Mecatrônica no Amazonas
Linguagem Faço Engenharia Mecânica na grande sucesso (pelo menos por
Ladder Escola Superior de Engenharia da aqui). Desde já agradeço e um forte
U.E.A e Técnico em Produção Mecâ- abraço a todos.
Parabéns pelo artigo “A lin- nica do CEFET-AM, na cidade de Jarison Alan F. Maciel
guagem de Programação Manaus, e há algum tempo venho pro-
Ladder” publicada na edição curando alguma revista especializada Prezado Jarison,
no. 5 da revista “Mecatrônica”, na área. Quando vi pela primeira vez Que bom que finalmente você
que dá ao leitor uma visão esta revista fiquei tão alegre e satis- achou o que procurava. De fato, seus
bastante clara desta lingua- feito que nem acreditei que estaria conhecimentos serão bastante ampli-
gem utilizada também em nos- com uma revista de mecânica em mi- ados, pois o nosso objetivo é trazer
sos produtos. Atenciosamen- nhas mãos, pude ver logo de cara que informações úteis vindas de profissi-
te ampliaria meus conhecimentos. Gos- onais que atuam na indústria e, evi-
Luciano de Oliveira - Di- taria de parabenizá-los por essa inici- dentemente, conhecem os principais
retor de Tecnologia e Mar- ativa e agradecer a todos que contri- problemas e suas respectivas solu-
keting - Atos Automação In- buem para a publicação desta revista ções. Obrigado pelo seu incentivo e
dustr ial Ltda e dizer que logo estará fazendo um continue colaborando conosco.
2ª tentativa:
Como o aterramento da máquina não estava bem
feito, decidi melhorar o aterramento. Foi feito novo
aterramento e refizemos os testes.
Resultado: O problema voltou a surgir e pela
freqüência aleatória do mesmo constatei que o
aterramento não havia colaborado para a solução
do problema.
3a Tentativa:
Na fábrica do cliente havia outros comandos nu-
méricos e observando as outras máquinas e fazen-
do comparações entre ambas, meu colega neste
Seleção de
acionamentos
Augusto Ottoboni
O
desenvolvimento desta
Os servo-acionamentos ainda são uma incógnita para muitos tecnologia ocorreu duran-
profissionais de diferentes segmentos do mercado, trazendo a te a Segunda Guerra
estes profissionais que se deparam com os mesmos, certa inse- Mundial. O pós-guerra
trouxe aumento da qualidade e mai-
gurança e desconfiança na sua utilização. Foi pensando princi-
or expectativa de vida, uma cres-
palmente nestes profissionais que esta matéria foi elaborada, pois, cente preocupação com a saúde e
assim como vocês, este também foi um entrave em certos mo- a ecologia, uma maior competição
entre as empresas, novos produtos
mentos de minha carreira profissional.
e serviços. Todos estes fatores, é
Esta matéria tem por objetivo demonstrar de forma bem sim- claro que no momento mencionado
ples e didática, como são os componentes de um servo- ainda em evolução, trouxeram uma
acionamento (o Servomotor e o Servoconversor - veja figura 1), demanda cada vez maior de produ-
tos e serviços que no passado não
suas aplicações, especificações técnicas e parametrização. eram oferecidos ou até não eram
realizados.
Esta demanda cada vez maior
de produtos e serviços, criou uma
crescente necessidade de aumen-
to da produção industrial, manten-
do-se e, se possível, aumentando-
se os níveis de qualidade, cada vez
maiores, nos produtos.
Estas solicitações de incremento
de produção em todos os segmen-
tos do mercado exigiram o desenvol-
vimento de um novo produto, mais
dinâmico, robusto e preciso.
Vamos imaginar a seguinte si-
tuação: você, profissional respon-
sável pela produção de uma deter-
minada empresa, por motivos de
concorrência, demanda ou por re-
dução de custos apenas, deseja
incrementar sua capacidade produ-
tiva, basicamente agilizando seus
processos produtivos. Como proce-
Figura 1 - Servomotor síncrono SEW-EURODRIVE e servoconversores
SEW-EURODRIVE. der? Uma das alternativas seria re-
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novar seu As características mais dese- O Torque máximo (Mmáx) é 3 x
maquinário jadas nos servomotores são o Mo do motor. Em função da potência
substituindo torque constante em larga faixa de do servoconversor utilizado , o
as máquinas rotação (até 4500 rpm), uma larga Torque máximo que se pode alcan-
antigas por ou- faixa de controle da rotação e vari- çar também poderá ser menor.
tras mais novas ação (até 1:3000) e alta capacida- Os servomotores devem possuir
e mais rápidas, de de sobrecarga (3 x Mo). Estas momento de inércia da massa do
mas, com custo características são facilmente ob- rotor, menor do que em relação aos
altíssimo esta alter- tidas através do modo de controle motores assíncronos trifásicos, de-
nativa pode ser fa- CFC (Current Flux Control), espe- vido às grandes solicitações de di-
cilmente descar ta- cialmente desenvolvido para a oti- nâmica.
da; outra alternativa mização de servomotores nos Um dos artifícios mais utilizados
seria utilizar algumas servoconversores da linha são os cortes transversais no rotor,
técnicas de Retrofitting MOVIDRIVE® , MOVIDRIVE® Com- através destes cortes é reduzida a
nas máquinas atuais, o pact e MOVIDYN ® , da SEW- massa de inércia do rotor.
que, além de mais barato, EURODRIVE. Atente para a figu- Na tabela 1 é dado um quadro
permite a utilização das mais mo- ra 3. comparativo para um servomotor.
dernas tecnologias em a- O Torque nominal (Mo) de um
cionamentos para a solução de in- Como funciona um
motor é determinado pelas seguin-
cremento de produção com quali- servomotor?
tes características construtivas do
dade.
motor.
Nestes Retrofittings , umas das Os servomotores são máquinas
tecnologias mais utilizadas é o síncronas, compostas de seis pó-
servo-acionamento, composto los no estator, de alimentação
por servomotor mais servocon- trifásica, ímãs permanentes Ter-
versor.
O QUE
É UM SERVOMOTOR?
Quais as
características de um
servomotor?
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AUTOMAÇÃO
Outro
ponto a
se ressal-
tar é o
fato do
alinhamento
do resolver . Por se
tratar de um sensor
de alta resolução e
precisão, o seu ali-
nhamento é algo fun-
damental para seu
perfeito funcionamento,
por tanto, é aconselhável não
mexer em seu sistema de fixação
devido à sua complexidade de
montagem. Na figura 8, o alinha-
mento.
Quando comparado a outros sis-
temas de realimentação disponí-
veis no mercado (encoder
incremental e encoder absoluto), o
resolver tem suas características
ressaltadas, principalmente quan-
to à sua robustez e insensibilidade
às vibrações e altas temperaturas.
Observe a tabela 2. Na figura 9, o
Figura 5 - Sequência de fase.
encoder incremental.
Figura 10 - Servoconversores.
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vo c o n ve r s o r e s M OV I D R I V E ® ,
M OV I D R I V E ® C o m p a c t e M O -
VIDYN ® .
Este modo operacional permite o
controle direto do torque do
servomotor em toda a extensão de
rotação.
O torque Mo é determinado pelo
servomotor. Figura 11 - Diagramação de blocos do servoconversor.
O torque máximo M MÁX é 3 x
Mo do servomotor. Em função do
ser voconversor (MOVIDRIVE ® ,
M OV I D R I V E ® Compact e
MOVIDYN ®) utilizado, o M MÁX que
se pode alcançar também pode-
rá ser menor, devido à exigência
de corrente solicitada pelo
servomotor e a corrente fornecida
pelo servoconversor. Veja a figu-
ra 12.
A seleção da melhor relação
(servomotor x servoconversor),
pode ser selecionada conforme o
torque e rotação do servomotor,
pela corrente nominal do ser-
voconversor.Veja a tabela 3.
A melhor combinação entre
servomotor e servoconversor é
aquela que satisfaz a condição de
3 x Mo.
Nas condições em que ocorrem
a indicação de um * , a combina- Figura 12 - Curvas torque x Rotação do servomotor.
ção é possível, porém não com 3
x Mo.
Nas situações em que há soli-
citação de torque muito elevado,
existe ainda a possibilidade da
combinação dos servomotores so-
mados aos redutores planetários
de baixa folga angular, especial-
mente projetados para atender às
mais exigentes solicitações de
carga.
Estes redutores além de baixa
folga angular (1 estágio: < 3’ ou <
6’e 2 estágios: < 5’ ou < 10’), pos-
suem reduções exatas que facili-
tam a precisão de posicionamento,
além de suportarem altos choques.
A composição servomotor + Figura 13 - Servo-acionamento = servomotor + redutor planetário.
redutor planetário é utilizada nas
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AUTOMAÇÃO
Juliano Matias
Abordaremos neste artigo uma tecnologia que está sendo cada vez mais utilizada na área
industrial, que é a das Fibras Ópticas.
Os vários tipos de fibras, seus conectores e técnicas de montagem estão sendo apresenta-
mos neste artigo que, com o seu conteúdo, visa cobrir uma lacuna ainda existente nas nossas
literaturas técnicas.
Boa leitura!
A
s Fibras Ópticas (vamos chamá-las de F.O.) Isolar equipamentos eletricamente
servem para o trafegar dados de um ponto
ao outro utilizando a luz como forma de Esse é o segundo maior motivo de se utilizar F.O.
transporte dos mesmos, ao invés dos ca- em automação industrial. Muitas vezes, temos equi-
bos elétricos convencionais. pamentos da mesma rede Fieldbus sendo utilizados
Normalmente, elas são utilizadas em telecomuni- em prédios diferentes, ou até mesmo dentro de um
cações, telemetria e também em Automação Indus- mesmo prédio, porém em distâncias muito grandes.
trial, que é onde iremos abordar. Nesse caso precisamos
Em Automação Industrial, elas são basicamente isolá-los eletricamen-
empregadas quando há a necessidade de : te, pois no caso de
1. Imunidade contra Interferência Eletromagnética uma eventual di-
(EMI); ferença de po-
2. Para isolar equipamentos eletricamente; tencial entre os
3. Aumento de distância entre os equipamentos. dois equipa-
mentos evita-
Imunidade contra Interferência Eletromagnética mos a sua da-
nificação.
Esse é o maior motivo para se utilizar F.O. em am-
biente industrial. Normalmente, o ambiente industrial Aumento de
é um muito propício para o aparecimento de EMI e distância
algumas vezes, por mais que o cabo de dados (elétri- entre os
co) seja blindado, aterrado e com todas as condições equipamentos
teóricas de isolamento da EMI, nem sempre é sufici-
ente para evitar esse tipo de problema, e a solução Quando utili-
disso é a utilização de F.O. para a interligação dos zamos o meio físico
equipamentos. “cabo elétrico”, quanto maior for a
Figura 1 - Eletrônica de um circuito ponto a ponto entre duas Tabela 1 - Dados técnicos do módulo.
estações em F.O..
que prejudicaria (e muito) a performance da fibra. Veja fazer com isso que na condição do cabo dobrado ele
na figura 8 os dois conectores com as corresponden- não funcione mais. Observe as figuras 11 e 12.
tes capas de proteção. • Instalar os cabos de F.O. em canaletas separa-
das ou em conduítes diferentes (figura 13). Esse pro-
CUIDADOS AO SE TRABALHAR cedimento deve-se ao fato de que,
COM UMA F.O. se qualquer manutenção for feita
nos cabos de potências ou nos
Essa, eu diria, é a parte mais outros cabos que estiverem na
importante do artigo, pois se a Fi- mesma canaleta, ao serem remo-
bra Óptica for mal instalada toda a vidos não transmitam tensão me-
instalação fica comprometida. Ci- cânica para os cabos de Fibra
taremos alguns tópicos importan- Óptica, pois eles poderiam sofrer
tes que sempre devem ser obser- sérios danos. Caso isso seja ine-
vados em uma instalação. vitável, aconselha-se:
• Desenrolar sempre o cabo da Figura12 - Cabos dobrados na canaleta. - Remova primeiramente os cabos
Procedimento errado.
bobina com a bobina sobre um ca- de F.O.
braçadeiras para
garantir um raio
mínimo de cur-
vatura da fibra
que deve ser de
no máximo de 5
cm, ver figura
15. Na verdade,
esse raio de cur-
vatura deve ser
Figura 17 - Cabos com protetor de
mantido sob curva.
qualquer hipóte-
se, até mesmo
ele entrando em
módulos eletrô-
nicos, conforme
Figura 14 - Proteger a F.O. contra cantos vivos e rebarbas. ilustra a figura
16.
• Utilizar pro-
teção para cur-
vas quando o
cabo for entrar
ou sair de um
painel elétrico,
pois normalmen-
te o cabo pode Figura 18 - Cabo com proteção de
curva conectado.
sofrer esforços
e, com isso, ser
forçado em um raio de curvatura menor que 5 cm;
observe as figuras 17 e 18.
• Ao instalar o cabo de F.O. em portas de painéis
ou em partes móveis, utilizar sempre um tubo prote-
tor para evitar que o raio mínimo de curvatura seja
ultrapassado, conforme mostra a figura 19.
Figura 15 - Raio mínimo de curvatura da fibra.
Decapar o cabo
1. O cabo deve ser decapado longitudinalmente.
• Posicione a faca do decapador a aproxima-
damente 10 cm do final do cabo (figura 22).
• Mantenha a lâmina do decapador longitudi-
Figura 20 - Não apertar as braçadeiras.
nalmente ao cabo, e puxe-a cortando-o até a sua ex-
tremidade.
• Quando utilizar braçadeiras, nunca apertá-las de- 2. Remova as fibras de aramida do interior da
mais, pois com isso provoca no local microfissuras, ate- fibra, estas fibras servem para dar sustentação
nuando assim o cabo e provocando em um curto espa- mecânica ao cabo e ajuda na isolação térmica do
ço de tempo a inutilização do mesmo; veja a figura 20. mesmo.
3. Enrole uma ponta da fibra em uma chave de 3. Comece a lixar fazendo movimentos de oitos
fenda e rasgue a capa por mais 15 cm no sentido da até sentir que a base de lixamento começa a girar.
outra extremidade (figura 23). Nesse processo, os dois 4. Troque a lixa por uma outra ainda mais fina para
condutores não podem ser danificados. dar o polimento e repita o movimento de oitos duran-
4. Corte a capa de proteção com as fibras de te 20 vezes (figura 30).
aramida e corte também as duas F.O. a uma distân-
cia de aproximadamente 12 cm do começo do cabo, Limpe a ponta da fibra com um pano extrema-
esse corte deve ser realizado com um alicate de cor- mente limpo (figura 31), e coloque a capa protetora.
te diagonal para evitar danos nas fibras (figura 24). Com isso o conector está pronto (figura 32).
Figura 30 - Usando uma lixa mais fina. Figura 33 - Ferramentas. Figura 35 - Removendo a capa interna.
Figura 31 - Limpando a ponta. Figura 34 - Removendo a capa. Figura 36 - Cortando as fibras de aramida.
e após isso retire a camada de polímero que envol- A tabela 2 mostra um quadro comparativo entre
ve a fibra utilizando um decapador de 0,3 mm dei- os diversos tipos de fibras ópticas.
xando cerca de 70 mm da fibra de vidro exposta
(figura 37). CONCLUSÃO
4. A fibra ficará a mostra conforme a figura 38.
Tentamos passar com este artigo um pouco das
Conectando a fibra novas tecnologias de Fibra Óptica em Automação
1. Insira o conector e fixe-o na F.O., mas muito Industrial. Notem que as F.O. utilizadas em Automação
cuidado, pois a F.O. pode quebrar com qualquer força Industrial quase não são utilizadas em Telecomuni-
maior imposta nela (figura 39). cações. São de tecnologias diferentes, porém com a
2. Com um equipamento especial (figura 40), en- mesma finalidade.
caixe o conector e “quebre” o excesso de fibra com a Em edições futuras estaremos discorrendo sobre
ajuda deste equipamento. Fibras Ópticas de vidros e suas técnicas de medição
e diagnóstico, bem como os conceitos teóricos a elas
Com isso a F.O. está pronta para ser utilizada (fi- relacionados.
gura 41). E vale lembrar que em um sistema de automação,
Para ambos os tipos de F.O. existe um instrumen- quanto mais fa cilmente o pessoal de manutenção
to muito útil que serve para verificar as condições da conseguir consertar um defeito, menos dinheiro é per-
fibra depois de montada no conector, é um tipo de dido, e esse é um dos motivos do uso da tecnologia
microscópio específico para esta finalidade, veja a de F.O. polimérica e HCS, pois sua conectorização é
figura 42. muito simples, e rápida para dar manutenção. l
CLP
Contr olador Lógico
Pr ogramável
4ª par te
parte
Paulo Cesar de Carvalho
C
ada instrução deste tipo ocu-
na Liga” e “Bobina Desliga”, além da instrução “Temporizador pa uma célula de uma lógica
na Energização”, e daremos novos exemplos de aplicações e só pode ser inserida na úl-
práticas para fornecer subsídios para o leitor conhecer os con- tima coluna da direita, conforme
mostrado na figura 1. O operando
ceitos básicos desta linguagem, que é uma importante ferra-
poderá ser uma saída digital física
menta utilizada na automação industrial para programação de ou um operando auxiliar. No caso de
CLPs. um operando de saída física a ins-
trução quando ligada irá energizar
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AUTOMAÇÃO
o ponto de saída física, dando co-
mando nos equipamentos
conectados ao CLP . Na figura 01
quando a entrada digital “START” for
energizada, a saída “MOTOR1” será
energizada. Mesmo depois que a
entrada “START” for desenergizada,
o MOTOR 1 continuará ligado. Para
desligar esta saída será necessá-
rio energizar a “bobina desliga” as-
sociada. No caso do exemplo isso
pode ser feito ligando a entrada
“STOP”. Figura 1 – Instrução bobina liga e bobina desliga.
Exemplo de
aplicação
M E C AT R Ô N I C A AT U A L N º 6 - OUTUBRO/2002 25
AUTOMAÇÃO
Atenção:
Com a entrada ativa desativada, a
saída Q permanece sempre ener-
gizada.
A seguir, na figura 4, apresenta-
mos um exemplo de utilização da ins-
trução temporizador. O diagrama de
tempo da instrução está mostrado na
figura 5.
Na figura 5 mostramos o diagra-
ma de tempo de um temporizador na
energização. Quando as entradas
%E000.0 e %E000.1 estão ligadas
a memória %M000 acumula uma
unidade a cada 0,1 segundos e, nes-
te caso, o limite será 500 décimos
de segundo ou 50 segundos. Após
este tempo a saída % S0002.1 liga
e a saída % S0002.2 desliga ( saída
complementar ) . Após isso, se a
entrada ativa ( % E000.1 ) for desli-
gada , o temporizador é zerado e a
saída %S0002.1 será desligada, en-
quanto a saída complementar
%S0002.2 será ligada.
Figura 6 – Programa Ladder do exemplo 1.
Exemplos de
aplicação porizadores em entradas digitais ções. Considere então duas chaves
para garantir que a situação de de- de nível tipo bóia, que estão liga-
EXEMPLO 1 – Evitando falsas in- feito permaneceu por um determi- das em duas entradas digitais de
dicações de alarmes associados a en- nado intervalo de tempo para en- um CLP . Estes sinais indicam : ní-
tradas digitais: tão acionar o alarme corresponden- vel muito alto no tanque e nível mui-
É comum empregar mos tem- te, evitando assim falsas indica- to baixo no tanque. Para ocorrer a
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AUTOMAÇÃO
indicação de alarme a entrada de- dois botões de acionamento da possível acionar a prensa se o in-
verá permanecer ligada por pelo prensa . tervalo de tempo entre acionar o pri-
menos 4 segundos. Para reconhe- LIG-PRE – a Saída digital que acio- meiro botão e o segundo for inferi-
cer o alarme considere um botão na o motor da prensa . FC-1 é a entra- or a 0,2 segundos..
conectado a uma entrada do CLP. da que recebe o fim-de-curso que des- Solução : O programa ladder
Solução : Na figura 6 apre- liga o motor da prensa retornando-a à deste exemplo é apresentado na fi-
sentamos o programa em Lingua- posição original. gura 7.
gem Ladder do exemplo. Neste Na lógica 002 observe que só é
programa LHH é a entrada digital possível acionar a prensa se forem EXEMPLO 3 – Utilizando tempo-
de nível muito alto , LLL - é a en- acionados os dois botões e os dois rizadores, desenvolver um progra-
trada digital de nível muito baixo e contatos auxiliares (AUX1 e AUX2) ma em Linguagem Ladder para aci-
REC_ALM é a entrada para reco- estiverem desligados, ou seja, só é onar um pistão pneumático com re-
nhecimento de alarmes. Observe
que as entradas de Libera e Ativa
do temporizador estão interligadas
e serão energizadas simultanea-
mente com a energização da en-
trada do CLP. Assim, quando a en-
trada do CLP é ligada, o
temporizador inicia a temporização
e só irá ligar a saída de alarme se
a entrada permanecer ligada por
no mínimo 4 segundos. Como a
bobina de alar me é retentiva, o
alarme permanecerá ligado mes-
mo que a entrada de alarme seja
desligada. Para resetar o alarme
d eve r á s e r l i g a d a a e n t ra d a
REC_ALM (figura 6).
M E C AT R Ô N I C A AT U A L N º 6 - OUTUBRO/2002 27
AUTOMAÇÃO
torno por mola de forma que ele fi-
que 20 segundos avançado e 60 se-
gundos recuado.Este movimento
deve ser iniciado após o operador
pressionar o botão de START e será
cíclico, só devendo ser interrompi-
do se o operador pressionar o bo-
tão de STOP. Nesta situação, recu-
ar o pistão. Considere que a saída
digital que aciona o pistão será de-
nominada de PST-01 ( quando esta
saída estiver ligada o pistão avan-
ça, e quando desligada o pistão re-
cua ) .
Solução: Considerando a base de
tempo do temporizador em décimos
de segundo precisaremos de dois
temporizadores, um de 200 décimos (
KM200 – valor constante de 200 ) e
outro de 600 ( KM 600 ) décimos de
segundos. A saída digital que aciona
o pistão ( PST-01 ) está representada
no diagrama de tempo fornecido na
figura 8.
1- Instante em que o botão de
START foi acionado
2- Instante em que o botão de
STOP foi acionado
A=C= 20 segundos - Intervalo de
tempo com pistão avançado
B=D= 60 segundos - Intervalo de
tempo com pistão recuado
E – Durou menos que 20 segun-
dos em função do acionamento do
botão STOP, e a seqüência parou de
ser executada desligando a saída PST- Figura 7 – Programa ladder do exemplo 3.
01 e retornando o pistão.
Na figura 9 temos o programa Na lógica 001 o temporizador garantindo que a saída que acio-
TEMP2 temporizará 60 segundos na o pistão ficará desligada e os
ladder do exemplo.
para ligar novamente AUX1. Assim, temporizadores resetados . O sis-
Na lógica 000 a instrução “bobina
AUX1 totalizará 60 segundos des- tema estará pronto para iniciar no-
liga” de AUX1 garante que este ope-
ligado. Quando AUX1 ligar nova- vamente após o operador pressi-
rando será ligado após o operador
pressionar o botão START a partir da mente, ele reiniciará o processo onar o botão de START.
condição inicial ( AUX1 e 2 desliga- iniciando a temporização TEMP1 e
este ciclo permanecerá indefinida-
dos ). Como a bobina é retentiva, este CONCLUSÃO
mente até que o operador pressio-
operando continuará ligado mesmo
ne STOP.
após o operador soltar o botão de Vimos neste artigo as instru-
Na lógica 002 o operando AUX1
START. O temporizador TEMP1 inicia- ções Bobina Liga e Desliga e a
rá uma temporização de 20 segun- foi copiado para PST01 para acio-
nar a saída . Observe que o com- instrução Temporizador. Estas
dos e ligará o operando retentivo instruções são muito utilizadas
portamento de AUX1 é exatamente
AUX2, e desligará o operando em programas de CLPs .
o que era solicitado para o pistão. É
retentivo AUX1. Note que é neces-
comum utilizarmos operandos auxi- Na próxima edição vamos
sário desligar AUX1 para garantir
liares durante a lógica e, no final, co- continuar nosso estudo sobre a
uma operação cíclica do pistão. Du-
piarmos para as saída reais do CLP linguagem LADDER .
rante os 20 segundos da
para acionar as cargas. O botão de l lá.
Até
temporização AUX1 permaneceu li-
STOP desligará os dois auxiliares,
gado.
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ES
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S SP
P PE
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C ICAIIA
A
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Retr ofitting
O CNC
administrando
os eixos das
máquinas
Paulo Eduardo Pansiera
M E C AT R Ô N I ATUAL
MECATRÔNICA
MECATRÔNICA C A ATUAL
AT UNº
A L Nº
5N º- 6AGOSTO/2002
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ESPECIAL
fuso e um terceiro para levantar ou abaixar a mesa. Quando dois eixos lineares de avanço são per-
Ao todo são 3 eixos lineares. Se fossemos retrofitar pendiculares entre si, estes são ditos como eixos
esta máquina para CNC, deveríamos escolher um geométricos. Nos exemplos acima, em todos os ca-
equipamento capaz de controlar 3 eixos. sos o leitor poderia dizer que os eixos são geométri-
Outras máquinas possuem também um número de cos, mas se a retificadora cilíndrica possuir eixos
eixos lineares muito fácil de se identificar. A tabela a inclinados, daí quando se desloca o rebolo em dire-
seguir (1), mostra alguns casos: ção da peça, na verdade, o que temos é um desloca-
E por ai seguem outros casos, onde até a carga e mento combinado da face de corte do rebolo em dois
descarga de peças é automatizada com o CNC e são eixos. Ou seja, movemos um eixo e o display atuali-
consumidos em geral mais 2 eixos lineares. za a cota de 2 eixos. Portanto, este eixo inclinado
A programação desses eixos lineares no CNC se não é dito como eixo geométrico.
dá através da inserção das cotas absolutas de desti- Outros tipos de eixo são os rotativos. Aqui o exem-
no até onde o eixo deve se deslocar e com que velo- plo é do volante do carro. Ao girar o volante você
cidade. Atente para a figura 3. está inconscientemente pensando no giro da roda,
Os nomes destes eixos seguem um convenção e ou seja em determinar que ângulo a roda deverá fa-
não um padrão. Para eixos longitudinais, usa-se a le- zer para que a curva seja completada.
tra X, para os tranversais a letra Y e para o eixo onde Ao manipular o volante do carro, você pensa
ocorre penetração da ferramenta na peça, dizemos em frações de uma volta completa quando tenta
que é o Z. Isso não é uma exigência e sim uma con- seguir a curvatura da estrada. Se pudesse visualizar
venção. Você pode batizar o eixo da sua máquina da uma cota de giro, veria um valor em graus, sendo
melhor forma que convier. Existem CNCs que lhe per- para o caso do carro um universo de valores que
mitem a inserção de uma string para batizar o eixo, iriam de –90°(esquerda) até +90°(direita) e o valor
porém verifique antes com seu cliente se ele utilizará 0(zero) seria a direção aprumada perfeitamente
uma ferramenta de CAM para interligar esta máquina, para a frente.
porque muitos sistemas ainda não aceitam nomes Assim também são os eixos rotativos. A defini-
quaisquer para eixos. ção rotativo é a de um eixo onde sua posição é pro-
Na dúvida, siga a convenção que lhe traga menos gramada em graus, podendo ser superior a 360°, o
dor de cabeça e ainda aproveite o manual de progra- que significa que mais de uma volta será dada (figu-
mação que acompanha o CNC. ra 4).
Torno duplo, com duas placas opostas 3 eixos, sendo um para o carro longitudinal, um para o
transversal e um último para a movimentação da placa
secundária em direção à principal de forma a trocar a peça.
Retificadora plana – ferramentaria e moldes Na maioria são 2 eixos lineares, pois a mesa é hidráulica.
Torno vertical São em geral 2 eixos controlados pelo CNC, uma vez que
o ajuste grosso do travessão é feito pelo operador. Quan-
do se deseja automatizar também o ajuste do travessão,
então ao todo são 3 eixos lineares.
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MECATRÔNICA
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ESPECIAL
M E C AT R Ô N I ATUAL
MECATRÔNICA
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ESPECIAL
seu maior campo de emprego na fabricação de pás algoritmo faz isso, ele transforma superfícies 3D
para turbinas e perfis para a indústria aeronáutica. em 2D e aplica ao cabeçote rotativo de 2 eixos a
Essa aplicação é conhecida como interpolação simul- matriz de transformação (figura 11).
tânea de 5 eixos. A matemática é vasta aqui. Mas quem precisa sa-
As interpolações simultâneas de 5 eixos são o má- ber disso é o CNC, portanto consulte os recursos dele
ximo que a capacidade de processamento atual pode se a sua aplicação exige transformação de 5 eixos.
oferecer em termos de complexidade de algoritmo. O Observe que não basta a máquina ser apta a controlar
conceito é simples, porém o algoritmo é complexo. 5 eixos, ela deve conseguir executar a transformação
Vou me ater ao conceito. de maneira que você programe apenas os três eixos
Quando usinamos uma superfície 3D com uma geométricos e, automaticamente, o CNC controla os
fresadora vertical, não temos sempre a ponta da fer- deslocamento dos dois eixos angulares do cabeçote.
ramenta normal à superfície da peça. Se quisésse- Há outras transformações interessantes que cer-
mos inclinar o cabeçote ainda poderíamos fazê-lo; tamente auxiliam na programação do CNC e que se-
contudo até há alguns anos atrás o CNC não compre- rão abordadas no próximo artigo, assim como a
endia essa inclinação. l
tecnologia de interrupção por I/O de CNC.
Hoje, o CNC além de compreender a inclina-
ção, ainda inclina o cabeçote para você, e o me-
lhor, mantém a ponta da ferramenta sempre per-
pendicular à superfície da peça. O ganho disso é
imediatamente sentido quando o acabamento da
peça é uniforme, independente do ângulo da su-
perfície. Isso porque o CNC, em seu pro -
cessamento, inclinou o cabeçote, o sistema de co-
ordenadas e de velocidades de avanço de tal for-
Figura 11 - Interpolação 5 eixos.
ma que planificou uma superfície 3D. De fato, o
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MECÂNICA INDUSTRIAL
Douglas Ribeiro
dos Santos
A
caixa de mancal é o lugar onde o mancal ção e elementos de fixação.
estará alojado. Aqui devemos lembrar que Para melhor entendimento do assunto, iremos mon-
uma caixa de mancal pode ser de rolamento tar um eixo aos seus mancais, aproveitaremos a figu-
ou deslizamento, radial ou axial, neste arti- ra para entender as forças que estão atuando sobre o
go estamos abordando particularmente os mancais de eixo e quais os possíveis rolamentos para instalação.
rolamentos, embora alguns conceitos de caixa de Imaginemos um eixo (vide figura 2), ao qual está
mancal sejam os mesmos para os dois casos. acoplada uma engrenagem movida, uma outra en-
Quando se fala em caixa de mancal muitos já pen- grenagem denominada motora (pois está montada a
sam nos componentes de vedação, lubrificação e fi- um eixo acoplado a um motor), que não aparece no
xação, porém é importante destacar que ao se proje- desenho, transmite a força F indicada na figura.
tar uma máquina deve-se ter em mente como serão A força F se decompõe em três forças de acordo
feitas as conexões entre os conjuntos girantes e todo com os eixos cartesianos ortogonais, são elas a for-
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MECÂNICA INDUSTRIAL
Figura 14 - Mancais FAG - tipo S. (cortesia da FAG). Figura 15 - Fixação do mancal. (cortesia da FAG).
deverá ser apoiado, ou então o projetista determina A empresa SKF está apresentando as novas cai-
qual a melhor maneira para executar a fixação, sendo xas de mancal bipartidas do tipo SNL, as quais repre-
que nesta fixação existem diversas possibilidades. sentam um desenvolvimento adicional dos conheci-
dos alojamentos do tipo SNH, estas caixas combi-
MANCAIS PADRONIZADOS nam elevada capacidade de carga e qualidade de
usinagem, bem como uma grande variedade de alter-
Dissemos anteriormente que as principais empre- nativas de vedação, um dos assuntos abordados
sas fabricantes de rolamentos também disponibilizam durante a apresentação deste tema, veja um mancal
caixas de mancais para aplicações específicas, pa- SKF-SNL na abertura deste artigo (cortesia da SKF).
dronizadas e arranjos simplificados, isto é muito im- A empresa FAG dispõe de uma “caixa” de
por tante para os novos projetistas da área de mancal, na verdade são unidades em ferro fundido
Automação, pois é possível realizar vários projetos ou aço estampado projetadas para trabalhar com
pequenos a um custo reduzido, com ganho de tempo um tipo de rolamento de esferas também desen-
e sem ter que conhecer ou se aprofundar muito nos volvido como solução econômica em aplicações
detalhes da caixa de mancal que, como vimos até relativamente simples na montagem de rolamentos.
aqui, possui muitas particularidades. Vide figura 14.
Figura 23 - Localize o ponto certo para Figura 25 - Para a série 562: aperte
acoplar o anel excêntrico autotratável. Figura 24 - Aperte o parafuso tipo allen ambos os parafusos
(cortesia da FAG). (cortesia da FAG). (cortesia da FAG).
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ROBÓTICA
- Integração com sistemas exis-
tentes de CAD/CAM:
- Simplificação de atividades com-
plexas;
- Verificação de programas de
robô:
- Softwares de simulação po-
dem ser usados para demonstrar
tarefas livres de colisão antes da
geração do programa do robô.
Conforme ilustram as figuras 3 e
4.
É possível enumerar outras
possibilidades de utilização da
ferramenta de programação off-
line e simulação, além das descri-
tas acima, que fogem do contex-
to, mas que é interessante a sua
menção:
- Planejamento da produção;
Figura 1 - Exemplo de uma célula de trabalho virtual. - Projeto e otimização de dispo-
sições “lay-outs”;
- Projeto de produto e otimização;
- Supervisionando e coletando
dados;
- Construção de Robôs;
- Educação;
CONCLUSÃO
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Instr umentação
industrial
2ª
2ª par te
parte
par te
parte
José Carlos Amadeo
E
m nossa última edição dei-
Em nossa última edição, abordamos den- xamos de mencionar alguns
tro do tema “Instrumentação Industrial” as termos que, aparentemente,
parecem “gíria” utilizada pe-
definições mais utilizadas em sistemas de los instrumentistas, mas são termos
controles. Neste artigo iremos mostrar como tão evidentes que aparecem nos li-
os instrumentos são identificados, segundo vros de “símbolos e identificação de
instrumentação” – tal como o termo:
as áreas em que estão instalados. Atrás do Painel , que aparentemen-
Queremos enfatizar que o que estamos te significa algo que se encontra
apresentando são normas usadas pelos ins- atrás do painel. “Atrás do Painel” é
aplicado a um local que está dentro
trumentistas, porém existem outras formas
de uma área que contém o painel
de identificação que poderão ser seguidas. de instrumentação, suas bandejas
Como o assunto é muito amplo, daremos e cartões eletrônicos associados, ou
apenas um resumo do sistema de identifi- está situado dentro do painel. Dis-
positivos atrás do painel não são
cação através de “Tag’s”, especificadas acessíveis para uso normal do ope-
pela ISA – The Instrumentation, Systems, rador e não são designados como
and Automation Society, para a correta i- locais ou montados atrás do painel.
Em um sentido amplo, “ atrás do
dentificação. painel “ é equivalente a “ não nor-
Esperamos que este artigo venha ajudar malmente acessível ao operador”.
nossos leitores, atuais e/ou futuros Um outro termo utilizado, que po-
derá ter sentidos diferentes é o “ lo-
instrumentistas, em suas atividades profis-
cal” – que significa : a localização
sionais. de um instrumento que não está
Boa leitura! nem dentro de, nem sobre um pai-
nel ou console, nem é montado em
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abreviatura TIC-3 pode servir para A numeração em série envolve o - Os acessórios de instrumentos,
identificação geral ou para compra, uso de uma única seqüência de nú- tais como medidores de purga, vál-
enquanto que TSH-3 pode ser utili- meros para um projeto ou para se- vulas reguladoras com filtro de ar e
zada para diagramas de circuitos ções grandes de um projeto, indepen- potes de selagem que não são indi-
elétricos . dentemente da primeira letra da iden- cados especificamente em um dia-
(*) “bolhas – Símbolo circular tificação da malha – Outro exemplo grama, mas que necessitam uma
usado para designar e identificar a de numeração em série: designação para outras finalidades,
finalidade de um instrumento ou TIC-100 , FRC-101, LIC-102, AI- devem receber um “tag” individual-
função. Pode conter um número de” 103, etc. Uma seqüência de nume- mente de acordo com suas funções
“tag” – seu sinônimo é “balão”. ração de malha pode iniciar com um e precisam usar a mesma identifica-
ou qualquer número conveniente tal ção de malha do instrumento que
Observe que o número de le- como 001, 301, 1201. O número pode eles servem diretamente. – Exem-
tras funcionais agrupadas para um incorporar informações codificadas, plo: um conjunto de flanges de orifí-
instrumento deve ser mantido em entretanto, recomenda-se simplicida- cios associados com uma placa de
um valor mínimo, de acordo com de. orifícios FE-7 deve receber o “tag”
o bom senso do usuário. O núme- Se uma determinada malha ti- FX-7, porém pode ser designado FE-
ro total de letras dentro de um gru- ver mais que um instrumento com 7 FLANGES – um medidor de purga
po não deve exceder a quatro. O a mesma identificação funcional, associado com um manômetro PI-8
número dentro de um grupo pode poderá ser anexado um sufixo ao pode receber o “tag” PI-8 PURGA –
ser mantido em um mínimo atra- número da malha, como por exem- um poço termométrico empregado
vés de: plo: FV-2 A, FV-2 B, FV- 2 C... etc, com o termômetro TI-9 deve rece-
- Disposição das letras funcionais ou TE-25-1, TE-25-2...etc. Em cer- ber o “ tag” W-9, que também pode
em subgrupos . Esta prática está tos casos pode ser mais conveni- ser identificado TI-9 POÇO
mencionada acima – dispositivos de ente ou lógico designar um par de TERMOMÉTRICO”.
funções múltiplas - para instrumen- transmissores de vazão – por - Note que a regra para identifica-
tos que têm mais que uma variável exemplo: FT-2 e FT-3 ao invés de ção de malhas não precisa ser apli-
medida ou entrada, porém pode tam- FT-2 A e FT- 2 B – os sufixos po- cada a instrumentos e acessórios
bém ser usada para outros instrumen- dem ser aplicados de acordo com que são adquiridos em grandes quan-
tos. as seguintes diretrizes: tidades, se for prática do usuário
- Omissão do I ( indicar ) se um - uma letra de sufixo maiúscula especificar esses itens por outros
instrumento indicar e registrar a mes- deve ser usada, isto é , A, B, C..etc. métodos .
ma variável medida. - Para um instr umento , por
- Todas as letras da identificação exemplo, um registrador de tempe- TABELAS
funcional são maiúsculas. ratura multipontos que imprime nú-
meros para identificação dos pon- A finalidade da tabela a seguir,
IDENTIFICAÇÃO DA MALHA tos, os elementos primários podem será a de demonstrar a definição de
DE CONTROLE ser numerados como sendo : TE- diversos blocos construtivos do sis-
25-1, TE-25-2, TE-25-3..., cor- tema de identificação e representa-
Consiste de uma primeira letra e respondendo ao número de identifi- ção simbólica usados nesta norma
de um número. Cada instrumento em cação do ponto. de uma maneira concisa e de fácil
malha recebe como designação o - Outras subdivisões de uma ma- referência.
mesmo número de malha e, no caso lha podem ser designadas alterando As letras de identificação, em
de numeração em paralelo, a mes- em série de letras de sufixos e nú- conjunto com as notas, definem
ma primeira letra. Cada malha de meros e explicam as designações de le-
instrumentação tem uma identifica- - Instrumentos que executam tras individuais utilizadas como i-
ção de malha diferente. Um instru- duas ou mais funções podem ser de- dentificadores funcionais de acor-
mento comum a duas ou mais ma- signados por todas as suas funções do com as regras mencionadas no
lhas deve receber a identificação – exemplo: um registrador de vazão capítulo – Identificação Funcio-
daquela que é considerada predomi- FR-2 com uma pena de pressão PR- nal.
nante. 4 pode ser designado FR-2/PR-4 – Nota: Vide a seguir notas
A numeração de malhas pode ser um registrador de pressão com suas explicativas dos números entre pa-
em paralelo ou em série. A numera- penas pode ser PR-7/8, e uma jane- rênteses:
ção em paralelo envolve iniciar uma la de anunciador comum para alar- (1) - Uma letra tipo “escolha do
seqüência numérica para cada nova me de temperatura alta e baixa pode usuário” é própria para cobrir signifi-
primeira letra: ser TAHL-21. Observe que a barra cados não listados que serão usa-
não é necessária se não estiverem dos repetitivamente em um projeto
Exemplo: TIC –100, FRC-100, presentes dispositivos distintamen- particular. Se empregada, a letra pode
LIC – 100... etc. te separados. ter um significado como uma primei-
E Voltagem Sensor
(elemento primário)
F Vazão Relação
(fração) (4)
Q Quantidade Integrar,
totalizar (4)
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I N S T R U M E N TA Ç Ã O
V Vibração. Válvula,
Análise mecânica Damper (13)
"Louver"
ra letra e outro significado como uma cessário – por exemplo: “indicar” (6) - O uso da primeira letra U para
letra subseqüente. Os significados pode ser aplicado como “indicador” “multivariável” no lugar de uma com-
precisam ser definidos uma só vez ou de “indicação”; “transmitir” como binação de primeiras letras é
na legenda ou outro lugar, para este “transmissor ou de “ transmissão”, opcional. Recomenda-se que
projeto. – Exemplo: a letra “N” pode etc. designadores não específicos de
ser definida como “módulo de elasti- (4) - Qualquer primeira letra, se variáveis tais com U sejam usados
cidade” – como primeira letra e usada em combinação com letras com parcimônia – (com moderação).
“osciloscópio” como letra subseqüen- modificadoras D (diferencial), F (7) - O uso de termos modi-
te. (razão), M ( manômetro), K ( taxa ficadores tais como “alto”, “ baixo”, “
(2) - A letra não classificada X é de variação no tempo) Q (integrar médio” ou “ intermediário”, e “ varre-
própria para cobrir significados não ou totalizar) ou qualquer combina- dura” é opcional.
listados que serão usados somente ção das mesmas, deve represen- (8) - O termo “segurança” se apli-
uma vez ou utilizados de forma li- tar uma nova e independente vari- ca somente a elementos primários
mitada. Se colocada, a letra pode ável medida, e a combinação é tra- de proteção de emergência e ele-
ter diversos significados como uma tada como uma entidade de primei- mentos finais de controle de prote-
primeira letra e diversos significa- ra letra. Assim, os instrumentos ção de emergência. Portanto, uma
dos como uma letra subseqüente, TDI e TI indicam duas variáveis válvula auto-operada que impede a
exceto quanto a seu uso com sím- diferentes, ou seja temperatura di- operação de um sistema de fluido a
bolos distintivos, os significados se- ferencial e temperatura. Letras uma pressão maior que a desejada
rão normalmente definidos do lado modificadoras são utilizadas quan- aliviando o fluido do sistema, é uma
de fora de uma bolha de identifica- do aplicável. PCV do tipo de contrapressão, mes-
ção em um fluxograma. – Por exem- (5) - A primeira letra A ( análi- mo se a válvula não for usada nor-
plo: XR-2 pode ser um registrador se) cobre todas as análises não malmente. Entretanto, esta válvula é
de esforços e XX-4 pode ser um descritas por uma letra tipo “es- designada como uma PSV se ela
osciloscópio de esforços. colha do usuário”. Espera-se que proteger contra condições de emer-
(3) - A forma gramatical dos sig- o tipo de análise seja definido do gência, isto é, condições que são
nificados de letras subseqüentes lado de fora de uma bolha de iden- perigosas para pessoal e/ou equi-
pode ser modificada conforme ne- tificação. pamentos e, que se espera, não ocor-
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AUTOMAÇÃO
Comando
Numérico
Computarizado
3ª parte Osmar Brune
N
este artigo, descreveremos um sistema de posicionamento ou um
Nos ar tigos anteriores os dados de máquina mais CNC.
importantes que normal- Passemos à descrição destes da-
desta série sobre CNCs, ci-
mente se encontram em qualquer dos de máquina.
tamos dados de máquina em CNC. Os nomes empregados para
diversos momentos. Dados estes dados de máquina podem dife- VELOCIDADE MÁXIMA
rir entre um modelo de CNC e outro,
de máquina são importantes
mas o importante é compreender os Deve ser informado para cada
parâmetros que devem ser conceitos envolvidos. A compreensão eixo, em mm/min (milímetros por mi-
configurados no CNC duran- destes conceitos é extremamente nuto). O CNC utiliza este dado de
te o comissionamento importante para diversos objetivos, máquina para diversos propósitos,
alguns mais simples como o “setup” tais como:
(“setup”) da máquina- ferra- de uma máquina-ferramenta, outros - evitar que o eixo se desloque aci-
menta. mais complexos como desenvolver ma desta velocidade
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AUTOMAÇÃO
Se o eixo começa a se atrasar, mentado, esta velocidade tende a po entre cálculos sucessivos da ten-
conforme discutido anteriormente ao ser atingida. Seja qual for o fator KV, são do D/A.
descrever o dado de máquina LIMITE portanto, a velocidade final será a
DE TENSÃO, a tensão calculada pode mesma. Portanto, se o fator KV for Utilizar um KV muito baixo, embo-
resultar num valor maior do que TEN- aumentado, será verificada, em ra resulte num sistema estável, pro-
SÃO PARA VELOCIDADE MÁXIMA. compensação, uma diminuição do voca erros de acompanhamentos al-
Após o cálculo, avalia-se esta tensão, erro de acompanhamento, ou seja, tos e uma resposta mais lenta nos
e toma-se uma das seguintes deci- a posição real ficará mais próxima posicionamentos. Outro efeito indese-
sões: da posição desejada. Este é um jável é que, quando o eixo estiver pa-
- se for menor do que LIMITE DE comportamento altamente desejá- rado, o erro de acompanhamento de-
TENSÃO, comanda-se esta tensão na vel, contudo, há limites para o cres- vido ao “drift” também ficará muito alto,
saída do conversor D/A. cimento do fator KV. o que poderá causar um po-
- se for maior ou igual do que LI- Estes limites são estabelecidos sicionamento final bastante impreci-
MITE DE TENSÃO, e menor do que pela teoria de controle de laços so (adiante descreveremos este fenô-
TENSÃO PARA ALARME, comanda- realimentados, por exemplo, laços de meno e um dado de máquina para
se LIMITE DE TENSÃO na saída do controle PID (proporcional, integral, compensação de “drift”).
conversor D/A. derivativo). O laço de controle Utilizar um KV exageradamente
- se for maior ou igual do que TEN- implementado no CNC (neste exem- alto, por outro lado, leva o sistema à
SÃO PARA ALARME, bloqueia-se o plo) é meramente proporcional (P), não instabilidade e, freqüentemente, ao
eixo e o programa de usinagem, cau- possuindo componentes integral e de- desarme através de alarmes, tais
sando um alarme para o operador. rivativa. No entanto, deve-se observar como aquele provocado pelo dado de
que existe um outro laço de controle máquina TENSÃO PARA ALARME. O
Esta última situação pode ocorrer, externo, o servo-acionamento, que gráfico da figura 3 ilustra um exem-
por exemplo, se um obstáculo está normalmente tem as 3 componentes plo do que pode acontecer com a ten-
obstruindo o avanço do eixo, o que (P, I, D), e está em série (cascata) com são do D/A e velocidade real quando
causa um aumento drástico do erro o controle de posição do CNC. o KV é muito alto, num processo de
de acompanhamento. O máximo valor suportado para o aceleração do eixo. Observa-se que
O gráfico da figura 2 mostra três fator KV depende geralmente de di- a velocidade não consegue se esta-
situações em que o eixo está progra- versos fatores, tais como: bilizar e que o sistema oscila, causan-
mado para se deslocar com VELOCI- - qualidade do servo-acionamento do um efeito altamente indesejável
DADE MÁXIMA: na regulação da velocidade denominado “overshoot”.
a) um situação em que existem - qualidade do conjunto mecânico Como se vê, é necessário estabe-
atrasos (e também adiantamentos) da (baixo atrito, ausência de folgas, lecer um valor adequado para o fator
posição real em relação a posição linearidade, etc). KV, não tão baixo a ponto de permitir
desejada, embora de pequena mag- - atraso entre um efeito na saída altos erros de acompanhamento, nem
nitude, de forma que o LIMITE DE (variação da tensão do D/A) e a cor- tão alto a fim de permitir oscilações.
TENSÃO não é alcançado. respondente verificação do efeito Uma maneira de ajustar o KV é
b) um situação em que um atraso provocado na entrada (realimenta- aumentá-lo gradualmente, até que se
maior se acumulou de forma que o ção de posição). Este atraso depen- iniciem leves oscilações, o que pode
LIMITE DE TENSÃO foi alcançado. de, inclusive, do tempo de ciclo do ser observado monitorando-se a saí-
c) uma situação em que um atra- CNC, ou seja, do intervalo de tem- da de tensão com um osciloscópio,
so tão grande se acumulou de forma
que a TENSÃO PARA ALARME foi
alcançada, bloqueando o eixo e ge-
rando alarme.
FATOR KV
COMPENSAÇÃO DE DRIFT
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AUTOMAÇÃO
Quando o eixo está parado, e o a instalação, o instalador pode se dar A figura 5 ilustra os dois tipos de
erro de acompanhamento é maior do conta de que o eixo está se movendo sistema.
que a TOLERÂNCIA DE POSI- para o lado oposto ao esperado. Por Quando existe uma folga no
CIONAMENTO, uma mensagem “fora exemplo, ao comandar um movimen- acoplamento entre o fuso e o eixo, e
de posição” é exibida para o eixo. Esta to para o sentido positivo, o eixo se ocorre uma reversão no sentido de
mensagem não chega a causar o de- desloca para o sentido negativo. Nes- movimento, o fuso (e o ROD a ele
sarme da máquina, mas impede, por te caso, seria necessário inverter dois acoplado) giram sem que o eixo se
exemplo, a execução ou o prossegui- fios da entrada diferencial de tensão mova. Desta maneira, surge um erro
mento da execução de um programa do servo-acionamento. Outra possibi- no cálculo da posição real. Este erro
de usinagem. Se isto ocorre, é tipica- lidade, mais simples, é inverter o dado acaba se corrigindo quando uma
mente um sinal de que uma compen- de máquina POLARIDADE DA TEN- nova reversão ocorre. Todavia, pode-
sação de “drift” pode ser necessária, SÃO. se dizer que em qualquer momento
conforme se discutiu anteriormente. pode existir um erro na posição real,
POLARIDADE DA POSIÇÃO com a dimensão da folga. Para cor-
LIMITE DE PARADA rigir este erro, pode-se medir a fol-
Deve ser informado para cada ga e introduzi-la no dado de máqui-
Deve ser informado para cada eixo, com valor + ou -. Após execu- na COMPENSAÇÃO DE FOLGA.
eixo, em µm (micra). Informa o máxi- tar a instalação, o instalador pode Toda vez que o sentido de movimen-
mo erro de acompanhamento tolerá- perceber que a posição do eixo to for revertido, a compensação será
vel em um eixo que se encontra para- incrementa quando o eixo se des- somada (em reversões do sentido
do. Se este limite for excedido, a má- loca para o sentido negativo, ou positivo para negativo) ou subtraí-
quina é desarmada e um alarme de vice-versa. Isto pode ser soluciona- da (em reversões do sentido nega-
“limite de parada” é exibido. Tipica- do, novamente, invertendo fiação no tivo para positivo).
mente, o LIMITE DE PARADA é ajus- ROD ou régua ótica. Ou de maneira
tado com um valor que é o dobro da mais simples, pode-se inverter o ATIVAÇÃO DA COMPENSAÇÃO
TOLERÂNCIA DE POSICIONA- dado de máquina POLARIDADE DA DE ERRO DE PASSO DE FUSO
MENTO. Potenciais causas para este POSIÇÃO.
alarme de limite de parada são as Deve ser informada para cada
seguintes: COMPENSAÇÃO DE FOLGA eixo, com o valor SIM ou NÃO. Caso
- “drift” excessivamente alto, sen- o valor seja SIM, ativa-se tal compen-
do necessário compensá-lo Deve ser informado para cada sação, que será descrita a seguir.
- problema de hardware ou mecâ- eixo, em µm. Este dado pode ser útil
nico da máquina (exemplo: falha no para compensar folgas em sistemas COMPENSAÇÃO DE ERRO DE
sistema de leitura de posição, movi- de “medição indireta” da posição. Por PASSO DO FUSO
mento inesperado do motor, etc). exemplo, quando um ROD está
acoplado no eixo do motor, e o motor Trata-se de uma tabela que deve
ACELERAÇÃO aciona um fuso, e este aciona um eixo, ser informada para cada eixo, conten-
temos um sistema de medição indire- do valores em µm correspondentes a
Deve ser informado para cada ta. Por outro lado, uma régua ótica diversas posições do eixo. Na figura
eixo, em mm/s2. É utilizado pelo siste- colocada ao longo do eixo, é um sis- 5, mostra-se que um sistema de me-
ma interpolador para calcular a varia- tema de medição direta. dição indireta confia que, a cada rota-
ção da velocidade nas rampas de ace-
leração e desaceleração.
RESOLUÇÃO
POLARIDADE DA TENSÃO
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S O F T WA R E
Manipulando entidades e
trabalhando com super fícies
superfícies
AutoCAD 3D - 2 a Par te
Parte
Sérgio Eduardo Macedo Rezende
N 3D começamos a entender
como trabalhar no ambien-
te tridimensional em termos
de posicionamento e coordenadas.
Além disso, pudemos exercitar a
construção de estruturas em
wireframe e faceamento baseado em
três ou quatro pontos. Nesta edição
vamos estudar comandos fundamen-
tais para rodar objetos, copiá-los em
série e espelhá-los em três dimen-
sões. Ademais, saberemos como
construir superfícies baseadas em
curvas de borda além de suavizá-las
conforme desejado. Aprenderemos
também a criar superfícies de revo-
lução em torno de um eixo. Estes
mesmos recursos serão utilizados
para obter superfícies de extrusão.
Veja ao lado.
Rotate3d
Figura 2 – Resultado da rotação. Figura 3 – Linha de referência no bloco. Figura 4 – Resultado do Mirror3d.
Command: 3darray
Select objects: (Selecione o bloco)
Select objects: (Dê Enter)
Enter the type of array
[Rectangular/Polar] <R>:p
Enter the number of items in the
Figura 9 – Turbina de avião modelada
array: 10 com superfícies.
Specify the angle to fill (+=ccw, -
=cw) <360>: (Ângulo de aplicação,
dê Enter)
Rotate arrayed objects? [Yes/No] Figura 7 – Array polar em 360º e em 180º.
<Y>: y (Para rodar as entidades
selecionadas)
Specify center point of array: (Se- Em muitos casos nos deparamos
lecione o primeiro ponto mostrado na com um par de linhas curvas que
figura 7) desejamos unir por meio de uma
Specify second point on axis of superfície. Verificamos que, pelo
rotation: (Selecione o segundo ponto fato de serem linhas curvas, não
mostrado na figura 6) é possível utilizar o comando
Command: hide 3dface .
-Para treinarmos o rulesurf em três
Neste exemplo aplicamos o array dimensões vamos fazer um exem- Figura 10 – Arcos para aplicar o rolesurf.
polar preenchendo os objetos copia- plo simples com dois arcos de ta-
dos dentro de um ângulo de 360º. No manhos diferentes e em planos dis-
tintos. Para facilitar a visualização Specify end point of arc or
entanto, se digitássemos 180º, as có- [Angle/chord Length]: 0,20 (Ponto
pias do bloco seriam dispostas em configure o vpoint para as coordena-
das -1,-1,1 e veja os resultados na final)
meia volta, veja os exemplos na fi-
gura 7. figura 10.
Construindo o arco maior
Perceba que uma das perguntas
feitas no comando foi se as entida- Construindo o arco menor
Command: arc
des deveriam ser rodadas na cópia.
Command: arc Specify star t point of arc or
Se digitássemos n, o resultado seria
Specify star t point of arc or [Center]: 0,5
o mostrado na figura 8.
[CEnter]: 0,0 (Ponto inicial) Specify second point of arc or
Specify second point of arc or [CEnter/ENd]: c
Rulesurf
[CEnter/ENd]: c (O próximo ponto é Specify center point of arc: 0,10
Com este comando iniciamos o centro do arco) Specify end point of arc or [Angle/
o estudo de superfícies (figura 9). Specify center point of arc: 0,10 chord Length]: 0,15
Figura 11 – Rulersurf correto. Figura 12 – Interseção de superfícies. Figura 14 – Arcos para exemplo.
Command: m
MOVE
Select objects: (Clique no arco
menor) 1 found
Select objects: (Dê Enter)
Specify base point or
displacement: 0,0
Specify second point of
Figura 13 – Edgesurf. Figura 15 – Resultado do edgesurf.
displacement or <use first point as
displacement>:
@0,0,20 unidas por retas. Para termos super- Select object 4 for surface edge:
fícies ainda mais complexas e com (Clique no quarto arco)
Command: rulesurf mais curvaturas, temos o comando Command: hide
Current wire frame density: edgesurf que utiliza quatro linhas para
SURFTAB1=6 traçar a superfície (figura 13). Surftab1 e Surftab2
Select first defining curve: (Clique Para treinarmos este comando
no primeiro arco) vamos fazer uma superfície com um Pudemos observar com o
Select second defining curve: orifício, para isso construa os arcos edgesurf e o rulesurf que o
(Clique no segundo arco) mostrados na figura 14. Note que AutoCAD não cria uma superfície
os arcos A e B estão contidos no constante, mas ele cria diversas
Aplicar o comando rulesurf é mesmo plano e os arcos C e D es- faces, uma ao lado da outra para
simples, mas é necessário ter cui- tão contidos em planos perpendicu- dar a impressão de superfície.
dado ao selecionar as linhas. Ao lares aos de A e B. Para os arcos C Portanto, para termos uma super-
clicar na primeira curva faça-o na e D ficarem perpendiculares aos A fície mais suave, é necessário
outra curva em um ponto próximo e B, utilize o comando rotate3d. Ago- aumentar este número de faces,
ao primeiro como mostrado na fi- ra, siga os seguintes comandos para principalmente quando as curvas
gura 10 para chegar no resultado criar a superfície e chegar no resul- das bordas são mais acentuadas.
da figura 11; caso contrário pode tado da figura 15: Veja na figura 16 exemplos desta
ocorrer o problema de interseção situação.
de superfícies mostrado na figura Command: edgesurf O comando surftab1 suaviza as
12. Current wire frame density: superfícies criadas com base no pri-
SURFTAB1=6 SURFTAB2=6 meiro par de curvas selecionadas,
Edgesurf Select object 1 for surface edge: principalmente no comando
(Clique no primeiro arco) rulesurf. Para o comando edgesurf
Percebemos que pelo comando Select object 2 for surface edge: há também o surftab2 para as sua-
rulesurf nos baseamos apenas em (Clique no segundo arco) vizar superfícies do outro par de
duas linhas para fazer a superfície, Select object 3 for surface edge: curvas de borda. Aplique os seguin-
sendo as extremidades das linhas (Clique no terceiro arco) tes passos:
Command: surftab1
Enter new value for SURFTAB1
<6>: 20 (Serão criadas 20 faces para
o primeiro par de curvas)
Command: surftab2
Enter new value for SURFTAB2
<6>: 20 (Serão criadas 20 faces para
o segundo par de curvas)