui. Posso dizer-lhe, que ela
tem muitas chamadas perdidas, especialmente de sua irmã.
~ 217 ~
para os monitores em seu escritório. A tela grande foi subdividida em
várias telas menores. No topo estava uma transmissão ao vivo, do lado
de fora da porta de seu escritório. Ele não queria nenhum intruso.
Abaixo estavam múltiplas telas menores mudando constantemente com
vários locais da propriedade. A maior parte da tela organizava dois
vídeos. Ele controlava a velocidade e som de cada um. À esquerda, viu
Claire em sua garagem, correndo para o armário de chaves e removendo
a chave de um Mercedes-Benz. No canto inferior direito da data leu:
01/17/12.
Manter sua fachada nos últimos dias tinha drenado com êxito a
sua força. Tony precisava dormir, mas como poderia dormir na sua
cama? Ele não poderia sequer entrar no quarto inacabado de seu bebê.
Era a falta de informação que mais o tinha ferido. Se ele soubesse que
ela estava segura ... Se ele soubesse que ela tinha feito isso por sua livre
~ 218 ~
vontade ... mas ele não sabia. Da última vez, em 2012, ele sabia, e, sem
dúvida, a dor que ele a fez passar, voltou adicionado ao seu tormento
atual.
Se Claire saiu por sua própria vontade, algum dos últimos quatro
meses tinha sido real? Ela tinha aceitado o seu anel. Ele disse a ela
todos os dias o quanto ele a amava. Teria sido tudo uma farsa? Será
que ela tem sua própria agenda de vingança de seus pecados passados?
Tony não queria pensar que isso era possível.
~ 219 ~
— Sinto muito... Por tudo. Por quê? Por que você me deixou?
~ 220 ~
Talvez houvesse estrelas caindo, vulcões em erupção, ou ventos
épicos soprando. Na verdade, naquele momento, o mundo inteiro poderia
ter se perdido e ninguém teria sabido.
- Aleatha Romig, CONDENADO
Epílogo
Reunificado - Outubro de 2013
Convicted - Capítulo 14
O pequeno avião circulou a ilha, perdendo altitude a cada
passagem, até que finalmente assentou sobre as águas azuis cristalinas
e calmas da lagoa. Do ar, Tony tinha visto a casa principal espalhada
em uma colina acima da praia, bem como várias outras habitações
parcialmente escondidas pela vegetação. A partir da lagoa, Tony olhou
para cima e viu um grande pátio. Tudo o que podia fazer era confiar nas
pessoas que não tinha reconhecido. As hélices desaceleraram enquanto
o motor parava. Seguindo o exemplo de Roach, Tony retirou os fones de
ouvido que abafava o som.
Tony estava mais que pronto; ele tinha enganado o FBI e viajou
meio mundo para isso. Ele orou para que valesse a pena, que Claire
pudesse, pelo menos, ouvi-lo. Afinal, da última vez que tinham se
falado, ele permitiu que sua própria descrença ferisse e distorcesse o
significado de suas palavras. Ela tentou esclarecer, e ele se manteve fiel
a sua estupidez. Tony ainda não tinha considerado o que ela tinha
passado durante o mês passado, e quando ela tentou explicar, ele
desligou. Endurecendo os ombros, Tony respondeu:
— Nós?
— Bem, nós somos dois. Ela não sabe que você está vindo, mas
ninguém além de mim sabe sua localização. Diria que ela está me
esperando.
~ 221 ~
Tony assentiu, quando Phil saiu do avião agora encalhado. A
brisa quente e úmida encheu a cabine, enquanto a areia branca e
palmeiras trouxe de volta as memórias de sua lua de mel com Claire.
Ele se perguntou se Claire já pensou, que ela pensava nele. Tomando
uma respiração profunda de ar salgado, Tony saiu do avião. Seus
sapatos afundaram com cada passo enquanto a areia cobria os sapatos
de couro. Olhando para cima em direção à vegetação e flores, o mundo
de Tony parou.
Ele continuou a frente até que o belo corpo dela encontrou o seu.
Seu bebê tinha crescido, tornando sua presença conhecida quando ele
puxou Claire para seus braços. Tony tinha planejado dar explicações, se
desculpar, discutir, mas as palavras não formaram, ele capturou o
pescoço dela levando seus lábios lentamente até encontrar sua boca,
enquanto reivindicava o que era dele. Ela não protestou, por uma
questão de fato, ela não disse uma palavra. Não, os sons vindos de
Claire eram os gemidos de prazer e desejo que ele temia que tivesse
desaparecido para sempre. Os gemidos eram os sons que ouvia em seus
sonhos, mas isto não era um sonho, era real. Perscrutando mais uma
vez seus olhos brilhantes, ele entrelaçou seus dedos em seus cabelos, e
reposicionou a cabeça. Segundos antes de voltar a beija-la, ela
sussurrou:
— Eu sinto muito.
~ 222 ~
Anthony Rawlings não pedia desculpas e ele não chorava... essa é a
verdade.
Fim
~ 223 ~