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Ética para Caixa Econômica Federal

Teoria e exercícios comentados


Prof. Paulo Guimarães – Aula 03
AULA 03: Código de Conduta da Alta
Administração Federal.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Código de Conduta da Alta Administração Federal 2
2. Questões comentadas 20
3. Questões sem comentários 30

Olá amigo concurseiro! Hoje estudaremos o Código de


Conduta da Alta Administração Federal. Esta é a última aula do nosso
curso, e eu não pretendo que você gaste mais do que o tempo necessário
estudando este assunto. Não há muitas questões anteriores, mas acredito
que tenhamos o suficiente para uma preparação adequada.
Ao final da nossa aula, como de costume, estão os exercícios
comentados, incluindo algumas questões complementares criadas por
mim.
Lembre-se de planejar bem sua revisão para os dias que
antecederem a prova. É muito importante que você refaça todos os
exercícios dados ao longo do nosso curso. Dessa forma você relembrará
as matérias das primeiras aulas e não perderá tempo relendo tudo.

Se restarem dúvidas, utilize nosso fórum ou me procure no e-


mail. Estarei à disposição!

Bons estudos!

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1. CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL

O Código de Conduta foi instituído por meio da Exposição de


Motivos nº 37, de 18/8/2000, aprovada em 21/8/2000. Essa norma não é
dividida em títulos nem capítulos.

Vamos fazer um estudo objetivo de todo o Código, item por


item. Assim como fiz na aula passada, vou copiar os dispositivos e depois
inserir meus comentários, chamando atenção para o que é mais
importante para fins de prova.

Art. 1o Fica instituído o Código de Conduta da Alta Administração


Federal, com as seguintes finalidades:
I - tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades da
alta Administração Pública Federal, para que a sociedade possa aferir a
integridade e a lisura do processo decisório governamental;
II - contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos da
Administração Pública Federal, a partir do exemplo dado pelas
autoridades de nível hierárquico superior;
III - preservar a imagem e a reputação do administrador público,
cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas estabelecidas neste
Código;
IV - estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses
públicos e privados e limitações às atividades profissionais
posteriores ao exercício de cargo público;
V - minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado
e o dever funcional das autoridades públicas da Administração Pública
Federal;
VI - criar mecanismo de consulta, destinado a possibilitar o prévio
e pronto esclarecimento de dúvidas quanto à conduta ética do
administrador.

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Perceba que, na realidade, as finalidades do Código de
Conduta podem ser resumidas em três eixos principais:
1. Estabelecimento de padrões éticos  Esses padrões
não somente possibilitam a punição de quem os
desobedece, mas também protege a imagem e a reputação
de quem se esforça para observá-los;
2. Regulamentação do conflito de interesses  Este é
um dos temas mais sensíveis para a Administração Pública.
O Código de Conduta determina que outras atividades
podem ser exercidas pelos administradores públicos, e em
que circunstâncias esse exercício importará em conflito de
interesses.
3. Criação de mecanismo de consulta  Quando o
administrador tiver dúvidas acerca da licitude de sua
conduta, poderá fazer consulta à Comissão de Ética Pública
(CEP).

Recomendo que você preste bastante atenção ao texto de


cada um dos incisos do art. 1º, pois é bem provável que eles apareçam
na sua prova.

Art. 2o As normas deste Código aplicam-se às seguintes


autoridades públicas:
I - Ministros e Secretários de Estado;
II - titulares de cargos de natureza especial, secretários-
executivos, secretários ou autoridades equivalentes ocupantes de
cargo do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível seis;
III - presidentes e diretores de agências nacionais, autarquias,
inclusive as especiais, fundações mantidas pelo Poder Público,
empresas públicas e sociedades de economia mista.
É muito importante que você compreenda quem compõe a
Alta Administração Federal para fins de aplicação do Código de Conduta.

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Primeiramente temos os Ministros e Secretários de Estado.
Estes secretários são aqueles equiparados a ministros. Hoje há diversas
secretarias especiais no Poder Executivo, a exemplo da Secretaria de
Direitos Humanos da Presidência da República, Secretaria de Políticas
para as Mulheres, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade
Racial, etc.
A seguir, temos os ocupantes de cargos de natureza
especial, que são principalmente os secretários-executivos de
ministérios. O Secretário-Executivo é o segundo no comando do
Ministério. Geralmente ele é uma pessoa com perfil um pouco mais
técnico, e se responsabiliza pela condução da pasta no dia a dia.
O grupo DAS é composto pelos cargos comissionados do
quadro do Poder Executivo Federal. São os cargos de chefia e
assessoramento de livre provimento, que podem ser ocupados por
qualquer pessoa, sem necessidade de aprovação em concurso público.
Aqui, apenas os ocupantes de cargo DAS nível 6 se submetem ao Código
de Conduta. O nível 6 é o mais alto dentro do grupo DAS.
A seguir temos os presidentes e diretores de agências,
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades
de economia mista. Já sabemos que Caixa Econômica Federal é uma
empresa pública e, portanto, seu presidente e diretores estão sujeitos às
normas contidas no Código de Conduta.

Art. 3o No exercício de suas funções, as autoridades públicas


deverão pautar-se pelos padrões da ética, sobretudo no que diz respeito
à integridade, à moralidade, à clareza de posições e ao decoro, com
vistas a motivar o respeito e a confiança do público em geral.
Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este artigo são
exigidos da autoridade pública na relação entre suas atividades
públicas e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de
interesses.

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O estabelecimento de padrões éticos é uma das finalidades
mais claras do Código de Conduta. O art. 3º acrescenta ainda alguns
aspectos importantes: integridade, moralidade, clareza de posições e
decoro.
O que o parágrafo único determina é muito importante para
fins de prova. Os padrões estabelecidos pelo Código de Conduta devem
ser observados pelas autoridades que mencionamos não somente no
exercício da função pública, mas também quanto às atividades privadas
que possam ter alguma relação com a função pública. Veremos mais
adiante regras acerca do conflito de interesses.

Os padrões éticos estabelecidos pelo Código de Conduta são


exigidos da autoridade pública não só no exercício da função pública, mas
também na relação entre suas atividades públicas e privadas.

Art. 4o Além da declaração de bens e rendas de que trata a Lei no


8.730, de 10 de novembro de 1993, a autoridade pública, no prazo de dez
dias contados de sua posse, enviará à Comissão de Ética Pública - CEP,
criada pelo Decreto de 26 de maio de 1999, publicado no Diário Oficial da
União do dia 27 subsequente, na forma por ela estabelecida, informações
sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente, possa
suscitar conflito com o interesse público, indicando o modo pelo qual irá
evitá-lo.
A Lei nº 8.730/1993 estabelece que todos os ocupantes de
cargos eletivos e cargos, empregos ou funções de confiança devem, no

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momento da posse, apresentar declaração de bens com indicação das
fontes de renda.
Além desta declaração, as autoridades sujeitas ao Código de
Conduta devem também apresentar à Comissão de Ética Pública (CEP)
informações adicionais a respeito do seu patrimônio que possam
eventualmente suscitar conflito de interesses.
Essas informações podem estar relacionadas, por exemplo, a
participações em empresas. Imagine que o Presidente da Caixa
Econômica Federal seja sócio de uma grande petroleira. Obviamente este
vínculo tem potencial de gerar conflito de interesses, se, por exemplo, a
petroleira for beneficiada com grandes montantes de crédito concedido
pela CEF.
Além de prestar as informações, as autoridades devem indicar
à CEP a forma como pretendem evitar que ocorram esses conflitos.
No nosso exemplo a forma mais eficaz certamente seria não permitir que
a CEF negociasse com a referida petroleira.

Art. 5o As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública


deverão ser imediatamente comunicadas à CEP, especialmente
quando se tratar de:
I - atos de gestão patrimonial que envolvam:
a) transferência de bens a cônjuge, ascendente, descendente ou
parente na linha colateral;
b) aquisição, direta ou indireta, do controle de empresa; ou
c) outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na
natureza do patrimônio;
II - atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente
alterado por decisão ou política governamental. (Redação dada pela
Exm nº 360, de 17.9.2001)
Vimos que as autoridades sujeitas ao Código de Conduta
devem apresentar, além da declaração de bens e rendas prevista em lei,

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uma declaração com informações adicionais para evitar conflitos de
interesse.
Agora veremos que, além dessas, certas alterações
patrimoniais também devem ser imediatamente comunicadas à CEP.
A primeira hipótese é a de atos de gestão patrimonial que
envolvam transferência de bens a parentes. Este tipo de disposição
patrimonial traz enorme potencial nocivo à Administração Pública, pois
pode inviabilizar ações de ressarcimento, caso irregularidades sejam
praticadas por gestores de verbas públicas.
Também deve ser comunicada à CEP a assunção do
controle de empresa. No exemplo que demos anteriormente, caso o
Presidente da CEF adquira o controle de outras empresas, deverá
imediatamente fazer a comunicação à CEP, tomando as mesmas cautelas
já mencionadas acerca do conflito de interesses.
Na terceira hipótese há uma cláusula um pouco mais aberta:
qualquer alteração significativa no valor ou natureza do patrimônio
da autoridade também deve ser informada à CEP. Imagino que essas
podem ser as hipóteses em que o dirigente decide liquidar todo o seu
patrimônio, desfazendo-se de seus bens, ou quando decide adquirir, por
exemplo, um imóvel de alto valor.
No inciso II há também a obrigação de a autoridade pública
informar à CEP qualquer ato de gestão de bens cujo valor possa ser
afetado por decisão ou política governamental.
Trago a você o exemplo de uma autoridade pública que tenha
fortes investimentos em títulos da dívida pública. Uma decisão de
comprar novos títulos ou de vendê-los deve ser comunicada, pois as
alterações de direcionamento da política econômica do governo podem
influenciar diretamente o valor desses títulos.
Vamos agora pular para o art. 13, que trata de tema correlato
ao do art. 5º.

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Art. 13. As propostas de trabalho ou de negócio futuro no
setor privado, bem como qualquer negociação que envolva conflito de
interesses, deverão ser imediatamente informadas pela autoridade
pública à CEP, independentemente da sua aceitação ou rejeição.
Outra informação que deve ser prestada à CEP diz respeito a
eventuais propostas de trabalho ou de negócio futuro no setor privado,
recebidas pela autoridade pública. A autoridade deve informar à CEP o
recebimento de qualquer proposta potencialmente geradora de conflito de
interesses, independentemente de tê-la aceitado, nos termos do art. 13
do Código de Conduta.

Voltemos agora aos parágrafos do art. 5º.


§ 1o É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa
ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a
autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo
ou função, inclusive investimentos de renda variável ou em commodities,
contratos futuros e moedas para fim especulativo, excetuadas aplicações
em modalidades de investimento que a CEP venha a especificar. (Redação
dada pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
O problema da informação privilegiada é muito importante.
Imagine como exemplo o caso dos Diretores do Banco Central do Brasil.
Eles são componentes do famoso Comitê de Política Monetária (Copom),
que decide a taxa de juros básica da economia.
Pois bem, imagine que um desses diretores invista em
carteiras de renda variável atreladas diretamente a esta taxa. Esse é um
exemplo bem óbvio de conflito de interesses, não é mesmo? Este Diretor
estaria utilizando informação privilegiada, à qual tem acesso em razão do
cargo que ocupa, em benefício próprio.
O §1º menciona ainda o investimento em commodities, e
neste ponto trago a você o exemplo de ocupante de cargo DAS-6 no
Ministério da Fazenda que tenha conhecimento da política creditícia

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direcionada ao setor agroindustrial. Obviamente este servidor não deve
investir em agroindústrias.

§ 2o Em caso de dúvida, a CEP poderá solicitar informações


adicionais e esclarecimentos sobre alterações patrimoniais a ela
comunicadas pela autoridade pública ou que, por qualquer outro meio,
cheguem ao seu conhecimento. (Redação dada pela Exm nº 360, de
17.9.2001)
Além da obrigação imposta à autoridade de prestar todas as
informações que já mencionamos à CEP, esta pode, se considerar
necessário, solicitar esclarecimentos adicionais a respeito das
alterações patrimoniais.
A CEP também goza de competência para solicitar
esclarecimentos acerca de informações das quais tomou conhecimento
por outros meios além das informações prestadas pela autoridade
pública.

§ 3o A autoridade pública poderá consultar previamente a CEP a


respeito de ato específico de gestão de bens que pretenda realizar.
(Parágrafo incluído pela Exm nº 360, de 17.9.2001)
Se restar dúvida à autoridade pública acerca do caráter ético
de ato de gestão de bens que pretenda praticar, é possível também a
realização de consulta prévia à CEP, que deverá se manifestar acerca da
existência ou não de conflito de interesses.

§ 4o A fim de preservar o caráter sigiloso das informações


pertinentes à situação patrimonial da autoridade pública, as comunicações
e consultas, após serem conferidas e respondidas, serão acondicionadas
em envelope lacrado, que somente poderá ser aberto por determinação
da Comissão. (Parágrafo incluído pela Exm nº 360, de 17.9.2001)

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O sigilo dos dados patrimoniais das autoridades
públicas é um assunto muito delicado. Por essa razão, o Código de
Conduta traz norma específica resguardando o sigilo dessas informações e
determinando que, uma vez concluído o trabalho que envolva esses
dados, os documentos deverão ser guardados em envelope lacrado.

Art. 6o A autoridade pública que mantiver participação superior a


cinco por cento do capital de sociedade de economia mista, de
instituição financeira, ou de empresa que negocie com o Poder Público,
tornará público este fato.
O investimento em sociedades de economia mista nada
mais é do que a compra de ações emitidas por empresas como Banco do
Brasil e Petrobrás. A características dessas empresas é que o controle de
seu capital é público, mas também há parte negociada em bolsa.
Além dessas, o art. 6º trata também de instituições
financeiras, que podem ser grandes corporações, como os bancos, ou
negócios menores, a exemplo das corretores de títulos e valores
mobiliários e de câmbio.
Por último, são mencionadas as empresas que negociem com
o Poder Público, e aqui temos uma infinidade de estabelecimentos que
contratam a prestação de serviços ou a venda de bens. São
terceirizadoras de mão de obra (limpeza, segurança, etc.), fornecedores
de materiais e quaisquer outras que contratem com o governo.
A autoridade pública sujeita ao Código de Conduta que detiver
participação maior do que 5% do capital dessas empresas deve
tornar o fato público. Acredito que estas sejam apenas outras palavras
para a obrigação de comunicação à CEP. De toda forma, as questões na
sua prova devem trazer essas informações da maneira como estão
escritas no normativo.

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A autoridade que detiver participação superior a cinco por


cento no capital de sociedade de economia mista, instituição financeira
ou empresa que negocie com o Poder Público, tornará público este fato.

Art. 7o A autoridade pública não poderá receber salário ou qualquer


outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem
receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores de particulares
de forma a permitir situação que possa gerar dúvida sobre a sua
probidade ou honorabilidade.
Parágrafo único. É permitida a participação em seminários,
congressos e eventos semelhantes, desde que tornada pública
eventual remuneração, bem como o pagamento das despesas de viagem
pelo promotor do evento, o qual não poderá ter interesse em decisão a
ser tomada pela autoridade.
Um assunto sempre enfatizado por todos os códigos de ética é
o recebimento de remuneração e vantagens de fontes privadas. As
normas do Código de Conduta proíbem de forma geral que as autoridades
públicas recebam remuneração privada em desacordo com a lei.
Obviamente há situações em que é permitido que a
autoridade desempenhe uma segunda atividade. Um bom exemplo seria o
de um Diretor da CEF que ministrasse disciplinas em cursos de graduação
fora do horário de trabalho. Não há nenhum ilícito nesta segunda
atividade, desde que não gere conflito de interesses.
Também não é permitido que as autoridades recebam
transporte, hospedagem ou favores de particulares a título de
“presente”. Estes agrados podem suscitar dúvidas acerca da
imparcialidade e comprometimento das autoridades com o interesse
público.

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Essa regra, entretanto, comporta uma exceção: a
participação em congressos, seminários e outros eventos
semelhantes. Neste caso o promotor do evento pode custear as
passagens e hospedagem, e remunerar o participante, desde que a
remuneração seja tornada pública.
Além disso, esta exceção somente é permitida quando o
promotor do evento não tem interesse em decisões tomadas pela
autoridade que participa do congresso ou seminário.

Art. 8o É permitido à autoridade pública o exercício não


remunerado de encargo de mandatário, desde que não implique a
prática de atos de comércio ou quaisquer outros incompatíveis com o
exercício do seu cargo ou função, nos termos da lei.
O significado do termo “mandato” é o mesmo que
“procuração”. O procurador é aquele que representa outra pessoa. O
mandatário profissional mais conhecido é o advogado, que representa o
interesse de outras pessoas em processos judiciais ou administrativos.
Perceba que a autoridade pública pode, por exemplo, exercer
advocacia, mas somente de forma não remunerada. O exercício de
mandato também não pode, de forma alguma, incluir atos de comércio.

Art. 9o É vedada à autoridade pública a aceitação de presentes,


salvo de autoridades estrangeiras nos casos protocolares em que
houver reciprocidade.
Parágrafo único. Não se consideram presentes para os fins
deste artigo os brindes que:
I - não tenham valor comercial; ou
II - distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de
cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos
especiais ou datas comemorativas, não ultrapassem o valor de R$ 100,00
(cem reais).

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Este é outro tema frequente em códigos de conduta de
diversas instituições. A maior parte deles traz regras semelhantes quanto
à aceitação de presentes.
Em geral é proibido às autoridades públicas aceitar
presentes, mas há algumas situações em que isto é permitido, ou seja,
certos brindes não são considerados presentes. Estas exceções são
aqueles brindes que não tenham valor comercial, ou que seja
distribuídos por entidades como cortesia, propaganda ou divulgação, ou
ainda em datas comemorativas, desde que não ultrapassem o valor de
R$100,00.
Esta regra, por esdrúxula que pareça, é reproduzida em
diversas normas na Administração Pública. Obviamente não é simples
dizer quando um presente não tem valor comercial, ou quando ele vale
R$110,00 ou R$ 95,00. Entretanto, não se preocupe com isso, pois sua
prova cobrará apenas a norma.
O Código de Conduta traz, entretanto, outra exceção muito
importante: a aceitação de presentes de autoridades estrangeiras
nos casos protocolares. Em visitas de autoridades a países
estrangeiros, é comum levar presentes representativos da nação
visitante. Em geral estes presentes ficam expostos nas instituições. Se
você visitar o salão comum do Congresso Nacional, verá que existe um
grande display de vidro em que ficam expostos centenas desses
presentes.

Não se consideram presentes para fins da proibição prevista


no art. 9º os brindes que:
- Não tenham valor comercial; ou

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- Sejam distribuídos por quaisquer entidades a título de cortesia,
propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou
datas comemorativas, desde que não ultrapassem o valor de R$
100,00 (cem reais).

Art. 10. No relacionamento com outros órgãos e funcionários da


Administração, a autoridade pública deverá esclarecer a existência de
eventual conflito de interesses, bem como comunicar qualquer
circunstância ou fato impeditivo de sua participação em decisão coletiva
ou em órgão colegiado.
Eventualmente, numa decisão tomada por várias pessoas, um
dos componentes decide não votar em razão de interesse pessoal
envolvido no assunto.
Quando isso acontecer com uma autoridade pública, ela deve
comunicar as razões de sua não participação na decisão, bem como
prestar esclarecimentos acerca da existência de conflito de interesses.

Art. 11. As divergências entre autoridades públicas serão


resolvidas internamente, mediante coordenação administrativa, não
lhes cabendo manifestar-se publicamente sobre matéria que não seja
afeta a sua área de competência.
Esta regra resguarda a imagem dos órgãos e entidades
públicos. No seio da Administração Pública há sempre muitas
divergências. Imagine, por exemplo, que há ministros de estado de
orientações políticas diferentes, e o mesmo se repete no seio de cada um
dos órgãos e entidades governamentais.
Por essas razões, muitas vezes há reuniões com debates
acalorados. Imagine o que aconteceria se, diante de divergências, as
autoridades fossem a público desferir ataques e defender-se. Não faz o
menor sentido que isso ocorra dentro de um mesmo governo, não é
mesmo?

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Eventuais divergências entre autoridades públicas devem ser
solucionadas internamente, e não é permitido que as autoridades se
manifestem publicamente sobre temas fora de sua competência
institucional.

Art. 12. É vedado à autoridade pública opinar publicamente a


respeito:
I - da honorabilidade e do desempenho funcional de outra
autoridade pública federal; e
II - do mérito de questão que lhe será submetida, para decisão
individual ou em órgão colegiado.
Mais uma vez temos uma regra de “bom senso” que tem por
finalidade resguardar a imagem da Administração Pública. Não cabe à
autoridade pública manifestar-se acerca do caráter ou da
competência de outra autoridade pública. Esse tipo de atitude, como
já discutimos anteriormente, poderia provocar verdadeiras guerras no
seio do governo.
Por outro lado, também não é permitido que a autoridade
pública se manifeste acerca de questão que lhe será submetida, ainda
que a decisão caiba a ela individualmente. Para que as decisões sejam
tomadas, é necessário analisar todos os detalhes e variáveis envolvidas,
bem como as consequências da adoção de decisões num ou noutro
sentido.

Art. 14. Após deixar o cargo, a autoridade pública não poderá:


I - atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica,
inclusive sindicato ou associação de classe, em processo ou negócio do
qual tenha participado, em razão do cargo;
II - prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive
sindicato ou associação de classe, valendo-se de informações não
divulgadas publicamente a respeito de programas ou políticas do órgão

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ou da entidade da Administração Pública Federal a que esteve vinculado
ou com que tenha tido relacionamento direto e relevante nos seis meses
anteriores ao término do exercício de função pública.
A autoridade pública que deixar o cargo não pode atuar em
benefício de pessoa física ou jurídica em atividade relacionada ao
negócio no qual atuou. Esta proibição inclui também a representação
sindical. O Diretor de Gestão de Pessoas da CEF, por exemplo, após
deixar o cargo, atuar como representante sindical em negociação coletiva.
Também é proibido à autoridade pública que, após deixar o
cargo, preste consultoria utilizando informações não divulgadas
publicamente às quais teve acesso em razão da função.
É importante saber que essas informações não são apenas
aquelas que dizem respeito ao órgão ou entidade onde a autoridade
exercia suas funções, pois ele pode ter tido contato direto com outros
órgãos e entidades e, em razão desse contato, ter tido acesso a
informações privilegiadas.
Neste caso, porém, o Código de Conduta estabelece o limite
temporal de seis meses, ou seja, a autoridade que deixa o cargo não
pode prestar consultoria utilizando-se de informações obtidas de outros
órgãos ou entidades com os quais manteve contato nos últimos seis
meses de exercício da função.

Art. 15. Na ausência de lei dispondo sobre prazo diverso, será de


quatro meses, contados da exoneração, o período de interdição para
atividade incompatível com o cargo anteriormente exercido, obrigando-se
a autoridade pública a observar, neste prazo, as seguintes regras:
I - não aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer
vínculo profissional com pessoa física ou jurídica com a qual tenha
mantido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses
anteriores à exoneração;
II - não intervir, em benefício ou em nome de pessoa física ou
jurídica, junto a órgão ou entidade da Administração Pública Federal com

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que tenha tido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses
anteriores à exoneração.

Art. 16. Para facilitar o cumprimento das normas previstas neste


Código, a CEP informará à autoridade pública as obrigações decorrentes
da aceitação de trabalho no setor privado após o seu desligamento do
cargo ou função.
Estas regras são a continuação do artigo anterior, e
estabelecem regras específicas para o período imediatamente seguinte ao
momento em que a autoridade pública deixa o cargo.
As regras devem ser observadas pelo período de quatro
meses, contados da exoneração, mas pode haver normas específicas de
cada cargo que tragam previsão de períodos diferentes. Este intervalo é
frequentemente chamado de “quarentena”.
Durante a “quarentena”, a autoridade que deixa o cargo não
pode estabelecer qualquer vínculo profissional com pessoa física ou
jurídica com a qual tenha mantido contato em razão do cargo nos seis
meses anteriores à exoneração.
É proibida também neste período qualquer intervenção junto
a órgãos ou entidades da Administração Pública com os quais a ex-
autoridade tenha tido relacionamento nos últimos seis meses de exercício
da função.
A CEP tem o dever de informar à autoridade pública as
obrigações relacionadas ao exercício de atividade profissional
privada por ocasião de sua exoneração. Além das obrigações que já
vimos, haverá normas próprias de cada cargo a serem observadas.

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Art. 17. A violação das normas estipuladas neste Código acarretará,
conforme sua gravidade, as seguintes providências:
I - advertência, aplicável às autoridades no exercício do cargo;
II - censura ética, aplicável às autoridades que já tiverem deixado
o cargo.
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas
pela CEP, que, conforme o caso, poderá encaminhar sugestão de
demissão à autoridade hierarquicamente superior.
Estas são as sanções que podem ser aplicadas pela CEP em
razão do descumprimento das normas previstas no Código de Conduta.
Chamo sua atenção para o conteúdo do parágrafo único, que
determina que a CEP pode encaminhar à autoridade responsável
sugestão de demissão. Esta sugestão poderá motivar a instauração de
Processo Administrativo Disciplinar ou outro procedimento aplicável para
a aplicação de sanções mais severas, inclusive a demissão.

Art. 18. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito


ao preceituado neste Código será instaurado pela CEP, de ofício ou em
razão de denúncia fundamentada, desde que haja indícios suficientes.
§ 1o A autoridade pública será oficiada para manifestar-se no prazo
de cinco dias.
§ 2o O eventual denunciante, a própria autoridade pública, bem
assim a CEP, de ofício, poderão produzir prova documental.
§ 3o A CEP poderá promover as diligências que considerar
necessárias, bem assim solicitar parecer de especialista quando julgar
imprescindível.
§ 4o Concluídas as diligências mencionadas no parágrafo anterior, a
CEP oficiará a autoridade pública para nova manifestação, no prazo de
três dias.
§ 5o Se a CEP concluir pela procedência da denúncia, adotará uma
das penalidades previstas no artigo anterior, com comunicação ao
denunciado e ao seu superior hierárquico.

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Art. 19. A CEP, se entender necessário, poderá fazer
recomendações ou sugerir ao Presidente da República normas
complementares, interpretativas e orientadoras das disposições deste
Código, bem assim responderá às consultas formuladas por autoridades
públicas sobre situações específicas.
Estes dispositivos tratam dos procedimentos apuratórios, que
devem ser adotados pela CEP na investigação do cometimento de
irregularidades.
Chamo sua atenção apenas para o caput do art. 18, que
determina que a CEP pode apurar a prática de ato que ofenda o Código de
Conduta em razão de denúncia recebida, ou de ofício. Isso significa
que a CEP não precisa ser provocada para que dê início à apuração de
fato.
Por último, o art. 19 confere à CEP também algumas funções
consultivas. Este órgão pode fazer sugestões e recomendações ao
Presidente da República, inclusive com relação à edição de normas
relacionadas à interpretação do Código de Conduta, além de, como já
vimos, responder consultas acerca de situações concretas trazidas por
autoridades públicas.

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Concluímos aqui nosso curso. A seguir estão as questões já


aplicadas sobre o assunto em concursos anteriores, bem como outras
criadas por mim. Siga em frente com força! Se você tiver dúvidas ou
precisar de alguma outra coisa, estou disponível no fórum e no email, ok?

Grande abraço e boa prova!

Paulo Guimarães
pauloguimaraes@estrategiaconcursos.com.br
http://www.facebook.com/pauloguimaraesfilho

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2. QUESTÕES COMENTADAS

1. (inédita). Uma das finalidades do Código de Conduta da Alta


Administração Federal é proteger a imagem e a reputação dos
administradores públicos, ainda que estes não deem a devida atenção à
observância dos padrões éticos estabelecidos pelo Código.

COMENTÁRIOS: Nos comentários ao art. 1º do Código de Conduta,


demonstrei que um dos eixos principais das finalidades é o
estabelecimento de padrões éticos, que servem não só para punir os
administradores que não os observam, mas também resguardar a
imagem e a reputação daqueles que os obedecem.

GABARITO: E

2. (inédita). Estão sujeitos às normas do Código de Conduta da Alta


Administração Federal os Ministros de Estado, Secretários de Estado,
ocupantes de cargo de natureza especial e ocupantes de cargo do grupo
DAS, nível 5.

COMENTÁRIOS: A questão está correta, exceto pelo nível o cargo DAS.


Apenas os ocupantes de cargos de nível 6 estão sujeitos ao Código de
Conduta. Além das autoridades mencionadas na assertiva, também se
submetem ao Código de Conduta os presidentes e diretores de agências,
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de
economia mista.

GABARITO: E

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3. (inédita). Além da declaração de bens e rendas que deve ser
apresentada por ocasião da posse, as autoridades sujeitas ao Código de
Conduta da Alta Administração Federal devem também prestar à
Comissão de Ética Pública informações acerca de seu patrimônio que
tenham o potencial de gerar conflitos de interesse.

COMENTÁRIOS: Além de prestar as informações, as autoridades devem


indicar a forma como pretendem evitar o conflito de interesses na gestão
de seu patrimônio.

GABARITO: C

4. (inédita). As autoridades públicas sujeitas ao Código de Conduta da


Alta Administração Federal estão sujeitas a rígidas obrigações quanto à
prestação de informações patrimoniais à Comissão de Ética Pública. Por
esta razão, o Código de Conduta determina que as comunicações e
consultas, após serem conferidas e respondidas, devem ser guardadas em
envelope lacrado, que somente poderá ser aberto por ordem de Ministro
de Estado.

COMENTÁRIOS: A assertiva menciona a norma do Código de Conduta


aplicável à CEP. Esta norma determina que, após as conferências e
respostas, as informações patrimoniais prestadas pelas autoridades
públicas devem ser acondicionadas em envelope lacrado. O erro está em
dizer que a ordem para abrir o envelope pode ser expedida por Ministro
de Estado. Na realidade, a própria comissão é que deve determinar
quando o envelope poderá ser aberto.

GABARITO: E

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5. (inédita). A autoridade sujeita ao Código de Conduta da Alta
Administração Federal deve tornar pública sua participação em sociedades
de economia mista, instituições financeiras e empresas que negociem
com o Poder Público quando for titular de porção igual ou superior a cinco
por cento do capital.

COMENTÁRIOS: Esta assertiva não está correta, e você pode estar se


perguntando por quê. Escrevi de forma proposital que a autoridade
pública deve tornar pública sua participação nessas empresas quando for
igual ou superior a 5%. Entretanto, o Código de Conduta determina que
essa obrigação se aplica apenas quando a participação for maior que 5%.
É uma bobagem, mas pode muito bem aparecer na sua prova.

GABARITO: E

6. (inédita). A autoridade pública não poderá, de acordo com o Código


de Conduta, receber remuneração de fonte privada em desacordo com a
lei, e nem receber ajudas relacionadas a transporte, hospedagem ou
quaisquer favores de particulares.

COMENTÁRIOS: Esta é a regra do art. 7º do Código de Conduta.


Lembre-se, porém, que há uma exceção, prevista no parágrafo único: a
participação em congressos, seminários e eventos semelhantes.

GABARITO: C

7. (inédita). É lícito, nos termos do Código de Conduta da Alta


Administração Federal, o exercício de mandato por autoridade, desde que
não remunerado, ainda que envolva atos de comércio.

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COMENTÁRIOS: O exercício não remunerado de mandato é permitido,
mas não pode de forma alguma envolver atos de comércio, nos termo do
art. 8º do Código de Conduta.

GABARITO: E

8. (inédita). A Diretoria da Caixa Econômica Federal que recebe rosa


comemorativa do Dia Internacional da Mulher oferecida por floricultura
local incorre em ofensa às normas do Código de Conduta da Alta
Administração Federal.

COMENTÁRIOS: Uma das exceções à proibição do recebimento de


presentes por parte das autoridades públicas é o brinde oferecido em data
comemorativa, desde que não ultrapasse o valor de R$100,00. Não há,
portanto, conduta ilícita da Diretora que aceita o brinde.

GABARITO: E

9. (inédita). O Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe


manifestações por parte das autoridades públicas no sentido de avaliar o
desempenho ou o caráter de outra autoridade. Também não é permitido
que as autoridades públicas se manifestem acerca do mérito de questões
que ainda lhes serão submetidas, independentemente de a decisão ser
monocrática ou colegiada.

COMENTÁRIOS: Esta é a regra do art. 12. Não cabe à autoridade pública


manifestar-se acerca do caráter ou da competência de outra autoridade
pública. Esse tipo de atitude poderia provocar verdadeiras guerras no seio
do governo. Por outro lado, também não é permitido que a autoridade
pública se manifeste acerca de questão que lhe será submetida, ainda

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que a decisão caiba a ela individualmente. Para que as decisões sejam
tomadas, é necessário analisar todos os detalhes e variáveis envolvidas,
bem como as consequências da adoção de decisões num ou noutro
sentido.

GABARITO: C

10. (inédita). Suponha que Carlos, Diretor do Banco Central do Brasil,


tenha desenvolvido trabalhos que lhe permitiram estabelecer relação
direta com a Federação Brasileira de Bancos (Febraran). Quatro meses
depois da conclusão desses trabalhos, Carlos foi exonerado. Decorrido um
mês da sua exoneração, a Febraban lhe estendeu convite para integrar
seus quadros na qualidade de Consultor Especial do Conselho Diretor.
Caso Carlos aceite o convite, estará descumprido regra especial contida
no Código de Conduta da Alta Administração Federal.

COMENTÁRIOS: A regra geral estabelecida pelo Código de Conduta é de


que as regras relacionadas a restrições de atividade das autoridades
públicas que deixam o cargo devem ser observadas pelo período de
quatro meses contados da exoneração, caso não haja norma específica do
cargo. Durante a “quarentena”, a autoridade que deixa o cargo não pode
estabelecer qualquer vínculo profissional com pessoa física ou jurídica
com a qual tenha mantido contato em razão do cargo nos seis meses
anteriores à exoneração. Carlos não estaria, portanto, autorizado a
aceitar a oportunidade, uma vez que teve contato com a Febraban nos
últimos seis meses do exercício da função, e ainda não havia decorrido o
período de quatro meses contados da exoneração.

GABARITO: C

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11. (inédita). A Comissão de Ética Pública pode aplicar, em razão do
descumprimento das normas do Código de Conduta da Alta Administração
Federal, as sanções de advertência, censura ou suspensão por até 30
dias.

COMENTÁRIOS: As sanções aplicáveis pela CEP são de advertência (para


autoridades no exercício do cargo) e censura ética (para as autoridades
que já deixaram o cargo). É possível ainda que a CEP encaminhe
sugestão de demissão à autoridade hierarquicamente superior, mas não
há possibilidade da aplicação de advertência.

GABARITO: E

12. Nossa Caixa Desenvolvimento – Contador – 2011 – FCC. Caio,


que ocupa o cargo de Presidente de uma Empresa Pública, opinou
publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de
uma autoridade pública federal. Vale salientar que Caio continua no cargo
público mencionado. O fato narrado acarretará:

a) a não imposição de qualquer sanção, pois Caio não se sujeita às


normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal.
b) a não imposição de qualquer sanção, pois não caracteriza violação de
norma do Código de Conduta da Alta Administração Federal.
c) sanção de censura ética.
d) sanção de advertência.
e) sanção de multa.

COMENTÁRIOS: A emissão de opinião pública acerca da honorabilidade e


do desempenho funcional de outra autoridade pública é proibida de
acordo com o Código de Conduta. Vimos que, diante do descumprimento
de normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal, a CEP

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somente pode aplicar dois tipos de sanção: a advertência, para
autoridades que continuam no exercício da função; e a censura ética,
para aqueles que deixaram a função. Considerando que a autoridade que
descumpriu a norma continua na função, a sanção aplicável, portanto,
será de advertência.

GABARITO: D

13. Nossa Caixa Desenvolvimento – Contador – 2011 – FCC. No que


concerne à conduta ética das autoridades públicas, é correto afirmar:

a) Além da declaração de bens e rendas, a autoridade pública, no prazo


de trinta dias contados de sua posse, enviará à Comissão de Ética Pública
informações sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente,
possa suscitar conflito com o interesse público.
b) Na ausência de lei dispondo sobre prazo diverso, será de quatro
meses, contados da exoneração, o período de interdição para atividade
incompatível com o cargo anteriormente exercido.
c) A autoridade pública que tiver participação de três por cento do capital
de sociedade de economia mista deverá tornar público este fato.
d) É permitido à autoridade pública o exercício não remunerado do
encargo de mandatário, inclusive para a prática de atos de comércio.
e) É vedada à autoridade pública a aceitação de presentes de autoridades
estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade.

COMENTÁRIOS:
A alternativa A traz uma obrigação adicional de prestação de informações
acerca do patrimônio da autoridade pública, mas menciona o prazo de 30
dias, quando na realidade o prazo correto é de 10 dias contados da posse
da autoridade.

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A alternativa B tratado prazo de “quarentena”, durante o qual a
autoridade pública exonerada não poderá exercer determinadas funções.
Este período será de quatro meses se não houver norma específica
tratando do assunto.
A alternativa C diz que a autoridade deve tornar público o fato de ter
participação no capital de sociedade de economia mista quando esta
participação for de 3%. Na realidade, esta obrigação existe mas somente
quando a participação for superior a 5%.
A alternativa D está errada por dizer que é permitido o exercício de atos
de comércio por autoridade pública. O exercício de mandato de forma
gratuita é permitido, mas não quando envolver atos de comércio.
A aceitação de presentes de autoridades estrangeiras em casos
protocolares quando houver reciprocidade é uma das exceções à proibição
geral da aceitação de presentes pelas autoridades públicas. A alternativa
E, portanto, está incorreta.

GABARITO: B

14. Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado – 2011 – FCC. O


processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado no
Código de Conduta será instaurado pela Comissão de Ética Pública (CEP),
desde que haja indícios suficientes. No processo administrativo em
questão,

a) se a CEP concluir pela procedência da denúncia, adotará uma das


penalidades previstas no Código, com comunicação apenas ao superior
hierárquico do denunciado.
b) a CEP não poderá, de ofício, produzir prova documental.
c) não é possível a solicitação pela CEP, de parecer de especialista, ainda
que julgue imprescindível, tendo em vista a celeridade do procedimento.

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d) concluídas as diligências necessárias, a CEP oficiará a autoridade
pública para nova manifestação, no prazo de cinco dias.
e) a autoridade pública será oficiada para manifestar-se no prazo de cinco
dias.

COMENTÁRIOS: Esta questão trata basicamente dos procedimentos


previstos no art. 18 do Código de Conduta.
A alternativa A erra ao dizer que a comunicação da decisão da CEP pela
procedência da denúncia deve ser feita somente ao superior hierárquico
do denunciado. Obviamente o próprio denunciado também deve ser
comunicado.
O erro da alternativa B está em afirmar que a CEP não pode produzir
prova documental de ofício. Essas provas podem ser produzidas pela CEP,
pelo denunciado pelo denunciante, se houver.
A alternativa C também está incorreta, pois o Código de Conduta admite
expressamente que a CEP pode solicitar parecer de especialista quando
julgar imprescindível.
A alternativa E também está incorreta, pois a manifestação inicial da
autoridade pública deve ser feita no prazo de 5 dias.

GABARITO: D

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3. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (inédita). Uma das finalidades do Código de Conduta da Alta


Administração Federal é proteger a imagem e a reputação dos
administradores públicos, ainda que estes não deem a devida atenção à
observância dos padrões éticos estabelecidos pelo Código.

2. (inédita). Estão sujeitos às normas do Código de Conduta da Alta


Administração Federal os Ministros de Estado, Secretários de Estado,
ocupantes de cargo de natureza especial e ocupantes de cargo do grupo
DAS, nível 5.

3. (inédita). Além da declaração de bens e rendas que deve ser


apresentada por ocasião da posse, as autoridades sujeitas ao Código de
Conduta da Alta Administração Federal devem também prestar à
Comissão de Ética Pública informações acerca de seu patrimônio que
tenham o potencial de gerar conflitos de interesse.

4. (inédita). As autoridades públicas sujeitas ao Código de Conduta da


Alta Administração Federal estão sujeitas a rígidas obrigações quanto à
prestação de informações patrimoniais à Comissão de Ética Pública. Por
esta razão, o Código de Conduta determina que as comunicações e
consultas, após serem conferidas e respondidas, devem ser guardadas em
envelope lacrado, que somente poderá ser aberto por ordem de Ministro
de Estado.

5. (inédita). A autoridade sujeita ao Código de Conduta da Alta


Administração Federal deve tornar pública sua participação em sociedades
de economia mista, instituições financeiras e empresas que negociem
com o Poder Público quando for titular de porção igual ou superior a cinco
por cento do capital.

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6. (inédita). A autoridade pública não poderá, de acordo com o Código
de Conduta, receber remuneração de fonte privada em desacordo com a
lei, e nem receber ajudas relacionadas a transporte, hospedagem ou
quaisquer favores de particulares.

7. (inédita). É lícito, nos termos do Código de Conduta da Alta


Administração Federal, o exercício de mandato por autoridade, desde que
não remunerado, ainda que envolva atos de comércio.

8. (inédita). A Diretoria da Caixa Econômica Federal que recebe rosa


comemorativa do Dia Internacional da Mulher oferecida por floricultura
local incorre em ofensa às normas do Código de Conduta da Alta
Administração Federal.

9. (inédita). O Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe


manifestações por parte das autoridades públicas no sentido de avaliar o
desempenho ou o caráter de outra autoridade. Também não é permitido
que as autoridades públicas se manifestem acerca do mérito de questões
que ainda lhes serão submetidas, independentemente de a decisão ser
monocrática ou colegiada.

10. (inédita). Suponha que Carlos, Diretor do Banco Central do Brasil,


tenha desenvolvido trabalhos que lhe permitiram estabelecer relação
direta com a Federação Brasileira de Bancos (Febraran). Quatro meses
depois da conclusão desses trabalhos, Carlos foi exonerado. Decorrido um
mês da sua exoneração, a Febraban lhe estendeu convite para integrar
seus quadros na qualidade de Consultor Especial do Conselho Diretor.
Caso Carlos aceite o convite, estará descumprido regra especial contida
no Código de Conduta da Alta Administração Federal.

11. (inédita). A Comissão de Ética Pública pode aplicar, em razão do


descumprimento das normas do Código de Conduta da Alta Administração

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Federal, as sanções de advertência, censura ou suspensão por até 30
dias.

12. Nossa Caixa Desenvolvimento – Contador – 2011 – FCC. Caio,


que ocupa o cargo de Presidente de uma Empresa Pública, opinou
publicamente a respeito da honorabilidade e do desempenho funcional de
uma autoridade pública federal. Vale salientar que Caio continua no cargo
público mencionado. O fato narrado acarretará:

a) a não imposição de qualquer sanção, pois Caio não se sujeita às


normas do Código de Conduta da Alta Administração Federal.
b) a não imposição de qualquer sanção, pois não caracteriza violação de
norma do Código de Conduta da Alta Administração Federal.
c) sanção de censura ética.
d) sanção de advertência.
e) sanção de multa.

13. Nossa Caixa Desenvolvimento – Contador – 2011 – FCC. No que


concerne à conduta ética das autoridades públicas, é correto afirmar:

a) Além da declaração de bens e rendas, a autoridade pública, no prazo


de trinta dias contados de sua posse, enviará à Comissão de Ética Pública
informações sobre sua situação patrimonial que, real ou potencialmente,
possa suscitar conflito com o interesse público.
b) Na ausência de lei dispondo sobre prazo diverso, será de quatro
meses, contados da exoneração, o período de interdição para atividade
incompatível com o cargo anteriormente exercido.
c) A autoridade pública que tiver participação de três por cento do capital
de sociedade de economia mista deverá tornar público este fato.
d) É permitido à autoridade pública o exercício não remunerado do
encargo de mandatário, inclusive para a prática de atos de comércio.

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e) É vedada à autoridade pública a aceitação de presentes de autoridades
estrangeiras nos casos protocolares em que houver reciprocidade.

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processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado no
Código de Conduta será instaurado pela Comissão de Ética Pública (CEP),
desde que haja indícios suficientes. No processo administrativo em
questão,

a) se a CEP concluir pela procedência da denúncia, adotará uma das


penalidades previstas no Código, com comunicação apenas ao superior
hierárquico do denunciado.
b) a CEP não poderá, de ofício, produzir prova documental.
c) não é possível a solicitação pela CEP, de parecer de especialista, ainda
que julgue imprescindível, tendo em vista a celeridade do procedimento.
d) concluídas as diligências necessárias, a CEP oficiará a autoridade
pública para nova manifestação, no prazo de cinco dias.
e) a autoridade pública será oficiada para manifestar-se no prazo de cinco
dias.

GABARITO
1. E 8. E
2. E 9. C
3. C 10. C
4. E 11. E
5. E 12. D
6. C 13. B
7. E 14. D

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