Sumário

Introdução ••••••••••••••• 03

Percepção do Tempo ••••••••••••••• 05

Estado de Presença ••••••••••••••• 08

O Líder do Presente ••••••••••••••• 12

Um Líder de Valor ••••••••••••••• 15

O Que é Identidade de Líder? ••••••••••••••• 17

Líder: Um Herói de Propósito ••••••••••••••• 19

Lidere o Presente ••••••••••••••• 22

Sobre a Rise
Desenvolvimento Humano ••••••••••••••• 24

Sobre a Kuratore ••••••••••••••• 26

INTRODUÇÃO
Ao preparar este livro nós partimos de um único propósito. Ajudar os
líderes a compreender sua missão e perceber como suas ações são
refletidas na sua equipe, na companhia e nos clientes.

As decisões que são tomadas dentro dos muros da empresa são

sentidos pelos clientes, mesmo que este não seja um efeito desejado.
É preciso então que os líderes tomem as rédeas do negócio para
garantir que toda a cadeia impactada consiga compreender que a
empresa tem um nível de responsabilidade maior do que pensamos.

Optamos por colocar este líder em um patamar de herói, já que ele é

responsável pela disseminação do propósito da empresa, por ajudar
as pessoas a compreender como elas podem beneficiar a si e aos
demais com este propósito.

O líder deve saber que para se colher bons frutos, não basta ter uma
boa semente. Ele precisa de um terreno muito bem preparado e
cuidado.

Para isso, entendemos que o líder precisa começar por si. Não adianta
ele aprender sobre uma série de ferramentas de liderança se antes
disso ele não compreender como isso pode ser útil a ele.

Por isso a percepção do tempo vem antes de fazer gestão do tempo.

As ferramentas de motivação, muitas vezes utilizadas para combater o
absenteísmo ou até o presenteísmo, tem pouca eficácia se o líder não
compreender que ele deve estar com um estado de presença aguçado.

As empresas estão todos os dias buscando pessoas que estejam

integradas e conectadas com os anseios da sociedade presente. Mas
para isso as empresas precisam de líderes que assumam a identidade
de líder junto com suas responsabilidades, valores, competências e
atitudes.

Se você não está cuidando de si, cuidando do seu terreno, do seu

solo, como você espera colher bons frutos?

Se você não está trabalhando para ser um líder melhor, como você
espera colher bons resultados de sua equipe?

Você está preparado para refletir sobre si e realizar as mudanças

necessárias?

Existe uma pressuposição que pode ajudar muito: “Todas as

pessoas querem crescer e se desenvolver!” E você?

Vamos começar falando sobre as experiências que temos com o

tempo. Muitas vezes sentimos que ele corre depressa, e que não
seremos capazes de realizar o que queremos no tempo que temos
disponível. Uma das equações que temos que aprender a equilibrar é
quantidade X qualidade.
PERCEPÇÃO
DO TEMPO
Quantas vezes você já se deparou com a falta de tempo?

Na vida dos líderes essa pode ser uma das maiores questões para fazer a gestão da equipe assim
como gostaríamos. Mas qual é o principal elemento que nos tira do eixo quando precisamos fazer
melhor uso do nosso tempo? Saber dizer não? Priorizar? Ter a capacidade de gerenciar a agenda?

Antes de partirmos para qualquer técnica que talvez você já

tenha estudado, que prometem te dar performance e controle
do seu tempo, precisamos compreender como o tempo se
divide. Para isso vamos compreender como funciona a viagem
espacial. Hoje os homens estudam e projetam a primeira
expedição tripulada a Marte. uma viagem que deve durar entre
150 e 300 dias, dependendo do equipamento, da velocidade
do lançamento e do alinhamento entre os planetas. Você já
se imaginou passar 300 dias dentro de uma nave cujo espaço
interno é um tanto restrito?

O que você faria com seu tempo? Qual seria a sua rotina?
Obviamente um astronauta teria muitos experimentos para
realizar e também teria uma rotina previamente estabelecida
para todo o percurso, desenhada com perfeição.

A medição destes 300 dias é conhecido como Tempo Cronológico,

que, segundo alguns estudos provém do grego Chronos, o
Deus do Tempo sequencial, que pode ser medido. O tempo
medido pelo relógio, que nos ajuda a determinar como vamos
distribuir nossas tarefas em meio a este espaço de tempo. Sua
linearidade faz com que ele seja o recurso mais democrático
e mais implacável da vida das pessoas. Inevitavelmente ele
passa, sem que tenhamos qualquer condição de lidar com ele.

Do outro lado da mesma moeda temos o tempo intangível.

O tempo que sentimos, mas não conseguimos parametrizar.
Kairós possui uma natureza qualitativa, o momento
indeterminado no tempo em que algo especial acontece: a
experiência do momento oportuno. Imagine saber que você
está viajando para um local jamais explorado pelo homem e
deixe-se imaginar por algum tempo o que você pode encontrar
em Marte. Como é a sensação da gravidade de lá? O que você
sentiria a primeira vez que tocar o solo?
Provavelmente você passaria algum tempo imaginando isso e
não seria um tempo cronológico.

Essa é sensação de Kairós. O tempo certo das

coisas acontecerem. A ação humana por muitos anos
vem estudando a ação de Kairós e a conectando a
Chronos. A agricultura faz uso destes dois tempos.
Sabemos quando é o período Chronos de uma
safra de frutas, mas não sabemos quanto
tempo Kairós é necessário para uma fruta
amadurecer. Isso depende do
momento certo para
acontecer.
A grande questão para a liderança é saber como conectar
estes dois tempos. Quantidade e qualidade. Um líder que se
dedica a fazer gestão da equipe precisa reservar tempo na
agenda para conversar com seus colaboradores, direcionar
tarefas, coordenar ações conjuntas e fazer gestão de
relacionamentos. A quantidade de tempo é importante, porém
o fator determinante será a qualidade do tempo disponível.
Frequentemente ouvimos que um líder reserva um tempo
determinado na agenda de compromissos para fazer reuniões
com membros da equipe, mas quando o faz é interrompido
por telefonemas ou e-mails “importantes”. Este ponto de
observação é bastante simples, mas pode ser o início de uma
jornada de sucesso como líder de pessoas e negócios.
Os gregos utilizavam Chronos e Kairós separadamente para
referir-se ao tempo, por isso a pergunta: Da próxima vez que
você estiver com sua equipe, quanto Chronos você vai dedicar a
eles e como será o Kairós desde contato? Pense nessa equação
e haja!
ESTADO DE
PRESENÇA
Sabemos que na sociedade atual o tempo é um
fator decisivo para alcançar grandes resultados.
Sabemos também que para utilizar melhor este
tempo precisamos estar focados nas tarefas que
estamos realizando. Isso tem a ver com nosso
estado de presença. Com a qualidade da atenção
ao que estamos realizando.
Em meio aos anseios e necessidades do líder, da
equipe e da companhia é preciso estar conectado
consigo mesmo.
É bastante comum ouvir as pessoas dizerem que
são multitarefa. Você se considera uma pessoa
Multitask?

Imagine que você precisa resolver um problema. Vamos testar?

Você precisa aumentar os preços dos produtos
que comercializa para manter o negócio sadio. A seguir disponibilizamos um trecho do livro O
Ao mesmo tempo precisa gerenciar os ânimos da Pequeno Príncipe, de Antoine De Saint-Exupéry.
sua equipe comercial e também com os clientes.
Sabendo que seu principal concorrente pode não Você deve lê-lo ao mesmo tempo em que ouve as
seguir a mesma tendência que você e ganhar informações contidas em um vídeo. O vídeo que
alguns clientes da sua carteira. Tarefa fácil, não? você vai assistir é um poema de Carlos Drummond
de Andrade intitulado Amor recitado por Marília
Some a isto o fato de você estar em realizando Pêra.
essas mudanças em um aeroporto cheio e o seu
voo prestes a ser chamado.
Algumas pessoas diriam que é impossível!

O estado de presença que estamos falando é a

capacidade de se afastar alguns instantes das
turbulências para poder tomar a melhor decisão
e agir!

Como diria Eckhart Tolle, escritor do campo da

espiritualidade, “As soluções sempre aparecem
quando saímos do pensamento e ficamos em
silêncio, absolutamente presentes, ainda que seja
só por um instante” .

Clique aqui para assistir o vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=G3LIMueC124

Eles devem estar sincronizados, então assim que começar a ouvir a fala do vídeo, inicie sua leitura do trecho
do livro.
Preste atenção nos dois elementos ao mesmo tempo. Depois vamos tirar algumas conclusões.
“E foi então que apareceu a raposa:
Bom dia, disse a raposa.
Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas
não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
Sou uma raposa, disse a raposa.
Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

Ah! Desculpa, disse o principezinho.

Após uma reflexão, acrescentou:
Que quer dizer “cativar”?
Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
Que quer dizer “cativar”?
Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo!
Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu
procuras galinhas?
Que quer dizer “cativar”?
É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa “criar laços...”
Criar laços?

Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto

inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho
necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não
passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás
para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... Eu
creio que ela me cativou...
É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
Num outro planeta? Há caçadores nesse planeta? E galinhas?
Nada é perfeito, suspirou a raposa.”
Como você se sentiu?

Conseguiu prestar atenção nas duas informações?

O que chamou mais sua atenção?

A leitura ou o vídeo?

E agora, você continua se considerando uma pessoa multitarefa?

A questão não é se conseguimos fazer duas coisas ao mesmo tempo,

mas o quanto conseguimos manter o foco nelas, o quanto conseguimos
nos conectar e estarmos presentes no momento em que estamos
realizando uma tarefa.

O estado de presença é exatamente essa sensação de conexão, de

não julgamento em relação ao momento.
Na liderança, esta é uma habilidade bastante importante, pois permite
ao líder exercer seu papel com maior afinco e conseguir perceber
detalhes em sua equipe, ou na execução de um trabalho, que de outra
maneira não aconteceria.

Uma das melhores forma de exercitar o estado de presença é

determinar alguns períodos do dia para apenas estar lá. Sem que você
julgue, e apenas sentir o tempo. Meditar pode ser uma boa ferramenta.
O mais importante aqui é você conseguir conectar-se com as pessoas,
ou com as tarefas que está realizando, de modo você tenha um estado
ampliado de presença.
O LÍDER
DO PRESENTE
Você já deve ter ouvido algumas vezes alguém dizer que o líder do futuro possui determinadas características
e que em pouco tempo eles terão que se comportar de maneira diferente do que fazem hoje.
Acontece que esta mudança já ocorreu! Hoje não se espera mais que os líderes hajam como faziam tempos
atrás.

É claro que devemos projetar o futuro, que devemos compreender as tendências e saber quais serão os
próximos caminhos que devemos percorrer, mas não seria melhor compreender também como devemos
agir hoje?

Sabemos que uma das maiores demandas das empresas para a liderança é que ela seja inspiradora, que
consiga mobilizar a equipe para construir relacionamentos e resultados surpreendentes.
Diante desta demanda, como você tem se comportado no seu papel de líder? Que resultados você tem
alcançado? Estes resultados estão alinhados às suas expectativas e às expectativas da companhia? Como
sua equipe tem reagido a isso?

Temos a consciência de que não é fácil atender a todas as

expectativas da empresa, da equipe, dos clientes e nossas
próprias, mas é preciso estar alinhado a isso.

Uma boa estratégia para isso é compreender, dentro do

seu quadro de comportamentos, quais são os resultados
que cada um deles pode produzir.

Por exemplo: Um líder que precisa entregar grandes

resultados financeiros, principalmente em períodos de
instabilidade econômica, pode optar por ignorar o cenário
e cobrar resultados incessantemente da sua equipe.
Pode impor um ritmo acelerado, sem considerar a própria
capacidade de produção e a capacidade de produção
da equipe. O resultado desta ação é que em um ano ou
dois este líder pode conseguir alcançar as metas, mas
no caminho ele certamente irá perder talentos e talvez,
dentro de pouco tempo, não terá mais uma equipe forte,
pois certamente ela estará esgotada.

“Ah, mas esta não é uma opção para mim, já que a corporação
ou a alta liderança me exige que os resultados cresçam,
independente do cenário!”

É claro que precisamos tomar iniciativas para nos “blindar” sobre o que está
acontecendo ao nosso redor. No entanto precisamos também saber reconhecer
qual é a nossa capacidade de atendimento e como devemos nos comportar.

Então como se comporta este tal Líder do Presente?

Antes de detalharmos um modelo referencial, adaptado do modelo
empresarial de Joey Reiman exposto no livro Propósito, editado em 2013,
é importante que você avalie cada um destes pontos, para compreender
como isso pode ser colocado em prática hoje mesmo, caso você julgue esta
referência importante.
Considere que todas as características podem ser
colocadas em prática se você realmente quiser e acreditar
que pode mudar, para melhor, sua liderança.

Este líder compreende que mirar o futuro é importante,

mas como todo herói, as ações que garantem um bom
futuro são realizadas hoje. Ele acredita, pensa, sente e
age como um herói. Sua liderança é inquestionável e a sua
presença se torna o norte para sua equipe.

Ele sabe que sua motivação é realizar com o senso de fazer

a diferença. E isso deve estar presente em suas ações e
nas ações que a equipe realiza. Fazer a diferença é realizar
algo que realmente transforme a vida das pessoas para
melhor.

Isso necessita do líder e da equipe uma conexão com as

necessidades do mundo que os cerca. Se a grande missão
da maior parte das companhias é tornar a vida das pessoas
melhor, todos precisam estar direcionados e engajados
com esta tarefa.

Isso significa pensar de forma ampla nos problemas que

a empresa está resolvendo, ou em quais são as soluções
que a companhia está entregando. Vivemos em um
período onde, mesmo que a inovação seja incremental, ela
precisa ter ares de disrruptiva. Isso em qualquer ponto da
companhia. As pessoas precisam sentir-se revolucionárias
do bem.

Este tipo de líder precisa de um único fator para desencadear

ações deste nível. Engajamento! Esta pequena palavra,
com um significado enorme para as empresas e líderes,
permite que as decisões sejam tomadas de forma coletiva,
alinhadas e com os olhos na experiência de todos os
envolvidos. Ela coloca a empresa numa posição de olhar
para o futuro, sem perder o contato com o presente!
UM LÍDER
DE VALOR
O Líder do Presente é aquele que pensa, sente e age no
hoje. Cada uma de suas ações está pautada em dois pilares
principais: O propósito, que vamos tratar mais adiante, e
os valores da companhia.

Os valores são a forma como a organização se comunica.

Ela diz se somos diretos ou não, se somos divertidos, se
somos liberais ou mesmo se somos transformadores de
opinião.

Um líder precisa compreender os valores da companhia e

saber como eles influenciam as ações das pessoas ou se
são apenas palavras impressas em uma placa na entrada
da empresa. Mesmo que a empresa já exista há muito
tempo é preciso ter ciência se os valores dela refletem o
valor que elas entregam para a sociedade que atendem.
Uma vez compreendido os valores, e pressupondo que
eles sejam tão influentes a ponto de construir um mundo
melhor, é preciso que vejamos as pessoas agindo através
deles.

Por exemplo o Google, que está presente na vida de

milhares de pessoas todos os dias tem como um dos
valores da companhia “Conceber um mundo que funcione
para todos”. Você consegue imaginar que tipo de atitudes
e comportamentos esse valor consegue desencadear no
Google?

É exatamente assim que o Líder do Presente deve pensar.

Quais valores da sua empresa possuem capacidade de
mobilização simplesmente por existir?

Como as pessoas podem conectar os valores pessoais aos

da companhia? Que tipo de atitudes esta conexão gera?
O líder deve compreender a capacidade de mobilização
dos valores, não subestimá-los!

Observe um dos valores da BrightHouse, consultoria da

área estratégica, que diz “A criatividade é a inteligência
se divertindo” - frase essa emprestada de Albert Einstein
que relata a aproximação dos dois hemisférios do cérebro
como forma de comunicação entre razão e criatividade.
Este valor aplicado ao negócio diz que as pessoas devem
ser criativas, livres para sonhar, para se divertir enquanto,
de maneira inteligente, criam estratégias que tornam a
vida das pessoas melhor através das empresas de seus
clientes.

Na sua empresa, quais são as oportunidades de

transformar valores em atitudes?

Como você pode tornar isso uma fortaleza reconhecida

de sua liderança?
O QUE É
IDENTIDADE
DE LÍDER?
O que você responderia se lhe perguntassem:

Quem é você afinal?

Como você pensa?

Quais são os seus hábitos e as suas características?

Qual é a sua opinião sobre si próprio?

Quanta confiança você tem em si mesmo?

Como é o seu relacionamento com as pessoas?

Provavelmente você se sentiria confuso com algumas

respostas que cismam em não sair como você gostaria.
Isso tem um motivo. Nossa identidade é algo difícil de
descrever, é sempre mais fácil descrevermos a identidade
de outra pessoa.

Sempre ouvimos frases do tipo: “Fernando é um líder

nato!” ou, “Maria é a verdadeira líder de que precisávamos,
isso é dela!”

Mas o que nos faz dizer isso? Os comportamentos

dessa pessoa? As coisas que ela sabe fazer? Que fatores
determinam se uma pessoa É um líder ou ESTÁ um líder?

Sim, existem pessoas que assumem posições na

organização onde elas temporariamente ficam a frente de
áreas, projetos ou mesmo tarefas, mas na verdade elas
não assumem a posição de líder como identidade.

Sim, identidade. Porque uma pessoa quando assume que

É líder ela conecta essa “função” à sua autoimagem.

Como toda identidade, o seu Eu - Líder, possui

características distintas, crenças próprias, valores,
habilidades e comportamentos.
Isso significa que ela precisa ser trabalhada para que você
possa explorar a sua melhor performance.

Você já parou para pensar sobre isso?

Qual é a sua identidade de líder?

LÍDER:
UM HERÓI
DE PROPÓSITO
O que define um herói? Poderes meta-humanos? Inteligência e sabedoria?
Ou será que um herói nada mais é do que uma pessoa que consegue
extrair o melhor de si em favor de outros? Uma mãe que cuida de sua
família, zelando pela ordem, educando, alimentando e ainda mantendo
uma jornada de trabalho formal de 8 horas diárias, fora as “obrigações”
do lar é uma heroína?

Os heróis do mundo moderno são aquelas pessoas que possuem

competências especiais, que ajudam o mundo a ser um lugar melhor. Essas
pessoas possuem capacidade de mobilização inigualável e inabalável!

Mas será que um líder pode ser considerado um herói?

Vamos analisar esse ponto de vista…
Imagine que você possua a capacidade de mobilizar as pessoas para
realizar tarefas de modo que elas sintam-se úteis e felizes por realizar.
Imagine que você transforma sua sabedoria e inteligência em motivação
para, estrategicamente, construir um ambiente produtivo, onde os
relacionamentos são respeitosos e a motivação de cada pessoa ali inserida
é vista e respeitada. Você, neste caso como líder, se considera um herói?
Ampliemos então este contexto. Você compreende o prefixo meta? Meta
quer dizer, em sua origem grega, além de. Sendo assim, podemos dizer
que um líder que conecta suas competências às competências de sua
equipe os torna meta-competentes, ou seja competentes além de suas
próprias competências.

Entretanto existe uma característica no líder, ou neste caso nosso

herói, que o coloca no topo de qualquer ranking de candidatos a herói. A
capacidade de gerar movimento por um propósito único.
O líder que desejar uma vida e uma carreira significativas deve ser
motivado por um propósito inspirador. Deve ter em mente que o motivo
fim de uma jornada de trabalho é atender a um propósito.

E porque o propósito é tão importante para empresas e líderes. A resposta

pode ser mais simples do que muita gente imagina. Toda empresa surge
para suprir alguma necessidade que está presente. Seja essa oportunidade
um problema encontrado na vida das pessoas, ou um oportunidade de
melhoria.
Quando uma empresa surge para responder aos anseios somente da
pessoa que a criou, normalmente essa empresa não engaja os profissionais
que ali estão e muito menos cria movimento nos clientes.

O propósito precisa ser a força motriz para que a empresa seja sadia.
Por isso um líder que compreende o propósito de sua empresa e ajuda
as pessoas que fazem parte da organização a conectar seu propósito
pessoal a esta causa, acaba gerando um movimento crescente, muitas
vezes maior até do que a companhia.

Um bom exemplo brasileiro de empresa movida por propósito é o caso da

Alpargatas, proprietária da Havaianas. Esta empresa produz algo muito
maior do que chinelos. Ela produz e vende para o mundo “A alegria de
viver do povo brasileiro” por isso ela se tornou sucesso no mundo todo.
Cada líder dessa companhia deve ter em mente que a melhor forma de
produzir alegria de viver é trabalhar com a alegria de viver no peito.
Não basta ter uma mensagem bonita, o líder precisa saber que ele é o
responsável por produzir ações dentro da empresa em que as pessoas
sintam a alegria de viver a cada momento.
Existe um modelo que pode ajudar bastante na produção deste “Efeito
Reverb” e tornar a sua liderança cada dia mais inspiradora. Ele foi descrito
pelo consultor e escritor britânico Simon Sinek. Ele diz que para aumentar
o nível de engajamento é preciso mudar a forma como nos comunicamos
com nossas equipes.

A princípio sempre lidamos com as metas da empresa por exemplo,

comunicando nossa equipe da seguinte forma. Falamos O QUE é a meta,
qual o seu tamanho ou o seu resultado final. Depois falamos COMO
vamos alcançar esta meta, explicamos cada ação que devemos realizar. Ao
final, quando sobra tempo para isso, comunicamos o PORQUE queremos
alcançar aquela meta.

Um líder inspirador inverte a sua forma de comunicação com seu time. Ele
sabe que a motivação não está no O QUE, mas no PORQUE vamos realizar
algo, a motivação está no propósito da ação.
Imagine que um líder de vendas de uma companhia que produz máquinas
para fazer omeletes tenha o seguinte discurso na hora de comunicar as
metas do ano:

- Bom dia pessoal, estão todos bem?

- Quero comunicar a vocês a nossa meta de vendas para este ano.
- Precisamos que nossas máquinas estejam em cada lar brasileiro
para que as famílias possam ter cafés da manhã mais nutritivos e que
possam desfrutar deste momento em família.
- Para isso vamos ter que ampliar nossa capilaridade e garantir que
cada mercadinho e loja de eletrodomésticos em todos os municípios do
Brasil tenham nosso produto exposto.
- Então, este ano, queremos crescer as vendas em 13% em cada
estado e ter um crescimento de carteira da ordem de 22%. Posso contar
com vocês?

Este é o papel de um líder inspirador que sabe conectar o propósito

da companhia às ações que cada um deve realizar. Isso deve refletir o
sentimento e a responsabilidade que cada colaborador tem, seja para
produzir “A alegria de viver do povo brasileiro”, ou para que “Cada família
possa ter cafés da manhã mais nutritivos e que possam desfrutar deste
momento em família.”

Um líder de propósito, ou um herói de propósito tem por responsabilidade

fazer com que as ações reflitam este sentimento muito além dos muros
da empresa. Ele deve ser sentido pelos colaboradores, pelos acionistas,
pelos fornecedores e principalmente pelos clientes. O orgulho de contribuir
com algo deve ser sentido pelo simples fato do cliente entrar em contato
com o “produto final” daquela empresa. E isso é uma responsabilidade
que somente um herói pode suportar.

Preparado para ser um Herói?

O que você acha de ser treinado para
ampliar o seu estado de presença
e por consequência fazer melhor
gestão do tempo, ter mais empatia
com o contexto em que você está
inserido, melhorando também a sua
capacidade de feedback?

E se você tivesse uma equipe

performando no seu nível mais
elevado, trazendo os melhores
resultados possíveis?
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