Processos de
Dinâmica Superficial
Maria Giovana Parizzi
(IGC/UFMG)
Monitores
Moara Tupinambás
Joana Maria D. Cajazeiro
Jadir Alves da Silva
Geologia, Processos e
Atividades Humanas
Processos, o meio ambiente e o homem
Processos, o meio ambiente e o homem
Foto: Reuters
Ocupação Irregular
Desastres naturais no Brasil...
Entre 2000 e 2007 mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas
por algum tipo de desastre natural no Brasil. Ocorreram 36 grandes
episódios de enchentes, secas, deslizamentos de terra. O prejuízo
econômico gerado por esses eventos foi estimado em US$ 2,5
bilhões (Universidade Católica de Louvain, Belgica, em Maffra & Mazzola, 2007)
Seca 14%
Epidemia 3%
Temperaturas
extremas 6%
Inundação 58%
Deslizamentos
11%
Vendavais 8%
Conceitos Fundamentos
Toda natureza geológica está submetida a
Natureza em processos e toda intervenção humana interage
contínuo com a dinâmica desses processos
movimento
Todos os movimentos inerentes aos processos
Sentido do naturais ou induzidos explicam-se pela busca
Equilíbrio de posições de maior equilíbrio
AG – Ambiente geológico
I1 – intervenções que levam
a degradação
I2 AT1- Ambiente
AG I1 Tecnogênico 1 (decaído)
At2
I2 – intervenções que
At1 conduzem à reabilitação
AT2 – Ambiente
Tecnogênico 2 ( reabilitado)
Atributos a serem avaliados para o
planejamento do uso do espaço e
previsão (e prevenção) de
desastres
• Fatores Climáticos
• Solos
• Rochas
• Rochas
• Bacia hidrográfica ( águas superficiais e
subterrâneas)
• Condições geomorfológicas (relevo, declividade,
processos comuns)
• Formas de ocupação (vegetação natural,Fauna,
Flora, agrícola, urbanização, etc..)
• Ação antrópica
situação de perigo, perda ou dano,
ao Homem e a suas propriedades,
em razão da possibilidade de
ocorrência de processo destrutivo,
natural ou induzido
R = risco
P = probabilidade de ocorrência de
processo destrutivo (perigoso, adverso)
C = conseqüências sociais e
econômicas potenciais
ACIDENTE fato já ocorrido, no qual FORAM registradas
conseqüências sociais e/ou econômicas
relacionadas diretamente ao fato
SETOR 1 (R4)
SETOR 2 (R2)
R. Hugo Takahashi
Escala de mapeamento?
• Cartas Geotécnicas propriamente ditas, ao expor as limitações e
potencialidades dos terrenos e estabelecer as diretrizes de ocupação
diante de uma ou mais formas de uso;
Definições do IPT,1998
•conceitos
Bacia hidrográfica
O conceito de bacia hidrográfica refere-se à área
delimitada pelos divisores de água (áreas de
topografia mais elevada de onde divergem os
cursos de água) e contém não só as drenagens
ali presentes, referentes tanto ao rio principal,
como seus afluentes, como tudo contido
naquela área. Esta unidade, assim delimitada,
constitui uma importante unidade de
planejamento de atividades sócio-econômicas,
ambientais, culturais e educativas.
700
695 700
695
700
690 690
695
685
690 680
700
675 685
680 675
680
685 670
680 665
685
Divisor de Águas
655 670
Exutório 660 665
Visão tridimensional de uma bacia hidrográfica
Desenho: Moara Tupinambás
• A rede de drenagem de uma
bacia hidrográfica é formada pelo
rio principal e pelos seus
tributários, constituindo-se em um
sistema de transporte de água e
sedimentos
O volume de água que passa pelo
exutório na unidade de tempo é a vazão
ou descarga da bacia. Na seqüência de
um evento chuvoso significativo, a
vazão Q varia com o tempo de uma
forma característica de cada bacia.
Parâmtros influêntes
• extensão da bacia:
• forma,
• distribuição de relevo,
• declividade,
• comprimento do rio principal,
• densidade de drenagem,
• cobertura vegetal,
• tipo e uso do solo,
• entre outras.
Caso contrário, as
áreas de
contribuição irão
diminuir
B gradativamente,
Q(t)
iniciando a fase
descendente B-C do
Volume de recarga hidrograma.
dos escoamentos
sub-superficial e
P(t) Chuva Qmax subterrâneo
Efetiva
C
A
Tempo t
Fonte: Naghettini, 2007
• Área, forma e densidade de drenagem
Hidrogeologia
Dinâmica do
lençol
freático....
• Tipos de aqüíferos: porosos
fraturados cársticos
Zona de recarga...
Zona de descarga.
Solos
Solos Tolerância de perda de solos (t ha-1)
Amplitudes observadas Média ponderada
em relação á
profundidade
Morro do Pilar
Manhuaçu
Relevo
Nova Lima
Relevo
Sabará
Relevo
Vespasiano
Pedogênese e intemperismo
Processo ou conjunto de processos combinados químicos, físicos
e/ou biológicos de desintegração e/ou degradação e
decomposição de rochas causados por agentes geológicos
diversos junto à superfície da crosta terrestre.
Litossolo
Movimentos de massa
escorregamento de solo
escorregamento de rocha
rastejo ou “creep”
queda de blocos
TIPOS DE PROCESSOS: desplacamento rochoso
rolamento de matacões
corridas de terra
corridas de lama
corridas de blocos
Movimentos de Massa
• Os movimentos de massa são
condicionados pela superposição
destes principais fatores:
• Regime pluviométrico, características e
natureza dos terrenos, características
Geomorfológicas e intervenção
antrópica.
PROCESSOS
MOVIMENTOS DE PROCESSOS EROSIVOS
TRANSPORTE DE MASSA E DE ASSOREAMENTO
EROSÃO PLUVIAL,
AGENTE
FLUVIAL, EÓLICA,
TRANSPORTANTE (ÁGUA,
GLACIAL
GELO E AR) -
ESCORREGAMENTOS:
MOVIMENTOS FRENTE LIVRE DE
GRAVITACIONAIS DE MOVIMENTAÇÃO
MASSA (ENCOSTAS)
TALUDE ARTIFICIAL
(ATERRO) TALUDE DE CORTE
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS BÁSICOS DO TALUDE
AMPLITUDE OU ALTURA
DECLIVIDADE
D(%) = (H/L)x100
AMPLITUDE (H)
COMPRIMENTO NA HORIZONTAL
(L)
RASTEJO
INSTALAÇÃO DA M. MARTINS
Aterro existente
Ampliação no momento
da ruptura Muro Galpão da
VILA BARRAGINHA
Hércules
Estaqueamento
Aterro
DESMATAMENTO E
ESCORREGAMENTO
área desmatada
DE SOLO suscetível à erosão
e escorregamentos
escorregamento
de solo
solo
superficial
inclinação
ruptura excessiva altura
excessiva
solo de
alteração
estrutura
residual
retaludamento;
execução de obras de contenção.
ATERRO MAL EXECUTADO
caminhos preferenciais
d'água
ruptura
canaleta subdimensionada
e/ou obstruída
lançamento de
água servida
rupturas
zonas saturadas
SOLUÇÃO
implantação de rede de coleta e condução das águas servidas,
de preferência separada do sistema de drenagem das águas
pluviais.
VAZAMENTO E INFILTRAÇÃO DE ÁGUA
vazamento em rede de
abastecimento d'água
ruptura
trincas
zonas saturadas
SOLUÇÕES
FOSSA surgência
d'água
acúmulo de lixo
deslizamento de
lixo e solo
LIXO
ruptura do
corte
ruptura do
SOLUÇÃO aterro
Causas
- dissolução de rochas (carstificação)
- acomodação de camadas do substrato pelo peso
- pequenas movimentações em falhas
- ação do homem
bombeamentos,
peso de estruturas
colapso de antigas minas subterrâneas
Processos cársticos
Tipos de porosidade/
Tipos de aqüífero
Fonte:Teixeira et. al., 2000
aqüíferos cársticos
LS = 0,00984 L 0 , 63
S 1,18
Onde
LS = fator topográfico
L = comprimento da rampa em metros
S = grau de declive, em porcentagem
L S são índices utilizados na equação universal de perda de solo
por erosão laminar:
A=RKLSCP
Onde
A = índice que representa a perda de solo por unidade de área
R = índice de erosividade da chuva
K = índice de erodibilidade
C = índice relativo ao fator uso e manejo do solo
P = índice relativo à pratica conservacionista adotada
(formulações empíricas)
Tipos de erosão
• dois tipos de erosão: erosão laminar, ou em lençol, causada
pelo escoamento difuso das águas das chuvas, resultando na
remoção progressiva e uniforme dos horizontes superficiais do
solo
Erosão linear ou concentrada
• Causada pela concentração das linhas de fluxo das águas de
escoamento superficial, resultando em pequenas incisões na
superfície do terreno, em forma de sulcos, que pode evoluir, por
aprofundamento, para ravinas e voçorocas.
Voçorocas....
• Caso a erosão se desenvolva por influência não somente das
águas superficiais, mas também dos fluxos d’água
subsuperficiais, a forma se torna gigantesca, larga e profunda.
Conseqüências gerais da erosão
Áreas rurais Áreas urbanas
-perda do solo agricultável principalmente -aumento do risco de acidentes em moradias
pela erosão laminar e diminuição do próximas às margens de voçorocas.
potencial produtivo das terras. -Destruição de ruas e equipamentos públicos
-As voçorocas e ravinas tornam-se como tubulações e redes de drenagem.
verdadeiras armadilhas para a queda de -As ravinas e voçorocas tornam-se áreas de
animais. despejo de lixo, às vezes até como tentativa
-Destruição de estradas, caminhos desastrosa de contenção.
-Assoreamento de rios e outros -O lixo e os lançamentos de esgotos
mananciais e reservatórios de água. transformam as erosões em focos de
proliferação de vetores.
-Assoreamento dos cursos d’água e
reservatórios, dentro da área urbana ou nas
suas periferias, e a destruição ou
entupimento da rede de galerias, agravam
ainda mais os problemas causados pela
erosão, pela promoção de enchentes,
concentração de poluentes e perda de
capacidade de armazenamento d’água dos
reservatórios de abastecimento público.
Reabilitação de uma
voçoroca em Contagem, MG
Proteção de um canal
com geomanta
Geomanta
Reabilitação de área degradada
ASSOREAMENTO
A fisionomia que
o rio exibe ao
longo do seu
perfil longitudinal
é descrita como
retilínea,
anastomosada
meândrica,
constituindo o
chamado padrão
dos canais.
Rio das Velhas – tipos de canais
Desenho: Moara Tupinambás
Fotografia tirada de uma lupa binocular com aumento máximo
de 120X.
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO:
• Causas do processo
• As inundações têm como causa a
precipitação anormal de água que, ao
transbordar dos leitos dos rios, lagos,
canais e áreas represadas, invade os
terrenos adjacentes, provocando danos.
ASPECTOS QUE CONDICIONAM A OCORRÊNCIA
DE ENCHENTES E INUNDAÇÕES
1) FATORES NATURAIS
¾ PLUVIOMETRIA;
¾ RELÊVO;
¾ TAMANHO E FORMA DA BACIA;
¾ GRADIENTE HIDRÁULICO DO RIO;
¾ DINÂMICA DE ESCOAMENTO PLUVIAL.
2) FATORES ANTRÓPICOS
GNAISSE
Venda Nova
Norte
Pampulha
Nordeste
Centro Sul
Oeste
Barreiro
FILITO
ITABIRITO
Perfil Geológico de BH
Geomorfologia
EROSÃO
Região de colinas e morros – solos residuais de gnaisse
CÓRREGO RESSAQUINHA
Assoreamento
D Os processos de assoreamento de cursos d’água e galerias
de drenagem são comuns nas áreas de domínio do Complexo
Belo horizonte. Estes processos são decorrência dos inúmeros
focos erosivos cadastros nesta área e também devido ao
lançamento indiscriminado de lixo e bota fora nos cursos
d’água e galerias de drenagem. Ex: Lagoa da Pampulha
ESCORREGAMENTOS
Dgrande parte das ações humanas desencadeadoras de
escorregamentos nas áreas de solos de gnaisse estão relacionadas ao
desmatamento e à retirada dos horizontes superiores (orgânicos e
argilosos) do solo. Essas ações estimulam erosões e exposição dos
solos inferiores mais arenosos e mais predispostos aos
escorregamentos.
Escorregamento Circular de Solo Residual de Gnaisse
Terrenos muito inclinados (vales fundos) das áreas de xistos e
filitos (grande predisposição aos escorregamentos)
Conjunto Taquaril
Predisposição aumenta com a ocupação inadequada........
Lixo
Terra descartada
Água servida
2002
2003
Mecanismos de ruptura em áreas com rochas fraturadas e com planos
paralelos e predispostos a escorregamentos: filitos e xistos
Ruptura de cunha formada por dois planos cruzados e geração de duas novas faces
no interior das encostas
Nas faces expostas ocorrem escorregamentos dos planos e quedas de blocos e
tombamentos. Os fragmentos escorregados se acumulam nos terrenos e se tornam
predispostos a novos escorregamentos.........
Exemplos.......
Vista do Talude Ponteio em 2002
Outros Mecanismos de Escorregamentos......
Rupturas planares
Exemplos......
Foi um prazer.....