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O MUNDO COMUNISTA

Em 1945, quando o segundo conflito mundial terminou, existiam no


mundo apenas dois países comunistas: a URSS e a Mongólia. Entre 1945 e
1949, o comunismo implanta-se na Europa Oriental, na Coreia do Norte e na
China. Nos anos 50 e 60 continua o seu progresso na Ásia e em Cuba. Na
década de 70, difunde-se na África Negra.

* O expansionismo soviético

A expansão do mundo comunista fez-se, em grande parte, pela URSS.


Após a Segunda Guerra Mundial, o reforço da posição militar soviética e o
desencadear do processo de descolonização criaram condições favoráveis
quer à extensão do comunismo, quer ao estreitamento dos laços de amizade e
cooperação entre Moscovo e os países recentemente emancipados. A URSS
saiu, assim, do isolamento a que estivera votada desde a Revolução de
outubro, alargando a sua influência nos quatro continentes.

Europa:

A primeira vaga de extensão do comunismo atingiu a Europa Oriental e,


com exceção da Jugoslávia, fez-se sobre a pressão direta da URSS. Em
meados de 1948, os partidos comunistas dos países de Leste tinham-se já
assumido como partidos únicos e, em pouco tempo, a vida política, económica
e social destas regiões foi reorganizada em moldes semelhantes aos da União
Soviética.
Os novos países socialistas receberam a designação de democracias
populares. Por oposição às democracias liberais, julgadas incapazes de
garantir a verdadeira igualdade devido à persistência dos privilégios de classe,
as democracias liberais defendem que a gestão do Estado pertence, somente,
às classes trabalhadoras. Estas constituem a maior, exercem o poder através
do Partido Comunista que, supostamente, representa os seus interesses.
Em 1955, os laços entre as democracias populares foram reforçadas
com a constituição do Pacto de Varsóvia, aliança militar que previa a resposta
conjunta a qualquer eventual agressão.
Considerando-se a “pátria do socialismo”, a União Soviética impôs um
modelo único e rígido, do qual não admitiu desvios. É assim que, quando
estalaram protestos e rebeliões contra o seu excessivo domínio, Moscovo não
hesitou em utilizar a força para manter a coesão do seu bloco. Os dois casos
mais graves ocorreram na Hungria, em 1956, e na Checoslováquia, em 1968.
As ruas de Budapeste e de Praga viram-se, então, ocupadas pelos tanques
soviéticos. Este desejo de manter intocada a hegemonia comunista na Europa
Oriental conduziu também, em 1961, à construção do célebre muro de Berlim,
que rapidamente se tornou no símbolo da Guerra Fria na Europa e no Mundo.

Ásia:

Fora da Europa, o único país em que a implantação do regime


comunista que ficou a dever à intervenção direta da URSS foi a Coreia.
Ocupada pelos Japoneses, a Coreia foi, no fim da Segunda Guerra
Mundial, libertada pela ação conjunta dos exércitos soviético e americano, que,
naturalmente, não se entenderam quanto ao futuro regime político do país. A
Coreia foi, por isso, dividida em dois estados: a norte, a República Popular da
Coreia, comunista, apoiada pela URSS; a sul, a República Democrática da
Coreia, conservadora, sustentada pelos Estados Unidos. A posterior invasão da
Coreia do Sul pela República Popular do norte, com vista á reunificação do
território sob a égide do socialismo, desencadeou uma violenta guerra (1950-
1953). Por fim, repôs-se a separação entre as duas Coreias, que se mantêm
estados rivais ainda hoje.
A China, onde, em outubro de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a
instauração de uma República Popular. A tomada do poder pelos comunistas
chineses foi uma longa luta, que se iniciara nos anos 20 e se reacendera após
a Segunda Guerra Mundial. Embora o apoio de Moscovo aos revolucionários
não possa considerar-se decisivo para a vitória alcançada, poucos meses
decorridos desde a formação do novo Governo, Mao Tsé-Tung e o ministro dos
Negócios Estrangeiros, Chou En Lai, assinam, em Moscovo, um Tratado de
Amizade, Aliança e Assistência Mútua, que coloca a China na esfera soviética.
Apesar de se ter afastado da URSS, a China seguiu o modelo político e
económico do socialismo russo. A China Popular assumiu, ao lado da URSS,
as suas obrigações na difusão do comunismo.

América Latina e África:

A influência soviética estende-se, nos anos 60 e 70, à América Latina e à


África (com a descolonização, nomeadamente Angola e Moçambique).
O ponto fulcral da expansão comunista na América Latina foi Cuba. Em
1959, um punhado de revolucionários, sob o comando de Fidel Castro e do
mítico Che Guevara, derruba o ditador pró-americano Fulgêncio Batista. As
preocupações socializantes do novo regime cubano valem-lhe a hostilidade de
Washington, que apadrinha mesmo uma tentativa falhada de retoma do poder
por exilados anticastristas (desembarque na Baía dos Porcos, com o objetivo
de matar Fidel Castro).
Fidel Castro aceita o apoio da URSS e Cuba transforma-se num bastião
avançado do comunismo na América Central. A permanência soviética em
Cuba confirma-se quando, em 1962, aviões americanos obtêm provas
fotográficas da instalação, na ilha, de mísseis russos de médio alcance,
capazes de atingir o território americano. A exigência firme de retirada dos
mísseis, feita pelo presidente Kennedy, coloca o Mundo perante a eminência
de uma guerra nuclear entre as duas superpotências. Felizmente, a crise acaba
por resolver-se com cedências mútuas: Kruchtchev aceita retirar os mísseis,
enquanto os Estados Unidos se comprometem a não tentar derrubar,
novamente, o regime cubano. Cuba desempenhará um papel ativo na
proliferação do comunismo.
Tal como o continente asiático, a África, recém-descolonizada, mostrou-
se bastante permeável à influência soviética.

* Opções e realizações da economia de direção central

Logo que a guerra terminou, a URSS retomou o modelo de planificação


económica: planos quinquenais e a partir de 1958 septenais, sendo a primeira
prioridade a indústria pesada. Imensos complexos siderúrgicos e centrais
hidroelétricas fazem da União Soviética a segunda potência industrial do
Mundo e garantem-lhe o poder militar necessário ao afrontamento dos tempos
da Guerra Fria.
Nos países de Leste, a proclamação das Repúblicas Populares implanta
também o modelo económico soviético. Os meios de produção são
coletivizados e reorganizados em moldes idênticos aos da URSS, sendo a
prioridade absoluta a industrialização, baseada na indústria pesada.
Os novos países socialistas europeus, com exceção da Checoslováquia
e da RDA, eram essencialmente agrícolas, industrializaram-se rapidamente.

No entanto, o nível de vida das populações não acompanha esta


evolução económica. As jornadas de trabalho mantêm-se excessivas (cerca de
10 horas), os salários sobem a um ritmo muito lento e as carências de bens de
toda a espécie mantêm-se. Negligenciados pelos primeiros planos, a
agricultura, a construção habitacional e o setor terciário avançam lentamente.
Nas cidades, que a industrialização fez crescer a um ritmo muito rápido, a
população amontoa-se em bairros periféricos, superpovoados e doentias. As
longas filas de espera para adquirir bens essenciais tornam-se uma rotina
diária.

Os bloqueios económicos

Passado o primeiro impulso industrializador, as economias planificadas


começam a mostrar, de forma mais evidente, as suas debilidades:
- As empresas não gozam de autonomia na seleção das produções,
equipamentos, trabalhadores, fixação de salários e preços ou na escola de
fornecedores e clientes;
- Gestão burocrática que se limita a cumprir as quantidades previstas no
plano, sem olhar à qualidade ou rentabilidade dos equipamentos e da mão de
obra;
- Bens de consumo escassos;
- Poucos produtos agrícolas, dado que a agricultura não é prioridade;
- Habitações caras, optando a população por viver na periferia sem
condições.

Para ultrapassar os bloqueios económicos a URSS permite realizar


reformas.
Nikita Krutchev vai alterar a planificação, tendo em conta o que levou ao
bloqueio.
Em 1959, inicia-se um novo plano que reforça o investimento nas
indústrias de consumo, na habitação e na agricultura. Paralelamente, a
duração do trabalho semanal reduz-se (de 48 para 42 horas), bem como a
idade de reforma, que se estende, pela primeira vez aos trabalhadores
agrícolas. Nas empresas procura-se incentivar a produtividade, aumentando a
autonomia dos gestores e iniciando um sistema de prémios aos trabalhadores
mais ativos.

No entanto, estas medidas não superaram as expectativas. Na década


de 70, sob a orientação de Brejnev, a burocracia reforça-se e o 9º e 10º plano
voltam a dar grande prioridade ao complexo militar-industrial e à exploração
dos recursos naturais (ouro, gás e petróleo da Sibéria). Porém, os custos de
exploração do território siberiano revelam-se excessivos e a economia soviética
entra num período de estagnação.
As dificuldades soviéticas refletiram-se, de forma mais ou menos graves,
em todos os países satélite.
Embora não podendo dissociar-se da crise económica que, na década
de 70, afetou o mundo industrializado, a estagnação das economias de direção
central reflete, sobretudo, as faltas do sistema, que se foram agravando ao
longo das décadas. Inultrapassáveis, estes bloqueios económicos conduzirão à
falência dos regimes comunistas europeus, no fim dos anos 80.

A ESCALADA ARMENTISTA E O INÍCIO DA ERA ESPACIAL

* A escalada armamentista

Em 1945, após a Segunda Guerra Mundial só os EUA tinham a bomba


atómica. Em 1949, os Russos fizeram explodir a sua primeira bomba atómica,
desmoronando-se, assim, a confiança do Ocidente.
De imediato, os cientistas incrementaram as pesquisas de uma arma
mais destrutiva, testada em 1952 no Pacífico – a bomba de hidrogénio.
No ano seguinte, já a URSS tinha a bomba de hidrogénio.
Embora o caráter revolucionário deste novo rearmamento se encontre
na produção de bombas atómicas e no desenvolvimento de mísseis de longo
alcance para as lançar, o Mundo viu também multiplicarem-se as armas ditas
“convencionais”.
O poder de destruição das novas armas introduziu na política mundial
uma característica nova: a dissuasão. Cada um dos blocos procurava persuadir
o outro de que usaria, sem hesitar, o seu potencial atómico em caso de
violação das respetivas áreas de influência. Advertências, ameaças,
movimentações de tropas e material de guerra faziam parte desta estratégia
dissuasora que a natureza apocalíptica de um confronto nuclear torno eficaz. O
mundo tinha resvalado, nas palavras de Churchill, para o “equilíbrio instável do
terror”.

* O início da era espacial

Cientes de que a superioridade tecnológica poderia ser decisiva, as duas


superpotências dedicaram grande atenção aos ramos da Ciência relacionados
com o equipamento militar.
A URSS colocou-se à cabeça da conquista do Espaço quando, em
outubro de 1957, conseguiu colocar em órbita o primeiro satélite artificial da
História, o Sputnik 1. No mês seguinte, lançou o Sputnik 2, de maiores
dimensões, levando a bordo a cadela Laika, que se tornou o primeiro viajante
espacial.
Os Americanos, na ânsia de igualarem, no mesmo ano, a proeza russa,
anteciparam o lançamento do seu próprio satélite, mas o foguetão que o
impulsionava explodiu e a experiência foi um fiasco. Só no início de 1958, com
o lançamento de Explorer 1, a América efetivaria a sua entrada na corrida ao
Espaço.
Nos anos que se seguiram, a aventura espacial alimentou o orgulho
nacional das duas nações. Nos primeiros tempos, os soviéticos mantiveram a
liderança e, em 1961, fizeram de Yuri Gagarin o primeiro ser humano a viajar
na órbita terrestre. No entanto, no fim da década de 60, coube aos americanos
Neil Armstrong e Edwin Aldrin o feito de serem os primeiros homens a pisarem
a Lua. Quando o Homem realizou o feito improvável de alcançar a Lua tornou-
se evidente que essa mesma tecnologia estava a ser utilizada para a
construção de armas capazes de aniquilarem toda a Humanidade.

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