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Curso de Geologia e

Processos de
Dinâmica Superficial
Maria Giovana Parizzi
(IGC/UFMG)
Monitores
Moara Tupinambás
Joana Maria D. Cajazeiro
Jadir Alves da Silva
Geologia, Processos e
Atividades Humanas
Processos, o meio ambiente e o homem
Processos, o meio ambiente e o homem

Cinco fatores que podem contribuir para o sucesso ou fracasso de uma


sociedade organizada (Diamond, 2005):

1- Danos ambientais (atividades do homem infligem ao meio


ambiente);
2 - Mudança climática (naturais, agravadas?)
3 - Vizinhos hostis
4 - Parceiros comerciais amistosos
5 – Resposta da sociedade aos seus problemas ambientais

Abordagem desse curso: tópicos 1, 2 e 5


Desastres Naturais pelo mundo.....

Quem já não se pegou diante de notícias de terremos ou tsunami


na Ásia dizendo: “ pelo menos no Brasil nós não temos esses
problemas?” (Maffra & Mazzola, 2007)

Fonte: Folha online

Fonte: Wikipedia Terremoto - Muzaffarabad, no Paquistão,


2005
Tsunami - Tailândia, 2004
Vulcanismo...
Fevereiro de 2008 no Chile: Centenas de habitantes de
Melipeuco deixaram suas casas após a erupção do Llaima. A
coluna de fumaça e cinzas subiu 3Km sobre a cratera do
vulcão. Os habitantes passaram a noite em abrigos
improvisados conforme informaram nesta quarta-feira (2) as
autoridades

Foto: Reuters
Ocupação Irregular
Desastres naturais no Brasil...
Entre 2000 e 2007 mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas
por algum tipo de desastre natural no Brasil. Ocorreram 36 grandes
episódios de enchentes, secas, deslizamentos de terra. O prejuízo
econômico gerado por esses eventos foi estimado em US$ 2,5
bilhões (Universidade Católica de Louvain, Belgica, em Maffra & Mazzola, 2007)
Seca 14%

Epidemia 3%

Temperaturas
extremas 6%
Inundação 58%

Deslizamentos
11%
Vendavais 8%

Principais desastres naturais no Brasil entre 2000 e 2007


Desatres naturais em Minas Gerais
Balanço parcial da chuvas em Minas Gerais a partir de outubro 2007
(fonte: Defesa Civil de MG)

Municípios que decretaram situação de Emergência 32


Municípios que comunicaram problemas com chuvas 52
Total de municípios afetados 84

Cataguases - 2007 São João Del Rei -2007


Fundamentos Conceituais da Geologia Ambiental

Conceitos Fundamentos
Toda natureza geológica está submetida a
Natureza em processos e toda intervenção humana interage
contínuo com a dinâmica desses processos
movimento
Todos os movimentos inerentes aos processos
Sentido do naturais ou induzidos explicam-se pela busca
Equilíbrio de posições de maior equilíbrio

Materiais com características intrínsecas


Imanência das diferentes responderão diferenciadamente a
Características solicitações semelhantes
Físicas
Ação Humana Sobre a Terra

Ambiente geológico + ação humana = ambiente tecnogênico

AG – Ambiente geológico
I1 – intervenções que levam
a degradação
I2 AT1- Ambiente
AG I1 Tecnogênico 1 (decaído)
At2
I2 – intervenções que
At1 conduzem à reabilitação
AT2 – Ambiente
Tecnogênico 2 ( reabilitado)
Atributos a serem avaliados para o
planejamento do uso do espaço e
previsão (e prevenção) de
desastres
• Fatores Climáticos
• Solos
• Rochas
• Rochas
• Bacia hidrográfica ( águas superficiais e
subterrâneas)
• Condições geomorfológicas (relevo, declividade,
processos comuns)
• Formas de ocupação (vegetação natural,Fauna,
Flora, agrícola, urbanização, etc..)
• Ação antrópica
situação de perigo, perda ou dano,
ao Homem e a suas propriedades,
em razão da possibilidade de
ocorrência de processo destrutivo,
natural ou induzido
R = risco
P = probabilidade de ocorrência de
processo destrutivo (perigoso, adverso)
C = conseqüências sociais e
econômicas potenciais
ACIDENTE fato já ocorrido, no qual FORAM registradas
conseqüências sociais e/ou econômicas
relacionadas diretamente ao fato

EVENTO fato já ocorrido, no qual NÃO FORAM registradas


conseqüências sociais e/ou econômicas relacionadas
diretamente ao fato.

RISCO condição POTENCIAL de ocorrência de um ACIDENTE


Mapas temáticos e Cartas Geotécnicas

SETOR 4 (R1) SETOR 3 (R2)

Av.Eng H. A. Eiras Garcia

SETOR 1 (R4)

SETOR 2 (R2)

R. Hugo Takahashi
Escala de mapeamento?
• Cartas Geotécnicas propriamente ditas, ao expor as limitações e
potencialidades dos terrenos e estabelecer as diretrizes de ocupação
diante de uma ou mais formas de uso;

• As Cartas de risco (geológico), quando prepondera avaliação de dano


potencial à ocupação, ante uma ou mais características ou fenômenos
naturais ou induzidos pelo uso do solo ( a própria atividade posta em
risco ou atividade assim conflitante);

• Cartas de suscetibilidade, quando se pretende destacar um ou mais


fenômenos ou comportamentos indesejáveis, pressupondo, ainda, uma
dada forma de uso do solo;

• Cartas de atributos ou parâmetros (Geológicos, geomorfológicos),


quando se restringem a apresentar a distribuição geográfica de
características de interesse .

Definições do IPT,1998
•conceitos
Bacia hidrográfica
O conceito de bacia hidrográfica refere-se à área
delimitada pelos divisores de água (áreas de
topografia mais elevada de onde divergem os
cursos de água) e contém não só as drenagens
ali presentes, referentes tanto ao rio principal,
como seus afluentes, como tudo contido
naquela área. Esta unidade, assim delimitada,
constitui uma importante unidade de
planejamento de atividades sócio-econômicas,
ambientais, culturais e educativas.
700

695 700
695

700

690 690
695

685
690 680
700
675 685

680 675

680
685 670

680 665

685

Divisor de Águas
655 670
Exutório 660 665
Visão tridimensional de uma bacia hidrográfica
Desenho: Moara Tupinambás
• A rede de drenagem de uma
bacia hidrográfica é formada pelo
rio principal e pelos seus
tributários, constituindo-se em um
sistema de transporte de água e
sedimentos
O volume de água que passa pelo
exutório na unidade de tempo é a vazão
ou descarga da bacia. Na seqüência de
um evento chuvoso significativo, a
vazão Q varia com o tempo de uma
forma característica de cada bacia.
Parâmtros influêntes
• extensão da bacia:
• forma,
• distribuição de relevo,
• declividade,
• comprimento do rio principal,
• densidade de drenagem,
• cobertura vegetal,
• tipo e uso do solo,
• entre outras.
Caso contrário, as
áreas de
contribuição irão
diminuir
B gradativamente,
Q(t)
iniciando a fase
descendente B-C do
Volume de recarga hidrograma.
dos escoamentos
sub-superficial e
P(t) Chuva Qmax subterrâneo
Efetiva

C
A

Tempo t
Fonte: Naghettini, 2007
• Área, forma e densidade de drenagem
Hidrogeologia
Dinâmica do
lençol
freático....
• Tipos de aqüíferos: porosos
fraturados cársticos
Zona de recarga...
Zona de descarga.
Solos
Solos Tolerância de perda de solos (t ha-1)
Amplitudes observadas Média ponderada
em relação á
profundidade

Com horizonte B textural


Podzólico vermelho, amarelo 5,2 – 7,6 6,6
Podzólico com cascalho 3,4 – 11,2 5,7
Terra roxa estruturada 11,6 – 13,6 13,4
Com horizonte B latossólico
Latossolo Roxo 10,9 – 12,5 12,0
Latossolo vermelho – amarelo 11,5 – 13,3 12,3
Latossolo vermelho amarelo arenoso 13,6 – 15,3 14,2
Solos poucos desenvolvidos
litólico 1,9 – 7,3 4,2
Regossolo 9,7 – 16,5 14,0
Rochas
De Novo?
Tipos comuns de processos –
esculpem o relevo da crosta
• processos de intemperismo (degradação de
solos e rochas),
• escorregamentos
• subsidência.
• Carstificação
• erosão
• Assoreamento
• inundações
Relevo
Intervalo de % de Nome Caracterização
declive atribuído
<3 Plano Superfície de topografia esbatida ou horizontal,
onde os desnivelamentos são muito pequenos.
3–8 Suave Superfície de topografia pouco movimentada,
ondulado constituída por conjunto de colinas/ e ou
outeiros, apresentando declives suaves
8 – 20 Ondulado Superfície de topografia pouco movimentada,
constituída por conjunto de colinas e/ou
outeiros e /ou morros, com declives acentuados
20 – 25 Forte Superfície de topografia movimentada, formada
ondulado por outeiros e /ou morros, com declives fortes

45 – 75 Montanhoso Superfície de topografia vigorosa, com


predomínio de formas acidentadas, usualmente
constituída por morros, montanhas e maciços
montanhosos e alinhamentos montanhosos,
apresentando desnivelamentos relativamente
grandes e declives fortes a muito fortes
> 75 Escarpado Regiões ou áreas com predomínio de formas
abruptas, compreendendo escarpamentos, tais
como: aparado, itaimbé, frente de cuesta,
falésia, flanco de serras alcantiladas e vertente
de declives muito fortes de vales encaixados.
Geometria e
declividade das
encostas
Relevo

João Molevade Mantena


Relevo

Morro do Pilar

Manhuaçu
Relevo

Ribeirão das Neves

Nova Lima
Relevo

Sabará
Relevo

São João Del Rei

Vespasiano
Pedogênese e intemperismo
Processo ou conjunto de processos combinados químicos, físicos
e/ou biológicos de desintegração e/ou degradação e
decomposição de rochas causados por agentes geológicos
diversos junto à superfície da crosta terrestre.
Litossolo
Movimentos de massa

movimentos gravitacionais de massa,


DEFINIÇÃO:
mobilizando o solo, a rocha ou ambos.

escorregamento de solo
escorregamento de rocha
rastejo ou “creep”
queda de blocos
TIPOS DE PROCESSOS: desplacamento rochoso
rolamento de matacões
corridas de terra
corridas de lama
corridas de blocos
Movimentos de Massa
• Os movimentos de massa são
condicionados pela superposição
destes principais fatores:
• Regime pluviométrico, características e
natureza dos terrenos, características
Geomorfológicas e intervenção
antrópica.
PROCESSOS
MOVIMENTOS DE PROCESSOS EROSIVOS
TRANSPORTE DE MASSA E DE ASSOREAMENTO
EROSÃO PLUVIAL,
AGENTE
FLUVIAL, EÓLICA,
TRANSPORTANTE (ÁGUA,
GLACIAL
GELO E AR) -

ESCORREGAMENTOS:
MOVIMENTOS FRENTE LIVRE DE
GRAVITACIONAIS DE MOVIMENTAÇÃO
MASSA (ENCOSTAS)

SEM AGENTE SUBSIDÊNCIAS,


TRANSPORTANTE COLAPSOS: MOVIMENTOS
VERTICAIS SEM FRENTE
LIVRE DE MOVIMENTAÇÃO
TALUDE DE CORTE
talude natural com algum tipo de escavação
TALUDE ARTIFICIAL
taludes de aterros diversos (rejeitos, bota-foras, etc.)

TALUDE NATURAL/ ENCOSTA

TALUDE ARTIFICIAL
(ATERRO) TALUDE DE CORTE
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS BÁSICOS DO TALUDE
AMPLITUDE OU ALTURA
DECLIVIDADE

D(%) = (H/L)x100

AMPLITUDE (H)

COMPRIMENTO NA HORIZONTAL
(L)
RASTEJO

VÁRIOS PLANOS DE DESLOCAMENTO (INTERNOS)


VELOCIDADES MUITO BAIXAS (CM/ANO) A BAIXAS E
DECRESCENTES COM A PROFUNDIDADE
RASTEJO
RASTEJOS: TRINCAS E ABATIMENTOS – INDÍCIOS INDIRETOS
RASTEJOS: TRINCAS E ABATIMENTOS – INDÍCIOS INDIRETOS
RASTEJOS: TRINCAS EM ESTRUTURAS RIJAS – INDÍCIOS INDIRETOS
ESCORREGAMENTOS
Ladainha
ESCORREGAMENTOS PLANARES
ESCORREGAMENTOS PLANARES
TIMBÉCUBATÃO
DO SUL (SC)
(SP)(1995)
(1985)
ESCORREGAMENTOS PLANARES
ESCORREGAMENTOS PLANARES
CLASSIFICAÇÃO DOS ESCORREGAMENTOS “LATO SENSU”

ESCORREGAMENTOS CONDICIONADOS POR ESTRUTURAS


ESCORREGAMENTOS CIRCULARES/ROTACIONAIS
QUEDAS
DESPLACAMENTO/
TOMBAMENTO
QUEDAS
DESPLACAMENTO/TOMBAMENTO
DESPLACAMENTO/TOMBAMENTO
CORRIDA
CORRIDAS DE MASSA
DINÂMICA/GEOMETRIA/MATERIAL
•MUITAS SUPERFÍCIES DE DESLOCAMENTO
•MOVIMENTO SEMELHANTE AO DE UM LÍQUIDO
VISCOSO
•DESENVOLVIMENTO AO LONGO DAS DRENAGENS
CORRIDAS – ETAPA 1: ESCORREG. GENERALIZADOS E RETRABALHAMENTO
CORRIDAS – ETAPA 2: MASSA VISCOSA AO LONGO DAS DRENAGENS
CORRIDAS – ETAPA 3: TRANSFORMAÇÃO EM ENCHENTE “SUJA”
CORRIDAS – PODER DE TRANSPORTE E IMPACTO POTENCIAL
CORRIDAS – GERADAS A PARTIR DE 1 ESCORREGAMENTO DE GDE. PORTE
Vila Barraginha - 1992
CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”
CORRIDAS ASSOCIADAS À PRESENÇA DE SOLOS “MOLES”
O ACIDENTE DE VILA BARRAGINHA, CONTAGEM (MG)

1 - PERFIL PRÉ CORRIDA

INSTALAÇÃO DA M. MARTINS
Aterro existente
Ampliação no momento
da ruptura Muro Galpão da
VILA BARRAGINHA
Hércules

Estaqueamento

Aterro

LEGENDA Argila orgânica, muito mole e Escala Aprox.


saturada
10 20 30 40m
Solo residual

2 - PERFIL PÓS CORRIDA


Aterro remanescente Entulho das
Porções do aterro moradias destruídas
SOLAPAMENTO DE MARGENS
A AÇÃO ANTRÓPICA – PROCESSOS TECNOLÓGICOS COMO AGENTE
INDUTOR
área com cobertura vegetal

DESMATAMENTO E
ESCORREGAMENTO
área desmatada
DE SOLO suscetível à erosão
e escorregamentos

escorregamento
de solo

remoção das bananeiras;


implantação de cobertura vegetal apropriada, associada, quando
necessário, a barreiras vegetais para proteção contra possíveis
massas escorregadas.
ALTURA E INCLINAÇÃO EXCESSIVAS

solo

superficial

inclinação
ruptura excessiva altura
excessiva
solo de
alteração

estrutura
residual

retaludamento;
execução de obras de contenção.
ATERRO MAL EXECUTADO

aterro lançado (fofo)


sobre vegetação

caminhos preferenciais
d'água

ruptura

execução de reaterro, associada a drenagem e proteção vegetal;


drenagem da fundação do aterro.
INFILTRAÇÃO
chuva DE ÁGUA

canaleta subdimensionada
e/ou obstruída

lançamento de
água servida
rupturas

zonas saturadas
SOLUÇÃO
implantação de rede de coleta e condução das águas servidas,
de preferência separada do sistema de drenagem das águas
pluviais.
VAZAMENTO E INFILTRAÇÃO DE ÁGUA

vazamento em rede de
abastecimento d'água

ruptura

trincas

zonas saturadas

SOLUÇÕES

serviços de manutenção na rede já implantada;

implantação de adequada rede de abastecimento de água


FOSSAS SÉPTICAS

FOSSA surgência
d'água

zonas de saturação gradual


do solo

implantação de rede e de dispositivos para tratamento e disposição de esgotos.


ESCORREGAMENTO DE LIXO

acúmulo de lixo

deslizamento de
lixo e solo

LIXO

remoção do lixo e definição de locais adequados para sua


deposição;

implantação ou melhoria do serviço público de coleta.


ESCORREGAMENTO
EM
CORTE / ATERRO chuva

ruptura do
corte

ruptura do
SOLUÇÃO aterro

implantação de sistemas adequados de coleta e condução das


águas pluviais, juntamente com o tamponamento das trincas com
solo argiloso compactado e execução de proteção superficial.
Japão – escorregamento raso – inserir video....
• Colocou o video????
SUBSIDÊNCIAS E COLAPSOS
Deformação ou deslocamento de direção essencialmente vertical
descendente, causando afundamentos nos terrenos.

Causas
- dissolução de rochas (carstificação)
- acomodação de camadas do substrato pelo peso
- pequenas movimentações em falhas
- ação do homem
bombeamentos,
peso de estruturas
colapso de antigas minas subterrâneas
Processos cársticos

• Carste: Formas de relevo ativo


elaboradas por processos de
corrosão (química) e pelos
processos de abatimento (físicos).
CaCO 3 + CO 2 + H 2 O ⇔ Ca (HCO 3 ) 2
CARSTIFICAÇÃO,
SUBSIDÊNCIA E COLAPSO

Figura do Livro: Decifrando a Terra – Oficina de textos


Colapso e carstificação

Figura do Livro: Decifrando a Terra – Oficina de textos


Formas Cársticas – Fonte: Casseti, 1995
Tipos de aquíferos

•Aqüífero: K>10-4 cm/s

Tipos de porosidade/
Tipos de aqüífero
Fonte:Teixeira et. al., 2000
aqüíferos cársticos

Sistema E-W Eixo N20E


Sumidouro Dolinas
Dolina (Faz. Cauaia ?) Ressurgência (Poções)
Dolina preenchida por água – Lagoa Santa, MG

Dolina em rocha, Lagoa Santa, MG


Colapso de terreno em Sete Lagoas , MG em 1988
Subsidência (solos compressíveis - recalque)
Santos
Atualmente...Vejam o
prédio de trás!
Colapso e subsidência de origem
cárstica na área urbana de Cajamar
- SP
-Em 12/08 de 1986 três casas foram foram tragadas, enquanto
recalques e trincas afetaram dezenas de outros imóveis;
- indícios precursores do fenômeno foram notados: ruídos
estrondosos, deformações de pisos, trincas, rupturas de redes
de distribuição de água, etc...
-Fenômeno: desabamento de teto de caverna e migração de solo
para o interior das cavidades cársticas.
-Foram efetuados levantamentos: geologia, geomorfologia,
geofísica, hidrogeologia, monitoramento de movimentação de
solos e colapsos. Identificação das áreas de risco, evacuação da
população e desapropriações, monitoramentos e
reurbanizações.
intemperismo
Erosão
• Define-se por erosão o processo de
desagregação e remoção de partículas do solo ou
de fragmentos e partículas de rochas, pela ação
combinada da gravidade com a água, vento, gelo
e organismos. Ex erosão hídrica, erosão eólica,
erosão glacial, erosão biológica, etc...
• Em geral distinguem-se duas formas de
abordagem para os processo erosivos: erosão
natural ou geológica, erosão que se desenvolve
em condições de equilíbrio com a formação do
solo, e erosão acelerada ou antrópica, cuja
intensidade é superior à da formação do solo,
não permitindo a sua recuperação natural.
Fatores condicionantes da
erosão:
Erosão Hídrica (laminar, linear, interna)
• Erosividade - chuvas/clima
• Erodibilidade – solos (textura, estrutura, espessura,
permeabilidade)
• Substrato rochoso (grau de alteração,
descontinuidades)
• Vegetação (proteção natural)
• Topografia (altura, comprimento da rampa, forma)
• Atividades antrópicas (desmatamento, uso e
ocupação)
Chuva

-impacto das gotas de água sobre a superfície do solo,

-velocidade e energia variáveis

-fluxo concentrado das águas de escoamento


superficial.
Propriedades dos solos
Solos arenosos e siltosos apresentam os maiores índices
de erodibilidade.

Solos argilosos, se por um lado podem dificultar a


infiltração das águas, por outro são mais difíceis de
serem removidos, especialmente quando se apresentam
em agregados.
Cobertura vegetal

A cobertura vegetal é um dos fatores mais importantes de


defesa natural do solo contra a erosão (DAEE/IPT, 1989).

-Proteção contra o impacto direto das gotas de chuva;


-Dispersão e quebra da energia das águas de escoamento
superficial;
-Aumento da infiltração pela produção de poros no solo por ação
das raízes;
-Aumento da capacidade de retenção de água pela estruturação do
solo por efeito da produção e incorporação de matéria orgânica
Topografia (Relevo)

declividades mais acentuadas favorecem a


concentração e maiores velocidades de escoamento das
águas, aumentando sua capacidade erosiva.

A declividade tem tanto maior importância quanto


maior for trecho percorrido pela água que escoa, ou
seja, quanto maior for a amplitude da encosta.
Topografia...

Bertoni (1959) determinou uma equação que permite calcular as perdas


médias de solo para vários graus de declive e comprimento de rampa:

LS = 0,00984 L 0 , 63
S 1,18

Onde
LS = fator topográfico
L = comprimento da rampa em metros
S = grau de declive, em porcentagem
L S são índices utilizados na equação universal de perda de solo
por erosão laminar:
A=RKLSCP
Onde
A = índice que representa a perda de solo por unidade de área
R = índice de erosividade da chuva
K = índice de erodibilidade
C = índice relativo ao fator uso e manejo do solo
P = índice relativo à pratica conservacionista adotada

(formulações empíricas)
Tipos de erosão
• dois tipos de erosão: erosão laminar, ou em lençol, causada
pelo escoamento difuso das águas das chuvas, resultando na
remoção progressiva e uniforme dos horizontes superficiais do
solo
Erosão linear ou concentrada
• Causada pela concentração das linhas de fluxo das águas de
escoamento superficial, resultando em pequenas incisões na
superfície do terreno, em forma de sulcos, que pode evoluir, por
aprofundamento, para ravinas e voçorocas.
Voçorocas....
• Caso a erosão se desenvolva por influência não somente das
águas superficiais, mas também dos fluxos d’água
subsuperficiais, a forma se torna gigantesca, larga e profunda.
Conseqüências gerais da erosão
Áreas rurais Áreas urbanas
-perda do solo agricultável principalmente -aumento do risco de acidentes em moradias
pela erosão laminar e diminuição do próximas às margens de voçorocas.
potencial produtivo das terras. -Destruição de ruas e equipamentos públicos
-As voçorocas e ravinas tornam-se como tubulações e redes de drenagem.
verdadeiras armadilhas para a queda de -As ravinas e voçorocas tornam-se áreas de
animais. despejo de lixo, às vezes até como tentativa
-Destruição de estradas, caminhos desastrosa de contenção.
-Assoreamento de rios e outros -O lixo e os lançamentos de esgotos
mananciais e reservatórios de água. transformam as erosões em focos de
proliferação de vetores.
-Assoreamento dos cursos d’água e
reservatórios, dentro da área urbana ou nas
suas periferias, e a destruição ou
entupimento da rede de galerias, agravam
ainda mais os problemas causados pela
erosão, pela promoção de enchentes,
concentração de poluentes e perda de
capacidade de armazenamento d’água dos
reservatórios de abastecimento público.
Reabilitação de uma
voçoroca em Contagem, MG

De Edézio teixeira de Carvalho


Proteção das margens e
taludes de um canal

Proteção de um canal
com geomanta
Geomanta
Reabilitação de área degradada
ASSOREAMENTO

Acumulação de partículas sólidas (sedimentos) em meio


aquoso ou aéreo, quando a força do agente transportador
é sobrepujada pela gravidade, ou quando a
supersaturação das águas causa a deposição de
partículas.

O processo é intensificado pelas atividades antrópicas


(práticas agrícolas inadequadas e infraestrutura precária
de urbanização), decorrente de um modo geral do
aumento da erosão pluvial.
Assoreamento é uma das conseqüencias da erosão
Lagoa da Pampulha (BH)
Cachoeira do Campo
Cachoeira do campo
Dinâmica de
assoreamento
dos rios e
análise de sua
forma:

A fisionomia que
o rio exibe ao
longo do seu
perfil longitudinal
é descrita como

retilínea,
anastomosada
meândrica,

constituindo o
chamado padrão
dos canais.
Rio das Velhas – tipos de canais
Desenho: Moara Tupinambás
Fotografia tirada de uma lupa binocular com aumento máximo
de 120X.

Em destaque, grãos de hematita arredondados, indicando distancia da


área fonte e longo transporte.
Uma conseqüência do
assoreamento pode ser as
enchentes
ENCHENTE: Elevação temporária do nível d´água em um
canal de drenagem devida ao aumento da
vazão ou descarga.
INUNDAÇÃO: Fenômeno de extravasamento das águas do canal
de drenagem para as áreas marginais (planície de
inundação, várzea ou leito maior do rio) quando a
enchente atinge cota acima do nível máximo da
calha principal do rio.
Cataguases
ASPECTOS CONCEITUAIS

ÁREA DE RISCO DE ENCHENTE E INUNDAÇÃO

Área passível de ser atingida por processos de enchente e


inundação. As pessoas que habitam essas áreas estão
sujeitas a danos à integridade física, perdas materiais e
patrimoniais. Normalmente, essas áreas correspondem a
núcleos habitacionais de baixa renda (assentamentos
precários).
ASPECTOS CONCEITUAIS

As inundações podem ser classificadas em função


da magnitude e da evolução.

Em função da magnitude, as inundações, através de dados


comparativos de longo, prazo, são classificadas em:
-inundações excepcionais;
- inundações de grande magnitude;
-inundações normais ou regulares;
- inundações de pequena magnitude.
ASPECTOS CONCEITUAIS

• Em função da evolução, as inundações


são classificadas em:
• - enchentes ou inundações graduais;
• - enxurradas ou inundações bruscas;
• - alagamentos;
• - inundações litorâneas provocadas pela
brusca invasão do mar
ASPECTOS CONCEITUAIS
Enxurradas e inundações bruscas
PROCESSOS E CENÁRIOS DE RISCO

Estudos e investigações para o entendimento da


fenomenologia dos processos ocorrentes bem
como dos cenários de risco de acidentes.
PROCESSOS E CENÁRIOS DE RISCO

CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO:

¾ Ocorre geralmente em anfiteatros de drenagem de relevo


serrano;
¾ Alta energia de impacto destrutivo;
¾ Possibilidade alta de perda de vidas humanas;
¾ Possibilidade de destruição total ou parcial de moradias.
PROCESSOS E CENÁRIOS DE RISCO

• Causas do processo
• As inundações têm como causa a
precipitação anormal de água que, ao
transbordar dos leitos dos rios, lagos,
canais e áreas represadas, invade os
terrenos adjacentes, provocando danos.
ASPECTOS QUE CONDICIONAM A OCORRÊNCIA
DE ENCHENTES E INUNDAÇÕES

1) FATORES NATURAIS

¾ PLUVIOMETRIA;
¾ RELÊVO;
¾ TAMANHO E FORMA DA BACIA;
¾ GRADIENTE HIDRÁULICO DO RIO;
¾ DINÂMICA DE ESCOAMENTO PLUVIAL.

2) FATORES ANTRÓPICOS

¾ IMPERMEABILIZAÇÃO DOS TERRENOS;


¾ OBRAS E INTERVENÇÕES ESTRUTURAIS DIVERSAS
AO LONGO DOS CURSOS D’ÁGUA;
¾ EROSÃO E ASSOREAMENTO.
ASPECTOS QUE CONDICIONAM A OCORRÊNCIA
DE ENCHENTES E INUNDAÇÕES
(continuação...)
Fatores naturais e antrópicos

• - rompimento de barragens construídas com


tecnologia inadequada (caso Muriaé);
• - estrangulamento de leitos de rios, provocado
por desmoronamentos causados por
terremotos ou deslizamentos relacionados
com intemperismo.
• - drenagem deficiente de terrenos situados a
montante de aterros, em estradas que
cortem transversalmente vales de riachos;
PROCESSOS E CENÁRIOS DE RISCO
Principais Efeitos Adversos
• Normalmente, as inundações provocam grandes danos
materiais e, dependendo de sua violência, graves danos
humanos.
• Quando extensas, as inundações destroem ou danificam
plantações e exigem um grande esforço para garantir o
salvamento de animais, especialmente bovinos, ovinos e
caprinos.
• Principais Efeitos Adversos
• Em áreas densamente habitadas, podem danificar
ou destruir habitações mal localizadas e pouco
sólidas, bem como danificar móveis e outros
utensílios domésticos.
• O desastre prejudica a atuação dos serviços
essenciais, especialmente os relacionados com a
distribuição de energia elétrica e com o saneamento
básico, principalmente distribuição de água potável,
disposição de águas servidas e de dejetos e coleta
do lixo.
Principais Efeitos Adversos
São João Del Rei
Mapa viário e
hidrográfico
MEDIDA ESTRUTURAL – OBRA DE RETENÇÃO E ESTOCAGEM
MEDIDA ESTRUTURAL – OBRA DE RETIFICAÇÃO E
CANALIZAÇÃO
São João da Ponte
Caratinga, MG – 2003/2004
Teófilo Otoni
Serra do mar
RADAR METEOROLÓGICO DE PONTE NOVA
Exemplo da CAPPI – constant
altitude plan position indicator
em 3.0 km de altitude, para o
Estado de São Paulo com
escala de intensidade de
precipitação em mm/h.
Geologia e processos em
Belo Horizonte
Município de Belo Horizonte:
Rochas Solos derivados das rochas

GNAISSE
Venda Nova
Norte

Pampulha
Nordeste

XISTO Noroeste Leste

Centro Sul

Oeste

Barreiro

FILITO

ITABIRITO
Perfil Geológico de BH
Geomorfologia
EROSÃO
Região de colinas e morros – solos residuais de gnaisse

FOTO: VIANA (2000)


ASSOREAMENTO

CÓRREGO RESSAQUINHA
Assoreamento
D Os processos de assoreamento de cursos d’água e galerias
de drenagem são comuns nas áreas de domínio do Complexo
Belo horizonte. Estes processos são decorrência dos inúmeros
focos erosivos cadastros nesta área e também devido ao
lançamento indiscriminado de lixo e bota fora nos cursos
d’água e galerias de drenagem. Ex: Lagoa da Pampulha
ESCORREGAMENTOS
Dgrande parte das ações humanas desencadeadoras de
escorregamentos nas áreas de solos de gnaisse estão relacionadas ao
desmatamento e à retirada dos horizontes superiores (orgânicos e
argilosos) do solo. Essas ações estimulam erosões e exposição dos
solos inferiores mais arenosos e mais predispostos aos
escorregamentos.
Escorregamento Circular de Solo Residual de Gnaisse
Terrenos muito inclinados (vales fundos) das áreas de xistos e
filitos (grande predisposição aos escorregamentos)

Conjunto Taquaril
Predisposição aumenta com a ocupação inadequada........

Lixo
Terra descartada

Água servida

construída sobre depósitos inconsolidados


Cortes íngremes

Aterros mal compactados

Forma indequada de ocupação das encostas inclinadas de Belo Horizonte


Exemplos......
Exemplos....
Escorregamentos planares de solos ocorrem em taludes mais
inclinados
a

2002

2003
Mecanismos de ruptura em áreas com rochas fraturadas e com planos
paralelos e predispostos a escorregamentos: filitos e xistos
Ruptura de cunha formada por dois planos cruzados e geração de duas novas faces
no interior das encostas
Nas faces expostas ocorrem escorregamentos dos planos e quedas de blocos e
tombamentos. Os fragmentos escorregados se acumulam nos terrenos e se tornam
predispostos a novos escorregamentos.........

Exemplos.......
Vista do Talude Ponteio em 2002
Outros Mecanismos de Escorregamentos......

Tombamentos ou queda de blocos

- água percola nas diversas fraturas que delimitam blocos


susceptíveis à ruptura. Perda de resistência progressiva e queda
dos blocos.
Mecanismos de ruptura ao longo dos planos

- água percola nos planos e


juntamente com processos de
expansão e contração
(umidecimento e secagem),
provocam a redução da coesão
ao longo dos planos. Blocos na
forma de finas lascas se
desprendem da rocha e
escorregam

Rupturas planares
Exemplos......
Foi um prazer.....

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