Centro de Tecnologia
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e Computação
Natal/RN - Brasil
Novembro de 2008
Divisão de Serviços Técnicos
Aos colegas Davi Bibiano, Richardson, Roberto, Aline, Sousa, João Cléber, pela ajuda.
À minha famı́lia pelo apoio durante esta jornada, em especial aos irmãos Cleilson e Cle-
vanir que sempre me incentivaram na vida acadêmica.
Este trabalho apresenta a análise teórica e numérica dos parâmetros de uma antena
de microfita tipo patch retangular sobre substrato metamaterial. Para isso, é aplicada
a teoria de metamateriais - MTM, em conjunto com o método da Linha de Transmis-
são Transversa - LTT, para a caracterização das grandezas do substrato e obtenção das
equações gerais dos campos eletromagnéticos. É realizado um estudo acerca da teoria
de metamateriais com o intuito de obter seus parâmetros construtivos, os mesmos são
caracterizados através de tensores permissividade e permeabilidade. Essa teoria é apli-
cada ao método da Linha de Transmissão Transversa chegando-se às equações gerais para
os campos eletromagnéticos da antena. Em seguida são utilizados princı́pios da teoria
eletromagnética para obter-se caracterı́sticas como: freqüência de ressonância complexa,
diagramas de radiação e largura de banda. São simulados diferentes configurações de
metamateriais e antenas com o intuito de miniaturizar as dimensões fı́sicas e aumentar
a largura de banda das mesmas, os resultados são apresentados através de gráficos. A
análise teórica computacional deste trabalho se mostra precisa, em comparação a outros,
podendo ser empregado em dispositivos que utilizem metamateriais como substratos. Ao
final são apresentadas conclusões e sugestões para trabalhos futuros.
Palavras Chaves: Antenas de Microfita, Metamateriais, Método da Linha de Trans-
missão Transversa, Miniaturização de Antenas.
Abstract
This paper presents a theoretical and numerical analysis of the parameters of a rectan-
gular microstrip antenna with metamaterial substrate. The metamaterial (MTM) theory
was applied along with Transverse Transmission Line (LTT) method to characterize sub-
strate quantities and obtain the general equations of the electromagnetic fields. A study
on metamaterial theory was conducted to obtain the constructive parameters, which were
characterized through permittivity and permeability tensors to arrive at a set of elec-
tromagnetic equations. Electromagnetic principes are used to obtained parameters such
as complex resonance frequency, bandwidth and radiation pattern were then obtained.
Different metamaterial and antenna configurations were simulated to miniaturize them
physically and increase their bandwidth, the results of which are shown through graphics.
The theoretical computational analysis of this work proved to be accurate when com-
pared to other studies, and may be used for other metamaterial devices. Conclusions and
suggestions for future work are also proposed.
Keywords: Microstrip Antennas, Metamaterials, Transverse Transmission Line, An-
tennas Miniaturization. Method.
Conteúdo
Sumário p. iii
Lista de Figuras p. vi
Lista de Tabelas p. ix
Lista de sı́mbolos p. xi
1 Introdução p. 1
2 Teoria de Antena p. 4
2.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 4
2.2 Definição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 4
2.6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 15
2.7 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23
3 Substrato Metamaterial p. 24
3.4 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 32
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 34
4.3 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 44
5.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 45
iv
5.6 Expansão das Densidades de Corrente em Termos de Funções de Base . . p. 55
5.8 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 59
6 Diagrama de Radiação p. 60
6.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 60
6.3 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 68
7 Resultados p. 70
7.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 70
7.5 Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 78
8 Conclusões p. 79
Bibliografia p. 81
2.2 Densidade superficial de fluxo de potência para as regiões definidas pelos raios: Rcp =
q
3 2
0, 62 Dλ e Rcd = 2D
λ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 8
2.5 Perda de retorno e largura de banda, para uma antena com freqüência central em 500
Hz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 14
2.6 (a) Polarização elı́ptica. (b) Polarização linear horizontal, caso particular de (a). (c)
Polarização linear vertical, também, caso particular de (a). . . . . . . . . . . . . . p. 14
2.13 Modelo da linha de transmissão: (a) efeito franja com um incremento ∆l; (b) dis-
tribuição do campo elétrico ao longo da antena. . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 21
2.14 Circuito equivalente para antena de microfita, pelo modelo da linha de transmissão. . p. 21
3.4 Estrutura TW - Thin Wire, construı́do com fios finos de metal em (a); estrutura
SRR - split ring resonator, construı́do com anéis circulares em (b) e (c) Metamaterial
TW-SRR, formado pela junção das estruturas TW e SRR. . . . . . . . . . . . . . p. 27
3.5 Modelo de circuito equivalente do SRR, (a) SRR configuração dupla e (b) configuração
simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 29
3.10 Metamaterial planar com uma camada, construı́do a partir de uma arranjo de estru-
turas TW e SRR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 32
5.4 Vista superior de uma antena de microfita com patch de largura W e comprimento l. . p. 47
5.5 Seção transversal de uma antena retangular de microfita com patch de largura W . . . p. 50
7.2 Vista da seção transversal da antena retangular de microfita com substrato metamaterial. p. 71
vii
7.3 Metamaterial planar TW-SRR, construı́dos apenas com metais e dielétricos comuns,
na face superior as células SRR e na inferior as estruturas TW. . . . . . . . . . . . p. 71
7.5 (a) permissividade para estrutura TW e (b) permeabilidade para estrutura SRR em
função da freqüência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 73
7.8 (a) permissividade para estrutura TW e (b) permeabilidade para estrutura SRR em
função da freqüência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 75
7.9 Largura de banda em função da freqüência de ressonância (a) MTM 1 e 2 (b) MTM
3 e 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 76
7.10 Largura de banda em função da freqüência de ressonância (a) MTM 1 e 3 (b) MTM
2 e 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 76
7.11 (a) diagrama de radiação plano E(θ = 0 e − 90 < φ < 90) e (b) diagrama de radiação
plano H(φ = 0 e 0 < θ < 180) para a freqüência 1 GHz. . . . . . . . . . . . . . . p. 77
7.13 Resultado experimental para antena supracitada - freqüência de ressonância 2,5 GHz. p. 78
viii
Lista de Tabelas
xii
Capı́tulo 1
Introdução
Diversos métodos de análise são relatados na literatura, como o Método dos Potenciais
Vetoriais de Hertz, o Método da Linha de Transmissão Equivalente, o Método da Equação
Integral, o Método de Cohn (BAHL; BHARTIA, 2001), o Método da Linha de Transmissão
Transversa (FERNANDES, 1984), entre outros. Entretanto, recomenda-se para o estudo
de estruturas em microfita uma análise por métodos rigorosos, pois produzem resultados
mais exatos e eficazes.
Capı́tulo 1. Introdução 2
Por fim são apresentadas as conclusões a que se chegou e sugestões para trabalhos
posteriores.
Capı́tulo 2
Teoria de Antena
2.1 Introdução
2.2 Definição
Antenas são estruturas metálicas projetadas para radiar e receber energia eletromag-
nética. Constituem-se em elementos essenciais para qualquer sistema de comunicação sem
fios, realizando a interface entre o guia de onda e o espaço livre. Uma definição oficial
do IEEE para antenas é dada em Strutzman and Thiele (STUTZMAN; THIELE, 1998),
como segue: ”That part of a transmitting or receiving system that is designed to radiate
or receive electromagnetic waves”. Ou seja, é o dispositivo responsável por transmitir e
receber ondas eletromagnéticas.
Para entender como ocorre a radiação na antena, primeiro precisa-se conhecer o fenô-
meno da radiação eletromagnética.
ρ
∇ · ~E = Lei de Gaus, (2.1)
ε
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 5
∂ ~
∇ × ~E = −µ H Lei de Faraday, (2.2)
∂t
~ = J~ + J~D
∇×H Lei de Ampére. (2.3)
Partindo-se das equações de Maxwell 2.1 a 2.3. Considere uma estrutura geométrica
irradiante δ eletricamente condutora excitada por uma fonte de tensão senoidal V (t) =
V0 sen(2π f ). O processo de irradiação para δ , pode ser resumido em 4 etapas:
(I) Em conseqüência de V (t), surgem correntes da forma I(t) = I0 sen(2π f +φ ) que fluem
h i
~ y, z,t) A2 , tal fluxo implica na ocor-
pela estrutura com densidade superficial J(x, m
rência de cargas elétricas em movimento no interior da estrutura δ , com densidade
h i
volumétrica ρ(x, y, z,t) mC3 ;
(II) Em conseqüência de 2.1 é gerado um campo elétrico ~Eρ (x, y, z,t) devido à densidade
h i
volumétrica de cargas ρ(x, y, z,t) mC3 . Por sua vez, de 2.3 um campo magnético
~ J (x, y, z,t) é estabelecido devido à densidade superficial de corrente J(x,
H ~ y, z,t);
As etapas (III) e (IV) repetem-se recursivamente, de sorte que, para cada recursão
existe uma correspondência unı́voca entre o instante t e as coordenadas espaciais (x, y, z).
Observa-se ainda que, o campo ~EH (x, y, z,t) é continuamente regenerado por H
~ D (x, y, z,t),
diferentemente de ~Eρ (x, y, z,t), pois esse apresenta valores significativos apenas nas proxi-
midades do irradiador (região de campos próximos) (FERNANDES; FRANCO, 2002).
A radiação numa antena pode ser explicada através da figura 2.1 a qual mostra uma
fonte de tensão conectada a uma linha de transmissão. Aqui pode-se evidenciar as etapas
descritas acima: a fonte conectada à estrutura irradiante δ estabelece uma tensão V (t) =
V0 sen(2π f ). Conforme descrito em (I), tem-se uma corrente do tipo I(t) = I0 sen(2π f + φ ),
h i h i
~
que flui por δ com densidade superficial J(x, y, z,t) 2 , esse fluxo gera ρ(x, y, z,t) C3 . De
A
m m
(II), ~Eρ (x, y, z,t) é gerado devido a densidade volumétrica de cargas ρ(x, y, z,t). E, devido a
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 6
~ y, z,t), H
densidade superficial de corrente J(x, ~ J (x, y, z,t) é estabelecido. De (III), A variação
~ J (x, y, z,t) no tempo leva à formação de ~EH (x, y, z,t), somando-se os componentes
de H
~EH (x, y, z,t) e ~Eρ (x, y, z,t) chega-se ao campo elétrico total ~E(x, y, z,t), o qual dá origem à
densidade de corrente de deslocamento J~D (x, y, z,t). Por fim, conforme (IV), H ~ D (x, y, z,t)
é estabelecido devido a J~D (x, y, z,t). Desde que seja mantida a fonte de tensão as etapas
acima acontecem ciclicamente e a radiação é estabelecida.
Esta região é definida como a parte no espaço ℜ3 onde a distância r entre a antena e
A radiação na região de campos distantes para um dipolo Hertziano, pode ser enten-
dida com o auxı́lio do sistema de coordenadas esféricas mostrado na figura 2.6. A direção
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 8
q
D3
Figura 2.2: Densidade superficial de fluxo de potência para as regiões definidas pelos raios: Rcp = 0, 62 λ
2D2
e Rcd = λ .
vertical é dada pelo eixo y é a horizontal pelo plano xz, θ e φ são os ângulos de elevação
e azimute respectivamente. Assim xy é o plano de elevação (φ = 0) ou plano-E, o qual
contém o vetor campo elétrico na direção de máxima propagação. Enquanto xz é o plano
azimutal θ = π2 - Plano-H, onde ocorre a direção de máxima propagação do vetor campo
magnético (BALANIS, 1997).
Figura 2.3: Campos distantes no sistema de coordenadas esféricas para um dipolo Hertzano.
com,
Hr = 0 Hθ = 0 Eφ = 0.
KI(0)Le− jkr
Eθ = jη sen θ , (2.7)
4πr
KI(0)Le− jkr
Hφ = j sen θ , (2.8)
4πr
Er = 0, (2.9)
sendo:
η - Impedância intrı́nseca do espaço livre;
2π
k= λ - Número de onda;
r - Raio para o sistema de coordenadas esférica.
Assumindo-se que os campos Eθ e Hφ variam senoidalmente com o tempo, percebe-se
Eθ
que: as funções 2.7 e 2.8 são transversais entre si; a relação Hφ = η = 120π - é a impedância
intrı́nseca do espaço livre (válida quando o meio de propagação é o vácuo ou ar seco); e a
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 10
1 ~ ~ ∗ Var
~
℘= E ×H . (2.10)
2 m2
ZZ Z 2π Z π
Prad ~ =
=
℘rad ds ℘rad r2 sen θ dθ dφ [W ] , (2.11)
s 0 0
na qual:
~ = r2 sen θ dθ dφ r̂ - Vetor diferencial de superfı́cie;
ds
h W i
℘rad = Re ℘ ~ - Vetor de Poynting médio, que determina a densidade superficial
m2
de potência irradiada.
2
h W i
O termo ℘rad r rad 2
é denominado intensidade de radiação, e mede a potência
irradiada pela antena por unidade de ângulo sólido, ou ainda, densidade sólido-angular
de potência irradiada. Assim a intensidade de radiação de uma antena é definida por:
2 W
U = ℘rad r . (2.12)
rad 2
Padrão de radiação F(θ , φ ) de uma antena é uma expressão analı́tica que define a
intensidade normalizada do campo elétrico Eθ (θ , φ ) resultante em cada ponto da superfı́cie
esférica Se de raio re em cujo centro encontra-se a antena:
Eθ (θ , φ )
F(θ , φ ) = , (2.13)
Eθ max
sendo Eθ max o valor máximo de Eθ (θ , φ ) que ocorre para a particular direção (θ , φ ) =
(θmax , φmax ) do espaço ℜ3 sendo θmax e φmax os valores para os ângulos θ e φ que maximizam
a grandeza Eθ (θ , φ ). O gráfico de tal função é denominado diagrama de irradiação.
por seu turno o padrão de potência de uma antena é dado por 2.15:
Figura 2.4: Diagramas de irradiação, lóbulos principal e secundários. (a) Diagrama de irradiação linear;
(b) diagrama de irradiação polar.
• HPBW (Half Power Beam Width), largura de feixe com centro no máximo de
F(θ , φ )dB , para a qual a potência irradiada caı́ à metade. Tal grandeza é também
conhecida como ângulo de meia potência.
• FNBW (First Null Beam Width), largura de feixe com centro no máximo de
F(θ , φ )dB , para a qual a potência irradiada caı́ ao seu primeiro valor mı́nimo.
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 12
Umax 4π
D= = , (2.18)
Umed Ωa
na qual:
R 2π R π
Ωa = 0 0 P(θ , φ ) sen θ dθ dφ [sr] - Ângulo sólido de feixe;
Umax - Valor máximo da intensidade de radiação;
Umed - Intensidade de radiação caso a potência fosse irradiada uniformemente em
todas as direções no ℜ3 , ou seja, é a intensidade de radiação resultante de um irradiador
isotrópico.
Va
Za =
= Ra + jXa [Ω] , (2.20)
Ia
sendo Ra a resistência de radiação e Xa a reatância própria.
Vmax Imax 1 + Γ
ROE = = = , (2.21)
Vmin Imin 1−Γ
Γ é o coeficiente de reflexão dado por:
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 13
ZL − Z0
Γ= . (2.22)
ZL + Z0
(I) Sob forma percentual (utilizado quando a largura de banda é muito menor que a
freqüência central):
Fs − Fi
LB = , (2.24)
Fc
na qual:
FS - Freqüência superior;
Fi - Freqüência inferior;
Fc - Freqüência central;
Fs
LB = . (2.25)
Fi
Figura 2.5: Perda de retorno e largura de banda, para uma antena com freqüência central em 500 Hz.
Figura 2.6: (a) Polarização elı́ptica. (b) Polarização linear horizontal, caso particular de (a). (c) Polar-
ização linear vertical, também, caso particular de (a).
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 15
2.6.1 Introdução
Nesta seção são abordadas as principais caracterı́sticas acerca das antenas de microfita
com patch retangular, de modo a produzir subsı́dios para os estudos dos capı́tulos poste-
riores. Primeiramente será feita uma introdução sobre aspectos históricos, exemplificando
as vantagens e limitações em seu uso. Depois são discutidas as principais técnicas de
alimentação eletromagnética. Finalmente, são mostrados os métodos de análise de maior
aplicação às antenas de microfita.
O patch pode ter várias geometrias tais como: quadrado, retangular, circular, elı́ptica,
triangular ou qualquer outra configuração de acordo com as caracterı́sticas desejadas. Em
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 16
geral para facilitar a análise teórica são comumente escolhidas as formas mostradas na
figura 2.8. A forma do elemento metálico influencia na distribuição de corrente e por
conseqüência na distribuição dos campos na superfı́cie da antena. Logo, a irradiação pode
ser determinada através da distribuição de campo entre o patch metálico e o plano de
terra, bem como, em termos de distribuição de corrente de superfı́cie no patch.
Existem muitas formas de diminuir o efeito dessas limitações, como por exemplo, a
redução da excitação de ondas de superfı́cie através da utilização de substratos PBG,
redução do acoplamento entre o patch e plano de terra utilizando-se materiais magnético-
dielétrico - com valor moderado de permissividade e permeabilidade alta (µ > ε) (MOSAL-
LAEI; SARABANDI, 2004). Um aumento na largura de banda pode ser obtido, também,
com antenas de patchs empilhados ou com multicamadas dielétricas.
Antenas de microfita podem ser alimentadas por uma variedade de métodos. Esses
podem ser classificados em duas categorias: contactados e não contactados. Nas técnicas
por contato, a fonte de RF é ligada fisicamente ao patch usando linhas de microfita
ou conector coaxial. Enquanto que, nas técnicas não-conectado, a ligação é feita por
acoplamento eletromagnético. As quatro formas mais comuns são: linha de microfita,
sonda coaxial (Conexão direta), acoplamento por abertura e proximidade (BALANIS,
1997).
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 18
Nesta técnica, uma linha de microfita conecta o patch à extremidade da antena como
mostra a figura 2.9, as vantagens em se usar tal processo é a facilidade de construção, pois
é implementado diretamente sobre o substrato, além de se integrar facilmente a circuitos
impressos.
Alimentação Coaxial
Essa técnica é muito comum em estruturas de microfita como visto na figura 2.10. O
condutor interno do conector coaxial transpõe o dielétrico e é soldado ao patch, enquanto
o outro condutor (externo) é soldado diretamente ao plano de terra. A principal vantagem
aqui, é que a alimentação pode ser feita em qualquer local do patch, fácil fabricação e tem
baixos espúrios de radiação. Entretanto, impõe limitações à largura de banda.
terra. Abaixo do substrato 1 há uma linha de alimentação de microfita que fornece energia
através de um slot (abertura) no plano de terra, como visto na figura 2.11.
A tabeta 2.1 faz uma sı́ntese das técnicas exploradas acima, mostrando as principais
caracterı́sticas, vantagens e limitações (BAHL; BHARTIA, 2001).
(inı́cio do patch), nesse ponto, devido à mudança de largura W da microfita, são gerados
campos de fuga (de franja) nas bordas do patch. Esses efeitos de franja têm como carac-
terı́stica armazenar energia, logo são modelados por capacitores (C). Por outro lado, uma
parte desses campos irradia potência no espaço o que é representado por uma condutân-
cia (G) em paralelo com (C). Em seguida os campos se propagam através do patch até a
outra extremidade onde, devido as dimensões finitas W e l ultrapassam o limite fı́sico do
patch. Aqui mais uma vez aparece o efeito dos campos de fuga, e são modelados como
visto anteriormente por uma associação paralelo de (C) e (G). O processo descrito acima
causa um acréscimo elétrico nas dimensões do patch e é modelado acrescentando-se ao
comprimento l o fator ∆l em ambos os lados do patch, dessa forma tem-se as dimensões
efetivas. A figura 2.13.b mostra a distribuição do campo elétrico ao longo da antena, que
pode ser aproximada pela expressão E0 cos(πx/l). Assim as condições de contorno são
satisfeitas, o campo elétrico é máximo nas bordas e nulo no centro da antena (l/2)
Figura 2.13: Modelo da linha de transmissão: (a) efeito franja com um incremento ∆l; (b) distribuição
do campo elétrico ao longo da antena.
Conforme descrito acima a antena pode ser modelada através do circuito da figura
2.14, os seus parâmetros e as dimensões são dados pelas equações abaixo.
Figura 2.14: Circuito equivalente para antena de microfita, pelo modelo da linha de transmissão.
W
εre f f + 0, 3 + 0, 264
h
∆l = 0, 412h , (2.26)
W
εre f f − 0, 258 + 0, 8
h
le f f = l + 2∆l, (2.27)
Capı́tulo 2. Teoria de Antena 22
h −1/2
εr + 1 εr − 1
εe f f = + 1 + 12 , (2.28)
2 2 W
1/2
c m 2 n 2
Fr = √ + , (2.29)
2 εe f f L W
sendo Fr a freqüência de ressonância. Os ı́ndices m e n representam os modos de propa-
gação na antena,
c
W= r , (2.30)
(εr + 1)
2Fr
2
Wl
C=ε . (2.31)
h
Modelo da Cavidade
r
1 mπ 2 nπ 2 pπ 2
Frmnp = √ + + , (2.32)
2π µε h L W
2.7 Conclusões
Substrato Metamaterial
√
n = ± µr εr , (3.1)
Figura 3.1: Diagrama de permissividade - permeabilidade e ı́ndice de refração (CALOZ; ITOH, 2000).
Estes materiais como uma conseqüência de seus duplos parâmetros negativos mostra-
dos na figura 3.1, são caracterizados por fase e velocidade de grupo antiparalelas ou ı́ndice
de refração negativo, equação 3.1. Os materiais esquerdinos (ME) são claramente meta-
materiais de acordo com a definição dada na seção anterior, uma vez que são artificiais,
λg
efetivamente homogêneos (p < 4) e possuem caracterı́sticas não usuais como o ı́ndice de
refração negativo.
Estes materiais foram inicialmente propostos por Viktor Vaselago em 1968 (VESE-
LAGO, 1968) onde pela primeira vez ambos os parâmetros dielétricos -permissividade ε
e permeabilidade µ - são negativos. Ele os definiu como materiais left-handed. Quando
uma onda eletromagnética passa por esses materiais o vetor de campo elétrico, o vetor de
Capı́tulo 3. Substrato Metamaterial 26
Figura 3.2: Diagrama mostrando os vetores de pointing, de onda elétrico e magnético em materiais
comuns (a) e metamateriais left-handed (b).
Figura 3.3: Diagrama de raios mostrando a direção de propagação de onda (a) material natural, (b)
metamaterial left-handed.
Vaselago concluiu em seu artigo, que algumas substâncias naturais poderiam exibir
caracterı́sticas ME. Ele então sugeriu: “substancias girotrópicas possuindo plasma e pro-
priedades magnéticas” (metais ferrimagnéticos puros ou semicondutores); “onde tanto a
permissividade quando a permeabilidade são tensores” (estruturas anisotrópicas), pode-
Capı́tulo 3. Substrato Metamaterial 27
Foram necessários mais de 30 anos - após publicado seu artigo, para desenvolver
o primeiro metamaterial ME e demonstrá-lo experimentalmente. Esse material não foi
uma substância natural como esperava-se, mas uma estrutura efetivamente homogênea e
artificial - um metamaterial, construı́do por Smith e seus colaboradores na Universidade
da Califórnia em São Diego (SMITH et al., 2000b). Essa estrutura foi proposta por
Pendry et al. na Faculdade Imperial, Londres (PENDRY, 2000). Prendy introduziu
o tipo plasmático ε-negativo/µ-positivo e ε-positivo/µ-negativo mostrado na Fig. 3.4,
que podem ser projetados em freqüência plasmática na faixa de microondas. Ambas as
estruturas possuem um tamanho médio de célula p muito menor que o comprimento de
onda guiada λg (p λg ) sendo assim uma estrutura artificial, efetivamente homogênea,
com caracterı́sticas incomuns, logo um metamaterial.
Figura 3.4: Estrutura TW - Thin Wire, construı́do com fios finos de metal em (a); estrutura SRR - split
ring resonator, construı́do com anéis circulares em (b) e (c) Metamaterial TW-SRR, formado pela junção
das estruturas TW e SRR.
2
ω pe 2
ζ ω pe
εr (ω) = 1 − + j , (3.2)
ω2 + ζ 2 ω(ω 2 + ζ 2 )
r
2 2πc2
na qual ω pe = p2 ln ( pr )
(c - velocidade da luz, r - raio dos fios) é a freqüência plasmática
Capı́tulo 3. Substrato Metamaterial 28
pω pe 2
ε0 ( r )
elétrica, ajustado na faixa de GHz; ξ = πσ (σ - condutividade do metal) é o fator
de amortecimento devido às perdas do metal. Pode-se notar nessa formula que:
Por outro lado a permeabilidade é simplesmente µ = µ0 , uma vez que não há presença
de material magnético e o momento de dipolo magnético não é gerado. Deve-se notar que
os fios são considerados muito maiores que um comprimento de onda (teoricamente ao
infinito), o que significa que são excitados em freqüências situadas bem abaixo de sua
primeira ressonância.
Fω 2 (ω 2 − ω0m
2 )
Fω 2 ζ
µr (ω) = 1 − 2 )2 + (ωζ )2
+ j 2 )2 + (ωζ )2
, (3.5)
(ω 2 − ω0m (ω 2 − ω0m
2 r
sendo F = π pr (r - raio interno do anel menor), ω0m = c 3p 3 (d - largura dos
2dr
π ln s
anéis, s - espaço radial entre os anéis) a freqüência de ressonância magnética, que pode
2pR0
ser ajustada para GHz; ζ = rµ0 (R0 - resistência do metal por unidade de comprimento)
é o fator de compensação devido às perdas. Deve-se notar que a estrutura SRR possui
uma resposta magnética - apesar de não incluir materiais condutores magnéticos, devido
à presença de momentos de dipolos magnéticos artificiais gerados pelos anéis ressoadores.
A equação 3.6 revela que uma faixa de freqüência pode existir quando Re(µr ) < 0,
ω0m
Re(µr ) < 0 ⇒ ω0m < ω < √ , (3.6)
1−F
na qual ω pm é a freqüência plasmática magnética. Uma diferença essencial entre as
expressões plasmáticas para a permissividade e a permeabilidade é que a última é de
natureza ressonante µ(ω = ω0m ) = ∞ devido à ressonância dos SRRs, dados por ω0m =
Capı́tulo 3. Substrato Metamaterial 29
r
c 3p (PENDRY, 2000).
2dr3
π ln s
Figura 3.5: Modelo de circuito equivalente do SRR, (a) SRR configuração dupla e (b) configuração
simples.
Freqüência Hz
Figura 3.6: Resultados teóricos computacionais para uma estrutura TW-SRR, permeabilidade.
Embora do ponto de vista fı́sico os metamateriais TW-SRR com anéis circulares se-
jam bastante interessantes, na prática são de pouca valia em engenharia para aplicações
planares. Uma alternativa foi apresentada por Shelby (SHELBY et al., 2001), onde são
utilizados anéis quadrados e linhas de transmissão como é mostrada na Fig. 3.8.
Capı́tulo 3. Substrato Metamaterial 30
Figura 3.7: Resultados teóricos computacionais para uma estrutura TW-SRR, permissivi-
dade.
Figura 3.8: Metamateriais (p λg ) construı́dos apenas com metais comuns e dielétricos, (a) ε-negativo/µ-
positivo, (b) ε-positivo/µ-negativo e (c) estrutura SRR-TW (SHELBY et al., 2001).
µxx 0 0
µ = µ0
0 µyy 0 (3.7)
0 0 µzz
εxx 0 0
ε = ε0 0 εyy 0
(3.8)
0 0 εzz
ω pe ) < 0 ou εxx (ω ≥ ω pe ) > 0; εyy = εzz > 0; µxx e µzz < 0 para ω0m < ω < ω pm ou µxx e
µzz > 0 para ω0m ≥ ω ≥ ω pm ; µyy > 0 (SMITH et al., 2000a). Tal fato ocorre, pois o vetor
~E é direcionado ao longo dos fios - obrigatoriamente em uma única direção. Nada obsta,
~ varie em duas dimensões, desde que ao longo dos anéis quadrados.
que o vetor H
A estrutura RIS, é formada por uma camada capacitiva impressa em um dos lados
de um substrato dielétrico separada por um plano de terra metálico - do lado oposto à
camada capacitiva - no substrato dielétrico. A freqüência de ressonância da superfı́cie
depende: do valor dos elementos capacitivos; da distância entre a camada capacitiva e
a superfı́cie metálica e da permissividade da camada dielétrica. A construção de uma
RIS pode ser feita usando capacitores integrados dispostos de forma periódica. A Fig.
3.9 mostra um arranjo periódico de dipolos cruzados, os quais se acoplam através de
capacitores integrados em suas terminações. Essa estrutura tem o comportamento de
uma PEC. Tal estrutura é equivalente a um circuito LC paralelo no qual a impedância
é sempre reativa. A utilização dessa estrutura como substrato dielétrico, consiste em
empilhar a RIS sob a estrutura desejada melhorando o seu desempenho.
Uma configuração metamaterial planar com uma única camada foi proposta em 2004
por David R. e seus colaboradores (DAVID et al., 2004), nesse artigo estruturas SRR
quadradas são dispostas em um lado da superfı́cie do substrato formando um conjunto
de células ressonantes, enquanto na outra face encontram-se estruturas TW formadas
a partir de linhas metálicas planares Fig. 3.10. Essa configuração será utilizada nessa
dissertação, pois é conveniente para aplicações em estruturas planares podendo ser usadas
como substratos em antenas de microfita.
Capı́tulo 3. Substrato Metamaterial 32
Figura 3.10: Metamaterial planar com uma camada, construı́do a partir de uma arranjo de estruturas
TW e SRR.
3.4 Conclusões
Neste capı́tulo foi apresentada uma introdução sobre algumas estruturas metamateri-
ais e suas caracterı́sticas, como fatores que motivaram a utilização dessas estruturas em
substrato para os dispositivos que serão descritos neste trabalho, devido à gama de me-
lhorias e inovações possı́veis de ser realizadas. Apresentou-se, também, a caracterização
Capı́tulo 3. Substrato Metamaterial 33
matemática dos MTM (TW-SRR) que será aplicada aos programas desenvolvidos neste
trabalho.
Capı́tulo 4
4.1 Introdução
Nessa seção os campos para a região do substrato metamaterial de uma antena de mi-
crofita com Patch retangular são determinados. As equações gerais dos campos - equações
finais do método LTT - são obtidas a partir das equações de Maxwell. Partindo-se das
equações 4.1 e 4.2,
∇ × ~E = − jω µ H,
~ (4.1)
~ = jωε ~E,
∇×H (4.2)
os vetores campo elétrico e magnético são decompostos nas suas três componentes:
fazendo,
~ =H
H ~y +H
~t = H
~ x x̂ + H
~ y ŷ + H
~ z ẑ, (4.3)
∂ ∂ ∂ ∂
∇ = ∇y + ∇t = ∇t + ŷ = x̂ + ŷ + ẑ, (4.5)
∂y ∂x ∂y ∂z
com
~t = H
H ~x +H
~z - Campo magnético na direção transversa, (4.6)
e finalmente,
∂ ∂
∇t = x̂ + ẑ. (4.8)
∂x ∂z
µxx 0 0
µ = µ0
0 µyy 0 , (4.9)
0 0 µzz
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 36
εxx 0 0
ε = ε0
0 εyy 0 .
(4.10)
0 0 εzz
εxx 0 0 ~Ex x̂
∂ ∂ ∂ ~ x x̂ + H
~ y ŷ + H
~ z ẑ) = jωε0 0 εyy 0 ~Ey ŷ ,
x̂ + ŷ + ẑ × (H (4.11)
∂x ∂y ∂z
0 0 εzz ~Ez ẑ
ou
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
Hy ẑ − H z ŷ − Hx ẑ + H z x̂ + Hx ŷ − H y x̂ (4.12)
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z
= jωε0 (~Ex εxx + ~Ey εyy + ~Ez εzz ),
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
Hy ẑ − H x ẑ + Hz x̂ − H y x̂ = jωε0 (~
Ex εxx + ~Ez εzz ), (4.13)
∂x ∂y ∂y ∂z
reescrevendo,
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
Hz x̂ − Hx ẑ + Hy ẑ − Hy x̂ = jωε0 (~Ex εxx + ~Ez εzz ), (4.14)
∂y ∂y ∂x ∂z
como:
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ t,
Hz x̂ − Hx ẑ = ŷ × H (4.15)
∂y ∂y ∂y
e
∂ ~ ∂ ~ ~ y,
Hy ẑ − Hy x̂ = ∇t × H (4.16)
∂x ∂z
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 37
então,
∂
~
ŷ × Ht + ∇t × Hy = jωε0 (~Ex εxx + ~Ez εzz ),
~ (4.17)
∂y
que resulta em
~Ex + ~Ez = 1 ∂
~ y + ŷ × H
~t ,
∇t × H (4.18)
jωε0 (εxx + εzz ) ∂y
~Et = 1 ~ ∂ ~
∇t × Hy + ŷ × Ht . (4.19)
jωε0 (εxx + εzz ) ∂y
µxx 0 0 ~ x x̂
H
∂ ∂ ∂
x̂ + ŷ + ẑ × (~Ex x̂ + ~Ey ŷ + ~Ez ẑ) = − jω µ0
~
∂x ∂y ∂z 0 µyy 0 Hy ŷ , (4.20)
0 0 µzz ~ z ẑ
H
ou
∂ ~ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂
Ey ẑ − ~Ez ŷ − ~Ex ẑ + ~Ez x̂ + ~Ex ŷ − ~Ey x̂ (4.21)
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z
~ ~ ~
= jω µ0 (Hx µxx + Hy µyy + Hz µzz ),
∂ ~ ∂ ∂ ∂
Ey ẑ − ~Ex ẑ + ~Ez x̂ − ~Ey x̂ = jω µ0 (H
~ x µxx + H
~ z µzz ), (4.22)
∂x ∂y ∂y ∂z
reescrevendo,
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ~ x µxx + H
~ z µzz),
Ey ẑ − Ey x̂ + Ez x̂ − Ex ẑ = jω µ0 (H (4.23)
∂x ∂z ∂y ∂y
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 38
como:
∂ ~ ∂ ~ ∂
Ez x̂ − Ex ẑ = ŷ × ~Et , (4.24)
∂y ∂y ∂y
e
∂ ~ ∂ ~
Ey ẑ − Ey x̂ = ∇t × ~Ey , (4.25)
∂x ∂z
então,
∂ ~ ~
~ x µxx + H
~ z µzz )
ŷ × Et + ∇t × Et = jωε0 (H (4.26)
∂y
~x +H
~z = 1 ∂
H ∇t × ~Ey + ŷ × ~Et , (4.27)
jω µ0 (µxx + µzz ) ∂y
~t = 1 ~ ∂ ~
H ∇t × Ey + ŷ × Et . (4.28)
jω µ0 (µxx + µzz ) ∂y
~ ~ ∂ 1 ~ ∂ ~
jωε0 (εxx + εzz )Et = ∇t × Hy + ŷ × ∇t × Ey + ŷ × Et , (4.29)
∂y − jω µ0 (µxx + µzz ) ∂y
ou
1 ∂ ∂
jωε0 (εxx + εzz )~Et = ∇t × H
~y+ ŷ × ∇t × ~Ey + ŷ × ~Et , (4.30)
− jω µ0 (µxx + µzz ) ∂ y ∂y
mas,
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 39
∂ ∂ ∂ ∂
ŷ × (∇t × ~Ey ) = ŷ × x̂ + ẑ × ~Ey ŷ = ŷ × x̂ × ~Ey ŷ + ẑ × ~Ey ŷ (4.31)
∂x ∂z ∂x ∂z
∂ ~ ∂
= ŷ × Ey ẑ − ~Ey x̂ (4.32)
∂x ∂z
∂ ~ ∂
= ŷ × Ey ẑ − ŷ × ~Ey x̂ (4.33)
∂x ∂z
∂ ~ ∂
= Ey x̂ + ~Ey ẑ (4.34)
∂x ∂z
= ∇t ~Ey , (4.35)
∂ ∂ ∂ ∂
ŷ × ŷ × ~Et = ŷ × ŷ × (~Ex x̂ + ~Ez ẑ) = ŷ × ŷ × ~Ex x̂ + ŷ × ~Ez ẑ (4.36)
∂y ∂y ∂y ∂y
∂ ~ ∂ ~
= ŷ × − Ex ẑ + Ez x̂ (4.37)
∂y ∂y
∂ ~ ∂
=− Ex x̂ − ~Ez ẑ (4.38)
∂y ∂y
∂ ~
=− Et , (4.39)
∂y
substituindo 4.35 e 4.39 em 4.29, tem-se:
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 40
1 ∂ ∂
jωε0 (εxx + εzz )~Et = ∇t × H
~y+ ∇t ~Ey − ~Et , (4.40)
− jω µ0 (µxx + µzz ) ∂ y ∂y
ou
∂2 ~ ~ y + ∂ ∇t ~Ey ,
ω 2 µ0 (µxx + µzz )ε0 (εxx + εzz )~Et + Et = − jω µ 0 (µxx + µzz )∇t × H (4.42)
∂ y2 ∂y
ou ainda,
∂2 ~
2 ∂
ω µ0 (µxx + µzz )ε0 (εxx + εzz ) + 2 Et = ∇t ~Ey − jω µ0 (µxx + µzz )∇t × H
~ y, (4.43)
∂y ∂y
mas:
∂2
= ky2 , (4.44)
∂ y2
k02 = ω 2 µ0 ε0 , (4.45)
k2 = ω 2 µε, (4.46)
∂
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ]~Et = ∇t ~Ey − jω µ0 (µxx + µzz )∇t × H
~ y, (4.47)
∂y
assim,
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 41
~Et = 1 ∂ ~ ~y .
2
∇t Ey − jω µ0 (µxx + µzz )∇t × H (4.48)
[k0 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ] ∂y
~ ~ ∂ 1 ~ ∂ ~
− jω µ0 (µxx + µzz )Ht = ∇t × Ey + ŷ × ∇t × Hy + ŷ × Ht , (4.49)
∂y jωε0 (εxx + εzz ) ∂y
ou
~ t = ∇t × ~Ey + 1 ∂ ∂
~ y + ŷ × H
~ t , (4.50)
− jω µ0 (µxx + µzz )H ŷ × ∇t × H
jωε0 (εxx + εzz ) ∂ y ∂y
~ t = ∇t × ~Ey + 1 ∂ ~ ∂ ~
− jω µ0 (µxx + µzz )H ŷ × ∇t × Hy − Ht , (4.51)
jωε0 (εxx + εzz ) ∂ y ∂y
ou
2
~t + ∂ H
− jω µ0 (µxx + µzz )( jωε0 (εxx + εzz ))H ~t (4.52)
∂ y2
∂ ~
= jωε0 (εxx + εzz )∇t × ~Ey + ∇t H y,
∂y
ou
∂2
2
+ ω µ0 (µxx + µzz )ε0 (εxx + εzz ) H~ t = jωε0 (εxx + εzz )∇t × ~Ey + ∂ ∇t H
~ y, (4.53)
∂y2 ∂y
~t = 1 ∂
H 2
jωε0 (εxx + εzz )∇t × ~Ey + ∇t H
~y . (4.55)
[k0 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ] ∂y
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 42
" #
~Et = ~Ex + ~Ez = 1
(4.56)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ]
∂ ∂ ∂ ∂ ∂
x̂ + ẑ ~Ey − jω µ0 (µxx + µzz ) x̂ + ẑ × H ~y ,
∂y ∂x ∂z ∂x ∂z
ou
" #
~Et = ~Ex + ~Ez = 1
(4.57)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ]
2
∂2 ~
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
Ey x̂ + Ey ẑ + jω µ0 (µxx + µzz ) − Hy ẑ + Hy x̂ ,
∂ y∂ x ∂ y∂ z ∂x ∂z
então,
2
~Ex = 1 ∂ ∂
~Ey + jω µ0 µxx H ∂
~ y + jω µ0 µzz H ~ y , (4.58)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ] ∂ y∂ x ∂z ∂z
e
2
~Ez = 1 ∂ ∂
~Ey − jω µ0 µxx H ∂
~ y − jω µ0 µzz H ~ y . (4.59)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ] ∂ y∂ z ∂x ∂x
" #
~t = H
~x +H
~z = 1
H (4.60)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ]
∂ ∂ ∂ ~ ∂ ∂ ~
x̂ + ẑ Hy + jωε0 (εxx + εzz ) x̂ + ẑ × Ey ,
∂y ∂x ∂z ∂x ∂z
ou
" #
~t = H~x +H ~z = 1
H (4.61)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ]
2
∂2 ~
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
Hy x̂ + Hy ẑ + jωε0 (εxx + εzz ) Ey ẑ − Ey x̂ ,
∂ y∂ x ∂ y∂ z ∂x ∂z
então,
Capı́tulo 4. Método LTT - Aplicado a Metamateriais 43
2
~x = 1 ∂ ∂ ∂
~ y − jωε0 εxx ~Ey − jωε0 εzz ~Ey ,
H H (4.62)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ] ∂ y∂ x ∂z ∂z
e
2
~z = 1 ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
H Hy + jωε0 εxx Ey + jωε0 εzz Ey . (4.63)
[k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz ) + ky2 ] ∂ y∂ z ∂x ∂x
Das equações 4.58, 4.59, 4.62, 4.63 chega-se as equações gerais para microfita com
substrato metamaterial:
1 ∂
Ẽx = 2 − jαn Ẽy + ω µ0 µxx βk H̃y + ω µ0 µzz βk H̃y ; (4.64)
[γ + k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz )] ∂y
1 ∂
Ẽz = 2 − jβk Ẽy − ω µ0 µxx αn H̃y − ω µ0 µzz αn H̃y ; (4.65)
[γ + k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz )] ∂y
1 ∂
H̃x = 2 − jαn H̃y − ωε0 εxx βk Ẽy − ωε0 εzz β kẼy ; (4.66)
[γ + k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz )] ∂y
1 ∂
H̃z = 2 − jβk H̃y + ωε0 εxx αn Ẽy + ωε0 εzz αn Ẽy . (4.67)
[γ + k02 (µxx + µzz )(εxx + εzz )] ∂y
Nas quais:
ky2 = γ 2 , (4.68)
∂
= − jαn , (4.71)
∂x
∂
= − jβk , (4.72)
∂z
e para a região de metamaterial, tem-se:
4.3 Conclusões
5.1 Introdução
Figura 5.1: Fluxograma descritivo das etapas a serem realizadas nesse capı́tulo.
Figura 5.3: Seção transversal de uma antena de microfita com patch de largura W .
Figura 5.4: Vista superior de uma antena de microfita com patch de largura W e comprimento l.
Nessa seção, são desenvolvidas detalhadamente as soluções das equações de ondas para
antena de microfita com substrato metamaterial na região 1. Para região 2 é considerado
o espaço livre.
∇ × ~E = − jω µ H,
~ (5.1)
e
~ = jωε ~E,
∇×H (5.2)
µxx 0 0
µ = µ0
0 µyy 0 , (5.3)
0 0 µzz
e
εxx 0 0
ε = ε0
0 εyy 0 .
(5.4)
0 0 εzz
Como as soluções das equações de onda são feitas considerando a direção de propa-
gação, as equações 5.3 e 5.4 se tornam:
ε = ε0 εyy , (5.5)
e
µ = µ0 µyy . (5.6)
∇ × ∇ × ~E = − jω µ∇ × H,
~ (5.7)
assim, 1
como a região é livre de cargas e correntes elétricas, tem-se pelas equações de Maxwell
que:
∇ · ~E = 0, (5.10)
∂2 ∂2 ∂2
∇2 = + + , (5.13)
∂ x2 ∂ y2 ∂ z2
assim 5.12 é dada por:
∂ 2 ~Ey
= −αn2 ~Ey , (5.15)
∂ x2
e
∂ 2 ~Ey
= −βk2 ~Ey . (5.16)
∂ z2
∂ 2 ~Ey
− αn2 ~Ey + − βk2 ~Ey + ω 2 ε0 εyy µ0 µyy ~Ey = 0, (5.17)
∂ y2
ou, ainda
∂ 2 ~Ey
− (αn2 + βk2 − k2 )~Ey = 0, (5.18)
∂ y2
para γ 2 = αn2 + βk2 − k2 , tem-se:
∂ 2 ~Ey
− γ 2 ~Ey = 0, (5.19)
∂ y2
com k = ω 2 ε0 εyy µ0 µyy ~Ey .
∂ 2 H̃y
− γ 2 H̃y = 0. (5.20)
∂ y2
Através das equações de onda de Helmohltz apresentadas em 5.19 e 5.20 são encon-
tradas as soluções para as componentes dos campos em y para as regiões da estrutura
abaixo.
Figura 5.5: Seção transversal de uma antena retangular de microfita com patch de largura W .
Para região 1:
e
H̃y1 = A1h senh(γ1 y). (5.22)
Para região 2:
Ẽy2 = A2e eγ1 y , (5.23)
e
H̃y2 = A2h eγ1 y . (5.24)
−j
Ẽx1 = [αn γ1 A1e senh(γ1 y) + jωβk µ0 (µx1 + µz1 )A1h senh(γ1 y)] , (5.25)
(γ12 + k12 )
−j
Ẽz1 = [βk γ1 A1e senh(γ1 y) − jωαn (µx1 + µz1 A1h µ0 ) senh(γ1 y)] , (5.26)
(γ12 + k12 )
−j
H̃x1 = [αn γ1 A1h cosh(γ1 y) − jωβk ε0 (εx1 + εz1 )A1e cosh(γ1 y)] , (5.27)
(γ12 + k12 )
Capı́tulo 5. Campos Eletromagnéticos na Antena de Microfita Com Substrato MTM 51
−j
H̃z1 = [βk γ1 A1h cosh(γ1 y) + jωαn ε0 (εx1 + εz1 )A1e cosh(γ1 y)] , (5.28)
(γ12 + k12 )
sendo:
k12 = k02 (µx1 + µz1 )(εx1 + εz1 ), (5.29)
e
γ12 = αn2 + βk2 − k02 µy1 εy1 . (5.30)
Substituindo as equações 5.23 e 5.24 nas equações gerais do método LTT para dielétri-
cos (Apêndice A), tem-se para região 2:
−j −γ2 y −γ2 y
Ẽx2 = −α n γ 2 A 2e e + jωβk µ2 A 2h e , (5.31)
(γ22 + k22 )
−j −γ2 y −γ2 y
Ẽz2 = −β k γ 2 A 2e e − jωαn µ2 A 2h e , (5.32)
(γ22 + k22 )
−j −γ2 y −γ2 y
H̃x2 = −αn γ2 A 2h e − jωβ k ε2 A 2e e , (5.33)
(γ22 + k22 )
−j
−βk γ2 A2h e−γ2 y + jωαn ε2 A2e e−γ2 y ,
H̃z2 = (5.34)
(γ22 + k22 )
sendo,
k22 = k02 µr2 εr2 . (5.35)
e
Ẽz1 = Ẽz2 = Ẽzg . (5.37)
De 5.36 tem-se:
Capı́tulo 5. Campos Eletromagnéticos na Antena de Microfita Com Substrato MTM 52
−j
[αn γ1 A1e senh(γ1 g) + jωβk µ0 (µx1 + µz1 )A1h senh(γ1 g)] (5.38)
(γ12 + k12 )
−j
−αn γ2 A2e e−γ2 y + jωβk µ2 A2h e−γ2 y = Ẽxg ,
=
(γ22 + k22 )
ou
De 5.37 tem-se:
−j
[βk γ1 A1e senh(γ1 g) − jωαn µ0 (µx1 + µz1 )A1h senh(γ1 g)] (5.40)
(γ12 + k12 )
−j −γ2 y −γ2 y
= 2 −β k γ 2 A 2e e − jωαn µ2 A 2h e = Ẽzg ,
(γ2 + k22 )
ou
βk Ẽxg − αn Ẽzg
A1h = , (5.42)
ω µ0 (µx1 + µz1 ) senh(γ1 g)
em decorrência, tem-se para A1e :
βk Ẽxg − αn Ẽzg γ2 y
A2h = e , (5.46)
ω µ2
em decorrência, tem-se para A2e :
− jαn Ẽxg − jβk Ẽzg γ2 y
A2e = e . (5.47)
γ2
Após a obtenção das constantes dos campos, é aplicada a condição de contorno mag-
nética na interface onde se localiza a fita condutora (y = g) para a figura 5.3. As condições
de contorno utilizadas são (FARIAS; FERNANDES, 1997),
e
H̃z1 − H̃z2 = −J˜xg . (5.49)
A aplicação das condições de contorno 5.48 e 5.49, pode ser escrita na forma matricial,
gerando uma matriz que relaciona os campos elétricos tangenciais à interface da fita e as
densidades de corrente tangenciais. Essa é chamada de matriz admitância ou impedância,
dependendo da forma como a equação é representada (COLLIN, 2001), (POZAR, 1998).
− j coth(γ1 g) −αn Ẽzg + βk Ẽxg jβk Ẽzg + jαn Ẽxg
αn γ 1 − jωβk ε0 (εx1 + εz1 ) (5.52)
(γ12 + k12 ) ω µ0 (µx1 + µz1 ) γ1
−j −αn Ẽzg + βk Ẽxg − jβk Ẽzg − jαn Ẽxg
− 2 −αn γ2 − jωβk ε2 = J˜zg ,
(γ2 + k22 ) ω µ2 γ2
γ2 coth(γ1 g)(−αn2 γ12 + ω 2 βk2 ε0 µ0 (εx1 + εz1 )(µx1 + µz1 )) γ1 (−αn2 γ22 + ω 2 βk2 ε2 µ2 )
−j
Yzz = + .
ω µ0 γ1 γ2 (γ12 + k12 )(µx1 + µz1 ) (γ22 + k22 )
(5.54)
j coth(γ1 g) −αn Ẽzg + βk Ẽxg jβk Ẽzg + jαn Ẽxg
βk γ1 + jωαn ε0 (εx1 + εz1 ) (5.55)
(γ12 + k12 ) ω µ0 (µx1 + µz1 ) γ1
−j −αn Ẽzg + βk Ẽxg − jβk Ẽzg − jαn Ẽxg
+ 2 −βk γ2 + jωαn ε2 = J˜xg ,
(γ2 + k22 ) ω µ2 γ2
γ2 coth(γ1 g)(βk2 γ12 − ω 2 αn2 ε0 µ0 (εx1 + εz1 )(µx1 + µz1 )) γ1 (+βk2 γ22 − ω 2 αn2 ε2 µ2 )
j
Yxx = + ;
ω µ0 γ1 γ2 (γ12 + k12 )(µx1 + µz1 ) (γ22 + k22 )
(5.56)
M
Jxg (x, z) = ∑ axm fxm(x, z), (5.60)
m=1
e
N
Jzg (x, z) = ∑ azm fzm(x, z), (5.61)
m=1
onde M e N são números inteiros e positivos que podem ser feitos iguais a 1 (um) mantendo
os resultados com uma ótima aproximação dos resultados reais.
Para este trabalho foram utilizadas duas funções de bases nas direções cartesianas OX
e OZ. As suas escolhas baseou-se em trabalhos anteriores, onde foram comprovadas as
suas eficácias (FERNANDES, 1984). E são definidas por:
com
1
fz (x) = q , (5.65)
w 2
2 − x2
e
πz
fz (z) = cos , (5.66)
l
que no domı́nio espectral são:
nx π
αn = , (5.69)
b
com
dB
b= , (5.70)
2
e
dB = 15w; (5.71)
nz π
βk = , (5.72)
dL
com
L
dL = , (5.73)
2
e
L = 15l. (5.74)
2π 2 l cos( β2k l ) w
f˜z (αn , βk ) = J0 αn , (5.75)
π 2 − (βk l)2 2
sendo J0 a função de Bessel de primeira espécie e ordem zero.
• Por se tratar de uma estrutura simétrica foi utilizado a mesma função de base
tanto para a direção OX quanto OZ, necessariamente, fazendo as devidas adequações
quanto as variáveis espectrais e as dimensões da estrutura. Conforme o supracitado
tem-se para a direção OX
com,
1
fx (z) = q , (5.77)
l 2
2 − z2
Capı́tulo 5. Campos Eletromagnéticos na Antena de Microfita Com Substrato MTM 58
e
πx
fx (x) = cos
, (5.78)
w
que no domı́nio espectral são: componente espectral da função em X, variando com
a variável espectral βk
l
f˜x (βk ) = πJ0 βk , (5.79)
2
componente espectral da função em X, variando com a variável espectral αn
2π 2 w cos( α2n w )
l
f˜x (αn , βk ) = 2 J0 βk . (5.81)
π − (αn w)2 2
As componentes J˜xg ; J˜zg ; Ẽxg ; Ẽzg da matriz impedância definida em 5.59, são funções
desconhecidas, no entanto, os campos elétricos e as densidades de correntes são diferentes
de zero em regiões complementares na interface do dielétrico. Logo, aplicando-se o produto
interno do sistema de equações 5.59 com uma função teste existente apenas na região da
fita, de acordo com o método de Galerkin - que utiliza uma função teste igual à função de
base da densidade de corrente. Pode-se eliminar os campos Ẽxg e Ẽzg . Desde que, a função
teste seja definida em uma região complementar à função de base do campo elétrico, esse
produto interno é nulo fazendo com que o sistema de equações 5.59 se torne homogêneo,
como segue:
∞
Kxz = ∑ f˜z Zxz f˜x∗ ; (5.84)
−∞
∞
Kzx = ∑ f˜x Zzx f˜z∗ ; (5.85)
−∞
∞
Kzz = ∑ f˜z Zzz f˜z∗ . (5.86)
−∞
O determinante da matriz de parâmetros K da equação 5.82 deve ser igual a zero para
que o sistema tenha uma solução não-trivial. A equação formada por este determinante
fornece uma raiz que é a Freqüência Angular de Ressonância Complexa.
5.8 Conclusão
Para a obtenção efetiva dos resultados propostos, foi escrito um programa computa-
cional na linguagem FORTRAN, que através do método numérico de NEWTON RAPH-
SON consegue chegar à raiz da equação caracterı́stica a partir de uma aproximação inicial.
Diagrama de Radiação
6.1 Introdução
Existem diversos métodos e técnicas para o cálculo dos campos distantes de uma
antena de microfita, a maioria baseia-se em equações analı́ticas fechadas, resultado de
simplificações da estrutura. Por isso, esses procedimentos incorrem em erros. Neste
trabalho são determinados os campos distantes através de um método de onda completa
(LTT), o que garante uma solução precisa.
Primeiramente, será desenvolvida a teoria de cálculo dos campos distantes para uma
antena de abertura, posteriormente, generalizada para antenas de microfita (OLIVEIRA,
1996).
∇2 + K02 ~E(x, y, z) = 0,
(6.1)
sendo K02 = ω 2 µ0 ε0 . Como a região é livre de cargas e correntes elétricas, tem-se pelas
equações de Maxwell que:
∇ · ~E = 0. (6.2)
Capı́tulo 6. Diagrama de Radiação 61
Z ∞Z ∞
Ẽ(α, y, β ) = ~E(x, y, z)e j(αx+β y) dxdy, (6.3)
−∞ −∞
e
~E(x, y, z) = 1
Z ∞Z ∞
Ẽ(α, y, β )e− j(αx+β y) dαdβ . (6.4)
4π 2 −∞ −∞
∂2
+ γ2 Ẽ(α, y, β ) = 0, (6.5)
∂ y2
sendo γ 2 = k02 − α 2 − β 2 .
~E(x, y, z) = 1
Z ∞Z ∞
f˜(α, β )e− jγy e− j(αx+β y) dαdβ , (6.7)
4π 2 −∞ −∞
ou
Capı́tulo 6. Diagrama de Radiação 62
~E(x, y, z) = 1
Z ∞Z ∞
f˜(α, β )e− jk·r dαdβ , (6.8)
4π 2 −∞ −∞
O campo elétrico, para y > 0 (Fig. 6.1), é formado pela superposição de ondas do tipo
f˜(α, β )e− jk·r , havendo duas possibilidades a serem discutidas para a constante γ:
(I) γ é real (α 2 + β 2 < k02 ), e nesse caso, as ondas são propagantes e contribuem para a
energia do campo distante.
(II) γ é imaginário (α 2 + β 2 > k02 ), aqui, as ondas são evanescentes e não contribuem
para a energia do campo distante.
Dessa forma, serão considerados os valores α e β para os quais α 2 + β 2 < k02 , já que
são eles que efetivamente contribuem para a energia do campo distante.
∇ · f˜(α, β )e− jk·r = 0, (6.9)
logo,
f˜ · k = 0. (6.10)
Assim, f˜y pode ser determinado a partir de f˜x e f˜z , dessa forma, conclui-se que
o campo em y > 0 (Fig. 6.1), campo elétrico no espaço livre f˜y , é função somente das
componentes tangenciais do campo elétrico na abertura f˜x e f˜z (OLIVEIRA, 1996),
(DAMIANO et al., 1990).
na qual o ı́ndice t indica a componente tangencial, e ~Ea (x, z) é o campo elétrico na abertura.
Z ∞Z ∞
f˜(α, β ) = ~Ea (x, z)e j(αx+β y) dxdz. (6.12)
−∞ −∞
Capı́tulo 6. Diagrama de Radiação 63
y = r cos θ , (6.14)
Assim,
~k ·~r = αx + γy + β z, (6.16)
ou
A condição de fase estacionária garante que, para ~r muito grande (região de campos
distantes), ~k ·~r não varia com α e β , logo:
sen θ cos φ
α =γ , (6.19)
cos θ
e
sen θ sen φ
β =γ , (6.20)
cos θ
em decorrência da relação α 2 + β 2 + γ 2 = k02 e das equações 6.19 e 6.20, obetem-se:
γ = k0 cos θ , (6.21)
logo,
e
β = k0 sen θ sen φ . (6.23)
h i
J~s = n × H~s −H
~ , (6.24)
h i
~ s = −n × ~Es − ~E .
M (6.25)
J~s = n × H
~ s, (6.26)
~ s = −n × ~Es .
M (6.27)
1. J~s 6= 0 e M
~ s 6= 0;
2. J~s = ~ s = 0;
6 0eM
3. J~s = 0 e M
~s =
6 0.
Assim, pode-se determinar os campos elétrico e magnético para as três situações acima,
encontrando-se previamente os vetores potenciais elétrico e magnético A(r) e Am (r), e em
seguida expandido-os em termos de ~Eθ e ~Eφ .
Z Z
µ0 − jk0~r 0
A(~r) = e J~s (~r0 )e jk0~r·~r dx0 dz0 , (6.28)
4πr s
Z Z
ε0 − jk0~r ~ s (~r0 )e jk0~r·~r0 dx0 dz0 .
Am (~r) = e M (6.29)
4πr s
Z Z
µ0 − jk0~r 0
A(~r) = e 2J~s (~r0 )e jk0~r·~r dx0 dz0 . (6.30)
4πr s
Z Z
ε0 − jk0~r 0
~ s (~r0 )e jk0~r·~r dx0 dz0 ,
Am (~r) = e 2M (6.31)
4πr s
sendo
Capı́tulo 6. Diagrama de Radiação 66
~ a,
J~s = ây × H (6.33)
e
~ s = −ây × ~Ea .
M (6.34)
1. J~s 6= 0 e M
~ s 6= 0:
− jk0~r
~Eθ = jk0 e
Ẽxg cos φ + Ẽzg sen φ + η0 cos θ (H̃zg cos φ − H̃xg sen φ ) , (6.37)
4π~r
e
− jk0~r
~Eφ = jk0 e
(Ẽzg cos φ − Ẽxg sen φ ) cos θ − η0 (H̃zg sen φ + H̃xg cos φ ) ; (6.38)
4π~r
2. J~s = ~ s = 0:
6 0eM
− jk0~r
~Eθ = jk0 η0 e
H̃zg cos φ − H̃xg sen φ cos θ , (6.39)
2π~r
e
Capı́tulo 6. Diagrama de Radiação 67
− jk0~r
~Eφ = jk0 η0 e
H̃zg sen φ + H̃xg cos φ ; (6.40)
2π~r
3. J~s = 0 e M
~s =
6 0:
− jk0~r
~Eθ = jk0 e
Ẽxg cos φ + Ẽzg sen φ , (6.41)
2π~r
e
− jk0~r
~Eφ = jk0 e
Ẽzg cos φ − Ẽxg sen φ cos θ . (6.42)
2π~r
Nas equações acima os termos Ẽxg e Ẽzg , H̃xg e H̃zg são respectivamente as componentes
do campo elétrico e magnético tangenciais à fita, no domı́nio da transformada de Fourier.
Em ambas as funções os ı́ndices x e z indicam as direções cartesianas.
Os campos tangenciais à fita (Ẽxg e Ẽzg ) na interface superior da antena são deter-
minados a partir do método LTT em conjunto com o método de Galerkin, a precisão
de tal procedimento depende da escolha minuciosa das funções de bases adequadas, con-
forme ilustrado no Cap. 5. De posse da equação caracterı́stica da antena 5.82, foram
determinadas as constantes desconhecidas ax e az contidas nas equações de expansão das
densidades de corrente 5.60 e 5.61 com o objetivo de determinar as densidades de corrente
na fita. Assim determinou-se os campos tangenciais a partir do sistema de equações
A radiação na região de campos distantes para uma antena de microfita pode ser
entendida com o auxı́lio do sistema de coordenadas esféricas mostrado na figura 6.3. A
direção vertical é dada pelo eixo y é a horizontal pelo plano xz, θ e φ são os ângulos de
elevação e azimute respectivamente. Assim xy é o plano de elevação (φ = 0) ou plano-H,
o qual contém o vetor campo magnético na direção de máxima propagação. Enquanto xz
Capı́tulo 6. Diagrama de Radiação 68
π
é o plano azimutal θ = 2 ou Plano-E, onde ocorre a direção de máxima propagação do
vetor campo elétrico (BALANIS, 1997). Desta forma define-se:
− jk0~r
~Eθ = jk0 e
Ẽxg cos φ + Ẽzg sen φ , (6.44)
2π~r
e
− jk0~r
~Eφ = jk0 e
Ẽzg cos φ − Ẽxg sen φ cos θ . (6.45)
2π~r
6.3 Conclusão
Nesse capı́tulo foi demonstrado o cáculo dos campos distantes para uma antena de
abertura, utilizando-se da condição de fase estacionária, e em seguida, generalizado para
o caso de uma antena de microfita. A equação geral encontrada para os campos no
Capı́tulo 6. Diagrama de Radiação 69
espaço livre é função dos campos tangenciais à fita, o que possibilita utilizar-se da teoria
desenvolvida no Cap. 5. Não obstante, os campos tangenciais são determinados através
do método LTT (método de onda completa), o que garante a precisão dos resultados.
Capı́tulo 7
Resultados
7.1 Introdução
A estrutura em análise é mostrada nas figuras 7.1 e 7.2, os parâmetros fı́sicos en-
volvidos nos resultados são: espessura do substrato “g”, largura e comprimento do patch
“w” e “l” respectivamente, tensores permissividade e permeabilidade “ε” e “µ”. Durante a
análise a espessura da fita metálica “s” é desconsiderada.
Figura 7.2: Vista da seção transversal da antena retangular de microfita com substrato metamaterial.
Figura 7.3: Metamaterial planar TW-SRR, construı́dos apenas com metais e dielétricos comuns, na face
superior as células SRR e na inferior as estruturas TW.
Capı́tulo 7. Resultados 72
Os resultados apresentados na figura 7.4 foram obtidos a partir dos seguintes parâ-
metros: largura do patch w = 15 mm, material usado no substrato dielétrico (trabalho do
autor (SANTOS, 2005)) foi o RT Duroid 5880, que tem permissividade elétrica relativa
εr = 2, 2, altura do dielétrico h = 1, 27 mm. Para o caso metamaterial (resultado desse
trabalho) foi considerado o caso limite (εx1 = 0, εy1 = 2, 2, εz1 = 1 e µx1 = 0, µyx = 0,
µz1 = 1) valores para os quais o metamaterial descrito em 5.53 a 5.57 torna-se dielétrico.
Os demais parâmetros foram considerados os mesmos variando-se o comprimento l com
passos de 3 mm desde l = 15 mm a l = 57 mm.
quando utilizado na faixa de VHF e UHF, já que essas antenas têm dimensões consid-
eráveis.
O estudo considera a faixa de freqüência de 200 MHz a 1 GHz, foram considerados dois
metamateriais (metamaterial 1 e metamaterial 2). Seus parâmetros são mostrados nas
curvas da figura 7.5, e foram gerados a partir dos seguintes dados: SRR-1 (w = 20 mm;
s = 1, 29 mm; d = 1, 43 mm; g = 1 mm; p = 50 mm); TW-1 (r = 1, 9 mm; p = 50 mm); TW-
2 (r = 2 mm; p = 51 mm) em todas as estruturas o metal considerado é o cobre, cuja
condutividade é σ = 59, 6 · 106 Ω1m .
(a) (b)
Figura 7.5: (a) permissividade para estrutura TW e (b) permeabilidade para estrutura SRR em função
da freqüência.
A partir da análise do resultado percebe-se que houve uma redução significativa nas
dimensões da antena com metamaterial em relação à antena com dielétrico, evidenciando
a caracterı́stica de utilizar-se metamaterial com o intuito de miniaturização (Para a fre-
qüência de 1 GHz, por exemplo, comparando-se o dielétrico e o metamaterial 1 há redução
de aproximadamente 50% da área da superfı́cie superior da antena). O metamaterial 2
simula o aumento da permissividade, e, para uma freqüência de 700 MHz há redução de
Capı́tulo 7. Resultados 74
O aumento da permissividade apesar dos efeitos desejáveis - acima citados, impõe li-
mitações à largura de banda da antena, devido ao forte acoplamento eletromagnético entre
o patch e o plano de terra, gerado pela forte concentração de campos em torno da região
de alta permissividade (MOSALLAEI; SARABANDI, 2004). Esse efeito é comprovado
na figura 7.7, que traça a variação da largura de banda (LB) em função da freqüência
para o dielétrico e o metamaterial com permissividades εr = 2, 2 e εx1 = εy1 = εz1 = 4, 4
respectivamente; e permeabilidades µr = µx1 = µy1 = µz1 = 1 .
Figura 7.7: Largura de banda em função da freqüência de ressonância, para o dielétrico com εr = 2, 2 e
MTM εx1 = εy1 = εz1 = 4, 4; µx1 = µy1 = µz1 = 1.
Capı́tulo 7. Resultados 75
Nas curvas da figura 7.8 são definidas duas estruturas metamateriais que serão apli-
cadas como substrato nas antenas para efeito de comparação de suas larguras de banda.
Seus parâmetros são: SRR 1 (w = 20 mm; s = 1, 29 mm; d = 1, 43 mm; g = 1 mm; p = 50 mm);
TW 1 (r = 1, 9 mm; p = 50 mm); SRR 2 (w = 16 mm; s = 1, 19 mm; d = 1, 23 mm; g = 1 mm;
p = 51 mm r = 2 mm; p = 51 mm); TW 2 (r = 2 mm; p = 51 mm) em todas as estruturas o
metal considerado é o cobre, cuja condutividade é σ = 59, 6 · 106 Ω1m .
(a) (b)
Figura 7.8: (a) permissividade para estrutura TW e (b) permeabilidade para estrutura SRR em função
da freqüência.
Serão testados quatro substratos metamateriais retirados das curvas da Fig. 7.8 com
as seguintes configurações:
(a) (b)
Figura 7.9: Largura de banda em função da freqüência de ressonância (a) MTM 1 e 2 (b) MTM 3 e 4.
(a) (b)
Figura 7.10: Largura de banda em função da freqüência de ressonância (a) MTM 1 e 3 (b) MTM 2 e 4.
(a) (b)
Figura 7.11: (a) diagrama de radiação plano E(θ = 0 e − 90 < φ < 90) e (b) diagrama de radiação
plano H(φ = 0 e 0 < θ < 180) para a freqüência 1 GHz.
(a) (b)
Figura 7.12: (a) permeabilidade e (b) permissividade para o substrato TW-SRR construı́do em labo-
ratório.
A antena foi projetada para operar na freqüência de 2,5 GHz, para tanto foi calculado
a seguinte configuração:
O resultado da figura 7.13 mostra a alta largura de banda conseguida com substratos
metamaterial em comparação a substratos comuns (BAHL; BHARTIA, 2001), além de
comprovar a exatidão da teoria desenvolvida nesse trabalho.
Figura 7.13: Resultado experimental para antena supracitada - freqüência de ressonância 2,5 GHz.
7.5 Conclusão
Conclusões
A continuidade desse trabalho deverá incluir estudos sobre outros dispositivos, que
utilizem metamateriais como substratos. Nesse contexto são apresentadas as seguintes
sugestões para trabalhos futuros:
Bibliografia
PENDRY, J. B. Negative refraction makes a perfect lens. Phys. Rev. Lett., v. 85, p.
3966–3969, 2000.
POZAR, D. M. Microwave Engineering. New Jersey USA: John Wiley Sons, 1998.
SMITH, D.; VIER, D.; KROLL, N. Direct calculation of permeability and permittivity
for a left-handed metamaterial. App. Phys. Lett, v. 77, p. 2246–2248, Out 2000.
STUTZMAN, W.; THIELE. Antenna Theory and Design. New Jersey USA: John Wiley
Sons, Inc, Hoboken, 1998.
∇ × ~E = − jω µ H,
~ (A.1)
~ = jωε ~E,
∇×H (A.2)
os vetores campo elétrico e magnético são decompostos nas suas três componentes: fazendo,
~ =H
H ~y +H
~t = H
~ x x̂ + H
~ y ŷ + H
~ z ẑ, (A.3)
∂ ∂ ∂ ∂
∇ = ∇y + ∇t = ∇t + ŷ = x̂ + ŷ + ẑ, (A.5)
∂y ∂x ∂y ∂z
com
~t = H
H ~x +H
~z - Campo magnético na direção transversa, (A.6)
e finalmente,
∂ ∂
∇t = x̂ + ẑ. (A.8)
∂x ∂z
Γ = α + jβ (A.9)
∂ ∂ ∂ ~ x x̂ + H
~ y ŷ + H
~ z ẑ) = jωε ~Ey + ~Et ,
x̂ + ŷ + ẑ × (H (A.10)
∂x ∂y ∂z
ou
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
Hy ẑ − H z ŷ − Hx ẑ + H z x̂ + Hx ŷ − H y x̂ = jωε ~
Ey + jωε ~Et , (A.11)
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z
separando-se as componentes transversais x e z de A.11, tem-se:
∂ ~ ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
Hy ẑ − H x ẑ + Hz x̂ − H y x̂ = jωε ~
Et , (A.12)
∂x ∂y ∂y ∂z
então,
~Et = 1 ~ ∂ ~
∇t × Hy + ŷ × Ht . (A.13)
jωε ∂y
∂ ∂ ∂
x̂ + ŷ + ẑ × (~Ex x̂ + ~Ey ŷ + ~Ez ẑ) = − jω µ(H
~t +H
~ y ), (A.14)
∂x ∂y ∂z
ou
∂ ~ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ~ t − jω µ H
Ey ẑ − ~Ez ŷ − ~Ex ẑ + ~Ez x̂ + ~Ex ŷ − ~Ey x̂ = − jω µ H ~ y, (A.15)
∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z
separando as componentes transversais x e z de A.15, tem-se:
∂ ~ ∂ ∂ ∂
Ey ẑ − ~Ex ẑ + ~Ez x̂ − ~Ey x̂ = − jω µ H
~ t, (A.16)
∂x ∂y ∂y ∂z
então,
Apêndice A. Demonstração do Método da Linha de Transmissão Transversa - LTT 85
~t = 1
H
∂
∇t × ~Ey + ŷ × ~Et . (A.17)
− jω µ ∂y
∂ 1 ∂
jωε ~Et = ∇t × H
~ y + ŷ × ∇t × ~Ey + ŷ × ~Et , (A.18)
∂y − jω µ ∂y
ou
1 ∂ ∂
jωε ~Et = ∇t × H
~y+ ~ ~
ŷ × ∇t × Ey + ŷ × Et , (A.19)
− jω µ ∂ y ∂y
mas,
∂ ∂ ∂ ∂
ŷ × (∇t × ~Ey ) = ŷ × x̂ + ẑ × ~Ey ŷ = ŷ × x̂ × ~Ey ŷ + ẑ × ~Ey ŷ (A.20)
∂x ∂z ∂x ∂z
∂ ~ ∂
= ŷ × Ey ẑ − ~Ey x̂ (A.21)
∂x ∂z
∂ ~ ∂
= ŷ × Ey ẑ − ŷ × ~Ey x̂ (A.22)
∂x ∂z
∂ ~ ∂
= Ey x̂ + ~Ey ẑ (A.23)
∂x ∂z
= ∇t ~Ey , (A.24)
∂ ∂ ∂ ∂
ŷ × ŷ × ~Et = ŷ × ~ ~
ŷ × (Ex x̂ + Ez ẑ) = ŷ × ~ ~
ŷ × Ex x̂ + ŷ × Ez ẑ (A.25)
∂y ∂y ∂y ∂y
Apêndice A. Demonstração do Método da Linha de Transmissão Transversa - LTT 86
∂ ~ ∂ ~
= ŷ × − Ex ẑ + Ez x̂ (A.26)
∂y ∂y
∂ ~ ∂
=− Ex x̂ − ~Ez ẑ (A.27)
∂y ∂y
∂ ~
=− Et , (A.28)
∂y
substituindo A.24 e A.28 em A.18, tem-se:
1 ∂ ∂
jωε ~Et = ∇t × H
~y+ ∇t ~Ey − ~Et , (A.29)
− jω µ ∂ y ∂y
ou
2
~ y + ∂ ∇t ~Ey − ∂ ~Et ,
− jω µ( jωε ~Et ) = − jω µ∇t × H (A.30)
∂y ∂ y2
∂2 ~ ~ y + ∂ ∇t ~Ey ,
ω 2 µε ~Et + Et = − jω µ∇t × H (A.31)
∂ y2 ∂y
ou ainda,
∂2 ~
2 ∂
ω µε + 2 Et = ∇t ~Ey − jω µ∇t × H
~ y, (A.32)
∂y ∂y
mas:
∂2
= ky2 , (A.33)
∂ y2
Apêndice A. Demonstração do Método da Linha de Transmissão Transversa - LTT 87
k02 = ω 2 µ0 ε0 , (A.34)
k2 = ω 2 µε, (A.35)
ε
εr = (A.36)
ε0
logo, substituindo A.33 a A.36 em A.32, tem-se:
∂
(k02 εr + ky2 )~Et = ∇t ~Ey − jω µ∇t × H
~ y, (A.37)
∂y
assim,
~Et = 1 ∂ ~ ~
2
∇t Ey − jω µ∇t × Hy . (A.38)
(k0 εr + ky2 ) ∂y
∂
~ t = ∇t × ~Ey + ŷ × 1 ∂
~ y + ŷ × H
~t ,
− jω µ H ∇t × H (A.39)
∂y jωε ∂y
ou
~ t = ∇t × ~Ey + 1 ∂ ∂
~ y + ŷ × H
~t ,
− jω µ H ŷ × ∇t × H (A.40)
jωε ∂ y ∂y
~ t = ∇t × ~Ey + 1 ∂ ∂
~y− H ~t ,
− jω µ H ŷ × ∇t × H (A.41)
jωε ∂ y ∂y
Apêndice A. Demonstração do Método da Linha de Transmissão Transversa - LTT 88
ou
~t + ∂2 ~ ∂ ~
jωε − jω µ H 2
Ht = jωε∇t × ~Ey + ∇t Hy, (A.42)
∂y ∂y
ou
∂2
2
+ ω µε H~ t = jωε∇t × ~Ey + ∂ ∇t H
~ y, (A.43)
∂y2 ∂y
~t = 1 ~ ∂ ~
H 2
jωε∇t × Ey + ∇t Hy . (A.45)
k0 εr + ky2 ∂y
~Et = ~Ex + ~Ez = 1 ∂ ∂ ∂ ~ ∂ ∂ ~
x̂ + ẑ Ey − jω µ x̂ + ẑ × Hy , (A.46)
k02 εr + ky2 ∂ y ∂ x
∂z ∂x ∂z
ou
2 2
~Et = ~Ex + ~Ez = 1 ∂ ~Ey x̂ + ∂ ∂
~Ey ẑ + jω µ − H ∂
~ y ẑ + H ~ y x̂ , (A.47)
k02 εr + ky2 ∂ y∂ x
∂ y∂ z ∂x ∂z
então,
2
~Ex = 1 ∂ ~ ∂ ~
Ey + jω µ Hy , (A.48)
k02 εr + ky2 ∂ y∂ x
∂z
e
2
~Ez = 1 ∂ ∂
~Ey − jω µ H ~y . (A.49)
k02 εr + ky2 ∂ y∂ z
∂x
~t = H
~x +H
~z = 1 ∂ ∂ ∂ ~ y + jωε ∂ ∂
H x̂ + ẑ H x̂ + ẑ × ~Ey , (A.50)
k02 εr + ky2 ∂ y ∂ x
∂z ∂x ∂z
ou
2
∂2 ~
~t = H
~x +H
~z = 1 ∂ ~ ∂ ~ ∂ ~
H Hy x̂ + Hy ẑ + jωε Ey ẑ − Ey x̂ , (A.51)
k02 εr + ky2 ∂ y∂ x
∂ y∂ z ∂x ∂z
então,
2
~x = 1 ∂ ~ ∂ ~
H Hy − jωε Ey , (A.52)
k02 εr + ky2 ∂ y∂ x
∂z
e
2
~z = 1 ∂ ~ ∂ ~
H Hy + jωε Ey . (A.53)
k02 εr + ky2 ∂ y∂ z
∂x
1 ∂
Ẽx = 2 − jαn Ẽy − jω µΓ H̃y ; (A.54)
(γ + k02 εr ) ∂y
1 ∂
Ẽz = 2 −Γ Ẽy − ω µαn H̃y ; (A.55)
(γ + k02 εr ) ∂y
1 ∂
H̃x = 2 − jαn H̃y + jωεΓ Ẽy ; (A.56)
(γ + k02 εr ) ∂y
1 ∂
H̃z = 2 −Γ H̃y + ωεαn Ẽy . (A.57)
(γ + k02 εr ) ∂y
Nas quais:
ky2 = γ 2 , (A.58)
Apêndice A. Demonstração do Método da Linha de Transmissão Transversa - LTT 90
∂
= − jαn , (A.60)
∂x
∂
= −Γ . (A.61)
∂z