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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Departamento de História

Disciplina: História das Religiões II (FCH – 288)

Professor: Evergton Sales Souza

Aluna: Thaise Santana Bispo

Ficha de leitura

Referência bibliográfica:

FRESTON, Paul. Protestantes e política no Brasil: Da constituinte ao impeachment.


1993. 308f. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas. 1993.
Pg 27-63

Resumo

O texto de Freston trata a respeito das origens do protestantismo no Brasil, suas


diversas vertentes e denominações, além de fazer um mapeamento geográfico e
demográfico destes e investigar como foi feita essa instauração com o objetivo de
compreender a política protestante e a sua relação com a sociedade.;

· Palavras-chave: protestantismo; denominação; política; censo; pentecostalismo;

· Tema geral: As origens e os tipos de Protestantismo no Brasil;

· Temas específicos: As características demográficas; o protestantismo histórico


e suas transformações.
· Metodologia: O autor utiliza de tabelas, estatísticas e censos como o do IBGE e
do PNAD, além de comparações com outros países para nos situar da condição dos
missionários protestantes que vieram para o brasil inicialmente e se firmaram, bem
como a de brasileiros que deram continuidade ao movimento e sua distribuição
geográfica;

· Sumário de pontos mais importantes:

● O mapeamento dos Protestantes Brasileiros

“ As características demográficas e a segmentação institucional do protestantismo


brasileiro são elementos importantes para a compreensão de sua política” (p 27)

“O IBGE ainda luta, porém, com a classificação interna do mundo evangélico. O censo
de 1980 foi o primeiro a discriminar entre “protestantes tradicionais” (os históricos) e
“protestantes pentecostais”. Contudo, as listas das igrejas em cada categoria são
sempre incompletas diante da efervescência denominacional.” (p. 28).

“Somente a partir de 1980 é que os censos discriminam “pentecostais” e “tradicionais”.


A PNAD de 1988 volta a não discriminá-los. Não há dúvida, porém, onde está o
crescimento dinâmico. O censo de 1980 ainda deu ligeira maioria aos “tradicionais”.
Hoje, é provável que os pentecostais sejam 60% dos protestantes. A estagnação das
igrejas históricas tem muito a ver com as mudanças católicas desde o Vaticano II, as
quais permitiram mais pluralismo interno e desestimularam a conversão ao
protestantismo” (p. 31).

“Qual a distribuição geográfica dos protestantes? É uma religião urbana: 73% versos a
média nacional de 67% em 1980. Mas há diferenças entre igrejas. Dos históricos,
presbiterianos e metodistas são mais rurais e batistas mais urbanos. Dos pentecostais,
há poucos crentes rurais da Quadrangular, Brasil para Cristo e Deus é Amor, e quase
nenhum da Universal. A AD é bem menos urbana. Isso afeta seu ethos, até hoje,muitos
dos líderes são de origem rural” (p.31).

● Tipologias do Protestantismo Brasileiro


“O campo protestante brasileiro não só cresce rapidamente, mas se fragmenta cada
vez mais em centenas de grupos autônomos ou “denominações”. (p. 35)

“Desde os anos 50, a segmentação interna do pentecostalismo aumenta rapidamente,


sobretudo por iniciativa brasileira. Na quase infinidade de grupos protestantes, vemos o
modelo pluralista se firmando num contexto favorável, tanto social (urbanização rápida,
carências sócio-econômicas) como jurídico ( facilidade legal para registrar uma igreja) e
cultural (enfraquecimento institucional católico mas ausência de secularização;
aceitação social da conversão religiosa).” (p.40)

“Gramsci disse que toda religião é na realidade uma pluralidade de religiões distintas e
frequentemente contraditórias. Por isso as tipologias teológicas e politicas tem sido
especialmente marcadas pela biografia dos seus inventores” (p.40)

● O Protestantismo de imigração

“A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil tem as características de uma


igreja e não de uma denominação ou seita. Mas, de uma igreja imigratória, que deixou
o espaço político que tinha no país de origem e abraçou um espaço definido pela etnia”
(p. 42)

● O Protestantismo Histórico de Missão

“O protestantismo histórico de missão refere-se principalmente às igrejas que se


instalaram por meio da obra missionária na segunda metade do século XIX. Distingue-
se do protestantismo de imigração pelo objetivo de conquistar adeptos brasileiros.”
(p.47)
“O protestantismo que veio era de terceira mão: da Europa passara para os Estados
Unidos e depois para o Brasil” (p. 49)

● Metamorfoses do protestantismo histórico

“A Igreja Metodista é o melhor exemplo brasileiro da possível evolução de uma


denominação de implantação missionárias” (p.54)

“A Igreja Presbiteriana do Brasil é a mais antiga das grandes denominações de


conversão e exerceu, por cem anos, lideranças entre os protestantes.” (p.56)

“Em termos políticos e sociológicos, a Igreja Presbiteriana Independente é um meio


termo entre a Metodista e a Igreja Presbiteriana do Brasil.” (p.58)

“Assim, se o luteranismo e o presbiterianismo nascem na Europa como igrejas, e o


metodismo como ecclesiola na Igreja Anglicana, os batistas são de origem bem
diversa.” (p.60)

· Conclusões:

● O protestantismo é um movimento que no Brasil assumiu um carácter mais


urbano e vem crescendo rapidamente. Ele pode ser discriminado entre
“protestantes tradicionais” (os históricos) e “protestantes pentecostais”;
● Diferente do mundo católico, onde há uma unidade, no protestantismo a
fragmentação é uma característica. Há diversas denominações que têm em
comum a crença na Bíblia mas são diversas em vários sentidos, politicamente,
teologicamente, organizacional, litúrgico... há uma fluidez;

● Freston não tem a intenção de sugerir outra tipologia, ele apenas constata as
limitações das tipologias existentes para a compreensão da política protestante.
Tipologia essa que sofre influência do seu autor.

● Para ele a segmentação que existe no movimento só é positiva no sentido de


expansão numérica mas não para a ação política conjunta. Essa segmentação
no século XIX teve também tem fatores externos como o fator étnico (luteranos
alemães e o fator missionario). Já no século XX ela teve fator social;

● O protestantismo no Brasil teve origem através da imigração da missão.


Portanto, sofreu diversa influências;

● No Protestantismo Histórico há várias denominações, as que mais se destacam


são: Igreja Metodista, Igreja Presbiteriana do Brasil, Igreja Presbiteriana
Independente, Batistas; Cada denominação tem uma característica que marca o
movimento

· Comentários avaliativos sobre o trabalho:

O texto nos fornece uma ótima introdução a respeito do assunto, as ideias são
expostas com clareza. É bastante detalhado e nos indica que o autor fez um excelente
trabalho de pesquisa. Para quem não tem proximidade com a temática, ele é bastante
proveitoso.

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