8) COMISSÃO DE LICITAÇÃO
É composta por, no mínimo 3 membros, sendo que desses, pelo menos dois
devem ser servidores efetivos do órgão. A responsabilidade dos membros da comissão
pelos atos da comissão é solidária. Exceção: opnião divergente consignada em ata.
A comissão pode ser especial ou permanente. Comissão especial é a que é criada
para um determinado procedimento licitatório. A comissão permanente é a responsável
por todas as licitações realizadas no órgão no período de um ano. Após esse prazo é
preciso que haja uma renovação na comissão. É preciso que mude, no mínimo, um
membro da comissão.
9) MODALIDADES
No Brasil, há seis modalidades gerais: concorrência; tomada de preço; convite;
concurso; leilão; pregão. Dessas seis, as três primeiras se diferenciam em razão do valor
do contrato. Observação: Em licitação vale a máxima “quem pode o mais, pode o
menos”. O que define a escolha pelo concurso, leilão ou pregão é o objeto.
9.1) Concorrência:
Qualquer pessoa pode participar. É a modalidade obrigatória para a
contratação de obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e
meio) e para outros bens e serviços acima de R$650.000,00 (seiscentos e cinquenta
mil).
Exceções à regra do valor: contratos que a lei exige a concorrência
independente do valor do contrato:
Concessão de serviço público
Concessão de direito real de uso
Contratos de empreitada integral: contrato no qual a administração
contrata um empresa e essa fica responsável por todas as etapas da
obra(incluindo bem móveis e acabamentos), devendo entregar a obra já
pronta para uso. Ex: escola já pronta para utilização, faltando apenas
colocar o professor. (≠ empreitada global: divide-se a obra em tarefas e
define-se um valor para cada cumprimento de etapa ou define-se um
valor para a obra toda. A empreitada global pode ou não ser integral)
Aquisição ou alienação de imóveis. Exceção da exceção: se a
administração for alienar imóveis que foram adquiridos por dação em
pagamento ou decisão judicial, pode ser feita por concorrência ou leilão.
Licitação internacional: aquela que admite a participação de empresas
estrangeiras sem sede no país. Exceções da exceção: 1) se o órgão tiver
um cadastro internacional de licitantes, ele pode fazer a licitação
internacional na modalidade tomada de preços, desde que o objeto esteja
no limite de valor da tomada. 2) se o órgão quer um bem ou serviço que
não tenha fornecedor no País, ele poderá fazer a licitação na modalidade
convite. Também é preciso que esteja dentro do limite de valor dessa
modalidade.
9.3) Convite:
Quem participa são os licitantes convidados, no número mínimo de 3,
cadastrados ou não. É possível, todavia, que apenas 2 sejam convidados, nas hipóteses
comprovadas de restrição do mercado (Ex: existe apenas dois fornecedores). É possível,
também que licitantes não convidados participem do convite, desde que sejam
cadastrados no órgão e que manifestem interesse em participar da licitação pelo menos
24 horas antes da abertura dos envelopes.
Restrição na publicidade: convite não tem edital, mas sim uma carta-
convite. Não há publicação do instrumento convocatório. CUIDADO: não há
publicação, mas há publicidade. A publicidade é feita pelo envio da carta-convite
aos convidados e pela afixação do instrumento convocatório na repartição, em um
local visível ao público.
Convite só pode ser utilizado para obras e serviços de engenharia de até R$
150.000,00 (cento e cinquenta mil) e, para bens e outros serviços, até R$ 80.000,00
(oitenta mil).
Prazo de intervalo mínimo: 5 dias úteis. Independente do tipo de licitação.
O prazo começa a contar do ultimo ato de publicidade, seja o recebimento da ultima
carta-convite seja a afixação na repartição.
Observação: Enquanto houver cadastrados não convidados no órgão, para
cada novo convite realizado com o mesmo objeto, a Administração tem que chamar um
novo convidado a mais (não necessariamente cadastrado), até ela esgotar a lista de
cadastrados não convidados.
Observação: A comissão do convite segue a regra geral. No entanto, a lei
prevê que se a administração comprovar a escassez de pessoal, no convite pode-se
dispensar a comissão e fazer o convite com apenas um servidor, desde que este seja
efetivo.
9.4) Concurso
Modalidade licitatória utilizada, independentemente do valor, para a
aquisição de trabalho técnico, artístico ou científico mediante o pagamento de premio
ou remuneração ao vencedor do certame.
Concurso (licitação) ≠ Concurso Público para provimento de cargos.
Procedimento do concurso é definido em regulamento próprio.
Prazo de intervalo mínimo: 45 dias corridos.
Comissão: composta por 3 membro, que não precisam ser servidores. Basta
que sejam idôneos com conhecimento na área do concurso.
9.5) Leilão:
Modalidade de licitação para a alienação de:
Bens móveis inservíveis, apreendidos e “penhorados” (na verdade,
não se trata de bens penhorados, mas sim empenhados).
Bens imóveis adquiridos por dação em pagamento ou por decisão
judicial.
9.6) Pregão:
MP 2000 => Pregão para a Administração Pública Federal.
Lei 10.520/02.
Hoje, é regulamentado para todos os entes da Administração Pública, de
qualquer esfera governamental.
Conceito: é a modalidade licitatória utilizada para a aquisição de bens e
serviços comuns, sendo esses os que podem ser designados no edital com expressão
usual de mercado. (“Pregão é um leilão reverso”).
O pregão não pode ser utilizado para obras. Observação: O TCU,
entretanto, tem admitido o pregão até mesmo para serviços de engenharia.
Não há limite de valor no pregão.
O pregão não tem comissão Quem faz o pregão é o pregoeiro, que é um
servidor público designado. Pode haver uma comissão de apoio, mas quem responde
pelo pregão é o pregoeiro.
Prazo de intervalo mínimo: 8 dias úteis.
Pregão é sempre do tipo menor preço.
É possível o pregão eletrônico.
Feito tudo isso, essa fase interna é encaminhada para o órgão de consultoria
da entidade, que emitirá um parecer obrigatório (mas não vinculante).
13) PREGÃO
Pregão é sempre pelo menor preço.
Caracterizado pela inversão nas fases do procedimento:
Edital => Classificação => Habilitação => Adjudicação => Homologação.
Pregão tem o princípio da oralidade: passam para os lances verbais a melhor
proposta e todas as outras que não ultrapassem 10% dela. Devem passar para a próxima
fase no mínimo 3.
Depois dos lances verbais, chama-se o vencedor para a fase de habilitação. Caso
ele não esteja habilitado, chama-se o segundo colocado para negociar.
O próprio pregoeiro é responsável pela adjudicação. Depois ele manda para a
autoridade do órgão para que ele homologue.
Não há recurso entre as fases do procedimento. A fase recursal fica ao final de
tudo, logo após a adjudicação. O prazo para recurso é imediato, ou seja, se o sujeito
quiser recorrer tem de fazê-lo imediatamente. A lei concede o prazo de 3 dias para
elaboração das razões do recurso.
Há orientação para que seja preferido o pregão.
Decreto 5450 – regulamenta o pregão eletrônico no âmbito da União.
O Art. 25, II, diz que é vedada a inexigibilidade de licitação para serviços de
divulgação e publicidade. Não se pode alegar, portanto, que se trata de um serviço
singular.