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Antropologia da Cidade

Lugares, Situações, Movimentos - Michael Aguier

Resumo:

Isctem – Disciplina de Antropologia – Teste 2 – Docente: António Manuel Dança


Discente: Moises Fernandes T Zefanias – Código: 2014596

Michael Agier introduz esta obra fazendo uma abordagem sobre a antropologia na
atualidade, para Aguier por um lado a compressão do mundo atual tem-se tornado um desafio
para a disciplina da antropologia. Por outro lado a delimitação de saberes (a questão da
especialização) bem como o distanciamento entre eles (que viria a ser os limites entre dois
campos de saber) tem alterado a forma de fazer antropologia.

Agier defende que a antropologia não pode ser dividida, não se pode ter duas antropologias
mas sim formas diferentes de fazer antropologia.

“ (...) não há duas antropologias, mas sim maneiras diferentes de fazer antropologia com objetos
diferentes e, portanto, campos diferentes, maneiras de pesquisar diferentes” (p.192).

“A antropologia da cidade pode, assim, ultrapassar os domínios de uma antropologia urbana e


alcançar o pensamento antropológico mais geral, e assim enriquecer teórica e
metodologicamente a própria disciplina” (2011. 216p)

De seguida Agier propõe uma nova forma de fazer antropologia que é uma forma de
conhecimento antropológico da cidade que consiste em tornar a cidade num lugar
estratégico para estudar vários temas antropológicos, são eles: relações de identidade,
etnicidade, hibridação, territorialidade, globalização, lugares, fronteiras entre outros.

E para estudar tal amplitude de temas Agier observa aquilo que ele chama de entradas de
conhecimento urbano, que são: Saberes, espaços, situações, lugares e movimentos.

E por meio dessas entradas de conhecimento urbano ele analisa as dimensões urbanas,
realizando uma abordagem situacional, relacional e processual que parte dos lugares e dos
citadinos para compreender as situações de interação dos indivíduos nos seus respectivos
contextos relacionais

A proposta que Agier apresenta é compreender a cidade do posto de vista dos citadinos,
deslocando e olhar da cidade para as pessoas que vivem e fazem a cidade, para isso tem de
se evitar trabalhar com representações fixa institucional, normativa e apriorística da cidade.

“ (…) As definições de localidade são processuais e contextuais. Realiza, assim, uma antropologia
urbana preocupada com as dinâmicas e processos socioculturais contemporâneos inscritos nos
novos contextos urbanos” (2011. 216p)

Pierre Levy, no seu artigo “O QUE É UM ESPAÇO ANTROPOLÓGICO?” do livro “A Inteligência


Coletiva” fala dos espaços antropológicos, para Levy, os espaços antropológicos são estruturantes,
vivos, autónomos e irreversíveis e são constituídos por uma multiplicidade de espaços
interdependentes. Estes espaços são produzidos pelos processos e interações que neles
acontecem, são esses processos e interações que Agier procura compreender na sua proposta de
antropologia da cidade

Outra grande aposta de Agier como método de pesquisa são as pesquisas etnográficas nas
margens urbanas (subúrbios), os subúrbios são lugares marcados por uma urbanização
informal e sem projecto inicial de cidade “aquilo que ele chama de Cidade Nua”, Agier acredita
que são espaços onde possível observar e presenciar o processo de formação de lugares, o
“fazer cidade”

Dentre os inúmeros estudos que Agier realizou pode se destacar as suas etnografias no bairro
da Liberdade em Salvador (BA), onde procurou aprender as situações de interação e
construção de redes, neste caso num espaço mais local esportivo, masculino e citadino.

“ (…) Os espaços futebolísticos seriam, portanto, um espaço privilegiado para a observação das
redes” (2011. 216p)

As redes permitem a Agier se movimentar pelas situações citadinas e acompanhar as relações


que compõem a cidade.

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