SEBENTA
EXAME DE ACESSO 2016
ENGENHARIAS E TECNOLOGIAS
FICHA TÉCNICA
Morada
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Talatona - Luanda - Angola
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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE
TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS - ISPTEC
Sebenta – Engenharias e Tecnologias
PREFÁCIO
Esta sebenta foi elaborada por uma equipa de Professores do Instituto Superior Politécnico de
Tecnologias e Ciências (ISPTEC) de diversas áreas de conhecimento, com o propósito de auxiliar
os candidatos no estudo dos conteúdos específicos avaliados nos Exames de Acesso, realizados
por esta instituição. Os conteúdos aqui descritos são as principais referências para candidatos que
pretendem ingressar no ensino superior pois, abarcam os conhecimentos mínimos necessários
para frequentar os Cursos de Engenharia desta instituição que é caracterizada pelos processos de
ensino e aprendizagem com qualidade e rigor alicerçados na investigação, inovação e extensão
universitária.
Cada disciplina referida aborda, de forma resumida, os conteúdos programáticos do Ensino Médio
de Angola, na área de Ciências Exatas.
Para consolidar esses conteúdos, são apresentados exercícios resolvidos que permitem a
orientação e suporte dos candidatos na resolução de outros exercícios propostos.
Nesta perspectiva, o ISPTEC lança esta sebenta como material com valor acrescentado para
suportar os estudos realizados pelos candidatos na compreensão dos temas abordados no
percurso do ensino médio.
ÍNDICE
1. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 58
MATEMÁTICA ............................................................................................................ 61
7.2.2 Cálculo da Entalpia de Uma Reacção de Forma Indirecta, Recorrendo à Lei de Hess .... 371
O tipo de texto é definido em função da sequência e das características que ele apresenta. Alguns,
por possuírem a mesma estrutura, são distinguidos pela predominância de certos elementos
característicos. Por exemplo, um texto descritivo pode ter alguns momentos de avanço (traços
que marcam o texto narrativo), porém, não é um elemento predominante neste tipo de texto.
Assim, podemos saber, de antemão, que não se trata de um texto narrativo.
Representa factos ou acontecimentos, situados num tempo, que se encadeiam de forma lógica,
desenvolvendo uma acção. Há a predominância dos tempos pretérito perfeito, mais-que-perfeito e
o presente histórico. Assim sendo, a sua estrutura obedece à seguinte sequência lógica:
“Mas à noite, quando a mãe o deitou e levou a luz, aconteceu uma coisa extraordinária. A mãe
dissera-lhe que dormisse, mas ele não tinha sono. E como não tinha sono, cansado de dar
voltas, pôs-se para ali de olhos abertos. Então reparou que de baixo da cama vinha uma luz que
se estendia pelo soalho. A princípio assustou-se, mas antes de se assustar muito e de dar algum
berro lembrou-se do que poderia ser. E, com efeito, quando puxou a caixa, que ficara com a
tampa mal fechada, e a abriu, a estrela brilhava como quando a fora apanhar. Tirou-a devagar e
todo o quarto ficou cheio da sua luz. Esteve assim algum tempo com ela nas mãos até que os
olhos lhe começaram a arder com sono e a guardou outra vez na caixa. Mas no dia seguinte,
assim que acordou, foi logo ver se ainda lá estava. Ela estava lá, realmente. Mas não deitava luz
nenhuma. (…)”
Exemplo
Resposta: Este excerto de texto da autoria de Vergílio Ferreira é narrativo, porque há a presença
de um narrador que narra os factos e das personagens (a mãe, o filho) que agem em
determinado espaço e tempo. Verificam-se vários momentos de avanço pela predominância
de verbos no pretérito perfeito e mais- que-perfeito.
EXERCÍCIO PROPOSTO
1- Leia com atenção os textos que se seguem. Indique, justificando a sua resposta, qual destes
trechos pode constituir um texto narrativo.
Texto A
O amigo veio devagar, desconfiado e medroso, mas, quando viu era ainda a cara do Zeca a
espreitar, quis pôr um riso no meio do choro calado, mas não conseguiu. Desatou mesmo a
chorar com toda a vontade.
- Zito, deixa, não chores. O bilhete está aqui, o nosso bilhete está aqui. Ela não lhe apanhou.
Aquele era outro. Desamarrotando uma bolinha de papel, mostrou no amigo o pequeno bocado
do caderno de uma linha onde, com a letra gorda e torta dele, Zito Mkoa tinha escrito durante a
lição: “ANGOLA É DOS ANGOLANOS”.
José Luandino Vieira, “Zito Makoa, da 4ª Classe”, in Vidas Novas, 3.ª ed.,Ed. 70
Texto B
Com efeito, a construção desta feição estética reside no resgate da riqueza do património
etnográfico e dos valores tradicionais do depósito oral para os ficcionalizar, levando-os à
categoria da fábula, num programa de consolidação dos alicerces da literatura africana em
universo africano.”
Descreve a representação de um objecto, um ser, uma coisa, uma paisagem, pela indicação dos
seus aspectos mais característicos, dos pormenores que o individualizam e o distinguem.
Por isso, é possível sempre distinguir um texto descritivo de um texto narrativo e, na mesma
medida, produzi-los. Podemos mesmo encontrar traços semelhantes em determinados textos,
porém, a predominância das suas características vão possibilitar distingui-los e assim caracterizá-
los de acordo com a sua tipologia.
A árvore era grande, com tronco grosso e galhos longos”. Era cheia de cores, pois tinha o
marrom, o verde, o vermelho das flores e até um ninho de passarinhos. O rio espesso com suas
águas barrentas deslizava lento por entre pedras polidas pelos ventos e gastas pelo tempo.
In http://www.Adalidzeballoswordpresscomtextos-narrativos-descritivos
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Exercício proposto
A:
Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os governos, porque não
sabem, porque não podem, ou porque não querem. Ou porque não lho permitem aquelas que
efectivamente governam o mundo, as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder,
absolutamente não democrático, reduziu a quase nada o que ainda restava do ideal da
democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Pensamos
que nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes
correspondem e que não é de esperar que os governos façam nos próximos 50 anos o que
não fizeram nestes que comemoramos. Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra.
Com a mesma veemência com que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever
dos nossos deveres. Talvez o mundo possa tornar-se um pouco melhor.”
B:
“Na tasca, homens e mulheres esvaziavam copázios, de topias, ou, portuguesmente,
graçolas, esquentavam o ambiente. Fora, em maior tempestade, estalavam as
gargalhadas, os chamamentos, os rufos afinatórios, toda uma barulheira dos mais
variados sons. E só depois de uma boa meia hora, outra vez se organizavam, outra vez
tomavam sua fantástica marcha.”
O texto apelativo, injuntivo ou instrucional, conforme o seu teor, é assim designado em função da
sua intenção comunicativa. O seu conteúdo permite-nos identificar a sua intenção,
caracterizando-se pela presença de instruções ou orientações, dever moral ou de cumprimento
obrigatório, apelo ou advertência. Usa a função apelativa da linguagem, pelo uso predominante
dos verbos no modo imperativo.
Não perca mais tempo, venha conhecer o que temos pra lhe oferecer!
Exemplo
Resposta: O texto acima reproduzido é apelativo, dado recorrer à função apelativa da linguagem,
sustentada pelos verbos no imperativo. Tem a intenção de influenciar o comportamento do
consumidor, procurando motivar o receptor a consumir o produto publicitado.
Bolo de amêndoa
Preparação:
2-Com a batedeira, bater bem a manteiga com o açúcar até ficar um creme
esbranquiçado. De seguida, junte os ovos um a um, batendo bem.
3-Junte a farinha peneirada com o fermento e a canela, aos poucos, batendo para
uniformizar. Não é preciso bater demasiado.
4-Com uma colher de pau, envolva na massa os 100gr de amêndoa laminada restante.
In http://www.receitasavolili.com/sept/2014
Exemplo
Resposta: O presente texto é também apelativo pois usa a função apelativa da linguagem, com
os verbos no modo imperativo. Todavia a sua intenção é dar instruções de como fazer um bolo,
isto é, as etapas necessárias para a sua preparação.
A:
ASPIRINA-POSOLOGIA:
• Para reduzir o risco de primeiro infarto do miocárdio em pessoas com fatores de risco
cardiovasculares, p.ex. diabetes mellitus, hiperlipidemia, hipertensão, obesidade, tabagismo,
idade avançada, tome 100 mg por dia ou 300 mg em dias alternados.
In http://www.medicinanet.com.br/sep/2014
B:
O iogurte é um alimento de grande valor nutricional, pelo que há muito tempo é recomendado
como “fonte de saúde”.
O cálcio (sal mineral) é um nutriente que está presente em grande quantidade no leite. Sendo o
iogurte um derivado do leite, este alimento é também rico em cálcio.
O organismo humeno assimila mais rapidamente o cálcio do iogurte do que o do leite, razão por
que se poderá dizer que o iogurte é um elemento indispensável ao crescimento e à estabilidade
óssea.
Os textos preditivos informam sobre algo que ainda irá acontecer, antecipando ou prevendo
eventos futuros. Caracteriza-se normalmente pela presença de verbos no futuro ou no presente
com valor de futuro. São exemplos deste tipo de texto o boletim meteorológico, o horóscopo, o
itinerário ou outro que obedeça a estas características.
Relatório diz que planeta está a ficar sem recursos que garantam alimentos
A população mundial parece preparada para crescer dos sete mil milhões de hoje para quase
nove mil milhões até 2040 e o número de consumidores de classe média irão aumentar em três
mil milhões nos próximos 20 anos. No entanto, o planeta parece estar a ficar sem recursos (…)
Tendo em conta os recursos atuais, prevê-se que em 2030 sejam necessários mais 50 por cento
de comida, mais 45 de energia e mais 30 de água para abastecer o total da população mundial.
A ONU está há muito empenhada em promover o desenvolvimento sustentável (…)
O objetivo é simples: evitar que três mil milhões de pessoas sejam levadas à pobreza, à fome.
(…) para alcançar a sustentabilidade, é "necessária uma transformação na economia global". O
relatório faz 56 recomendações e propostas concretas, para evitar que, dentro de 30 anos, parte
de nós estejam a passar fome.
Resposta: O texto acima reproduzido é preditivo pelo facto de nele se constatar a previsão do
facto de faltar “50% de comida em 2030”. Pode-se também verificar a predominância de verbos e
complexos verbais no futuro do indicativo e no presente com valor de futuro. Há também o
recurso a expressões temporais que remetem para uma dimensão posterior à da produção do
texto.
A:
Os seus projectos de trabalho e planos de carreira darão um novo salto e uma nova parceria
poderá ser concretizada nos próximos dias. O momento é óptimo para iniciar uma sociedade
comercial, que, certamente, lhe poderá trazer muitos ganhos financeiros. Fique atento às
oportunidades.
B:
A eliminação da poliomielite em Angola pode ser anunciada em Dezembro, disse ontem à Angop
o ministro da Saúde.
José Van-Dúnem recordou que há quatro anos que não se registam casos de poliomielite em
Angola, pelo que há condições para anunciar o fim da doença no país, como exige a
Organização Mundial da Saúde.
O ministro referiu que, apesar desta situação, não se devem cruzar os braços, antes reforçar as
acções.
José Van-Dúnem sublinhou que “a poliomielite é uma doença passível de erradicação, que tem
vindo a ser progressivamente eliminada em várias regiões do mundo” e que “chegou a vez de
Angola”.
Este tipo de texto dissertativo, também designado didáctico, caracteriza-se pela transmissão de
informações especializadas mediante uma apresentação objectiva dos dados. Visa expor e
explicitar um determinado fenómeno, facto ou uma determinada matéria estudada, inerente aos
mais variados ramos do saber existentes. Utiliza a função referencial da linguagem, abordando os
factos de forma elucidativa e objectiva, baseando-se nos dados pesquisados ou estudados.
Os textos explicativos abordam uma determinada temática, e, por norma, fornecem as respostas
a várias questões que eventualmente poderiam ser colocadas.
Exemplo: “Porque voam os aviões”? - Encontraríamos esta abordagem num tratado sobre
aerodinâmica. “Como dar solução a uma incógnita?” - A bordar-se-ia este assunto na Matemática,
especificamente no tratado sobre equações.
A:
O panda gigante ou urso panda é um mamífero carnívoro. O focinho curto lembrando um urso de
pelúcia, a pelagem preta e branca característica. O seu ar pacífico tornam-no um dos animais
mais queridos pela humanidade. É extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a
não ser quando está extremamente irritado.
O panda gigante é um mamífero que come bambu (folhas). A pelagem é grossa e lanosa para
suportar as baixas temperaturas no ambiente subalpino em que vive. As manchas oculares,
membros, orelhas e uma faixa que atravessa os ombros são negras. O restante do corpo é
branco, mas pode se tornar "encardido" com a idade.
Apesar de pertencer à ordem dos carnívoros, ele gosta de comer outras coisas. Alimenta-se quase
que exclusivamente de cerca de 30 espécies de bambu (99% de sua dieta). Sabe-se que o panda
também utiliza insectos e ovos como fonte de proteína e, por vezes, também roedores. Ainda que
o bambu seja rico em água, o panda bebe frequentemente água de riachos ou neve derretida.
Exemplo
Resposta: O presente texto é dissertativo-expositivo, pois faz uma apresentação objectiva dos
dados, explicitando o fenómeno observado, neste caso concreto, o habitat dos pandas gigantes.
Usa a função referencial da linguagem, abordando o fenómeno de forma elucidativa,
preocupando-se apenas com a transmissão de informações detalhadas ligadas ao fenómeno
estudado.
EXERCÍCIO PROPOSTO.
A:
Canários Gloster
“Ao contrário de outras antigas espécies de canários cuja origem é motivo de muita
especulação, a origem dos Glosters está muito bem documentada. O desenvolvimento desta
espécie é relativamente recente, data de 1925. O nome de Mrs. Rogerson de Cheltenham em
Gloucestershire ficará para sempre associado à criação e desenvolvimento desta raça. Mrs.
Rogerson foi a primeira criadora a expor este pequeno espécime, com poupa, numa exposição
em 1925 no Crystal Palace em Inglaterra. Na altura, este exemplar foi analisado pelos juízes
que consideraram que o pássaro em causa apresentava diferenças face ao standard actual dos
pássaros de poupa e que tinha potencial para evoluir como uma raça distinta. “
B:
“Era um vidrinho, aquela Vanessa. De cabelos loirinhos e magrinha, cara de enjoada, passou
o ano a inventar mentiras, a fazer queixinhas, a chorar a meio dos testes por não saber uma
pergunta, sempre com muitas dores de cabeça… Não comia na cantina porque a comida fazia-
lhe mal… A Vanessa era muito boa aluna, tocava piano, fazia poemas, tinha explicações de
inglês.”
Tese - Ponto de vista ou crença à qual o argumentador deve fazer aderir o leitor;
Premissa - conjunto de factos, pontos de vista prévios à argumentação e aceites por
todos. É uma proposição verídica de um facto ou de uma matéria;
Argumentos - razões apresentadas a favor ou contra a tese e que podem servir para a
confirmar ou refutara;
Conclusão - desfecho ou desenlace; a síntese dos argumentos apresentados em que se dá
a consolidação da tese apresentada.
TESE: A maioria das inovações que as fritadeiras apresentam não tem qualquer utilidade.
Além disso, o dispositivo de controlo da qualidade do óleo reage muito tarde. O aviso de que é
necessário substituir o óleo é feito quando este há muito que está impróprio para consumo. Por
outro lado, a superfície anti-aderente, concebida para ser uma ajuda na limpeza, é difícil de
limpar.
CONCLUSÃO: Portanto, a publicidade que se faz em torno da eficácia das mesmas é uma farsa
e os cidadãos não deveriam acreditar nela.
EXERCÍCIO PROPOSTO
A:
“Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os governos, porque não
sabem, porque não podem, ou porque não querem. Ou porque não lho permitem aquelas que
efectivamente governam o mundo, as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder,
absolutamente não democrático, reduziu a quase nada o que ainda restava do ideal da
democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Pensamos que
nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem e
que não é de esperar que os governos façam nos próximos 50 anos o que não fizeram nestes que
comemoramos. Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra. Com a mesma veemência com
que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo
possa tornar-se um pouco melhor.”
B:
Faz hoje nove anos desde a inédita qualificação para o Mundial de futebol
Luanda - Completa-se hoje (quarta-feira) nove anos desde a qualificação inédita de Angola para
uma fase final do Campeonato do Mundo de Futebol, Edição Alemanha'2006, graças a um golo
do então "capitão" da selecção nacional, Alcebíades Maieco "Akwá", na vitória sobre o Ruanda,
em Kigali.(…) O golo da qualificação foi apontado por Akwá, actualmente líder de um projecto
de massificação desportiva denominado “Candengue habilidoso”. Já o passe para tal foi de Zé
Kalanga, ao serviço do FC Bravos do Maquis, 5º classificado do Girabola2014.
In http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/desporto.acesso 08/10/2014
O texto poético (lírico) caracteriza-se pela carga estética das palavras.Preocupa-se com o estilo e
a forma, tendo como intenção comunicativa exaltar o belo com recurso ao uso das funções poética
e emotiva da linguagem.Apresenta predomínio da conotação e encontra-se organizado em verso.
De referir que também existem textos poéticos desenvolvidos sob a forma de prosa. Os versos, as
estrofes e as rimas compõem a mancha gráfica do texto poético, onde os poetas gravam o cunho
do seu estilo pela utilização dos diversos recursos estilísticos para transmitir emoções e
sentimentos de alegria, tristeza, dor, etc. Um texto poético pode fazer referência a vários temas:
o amor, a natureza, a vida, o destino, entre outros, cabendo ao leitor descodificar ou identificar
estes temas e inclusivamente o assunto.
Exemplo
Resposta: O presente texto é poético, pois, pela sua mancha gráfica, apresenta-se em estrofes e
as estrofes em versos, com presença de rimas e várias figuras de estilo; a linguagem é
conotativa; recorre a várias figuras de estilo, como a metáfora: “mas foi em ti que sepultei/as
minhas saudades”; repetição: “terra do meu berço”, “terra do meu ventre”. O seu teor é
marcadamente lírico, exaltando o sentimento de amor à terra – Angola - fazendo jus às funções
poética e emotiva da linguagem.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
A:
B:
A notícia é um texto informativo curto, que se caracteriza pelo relato de factos verdadeiros, de
forma objectiva e impessoal. O acontecimento a ser relatado deve ser real (não fictício), actual e
de interesse geral.
Relativamente à sua estrutura, a notícia deve ser constituída por três elementos chave: o título, o
lead e o corpo.
1. Título: tem por objectivo cativar o leitor de modo a criar interesse pela leitura da notícia.
Deve ser apresentado em tamanho maior que o antetítulo e o subtítulo:
a) Antetítulo (deve surgir sempre antes do título e em tamanho menor que o título);
b) Subtítulo (deve surgir sempre depois do título e em tamanho menor que o título).
A linguagem da notícia deve ser simples, clara e objectiva, não usando o sentido figurado das
palavras, mas sim o denotativo. Deve ser de interpretação unívoca, terum só plano de leitura, não
podendopossibilitarvárias interpretações.Por outro lado, deve usarusar frases curtas, evitando os
adjectivos ou expressões adverbiais expressivas com vista à emissão de qualquer juízo de valor.
Dever-se-áusar sempre o nível de língua corrente.
Angola e a União Europeia definiram ontem, em Luanda, novas estratégias para os próximos
programas de financiamento no sector das Águas, que terão início em 2016. O responsável de
Imprensa e Informação da Delegação da União Europeia em Angola, Pablo Mazarrasa, afirmou
que está actualmente em negociação o programa de cooperação com Angola que vai de 2014
até 2020. O financiamento disponibilizado pela UE para Angola superou os 200 milhões de
euros.
In Jornal de Angola,7.10.2014
Exemplo
Resposta: O presente texto é uma notícia pelo facto de apresentar um relato sobre um facto de
interesse geral e actual. É constituído pelo título (Peritos fizeram…); lead ou parágrafo guia
(contendo as respostas às questões: quem?, o quê?, quando?, onde?) e o corpo da notícia,
respondendo às questões (porquê? e como?).
EXERCÍCIO PROPOSTO
A:
Uma canção de Filipe Mukenga, sobre a saga dos embarcadiços, diz que “chegar é
alegria e partir é tristeza”. Isso confirmo eu, que regressei à minha paixão pelas
estradas nacionais.
De carro, fui a Malanje, ao Bié e Huambo. Percorri esses caminhos e terras por onde todos,
indistintamente, nos cruzamos e nos olhamos e que são, afinal, o símbolo de um grande
abraço que nos junta nesta nossa aldeia global.
A estrada nacional não dorme, mas bom mesmo é partir de viagem ao amanhecer e
regressar ao pôr-do-sol. Por todo o trajecto, começamos a ver as fazendas que crescem
como cogumelos. A produção agrícola nacional encontrou finalmente o seu rumo e está
agora em pleno desenvolvimento.
José Ribeiro, in Jornal de Angola, 1.11.2015 (excerto)
B:
A partir do próximo ano, os três ramos das Forças Armadas Angolanas (Exército, Força
Aérea e Marinha de Guerra) vão beneficiar de equipamentos mais modernos e concordantes
com os actuais desafios, no âmbito da reedificação em curso, anunciou o chefe do Estado-
Maior General das FAA em entrevista ao Jornal de Angola…
Tabela 1 – Resumo
2.1 O Narrador
O narrador é mencionado como sendo o sujeito de enunciação, proposto pelo autor da obra. É um
ser ficcional que existe somente na narrativa para narrar os factos e não deve ser confundido com
o autor, mesmo quando as duas posições se aproximam. O autor é um ser real; já o narrador é
um ser fictício, criado pelo autor.
A posição do narrador no interior da narrativa varia de acordo com a forma como a sua presença
se faz sentir, por isso, quanto à presença, o narrador pode ser:
Omnisciente - quando sabe e conhece tudo sobre as personagens, quer a nível interior, quer a
nível exterior, assim como os eventos passados e futuros, estando ao corrente dos
comportamentos, sentimentos, temperamento e pensamentos dessas mesmas personagens.
2.2 As Personagens
As personagens são agentes da narrativa em torno das quais gira a acção e podem distinguir-se
quanto ao relevo ou papel:
Espaço ou Ambiente físico: é o local ou espaço real no qual decorre a acção que serve
de cenário à mobilidade das personagens.
Ambiente social ou espaço social: é o meio em que vivem as personagens, a sua
situação social, económica ou os valores culturais, as tradições e os costumes.
Ambiente psicológico: é o espaço interior da personagem que abrange os seus
pensamentos, os seus sentimentos, emoções, sensações e as suas vivências.
O narrador pode escolher narrar os acontecimentos por ordem linear e, quando tal acontece,
teremos uma isocronia.
O narrador pode ainda escolher narrar os acontecimentos com a alteração da ordem temporal
tendo-se assim uma anisocromia. Pode recorrer à analepse (recuo a acontecimentos passados)
ou à prolepse, (antecipação de acontecimentos futuros).
Quanto à sua organização, as sequências narrativas e/ou das acções podem estar articuladas por:
- Mas, pai, como é que vou saber se nunca ninguém me ensinou e nunca sequer tive
uma? - retorquiu o filho, para a admiração do pai.
EXERCÍCIOS:
Resposta: No presente trecho, o narrador é não presente ou não participante, isto é, não
participa da história, é um mero observador, porque só narra o que vê e observa, por isso, quanto
à presença, é considerado heterodiegético. Quanto à ciência, neste trecho, o narrador é não
omnisciente, pois não penetra no interior das personagens, não sabe de tudo, sabe apenas o que
vê, observa e ouve e tudo quanto sabe das personagens e da narrativa se resume a isso. Como
podemos constatar no texto, não há expressões ou frases que o narrador tenha utilizado e
denotem omnisciência. (“O pai olhou atenciosamente para o filho e indagou…”; “Retorquiu o filho
para a admiração do pai.”). Estas são as frases do narrador e nelas não há marcas de
omnisciência; apenas o que se vê, se observa e se ouve.
Chegara a casa cansado e pediu um banco para se sentar. Meu irmão mais velho correu
imediatamente para dentro, pegou na primeira cadeira que viu, pois já conhecia os maus hábitos
do velhote:
Era assim, sempre que chegasse do serviço. Sem palavras ficava meu irmão, guardando tudo no
seu coração, pensando numa maneira de um dia livrar-se dos maus tratos.
- Não fiques triste por mim, já sou homem, vês que não tenho a tua idade, agora vai
brincar. - disse-me ele, pensando sempre no que devia fazer para um dia sair daquela
situação.
Resposta: Neste trecho, quanto à presença, o narrador é homodiegético, pois narra os factos e,
concomitantemente, participa da narrativa, mas não é o protagonista como podemos ver pelas
marcas de 1ª pessoa (“meu irmão” , “perguntei”) que o confirmam. Quanto à ciência, o narrador
é omnisciente, pois penetra no interior das personagens, sabe de tudo sobre as personagens: os
seus actos, os seus pensamentos (“...guardando tudo no seu coração, pensando numa maneira de
um dia livrar-se dos maus tratos.”).
Acordei às 5:00 horas da manhã, pus-me a correr no bosque ainda escuro de nevoeiro e húmido
de orvalho. O ar apresentava-se puro e fresco. Era o que mais gostava de sentir pela manhã e
ganhar o dia sem stress. Era rotina, pois já não me sentia bem se o não fizesse.
Resposta: Neste trecho, o narrador é autodiegético, pois narra a história na primeira pessoa.
“Eu” e o mesmo é o protagonista da narrativa, vislumbrando-se o carácter autobiográfico da
narrativa que se nos afigura.
1 - Nos seguintes excertos de textos de diferentes autores, classifique o narrador quanto à ciência
e presença e as personagens quanto ao relevo ou papel que desempenham.
TEXTO A
(…) Baixei-me para molhar uma das mãos. A temperatura baixava e já não estava tão
prazenteira para a poder utilizar. Começava a esfriar e com ela a tarde caía a pique com o sol a
pôr-se no horizonte e uma série de imaginações passaram pela minha cabeça...
TEXTO B
(…) Alvim desembrulhou o papel que envolvia o estranho objecto e pousou-o nas mãos de
Xavier. Enquanto o camionista mirava aquele pau direito com curva numa das pontas,
encerrando tanta nobreza que vinha de geração em gerações, Alvim tilintou duas “cucas” na
grade de cerveja que guardava debaixo da cama. Abriu-as e estendeu uma a Xavier, que
gargarejou meia cerveja, limpou a boca com as costas da mão esquerda e, como quem confessa,
asseverou:
__ Desculpe, mas essa história de sangue azul não me entra! Essa gente tem cabelo loiro, olhos
azuis. Você nem sequer foi a Lisboa!...
TEXTO C
Minha filha tem um adormecer custoso. Ninguém sabe os medos que o sono acorda nela. (…) ela
me pede mais:
- E depois?
O que Rita quer é que o mundo inteiro seja adormecido. E ela sempre argumenta um sonho de
encontro ao sono: quer ser lua. A menina quer luarejar…
O homem, enquanto ser social, sente a necessidade de comunicar, isto é, de estabelecer relações
com o mundo em que vive. Assim, em função da intenção comunicativa, o emissor passa uma
mensagem cujo teor ostenta uma função: informar, apelar etc. Este valor funcional que a
mensagem possui é que se vai designar de função da linguagem.
Caracteriza-se pela predominância do aspecto informativo, está presente sempre que o emissor se
limita a informar, transmite uma informação objectiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados
concretos, factos e circunstâncias. Usa a 3ª pessoa e frases do tipo declarativo. São exemplos
notáveis de textos com função informativa as notícias de jornal, reportagem, artigo.
“Vários bairros da capital de Luanda vão ter o abastecimento de água restringido, a partir das
8:00 do dia 30 deste mês até ao dia 2 de outubro, devido a obras de reabilitação da Estação de
Tratamento de Água de Kifangondo. Em comunicado, a EPAL alerta os consumidores a fazerem
reservas de água para não viverem grandes dificuldades”.
Nesta função de linguagem, o emissor exprime directamente uma emoção que tende a reflectir-se
naquele a quem se dirige. A entoação reveste-se de particular importância na função emotiva da
linguagem, pois apresenta a expressão de uma carga afectiva: alegria, irritação, entusiasmo,
surpresa, dor… Um dos indicadores da presença da função emotiva num texto é a presença de
interjeições, expressões adjetivais, e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto
de exclamação. Usa frases do tipo exclamativo.
“Oh, meu companheiro, minha vizinha aflita, meu amor de terra e água, quase que estais
encolhidos ao frio e à neve, como personagens duma fatalidade tradicional, levantai-vos e
dirigi alegremente ao crepúsculo a vossa saudação fraternal (…) Mas o natal dos lagos,
senhores? Um espanto! Que lume ao hino mais insondável da criação!”
Antunes da Silva, Uma Pinga de Chuva
O emissor utiliza a linguagem para influenciar o receptor, com a intenção de o convencer de algo
ou dar-lhe ordens, visa mexer com a atitude, e opinião do receptor. Usa os verbos no modo
imperativo, frases do tipo imperativo. Está presente com frequência na linguagem usada nos
discursos, propagandas e sermões.
Exemplo:
Está presente sempre que o emissor quer estabelecer a comunicação ou verificar se o contacto
entre ele e o receptor se mantém. Há fórmulas que se usam com esta finalidade; as mesmas
podem ser:
De saudação
De interpelação
De agradecimento
De despedida
Exemplo:
Exemplo:
“As palavras saíam–lhe da boca altas e frondosas como as árvores, e o vento que soprava
levava as palavras consigo e deixava-as cair nas letras férteis onde se multiplicavam e
cresciam. Eram essas palavras sonoras, pesadas e sumarentas como as laranjas escolhidas, e
nelas se comparavam as virtudes às flores, e o vício à lepra, e a vida inteira ao caudaloso rio
que flui, estreito e efémero, tropeçando nas pedras e nos limos.”
António Gedeão, Poemas Póstumos
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica o código usando o
próprio código, isto é o emissor usa a língua para explicar a própria língua. São exemplo de textos
Exemplo:
Significado de Lâmpada
Observação: Num mesmo texto, podem surgir várias funções da linguagem. Todavia, a
classificação da linguagem a ser dada ao texto deverá ser aquela que maior predomínio tiver. Isto
é, a linguagem predominante no texto dá a classificação ao mesmo.
Exercícios.
A:
B:
C:
CAPÍTULO 4 - ORTOGRAFIA
República, Lâmpada
Como vemos nos exemplos acima, cada palavra tem uma sílaba tónica, aquela que se pronuncia
com maior intensidade de voz; e é sempre a vogal da sílaba tónica que deve ser acentuada
graficamente. Porém, para colocarmos os acentos nas palavras devemos obedecer sempre à regra
da acentuação gráfica das palavras sem a qual não é possível acentuarmos as palavras sob pena
de se cometer erros crassos. Ei-las abaixo.
Também são acentuadas as agudas terminadas em “em” ou “ens” com mais de uma sílaba.
Ex.: Armazém, parabéns.
São acentuadas graficamente todas as palavras graves nas condições indicadas no quadro.
l fácil
n pólen
r cadáver
X tórax
Us vírus
I, is júri, lápis
ps bíceps
EXERCÍCIOS
Pes, heroi, por, da-mos, para, demos, impar, computo, hifen, virus, idolatra, publico, habito,
torax, tunel, influimos, fluidos.
Fabrica fabrica
Pratico pratico
Assedio assedio
Continuo continuo
Trafico trafico
Anuncio anuncio
Noticia noticia
Policia policia
CAPÍTULO 5 - LEXICOLOGIA
PROCESSOS EXEMPLOS
mente (sufixo)
In(prefixo)
(em)pobre(cer) *empobre
Parassíntese *pobrecer
século séc.
2. Seleccione a alínea que contém a palavra formada pelo mesmo processo que
“anoitecer”.
a. Inutilmente, b. Facilitismo, c. Prever, d. Pernoitar, e. Casebre.
4. Sublinhe, nas frases seguintes, os nomes que, na maior parte das vezes, são
adjectivos.
a. Os fracos não sobrevivem, só os fortes se salvaram.
b. Com as fortes chuvadas, este ano as colheitas foram fracas.
As palavras podem estabelecer uma relação quanto à ortografia (grafia, escrita) à fonia (som,
pronúncia) e ao sentido (significado). Tendo em conta estas relações, as palavras são classificadas
em: homónimas, homófonas, homógrafas e parónimas.
Exemplo 2: Sem/cem
Palavras parónimas- São muito parecidas, (não iguais) quer na pronúncia quer na escrita às
vezes verifica-se uma certa confusão. Exemplos:
Percursor/ precursor;
Rectificar/ratificar;
Perfeito/prefeito.
Exemplo 1: alto-baixo
Exemplo 2: Amor-ódio
Hiperónimos são palavras que contêm em si um sentido mais geral. Os hipónimos são palavras
com sentido mais restrito em relação aos hiperónimos.
EXERCÍCIOS
b. Mandei fazer um ramo com rosas, cravos e orquídeas. São estas as minhas
__________________ preferidas.
c. O álcool e o tabaco são __________________ a evitar.
Denotação e conotação são conceitos que dizem respeito ao sentido das palavras. Atente nas
diferenças assinaladsa na tabela a seguir.
Denotação Conotação
Exemplos:
a. A Ana é negra.
b. A Ana tem uma vida negra.
Na primeira frase (a) a palavra negra refere-se à cor da pele (escura) e tem sentido
denotativo, ou seja, sentido próprio.Na segunda frase (b) significa uma vida cheia de
dificuldades e tem sentido conotativo, isto é, sentido figurado.
CAPÍTULO 6 - OS VERBOS
Designa-se tempo verbal “a noção semântica utilizada para situar e ordenar os eventos expressos
nas línguas…” (In infopedia http://www.infopedia.pt/ Acesso 24 de Outubro de 2014.)
Existem três tempos básicos: presente, pretérito e futuro a partir dos quais se formam todos os
outros tempos, como veremos no quadro dos tempos e modos verbais.
Considera-se modo verbal “o dispositivo linguístico privilegiado para exprimir a modalidade (em
sentido lato, a modalidade é a atitude do falante perante a validade do conteúdo proposicional do
seu enunciado e define-se basicamente em duas possibilidades: realidade e irrealidade) (in
infopediaptpt http://www.infopedia.pt/ Acesso 24 de Outubro de 2014.)
Os verbos transitivos são assim designados porque precisam sempre de um complemento, sob
pena de ficarem com o sentido incompleto. Ex.: Ele cortou…....
Vemos que no exemplo ele cortou, o verbo precisa de um complemento para lhe completar o
sentido. Assim, sabemos que este verbo é transitivo, pois precisa sempre de um complemento
para lhe completar o sentido.
Os verbos transitivos directos são aqueles que pedem ou precisam de um complemento directo
para lhes completar o sentido.
Obs: Normalmente, fazemos as perguntas “quem” ou o “quê “ ao verbo para sabermos se o verbo
é transitivo directo. Para o caso do exemplo acima, a pergunta que se fez ao verbo foi: quem
viste? Seguidamente, obtivemos a resposta: O pedro. Logo, afirmamos que o verbo é transitivo
directo, dada a compatibilidade entre a pergunta e a resposta.
Os verbos transitivos indirectos são aqueles que precisam de um complemento indirecto para lhes
completar o sentido.
Vemos nos exemplos que os verbos chorar e chegar não precisam de complemento para obterem
sentido, em si só já encerram um sentido completo. Todavia, podemos usar um complemento
circunstancial, o único que se pode usar. Ex.: A Marta chorou muito. O Pires chegou ontem.
Nota:
É importante conhecer a transitividade do verbo, pois, se assim não acontecer o falante poderá
construir enunciados de forma intuitiva, sem coesão nem coerência, atropelando as regras que
regem o funcionamento da língua até cair no desvio da informação; isto é, dizer o que não quis
dizer e muitas vezes ser mal compreendido.
Designa-se conjugação pronominal reflexa aquela que se realiza com um pronome reflexo. Os
pronomes podem ser: me, te, se, nos, vos, se. Nesta conjugação, a acção do sujeito recai sobre si
próprio.
LAVAR-SE VESTIR-SE
Lavo-me Visto-me
Lavas-te Vestes-te
Lava-se Veste-se
Lavamo-nos Vestimo-nos
Lavais-vos Vestis-vos
Lavam-se Vestem-se
EXERCÍCIOS
Em primeiro lugar, devemos saber que estes pronomes pessoais de complemento directo
substituem sempre um nome ou núcleo nominal com a mesma função sintáctica, por forma a
evitar a repetição do nome já mencionado.
Por exemplo, ao dizermos a frase “O João comeu o bolo” temo-la com os nomes todos, todavia, se
desejarmos repetir a mesma frase evitaremos a repetição dos nomes já mencionados, passando a
ser substituídos pelos respectivos pronomes assim teremos a frase repetida: Ele comeu-o. Isto é o
que se designa de conjugação pronominal com os pronomes o, a, os, as. É conjugar um verbo
com esses pronomes, porém não se esquecendo de obedecer as seguintes regras:
Se o verbo terminar em (r, z, s) perdem estas letras, substituindo-as pela letra “l “ que se
vai juntar aos pronomes o, a, os, as, obtendo-se assim as formas lo, la, los, las.
Exemplo: Ele faz o trabalho = Ele fá-lo.
Acabamos de ver no exemplo acima que a letra z da flexão verbal “faz” foi eliminada, dando lugar
à letra “l” que se juntou ao pronome “o” obtendo-se a forma-lo.
Se o verbo terminar em “m” ou ditongo nasal o pronome toma as formas no, na, nos, nas.
Exemplo: Eles fazem o trabalho = Eles fazem-no.
Acabamos de ver no exemplo acima que a flexão verbal fazem terminando em “m” exigiu à forma
no, sem no entanto eliminar nada.
Eu como-o
Tu come-lo
Ele come-o
Nós comemo-lo
Vós comei-lo
Eles comem-no
EXERCÍCIOS
Conjugue agora os seguintes verbos com pronomes o, a, os, as, tal como no exemplo
acima.
Fazer a tarefa, trazer o carro, levar os livros comprar a casa, vender o carro, estudar a matéria.
A voz passiva é formada com o verbo auxiliar ser no tempo e modo que se quer conjugar mais o
particípio passado do verbo principal.
Para passarmos uma frase activa para passiva devemos obedecer ao seguinte critério:
O complemento directo da frase activa passa a ser o sujeito da frase passiva, seguindo-se o verbo
auxiliar “ser” que é o verbo auxiliar por excelência para a formação da passiva, mais o particípio
passado do verbo principal da frase activa, seguindo-se finalmente o sujeito da frase activa que
passará a ser o agente da passiva, precedido pela preposição “por”. Em suma, teremos a seguinte
estrutura sintetizada.
Exemplo:
EXERCÍCIOS:
O discurso directo transmite as palavras tal qual foram ditas. O narrador coloca as personagens a
falar, sendo essas falas assinaladas por travessão.
Exemplo:
O discurso indirecto, contrariamente ao que se disse sobre o outro discurso, não transmite as
falas tal qual foram ditas. O narrador inclui essas falas no seu próprio discurso, pela construção de
orações subordinadas completivas.
O discurso indirecto é introduzido por verbos introdutores do discurso, estes podem ser:
Cada verbo introdutor do discurso denota o valor intrínseco a cada enunciado, isto é, a escolha do
verbo introdutor depende, em primeiro lugar, da análise do enunciado, ou seja, deverá saber,
antes de tudo, se o enunciado denota uma afirmação, uma pergunta, uma ordem, etc. e, em
função disso, usar o verbo adequado ao enunciado.
Após o verbo introdutor do discurso, os dois pontos, o travessão e as aspas que são marcas
próprias do discurso directo desaparecem e são substituídos pelas conjunções integrantes ou
completivas “que” e “se”, dependendo do tipo do enunciado.
Assim, se tivéssemos de passar para o discurso indirecto o diálogo apresentado acima no discurso
directo teríamos:
Pedro, cansado da viagem, chegou à casa de Marcos e questionou se estava alguém em casa.
Replicando à indagação, Marcos exclamou que era bom vê-lo por lá; a seu turno, Pedro elogiou
Marcos dizendo que estava gordo e questionou o que andava a comer.
Acabamos de ver que as falas das personagens no discurso indirecto sofreram alterações e já não
estão tal qual foram ditas, elas foram incorporadas no discurso do narrador, observando-se várias
alterações a nível dos tempos verbais, dos pronomes até dos advérbios. Assim, dizemos que
estamos diante do discurso indirecto.
- Ó Pedro, traz-me o livro amanhã! Ele ordenou ao Pedro que lhe trouxesse o livro no
dia seguinte.
EXERCÍCIOS:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. BAPTISTA, Vera Saraiva e Elisa Costa PINTO, 1996. Plural. Lisboa: Lisboa editora.
3. COELHO, Luísa, 2010. Puxando pela Língua - Coletânea de textos Literários angolanos e
brasileiros. Belo Horizonte: Maza edições.
4. CUNHA, Celso e Lindley CINTRA, 1999. Nova Gramática do português Contemporâneo. Lisboa:
Sá da Costa.
7. GOMES, Álvaro, 2008. Gramática Pedagógica e cultural da Língua Portuguesa. Porto: Porto
Editora.ISBN 978-972-8895-17-4
8. PINTO, José Manuel de Castro, 2011. Gramática do Português Moderno. Lisboa: Plátano.
9. MAGALHÃES, Olga e Fernanda COSTA, 2005. Língua Portuguesa 10ª Classe. Ministério da
Educação-Angola.Porto: Porto Editora.
10. MAGALHÃES, Olga e Fernanda COSTA, 2005. Língua Portuguesa 11ª Classe. Ministério da
Educação-Angola.Porto: Porto Editora.
11. MAGALHÃES, Olga e Fernanda COSTA, 2005. Língua Portuguesa 12ª Classe. Ministério da
Educação-Angola.Porto: Porto Editora.
12. MATEUS, M.H.M., et al., 2003. Gramática da Língua Portuguesa. 2ª ed. Lisboa: Caminho.
13. MIGUEL, Maria Helena e Maria Antónia ALVES, 2008. Convergências-Manual universitário de
Português. Angola.
14. MÓIA, Telmo e João PERES, 1995. Áreas Críticas da Língua Portuguesa. Lisboa: Caminho.
15. NASCIMENTO, Zacarias e José Manuel PINTO, 2006. A Dinâmica da Escrita - Como escrever
com êxito. Lisboa: Plátano.
16. RAPOSO, Eduardo Buzaglo Paiva, et al, 2013. Gramática do Português. Vol. I, II. Lisboa:
Fundação Gulbenkian.
17. REI, José Esteves, 1996. Curso de Redacção I - A Frase. Porto: Porto Editora.
18. TAVARES, António e Jorge MORANGUINHO, 2008. Prontuário de Verbos com Preposições.
Lisboa: Plátano.
19. SANTOS, Elsa Rodrigues dos e D´Silvas FILHO, 2011. Grandes Dúvidas da Língua Portuguesa-
falar e escrever sem erros. Lisboa: Esfera dos livros.
20. PAÇO, Marisa, 2012. “Tipos de Textos Expositivo-explicativos” [online]. Acesso a 20.10.2014.
Disponível em http://pt.slideshare.net/MarisaPaco/textos-explicativos-expositivos?related=1
21. RIBEIRO, José, 2015.De volta aos braços da minha paixão.Jornal de Angola[online].1
Novembro 2015 [acesso a 3.11.2015]. Disponível em
http://jornaldeangola.sapo.ao/opiniao/a_palavra_do_director/de_volta_aos_bracos_da_minha_
paixao
1. JUSTIFICATIVA
Ter domínio da língua inglesa constitui uma mais-valia para estudantes universitários durante e depois da sua
formação académica. No percurso dos seus estudos, os estudantes utilizarão várias obras literárias sendo na
maioria escrita em Inglês e que consolidarão os seus conhecimentos e consequentemente a preparação para o
mercado de trabalho, cada vez mais competitivo. Por outro lado, uma vez matriculado no Intituto Superior
Politécnico de Tecnologias e Ciências (ISPTEC), o discente que demonstrar o domínio da língua Inglesa no nível
de ‘Pre-Intermediate’, ou seja, Utilizador Independente da língua, aumentará a possibilidade de participar no
programa de Mobilidade Estudantil em instituições parceiras do ISPTEC.
2. OBJECTIVO DA PROVA
Avaliar os aspectos chaves do conhecimeto da língua Inglesa no âmbito da gramática e lexicais orientadas para
o nível ‘Pre-Intermediate (B1) ‘.
3. CONTEÚDOS A REVER
Os conteúdos para a prova de língua Inglesa estão descritos na Tabela abaixo e foram extraidas e adaptadas a
partir dos conteúdos programáticos do Exame intitulado ‘Preliminary English Test for Schools (PETfs)’,
desenvolvido pela Cambridge University e reconhecido oficialmente por instituições educacionais e entidades
empregadoras, entre outras, em todo o mundo. Os conteúdos do referido Exame contemplam o nível ‘Pre-
Intermediate’ (Utilizador Independente – B1), de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as
Línguas – QECR.
Tabela 6 – Gramatica
1) Gramática:
Count/
Modals Adverbs Adjectives Prepositions
Uncount nouns Tenses
Can (ability; Regular Positive and Quantifiers: Time, place, Present
requests, and negative, some, any, a Preposition Simple
permission) irregular, opposites, lot, many, al uses in and
Could (ability, degree, colour, uses of much, a few, phrasal continuous
possibility) manner adjectives in few, a little, verbs, , Present
Would (offer, comparison little superlative Perfect,
imaginary and fixed Past
situation) expressions Simple
Have to and
(obligation) Progressiv
Should(n’t) e
(advice)
Mustn’t
(prohibition)
Needn’t (lack of
necessity)
Might
(possibility)
Tabela 7 – Vocabulário
2) Vocabulário
Phrasal verbs
Words differences - choosing the odd-one-
out:
Ways of cooking
Clothes
Stationery
Furniture
Animals
Rooms in a house
Types of fruit
Countries and cities
Countable and uncountable nouns
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Cambridge English. “Preliminary (PET) for Schools” [online]. Acesso a 20.10.2015. Disponível
em http://www.cambridgeenglish.org/exams/preliminary-for-schools/
2. British Council, 2015. “Os nossos níveis e o QECR” [online]. Acesso a 20.10.2015. Disponível
em http://www.cambridgeenglish.org/exams/preliminary-for-schools/
Os conjuntos denotam-se por letras maiúsculas do alfabeto: A, B, C,… e os seus elementos por
letras minúsculas: a, b, c, x, y, ….Para indicar que a é um elemento do conjunto A, escrevemos:
a A e se a não é um elemento do conjunto A, escrevemos: a A. Para descrever qualquer
conjunto utilizamos dois recursos: 1º) Descrição pela citação dos elementos do conjunto,
Exemplo: M = a, b, c, d e 2º) Descrição pela propriedade que caracteriza os seus elementos,
Exemplo: M: é o conjunto das quatro primeiras letras do alfabeto.
Exemplo:
fração decimal que possui finitos algarismos após a vírgula (Exemplo: ou como uma
fração decimal de infinitos algarismos de dízima periódica, isto é, após a vírgula repete-se sempre
possui infinitos algarismo após a vírgula, mas não se repete nenhum, então eles não são
R é o conjunto dos números reais que inclui os números racionais e os números irracionais. Os
subconjuntos dos números reais representam-se com intervalos.
a, b a≤x≤b {x ∈ ℝ : a ≤ x ≤ b}
a b
Fechado
a, b
a<x<b {x ∈ ℝ : a < x < b}
a b
Aberto
a, b
a, b
a≤x<b {x ∈ ℝ : a ≤ x < b}
Semiaberto
a b
à direita
Nota: o primeiro dos casos chama-se intervalo fechado, onde os extremos a e b estão incluídos; o
segundo chama-se intervalo aberto onde não estão incluídos os extremos e os dois restantes são
semiabertos (ou também semifechados).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Solução: É importante observar se os extremos do intervalo estão incluídos. Neste caso usam-se
convenientemente os sinais ou . Assim escrevemos:
a) ]−3, 6[ = x R : 3 x 6 d) [−1, 0[ = x R : 1 x 0
b) ] , 6] = x R : x 6 e) ]−∞, 0[ = x R : x 0
c) [ 2, 3] = xR: 2x 3
a)A ∩ B b) B – A c) A – B
Solução: em cada item é conveniente representar sobre a mesma recta numérica os intervalos A
e B, para determinar com precisão os elementos comuns e também observar se os extremos do
intervalo estão incluídos na união ou na intersecção. Nestes casos usam-se convenientemente os
sinais ou . Assim escrevemos:
a)] , 6] ∪ [−1, 1[
-1 1 6
b) [ 1 , 3]
2, 3] ∩ [
2
1 3
2 3
2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
b) { } é um conjunto vazio
e) Ø ⊂ [ 1 ,1 ] f) Ø ⊂ [ 1 ,- 1 ] ∪ { }
2 2 2 2
g) B ∩ A ⊂ (A ∪ B) h) Q ⊂ (R − )
a) a é um número positivo
b) b é um número negativo
c) a é maior que b
e) Pois o intervalo [ 1 , 1 ] não é um conjunto de conjuntos, então não inclui o conjunto vazio
2 2
e tampouco é um conjunto que não tem elementos, logo não é igual ao Ø.
h) Pois Q e se do conjunto dos reais se elimina , está-se a eliminar uma parte de Q e
então Q não pode estar incluído no conjunto (R − ).
2. a ;b a b
4. M – N = 3, 8 8, 10 [ Logo P − (M − N) = ] 3 , 8 [
2.1 Potenciação
n
A potência é o produto de n factores iguais a a, ou seja: a a.a.a. ... .a
, n ∈ N.
n fat ores
a é a base;
onde :
n é o expoente.
Exemplos:
a) 33 3 3 3 27 b) 22 2 2 4 c) 3
2
3 3
9
4 4 4 16
Exemplos:
am am
a mn ; a 0 ou a mn
an an
Exemplos:
26 6 3 34 4
4 x a4
a) 3 2 23 b) 3 4 x c) a a 4 5
a 1 d) a
2 3x a5 ax
( a m ) n a m. n
Exemplos:
a) (32 )3 32.3 36 b) 4
3 2
432 46
c) b
x 4
b x4 b 4 x d) 37 x 37 x
D)Potências de Um Produto
( a m ) n a m. n
Exemplos:
a)
x a 2 x2 a2
b) 4 x 4 3 x 3 64 x 3
3
4
c) 3 x 3 4 x 2
4 4 1 4
34 x 34 x 2
3 4 x 2 81x 2
x y 2 x y
1 1 1
d) x y x 2y 2
e) (5.4) 2 5 2.4 2 20 2
E) Potências de Um Quociente
Exemplos:
2
a) 2 22 2
4 b) 1 12 1
3 32 9 5 52 25
1 1
c) 2 2 2
2 2
2 d) 4
2
42
9
16
3
1
2
3 3 2 3 9 81
a) 10 3 10 10 10 1000 b) 10 5 10 10 10 10 10 100000
10 10 1 10
100 10 2 10 10
… … …
30 310 3 101
300 3 100 3 10 2
7 000 7 1000 7 10 3
2 000 000 21000 000 2 10 6
9 000 000 000 91000 000 000 9 10 9
11 000 000 000 000 111000 000 000 000 11 1012
25 000 000 000 000 000 25 1000 000 000 000 000 25 1015
194 000 000 000 000 000 000 194 1000 000 000 000 000 000 194 1018
214 000 000 000 000 000 000 000 214 1000 000 000 000 000 000 000 214 10 21
G) Casos particulares
i) Base negativa:
ii) Base positiva e expoente negativo: é igual ao inverso dessa potência com expoente
positivo.
a n 1
an
Exemplos:
3
1 1 2 2
a) a 3 b) 2
1 3
9
a3 a
3
2
2 2 4
3
2
c) 4 2 1 1
3 3
d) 2 1 3 27
4 16 3 2
2
2 8
3
n
a n
am , a0
Exemplos:
1
x 2 x1 x 7 5
a)
2
b) 3
x7 x 3 c) a 2
a5
1 8
d) 25 2 25 5
e) x 3 3
x8 f) 92
1
91 3
Exemplo:
1
1 1
10 10 3 3
1 1
f) g) h)
2 2
vii) Potência de expoente 0 (zero): qualquer potência de expoente zero em qualquer base é
igual a 1 (um).
a 0 1, (a 0)
Exemplos:
0
a) 12 1
0
b) (3)0 1 1
c) 1 d) 2 1
0
e) 225 0 1
2
f) 32 50 9 1 10 g) (100 ) 0 10 1 1 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Calcule:
2002 4 4
a) 1 b) 2 c) (2) d) ( 2 ) 4
3
5
3
3 5 . 3 2 .3 7 2 4 .2 6 5 3 4 2
a) b) c) 10 .10 .10 d)
7
3 7 .3 3 10 .10 4
2x 8
3
3 2 2 3 6 3
2
a) b) x c)
3 2 5 3/ 5
3
29
d) 3
2 2.2
4. Assinale se as alíneas são verdadeiras ou falsas. Corrija as falsas.
a) 7 4 28
3 3 3
b) (2 5) 2 2 2 5 2 c) (9 4 ) 6 348
d) (0,25) 2 16
a) 10 6 b) 10 8 c) 10 6 d) 10 2
1
2
10. Se x = 4, indique o valor de
x 2 x 2 . x 3 : x 5
52 3 2 2
11. Simplifique a expressão 3
1 1
32
5 2
2.3 Radiciação
n
a b bn a a 0 e b 0, n Z e n 2
n n - o índice;
Em a, temos:
a - o radicando.
Exemplos:
a)
4 2 pois 22 4
b)
5
32 2 pois 2 5 32
É um número real que não pode ser escrito sob a forma p/q, com p e q números inteiros.
Exemplos:
3 4
2, 5, 15
m
n
Um radical pode ser representado na forma de potência com expoente fraccionário: a m
an ,
a 0.
Exemplos:
1 1 2
a) 2 2 2
b)
3
5 5 3
c)
3
5 5
2 3
m
a
n n
am , a0
Exemplos:
3 2 2
( ) 1 ( ) 1
a) 10 2
b) 5
3 3
5 2
c) 5 3
3
10 3 52
a) 2 7 3 5 2 3 7 5 6 35
b) 33 2 53 6 83 4 3 5 83 2 6 4 120 3 48 240 3 6
c) 18 x 2x
3 2 3 3
36 x 3 x3 36
1 1 3 2
d) 3 3 2 3 2 2 3 3 6 2 6 6 33 6 2 2 6 108
e) 3 2 2
2 3 3( 2 ) 2 9 2 2 2 6 6 (9 2) 2 6 7 2
Procedimento: Devemos conservar o índice e dividir os radicandos, simplificando sempre que for
possível o resultado obtido.
Exemplos:
a) 3
20 3 10 3
20
3 2 b) 28 7
28
4 2
10 7
c) 30 15 5 3 30 15
6 5 d) 12 3
12
2
5 3 3
e) 50 2
50
5
2
c) Potência de radical
Exemplos:
Calcule as potências:
2
1 2
2
a) (2 2 ) 2 2 2 2
9
2 4
2
b) 3
(3 3 2 ) 2 (3 3 ) 2 (3) 3 3 3 4 3 33.3 33 3
c) 4 5 3
4 3 53 64 53 64 5 2.5 64.5 5 320 5
d) 7 3 2
( 7 ) 2 2 7 3 ( 3 ) 2 7 2 7.3 3 10 2 21 2(5 21)
d) Radical de radical
m. n
mn
a 1 . a mn a , a 0
Exemplos:
a) 81 2 x 2 1 81 4 81
b)
3
7 3 x 2 1 7 6 7
2 1
c)
3
52 2 x3 x 2 11 52 12 52 512 5 6 6 5
d) 4
23 5 4 x 2 x3 1 2 3 5 24 40
Exemplos:
a) 144 24 32 22 3 12
b) 3
243
3
243 3 35 3 32 33 3 3 9
c) 8 18 2 2 3 2 2
2.9 Racionalização
4 4 3 4 3 4 3
3 3 3 3 2
3
2 3
x2 2 3 x2 2 3 x2 2 3 x2 2 3 x2
x1 x 2 x1 2
3 3 3 3 3 x
x x2 x3
1 5
b) Temos que multiplicar numerador e denominador por x 3 , pois 2 + 3 = 5.
5 2
x
5 5 5 5 5
1 x3 x3 x3 x3 x3
5
x2 5
x3 5
x2 x3 5
x 23 5
x5 x
3. Temos no denominador soma ou subtração de radicais:
2
2 7 3 2 7 3
2 7 3
2 7 3 7 3
7 3 7 3 7 3 7 3
2 2
73
4
2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1 4
a) b) 0,81 c) 2,25 d)
100 9
9 4 12
a) a3 b) 3 48 c) t7 d) t
a b m n
1 1 1
7
a) 8 2
b) a c)
3 4 d)
2 5
a) 3
125 b) 5
243 c)
3
125 d)
5
1
3 8 4
a) 32 b) 8
512 c) 625 d) 27
7. Simplifique os radicais:
5
a) a 10 x b) a 4b 2c c) 25 a 4 x 3
432
8. Determine as somas algébricas:
73 5
a) 2 23 2 3 2 b) 5
3
2 83 3 2 43 2 83 3
3 4
9. Simplifique as expressões e calcule as somas algébricas:
a)
4
96 4 486 24 6 94 243 b) 43 81 813 375 10 3 24
64 729 125
1 6 3 10 5 10
10. Simplifique a expressão 4 a 2 y 4 y a a y .
2
a)
2 2 b) 3 1 3 1
3
5 3 2 3 1 3 1
1 9 15 1
1. a) b) c) d)
10 10 10 4
2. a) 3
a b) 23 6 c) t3 t d) t
1 3 2 5
2 5 6
3. a) 7 b) 24 c) 3 d) a
1 1
4. a) 8 b)
7
a5 c)
4
a 3 .b d)
5
m 2 .n
5. a) 5 b) 3 c) 5 d) 1
5 3 4 3
7 4
6. a) 2 3
b) 2 7
c) 3 d) 3
7. a) a2 5 x b) a 2b c c) 5a 2 x d) 62 2
11 3
2
8. a) 12 b)
3
2 2
9. a) 34 6 27 3 3 b) 443 3
y
a
10. 10. 2
11. a) 5 3 3 4 b) 4
CAPÍTULO 3 – POLINÓMIOS
3.1 Definição
Um polinómio na variável real x é definido como sendo uma soma algébrica de monómios.
3.2 Monómio
Um monómio é uma expressão constituída por um número, por uma variável ou por um produto
de números de expoentes naturais.
an 0 , o grau do polinómio é dado pela mais alta potência da variável do polinómio P(x).
Observação:
Exemplos:
a) P(x) = 0 x 0 x 0 x 0 x 0 = 0
4 3 2
a 7 0 a7
4(2 b) 0 b 2
6(c 2) 0 c 2
4 d 0 d0
a) Em relação a uma das variáveis, o grau do polinómio é dado pelo maior expoente
dessa variável.
Exemplos:
b) P 5yx
3
c) P 2 xy 2 4 x 2 y
gr(P) 2 grau do polinómio P(x) em relação a x
gr(P) 2 grau do polinómio P(x) em relação a y
Exemplos:
a) x 1 b) x 1 c) x0 d) x 3
2
Resolução:
3 2
1 1 1 1 1 1 1 65
P 4 6 4 4 6 4
2 2 2 2 8 4 2 8
EXERCÍCIOS
a) Px
3 2
x para x 3 c) P x 2 x 3 2 x 5 para x2
4
P3 10 .
Qx bn x n bn 1 x n 1 ... b2 x 2 b1 x1 b0 e a, b ℝ .
a) Adição
Exemplo:
Px 3x 3 2x 2 7 e Qx 3x 4 7x 3. 2x 1.
b) Subtração
Px 3x 3 2 x 2 7 e Qx 3x 4 7 x 3. 2 x 1.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
a) 2 x 2
9 x 2 3x 2 7 x 1
b) 5x 2
5 x 8 2 x 2 3x 2
c) 2 x 3
5 x 2 4 x 2 x 3 3x 2 x
2. fectue as seguintes subtrações de polinómios:
a) 6 x 2
6 x 9 3x 2 8 x 2
b) 2a 2
3a 6 4a 2 5a 6
c) 4 x 3
6 x 2 3x 7 x 3 6 x 2 8 x
Resolução:
1.a) 2 x 2 9 x 2 3x 2 7 x 1 2 x 2 9 x 2 3x 2 7 x 1 5 x 2 2 x 1
1.b) 5 x 2 5 x 8 2 x 2 3x 2 5 x 2 5 x 8 2 x 2 3x 2 3x 2 8x 10
1.c) 2 x 3 5x 2 4 x 2 x 3 3x 2 x 2 x 3 5x 2 4 x 1 2 x 3 3x 2 x 4 x 3 2 x 2 5x
2.b) 2a 2 3a 6 4a 2 5a 6 2a 2 3a 6 4a 2 5a 6 2a 2 2a
2.c) 4 x 3 6 x 2 3x 7 x 3 6 x 2 8x 4 x 3 6 x 2 3x 7 x 3 6 x 2 8x 3x 3 5x
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
a) 5x 2
2ax a 2 3x 2 2ax a 2
b) y 2
3y 5 3y 7 5y 2
c) 9x 2
4 x 3 3x 2 10
d) 7 x 4 y 2 2x 2 y 5
e) x 2
2 xy y 2 y 2 x 2 2 xy
f) 7ab 4c 3a 5c 4a 10
Resposta:
a) 2x ;
2
b) 4 y 2
2 ; c) 12 x 2
4 x 13 ;
Na multiplicação de um polinómio por um número real (ou escalar), devemos observar o seguinte
procedimento: seguir cuidadosamente a regra dos sinais e a redução dos termos semelhantes.
Exemplos:
a) Px 3x 3 2 x 2 7 e k -4
b) Px 5 x 4 3x 3 7 x 3 e k 2.
Para multiplicarmos um polinómio por um monómio devemos multiplicar cada monómio do polinómio
por cada monómio multiplicador, aplicando a propriedade distributiva da multiplicação.
7 xy 2 2 x 2 y 7 xy 2 2 x 2 7 xy 2 y 14 x 3 y 2 7 xy 3
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
7ax 2
4ax a 2 3a 2 x 7ax 2 3a 2 x 4ax 3a 2 x a 3a 2 x 2 3a 2 x
21a 3 x 3 12a 3 x 2 3a 3 x 6a 2 x
3x 2
y 2 xy 2 x 3 5 y 3 xy 1 3x 2 y xy 1 2 xy 2 xy 1 x 3 xy 1 5 y 3 xy 1
3x 3 y 0 2 x 2 y 1 x 4 y 1 x 5 xy 2 3x 3 2 x 2 y x 4 y 1 5 xy 2
x 3
5 x 2 10 x 7 2 x 2 x 3 2 x 2 5 x 2 2 x 2 10 x 2 x 2 7 2 x 2
6 x 10 x 20 x 14 x
5 4 3 2
y 2
2 y 1 0,5 y 3 y 2 0,5 y 3 2 y 0,5 y 3 1 0,5 y
0,5 y 5 y 4 0,5 y 3
x
5. Multiplicar o polinómio x 3x pelo monómio .
3 2
x
x 3x
3 2
x 3
x
x
3x 2
x4
3x 3
2 2 2 2 2
2x
6. Multiplicar o polinómio 2 x 2 1 x pelo monómio .
3 2 3
2x 2 2 1 2x 2 2 x1 4x 3 2x 2
x x x x
3 3 2 3 3 22 9 6
7. Simplifique as expressões:
a)
2a a 4 5a 3a 3 a 2 2
b)
2y y2 2y
y 2 3 y 7
5 5
Resolução:
a) 2a a 4 5a 3a 3 a 2 2
2a 5 10 a 2 3a 5 6a 3
a 5 6a 3 10 a 2
b)
2 y y2 2 y
y 2 3 y 7
5 5
2 y3 4 y 2 3 y3 7 y 2
5 5
3 2 3
2y 4y 3y 7 y2
5 5 5 5
3 3 2
2y 3y 4y 7 y2
5 5 5 5
3 2
y 3y
5 5
Exemplos:
3x 5 x 2 3x 2 1 5 x 2 12 15 x 3 6 x 5 x 2 2
Portanto: 3x 1 5 x 2 2 15 x 3 5 x 2 6 x 2
2. Multiplicando 2 x 2
x 1 por 5x 2 , teremos:
2 x 2
x 1 5 x 2 → aplicar a propriedade distributiva.
a) P x 3 x 3 2 x 2 7 e Qx 3x 4 3
P Q 3a 2b 5ab2 2a 7 a 2b3
3a b 2a 3a b 7 a b 5ab 2a 5ab 7 a b
2 2 2 3 2 2 2 3
3 4 4 2 2 3 5
6a b 21a b 10 a b 35 a b
21a 4b 4 35 a 3b5 6a 3b 2 10 a 2b 2
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
d)
2x x 2 2x 5 e) 3x 2x 5 f) x 4 y x y
g) 3x 2
4x 3 x 1 h) x 3
2 x3 8
Resolução
a) 3x 5 3x 15 ; b) 2 xx 5 2 x 2 10 x
3x 2x 5 6 x 2 15 x 2 x 10
e)
6 x 2 17 x 10
x 4 y x y x 2 xy 4 xy 4 y 2
f)
x 2 4 y 2 5 xy
g) 3x 2
4 x 3 x 1 3x 3 3x 2 4 x 2 4 x 3x 3 3x 3 x 2 7 x 3
h) x 3
2 x3 8 x 6
8 x3 2 x3 16 x 6 6 x3 16
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Respostas:
a) x 2
4 x 10 b) 3x 5
9 x 4 17 x 3 7 x 2 13 x 5 c) x 2
2x
d) x 3
8x 2 20 x 25 e) 3x 15 f) 3x 5
9 x 4 17 x 3 7 x 2 13 x 5
2. Efectue e simplifique as expressões seguintes:
c) 3 x 2 1 x 2 3 x x 1
2
d)
x 4 x 3 x 2 1 3 x x 4
Respostas:
a) x 2
2x ; b) 2ac ; c)
3 3 2
x 2 x 3x ; d) 4x 4
x 3 3x 2 11x
2
a) 4 x a b b) 2 x x 2
2x 5 c) 3x 22 x 1
d) 6 x 2 46 x 2 4 e) x 2
x 1 x 1
Respostas:
a) 4xa 4xb b) 2 x 3
4 x 2 10 x c) 6x 2
7x 2
d) 36 x 4
16 e) 3x 3
x 2 7x 3
Px Qx qx, pois qx Qx rx Px, onde rx é o resto da divisão.
O resto da divisão r x é um polinómio cujo grau não pode ser igual nem maior que o grau do
divisor Qx .
P(x) Q(x)
r(x) q(x)
Exemplo 1:
1º) Escolha o primeiro termo do quociente, que deve ser multiplicado pelos termos do divisor.
Pode também dividir directamente o 1º termo de maior grau do polinómio Px (dividendo) pelo
x3
1º termo de maior grau do polinómio Qx (Divisor); x , obtendo assim o 1º termo do
x2
quociente.
2º) Multiplique o termo do quociente obtido e passe o inverso do resultado para subtrair do
polinómio.
3º) Agora deve repetir o primeiro passo, escolher o termo conveniente para multiplicar pelo
primeiro termo do divisor para que fique igual ao primeiro termo do polinómio que foi resultado da
primeira operação.
Como o resto tem um grau menor do que o grau do divisor não é possível continuar com a
Exemplo 2:
12 x 3 4 x 2 8 x 4x
12 x 3 3x 2 x 2
0x 4x 2
4x 2
0 x 8x
+ 8x
Exemplo 3:
10 x 2 43 x 40 2x 5
10 x 2 25 x 5x 9
0x 18 x 40
18 x 45
5
Exemplo 4:
6 x 4 10 x 3 9 x 2 9 x 5 2x 2 4x 5
6 x 4 10 x 3 9 x 2 3x 2 x 1
0x 4 2x3 6x 2 9x 5
2 x 3 4 x 2 5x
0x3 2x 2 4x 5
2x 2 4x 5
Exemplo 5:
12 x 3 19 x 2 15 x 3 3x 2 x 2
12 x 3 4 x 2 8 x 4x 5
0 x 3 15 x 2 7 x 3
15 x 2 5 x 10
2x 7
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
a) 2x 2
5x 12 x 4 b) 6x 4
11x 3 5x 2 18 x 7 2 x 2 3x 1
c) 7 x 2x 4
3x 5 2 6 x 2 3x 2 d) 4a 2
7a 3 4a 3
e) 3x 3
13 x 2 37 x 50 x 2 2 x 5 f) x 3
6x 2 7 x 4 x 2 2x 1
Respostas:
b) 3 x x 6 e resto x 1 ; c) x 2 x 1 e resto 0 ;
2 4
a) 2 x e resto 0;
Exemplo:
Aplicando o mesmo procedimento pela última vez, multiplica-se o 19 por 2 e soma-se o resultado
ao (– 1), ou seja, 19.2 + (– 1) = 37. O resultado (37) é colocado em baixo de ( –1) e é
o resto da nossa divisão.
O polinómio resultante dessa divisão tem como coeficientes 5, 8 e 19 e terá um grau a menos
que o polinómio inicial. Isto é, a divisão de 5x3 – 2x2 + 3x – 1 por x – 2 é 5x2 + 8x + 19 e
o resto da mesma é r = 37.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resolução
Resolução
Assim sendo, o quociente q(x) = 2x4 – 4x3 + 7x2 – 14x + 24 e o resto r(x) = – 42
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
1. Aplicando o dispositivo prático de Briot-Ruffini, calcule o quociente e o resto, caso exista, da
divisão de:
a) P x 2 x 2 3 x 2 por Qx x 3
b) Px x 4 3x 2 x 5 por Qx x 2
c) Px 2 x 3 7 x 2 2 x 1 por Qx x 4
d) Px 2 x 3 10 x 2 8x 3 por Qx x 5
e) Px x 2 2 x 1 por Qx 3x 1
f) P x 2 x 3 3 x 2 x 2 por Qx 2x 1
Soluções:
a) qx 5x 18 ; rx 56
b) qx x 3 2 x 2 7 x 13 ; r x 21
c) qx 2 x 2 x 6 ; r x 25
d) qx 2 x 2 8 ; r x 37
e) q x ; r x
x 7 16
3 9 9
f) q x x 2 x ; r x 2
Produtos especiais
x y x y x 2 y 2
x y x 2 xy y 2 x 3 y 3
x y x 2
xy y 2 x 3 y 3
x y x y x 2 y 2 x 4 y 4
x y x 4
x 3 y x 2 y 2 xy 3 y 4 x 5 y 5
x y x y x 2
xy y 2 x 2 xy y 2 x 6 y 6
x y 2 x y 2 4 xy
Exemplos:
a) x 4x 4 x 2 42 x 2 16
c) 3 23 2 32 2 2 94 5
O método de completar quadrado consiste em formar trinómios quadrados perfeitos. Este foi
criado por Al-Khowarkmi.
x 2 2ax a 2
Nesta equação:
( a 2 a ; e o seu dobro 2a ).
x 2 2ax a 2 0 x a 2 0 x ax a 0 x a
(neste caso há uma raiz dupla).
Exemplos:
a) x 2 8 x 16 0
O coeficiente do primeiro termo é 1.
O último termo é o quadrado perfeito de 4.
O coeficiente do termo do meio é o dobro da raiz quadrada do último termo.
b) x 2 11 x 24 0
Nestes casos multiplica-se e divide-se o 2º termo, por 2 e eleva-se a metade desse número ao
quadrado. Em seguida, adiciona-se para completar o quadrado perfeito, e como não podemos
alterar a equação inicial, subtraímos a metade e desse número ao 3º termo.
2 2
11 11 11
x 2 2 x 24 0
2 2 2
2 2
11 11
x 24 0
2 2
2
11 121 96
x 0
2 4 4
2
11 25
x 0
2 4
2 2
11 5
x 0 usando a 2 b 2 a b a b vem :
2 2
11 5 11 5
x x 0
2 2 2 2
16 6
x x 0
2 2
x 8x 3 0
Dada a equação 2 x 2 12 x 8 0
Para tornar o coeficiente do termo x 2 igual a 1, dividimos ambos os termos da equação por 2:
x 2 6x 4 0
Multiplica-se e divide-se o 2º termo, isto é, o coeficiente de “ x ” por 2 (dois) e adiciona-se e
subtrai-se o quadrado da metade do coeficiente do termo em “ x ”para formar o quadrado
perfeito:
2 2
6 6 6
x 2 x 4 0 x 2 23x 3 3 4 0
2 2 2
d) x 2 8 x 16 0
Então x 8 x 16 0
2
x 42 0 x 4 (neste caso há uma raiz dupla)
3.10 Factorização
Exemplos:
a) 2 xy 3 y 2 x y 3 y y2x 3
b) x 2 4 x x x 4 x x x 4
c)
8x 3 4 x 2 12 x 4 x x 2 4 x x 4 x 3 4 x 2 x 2 x 3
d) x 3 y xy 3 xy x 2 xy y 2 xy x 2 y 2
II. Agrupamento
Agrupam-se termos do polinómio que possuem factores em comum que são colocados em
evidência.
Exemplos:
a)
2 x 3 x 2 4 x 2 2 x 3 x 2 4 x 2 x 2 2 x 1 22 x 1 2 x 1 x 2 2
b)
6 x 2 5x 4 xy 10 y 6 x 2 5x 4 xy 10 y x6 x 5 2 y2 x 5
Exemplos:
16 x 2 24 xy 9 y 2 4 x 24 x 3 y 3 y 4 x 3 y
2 2 2
c)
d) x 2 10 x 25 x 2 x 5 5 x 5
2 2 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
a) 6 x 3 8x 8
b) 4ax 2 6a 2 4 x 2 4a 3 x 2
c) 10000 x 2 y 2
d) a 2b 4 9
e) ax 2 bx 2 3a 3b
f) 25 a 4 100 b 2
g) 33 xy 2 44 x 2 y 22 x 2 y
Respostas:
a) 2 x 3 3 4 x 5 b) 2ax 12a 2a
2 2
c) 100 xy100 xy
d) ab 2
3 ab 2 3 e) ax 3 bx 3
2 2
ou x 2 a b 3a b
f) 5a 2
10b 5a 2 10b g) 11xy3y 4x 2x
4.1 Definição
Uma equação é uma igualdade entre duas expressões algebraicas, chamadas membros, que
incluem diversas operações matemáticas relacionadas com números e variáveis ou incógnitas.
4.2 Classificação
As equações classificam-se em função dos seus graus. Assim sendo, uma equação pode
ser do 1º grau, 2º grau, 3º grau, etc.
Exemplos:
Resolver uma equação significa tentar descobrir os valores que podem assumir as variáveis em um domínio
numérico determinado para converter essa equação numa expressão verdadeira mais simples, ou seja é achar
uma equação equivalente da forma x = c, onde c é denominado a solução da equação.
Uma equação linear (ou do primeiro grau) numa variável pode reduzir-se na forma ax =
b, com a, b e a 0.
a) Eliminar os parêntesis;
Exemplos:
6x + 5 – 4 (5x + 0,25) = 3x + 56 – (x + 4)
Resolução
6x + 5 – 4 (5x + 0,25) = 3x + 56 – (x + 4)
Eliminando parêntesis
6x + 5 – 20 x – 1 = 3x + 56 – x – 4
– 14x + 4 = 2x + 52
52 – 4 = – 14x – 2x
48 = – 16x
48 : (– 16) = x
A Ana respondeu: a terça parte são jovens, a sexta parte são senhores, a oitava parte,
crianças e há ainda 9 senhoras.
Resolução
Em primeiro lugar, vamos escrever a expressão acima com o mesmo denominador (mmc
). Desta forma, o mmc(3,6,8,1)=24.
Uma equação quadrática (ou do 2º grau) numa variável é uma expressão reduzida na
forma ax2 + bx + c = 0,
Nota: Um produto é nulo se, e somente se, pelo menos um dos seus factores for nulo.
Exemplo:
Consideremos a equação
=b2 – 4ac
b
x1
2a
e
b
x
2
2a
Exemplo:
Solução
b b 2 4ac
x1,2 2a
2 12 2 2 3
x 1 3
1
2 1 2
2 12 2 2 3
x 1 3
2
2 1 2
S 1 3,1 3
Equações Biquadráticas
Chama-se equação biquadrática a toda a equação que pode ser reduzida na forma
, onde , com a 0.
b
Neste caso y1, 2
2a
b
Como então x
2a
Exemplo:
a)
b) -
c) -
C. Equações Fraccionárias
Uma equação fraccionária a uma variável é uma expressão algébrica que tem a variável,
pelo menos, em algum denominador.
P(x)
0, com Q(x) 0
Q(x)
Exemplo:
x 4 2
x 2 x 1 x 2
Resolução:
x 4 2
0
x 2 x 1 x 2
D = {x: x -2 e x 1} Determinar o domínio
x( x 1) 4( x 2) 2x 1
0 MMC é (x +2)(x + 1)
x 2x 1
x2 x 4 x 8 2 x 2
0
x 2x 1
x2 x 6
0
x 2x 1
x 2 x 6 =0 Eliminar os denominadores e
Resolver a equação
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1.
2.
3.
4.
desiguais.
Soluções
1.
2.
3.
4.
5. k 3
6. a=2 ou a=6
7.
c) ≥ (maior ou igual a)
d) ≤ (menor ou igual a)
Resolver uma inequação em x significa encontrar todos os valores de x para os quais a inequação
é verdadeira.
As inequações podem ser manipuladas como as equações e as regras são muito similares, mas
existe uma excepção.
O conjunto das soluções de uma inequação linear com uma variável forma um intervalo de
números reais. Por este facto, podemos apresentar o conjunto solução por meio da representação
gráfica da recta real ou em forma de intervalos.
Exemplos:
Resolver as inequações:
a)
b)
c)
d) 2
x
1
3 5
3
x
10
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a)
b)
c)
d)
3x x x
e) 0
2 3 6
2x 5
f) 3 5
3
1 2x x 2 x 3
g) 1
3 6 2
h)
x
i) x 1 7 3x 1
2
x 3 1 x 2( x 5)
j)
3 2 4
Soluções
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
ou
Exemplos:
a)
Achando os zeros de , temos:
b)
c)
d)
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
x2 x 1
h) 0
3 2 4
i)
j)
Soluções:
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h) S
i)
j) S
1º caso:
2º caso: ou
Exemplos:
a)
7 2x
b) 2
x4
c)
d)
1º Caso
Se , temos:
2º Caso
Se , temos:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a)
b)
c)
2x 3
d) 2
3x 1
x3 1
e)
x 1 4
f)
g)
h)
i)
j) +3
Soluções:
a)
b)
c)
1 5 1
S x R : x e x
d) 4 8 3
e)
f)
g)
h)
i)
S
j)
ou
Para resolvê-las, é necessário fazer o estudo do sinal separadamente, transportar os sinais para
um quadro, efectuar o produto dos sinais e determinar os intervalos de valores em que a
inequação se torna verdadeira.
Exemplos:
a)
x 4 0 ou x 2 0
x 4 ou x 2
S x R : x 4 ou x 2
b)
x 3 0 ou x 3 0
x 3 ou x 3
c)
d)
x 3 0 ou x 2 3x 4 0
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i) 2
j)
Soluções
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
desigualdades:
f ( x) f ( x) f ( x) f ( x)
0, 0, 0 ou 0
g ( x) g ( x) g ( x) g ( x)
Exemplos
3x 4
a) 2
1 x
x6
b) 3 x 2
x
3 e
x 2 8 x 12
c) 0
x2 9
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2x 1
a) 0
x2
3 4x
0
b) 5x 1
5x 3
1
c) 3x 4
x2 4x 5
0
d) x3
x2 7x 6
0
e) x2 2x 3
3x 1
0
f) 2 x 55x 3
x 1 x 3
g) x2 x4
1 2 3
0
h) x 1 x 2 x 3
x 13 1 1
i) x 13 1
x 2
10 x 25 x 3
0
j) x4
Soluções
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
b) Igualar os expoentes.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1 1 2
1) 8 x 0,25 (2 3 ) x 2 3 x 2 2 3 x 2 2 3 x 2 x
4 2 3
x
4 x 1 (2 3 ) x x
(2 2 ) x 1 2 3( x x)
2 2( x 1) 3( x 2 x) 2( x 1)
2 2 2
2) 8x
3x 2 3x 2 x 2 3x 2 5 x 2 0
5 25 24 5 7
x1 2 x1 2
6 6
5 25 24 5 7 1 1
x2 x2 -
6 6 3 3
S = { -1/3 ; 2}
3) 3 x 1 3 x 3 x 1 3 x 2 306
x 1
Colocando 3 em evidência:
306
3 x 1 (1 3 32 33 ) 306 3 x 1.34 306 3 x 1 3 x 1 9 3 x 1 32 x 1 2
34
x3
a x a b , a x a b , a x a b ou a x a b com a 1 ou 0 a 1
b) Comparar os expoentes.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1) 3 x 9 3 x 32 x 2
S x R : x 2
2) 3 x 81 3 x 34 x 4
S x R : x 4
x x x
1 1 1
1 1 3
3 3
3) 8 82 2
3 2 2x 2 2 x / (1) x
2 2 2 2 2
3
S x R : x
2
1 1 28
4) 3 x 2 3 x 1 28 3 x.32 3 x. 28 3 x (9 ) 28 3 x. 28 3 x 3 x 1
3 3 3
S x R : x 1
4 4
1 3x 30 x 2 4 0
2 2
5) 3x
S x R : x 2 ou x 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1
x 5 1 1
a) 2 b) 3 2 x 3
4 3
81
x 3
x 1 x 1 1 1
c) 3 3 18 d)
3 27
log a b c a c b
Exemplos:
a) log 2 8 x 2 x 8 2 x 23 x 3
6
b) log 32 64 x 32 x 64 (2 5 ) x 2 6 5 x 6 x
5
c) log 2
1
32
x 2x
1
32
2 x 32 1 2 x 2 5
1
x 5
1 1 2
2
d) log 10 3 100 x 10 x 3 100 10 x 100 3 10 x 10 2 3 10 x 10 3 x
3
Propriedades
log a 1 0 a 0 1
b) Logaritmo da base
log a a 1 a1 a
log a a n n a n a n
Exemplos:
3
a) log 3 81 3 3 log 3 81 3 4 12 b) log 1 27 log 1 3 3
3 3
Dois logaritmos da mesma base são iguais, se os seus logaritmandos forem iguais.
log a b log a c b c
Exemplo:
81
log 3 log 3 81 - log 3 27 log 3 3 4 - log 3 3 3 4 - 3 1
27
1
co log a b log a - log a b
b
log a ( B n ) n. log a B
Exemplo:
Exemplo:
1 1 1
log 22 4 log 2 4 log 2 2 2 .2 1
2 2 2
O logaritmo da raiz n-ésima é igual ao inverso do índice da raiz multiplicado pelo logaritmo do
radicando.
1
log a n A . log a A
n
Exemplo:
1 1 1 1
log 3 81 . log 3 81 . log 3 3 4 .4. log 3 3 .4.1 2
2 2 2 2
Esta operação permite-nos passar de uma a outra base, segundo a nossa conveniência.
Existem duas formas:
O logaritmo de b na base a- é igual ao logaritmo de b numa outra base (c), dividindo pelo
logaritmo de a na base (c).
log c b
log a b
log c a
Exemplos:
log 7 3 log 5 7
a) log 5 3 b) log 2 7
log 7 5 log 5 2
6.7.1 Definição
C. Zero da função
Para representarmos graficamente uma função exponencial, podemos fazê-lo da mesma forma
que fizemos com a função quadrática, ou seja, atribuímos alguns valores arbitrários ao x,
montamos uma tabela com os respectivos valores de f(x), localizamos os pontos no plano
cartesiano e traçamos a curva do gráfico.
quadro abaixo:
Gráfico
x y
-6 0.03
-3 0.17
-1 0.56
0 1
1 1.8
2 3.24
Se a 1 , temos uma função exponencial crescente, qualquer que seja o valor real de x.
Toda a função definida pela lei de formação f(x) = logax, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada
função logarítmica de base a. Neste tipo de função, o domínio é representado pelo conjunto dos
números reais maiores que zero e o contradomínio, o conjunto dos reais.
Exemplos:
Para a construção do gráfico da função logarítmica devemos estar atentos a duas situações:
a) O gráfico está totalmente à direita do eixo y, pois ela é definida para x>0.
b) O gráfico intersecta o eixo das abscissas no ponto (1,0), então a raiz da função é x=1.
Através dos estudos das funções logarítmicas, chegamos à conclusão que ela é uma função
inversa da exponencial. Observe o gráfico comparativo a seguir:
CAPÍTULO 7: TRIGONOMETRIA
c2 = a2 + b2
sen(A)
tan gA
cateto oposto
a
ou tan gA
cateto adjacente b cos (A)
1 b cateto adjacente
cot gA
tan gA a cateto oposto
1 1
sec A e cosec A
cos A senA
1
sen 2 A cos2 A 1 1 tg 2 A , cos A 0
cos 2 A
Os chamados ângulos notáveis são aqueles que aparecem com mais frequência, a saber:
Grau 0º 30º 45º 60º 90º 120º 135º 150º 180º 210º 225º 240º 270º 300º 315º 330º 360º
Radianos 0
Seno 0 1 0 -1 0
Cosseno 1 0 -1 0 1
Tangente 0 1 -1 0 1 -1 0
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resolução
y x
cos 65° = sen 65° =
9 9
0,42 * 9 = y 0,91 * 9 = x
y = 3,78 x = 8,19
Resolução
12 3 cos 60° = b / 24
sen 60° =
a
0,5 * 24 = b
0,866 . a = 20,78
b = 12
a = 24
a) b) c)
Resolução
48 24 3 2 c) 16² = 2² + x²
a) tg  = b) tg Ô = 1
14 7 3 2
x² = 252
14 7
tg Ê = 3 2
48 24 tg Ê = 1 x= 6 7
3 2
tg Ô, não existe.
tg Â, não existe.
2 7
tg  = =
6 7 21
6 7
tg Ô = 3 7
2
tg Ê, não existe.
4. Sabendo que o triângulo retângulo da figura abaixo é isósceles, quais são os valores das tg
 e tg Ê?
Resposta
Sendo um triângulo isósceles, então os seus lados são
iguais.
CE
1. Logo, tg  = 1, pois, CE AC , então, tg Ê = 1
AC
Resolução
9
3= , onde x é o lado YA
x
3x = 9
x=3
( RA )² = 9² + 3²
6. Encontre x e y:
( RA )² = 90
RA = 3 10
a) b)
Resolução
x
a) cos 45° =
20 2
2
x 20 2
2
x 20
9 3
b) Cos 30° =
y
9 3
y
3
2
y = 18
18² = 9 3 x
2 2
324 = 243 + x²
x² = 81
x=9
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Um navio partiu do porto A, percorreu 70 milhas para sul e atingiu o porto B. Em seguida,
percorreu 30 milhas para leste e atingiu o porto C. Finalmente, navegou 110 milhas para o norte e
chegou ao porto D. Quantas milhas teria poupado se fosse directamente do porto A para o porto
D? (Resposta: 160 milhas)
b) a = 6; b = 10 e c = 8. (Resposta: Verdadeira)
a)
(Resposta: x = 13)
b)
(Resposta: x = 6)
a)
(Resposta: A = 153)
b)
(Resposta: A = 108)
(Resposta: 9m)
senx sen , cos x cos , tgx tg , ctgx ctg , etc. Elas são chamadas de equações
fundamentais.
ou, em radianos:
Devido ao facto do cosseno ter período 2, as soluções que divergem entre si de um múltiplo
inteiro do período também são solução. Logo, são solução geral de cos x cos
ou ainda, em radianos:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1)
tg x tg x k , k Z .
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
tem se
c) tg
3
x tg 2 x 2tgx 0
Fatorizando a tgx, para todo x k , k Z , vem:
2
tgx 1 ou tgx 2 , onde se tem: x2 n ou x3 arctg 2 m onde : k , n e m Z
4
Solução: x1 k , x2 n ou x3 arctg 2 m
4
ctg 2 x 1 ou ctg 2 x 3
ctg 2 x ctg , ou ctg 2 x arcctg(3) n
4
2x k ou 2 x arctg 3 n
4
k n arcctg3
x ou x , são as soluções.
8 2 2 2 2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
l) cos 2 x 1 .
m) 2 cos x 30
n) 2sen 2 x 3senx 2 0 .
1
o) sen 2 x , x [0,2 ] .
4 2
q) cos2x sen3x
s)
3 tg 2 x 1 2 3tgx .
t) 2 cos 2 11 cos 5 .
u) Se x [0, ] , a equação 8sen 2 x 4 0 tem duas soluções reais e distintas a e b . Sabendo que
a > b, é verdade que:
a) a 3b b) a 2b c) a b d) a b e) a b
2 3 6
v) A equação tgx cos x tem, para x no intervalo 0, , uma raiz x sobre a qual podemos
2
dizer:
2 1 5 1
a) b) sen c) sen d) cos e)
4 2 2 2 3
5 4 5
a) b) c) d) , e) ,
4 3 4 3 3 4 4
x) Sabe-se que 4tg2 x 9 e x . Então, a expressão E 4senx 6 cos x cot gx vale:
2
a) 3 b) 3 c) 2 d) 2 e) 9
2 2 3 3 4
1
y) Sabendo que senx e x , o valor de cos sec x sec x é:
3 2 cot gx 1
a) 3 2 b) 2 2 c) 3 2 d) 2 2 e) 3
4 3 4 3
senx seny
o) Sejam x, y ∈ R. Se x + y = ex−y= , calcule o valor de t, sendo t
2 6 cos x cos y
encontramos, inicialmente,
IR, que é:
encontramos, inicialmente,
encontramos, inicialmente,
encontramos, inicialmente,
encontramos, inicialmente,
6º Caso: tg x > tg a ( tg x tg a)
Vamos estudar este último caso resolvendo a inequação como exemplo.
Na resolução da inequação
encontramos, inicialmente,
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 1
EXERCÍCIOS PROPOSTOS 2
1 7 11
a) sen x ≥
2
R:
0, 6 6 ,2
1 5
b) cos x ≤ R:
2 3 , 3
5 3
c) tg x > 1 R:
4 , 2 4 , 2
3 11
d) cos x >
2
R:
0, 6 6 ,2
2 5 7
e) sen x ≥
2
R:
0, 4 4 ,2
5 3
f) tg x ≤ 1 R:
0, 4 2 , 4 2 ,2
g) cos x > −1 R:
2 7
h) cos x < R:
2 4 , 4
5
i) sen 2x + cos 2x ≤ 1 R:
4 , 4 ,2
5 3
j) sen 2x > cos x R:
6 , 2 6 , 2
k) cos2x< 1 R:
l) sen5x >1 R:
m) sen2x ≤ 1 R: 0 ≤ x ≤ 2π
5
n) sen2x ≥ 1 R: ,
4 4
CAPÍTULO 8 – GEOMETRIA
A geometria é o ramo das matemáticas que estuda as propriedades e as medidas das figuras no
espaço ou no plano. No seu desenvolvimento, a geometria usa noções tais como pontos, rectas,
planos e curvas, entre outras.
O cálculo de áreas e volumes das figuras geométricas planas ou sólidas exige dos alunos o
conhecimento de unidades de medidas. Quando as unidades de medida são diferentes, devemos
efectuar a redução à mesma medida. Os quadros abaixo apresentam um resumo das Unidades de
medidas.
A. Unidades de Área
Exemplos:
B. Unidades agrárias
Unidades agrárias
ha a ca
hectar are centiare
Exemplos:
C. Unidades de Volume
Exemplos:
D. Unidades de Capacidade
Unidades de capacidade
kl hl dal l dl cl ml
1 l = 1000 ml 1 kl = 1000 l
Obs.: Quando se calcula a área de uma figura geométrica a sua unidade de medida aparece
sempre ao quadrado (por exemplo, em metros quadrados (m2)).
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Uma mesa rectangular mede 1,2 m x 0,8 m. Se numa das quinas desta mesa eu fixar um
barbante com um prego, qual deve ser o tamanho aproximado do barbante de maneira que eu
consiga percorrer um sector circular com um terço da área da mesa?
2. Uma pizza circular tem área de 706,86 cm2. Qual é a área interna da menor caixa quadrada
para transportá-la?
(Resposta: A área interna da menor caixa quadrada para transportar a pizza é de 900
cm2)
4. Um prato tem 24 cm de diâmetro e o outro tem 30 cm. Em termos de área, o prato menor é
quantos por cento do maior?
(Resposta: 64%)
(Resposta:
14,25 cm2)
O Abel decidiu colocar uma camada de areia de 6 cm de espessura no fundo do aquário e pediu ao
João para ir ao mercado comprá-la. Que quantidade de areia, em cm 3, deverá o João comprar?
(Resposta: 9000 cm3)
7. Na casa da Inês, gastam-se por mês 50 garrafas de 1,5 litros de água. Para ficar mais
económico, os seus pais resolveram passar a comprar a água em garrafões de 5 litros. Quantos
garrafões são necessários comprar?
Por meio das coordenadas dos pontos A e B pode-se determinar a distância d(A,B) entre dois
pontos representados no plano.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resolução.
d ( A, B) (2 5) 2 (7 11) 2
d ( A, B) 9 16
Resolução:
Para se conhecer a medida de cada lado basta calcular as distâncias entre os pontos
o perímetro vale
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
Recta no plano
y – y1 = m (x – x1).
( y 2 y1 ) y – 6 = –3 (x + 1)
m y – 6 = –3x – 3
( x2 x1 )
y – 6 + 3x + 3 = 0
36 9
m 3 m -3 y + 3x – 3 = 0
2 (1) 3
2ª – através de uma matriz quadrada formada pelos pontos pertencentes à recta dada.
1ª forma
Vamos determinar a equação da recta s que passa pelos pontos A(–1, 6) e B(2, –3).
2ª forma
Considerando o ponto genérico P(x, y), pertencente à recta s que passa pelos pontos A(–1, 6) e
B(2, –3), vamos construir a matriz formada pelas coordenadas dos pontos dados:
Diagonal principal
x * (–6) * 1 = 6x
y * 1 * 2 = 2y
1 * (–1) * (–3) = 3
Diagonal secundária
1* 6 * 2 = 12
x * 1 * (–3) = –3x
y * (–1) * 1 = –y
s: 6x + 2y + 3 – (12 – 3x – y) = 0
s: 6x + 2y + 3 – 12 + 3x + y = 0
s: 9x + 3y – 9 = 0 (dividindo a equação por 3)
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
2. O valor de b para que o coeficiente angular da recta que passa pelos pontos A(4,2) e
B(2b + 1,4b) seja –2 é:
a) –1 b) 0 c) 1 d) 2 e) n.d.a
a) – 2x – y + 7 = 0 b) – 2x + y – 7 = 0
c) 2x – y – 7 = 0 d) 2x + y – 7 = 0 e) n.d.a
a) y = x + 3 b) y = -x + 3 c) y = 2x+6 d) y = x – 3 e)
y = - 3x + 2
a) x – 2y - 8 = 0 b) 2x + y – 2 = 0 c) 4x – 2y – 4 = 0
d) x–y+2=0 e) x–y+4=0
7. Determine a equação da recta que passa pelos pontos A(-3, 2) e B(5, -4)
a) 4x + 3y + 1= 0 b) 3x + 4y + 1= 0
c) x + y + 3 = 0 d) x + y – 4 = 0 d) x – y – 1 = 0
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1 5
(a) C (0,0) e r2 (b) C (1,3) e r 3 (c) C , e r4
2 2
Resolução.
c1 0
a) c2 0 ( x 0) ( y 0) 2 x y 4 0
2 2 2 2 2
r 2
c1 1
b) c2 3 ( x ( 1)) ( y 3) 3 x 2 x 1 y 6 y 9 9 0 x y 2 x 6 y 1 0
2 2 2 2 2 2 2
r 3
1
c1 2
2 2
5 1 5 1 25
c2 x y 4 x x y 5 y 16 0
2 2 2
c) 2 2 2 4 4
r 4
4 x 2 y 2 4 x y 2 20 y 38 0
a) x 2 ( y 3) 2 16 b) ( x 2) 2 y 2 12 0 c) 3x 2 3 y 2 6 x 12 y 14 0
Resolução.
C (0,3)
a) x 2 ( y 3) 2 16 ( x 0) 2 ( y 3) 2 42
r 4
14
3 x 2 3 y 2 6 x 12 y 14 0 (3) x 2 y 2 2 x 4 y 0
3
2
c1 1
2
c) C (1,2)
4
c2 2 3
2 r
3
14 14 14 1 3
r (1) (2) 1 4 5
2 2
3 3 3 3 3
a) 9 x 2 9 y 2 6 x 36 y 64 0 b) x2 y 2 7x y 1 0
c) 4x 2 4 y 2 x 6 y 5 0
Resolução.
6 64
9 x 2 9 y 2 6 x 36 y 64 0 (9) x 2 y 2 x 4y 0
9 9
Coef ( x 2 ) Coef ( y 2 ) 0
Coef ( xy) 0
a)
1 36 64 27
2
1
2
6/9 1 64
irregular
2
c1 r
2 3 3 9 9 9
4
c2 2
2
a) yk y' 0
b) yx y' 1
c) y uv y´ u ' v '
d) y u.v y´ u ' v uv'
u u '.v u.v'
e) y y´
v v2
b) y un y' n. u n1u'
u'
c) y ln u y'
u
d) y au y' a u .ln a.u'
e) y sen u y' u' cos u
u'
y'
g) y arcsen u 1 u2
u'
y'
j) y arccos u 1 u2
u'
y'
k) y arc cot g u 1 u2
9.3 Exemplos
2x3 5
a) f ( x)
4x 2 7
b) f ( x) ln arctag( x)
1
f ' ( x) 1 x
2 1
arctag ( x) (1 x )arctag ( x)
2
c) f ( x) ln x 15 x sen( x)
3 2
3x 2 30 x cos( x)
f ' ( x)
x 3 15 x 2 sen( x)
d) f ( x) x
f ( x) x 8
7
1 8
f ' ( x) x
8
e) f ( x) cos(ln( 4 x x))
2
8x 1
f ' ( x) sen(ln( 4 x 2 x))
4x x
2
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a) f ( x) 2 x 5 R: f ' ( x) 2
b) f ( x) 1 4 x 2 R: f ' ( x) 8 x
f ( x) ( x 3 x) . ( x 2 x ) R: f ( x) 5 x 4 x 3x 2 x
' 4 3 2
c)
d) f ( x) (3x 2 x 1).( x x)
2 2
R: f ' ( x) 12 x3 15 x 2 2 x 1
9x2 1
e) f ( x) 3 x x
4 3
R: f ( x)
'
44 (3x 3 x)3
x 1 x5
f) f ( x) R: f ( x)
'
3
x 1 63 ( x 1) 4 . x 1
7 x 2 32 x 2
g) f ( x) x 8 . x 4 3 2
R: f ( x)
'
63 ( x 2 4) 2 . x 8
3x 2 5
j) f ( x) sen x 3 5x R: f ' ( x) cos x 3 5 x
2 x 5x
3
k) f ( x) x tgx
2 3
R: f ' ( x) 2 xtagx3 3x 4 sec2 x3
3 x x 2 3 x
f ( x) e x R: f ( x ) ( 2 x 3).e
2
'
l)
x 2 5 x x 2 5 x
m) f (x) 5 R: f ( x) ( 2 x 5).5
'
. ln 5
x x2 1
n) f ( x) log R: f ' ( x)
x 1
2
x( x 2 1)
x e x e x
o) f ( x) ln( e e ) R: f ( x) x
x '
e ex
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BIANCHIN, Edwaldo and Herval PACCOLA , 1997. Curso de Matemática. Brasil Editora
Moderna. Volume Único. ISBN 8516036901.
3. DANTE, L. Roberto 2003. Matemática: Contexto e aplicações. 3ª ed. São Paulo, Editora Ática.
Volume 1. ISBN 85-322-4514-5.
4. IEZZI, Gelson, et al, 1977. Fundamentos de Matemática Elementar. São Paulo Editora Atual.
Volume 4. ISBN: 8575602985.
6. MADEIROS, Valeria, el al, 2010. Pré-Cálculo. 2ª ed. São Paulo. Editora CENGAGE Learning.
ISBN 9788522107353
8. Programas de Matemática do 2º Ciclo do Ensino Secundário, INIDE, Editora Moderna, S.A, 2.ª
Edição 2013
CAPÍTULO 1 - MECÂNICA
Aparelhos de Medir: são calibrados em unidades (ou fracções das unidades) do atributo a
medir.
Resultado da Medição: Grandeza da Física = Valor (número) x Unidade
Unidades:
A Indústria e o Comércio precisam de certos estandartes comuns (unidades) como por exemplo
a navegação, o transporte e a comunicação.
Os sistemas de saúde e a segurança dependem de medições precisas. A precisão de uma
medição pode-se definir como:
Convenção do Metro:
No ano 1875 dezassete países chegaram a um acordo em Paris para definir novas unidades
para medir as grandezas de distância (comprimento) e massa.
⇒ Foram preparadas um “Metro Padrão” e uma peça da massa de um Quilograma de uma liga de
Pt – Ir (tem uma expansão térmica pequena).
⇒ Início de “Systeme Internacional d´Unites” e de Laboratórios nacionais de calibração.
Unidade Atributo
Metro (m) Comprimento L
Definição do “Metro”:
1 METRO
• Definição do “Segundo”:
1 Segundo = 1s é 9 192 631 770 vezes a duração do período da radiação emitida e absorvida
pela transição entre dois níveis da estrutura hiperfina do estado atómico fundamental do isótopo
133
Cs.
• Definição do “Quilograma”:
1 Quilograma = 1 kg é a massa do protótipo do quilograma.
As definições das outras unidades são tratadas junto com os respectivos conteúdos da física
onde são aplicadas.
1.1.2 Cinemática
Velocidade:
Para descrever a variação da posição do corpo com o tempo, o término “velocidade” é útil.
r (t 2 ) r (t1 )
Velocidade média v : v (t1 , t 2 )
t 2 t1
r (t 2 ) r (t1 )
Velocidade instantânea : v (t ) lim
t 2 t1 t 2 t1
O símbolo “lim” indica a aproximação de t 2 para t1 = t. Este tipo de expressão chama-se derivação
dr(t)/dt. Será tratada no fim do primeiro semestre na disciplina Calculo 1.
Aceleração:
Para descrever a variação da velocidade com o tempo precisa-se o término “aceleração”:
v (t 2 ) v (t1 )
Aceleração média: a
t 2 t1
v (t 2 ) v (t1 )
Aceleração instantânea: a (t ) lim
t 2 t1 t 2 t1
Movimentos especiais:
Exemplo:
Um carro anda com uma velocidade de 100 km/h. A distância percorrida durante duas horas é:
⇒ s = 100 km / h x 2 h = 200 km.
km
100
v
v a t a h 100 1000 m 20 m 5,55 m
t 5s 3600 s 5s 3,6s 2 s2
A distância percorrida durante a fase de aceleração é:
1 5,55 m 5,55m 25 s 2
s a t
2
(5s)
2
69,375 m
2 2 s2 2s 2
Sumário:
m m
Unidades: Distância [s] = m, Velocidade [v] = , Aceleração [a] = 2
s s
⇒ A cinemática descreve o movimento de corpos com as funções vectoriais r(t) (trajectória), v(t)
(velocidade) e a(t) (aceleração).
Mas o que causa o movimento, velocidade e aceleração?
Por isso precisamos da Dinâmica. A Dinâmica descreve as causas do movimento.
1.1.3 Dinâmica
A Dinâmica descreve as causas da velocidade e da aceleração. Precisamos das seguintes
Grandezas Físicas:
• Força F
• Massa (inerte) m
Paralelograma de Forças
As leis de Newton:
O físico Inglês Isaac Newton formulou no ano 1686 três leis que representam o fundamento da
Dinâmica:
F=0 v = const.
⇒ A bola move-se até ao infinito quando o ângulo da inclinação é zero e o atrito é ignorado.
Consequência:
Não existem diferenças entre sistemas, que se movem com uma velocidade v=0 e sistemas, que
se movem com v = constante ≠ 0
Exemplo:
Um livro é depositado sobre uma mesa com almofada de ar dentro de um comboio. O comboio
anda com a velocidade v ≠ 0.
Modelo de Quilograma
O quilograma é a unidade de massa e é igual à
massa do protótipo internacional do
quilograma (3º CGPM - 1901 - pág. 70 das
actas)
ACELERAÇÃO de 1 m/s2
A unidade SI de força é o Newton
(N). Um Newton é a força que
aplicada a uma massa de um
quilograma, lhe daria uma
acelaração de 1 metro por segundo
quadrado.
1N = 1 Kg . m/s2
Exemplo 1
Exemplo 2
⇒Altura h caída:
⇒ h é independente da massa m.
pequena.
Quando a força F que actua sobre um corpo tem origem num outro, actua sobre o ultimo uma
força igual e contrária – F.
Exemplos
a) Corpo em cima de uma mesa
O peso do corpo provoca uma deformação elástica (tipo mola) da mesa. Esta deformação provoca
uma força FN com direcção contrária à deformação, que compensa o peso F´ N.
Exemplos quantitativos:
1) A massa (peso) máxima de um Volkswagen Golf é 1680kg. Calcula a força necessária para
acelerar o carro para 50km /h em 5s.
Solução:
Solução:
4) Um corpo com m = 10 kg escorrega numa rampa (plano inclinado) com uma inclinação
α = 30º para baixo.
Solução: O peso F 1 pode ser descomposto por uma força paralela ao plano inclinado F 2 e
uma força perpendicular F3 .
Geometria ⇒
Atrito
Quando um corpo se desliza a força de atrito sobre o corpo tem o sentido contrário a velocidade
O atrito é proposcional a força perpendicular ao plano de contacto com o corpo.
Se o corpo se desliza:
Exemplo
m
H 0,5m 1680 kg FH 0,5 m g 0,5 1680 kg 9,81 8240 ,4 N 8,24 kN
s2
Usualmente FG FH .
Exemplo
Definição do ”Trabalho”:
Uma força é aplicada num corpo com a massa m e o corpo é deslocado de A para B
(distância ∆r):
Definição: Trabalho W : F r com a Unidade: N . m = J = Joule.
Exemplos
a) Uma pessoa usa um aspirador no qual exerce uma força constante de 50 N para limpar a sala.
A direcção da força aplicada faz um ângulo de 30º com a superfície da sala, como se ilustra na
figura.
Calcula o trabalho realizado pela força de 50 N, sabendo que o aspirador se desloca 3,0 m em
linha recta.
Dados Resolução
Definição da “Energia”:
Quando levantamos por exemplo um corpo da massa m de uma altura h, o corpo tem uma
capacidade de executar o trabalho W = m .
g .
h, a energia potencial (energia da posição).
Quando deixamos cair o corpo da altura h, a energia potencial é transformada pela energia de
movimento (energia cinética).
Geral:
O trabalho ou a energia respectiva E calcula-se, lembrando as fórmulas para a força F e a
distância s como:
O resultado chama-se Energia Cinética (= a capacidade, que tem o corpo por causa do
movimento, de executar trabalho).
⇒ Energia cinética:
Voltamos para o exemplo da queda dos graves e calculamos a energia cinética no momento
do impacto do corpo:
A soma da energia potencial e da energia cinética é constante. A energia potencial pode ser
transformada para energia cinética e contrário.
Aplicação:
1 2
A energia potencial de uma mola é: E pot kx , com k = constante da mola, x = alongamento
2
ou diminuição do comprimento da mola
Exemplo:
Exemplo 1:
Um carro tem 75 cv. Tem uma massa de 1t. Que energia é necessário para utilizar o carro com a
potência máxima durante uma hora?
Solução:
1cv = 735 W
Exemplo 2
O carro do exemplo 1 anda com uma velocidade de 150 km/h durante uma hora. Que energia é
necessária quando o atrito é µ = 0,02?
Solução:
Força (atrito) e distância são paralelos.
Sistema L Sistema s
Partículas de massas diferentes modificam as suas velocidades nos choques até adquirirem, em
média, a mesma energia cinética (Sistema L = sistema do laboratório, Sistema S = sistema do
centro de massas).
Termómetro:
Exemplo 1
Material a/K-1
Al 24.10-6
Gelo 51.10-6
Vidro de janela 9.10-6
Vidro Pyrex 3,2.10-6
Diamante 1,2.10-6
Grafite 7,9.10-6
Cobre 17.10-6
Aço 11.10-6
⇒ A dilatação térmica de um sólido ou de um líquido pode ser utilizada para medir a temperatura:
Para a calibração de termómetros utiliza-se os pontos de fusão e de evaporação conhecidos de
várias substâncias.
Este método também pode ser aplicado para substâncias líquidas como mercúrio ou álcool (→
termómetro de mercúrio).
Exercício
Uma ponte de aço é construída. Tem um comprimento l 0 de 1000m na temperatura de 10ºC.
Que comprimento terá na temperatura 40ºC.
Solução:
Unidades: [p] = 1 Pa = 1 N/m2 (Pascal), Unidade antiga: 1 atm = 1,013. 10 5 N/m2 (atmosfera)
A equação de estado dos gases ideais descreve a correlação entre o volume V, a pressão p e
temperatura T de um gás. É útil para prever tendências quando um parâmetro (volume, pressão
ou temperatura) é variado.
Estas equações só podem ser aplicadas exactamente para os gases nobres. Mas também
representam uma boa aproximação para outros gases.
Exercicios 1
Calcula o volume de um mole de uma substância na T = 0ºC, p = 1 atm,
Utiliza 1 atm = 1,013.105 N/m2.
Solução:
Exercício 2
Uma quantidade de gás tem um volume V = 2 L na temperatura de 30ºC na p = 1 atm. O gás é
comprimido para V = 1,5 L na temperatura de 60ºC. Calcula a pressão.
Solução:
Al 900 24,3
Cu 386 24,5
Agua 4185
Exercício 1
Qual é a energia necessária para aquecer 3 kg de cobre de 20ºC?
Solução:
Exercício 2
Um corpo de Al tem uma massa de 2 kg. A temperatura inicial é 10ºC. São fornecidos 36 kJ calor.
Qual é a temperatura final?
Solução:
⇒ Tf = 30°C
O Calorímetro
Para determinar a capacidade calorífica de um material, um corpo deste material é aquecido para
uma temperatura T e depositado em um banho de água.
O corpo aquece a água de Tc1 para T2.
Exemplo
600g de sucata de chumbo são aquecidas para 100ºC. São depositadas num contentor de
Alumínio com massa de 200g. O contentor contém 500g de água. A temperatura inicial do
calorímetro é de 17,3ºC. A capacidade calorífica específica do Alumínio é 0,900 KJ/(kg.K).
A temperatura final do calorímetro é 20ºC.
Calcule a capacidade calorífica específica de Pb.
Solução:
Energia recebida do contentor: QC = mC.cc .∆TC = 0,2 kg . 0,900 kJ/(kg . K) . 2,7K = 0,486 kJ
Energia fornecida pela sucata: QPb = mPb . cPb . ∆TPb = 0,6 kg . cPb . 80K = 48 kg . K . cPb
Exemplo 1
O corpo e o plano inclinado ficam mais quentes. A energia potencial é transformada para energia
cinética que pode completamente ser transformada para calor.
Mas o processo inverso (“O corpo sobe o plano inclinado. Este corpo com o plano inclinado ficam
mais frios.”) não acontece.
Exemplo 2
Dois corpos têm temperaturas diferentes. Juntando os corpos transfere-se energia do corpo mais
quente para o corpo mais frio até as temperaturas dos dois corpos se igualarem.
O processo inverso não acontece.
c) O pistão é fixado e a energia térmica Q3 é tirada ate a pressão ter o valor P1.
d) O peso é tirado e o gás é comprimido com pressão constante até ocupar o volume V 1. A
energia térmica Q4 é tirada. O gás esta outra vez no estado inicial.
Conservação da energia
⇒ Trabalho mecânico:
Motores de Explosão
Maquinas a vapores produzem o calor externamente. Motores de explosão produzem o calor
dentro do volume de trabalho.
A figura seguinte mostra o funcionamento de um motor de quatro tempos:
W Q QK Q
Eficiência: : W 1 K
QW QW QW
Exemplos
ε (Maquina a vapor) = 0,4
ε (Motor) = 0,5
Resumo:
Exercício 1
Uma máquina tira a energia de 200J de um depósito quente, executa um trabalho W e fornece
160J de calor para o depósito frio. Calcula a eficiência ε.
Solução: ε = 0,20
Exercício 2
A eficiência de uma máquina é 0,35.
a) Quanto trabalho é executado, quando 150J de calor são tirados de um depósito quente?
b) Quanto calor é fornecido a cada ciclo para o depósito frio?
CAPÍTULO 3 - ELECTRICIDADE
Cargas q2 e q2 do mesmo signo provocam forças repulsivas, cargas com signo diferente
provocam forças atractivas:
Aplicação: Osciloscópio
Electrões saem do filamento K e são acelerados e focados via forças de Coulomb das cargas
eléctricas dos dispositivos W, L e A. As cargas eléctricas nas placas Y e X (Condensadores)
provocam um desvio do raio electrónico no ecrã S. Assim pode-se visualizar a dependência
temporal de sinais eléctricos.
Para produzir imagens visíveis, aplica-se nas placas X um sinal da forma “dente de serra”:
A carga móvel em metais consiste de electrões com carga q = e, que se movem com a
velocidade Vd dentro do fio.
Def.: Um campo eléctrico é uma zona onde corpos dotados de carga eléctrica sofrem a
acção de forças.
Campos eléctricos são visualizados via “linhas de campo eléctrico”. As linhas do campo eléctrico
descrevem o valor (densidade das linhas) e a direcção do campo eléctrico:
A energia potencial de uma carga eléctrica pode-se definir em analogia com a energia potencial de
um corpo da massa m: A força gravítica é substituída pela força de Coulomb. A energia potencial
da carga q no ponto a é Epa, no ponto b é Epb.
Definimos o potencial eléctrico ϕ usando as equações seguintes:
Epa = q .ϕa ∧ Epb = q .ϕb
Assim podemos definir uma grandeza muito utilizada nas aplicações, a tensão eléctrica U entre os
dois pontos a e b:
E pot.a
Lembrando as definições do campo eléctrico (E = F / q) e do potencial ( a )
q
⇒ U = (F .∆l) / q = (F/q) .∆l
⇒ U = E .∆l.
Resumo:
Cabo:
Com estas ferramentas (Definições e leis) podemos agora descrever circuitos eléctricos de
corrente contínua.
A tensão U provoca uma corrente l, que passa pela resistência R. As ligações são assumidas
com resistência nula. Dentro da bateria a carga eléctrica Q corre de um potencial baixo para um
potencial alto.
A função da resistência pode ser imaginada com a analogia mecânica indicada em baixo:
W = U.Q = U.I.t
a) A energia potencial é transformada para energia cinética que é transformada para energia
calorífica por intermédio dos choques com os pregos.
b) A criança que deposita as esferas outra vez para cima muda a energia química para energia
potencial (função da bateria).
c) Tudo começa outra vez de início → (a), até a criança parar (A bateria esta vazia).
Exercicio1
Calcula a resistência de um fio de cobre com um comprimento de 1 m e uma área A de 1 mm 2.
Exercício 2
Uma resistência com R = 100 Ω é ligada numa fonte de tensão com U = 220V (ver penúltimo
circuito antes desta página). Calcula a intensidade de corrente l.
Ferro 9 0,0045
Exercício 1:
Calcular o aumento da resistência de um filamento de cobre com A=1mm 2 e l=1m, quando a
temperatura sobe de 20ºC para 40ºC
Solução:
Exercício 2:
Calcular a velocidade média dos eletrões dentro de um filamento de cobre com um raio de
0,815mm. A corrente é 1 A
Solução: Assumpção: temos 1 electrão de condução por átomo de cobre.
NA
Número de átomos de cobre por volume n a
M
Explicação:
Os electrões fornecidos pela bateria empurram os electrões de condução de cobre que se
movem para direita.
• Os iões carregam o metal positivo até a força repulsiva ser suficientemente grande.
• Os iões são atraídos pelas moléculas de água e saem do metal indo para a solução.
O metal é carregado negativamente com relação à solução até o equilíbrio ser atingido.
A Tabela em baixo mostra as energias de ligação dos electrões de cada elemento em equilíbrio. As
diferenças dos potenciais são definidas relativamente de um eléctrodo de platina num ácido com
1g H+ / Litro.
Acumulador de chumbo
⇒ Os eléctrodos voltam para o estado inicial (Pb com uma camada de PbSO 4).
Resistência Interna:
Baterias e Acumuladores tem uma resistência interna Ri:
Lei de Ohm: I . R = U = UQ – I . Ri
Considerar como positivas as correntes que convergem para o nó. Considerar negativas as de
sentido oposto.
Conservação da Energia ⇒ U1 + U2 + U3 + … = 0
Fontes de tensão entram com valores negativos na soma.
Lei de Ohm:
Assim podemos substituir duas resistências em series por uma resistência com valor da soma das
duas.
Lei de Ohm:
1 1 1
Regras dos nós de Kirchhoff U1 U 2 U I I 1 I 2
Rtot R1 R2
U Rtot U 1 / R1 U 2 / R2
3.1.5 O Condensador
Condensadores são componentes eléctricos que servem para armazenar carga e energia
eléctricas. A capacidade C descreve a quantidade da carga Q, que o condensador pode
armazenar, quando uma tensão U é aplicada. A geometria mais fácil de um condensador é
mostrada na imagem em baixo:
As cargas eléctricas nas placas do condensador criam um campo eléctrico E, que é homogéneo
entre as placas.
Exercício
As placas de um condensador têm as dimensões de 10cm x 10cm. d = 1mm.
a) Calcula a capacidade.
b) Que quantidade de carga passa de uma placa para outra quando uma tensão de 12V é
aplicada?
O Dieléctrico
Depositamos um isolante entre as placas de um condensador. O campo eléctrico polariza o
E0
⇒ Podemos escrever E como: E
r
E0 .d U0
Lembrando de que U E.d U E.d
r r
Q Q Q
C r
U U0 r U0
A
C r .C 0 C 0 . r .
U0
Aplicação:
Quando uma pessoa toca uma tecla, a distância entre as placas metálicas é variada. A variação
da capacidade provoca um sinal eléctrico que é detectado.
Conhecemos Campos Magnéticos dos materiais magnéticos (ou mais correcto materiais ferro
magnéticos) e Campos Magnéticos provocados por correntes eléctricas. Já no ano 1820 o físico
francês Ampere mencionou a hipótese, de que o magnetismo de materiais também é provocado
por correntes eléctricas: de correntes atómicas internas. Esta hipótese foi confirmada e assim
pode-se dizer de que Campos Magnéticos são gerados por carga eléctrica em movimento.
Campos Magnéticos gerados por um condutor eléctrico, uma bobina e um magnete permanente.
Definição: Um campo magnético é uma zona onde uma força é aplicada sobre um
magnete. Magnetes têm sempre um pólo norte e um pólo sul.
Os dois pólos não podem ser separados.
Como o campo eléctrico, o campo magnético é uma grandeza vectorial. Também as forças entre
pólos magnéticos mostram atributos muito similares às forças de Coulomb entre cargas
eléctricas:
• A aproximação de dois pólos norte e dois pólos sul provoca forças repulsivas.
• A aproximação de um pólo norte e um pólo sul resulta em forças atractivas
(ver também a imagem em baixo).
Quando se passa uma corrente eléctrica I num condutor filamentar como indicado na imagem da
página anterior, um campo magnético concêntrico é gerado. O valor do campo H depende da
intensidade de corrente I e da distância radial r do condutor:
V .s
Com 0 1,26 .10 6 permeabilidade do vácuo
A.m
Parecido como um campo eléctrico, um campo magnético B provoca uma força F que actua
sobre cargas eléctricas q. Mas ao contrário do caso do campo eléctrico, esta força só actua em
O fio condutor é afastado para o lado logo que por ele passe uma corrente. Invertendo o sentido
da corrente também se inverte o sentido de afastamento.
Definição de Ampere
Para definição da unidade SI de Ampere utiliza-se a seguinte experiência:
As correntes I1 e I2 passam por dois condutores paralelos como indicado na figura em baixo.
Assumimos:
I1 I 2 I e 1 2
0 .
B B2 B F1 F2 F
2 .R
0 .I 2
⇒ Resulta em uma força atractiva F entre os dois condutores.
2 .R
1 A (Ampere):
Intensidade de uma corrente constante que, mantida em dois condutores paralelos, rectilíneos, de
comprimento infinito, de secção circular desprezável e colocados à distância de 1 metro um do
outro, no vácuo, produziria entre estes condutores uma força igual a 2x10 -7 N por metro de
comprimento.
A partir da sobreposição dos campos magnéticos de cada espira podemos construir o campo
magnético H dentro de uma bobina comprida:
n.l
H
L Com n = número das espiras, L = comprimento da bobina.
A força entre duas cargas electricas e a força entre dois polos magnéticos podem ser tratadas
similarmente. Por exemplo as duas forças são proporcional r-2
⇒ Cada fragmento de um magnete é por sua vez um magnete com pólo norte e pólo sul.
Os electrões da valência formam correntes circulares que são alinhadas do campo magnético
externo.
⇒ Pela sobreposição forma-se uma corrente circular forte, que provoca o campo magnético,
que dentro do material se chama “Magnetização” M.
No movimento circular dos electrões dentro dos átomos adiciona-se uma rotação em volta
de eixo próprio de electrão: O Spin I.
Os materiais ferro magnéticos mais utilizados são ferro (Fe), níquel (Ni) e cobalto (Co). Foi
confirmado empírica e teoreticamente que os magnetes elementares destes materiais são os
spins dos electrões da condução (electrões quase livres dentro do sólido, que são responsáveis
pela condução eléctrica).
Já sem campo magnético externo existem zonas com os magnetes elementares ordenadas
(domínios magnéticos).
Sem campo magnético H externo os domínios são orientados num circuito fechado:
H=0⇒M=0
As imagens em baixo mostram o desenvolvimento da estrutura dos domínios quando o campo
magnético externo H é aumentado:
Exemplo
O campo magnético H é produzido por uma bobina. O núcleo de ferro é magnetizado (os
magnetes elementares são alinhados como indicado na imagem em cima).
Quando o campo magnético externo H aumenta, cada vez mais momentos magnéticos são
alinhados na direcção de H. A magnetização entra na saturação, quando todos os magnetes
elementares são alinhados. Esta curva chama-se “Curva de Histerese” porque o processo da
magnetização não é reversível: A magnetização não é zero quando o campo magnético externo é
desligado e quando H é reduzido a curva de M é diferente da curva quando H sobe.
Experiência:
Tira a ficha eléctrica de um aquecedor eléctrico da tomada quando o aparelho está em
funcionamento.
⇒ Uma faísca aparece.
A razão da faísca aparecer é uma variação do campo magnético, que provoca (induz) uma
tensão eléctrica. Um parâmetro útil para deduzir a lei de indução é o Fluxo Magnético m :
Uma bobina percorrida por uma corrente induz do mesmo modo que a barra magnética ao ser
introduzida na espira.
... tal como uma variação da área limitada pela mesma espira.
⇒ Tensão induzida: U = Variação do fluxo magnético por tempo ∆t
t
Lei de Indução
Aplicação:
O fluxo magnético pode ser variado devido ao movimento de um condutor dentro de um campo
magnético. A barra móvel é um condutor eléctrico (ver imagem em baixo).
Exercícios
Solução: U = 1,44V
Aplicação: O Gerador
Um gerador é uma máquina que transforma trabalho mecânico para energia eléctrica.
2
Com 2 f , f = frequência, T = período do tempo (tempo que a bobina móvel faz para
T
completar uma volta)
A tensão alterna varia a polaridade periodicamente. A tensão alterna da nossa rede eléctrica é
produzida via indução.
Q
⇒ Potência = P = Energia / tempo U . U .I
t
1 U I
⇒ Potência média: P U 0 .I 0 U ef .I ef U ef 0 I ef 0
2 2 2
Um motor eléctrico é um gerador inverso. Consiste em uma parte móvel (o rotor) e uma parte
fixa (o estator).
O estator e o rotor são ligados em paralelo ou em série por intermédio das escovas de fios de
cobre.
O motor trabalha primeiro sem peso. Corrente I1 e tensão U1 são determinadas. Depois o peso é
levantado. A corrente I2 e a tensão U2 são medidas, como o tempo t necessário para levantar o
peso.
Resultado: U1 = U2 = U = 215V
I1 = 67,5 mA
I2 = 85 mA
t = 2,66 s
⇒ A variação da corrente ∆I = 17,5 mA,
⇒ Energia eléctrica gasta para levantar o peso:
O Transformador
Transformador
Um transformador é utilizado para variar a amplitude de uma corrente alterna sem modificar a
sua frequência.
Lei da Indução: U 1 N 1. U 2 N2.
t t
(o fluxo magnético é a mesma nas duas bobinas)
⇒ U1 N
1
U2 N2
Exercício 1
Uma campainha funciona com 6V e uma corrente de 0,4 A. Para utilizar a tensão de rede (230V)
um transformador com um circuito primário de 2000 espiras é implementado. a) Calcula o
número das espiras de circuito secundário. b) Determina a corrente no circuito primário.
Solução:
U 2eff 6V
a) N 2 N1 2000 . 52
U 1eff 230V
U 2eff 6V .0.4 A
b) Potência P1 P2 U 1eff .I eff U 2eff .I 2eff I eff 0,01 A
U 1eff 230V
Exercício 2
Uma ligação de alta tensão tem uma resistência de 0,02 Ω / km. Calcula a perda da potência
quando 200kW são transferidos para uma cidade de 10km distancia para U = 230V e U = 4,4kV.
P 200000 W
I eff 870 A
U eff 230V
Perda: PR I eff
2
.R 151kW
200 kW
b) I eff 45 A
4,4kV
Perda: PR 414W
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. Das Neue Physikalische Grundpraktikum (O novo Laboratório da Física); H.J. Eichler, H.-D.
Kronfeldt, J. Sahm; Springer-Verlag, 2001
1.1 Introdução
A constituição da matéria sempre intrigou o homem; a essência de tudo o que rodeia o ser
humano sempre lhe causou curiosidade, lhe despertou interesse… Na mente humana nunca se
calaram as questões relativas aos constituintes dos edifícios, dos alimentos, da água, das
estrelas… enfim, os constituintes do próprio corpo humano!
Desde a antiguidade que têm sido apresentadas e espalhadas por muitos homens ideias ou teorias
sobre a constituição da matéria. Mediante experiências e suposições, conclusões acertadas foram
sendo obtidas sobre aquilo de que é feita a matéria. Assim surgiu o conceito de átomo.
Embora nunca ninguém tenha visto um átomo, por ser tão pequeno que não pode ser observado a
olho nu, as experiências realizadas permitiram chegar a conclusões sobre a sua estrutura,
composição e comportamento. Pelo que, o átomo é descrito com base em tais conhecimentos que
são sempre actualizados. Essa descrição é um modelo do átomo.
Modelo de J. J. Thomson, físico inglês, que propôs uma descrição (modelo) do átomo, baseado
nos resultados das suas experiências onde, através da aplicação de uma corrente eléctrica sobre
um gás, foi produzido um fluxo de electrões, interpretado por ele como se os electrões estivessem
incrustados nos átomos do gás; a seguir, descreveu o átomo como uma esfera de carga
homogénea e indivisível, constituída por cargas positivas nas quais os electrões se encontrariam
incrustados como pequenos grânulos, semelhantes ao "pudim com passas", o nome pelo qual veio
a ser conhecido.
Ernest Rutherford, um físico neozelandez, montou um equipamento como o da figura abaixo, com
uma fonte de partículas a ser bombardeada por uma fonte radioactiva. Colocou uma tela redonda
de material fluorescente que se iluminaria ao receber o impacto das partículas e assim, poder
conhecer a trajectória das mesmas. Na trajectória das partículas, colocou uma fina lâmina de
metal (ouro) para deter as partículas ao chocar com o átomo homogéneo e indivisível de
Thomson.
No entanto, a grande maioria das partículas continuou em linha recta atravessando o metal como
se não tivesse nada na sua trajectória; muito poucas retrocederam e algumas foram desviadas.
Este facto experimental refutou o modelo de Thomson, mostrando que o átomo é composto
principalmente de espaços vazios.
O átomo é formado por um núcleo extremamente pequeno em relação ao seu tamanho, onde a
sua massa (protões) é concentrada; e os electrões giram em torno dele, a grandes distâncias,
como planetas ao redor do sol, descrevendo órbitas estacionárias, definidas, de modo que a sua
força centrífuga compensa a atracção electrostática que o núcleo positivo exerce sobre eles.
Rutherford sugeriu a ideia da existência de outras partículas no núcleo com massa igual ao
protão, mas electricamente neutro.
O modelo de Bohr mostra factos que não foram explicados pelo modelo de Rutherford e afirma
que:
Os electrões giram em torno do núcleo em órbitas fixas sem emitir ou absorver energia, o
que significa que ele tem uma quantidade de energia fixa e definida característica dessa
órbita.
Quando um electrão passa de uma órbita externa para uma mais interna, a diferença de
energia entre os dois é emitida sob a forma de radiação electromagnética.
Depois de ser aceite a estrutura e a composição do átomo como a célula da matéria, foi
necessário aprofundar o entendimento do seu comportamento e principalmente das partículas que
o constituem. Isso levaria ao modelo actual que é o da Mecânica Quântica.
Durante a década dos anos 20 do século XX, eram debatidos na comunidade científica alguns
conflitos teóricos:
A teoria da energia quantizada que se opôs à mecânica clássica apresentada por Isaac Newton
e que tinha sido aplicada aos fenómenos do “macromundo” por longo tempo.
A ciência estava em pleno desenvolvimento perante estes desafios. Foi necessário explicar
fenómenos ainda não explicados que ajudariam a resolver as contradições teóricas anteriores e
que enriqueceriam o conhecimento humano sobre a natureza, estrutura e composição da matéria.
Entre os principais factos que marcaram esta etapa estão:
Ao incidir a luz sobre uma placa de metal, esta emite electrões: o electrão é deslocado como
uma bola de bilhar (comportamento corpuscular);
O efeito fotoeléctrico.
Este modelo foi interpretado como "o comportamento da matéria não depende de um único
electrão, mas de feixes de partículas (ondas)."
No estado fundamental, o átomo é electricamente neutro (i.e., a sua carga é nula) porque o seu
número de protões é igual ao seu número de electrões.
As partículas que permitem identificar os átomos de um mesmo elemento químico são os protões.
Todos os átomos que apresentam o mesmo número de protões pertencem ao mesmo elemento
químico. E o número atómico (Z) de um elemento é o seu número de protões.Além do número de
protões, um átomo é também caracterizado pelo seu número de massa (A), que é igual ao
somatório do seu número de protões e de neutrões. Por exemplo,a massa atómica (A) do ferro é
igual a 56 unidades de massa atómica (u), o seu número atómico (Z) é igual a 26. Essa
informação sobre o elemento químico ferro pode ser simbolizada do modo seguinte: 26Fe .
56
Massa molecular: é igual à soma das massas atómicas de todos os átomos que formam a
molécula.
Exemplo:
Para qualquer substância, 1 mol possui 6,023 x 10 23 partículas (átomos, moléculas, iões). Por
exemplo, 1 mol de qualquer gás possui 6.023 x 10 23 moléculas deste gás. 1 mol de átomos de
qualquer elemento pesa tantas gramas quanto a sua massa molar, sendo a massa molar e massa
atómica do elemento iguais numericamente.
Isótopos: São átomos do mesmo elemento que podem ter um número diferente de neutrões. Por
exemplo, são conhecidos três tipos de átomos de oxigénio: 8O168O178O18. Juntos consideram-se
isótopos. Observe que os três têm o mesmo número de protões (8), porque é o mesmo elemento,
mas têm massas atómicas (A) diferentes (16, 17 e 18), porque têm um número diferente de
neutrões. Os átomos que possuem o mesmo número de protões e diferente número de neutrões
no núcleo são chamados isótopos. Outro exemplo é o carbono: 6C12 , 6C13 e 6C15. Estes átomos são
isótopos entre si.
Isóbaros: São átomos que têm um número diferente de protões, mas a mesma massa (A),
portanto, pertencem a diferentes elementos. Por exemplo, os átomos seguintes são isóbaros uns
dos outros: 19K
40
20Ca
40
potássio e cálcio são isóbaros, têm A=40.
Isótonos: São átomos que possuem o mesmo número de neutrões e pertencem a elementos
diferentes: por exemplo, os seguintes átomos são isótonos uns dos outros: 17Cl
37
e 20Ca ; 5B11 e
40
6C .
12
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
Resposta:
Resposta:
X e Z pertencem ao mesmo elemento, uma vez que ambos têm o mesmo número de protões, só
que X ganhou 2 electrões e tornou-se um anião com duas cargas positivas.
Resposta:
O modelo quântico permite calcular as regiões do espaço onde há maior probabilidade de localizar
um electrão, ou seja, níveis, subníveis e orbitais. Esta teoria descreve esta localização através do
que se denomina: “números quânticos”, os quais descrevem as energias dos electrões nos átomos
e são de enorme importância para descrever a posição de dois electrões nos átomos. Os números
quânticos são 4.
O número quântico principal: tem valores que indicam o número de níveis de energia. É
representado por: n.
O número quântico secundário ou azimutal (l) adquire valores que indicam o número de subníveis
em cada nível de energía. É representado por: s, p, d, f.
O número quântico magnético tem valores que indicam a orientação de cada orbital no espaço,
segundo os eixes cartesianos X, Y, Z. É representado por: m.
O número quântico spin indica o sentido do giro (rotação) dos electrões. É representado por: s.
Figura 4 - As orbitais são esféricas, mais os p são elípticos, o que situa os electrões, em cada caso, a
diferentes distâncias do núcleo e portanto com energias diferentes
Número quântico spin: Os electrões giram no mesmo sentido ou em sentido contrário, criando
um campo magnético que os repelem ou os atraem. Esta rotação é chamada de SPIN, palavra em
inglês, que significa girar. É por isso que em cada orbital os dois electrões devem ter spins
contrários (+ e _).
O princípio de exclusão de Pauli é um princípio da mecânica quântica que foi formulado por
Wolfgang Pauli em 1925, e expressa o seguinte: num mesmo átomo, dois electrões não podem
ter os mesmos quatro números quânticos. Por exemplo, se os números quânticos n, l, e m forem
iguais nos dois electrões, estes deverão necessariamente ter os números quânticos s diferentes e,
portanto. os dois electrões têm spins opostos.
Regra de Hund ou Princípio da Máxima Multiplicidade: Foi desenvolvida pelo físico alemão
Friedrich Herman Hund. Esta regra mostra que sempre que há maior número de electrões com
spin paralelos num orbital incompleto, a energia será menor e o átomo mais estável. Os electrões
que compartilham uma orbital deverão ter spins opostos.
O princípio de Aufbau: Contém uma série de instruções relacionadas com a localização dos
electrões nos orbitais de um átomo. O modelo, desenvolvido pelo físico Niels Bhor, recebeu o
nome de Aufbau (do alemão Aufbauprinzip que significa início da construção). Também
popularmente conhecida sob o nome de regra de Madelung.
Os orbitais são preenchidos respeitando a regra de Hund: começa-se com a orbital de menor
energia. Primeiro preenche-se o orbital 1s (até um máximo de dois electrões), seguidamente
preenche-se o orbital 2s (também com dois electrões máximos): o subnível 2p. De acordo com a
sua posição tridimensional, 2px, 2py e 2pz têm três orbitais. Assim, os três orbitais 2p podem
encher até seis electrões, dois em cada um. Novamente, de acordo com a regra de Hund, devem
ter todos pelo menos um electrão antes que cada um se complete com dois, e assim por diante:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2
O Princípio de Exclusão de Pauli adverte-nos de que qualquer electrão, num átomo, não pode ter
os mesmos valores para os 4 números quânticos como uma descrição do seu estado de energia.
Para completar o orbital correctamente, segue-se a direcção da seta como se mostra no gráfico.
Primeiro, 1s e 2s, depois sobe para p, e baixa 3s, 3p e baixa a 4s. Neste ponto, o próximo nível
de energia mais baixo não é 4p, mas sobe para 3d então até 4p e 5s, e assim por diante.
1s, 2s, 2p, 3s, 3p, 4s, 3d, 4p, 5s, 4d, 5p, 6s, 4f, 5d, 6p, 7s, 5f, 6d, 7p...
Este princípio também é conhecido como a REGRA DIAGONAL, para se expressar de uma forma
esquemática, sendo útil para realizar o preenchimento dos orbitais por níveis, subníveis e orbitais.
O efeito fotoeléctrico ocorre quando um feixe de energia incide sobre a superfície de um metal e
remove um electrão da sua estrutura, que se desprende do metal por ter absorvido parte da
energia do feixe incidente,o que lhe permite mover-se fora do metal.
O efeito fotoeléctrico foi interpretado por Einstein, em 1905, da seguinte forma: "quando a luz
incide sobre a placa de metal, emite uma chuva de electrões... a luz não é um fluxo contínuo de
energia, mas é composto de partículas individuais ou pacotes de energia chamados fotões."
A radiação incidente está formada por fotões, cada um com uma energia que pode ser calculada
de acordo com o seu comprimento de onda (λ).
E fh h
C
Onde:
Uma energia chamado trabalho de extracção ou remoção (Er), uma vez que é usado para
remover o electrão do metal e é característica de cada metal (energia de ionização).
Transmissão de energia cinética para os electrões libertados (CE) para que possam mover-se
fora do metal.
Portanto, para que o processo tenha lugar, a energia da radiação incidente (fotões) deve ter uma
energia igual ou superior ao trabalho de remoção do metal mais a energia para transmitir ao
electrão que precisa de energia cinética para sair do metal.Ou seja:
Ef = ErM + Ec;
Onde: Ef = energia da radiação incidente; ErM = Energia de remoção do metal; Ec= Energia
cinética máxima para que os electrões possam sair do metal.
As famílias são constituídas pelos elementos representativos, sendo que todos esses elementos
apresentam o seu electrão mais energético situado nos subníveis s ou p.Nas famílias IA a VIII A,
o número da família indica a quantidade de electrões existentes na camada de valência.
Exemplo:
Grupo VIA
Grupo IA
Grupo VII A
Cl, Z= 17: 1s2 2s2 2p6 3s2 3px2 3py2 3pz1: na camada de valência tem: = 7 electrões
Grupo VIIIA.
Ne, Z= 10: 1s22s2 2px2 2py2 2pz2: na camada de valência tem: = 8 electrões
Além de serem indicadas por números e letras, essas famílias recebem também nomes
característicos, nomeadamente:
I A ou 1 Alcalinos ns1
II A ou 2 Alcalinos térreos ns2
III A ou 13 Família do Boro ns2 np1
IV A ou 14 Família do carbono ns2 np2
V A ou 15 Família do Nitrógeno ns2 np3
VIA ou 6 Calcogénios ns2 np4
VII ou 17 Halogénios ns2 np5
Zero ou 18 Gases nobres ns2 np6
A classificação dos elementos nas diferentes Tabelas Periódicas conhecidas geralmente concordam
em: elementos representativos, metais de transição, lantanídeos e actinídeos.
Elementos representativos: Localizados nos grupos 1, 2, 13, 14, 15, 16, 17,18. O número de
electrões da última camada dos seus átomos corresponde ao segundo dígito do número que
designa cada família.
Então, a última camada dos átomos dos elementos da família 15 possui 5 electrões, da família
14, 4 electrões, e assim sucessivamente.
Metais: Propriedades: apresentam alta condutividade eléctrica e térmica; em geral são densos,
têm brilho (propriedade de reflectir a luz); altos pontos de fusão e ebulição; ductilidade (é a
propriedade de se converterem em fios);maleabilidade (é a propriedade de se transformarem em
lâminas); têm facilidade para perder electrões dando origem a iões positivos (catiões); têm
poucos electrões na última camada (menos de 4); todos os metais são sólidos à temperatura
ambiente de 25º e 1 atm, excepto o mercúrio (Hg).
Não-Metais: Propriedades: apresentam propriedades opostas às dos metais. Não são bons
condutores de calor e electricidade, não são maleáveis e dúcteis e não possuem brilho (em geral,
são opacos). Têm facilidade em ganhar electrões, transformando-se em iões negativos (aniões).
Apresentam mais de 4 electrões na última camada. São os mais abundantes na natureza.
Em geral, a maioria das propriedades dos elementos químicos variam periodicamente com o
aumento dos seus números atómicos (segundo se avança nos períodos e grupos). Estas
propriedades são:
Raio atómico (de um elemento): É a metade da distância internuclear mínima que dois átomos
desse elemento podem apresentar sem estarem ligados quimicamente.
Num grupo da tabela periódica quando aumenta o número atómico (de cima para baixo),
também aumenta a quantidade de níveis de energia, aumentando por sua vez o raio atómico .
Num período (da esquerda à direita), o número de níveis não varia com o aumento da carga
nuclear, mas aumenta a atracção do núcleo aos electrões mais externos, portanto
o tamanho do átomo é reduzido. O mesmo sucede com os iões.
Carácter não metálico: É a característica de elementos que tendem a ganhar electrões. Quanto
menor é o raio, maior é a afinidade electrónica e grande o potencial de ionização. Neste caso
haverá uma predominância de carácter não metálico.
Ao contrário, quanto maior é o raio menor é afinidade electrónica sendo a característica dos
elementos que tendem a perder electrões. Neste caso haverá uma predominância de carácter
metálico.
Metais: Baixa afinidade electrónica e baixo potencial de ionização; é mais fácil arrancar do que
adicionar electrões; tendem a formar catiões.
Não metais: Alta afinidade electrónica e alto potencial de ionização; é mais fácil adicionar do que
arrancar electrões; tendem a formar aniões.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Respostas
Respostas
As ligações químicas são as forças de atracção que unem os átomos. Quando os átomos estão
ligados uns aos outros, podem perder, ganhar ou compartilhar electrões e isto determina o tipo de
ligação. Os electrões de valência determinam como é que se irão juntar um átomo com o outro e
as características dessa ligação.
No último grupo da Tabela Periódica VIII (18), está a família dos gases nobres, os elementos mais
estáveis da tabela. Isto é devido ao facto de possuirem 8 electrões na sua camada mais externa,
excepto o hélio que tem apenas 2, mas que também é considerado como uma configuração
estável, desde que complete o seu nível de energia - 2 electrões porque é o primeiro e último
nível.
No caso único do H e o He, que têm apenas um nível de energia, o máximo número de electrões
para completar é 2; neste caso refere-se ao "Dueto".
A configuração dos elementos quando completam o octeto acaba por ser semelhante aos gases
nobres.
Exemplo:
He tem Z= 2 e a sua configuração é 1s 2.Tem completo o seu primeiro e último nível de energia (o
elemento H tende a assemelhar-se, ao completar o seu "dueto"; ganhou 1 electrão e atingiu a
mesma configuração electrónica que a do hélio; os elementos Li e Be perdem 1 e 2 electrões
respectivamente e também atingem a configuração do He).
Ne Z=10: 1s2, 2s2, 2p6 têm completos o seu segundo e último nível de energia (os elementos do
período 2, que têm orbitais p, ou seja, B, C, N, O, e F, tendem a alcançar esta configuração
perdendo ou ganhando electrões).
• Podem estar unidos por ligações simples, duplas ou triplas, dependendo das características dos
átomos dos elementos que estão ligados.
Exemplo nº 1: Ligação covalente simples entre dois átomos de flúor (F, não metal) para formar
uma molécula diatómica.
Cada átomo de cloro tem 7 electrões de valência e necessitam de ganhar 1 para completar o seu
octeto. Se cada um compartilhar com o outro o electrão que tem desemparelhado, ambos
completarão o octeto e formarão uma ligação covalente simples (partilha de um par de electrões)
Exemplo nº 2: Ligação covalente dupla entre dois átomos de oxigénio (O, não metal) para
formar uma molécula diatómica.
Configuração electrónica do oxigénio: 1s2, 2s2 2p6 3s2 3p6 (3s2 3p2 3p1 3p1)
Como se observa, cada átomo possui 6 electrões de valência, mas eles estão organizados em
pares (orbitais completos) e dois orbitais incompletos que são aqueles que precisam de ser
preenchidos; mas, pela configuração do átomo no seu estado fundamental, seria muito difícil
estabelecer-se essa partilha de electrões. É por isso que o modelo de ligação explica que ambos
os átomos passam por uma transformação denominada hibridização, para resolver a dupla
partilha de electrões, dupla ligação covalente, que pode ser representado pela estrutura de Lewis
seguinte:
Estrutura de Lewis:
Cada átomo tem 8 electrões dos quais 4 são compartilhados, pertencentes a ambos os átomos
depois de formada a molécula diatómica.
Exemplo nº 3: Ligação covalente tripla entre dois átomos de nitrogénio (N, não-metal) para
formar uma molécula diatómica.
Como se pode ver, cada átomo tem 5 electrões na valência (1orbital s completo) e três orbitais
incompletos que são aqueles de que precisam para completar o nível e o octeto, podendo
compartilhar 3 electrões. Mas, como se viu com o oxigénio, pela configuração do átomo no seu
estado fundamental, seria muito difícil ocorrer essa tripla ligação. Ambos os átomos também
sugeriram uma transformação (hibridação) para finalmente resolver a tripla ligação covalente que
pode ser representado pela estrutura de Lewis seguinte:
Quando a ligação covalente se estabelece entre mais de dois átomos, formam-se moléculas
poliatómicas. Os modelos estabelecidos para descrever tais moléculas e as suas ligações, têm as
seguintes regras:
C, Z= 6 e O, Z= 8.,
Nesta proposta de estrutura, os dois oxigénios completam o seu octeto, mas não o carbono.
Portanto, outro par de electrões de cada oxigénio é colocado na ligação C – O para completar o
octeto de carbono e então serão duas ligações duplas.
A estrutura é formada por 2 duplas ligações covalentes que satisfazem os octetos dos três
átomos.
A natureza parcial da carga é representada pela letra grega δ. Exemplo disto é o cloreto de
hidrogénio (HCl): o H é menos electronegativo que o Cl.
Exemplo: HCl
Para determinar o carácter polar da ligação são realizados cálculos das diferenças de
electronegatividades:
Desta forma é possível determinar o carácter polar das ligações covalentes, conhecendo os
valores das electronegatividades dos elementos. Segue-se uma tabela com esses dados:
Quando a ligação é feita entre dois átomos do mesmo elemento, a electronegatividade é a mesma
logo a diferença é zero e a ligação é covalente apolar. Desde que os electrões sejam atraídos
igualmente por ambos os átomos, a molécula é neutra:
Exemplo: F2 F-F
Sabendo o valor da electronegatividade dos átomos envolvidos numa ligação, determina-se não
só a diferença mas também o carácter polar, não polar e iónico.
Quase todos os compostos que contêm ligações covalentes polares caem entre os extremos do
covalente não-polar e do iónico puro.
Os átomos dos metais são muito electropositivos e a sua tendência é perder electrões para
alcançar o octeto ou dueto no caso do Li e Be (uma configuração de gás nobre). Neste caso, os
metais perdem os seus electrões de valência e formarão uma núvem de electrões entre os núcleos
positivos.
A nuvem electrónica que mantém a atracção sobre os catiões e que os mantém unidos como um
único agregado (rede metálica) explica a razão pela qual quase todos os metais são sólidos à
temperatura ambiente (excepto Hg) e têm elevados pontos de fusão e ebulição.
A configuração ordenada da rede, onde as ligações entre átomos não estão dirigidas, permite que
os planos dos átomos possam deslocar-se uns sobre os outros o que explica que os metais
sejam dúcteis e maleáveis (não frágeis).
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1. Explique como se forma a ligação iónica entre o Sódio (Na) e o Flúor (F) na constituição de
fluoreto de sódio (NaF).
Se o sódio perdesse o electrão de valência, o seu último nível seria 2 e então teria 8 electrões de
Valência, formando um catião (ião positivo): Na 1+.
O flúor tem 7 electrões de valência e só precisa de ganhar um para completar o seu octeto. Se
ganhar o electrão que o Na perdeu, forma-se um anião (ião negativo): F-.
Uma forma de representar o composto formado é colocando pontos ou x em vez de electrões (um
estilo que se conhece com o nome de “Estrutura de Lewis”)
Respostas
2. Explique como se faz a ligação entre o cálcio (Ca) e o cloro (Cl) na formação de CaCl 2. Que tipo
de ligação é formada e qual é a sua propriedade?
Respostas
Se o cálcio perdesse os dois electrões de valência, o seu último nível seria o 3, e então teria 8
electrões de valência, formando um catião (ião positivo): Ca2+
Configuração electrónica do cloro: 1s2, 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 4px2 4py2 4pz1
Se cada cloro com 7 electrões de valência, ganhar um electrão dos dois que perdem o cálcio, cada
um pode completar o seu octeto, e formar-se dois aniões (iões negativos): 2 Cl -
Respostas:
Resposta: alinea a)
6- Das substâncias seguintes, quais se consideram solúveis em água e quais são condutores de
electricidade:
Resposta:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
6C ; 5B ; 6C ; 5B ; 5B ; 5B ; 6C
12 11 12 10 11 9 14
5. Sabendo que a luz azul tem frequência 7,5 x 1014 s-1, calcule:
6. Ilumina-se uma superfície de metal com uma radiação de comprimento de onda 512 nm,
conseguindo remover os electrões do metal. Se o máximo da energia cinética dos fotoelectrões é
8,65. 10-20 J, qual é o poder de remoção do metal?
a) Zn b)Ne c) Ca d)P e) Se
8. Qual o grupo e o período onde estão localizados os elementos cuja distribuição electrónica do
último nível estão representados a seguir:
Respostas: a) Be b) Ne c) Na d) Si
Na combinação dos átomos de Rubídio (metal alcalino) com átomos de cloro (não-metal, do
grupo de halogénios), a ligação mais provável entre eles é:
Resposta: c)
10. Dos sólidos seguintes, escolha os que considera que podem ser condutores de electricidade:
Respostas: a); b)
As substâncias são formadas por unidades estruturais (átomos, iões ou moléculas) que se podem
ligar umas às outras, resultando numa diversidade de compostos químicos com propriedades
químicas e físicas diferentes entre si. Estas unidades estruturais são formadas pelos átomos dos
elementos químicos no estado natural.
Os elementos químicos são representados por meio de símbolos químicos, que consistem numa
letra maiúscula ou num conjunto de duas ou três letras (sendo a primeira maiúscula e a(s)
outra(s) minúscula(s)).
As substâncias que ocorrem naturalmente ou que são sintetizadas pelo homem podem ser
classificadas em elementares (ou simples) e compostas.
As substâncias elementares (ou simples): São aquelas cujas unidades estruturais são
formadas por átomos de um mesmo elemento.
As substâncias compostas: São aquelas cujas unidades estruturais são formadas por átomos
de elementos diferentes.
Para representar uma substância utiliza-se a sua fórmula química (ou fórmula bruta). Esta
fórmula é uma simbologia (ou designação) em que se indicam os elementos que constituem a
substância, bem como a quantidade relativa de átomos de cada elemento presente nas suas
unidades estruturais. A fórmula química representa a composição da menor quantidade de uma
substância.
: representa três unidades estruturais, cada uma com um único átomo de oxigénio.
Uma substância elementar é covalente ou molecular quando os seus átomos estão unidos por
ligação covalente, pelo que recebem o nome de molécula (elementar ou simples). Estas moléculas
elementares podem ser monoatómicas (por exemplo, um gás nobre como o He ou Ne), diatómicas
(por exemplo, o gás oxigénio – O2, ou o líquido Br2) ou triatómicas (como é o caso do ozono –
O3). Existem ainda substâncias elementares constituídas por mais de três átomos (por exemplo o
fósforo branco – P4, ou o enxofre rómbico – S8).
Exemplos: (ácido sulfúrico): uma molécula de ácido sulfúrico formada por dois átomos de
hidrogénio, um átomo de enxofre e quatro átomos de oxigénio.
(água): três moléculas de água, cada uma delas constituída por dois átomos de hidrogénio e
um átomo de oxigénio.
(óxido de silício – quartzo): os cristais de quartzo apresentam uma repetição ordenada dos
átomos de oxigénio e silício, na proporção de um átomo de silício para dois átomos de oxigénio.
As susbtâncias compostas iónicas (ou simplesmente compostos iónicos) são aquelas em que os
seus átomos estão unidos por ligação iónica. As suas unidades estruturais são catiões (iões
positivos) e aniões (iões negativos), ordenados numa rede cristalina, de tal modo que a carga
eléctrica do composto é nula.
Na simbologia química, quando se pretende informação sobre o modo como estão dispostas as
unidades estruturais que formam uma substância e/ou a sequência em que se encontram os
átomos nessas unidades estruturais são utilizadas outras fórmulas mais complexas do que a
fórmula bruta. Assim, existem as:
Exemplo: (etano)
Exemplo: – esta fórmula empírica do etano indica que na substância o elemento carbono
combina-se com o elemento hidrogénio na proporção de um átomo de carbono para três átomos
de hidrogénio.
Fórmula de estrutura ou estrutural: É com este tipo de fórmula que se representa a ordem
como os diferentes átomos estão ligados entre si numa substância. No caso da hidrazina é:
Fórmula de Lewis (ou fórmula electrónica): Neste tipo de fórmula, associado aos símbolos
químicos dos elementos que formam as unidades estruturais, são indicados os electrões de
valência de cada átomo por cruzes ou pontos.
Fórmula iónica: É um tipo de fórmula aplicável aos compostos iónicos. Nesta são indicados os
catiões e os aniões que formam a substância nas respectivas proporções de modo que a carga
eléctrica total seja nula (pois esta fórmula deve respeitar a electroneutralidade do composto).
Quando se conhece o símbolo químico dos iões que constituem um dado composto iónico de
fórmula genérica , é fácil escrever a sua fórmula iónica e a sua fórmula química. Aplica-se o
esquema seguinte:
Isto é, o valor numérico da carga do catião passa como sub-índice do anião; o valor numérico da
carga do anião passa como sub-índice do catião. Eis alguns exemplos:
Para que as fórmulas químicas das substâncias (inorgânicas) fossem escritas do mesmo modo,
foram estipuladas algumas regras:
OBS.:
Exemplos:
Exemplo: O óxido de alumínio é composto pelos iões alumínio ( ) e os iões óxido ( ). Para
que se verifique a eletroneutralidade no composto, esses iões devem combinar-se na proporção
de dois iões alumínio para três iões óxido. Escreve-se, então, , ou seja, .
Regra 3 – Nos compostos constituídos por átomos de elementos não-metálicos, estes devem ser
representados nas fórmulas químicas pela seguinte ordem:
B, C, P, N, H, S, I, Br, Cl, O, F
Exemplos:
O nome da substância é dado tendo em conta a família química a que ela pertence e de acordo
com as regras propostas pela IUPAC – regras de nomenclatura.
Os óxidos são compostos binários de oxigénio e outro elemento químico, que podem ser iónicos
ou moleculares.
Óxidos iónicos: São formados por aniões óxidos ( ) e catiões metálicos nas devidas
proporções estequiométricas. O nome é formado pelo termo óxido seguido do nome do catião
metálico presente.
Óxido de alumínio
Óxido de cobre II
Óxidos moleculares: São constituídos por moléculas em cuja constituição entra o elemento
oxigénio e um elemento não-metálico. O nome também é formado pelo termo óxido seguido do
nome do não-metal, acrescentando um prefixo que indica o número de átomos de oxigénio ou do
não-metal presentes na molécula.
Um caso especial de óxidos refere-se àqueles em que existem dois átomos de oxigénio ligados
entre si por uma ligação covalente: os peróxidos. Podem ser iónicos, peróxidos de
metais ou moleculares, como o peróxido de hidrogénio.
Tabela 32 - Os peróxidos
Os ácidos são substâncias formadas por hidrogénio e não metais (substâncias moleculares), que
quando dissolvidas em água aumentam a concentração de iões H+. Se na sua constituição existir
ainda oxigénio, são oxoácidos; caso contrário, são hidrácidos.
Estas soluções assim formadas apresentam propriedades ácidas (aumento da quantidade de iões
H+); é exactamente por isso que se chamam ácidos a estas substâncias.
O nome dos ácidos forma-se a partir do nome do elemento não metálico presente na sua
constituição, sem ser o oxigénio, desde que obedeçam às seguintes regras:
Tabela 34 - Quando o nome do anião termina em -eto o nome do ácido termina em –ídrico
Exemplo:
Exemplo:
Acontece que por vezes o mesmo não-metal pode formar ácidos diferentes, que se distinguem
entre si pelo número de átomos de oxigénio presente por molécula. Para os distinguir acrescenta-
se ao respectivo nome o prefixo hipo para o que tiver menor número de átomos de oxigénio e o
prefixo per para o que tiver maior número de átomos de oxigénio.
Ex.:O elemento químico cloro (Cl) pode formar quatro oxoácidos diferentes, cujas fórmulas e
nomes são os seguintes:
Numa série de oxoácidos (ácidos oxigenados, de fórmula genérica HnXOm), o mais forte pode ser
identificado aplicando a regra de Pauling que diz que a força do oxoácido é indicada pela diferença
entre o número de átomos de oxigénio e o número de átomos de hidrogénio existentes na
molécula. Deste modo:
Os hidróxidos são compostos constituídos por catiões metálicos e aniões hidróxido (OH -) e as suas
soluções aquosas apresentam carácter básico, mais ou menos acentuado. Daí que se lhes chame
bases.
O seu nome é formado acrescentando ao termo hidróxido o nome do catião metálico presente.
Os sais são compostos iónicos, também formados por catiões (à excepção do ião H +) e por aniões
(à excepção do anião OH- e do anião H- - lê-se: hidreto). Os seus nomes formam-se
acrescentando ao nome do anião o nome do catião presente no sal. As tabelas de iões são
ferramentas importantes para dominar a escrita do nome e da fómula química de compostos
iónicos como os sais.
Os sais consideram-se hidratados quando têm moléculas de água incorporadas na sua rede
cristalina. Deve-se referir que quando um sal não tem moléculas de água incorporadas na sua
rede cristalina é considerado sal anidro.
Para nomeá-lo, acrescenta-se ao nome do sal anidro o termo “hidratado”, precedido do prefixo
que indica o número de moléculas de água representadas na fórmula química. Nesse
caso,CuSO4.5H2O será sulfato de cobre II penta-hidratado.
Os hidretos iónicos são compostos iónicos caracterizados pela presença dos aniões hidreto (H -)
acompanhados de catiões metálicos.
Os seus nomes formam-se acrescentando ao termo hidreto o nome do catião metálico presente.
Assim, a partir do símbolo químico de uma substância é possível determinar se se trata de uma
substância simples ou composta, de uma substância iónica, ou molecular ou metálica. Os números
que precedem as fórmulas químicas das substâncias nas equações químicas designam-se
coeficientes estequiométricos (e têm a mesma função que qualquer outro coeficiente, quando se
tratar de cálculos químicos). A quantidade (química) total de um elemento em um composto
depende do coeficiente estequiométrico do composto e da quantidade do elemento representada
na fórmula química do composto, o índice inferior direito junto do símbolo químico do elemento.
Eis alguns exemplos de aplicação, sobre a interpretação da informação qualitativa e quantitativa
de uma fórmula química:
4H2O: esta simbologia representa 4 moles de H 2O. H2O é uma substância composta porque é
constituída por átomos de elementos químicos diferentes (hidrogénio – H e oxigénio – O); a
ligação que mantém unidos os átomos no composto H 2O é covalente, porque H e O são elementos
não metálicos; a quantidade química (número de moles) de H representada na simbologia é igual
a 8 (produto de 4 – o coeficiente estequiométrico, por 2 – a quantidade química de H
representada na fómula química do composto); a quantidade química de O representada na
simbologia é igual a 4 (produto de 4 – o coeficiente estequiométrico, por 1 – a quantidade química
de O representada subentendidamente na fómula química do composto).
9Fe: esta simbologia representa 9 moles de Fe. Fe é uma substância simples porque é constituída
por átomos de um só elemento (ferro – Fe); a quantidade química (número de moles) de Fe
representada na simbologia é igual a 9 (produto de 9 – o coeficiente estequiométrico, por 1 – a
quantidade de Fe representada na fómula química da substância).
0,5EuCl3·6H2O: esta simbologia representa 0,5 moles de EuCl 3·6H2O. EuCl3·6H2O é uma
substância composta (de átomos de Eu, Cl, H e O) hidratada em que a quantidade química de Eu
(európio) é igual a 0,5 moles (=0,5x1), de Cl a 1,5 moles (=0,5x3), de H a 6 moles (=0,5x6x2) e
de O a 3 moles (0,5x6x1).
EXERCÍCIOS
Sais - sulfato de zinco; sulfato de potássio; cloreto de potássio; carbonato de bário; cromato de
sódio; sulfato plumboso; nitrito de cálcio.
a) hidróxido de lítio
b) ácido fluorídrico
c) óxido de potássio
d) brometo de sódio
e) ácido carbónico
f) hidróxido de cálcio
g) nitrato de potássio
h) óxido de zinco
i) ácido sulfídrico
j) hidróxido de bário
k) monóxido de dinitrogénio
l) cianeto de sódio
m) ácido clórico
n) hidróxido de amônio
o) trióxido de enxofre
p) fosfato de cálcio
q) ácido cianídrico
r) peróxido de sódio
s) hidróxido de chumbo
t) cloreto de zinco
u) sulfato de cobre II
v) ácido hipoiodoso
w) hidróxido de bário
x) sulfato ferroso
y) heptóxido de dicloro
z) Hidrogenocarbonato de cálcio.
3.1 Introdução
Na natureza, dificilmente encontraremos substâncias puras. O mundo que nos rodeia é constituído
por sistemas formados por mais de uma substancia na qual é chamado de misturas. Normalmente
as misturas são denominadas de soluções. É necessário referenciar que aproximadamente 90%
das reacções químicas acontecem com os reagentes dissolvidos em algum líquido. Muitas das
coisas que consumimos também são soluções. Daí a importância de entendermos algumas coisas
sobre soluções.
Uma solução é basicamente uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias ). A água que
bebemos, os refrigerantes, os combustíveis (álcool hidratado, gasolina), diversos produtos de
limpeza (como sabonetes líquidos) são exemplos típicos de soluções.
As soluções podem ser formadas por qualquer combinação envolvendo os três estados físicos da
matéria: sólido, líquido e gasoso.
A água é chamada de solvente universal. Isso porque, ela dissolve muitas substâncias e está
presente em muitas soluções. Estes tipos de soluções são denominadas por soluções aquosas.
As soluções não electrolíticas são soluções aquosas que não conduzem corrente eléctrica (não
possuem conductividade). Normalmente são substâncias orgânicas, como açúcar, etanol e
acetona. Assim, iremos apenas focar-nos nas soluções electrolíticas.
Para que uma solução seja electrolítica ela deve apresentar iões em meio aquoso. Estes podem
ser libertados em solução de duas formas: pela ionização e pela dissociação.
A ionização ocorre quando uma molécula, ao entrar em contacto com a água, liberta iões: um
catião e um ião.
Exemplo: O HBr (ácido bromídrico), quando em contacto com a água liberta iões, sendo H +
(catião) e Br- (anião), assim, ocorre uma ionização.
Exemplo: O KCl (cloreto de potássio), em contacto com água, liberta K + (catião) e Cl- (anião),
ocorrendo dissociação iónica.
As soluções electrolíticas possuem mobilidade iónica, assim, é pela movimentação de iões livres
na água (solução aquosa) que ocorre o transporte de corrente eléctrica.
É de salientar que, apenas o KCl ou a água não conduzem corrente elétrica, é necessário que eles
estejam misturados, e assim, em solução aquosa os iões podem movimentar-se conduzindo
corrente eléctrica.
possível dissolver a parafina na gasolina, a gasolina no querosene, mas o mesmo não acontece se
o solvente for a água.
A solubilidade ou coeficiente de solubilidade indica a quantidade máxima de um soluto que pode
ser dissolvido em um determinado solvente, a determinada temperatura e pressão.
Solução saturada: É aquela em que o solvente já dissolveu toda quantidade possível de soluto,
e toda a quantidade agora adicionada não será dissolvida, pelo que, ficará no fundo do recipiente.
Ou seja, a quantidade de soluto no excedeu o limite de solubilidade (coeficiente de solubilidade).
Para trabalhar as unidades de concentração adotaremos alguns números como índices para
representar soluto, solvente e solução.
m1
C
V
Exemplos:
1. Qual a concentração de uma solução contendo 40g de cloreto de sódio dissolvidos em 250 mL
de solução?
2. 300g de açúcar foram adicionados a uma certa quantidade de água, obtendo-se uma solução
60g/L. Qual é o volume dessa solução, em mL? R/ 5000
n1 m1
M M
V MM V
Onde:
Exemplos:
1. Quantos litros de solução de cloreto de sódio a 0,2M podem ser preparados a partir de 468g de
cloreto de sódio? R/ 40L
M = 0,2 mol/L
m1 = 468 g V = 40 L
MM(NaCl) = 58,4 g/mol
Obs.: massa do solvente (m2) deve ser sempre expressa em quilograma (Kg)
Exemplos:
2. Determinar a massa de água, em gramas, que deve ser utilizada para dissolver 0,2 mol de
cloreto de sódio e originar uma solução 0,4 molal.
>> >>
>> >>
A soma das fracções em quantidades de substância é sempre igual a unidade (1) ou seja, X1 + X2
= 1. A fração em quantidade de substância é adimensional, não possui unidade.
Exemplos:
1. Calcular as fracções molares do soluto e do solvente em uma solução que contém 117g de
cloreto de sódio dissolvidos em 324g de água. R/ 0,1 e 0,9
X1 = 0,1
MM(NaCl) = 58,4 g/mol
m2 = 324 g X2 = 0,9
MM(H2O) = 18 g/mol
X1 =?
X2= ?
2. Uma solução contém 18g de glicose (C 6H12O6), 24,0g de ácido acético (C2H4O2) e 81,0g de
água. Qual a fracção em quantidade de substância do ácido acético na solução? R: 0,08
>>
Exemplos:
1. Calcular a percentagem, em massa, de uma solução formada pela dissolução de 40g de cloreto
de sódio em 60g de água. R/ 40%
m2= 60 g
T %= ?
m1 = ? m1 = 0,05 × 1000 g
m1= 50 g
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
b) Percentagem em massa
2. O soro fisiológico é uma solução aquosa de cloreto de sódio a 0,9% (m/m). Determinar a
molaridade e a molalidade da solução. R/ 0,15 mol/L, 0,15 mol/Kg
Nota: considere densidade da solução igual a densidade agua, d(H2O) = 1,00 g/ml.
a) A concentração em massa.
b) A concentração em quantidade de substância.
c) A molalidade.
d) A percentagem em massa.
e) As fracções em quantidade de substância do soluto e do solvente.
Dados complementares: Massas atómicas K = 39,10u, Br = 79,90u
4. Preparou-se uma solução aquosa de ácido sulfúrico de densidade igual a 1,064 g/ml pela
adição de 25g de H2SO4 a 225g de H2O. Calcule:
a) Concentração mássica.
b) Percentagem em massa.
c) Concentração em quantidade de substância.
d) Molalidade.
R/ 106,38 g/L; 10%; 1,085 mol/L; 1,134 Kg/mol
5. Quando 39,2g de ácido sulfúrico são dissolvidos em 200mL de água, obtém-se uma solução de
volume igual a 220 mL. Qual a molalidade e a concentração em quantidade de substância dessa
solução?
Quando as moléculas são dissolvidas em qualquer líquido ou até mesmo na água, elas se
transformam em solução. As moléculas dissolvidas recebem o nome de soluto, e o líquido que as
dissolve é chamado de solvente. Se uma solução é preparada com o solvente água, dizemos que é
uma solução aquosa. Ao dissolver sal em água, por exemplo, obtemos uma solução aquosa de
sal, na qual a água é o solvente e o sal é o soluto.
Quanto maior for a quantidade de soluto dissolvido em solvente maior será a sua concentração na
solução.
Massa de soluto = 80 g Adição de água destilada até a marca de 1L. MM(NaOH) = 40g/mol
Os químicos têm uma forma única de representar uma solução preparada. Assim sobre a solução
de hidróxido de sódio, pode dizer-se que:
O frasco com a solução preparada deve ser tapado e rotulado para indicar o conteúdo.
Tal rótulo é feito usando uma linguagem matemática própria. Essa linguagem utiliza fracções para
representar quantitativamente os componentes da solução, ou seja, a concentração da solução.
As soluções podem ser classificadas em diluídas ou concentradas. Uma solução pode ser
preparada adicionando-se solvente a uma solução inicialmente mais concentrada. Este processo é
denominado de diluição. Actividades comuns do dia-a-dia, como acrescentar água a um sumo de
frutas, misturar o detergente na água durante a lavagem de roupas, adicionar água a um
medicamento ou aplicar solventes próprios às tintas para deixá-las mais fluídas são bons
exemplos de diluição.
Ao diluir uma solução, a quantidade de soluto (a sua massa) não se altera, sendo a mesma na
solução inicial e na final. O volume da solução aumentará (de V a V’), uma vez que será
adicionada uma porção de solvente. A concentração, por sua vez, diminuirá (diluir e concentrar
são processos opostos). Assim, pode-se concluir que volume e concentração são grandezas
inversamente proporcionais.
Para calcular, podemos ter as seguintes relações entre solução inicial e a final:
É de se salientar que foi apresentada na tabela apenas os dois tipos de concentração mais
utilizadas na diluição.
Observe os exemplos:
1) Ao diluir 100 mL de uma solução de cloreto de sódio, cuja concentração é igual a 15 g/L ao
volume final de 150 mL, qual será a concentração final da solução?
C = 15 g/L C’ = 10 g/L
V’ = 150 mL
C’ = ?
2) A uma solução de 40 mL de NaOH a 0,1 mol/L foi adicionado 100 mL de água. Determine a
concentração desta solução apôs a adição de água.
3) Qual deve ser o volume de água adicionado a 50 cm 3 de solução de hidróxido de sódio (NaOH),
cuja concentração é igual a 60 g/L, para que seja obtida uma solução a 5,0 g/L?.
4) Uma solução aquosa de ácido sulfúrico, para ser utilizada em baterias de chumbo de veículos
automotivos, deve apresentar concentração igual a 4 mol/L. Determine o volume total de uma
solução adequada para se utilizar para se utilizar nestas baterias, que pode ser obtido a partir de
500 mL de solução de ácido sulfúrico de concentração 18 mol/L.
5) Uma solução 1 mol/L de glicose, contida em um béquer, perde água por evaporação até restar
um volume de 150 mL, passando a concentração para 2 mol/L. Determine o volume de água
evaporada.
M = 2 mol/L V’ = 300 mL
V’ = ?
M’ = 1 mol/L
O volume obtido de 300 mL (V’ = 300 mL) não é a quantidade de água evaporada na solução,
mas sim, este é o volume total da solução de 2 mol/L antes da evaporação. Assim sendo, deve-se
achar a diferença entre o volume total da solução e o volume que restouapôs a evaporação o
valor obtido será exactamente a quantidade de água evaporada. Logo teremos:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1) Determine o volume de água, que deve ser adicionado a 80 mL de solução aquosa 12 mol/L
de hidróxido de sódio, para que a solução resultante seja 1,2 mol/L. R/ 800 mL
2) Um laboratorista precisa preparar solução 1 mol/L de Na 2SO4, aproveitando 200 mL de
solução 0,8 mol/L do mesmo sal. Determine a quantidade de solvente que deve ser adicionado a
solução inicial para se conseguir atingir a concentração de 1 mol/L. R/160 mL
3) Uma solução contendo 5 mL de NaCl 1mol/L é diluída com água suficiente para atingir o
volume de 500 mL. Qual será a concentração dessa nova solução? R/ 0,010 mol/L
4) Se adicionarmos 80 mL de água a 20 mL de uma solução 0,20 mol/L de KOH, qual será a
concentração molar obtida para a nova solução? R/ 0,05 mol/L
5) Preparam-se 100 mL de uma solução contendo 1 mol de KCl. Tomaram-se, então, 50 mL
dessa solução e juntaram-se 450 mL de água. Qual será a molaridade da solução final? R/ 0,11
mol/L
6) Para que volume devem ser alterados os 500 mL de uma solução de concentração igual a 10
g/L a fim de:
8) Aqueceu-se um frasco contendo uma solução aquosa de CuSO 4 0,05 mol/L. O aquecimento foi
interrompido quando restavam 100 mL de uma solução aquosa de CuSO 4 1,2 mol/L. Determine o
volume da solução inicial e o volume de água perdida pelo aquecimento. R/ 2400 mL, 2300 mL
9) A uma amostra de 100 mL de NaOH de concentração 20g/L foi adicionada água suficiente
para completar 500 mL. Determine a concentração, em g/L, dessa nova solução. R/ 4 g/L
Leis ponderais: tratam das relações entre as massas de reagentes e produtos que
participam de uma reacção;
Leis volumétricas: tratam das relações entre volumes de gases que reagem e são formados
numa reação.
Esta lei foi elaborada, em 1774, pelo químico francês Antome Laurent Lavoisier. Os estudos
experimentais realizados por Lavoisier levaram-no a concluir que numa reacção química, que se
processa num sistema fechado, a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos
produtos:
m (reagentes) = m (produtos)
Assim, por exemplo, quando 2 gramas de hidrogénio reagem com 16 gramas de oxigénio verifica-
se a formação de 18 gramas de água; quando 12 gramas de carbono reagem com 32 gramas de
oxigénio ocorre a formação de 44 gramas de gás carbónico.
Esta lei foi elaborada, em 1797, pelo químico Joseph Louis Proust. Ele verificou que as massas dos
reagentes e as massas dos produtos que participam de uma reacção química obedecem sempre a
uma proporção constante. Esta proporção é característica de cada reacção e independente da
quantidade das substâncias que são colocadas para reagir. A seguir, apresentam-se dados
experimentais (da reacção de síntese da água) que exemplificam estas leis:
I 10 80 90
II 2 16 18
III 1 8 9
Observe que:
Para cada reacção, a massa do produto é igual à massa dos reagentes, o que concorda com a
lei de Lavoisier;
As massas dos reagentes e do produto que participam das reacções são diferentes, mas as
relações massa de oxigénio/massa de hidrogénio, massa de água/massa de hidrogénio e massa
de água/massa de oxigénio são sempre constantes:
No caso das reacções de síntese, isto é, aquelas que originam uma substância a partir dos seus
elementos constituintes, o enunciado da Lei de Proust pode ser o seguinte:
Na tentativa de explicar as leis de Lavoisier e Proust, em 1803, Dalton elaborou uma teoria
atómica, cujo postulado fundamental era que a matéria deveria ser formada por entidades
extremamente pequenas, chamadas de átomos. Estes seriam indestrutíveis e intransformáveis. A
partir desta ideia, Dalton conseguiu explicar as leis de Lavoisier e Proust.
Lei de Lavoisier: Numa reacção química, a massa conserva-se porque não ocorre criação nem
destruição de átomos. Os átomos são conservados, eles apenas se rearranjam. Os agregados
atómicos dos reagentes são desfeitos e novos agregados atómicos são formados.
Saber quais as substâncias que são consumidas (reagentes) e quais as que são formadas
(produtos);
Utiliza-se o sinal de adição “+” para separar as fórmulas dos reagentes entre si, e as fórmulas
dos produtos entre si;
Para que a equação química esteja de acordo com a lei da conservação da massa, é necessário
que cada fórmula química tenha o coeficiente estequiométrico correcto. O procedimento a seguir
para a determinação destes coeficientes denomina-se acerto da equação química.
Produto: água.
Equação:
Acerto dos coeficientes: a expressão acima indica que uma molécula de hidrogénio (formada
por dois átomos) reage com uma molécula de oxigénio (formada por dois átomos) para formar
uma molécula de água (formada por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio). Vemos,
portanto, que a expressão contraria a lei da conservação dos átomos (lei da conservação da
massa), pois antes da reacção existiam dois átomos de oxigénio e, terminada a reacção, existe
apenas um. No entanto, se ocorresse o desaparecimento de algum tipo de átomo, a massa dos
reagentes deveria ser diferente da massa dos produtos, o que não é verificado
experimentalmente.
Estudos realizados por Gay-Lussac levaram-no, em 1808, a concluir que os volumes de gases que
participam de uma reacção química, medidos nas mesmas condições de pressão e temperatura,
guardam entre si uma relação constante que pode ser expressa através de números inteiros - Lei
de Gay-Lussac.
Assim, por exemplo, na preparação de dois litros de vapor de água devem ser utilizados dois litros
de hidrogénio e um litro de oxigénio, desde que os gases estejam submetidos às mesmas
condições de pressão e temperatura. A relação entre os volumes dos gases que participam do
processo será sempre: 2 volumes de hidrogénio; 1 volume de oxigénio; 2 volumes de vapor de
água.
A Tabela a seguir mostra diferentes volumes dos gases que podem participar desta reacção:
de + de à de
III 82 mL 41 mL 82 mL
IV 126 L 63 L 126 L
Observe que nesta reacção o volume do produto (vapor de água) é menor do que a soma dos
volumes dos reagentes (hidrogénio e oxigénio). Esta é uma reação que ocorre com contracção de
volume, isto é, o volume dos produtos é menor que o volume dos reagentes. Existem reacções
entre gases que ocorrem com expansão de volume, isto é, o volume dos produtos é maior que o
volume dos reagentes, como por exemplo na decomposição do gás amoníaco:
Os dados do problema podem vir expressos das mais diversas maneiras: quantidade de matéria
(mol), massa, número de moléculas, volume, etc.
Em todos estes tipos de cálculo estequiométrico vamos nos basear nos coeficientes da equação
que, como vimos, dão a proporção em moles dos componentes da reacção.
Antes de efectuar um cálculo estequiométrico é importante saber calcular a massa atómica das
substâncias.
Exemplo:
Se a substância tiver mais de um elemento, a massa molar é calculada com o somatório da massa
atómica de cada um deles pelo número de átomos que possuem na fórmula. Se tiver do mesmo
elemento, multiplica-se a sua massa pelo número de átomos também.
Exemplo:
1ª Regra: escreva correctamente a equação química mencionada no problema (caso ela não
tenha sido fornecida);
3ª Regra: caso o problema envolva pureza dos reagentes, fazer a correção dos valores,
trabalhando somente com a parte pura que efectivamente irá reagir;
4ª Regra: caso o problema envolva reagentes em excesso – e isso percebemos quando são
citados dados quantitativos relativos a mais de um reagente – devemos verificar qual deles está
correcto. O outro que está em excesso deve ser descartado para efeito de cálculos da quantidade
mínima de produto que se forma.
5ª Regra: relacione, por meio de uma regra de três, os dados e a pergunta do problema,
escrevendo correctamente as informações em massa, volume, moles, moléculas, átomos, etc.
Lembre-se: =
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Resposta:
b) Teremos que duplicar o número de moles de para que a proporção seja a mesma,
portanto serão necessários 2 mol de .
Resposta:
Resposta:
a)
b)
c)
4. Quando se misturam sódio metálico e água, produz-se uma reacção que liberta muita energia,
tanta que pode originar uma explosão. A reacção é:
Resposta:
a)
b)
c)
Resposta:
Em primeiro lugar, vamos trabalhar com conversão de unidades para homogeneizar o problema :
Agora podemos saber que gasolina consumiu para percorrer os 362 km:
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Sabendo que 10,8g de alumínio reagiram completamente com ácido sulfúrico, conforme a
reação dada abaixo, calcule:
2. Uma vela de parafina queima-se no ar ambiente, para formar água e dióxido de carbono. A
parafina é composta por moléculas de vários tamanhos, mas aplicaremos a fórmula . Tal
reacção representa-se pela equação:
R/ a) , b)
Calcule:
b) o volume de gás carbónico obtido a 25ºC e 1 atm, considerando que o volume molar é de 25
L/mol.
R/ a) b)
5. Na reação da amónia com oxigénio para formar e água, qual é a massa de água
formada a partir de 160 g de ? Quantos moles de são formados a partir da mesma
quantidade de ?
R/ e
Sendo a massa do ácido nítrico utilizada igual a 126g, qual a massa de salitre do Chile que
obtemos se o rendimento dessa reação for de 95%?
R/ 161,5
7. Qual o volume, em m3, de gás oxigénio, nas CNTP, necessário para queimar totalmente 1200
kg de carvão, com 90% de pureza, conforme a equação:
R/ 2016m3
8. O fosgénio, , é um gás venenoso que, quando inalado, reage com água nos pulmões
podendo produzir ácido clorídrico, que causa graves danos pulmonares e consequentemente a
morte. Por causa disto, já foi usado como gás de guerra. A equação dessa reacção é:
Se uma pessoa inalar 198 mg de fosgénio, qual é a massa em mg de ácido clorídrico que se forma
nos pulmões?
R/ 146
9. Calcule o máximo de massa de água que se pode obter partindo de 8,0 g de hidrogénio e 32,0
g de oxigénio. Indique qual o reagente em excesso e quanto sobra do mesmo.
R/ 36 g de água; excesso de 4g de .
R/ 1270 g.
11. O carbonato de cálcio contido numa peça de mármore reage com ácido clorídrico (
. Para formar cloreto de cálcio ( ), água e dióxido de carbono faz-se reagir 10 g de mármore
com uma quantidade suficiente de para produzir 3,3 g de gás. Determine a percentagem de
contida no mármore.
R/ 75.
12. Considere que são queimados 6 gramas de etano com suficiente quantidade de oxigénio para
que a combustão seja completa a 25ºC e 1 atm de pressão.
a) Que compostos se formam na reacção e que quantidade de moles se produz de cada um deles?
c) Qual deveria ser a estequiometria da reação para que unicamente se produza monóxido de
carbono e água? Calcule as moles de oxigénio que se consumiram na reacção.
13. Sabendo que a massa molecular do hidrogénio é 2, e a do oxigénio 32, responda às questões
que se seguem e justifique.
a) Qual dos gases ocupará maior volume: 1 mol de hidrogénio ou 1 mol de oxigénio nas mesmas
condições de temperatura e pressão?
b) Qual das espécies químicas terá maior massa: 1 mol de hidrogénio ou 1 mol de oxigénio?
Constante de Clapeyron:
Número de Avogadro:
Pressão:
Volume:
1mL = 1cm³
1dm³ = 1L = 1000mL
Massa:
1Kg = 1000g
1g = 1000mg
Comprimento:
Onde:
Cinética química é o estudo da velocidade de uma reacção sob várias condições. A palavra
cinética sugere movimento ou mudança.
Existem vários motivos para se estudar a velocidade de uma reacção. Há uma curiosidade
intrínseca sobre a razão pela qual as reacções têm velocidades tão diversas. Alguns processos,
tais como a fotossíntese, têm lugar numa escala de tempo da ordem de 10 -12 a 10-6 s. Processos
como a solidificação do cimento e a conversão da grafite em diamante, levam anos ou milhões de
anos para se completarem. Do ponto de vista prático, o conhecimento das velocidades de reacção
é útil na concepção de fármacos, no controlo da poluição entre outros. Na maioria dos casos, a
indústria química está mais interessada no aumento da velocidade da reacção do que na
maximização do seu rendimento.
Velocidade inicial: Velocidade para t=0; a velocidade da reacção imediatamente após a mistura
dos reagentes.
Unidades: mol.l-1.s-1
Tempo (min) 0 5 15
[ ] (mol/l) 20,0 10,0 2,5
Usando os dados listados na tabela acima, podemos calcular a velocidade média durante o
intervalo de tempo requerido
Intervalo de 0 – 5 minutos
Intervalo de 5 – 15 minutos
Natureza química dos reagentes: Normalmente a velocidade segue esta ordem: gases >
soluções > líquidos puros > sólidos devido ao aumento da superfície específica.
x e y são números que têm de ser determinados experimentalmente. Note que, em geral, x e y
não são iguais aos coeficientes estequiométricos a e b. Pode-se usar a equação cinética para
calcular a velocidade da reacção quando se conhece os valores de x, y e k, bem como as
concentrações de A e B.
Ordem global: Soma dos valores das potências a que as concentrações dos reagentes se
encontram elevadas na equação cinética da reacção.
A ordem de uma reacção apresenta um significado sob a velocidade da reacção, assim em função
do expoente podemos ter as conclusões listadas na tabela abaixo.
Expoente Significado
N.º inteiro A velocidade da reacção aumenta com o aumento da
N.º fraccionário concentração do reagente.
N.º negativo À medida que a concentração da espécie aumenta, a
velocidade da reacção diminui.
Zero A velocidade da reacção é independente da concentração
do reagente.
Para algumas reacções, a equação cinética é tão complexa que não é possível definir uma ordem.
À medida que a reacção avança, a concentração do(s) reagente(s) diminui. Uma outra medida da
velocidade de reacção que relaciona a concentração com o tempo é o tempo de meia-vida (ou de
semitransformação).
As reacções de 1ª e 2ª ordens são as mais comuns (tabela 41) mas podemos encontrar reacções
de ordem diferente.
Relação linear:
Dependente da
concentração
Gráfico: inicial do
Recta de declive: -k reagente.
Relação linear:
Independente da
concentração
inicial do
Gráfico: ln
reagente.
Recta de declive: -k
2
Gráfico: 1/
Recta de declive: k
As reacções de ordem zero são muito raras e normalmente ocorrem com gases.
Para gases substituem-se as concentrações e pelas pressões respectivamente.
Reacções rápidas k grande: pequeno.
GRÁFICOS
ln
tempo tempo
b) Calcule a constante de velocidade para esta reacção a partir dos seguintes resultados, obtidos
a uma mesma temperatura.
Experimento Velocidade (M/s)
a) A lei de velocidade é:
1.
2.
3.
Fazendo a razão das velocidades da reacção para estas duas experiências temos:
b) A constante de velocidade k pode agora ser calculada usando os valores de qualquer uma das
experiências. Rearranjando a expressão da lei de velocidade, obtém-se:
Regra empírica: A velocidade da reacção aumenta por um factor de cerca de 2 ou 3 por cada
10ᵒC de aumento da temperatura (para reacções com ).
A teoria cinética dos gases postula que as moléculas de um gás colidem frequentemente umas
com as outras. Assim, será lógico admitir o que é em geral verdadeiro: as reacções químicas
ocorrem como consequência de colisões entre moléculas dos reagentes.
Complexo activado: Espécie formada transitoriamente pelas moléculas dos reagentes, como
resultado da colisão, antes da formação do(s) produto(s).
Onde:
T – Temperatura.
Factor é sempre menor que 1: corresponde à fracção de moléculas com energia mínima
necessária para a reacção ocorrer.
A equação de Arrhenius mostra que a constante de velocidade é directamente proporcional a A
e, portanto, à frequência das colisões.
Relação linear:
Gráfico: ln
Recta de declive:
Ordenada na origem lnA
Uma equação química global com estequiometria correcta não nos dá grande informação sobre o
modo como se processa uma determinada reacção química. Em muitos casos, essa equação não é
mais do que a soma de um conjunto de reacções simples usualmente chamadas de reacções
elementares ou etapas elementares.
Espécie intermediária: Espécie que surge no mecanismo da reacção, isto é, nas etapas
elementares, mas não na equação que representa o processo global.
Molecularidade: Número de espécies (moléculas, iões ou radiais) que intervêm numa etapa
elementar.
A molecularidade de uma reacção elementar é igual à sua ordem; mas não existe qualquer
relação entre a molecularidade e a ordem para a reacção global.
O conhecimento das etapas elementares de uma reacção permite-nos deduzir a sua lei de
velocidade.
Reacção unimolecular: Etapa elementar em que participa apenas uma molécula de reagentes.
Reacção trimolecular: Reacção que envolve a participação de três moléculas numa etapa
elementar.
Passo determinante da velocidade de uma reacção: Passo mais lento da sequência de etapas
que conduz à formação de produtos.
5.1.8 Catálise
Catalisador: Espécie que aumenta a velocidade de uma reacção química sem ser consumida
durante essa reacção.
Produtos mais estáveis que os reagentes; Reagentes mais estáveis que os produtos;
Reacção exotérmica Reacção endotérmica
O catalisador não afecta nem a energia total dos reagentes nem a energia total dos produtos.
Em tese, qualquer reacção química pode ocorrer nos dois sentidos, até certo ponto. Na prática,
isso não se verifica na maioria das vezes. Com frequência, a força motriz de uma reacção
favorece um sentido de uma forma tão intensa que a reacção no sentido oposto não pode ser
medida. A força motriz de uma reacção é a variação na energia livre que acompanha a reacção e
é uma medida exacta da tendência de ser completada.
Definição: Situação de equilíbrio numa reacção química em que não se observa nenhuma
transformação efectiva (embora uma actividade contínua se verifique ao nível molecular).
Verifica-se uma situação de equilíbrio quando as velocidades das reacções directa e inversa são
iguais e as concentrações dos reagentes e dos produtos não variam com o tempo.
No equilíbrio, a reacção processa-se simultaneamente nos dois sentidos (directo e inverso) com
a mesma velocidade.
Lei do equilíbrio químico: O quociente entre o produto das concentrações dos produtos e das
concentrações dos reagentes da reacção (elevadas aos coeficiente estequiométricos) é constante.
Constante de equilíbrio: K =
Para a reacção:
Logo
Para a reacção:
é 2,25.10-4. Se . Calcule .
Equilíbrio homogéneo: Equilíbrio químico que ocorre em reacções onde todas as espécies
envolvidas se encontram na mesma fase. Um exemplo de um equilíbrio homogéneo é a
dissociação de N2O4.
Com
Onde:
Nunca se inclui ] na expressão da constante de equilíbrio porque, por convenção, este valor
está incluído no valor de K.
Equilíbrio heterogéneo: Equilíbrio químico que ocorre em reacções envolvendo reagentes e
produtos em fases diferentes.
Reacções com sólidos puros (ou líquidos puros): a concentração molar de um sólido puro (ou de
um líquido puro) nunca aparece na expressão da constante de equilíbrio.
Equilíbrio múltiplo: Se uma reacção puder ser expressa como soma de duas ou mais reacções,
a constante de equilíbrio da reacção global é dada pelo produto das constantes de equilíbrio das
reacções individuais.
Assim tem-se:
Exemplo 5.5: Durante uma experiência no Laboratório de Química do ISPTEC, introduziu-se num
recipiente de aço inox, com capacidade de 3L, uma mistura de 1,5mol de H 2 e 1,5mol de I2 à
temperatura de 430°C. A constante de equilíbrio da reacção abaixo é 54,3 a esta temperatura:
São dadas as quantidades iniciais dos gases (em moles) num recipiente de volume conhecido
(3L), por isso pode-se calcular as suas concentrações molares. Assim teremos 1,5/3 mol/l = 0,5M.
Inicialmente, não se encontra presente nenhum HI; o sistema não pode estar em equilíbrio no
início. Desta forma, certa quantidade de H2 reage com a mesma quantida de I2 para formar HI até
estabelecer o equilíbrio.
De acordo com a estequiometria da reacção, 1mol de H2 reage com 1mol de I2 para formar 2mol
de HI. Tome-se x como a quantidade que diminui a concentração mol/l de H 2 e de I2 no equilíbrio.
Então a concentração de HI no equilíbrio deve ser 2x.
Substituindo, obtemos:
O equilíbrio químico representa um balanço entre a reacção directa e a inversa. Na maioria dos
casos, este equilíbrio é bastante sensível. A ocorrência de variações nas condições experimentais
pode perturbar o equilíbrio e deslocar a respectiva posição, dando origem a uma maior ou menor
quantidade do produto desejado. Quando se diz que a posição do equilíbrio se desloca para a
direita, por exemplo, isso significa que a reacção que ocorre é da esquerda para a direita.
Concentração;
Volume;
Pressão;
Temperatura.
Há uma regra geral que ajuda a prever o sentido em que uma dada reacção evoluirá para o
equilíbrio quando ocorre uma variação de concentração, pressão, volume ou temperatura. Esta
regra, conhecida por Princípio de Le Chatelier, diz que “uma alteração em qualquer dos
factores que determinam um equilíbrio provoca um ajuste no sistema de modo a reduzir o efeito
da alteração”.
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
CINÉTICA QUÍMICA
1. Se as concentrações fossem medidas em mols por litro e o tempo em segundos, quais seriam
as unidades das constantes de velocidade para os casos abaixo indicados?
a) Uma reação de primeira ordem.
Se esta reação fosse de primeira ordem e se o tempo de meia-vida, a 250C, fosse igual a 5,71
horas, qual seria o valor da constante de velocidade k desta reacção em unidades de ? Se a
reação fosse expressa por 2N2O5 → 4NO2 + O2 qual seria a constante de velocidade de reação,
em unidade de .
4. Determinou-se que a lenta oxidação do Fe+2 pelo O2 dissolvido na solução, segue a lei de
velocidade - 2
A constante de velocidade k é igual a 3,7x10 -3 L mol-1 atm h-1, quando a reação é efetuada em
HC1O4 0,5 M e à temperatura de 350C. Considere que P(O2) é constante e igual a 0,2 atm e calcule
o tempo de meia-vida (em dias) de uma solução 0,1 M de Fe2+, em HC1O4 0,5 M, expostos ao ar.
Quantos dias seriam necessários para que a concentração de Fe 2+ diminuísse para 0,01 M, à
temperatura constante de 350C?
Use os valores das constantes de velocidades, a 338 e 273 K, para calcular a E a da reacção.
Resposta: 104 kJmol-1
EQUILÍBRIO QUÍMICO
1. Dê os quocientes de reacção para cada uma das seguintes reacções. Para gases, use as
pressões Pi e para os solutos, as concentrações [i].
NH4NO3(s) ⇆ 2H2O + N2O(g)
medida a 823 K.
Resposta: 0,137
Se uma mistura dos três gases estivesse em equilíbrio, qual seria o feito sobre a quantidade de
NH3 caso ocorresse o seguinte:
Como é que a quantidade de Ag2SO4 sólido em equilíbrio seria afectada em cada uma das
seguintes situações?
2. Sabendo-se que NO2 é vermelho-castanho, enquanto N2O4 é incolor, a pressão parcial de NO2
pode ser determinada por absorção de luz. Se a 35 oC a pressão total de sistema em equilíbrio é
de 2,00 atm e PNO2 = 0.65 atm, qual a de Kp nessa temperatura? Resposta Kp = 0,31.
Os ácidos são-nos familiares devido ao seu poder como agentes corrosivos e solventes,
dissolvendo compostos que são insolúveis em água somente. Os ácidos fortes atacam muitos
metais, convertendo-os em iões solúveis e liberando bolhas de hidrogénio durante o processo. Os
ácidos também dissolvem os carbonatos tal como o calcário, e outros minerais e compostos
inorgânicos. Os ácidos fracos, que seguramente podem ser saboreados, tal como o ácido cítrico
nos limões e o ácido acético no vinagre, têm um sabor azedo característico que leva-nos a
contrair os lábios ao reconhecermos imediatamente como “ácido”. As bases também são úteis
para dissolver substâncias insolúveis em água, especialmente óleos, gorduras, e outros compostos
orgânicos. Por exemplo, o hidróxido de sódio ataca os óleos da nossa pele e transforma-os em
sabão, razão pela qual as soluções domésticas de lixívia nos parecem escorregadias ao tacto.
Ácido: substância que contém hidrogénio que produz iões hidrogénio ( ) em solução.
A neutralização foi descrita por Arrhenius como a combinação destes iões para formar
água:
Definição protónica: uma reacção ácido-base é uma reacção de transferência de protões (H+).
Considere +C :
A água pode comportar-se tanto como ácido quanto como base, pelo que é uma substância
anfotérica.
Em qualquer equilíbrio ácido-base, tanto a reacção directa (para a direita) quanto a reacção
inversa (para a esquerda) envolve transferências de protões. Por exemplo, considere a reacção de
um ácido, que denominamos HX, com água:
Semelhantemente, quando H2O age como uma base, ela gera H3O+, que pode actuar como um
ácido. Um ácido e uma base como HX e X-, que diferem apenas na presença ou ausência de um
protão, são chamados de par ácido-base conjugado. Cada ácido tem uma base conjugada,
formada pela remoção de um protão do seu ácido. Por exemplo, OH- é a base conjugada de H20, e
A- é a base conjugada de HX. Analogamente, cada base tem associada a si um ácido conjugado,
formado pela adição de um protão à base. Assim, H3O+ é o ácido conjugado de H2O e HX é o ácido
conjugado de X-.
O que quer que tenha sobrado do ácido após o protão ter sido doado é chamado de base
conjugada;
Similarmente, o que quer que tenha sobrado da base após ela ter recebido o protão é chamado
de ácido conjugado.
Considere :
– Após a H2O (base) receber um protão, ela é convertida em H 3O+ (ácido). Consequentemente, a
H2O e o H3O+ são pares ácido-base conjugados. Os pares ácido-base conjugados diferem entre si
apenas num protão.
No estudo das reacções ácido-base, a concentração do ião hidrogénio é fundamental; o seu valor
indica a acidez ou basicidade de uma solução. Uma vez que apenas uma pequena fracção das
moléculas da água está ionizada, a concentração da água, [H 2O],permanece praticamente
inalterada. Portanto, a constante de equilíbrio para a auto-ionização da água, de acordo com a
equação é:
Uma vez que usamos H+ (aq) e H3O+(aq) indistintamente para representar o protão hidratado, a
constante de equilíbrio também pode ser expressa como:
Para indicar que a constante de equilíbrio se refere à auto-ionização da água, substituímos Kc por
Kw :
Aqui Kw é a constante do produto iónico da água, que é o produto das concentrações molares dos
iões H+ e OH- a uma dada temperatura.
Em água pura a 25ºC,as concentrações de H + e OH- são iguais e têm os valores [H+] =1.0 x 10-7M
e [OH-] = 1.0 x 10-7 M. Assim, da equação 01, a 25ºC obtém-se:
Quer se trate de água pura ou de uma solução aquosa diluída de uma dada espécie química,
observa-se sempre a seguinte relação, a 25ºC:
Sempre que [H+] =[OH-],diz-se que a solução aquosa é neutra. Numa solução ácida, há excesso
de iões H+ e [H+]> [OH-]. Numa solução básica, há excesso de iões hidróxido, portanto, [H +]
<[OH-].
Ácidos fortes são electrólitos fortes que, para efeitos práticos, se consideram completamente
ionizados em água. A maioria dos ácidos fortes é de natureza inorgânica: ácido clorídrico (HCl),
ácido nítrico (HNO3),ácido perclórico (HClO4) e ácido sulfúrico (H2SO4).
A maior parte dos ácidos são ácidos fracos que, em soluções aquosas, estão parcialmente
ionizados. No equilíbrio, as soluções aquosas de ácidos fracos contêm uma mistura de moléculas
do ácido não ionizado, H3O+ e a base conjugada. O ácido fluorídrico (HF),o ácido acético
(CH3COOH) e o ião amónio (NH4+) são exemplos de ácidos fracos.
Tal como os ácidos fortes, as bases fortes são electrólitos fortes que se ionizam completamente
em água. Hidróxidos de metais alcalinos e de certos metais alcalino-terrosos são bases fortes.
As bases fracas, como os ácidos fracos, são electrólitos fracos. O amoníaco é uma base fraca que
se ioniza muito pouco em água:
1. Se um ácido é forte, a sua base conjugada não tem força mensurável. Assim, o ião Cl -, que é a
base conjugada do ácido forte HCl, é uma base extremamente fraca.
2. H3O+ é o ácido forte que pode existir em solução aquosa. Ácidos mais fortes que H 3O+ reagem
com a água para formar H3O+ e as suas bases conjugadas. Assim, HCl, que é um ácido mais forte
que H3O+, reage completamente com a água para produzir H3O+ e Cl-:
Ácidos mais fracos que H3O+ reagem muito menos com a água.
Uma vez que as concentrações de H+ e OH- em soluções aquosas são frequentemente números
muito pequenos e, portanto, inconvenientes de lidar, em 1909, Soren Sorensen propôs uma
medida mais prática, chamada de pH. O pH de uma solução é definido como o logaritmo da
concentração do ião hidrogénio (em mol/L), com sinal negativo:
Soluções neutras: [H+] =1,0 x 10-7 M, pH= -log (1,0 x 10-7) =-(-7,00) =7,00
Quanto mais alto o pH, mais baixo é o pOH e mais básica a solução.
Não há limites teóricos nos valores de pH ou de pOH (por exemplo, o pH de HCl 2,0 mol/L é -
0,301).
pX= −log X
Por exemplo,
pKw=- log([H+ ][OH- ])= 14 - log [H+] +(- log [OH-]) = - log Kw =14
pH + pOH = 14
Na prática, muitas vezes utilizam-se indicadores (substâncias que alteram a sua cor em função do
pH do meio em que se encontram) para a determinação do pH de uma solução. A seguir
apresentam-se as faixas de pH da variação de cor de alguns indicadores:
Os ácidos comuns mais fortes são HCl, HBr, HI, HNO3, HClO4 e H2SO4.
Ácidos fortes são eletrólitos fortes. Todos os ácidos fortes ionizam-se completamente em solução:
HNO3(aq)+H2O(l)→ H3O+(aq)+NO3-(aq).
Em soluções, o ácido forte é geralmente a única fonte de H+. (Se a concentração em quantidade
de matéria do ácido é menor do que 10-6 mol/L, a auto-ionização da água precisa de ser
considerada.)
A maioria dos hidróxidos iónicos são bases fortes, como por exemplo, NaOH, KOH, e Ca(OH) 2). As
bases fortes são electrólitos fortes e dissociam-se completamente em solução.
O pOH (e, consequentemente, o pH) de uma base forte é dado pela concentração em quantidade
de matéria inicial da base. Tenha cuidado com a estequiometria.
Para um hidróxido ser uma base, ele deve ser solúvel. As bases não têm que conter o ião OH -:
Os ácidos fracos são apenas parcialmente ionizados em solução. Existe uma mistura de iões e
ácido não-ionizado em solução. Consequentemente, os ácidos fracos estão em equilíbrio:
Ka =[H3O+][A-]/ [HA]
Ka = [H+][A-]/ [HA]
Ka (a H2O é um líquido puro). Quanto maior o Ka, mais forte é o ácido (neste caso, mais iões estão
presentes no equilíbrio em relação às moléculas não-ionizadas). Se Ka>> 1, o ácido está
completamente ionizado e o ácido é um ácido forte.
As bases geralmente têm pares solitários ou cargas negativas para atacar os protões. As bases
fracas mais neutras contêm nitrogénio. As aminas estão relacionadas com o amoníaco e têm uma
ou mais ligações N-H substituídas por ligações N-C (por exemplo, CH3NH2 é a metilamina). Os
aniões de ácidos fracos também são bases fracas. Por exemplo, OCl - é a base conjugada do HOCl
(ácido fraco):
As bases fracas removem protões das substâncias. Existe um equilíbrio entre a base e o ião
resultantes, como podemos ver no exemplo a seguir:
EXERCíCIOS
Estratégia: Lembre-se de que uma base conjugada tem sempre um átomo de H a menos e uma
carga negativa a mais (ou uma carga positiva) do que a fórmula do ácido correspondente.
R/ NH3 tem um átomo de H a menos e uma carga positiva a menos que NH4+. F- tem um
átomo de H a menos e uma carga negativa a mais do que HF. Portanto, os pares ácido-
base conjugados são (1) NH4+ e NH3 ; HF/ F-.
2. Qual é a base conjugada de cada um dos seguintes ácidos: HClO4; H2S; HCO3- ?
R/ , HS-, e CO3-
3. Qual é o ácido conjugado de cada uma das seguintes bases:CN-; SO42-; H2O; HCO3- ?
Observe que o ião hidrogenocarbonato (HCO3-) é anfótero: pode agir como ácido ou como base.
R/ a) ; b) ; c) F-; d) NH3; e)
a) OH-
b) HS-
c) NH3
d) C6H5O-
e) CO32-
f)
R/ a) H2O; b) H2S; c) NH4+; d) C6H5OH; e) HCO3-; f) H2CO3
6. A concentração do ião OH- numa certa solução de amoníaco de limpeza doméstica é 0,0025
mol/L. Calcule a concentração em mol/L de iões H+.
Estratégia: é dada a concentração de iões e pede-se para calcular [H+]. A relação entre [H+] e
[OH-] na água ou numa solução aquosa é dada pelo produto iónico da água, K w.
8. Indique se as soluções, com cada uma das seguintes concentrações iónicas, são neutras ácidas
ou básicas.
b) [H+] = Kw/ [OH-] = 1,0 x 10-14 / 1,8 x 10-9 =5,0 x 10-6 mol/L.
11. A concentração de iões H + numa garrafa de vinho de mesa era 3,2 x 10 -4 mol/L, logo depois
de remover a rolha. Somente metade do vinho foi consumida. A outra metade, depois de ter sido
guardada em contacto com o ar durante um mês, tinha uma concentração de ião hidrogénio igual
a 1,0 x 10-3mol/L. Calcule o pH do vinho nestas duas ocasiões.
R/ Quando a garrafa foi aberta, [H+] = 3,2 x 10-4. Substituindo este valor na expressão de pH
tem-se: pH = - log[H+]= - log (3,2 x 10-4)= 3,49
Na segunda ocasião, [H+] = 1,0 x 10-3 M, de modo que pH = -log (1,0 x 10-3) = 3,00
12. O pH da água da chuva recolhida numa certa região do Nordeste dos Estados Unidos num
dado dia era 4,82. Calcule a concentração do ião H+ da água da chuva.
Estratégia: aqui é dado o pH de uma solução e pede-se para calcular [H+]. Uma vez que o pH é
definido como pH = -log [H+],obtemos [H+] pelo antilogaritmo do pH, isto é,
[H+] = 10-pH
Estratégia: a resolução deste problema tem duas etapas. Primeiro calculamos o pOH. Depois,
calculamos o pH da solução.
pH + pOH = 14,00
14. A seguir são apresentadas as faixas de pH para vários materiais biológicos humanos. A partir
do pH no ponto médio de cada faixa, calcule para cada material:
a) [H3O+]; b) pOH; c) [OH-].
1. Leite, pH 6,6 – 7,6
R/ a)=1,0 x 10-7 mol/L; b) =7; c) = 1,0 x 10-7 mol/L
2. Clara do ovo, pH 7,3 – 7,5
R/ a)=1,0 x 10-8 mol/L; b)=6,8; c)= 1,0 x 10-6 mol/L
3. Saliva, pH 6,5 – 7,5
R/ a)=1,0 x 10-6 mol/L; b) =6; c) = 1,0 x 10-8 mol/L
4. Banana, pH 4,8 – 5,4
R/ a)=1,0 x 10-4 mol/; b) =10; c)= 1,0 x 10-10 mol/L
5.Plasma sanguíneo, pH 7,35 – 7,45
R/ a)=1,0 x 10-7 mol/L; b)=7; c)= 1,0 x 10-7 mol/L
15. Calcule o pH de uma solução básica, na qual [OH-]> 1,0 x 10-7 mol/L. Suponha que [OH-]
=2,0 x 10-3 mol/L.
16. Uma amostra de sumo de maçã que foi espremido recentemente tem pH de 3,76.Calcule a
[H+].
17. Uma solução formada pela dissolução de um comprimido antiácido tem pH de 9,18. Calcule a
[H+].
18.Calcule o pH:
b) De uma solução para limpar janelas comummente disponível que tem [H+] de 5,3 x 10-9 mol/L.
R/ a)3,42; b)8,28
20. Uma solução aquosa de HNO3 tem pH de 2,34. Qual a concentração de H+?
R/ 0,0046 mol/L
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
I—[ ] [ ]
II — [ ] [ ]
III — [ ] ]
a) Refrigerante
b) Água destilada
d) Suco gástrico
e) Amoníaco
f) Suco de laranja
h) Chuva ácida
Líquido [ ] [ ]
R/ Coca-Cola ; café
5. Observe na tabela o pH, a 25ºC, de alguns materiais presentes no nosso quotidiano. Indique os
materiais de menor e maior concentração hidroxiliónica.
Materiais pH
Vinagre 3,0
Vinho 3,5
Cerveja 4,5
Café 5,0
R/ e)
7. Dada a afirmação “A urina é uma solução aquosa que apresenta pH = 5.”, podemos concluir
que:
R/ b)
8. Dada a solução 1,0 · 10–4 M de um ácido forte HX, é correcto afirmar que esta
solução tem:
R/ d)
R/ a)
10. Adicionou-se hidróxido de sódio a uma solução diluída de ácido clorídrico, suficiente para
diminuir a acidez dessa solução de pH = 4 para pH = 6. Qual o valor da relação [ ]inicial / [ ]final?
R/ 100
11. Ao beber água, um indivíduo diluiu o seu suco gástrico (solução contendo ácido clorídrico) de
pH = 2, de 50 mL para 500 mL. O pH da solução resultante, logo após a ingestão da água, é igual
a:
a) 0.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 6.
R/ c)
12. Determine a massa de hidróxido de potássio que deve ser dissolvida em 0,500 mL de água
para que a solução resultante tenha um pH ≈13, a 25 ºC. (massa molar do KOH = 56 g mol –1)
R/ 2,8mg
9,18. Calcule a [ ].
As reacções químicas ocorrem, na sua maioria, com a produção de variações de energia que se
manifestam sob a forma de calor.
A termoquímica estuda quantitativamente as variações térmicas que ocorrem nas reaccções
químicas e, por consequência, a transferência de calor tanto associado a reacções químicas como
a mudanças de estado físico da substância.
É importante referir que a energia é uma propriedade do corpo mas o calor não o é. O calor é a
energia em movimento entre os objectos ou sistemas que estão a temperaturas diferentes e em
contacto um com o outro. O calor libertado ou absorvido por um sistema que sofre uma reacção
química é determinado em aparelhos chamados calorímetros.
Os calorímetros são aparelhos capazes de medir o calor de uma reacção química. Esta variação de
calor é calculada por meio da expressão seguinte:
Q=mCΔt
Onde: Q = quantidade de calor liberado ou absorvido pela reacção (caloria ou joule); m = massa
de substância (gramas) presente no calorímetro;
c = calor específico do líquido presente no calorímetro;
Δt = variação de temperatura sofrida pela massa de substância devido à ocorrência da reacção
(graus Celsius).
Calor de reacção, que é igual à entalpia da reacção (se se estiver a pressão constante), é o nome
dado à quantidade de calor liberado ou absorvido numa reacção química.
Numa reacção química ou mudança de estado físico, existem processos que fornecem ou libertam
calor.
Assim sendo, a entalpia (H) é uma grandeza termodinâmica que avalia as trocas de energia
térmica ocorridas num processo químico, mantendo-se a pressão constante. A entalpia (H) é
definida a partir da energia interna (U), pressão (P) e volume (V)
H=U+PV
A variação de entalpia (ΔH) apenas depende do estado final e inicial do processo pois é uma
função de estado:
ΔH = Hprodutos - Hreagentes
Nem a entalpia nem a energia interna absolutas dos compostos podem ser medidas. Estes valores
são apenas obtidos recorrendo à diferença entre a entalpia do fim e do início do processo. Esta
entalpia é igual ao calor absorvido ou libertado pelo sistema,a pressão constante. A Unidade SI da
entalpia é o Joule (J).
Quando a variação de energia é positiva considera-se que a reacção é endotérmica.
Na reacção endotérmica, a entalpia dos reagentes é inferior à entalpia dos produtos, pois o
sistema absorve energia durante a reacção que lhe é fornecida pelo exterior (vizinhança).
ΔH = Hprodutos - Hreagente > 0
Por cada tipo de reacção existe uma entalpia associada à qual se dá o nome da própria reacção.
Assim sendo:
Entalpia formação padrão - é a variação de entalpia associada à formação de uma mole de uma
substância a partir de seus elementos constituintes, na forma de substâncias simples mais
estáveis e no estado padrão (em geral, estado padrão é a 1atm e 25ºC). A entalpia de formação é
representada por ∆Hºf e por convenção qualquer elemento na sua forma mais estável tem
variação de entalpia de formação zero.
Entalpia de mudança de fase - energia necessária para que uma mol de substância nas condições
padrão de temperatura e pressão mude de estado físico. São entalpias de mudança de fase:
entalpia de fusão (entalpia da passagem do estado sólido a líquido) entalpia de vaporização
(entalpia da passagem do estado líquido a vapor); entalpia de sublimação (entalpia da passagem
do estado sólido a vapor).
Entalpia de reacção padrão - é a entalpia de uma reacção realizada nas condições padrão
Entalpia de combustão: é a entalpia associada à reacção de combustão, no estado padrão,
de uma mole de uma substância.
Entalpia de dissolução: é a entalpia associada à dissolução de 1 mol de uma substância em
água suficiente para preparar uma solução diluída.
Entalpia de ligação - é a variação de entalpia verificada na quebra das ligações químicas de 1mol
de substâncias no estado gasoso, a 25° C e 1atm. Durante as reações químicas, as ligações
químicas dos reagentes e produtos são alteradas. Podemos calcular o ΔH pela análise desses
novos rearranjos.
7.2.2 Cálculo da Entalpia de Uma Reacção de Forma Indirecta, Recorrendo à Lei de Hess
Lei de Hess - o calor libertado ou absorvido numa reacção química depende apenas dos estados
intermediários pelos quais a reacção passa. Quer isto dizer que a variação de entalpia numa
reacção onde os reagentes se transformam nos produtos depende apenas do estado inicial e final;
o seu valor é o mesmo quer a transformação se dê numa ou em várias etapas.
De acordo com essa lei, é possível calcular a variação de entalpia de uma reação através da soma
algébrica de equações químicas que envolvam os compostos intervenientes na reacção.
A variação de entalpia de uma reacção é a soma das entalpias de formação dos produtos menos a
soma das entalpias de formação dos reagentes, sendo cada valor de variação de entalpia de
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
2. Qual é a variação de entalpia que ocorre quando uma amostra de 100g de cobre é aquecida de
10 a 100 ºC ?
Dados:
Cp(Cobre)= 0,389 J/gK
R/ H = mCPΔT = 100(g)x0,389(J/gK)x(100-10)(K) = 3,5x103J
EXERCÍCIOS PROPOSTOS:
R/ ΔH0 = -126,4 kJ
R/ 2,4 kJ
3.A entalpia de formação da água líquida, a 25ºC e 1 bar, tem o valor - 285,8kJ/mol. Qual é a
entalpia de dissociação da água?
R/ 285,8 kJ/mol
5. A entalpia de combustão do acetileno gasoso, C2H2 (g), a 25 ºC, é -1299,58 kJ/mol. Determine
a entalpia de formação do acetileno.
R/ ΔHºf = +226,73 kJ/mol
ΔHºf(Ca(OH)2(s))=-986,1 kJ/mol
R/ -127,9 kJ/mol
10. Quando uma gordura típica (C57H107O6) é metabolizada no corpo humano, dá-se a reação
desta com oxigénio originando água e dióxido de carbono. Nesta reacção libertam-se 37,8 kJ de
energia por cada grama de gordura convertida.
Calcule a entalpia de formação padrão desta gordura.
Dados
Compostos ΔH0f(kJ/mol)
CO2(g) -393,5
H2O(l) -285,8
11. Os calores de combustão de etano e etileno com produção de dióxido de carbono e água são -
1559,8 e -1410,9 kJ/mol respectivamente. Determine o ΔHº da reacção:
C2H4(g) + H2(g)→ C2H6(g)
R/ -136,9 kJ/mol
CAPÍTULO 8 - HIDROCARBONETOS
8.1 Nomenclatura
CH3 CH3
CH3CH=CHCH2CH2CH3
CH3CH=CHCHCH2CH3 4- CH3CH=CHCHCH=CHCH3 4-
2-hexeno
metil-2-hepteno etil-2,5-heptadieno
CH3
CH3CH=CHCHCH=CHCH3 =
Por vezes, é complicado determinar a cadeia mais longa e qual o primeiro átomo de carbono:
1 9
2 8
3 5 7 5
4
4 6 6
7 3
8 2
9 1
6-etil-3-metilnonano 4-etil-7-metil-2-noneno
8.2 Isomeria
a) Isomeria de Cadeia;
b) Isomeria de Posição;
c) Isomeria de Função;
É quando os isómeros pertencem à mesma função química, mas possuem cadeias carbónicas
diferentes.
2,3-dimetilbutano
2-metilpentano
hexano
É quando os isómeros pertencem à mesma função, têm o mesmo tipo de cadeia, mas
apresentam diferença na posição de uma insaturação, de uma ramificação ou de um grupo
funcional.
Cl
Cl
2-clorohexano 3-clorohexano
O
OH
O
O
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
a) b) c)
d) e)
a) 2,2-dimetil-4-propiloctano
a) 2-metilpentano e 3-metilpentano.
b) 2 metilhexano e 2,3-dimetilpentano.
a) 2-octeno e 3-octeno.
b) Clopentano e penteno.
f)
g)
a) 4-cloro-2-hepteno
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS