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GLOSSARIO DE EPIDEMIOLOGIA Ary WALTER Scrimip * INTRODUCAO A padronizagao dos térmos técnicos @ uma necessidade fundamental em qualquer cigncia, para que seja possivel usar-se uma linguagem comum de maneira a se expressarem as mesmas idéias com as mesmias palavras. Sem essa padronizacao torna-se dificil o entendimento entre os. estudiosos da matéria e pode-se mesmo afirmar que dificilmente a ciéncia podera progredir. Ja existem bons diciondrios de témos médicos, embora sejam poucos os publicados em portugues. No entanto, nao conhecemos nenhum dicio- nério ou glossario de térmos usados em Satide Piiblica e, particularizando, nenhum de Epidemiologia que seja mais ou menos completo. Acresce notar que ndo € possivel traduzir literalmente palavras de outras linguas para o portugues, porque com grande freqiiéncia o sentido & muito diferente na nossa lingua: € 0 caso, por exemplo, da palavra “enfer~ medad”, que ndo corresponde nossa “enfermidade”. Mesmo consideran- do sdmente o nosso idioma, observa-se freqiientemente que o sentido gra~ matical nao coincide com o técnico: € o caso do térmo “portador”. Por éstes motivos, julgamos oportuno fazer um glossario dos princi- pais térmos epidemiolégicos, que apresentamos a seguir; baseamo-nos prin cipalmente nas aulas do Prot. Ayroza Galvao e na bibliografia citada no fim déste trabalho, # possivel que o leitor estranhe ao verificar que incluimos varios ter- ‘mos que pertencem a outras ciéncias, que ndo a Epidemiologia. Porém, é necessdrio considerar que esta se baseia em varias cigncias e que, por éste motivo, usa muitos térmos a elas pertencentes (como ecologia, desinfec- gao, etc.). Em alguns casos adotamos arbitrariamente uma defini¢do, embora nem todos os autores classicos a aceitem. £ 0 caso, por exemplo, dos con ceitos de Higiene, Medicina preventiva e Satide Pablica, que ttm dado mar- gem a muitas cuividas, interpretacdes diversas e superposi¢ao de definigées. * ‘Trabalho realizado na Cadeira de Epidemiologia e Profilaxia Gerais e Espe- ciais (Prof. Augusto Leopoldo Ayroza Galvao) da Faculdade de Higiene © Saude Publica da’ Universidade de Sdo’ Paulo. Apresentado ao Departamento de Higiene e Medicina Tropical da Associagéo Paulista de Medicina, em 5 de novembro de 1956. + Assistente da Cadeira 2 ARQ. FAC. HIG. SAUDE PUB. UNIV. SAO PAULO, 10 (1/2) 195 Leavell e Clark", por exemplo, preferem nao definir Medicina preven- tiva e Saiide Publica, porque julgam que qualquer tentativa para diferenciar tes térmos, por definides, servird mais para confundir que para esclarecer © assunto. No entanto, achamos mais conveniente adotar uma detinigdo para éstes térmos; embora arbitraria, sera stil no sentido de facilitar o entendimento centre os sanitaristas. Este glossirio nao é definitive, © nem o poderia ser; esperamos, no entanto, que sirva como ponto de partida para um estudo mais amplo no futuro, Seremos profundamente gratos a todos os que nos enviarem s gestdes e criticas, no sentido de melhoré-lo-e de tord-lo mais completo, escoimando-0 das_numerosas imperfeigdes que sem diivida apresenta, Uma boa oportunidade para a discus tuida pelos Congressos Brasileiros de Higiene ou por reunides da Associa gio Médica Brasileira, quando se tomaria possivel estabelecer com maior precisdo os térmos epidemiolégicos & seus conceitos, a serem adotados dai em diante em nosso idioma, Desta maneira, ter-se-ia um glosstrio bastante completo ce Epidemio- logia, que poderia ser reunido a outros, elaborados por especialistas nos iversos ramos da Saiide Piiblica, tendo-se entdo um verdadeito Dicivnirio de Saiide Publica. Esta é uma idéia cuja realizagdo & possivel, embora possa parecer utépica, € que traria grandes beneticios aos sanitaristas brasileiros. ‘do déstes térmos seria a consti- GLOSSARIO DOS PRINCIPAIS TERMOS USADOS EM EPIDEMIOLOGIA, EM NUMERO DE DUZENTOS APROXIMADAMENTE, CLASSIFICADOS SEGUNDO A ORDEM ALFABETICA, COM SEUS SIGNIFICADOS, SINONIMIA E EXEMPLOS ILUSTRATIVOS AFECCAO — Processo mérbido encarado nas suas manifestagées atuais, abstraindo-se de suas causas e conseqiiéncias ™ AGENTE ETIOLGGICO — Substancias cuja presenca ou auséncia pode iniciar ou perpetuar um processo mérbido; podem ser nutricionais, fisicas, quimicas ou parasiticas '*. ANATOXINA (TOXGOIDE) — Toxina tratada pelo formol ou outras ‘substancias, que perde a capacidade toxigénica conservando a capa- cidade imunogénica. E usada como vacina contra algumas doencas, como a difteria e 0 tétano, por exemplo. ANTISSEPSIA — Conjunto de meios empregados para impedir a proli feragéo microbiana ‘. ASSEPSIA — Conjunto de meios que se usam para impedir a penetracio de germes (contaminagio) em um local que os nfo contenha ‘ BIOESTATISTICA — Ciéncia que trata da aplicacio dos métod titativos ao estudo dos fatos vitais. E parte do campo mai da demografia: estudo estatistico de tédas as fases da (Muench ""°), CARACTERES EPIDEMIOLOGICOS — Modos da ocorréncia natural das doencas em uma comunidade, em funcao da estrutura epidemiolégica da mesma, CASO CLINICO (ou simplesmente CASO) — Pessoa ou animal que presenta, no momento, sintomas diagnosticéveis clinicamente. Na ordem erescente da gravidade, os casos clinicos podem ser: sbortivos, benignos, moderados, graves ¢ fulminantes. Os abortivos ¢ fulminan~ tes soem ser atipicos e, portanto, de mais dificil diagnéstico. Por ito, freqiientemente deixam de ser diagnosticados, o que tem grande importincia em Saiide Piblica, pois representam fontes primérias de infeccio que passam despercebidas, CASO CLINICO ABORTIVO — Caso clinico em que aparecem sdmente 05 primeiros sintomas da docnca, ocorrendo em seguida a cura, Ex: variola.abortiva. CASO CLINICO ATIPICO — Caso clinico em que ha sintomas diferentes dos encontrados comumente na doenca. © caso pode apresentar uma gravidade igual, maior ou menor que os casos elinicos tipicos CASO CLINICO BENIGNO (BRANDO, LEVE) — Caso clinico em que aparecem os sintomas cléssicos da’ doenca, porém, éstes eo pouco intensos; 0 doente nao corre perigo de vida e nao deverd haver segiielas importantes. Ex.: variola discreta CASO CLINICO FULMINANTE — Caso clinico muito grave, falecendo quase sempre o doente antes que aparecam os sintomas' tipicos da doenga. Ex.: pirpura variclosa, quan- amplo ida humana 4 ARQ. FAC. HIG. SAUDE PUB. UNIV. SAO PAULO, 10 (1/2) 1955 CASO CLINICO GRAVE — Caso clinico em que aparecem os sintomas clissicos da doenca, ¢ de forma intensa; o docnte corre perigo de vida ou deverd haver seqiielas importantes. Ex.: variola confluente maligne, CASO CLINICO MODERADO (COMUM, MEDIO) — Caso clinico em que aparecem os sintomas classicos da doenca, cuja gravidade é média. Ex.: variola confluente benigna. CASO INDICE — Primeiro caso clinico diagnosticado em uma comuni- dade, a partir da data em que se © estudo epidemiolégico da mesma. Em geral, toma-se como unidade de estudo a familia ou pequenos grupos populacionais bem controlados. Comumente é difi- cil precisar se © caso indice é ou ndo © caso primario ocorrido na comunidade. CASO PRIMARIO — Primeiro caso clinico ocorride em uma determi- nada comunidade, a partir da data em que se iniciou o estudo epide- miolégico da mesma. CASO SECUNDARIO — Caso clinico que aparece aps 0 caso primario (de quem provavelmente adquiriu a infeccéo), havendo entre ambos um intervalo de tempo igual ou maior que © periodo minimo de in cubacio da doenca considerada. CASOS ESPORADICOS — Casos clinicos que aparecem raramente em uma comunidade, sem ligacdo aparente entre si, Ex.: casos humanos de carbinculo COEFICIENTE — Quociente entre o mimero de vézes que um fenémeno ocorreu eo niimero de vézes que o mesmo fendmeno poderia ter A finalidade dos coeficientes é comparar dados de duas em épocas diferentes, ‘butos na ocorréncia das doencas. 10 dos coeficientes abaixo discriminados se baseia, principalmente, em trabalho de Scorzelli". (V. indice). COEFICIENTE DE ATAQUE — Quociente entre o mimero de casos de uma determinada doenca, durante um periode considerado, © 0 ni- mero de pessoas submetidas a um contréle epidemiolégico acurado, nese mesmo periodo. F. muito importante em Epidemiologia, porque representa realmente a probabilidade que se tem de adquirir a doenca em uma dada comunidade, Em geral é dado em percentagem. COEFICIENTE. DE ATAQUE PRIMARIO — Quociente entre o niimero de casos primarios © © mimero de pessoas expostas, ao ser iniciado 0 estudo epidemiolégico da comunidade. COEFICIENTE DE ATAQUE SECUNDARIO — Quociente entre 0 nii- mero de casos secundarios e 0 mimero de comunicantes dos casos rimérios, COEFICIENTE DE LETALIDADE (DE FATALIDADE) POR UMA CAUSA DETERMINADA — Quociente entre 0 mimero de dbitos por uma doenca e 0 mimero de casos da doenga que deu origem a gases dbitos. Indica a gravidade da doenca, e, indiretamente, a viru- encia do agente etiolégico. Para o caleulo déste coeficiente é neces sério que o numerador e 0 denominador sejam origindrios da mesma SCHMID, A. W. — GLOSSARIO DE EPIDEMIOLOGIA fonte, Em geral é expresso em percentagem. £ muito comum cha- mar erradamente éste coeficiente de “coeficiente de mortalidade”. COEFICIENTE DE MORBIDADE POR UMA CAUSA DETERMINADA. — Quociente entre o mimero de casos de uma doenca e a populagio de uma regiéo. Usualmente consideram-se 08 casos novos que apa- receram na comunidade, de modo que éste coeficiente fornece infor- macées sébre a incidéncia da doenca. A fonte dos dados é a noti- ficacdo; como esta ¢ quase sempre precitia, o valor déste coeficiente € relativo, devendo-se analisi-lo com muita precaucéo. Em geral é expresso por 100.000 habitantes. Alguns usam o térmo “morbili- dade” ao invés de “morbidade"; acreditamos, no entanto, que é pre- ferivel usar éste iltimo. COEFICIENTE DE MORTALIDADE FETAL (DE MORTINATALIDA- DE) — Quociente entre o nimero de mortes fetais © 0 mimero de nascidos vives. Em geral é expresto por 1.000 nascidos vivos. Por dbito fetal é entendida a morte do produto da concepcao, anterior & sua expulsio ou extracéo completa do organismo materno, indepen- dentemente do tempo de gestacao (OMS, 1950, °*). COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL — Quociente entre o miimero de ébitos de menores de um ano € 0 mimero de nascidos vivos. Muitas criancas nao sio registradas, o que faz com que 08 dados sejam super-estimados, embora haja meios para corrigir par- cialmente estas causas de érro. Em geral expresso por 1.000 nas- COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA — Quociente entre 0 rniimero de ébitos por doencas ligadas gravidez, parto e puerpério, ¢,g mimero de nascidos vives, Em eral € expresto por 1.000 mas COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEO-NATAL — Quociente entre ‘© mimero de dbitos de menores de um més e o mimero de nascidos vivos. Em geral é expresso por 1.000 nascidos vivos. COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR TODAS AS CAUSAS (COE- FICIENTE DE MORTALIDADE GERAL) — Quociente entre 0 mi- mero de ébitos por tédas as causas e a populagio de uma determi. nada regiao. Em geral é expresso por 1.000 habitantes. COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR UMA CAUSA DETERMI- NADA — Quociente entre 0 niimero de dbitos por uma doenca ¢ a populacéo de uma regio. A fonte dos dados é a declaracéo de Sbito, que constitui uma informacao bastante precisa, embora possa haver causas de érro. Portanto, ste é um coeficiente muito fide- digno. Em geral é expresso por 100.000 habitantes. COEFICIENTE DE MORTALIDADE PROPORCIONAL — Quociente entre © nimero de ébitos por determinada causa e 0 nimero de obitos por tédas as causas. Em geral é expresso em percentagem. COEFICIENTE DE NATALIDADE — Quociente entre 0 nimero de nas- cidos vives e a populacko total da regido. Em geral é dado por 1.000 habitantes. COEFICIENTES MEDIOS — Coeficientes calculados em relacio a um intervalo de tempo maior que o usual (em geral, varios anos) UNIV. SKO PAULO, 10 (1/2) COMPLICACAO — Manifestacies patolégicas sobrevindo no curso ou no dectrso de um estado mérbido e em relacio causal dircta com ale*. COMUNICANTE (CONTATO) — Pessoa ou animal que tenha estado com um caso clinico ou portador, ou que tenha permanecido durante certo tempo no mesmo meio ambiente em que étes se encontram. Os comunicantes, especialmente os familiares, estio mais expostos a0 risco de se infectarem que a populacio em geral. Paffenbarger, por exemplo, mostrou que incidéncia da infeccio pelo virus da polio- mielite entre comunicantes € de duas a cinco vézes maior que no resto da populacio * COMUNIDADE — Conjunto de séres vivos que habitam uma mesma re- (0, eatando sujeitos a condigées de vida semelhantes e apresen- tando relacdes mituas, CONTAGIO — Sinénimo de transmissao direta. CONTAMINACAO — Ato ou momento em que uma pessoa ou um objeto ‘se converte em veiculo mecinico de disseminacio de um determi nado agente patogénico *, CONTATO — fiste térmo possui dois significados: (1) Proximidade ou contato fisico entre um suscetivel © um caso clinico ou portador, podendo haver ou no a transferéncia de um agente etiolégico para o primeiro. (2) Sindnimo de “comunicante”, sendo_preferivel usar éste iltimo térmo para evitar confusio com o primeiro signifi cado de “contato” CONTATO EFICIENTE — Contato entre um suscetivel ¢ uma fonte pri maria de infecc&o, em que 0 agente etiolégico € realmente transferido desta para o primeiro. DESINFECCAO — Destruicéo dos agentes de infeccdes especificas *. Des: cdo de germes patogénicos, feita em geral por subst (como fendis, halogénios, ete.), © também por meios fisicos ou bio- lepi lidades’ profiliticas. (V. esterlizacao) DESINFECCAO CONCORRENTE — Desinfeccai a © disposicéo dos excretos e do material infectante durante todo 0 curso de uma doenca, E mais importante, como medida de profilaxia, que a desin- feccéo terminal. DESINFECCAO TERMINAL — Desinfeccio feita no local em que esteve ‘um caso clinico ou portador; portanto, depois que a fonte priméria de infeccio deixou de existir (por morte ou por se ter curado) ou depois que esta abandonou o local. DESINFESTACAO — Destruicio de metazofrios, especialmente artrépo- dese roedores, com finalidades profiléticas. (V, desinfecsao) DOENCA — Alteracio ou desvio do estado fisiolézico em uma ou_vérias partes do corpo". Distirbio da satide fisien ou mental". Térmo amplo, vago, que engloba, segundo Flaminio Favero. as expresses afeccio, moléstia ¢ enfermidade. Em uma doenca pode haver fases de laténcia, durante as quais os sintomas estéo temporariamente au- sentes, correspondendo, portanto, ao estado de “portador”, EPIDEMIOLOGIA _ DOENCA CONTAGIOSA. — Doenca transmitida, principal ou exclusi- vamente, de modo direto. E preferivel substituir esta expresso por “doenca transmissivel”, que tem um sentido mais amplo. DOENCA INFECCIOSA (INFECTUOSA) — Doenca causada por um ‘agente etiolégico animado, ou seja, infeccio acompanhada de sinto- mas clinieamente reconheciveis. DOENCA_INFECTO-CONTAGIOSA — £ preferivel substituir esta ex- presse por “doenca transmissivel”. DOENGA TRANSMISSIVEL — Doenca causada por um agente etiolé- gico animado, eapaz de se transmitir de um ser a outro. DOENCAS QUARENTENARIAS — Doencas de grande transmissibili: dade, em geral graves, que requerem notifieacéo internacional imediata & Organizacdéo Mundial de Saide, isolamento rigoroso dos casos cli- nicos e quarentena dos comunicantes, além de outras medidas de profilaxia, com o intuito de evitar a sua introducio em regides até entéo indenes. As doencas quarentensrias, segundo a Reparticéo Sa- nitéria Panamericana, sio as seguintes: casos humanos de célera, febre amarela, febre recorrente transmitida por piolhos, peste, tifo trans- mitido por piolhos, variola, e ainda febre amarcla ¢ peste em animais. DOENCAS RESPIRATORIAS — Doencas em que a via de eliminacdo ‘ou a de penetracio é representada pelo aparélho respiratério, haja ou no sintomas preponderantemente nese aparélho. Ex.: gripe, pneu- monias, variola, sarampo. DOSE DE REFORCO (DOSE DE “RAPPEL”, “BOOSTER”) — Quanti dade de antigeno que se administra com_o fim de manter ou reavivar f resisténeia conferida pela primeira imunizagéo™. Ex.: adminis- tracio da vacina triplice a criancas de 18 meses de idade, vacinadas anteriormente com a mesma vacina, ECOLOGIA — Ciéncia que estuda as relagdes mituas de todos os orga- jamos que vivem num mesmo meio e a sua adaptacio ao ambiente * ENDEMIA — Variacio da incidéncia de uma doenca em uma comunidade humana dentro de limites considerados “normais” para essa comu- nidade, isto é, dentro de uma faixa limitada por dois desvios-padrao acima e abaixo da incidéncia média da doenga, tomando como base um certo mimero de anos anteriores, ENFERMIDADE — Afeccdo ou moléstia que se tornow irreversivel, nio havendo mais possibilidade de cura. Para Littré, “é um fato aca- bado”*, Ex.: seqiiela paralitica da poliomielite. ENZOOTIA — Definicdo igual a de endemia, porém, aplicada a uma comunidade animal EPIDEMIA — Elevacéo brusca, temporéria e significativa da incidéncia de uma doenca em uma comunidade humana, causada pela altcracéo de um ou mais fatéres da estrutura epidemiolégica dessa mesma comu- nidade. O térmo “significativa” é usado, aqui, na sua acepcko est Listica: incidéncia além de dois desvios-padrao em relagéo a incidéncia EPIDEMIA MACICA (EPIDEMIA POR UM VEICULO COMUM) — Epidemia em que aparecem muitos casos clinicos dentro de um inter- valo de tempo igual ao perfodo de incubacdo clinica da doenca, o 8 ___ ARQ. FAC. HIG. SAUDE PUB. UNIV. SAO PAULO, 10 (1/2) 1956 que sugere a exposicdo simulténea (ou quase simultanea) de muitas pessoas ao agente etiolégico. O exemplo tipico é 0 das epidemias de origem hidrica. EPIDEMIA PROGRESSIVA — Epidemia que se desenvolve mais lenta- mente que no caso anterior, sugerindo uma exposicéo nao simultanea a0 agente etiolégico. EPIDEMICIDADE — Térmo que deve ser substituide por “infectividade”. EPIDEMIOLOGIA — Ciéncia que estuda a distribuicio das doencas nas comunidades, relacionando-as a miltiplos fatres, concernentes a0 agente etiolégico, hospedeiro ¢ meio ambiente, e indicando as medi- das para a sua profilaxia. Para Frost, em seus sentido mais geral, a Epidemiologia pode ser definida como a ciéncia dos fendmenos da: nao como ocorrem em individuos, mas, como so vistos em grupos de populacio, assim como o modo de sua natural ocorréncia disseminacio entre as pessoas, e a relacio désses fendmenos caracte- condicées de hereditariedade, de habitos de meios que os determinam ”. EPIDEMIOLOGIA EXPERIMENTAL — Estudo das doencas, tais como ocorrem entre animais de laboratério, fazendo-as variar, experimen- talmente, em extensio e intensidade, procurando determinar e medir os fatéres que influem nessas variacées (Topley >) EPIDEMIZACAO LATENTE — £. preferivel substituir esta expresso por “jmunizacao latente”. EPIZOOTIA,— Definicéo igual & de epidemis, porém, aplicads a uma co- munidade animal. ESTERILIZACAO — Destruicio de todos os microorganismos, causadores fou nao de infeccdes, existentes em um substrato; 6 feita, em geral, por meios fisicos (calor ou filtracdo). (V. desinfeccio). ESTRUTURA EPIDEMIOLOGICA — Conjunto de fatéres relatives ao agente etiolégico, hospedeiro e meio ambiente, que influi sdbre a ocorréncia natural de uma doenga em uma comunidade. FATALIDADE — V. coeficiente de letalidade. FOMITES — Objetos de uso do caso clinico ou portador, que podem ‘estar contaminados, e cujo contréle é feito por meio da desinfeccio, ste fim uma solucéo de tricresol a 2%, biclo- % ou cal clorada a 3% *. Na maioria dos casos, 96 tém importancia na transmissio de agentes etiolégicot os fomites recém-contaminados. FONTE DE INFECCAO SENSO LATO — Ser que transporta um agente etiolégico animado. Divide-se em fonte priméria © secun FONTE PRIMARIA DE INFECCAO (FONTE DE INFECCAQ SENSO ESTRITO, RESERVATORIO) — Homem ou animal (raramente, solo ou vegetal) responsavel pela sobrevivéncia de uma determinada espécie de agente etiolégico na natureza. © homem é fonte prima- ria de infecc&o, por exemplo, na febre tifdide e na hepatite infecciosa: so animais as fontes primérias na raiva e na febre amarela silvestre: © solo é fonte priméria no caso do Strongyloides stercoralis. No caso _SCHMID, A.W, — GLOSSARIO DE EPIDEMIOLOGIA 9. dos parasitas héteroxenos, 0 hospedeiro mais evoluido (que em geral € também 0 hospedeiro definitivo) € denominado fonte priméria de infeccdo, ¢ © hospedeiro menos evoluido (em geral, hospedeiro inter- mediario) € chamado de vetor biolégico. FONTE SECUNDARIA DE INFECCAO — Ser animado ou inanimado que transporta um determinado agente etiolégico, néo sendo o prin- cipal responsavel pela sobrevivéncia déste como espécie. Esta ex- pressio é substituida com vantagem pelo térmo “veieul FUMIGACAO — Aplicacio de substincias gasosas capazes de destruir a vida animal, especialmente insetos € roedores *. GOTICULAS DE FLUGGE — Secrecées oronasais de mais de 100 micra de didmetro, que transmitem germes de mancira direta mediata e cujo contréle se faz, principalmente, pela educacdo sanitaria. (V. “niicleos de Wells”). HIGIENE — Ciéncia ¢ arte de conservar ¢ melhorar a satide e de prevenir as doencas. Divide-se em Medicina construtiva, Medicina prevent € Saneamento. Alguns substituem o térmo “Higiene” por "Medicina preventiva”; nesta acepcao, a Medicina preventiva dividir-se-ia em Hi- siene, Medicina preventiva prépriamente dita e Saneamento. HIGIENE DO AMBIENTE — Sinénimo de Saneamente. HIGIENE PRIVADA — Modidas de Higiene aplicadas 2 um individoo isoladamente, HIGIENE PUBLICA (HIGIENE COLETIVA) — Medidas de Higi aplicadas a uma comunidade humana. (V. sentido mais amplo, em "Saade Publica”). HIGIENE SENSO ESTRITO — Sinénimo de Medicina construtiva, HOSPEDEIRO — Pessoa ou animal que alberga um agente etiolégico animado, Nas infecodes por parasitas héteroxenos, consideram-se dois tipos de hospedeiros: 0 hospedeiro definitive, que alberga a forma mais evoluida do parasita, e 0 hospedeiro intermediério, que alberga a menos evoluida, IMUNE — Pessoa ou animal que possui imunidade. Quando se diz que uma pessoa é “imune” a uma doenca, néo se subentende que possua sempre protecio total, mas que dispde de resisténcia suficiente para protegé-la contra a dose infectante média de germes invasores”. IMUNIDADE — Resisténcia especifiea de um hospedeiro contra um deter- minado agente etiolégico animado, ligada a fatéres humorais, a faté- res teciduais, ou a ambos. IMUNIZACAO — Ato de se tornar imune. Divide-se em ativa ¢ passiva. IMUNIZAGAO ATIVA — Aguisicéo de imunidade devido a formacio de anticorpos pelo proprio hospedeiro: pode ser artificial ow natural. Em geral, é de duracéo mais longa que a imunizacéo passiva, IMUNIZACAO ATIVA ARTIFICIAL — Imunizacio conferida pela admi- nistracio de vacinas. Esta expresso é freqientemente usada como singnimo de vacinacio, IMUNIZACAO ATIVA NATURAL uma infeccio acompanhada ou Imunizagéo ativa adquirida por jo de sintomas. 10__ARQ. FAC. HIG. SAUDE PUB. UNIV. SKO PAULO, 10 (1/2) 1956 IMUNIZACAO LATENTE — Imunizacdo ativa natural adguirida por io de uma infeccéo néo acompanhada de sintomas diagnosticéveis mente. E comum éste tipo de imunizacio no caso de i ‘or germes de baixa patogenicidade, como, por exemplo, o bacilo diftérico € © virus da poliomielite IMUNIZACAO PASSIVA — Aauisicio de imunidade pela administracéo, ‘a0 suscetivel, de anticorpos especificos formados no organismo de outro animal ou pessoa. Pode ser artificial ou natural. IMUNIZACAO PASSIVA ARTIFICIAL — Imunizacéo passiva conferida pela administracdo de sangue, s6ro ou seus derivados, e que tem uma duracéo efémera (algumas semanas somente). Ne séro de convalescentes, de adultos ou de mente, ou globulina gama, IMUNIZACAO PASSIVA NATURAL (IMUNIZACAO CONGENITA) — Imunizago passiva do feto pela passagem transplacentéria de anti corpos especificos gerados no organismo matemo por uma infeccao ou imunizagi jcial anterior; em geral tem a duracéo de alguns IMUNOPROFILAXIA — Prevenc&o de doencas através da imunidade conferida pela administracéo de vacinas ou soros a uma pessoa ou animal. INCIDENCIA — Nimero de casos novos que véo aparecendo em uma comunidade, durante um certo intervalo de tempo, dando uma idéin dindmica do desenvolvimento do fendmeno. (V. prevaléncia). Pode ser expressa por mimeros absolutos ou por coeficientes, (V. coefi- ciente de morbidade) INDICE — Relacdo entre dois fenémenos. Em sentido mais estrito, dice” € 0 quociente entre © ntimero de vézes que um fendmeno ocor- reu eo nimero de vézes que outro fendmeno ocorreu. (V. coefi ciente). Ex.: Indice vital — Quociente entre © mimero de naseidos vives € 0 mimero de dbitos por tédas as causas, INFECCAO — Penetracéo, alojamento ¢, em geral, multiplicacio de um ‘agente etiolégico animado no organismo de um hospedeiro, produ- zindo danos a éste, com ou sem 0 aparecimento de sintomas clit mente reconheciveis. Em esséncia, a infeccio ¢ uma competi¢ao vital entre um agente etiolégico animado (parasita senso lato) ¢ um hos- pedeiro; é portanto, uma luta pela sobrevivéncia entre dois séres vivos, que visam a manutencéo de sua espécie. A infeccio se divide em infeccéo senso estrito € infestacdo. INFECCAO INAPARENTE — Infeccio na qual os sintomas so tio pouco intensos que nenhuma atenc&o especial é dirigida a éles". (V. infec- géo subelinica). INFECCAO SENSO ESTRITO — Infeccdo causada por qualquer agente etiolégico animado, com excecio dos metazoarios, INFECCAO SUBCLINICA — Infeccio em que 0 hospedeiro nao apre- senta sintomas clinicamente reconheciveis. (V. portador passive) INFECTIVIDADE (INFECTIBILIDADE) — Capacidade do agente eti légico de se adaptar ao meio representado pelo corpo do hosped GLOSSARIO DE EPIDEMIOLOGIA u néle se alojando e multiplicando ®, Os agentes etiolégicos de alta infectividade, como 0 virus do sarampo, por exemplo, tém maior importineia porque conseguem se alojar mais facilmente no hospedeiro. INFESTACAO — Infeccdo causada por metazoirios (artrépedes ¢ helm tos). Alguns autores consideram como sendo infestacio a infeccao por agentes do reino animal, outros restringem 0 térmo para 0 caso dos agentes que se localizam na superficie externa do corpo do hospedeiro. INQUERITO EPIDEMIOLOGICO — Levantamento epidemiolégico feito por meio de uma coleta ocasional de dados, quase sempre por amos- tragem, ¢ que fornece dados sébre a prevaléncia de casos clinicos ou portadores, em uma determinada comunidade. INVESTIGAGAO EPIDEMIOLOGICA — Levantamento epidemiolégico ‘em que se faz a pesquisa de comunicantes a partir de casos clinicos ou de portadores, com a finalidade precipua de descobrir novos casot © portadores, para que possam ser tomadas medidas de pro- filaxia, ISOLAMENTO — Segregaco de um caso clinico do convivio das outras pessoas durante o periodo de transmissibilidade, a fim de evitar que 8 suscetiveis sejam infectados. Em certos casos, o itolamento pode ser aplicado também a portadores. O isolamento pode ser domici lidrio ou hospitalar; em geral, é preferivel éste sltimo, por ser mai cficiente. LATENCIA — Periodo na evolucéo clinica de uma doenca parasitéria, no qual os sintomas desapareceram apesar de estar © hospedeiro infectado © de ja ter sofrido o ataque primério, ou uma ou varias recaidas ' LETALIDADE — V. cocficiente de letalidade. LEVANTAMENTO EPIDEMIOLOGICO — Conjunto de métodos usados para obter dados que permitam caracterizar epidemiolégicamente uma doenca ‘em uma comunidade. © levantamento epidemiolégico pode ser feito por meio de inquéritos epidemiolégicos, por investigagses epidemiolégicas © por levantamento por meio de dados de registro. LEVANTAMENTO POR MEIO DE DADOS DE REGISTRO — Levan- tamento epidemiolégico em que a coleta de dados é continua, © que fornece dados sdbre a incidéncia das doencas em uma determinada comunidade. MEDICINA CONSTRUTIVA (HIGIENE SENSO ESTRITO) — Part jene que tem por finalidade a conservacio e a melhori ees he ade inespecificas. Por medidas inespecificas entendem-se as que nao visam diretamente o contréle de uma deter- minada doenca. Séo, por exemplo, os habitos de higiene corporal. exercicios regrados, vestuatio apropriado, ete, MEDICINA PREVENTIVA — Parte da Higiene que tem por finalidade a prevencio das doencas e de seu agravamento, ¢ a, reabi viduos. Sao, por exemplo, a imunoprofilaxia, a profilaxia medica- mentosa, a reabilitacdo ortopédica, ete. BIBLIOTECA! FACULDADE DE SAUDE Ho OhivERSIOABEDE Sud 12 ARQ. FAC. HIG. \UDE PUB, UNIV. SKO PAULO, 10 (1/2) 1956 MEDICINA SOCIAL — Aplicacéo da Higiene e da Medicina curativa as doencas em que o fator social seja preponderante, ¢ cuja pode caber tanto a instituicdes privadas como governamentai MEIO AMBIENTE — Conjunto de tédas as condicées ¢ influéncias ex- temas que afetam a vida e o desenvolvimento de um organismo ™. MOLESTIA — Processo mérbido considerado em téda a sua evolugio, ‘desde as causas inicinis até as ultimas terminacdes (Roger "'). A moléstia é um fato que se opera (Littré MORBIDADE — V. coeficiente de morbidade, MORTALIDADE — V. Coeficiente de mortalidade. MORTALIDADE FETAL — V. cocficiente de mortalidade fetal, MORTALIDADE GERAL — V. coeficiente de mortalidade por tédas MORTALIDADE INFANTIL — V. cocliciente de mortalidade infantil MORTALIDADE MATERNA — V. cocficiente de mortalidade materna. MORTALIDADE PROPORCIONAL — V. coeficiente de mortalidade pro- porcional. NATALIDADE — V. coeficiente de natalidade. NOTIFICAGAO COMPULSORIA — Comunicacéo de casos clinicos de determinadas doengas, chamadas “doencas de notificagio compulsé- ria", & autoridade sanitéria, Para que a notificacio seja eficiente é necessirio que seja feita o mais precocemente possivel, a simples suspeita da doenca, e por qualquer pessoa que tenha conhecimento do caso (médicos ou leigos! NOCLEOS DE WELLS — Secresies oronasais de menos de 100 micra de diametro, que transmitem germes de maneira indireta por meio do ar (onde flutuam durante um intervalo de tempo mais ou menos longo) ¢ também dei mancira direta médiata, e cujo coritréle se faz, Principalmente, pelo saneamento do ar. (V. goticulas de Fliigge) PANDEMIA — Epidemia de grandes proporcées, atingindo um grande nimero de pessoas em uma asta’ area geogrilien (um ou mais con- tinentes), PARASITA — Em sentido lato, é sinénimo de agente etiolégico anima- do: ser vive que é albergade por um hospedeiro, produzi Asua satide. Em sentido estrito, éste térmo di sitas do reino animal, PARASITAS HETEROXENOS — Parasitas que necessitam de dois tipos diferentes de hospedeiros para a sua completa evolucio: © hospe- deiro definitive e o intermediario. PARASITAS MONOXENOS — Parasitas que necessitam de um s6 hos- pedeiro para a sua evoluco completa PASTEURIZACAO — Desinfeccéo do leite feita pelo aquecimento a 63-65°C durante 30 minutos (ou a 73-75°C durante 15 segundos), sendo a temperatura baixada imediatamente depois a 2-5°C. CHMID, A. W. ss — GLOSSARIO_DE_EPIDEMIOLOGIA__ 13 PATOGENICIDADE — Capacidade do agente etiolégico de provocar sintomas em maior ou menor proporcéo dos hospedeiros_infectados. Os agentes etiolégicos podem ter alta ou baixa patogenicidade; no primeiro caso, grande proporcéo dos hospedeiros infectados apresen- tard sintomas (ex.: virus do sarampo © da varicela); no segundo caso, & pequena essa proporcéo. Sao os de baixa patogenicidade (como o bacilo diftérico, 0 virus da poliomielite) os mais importantes em Satide Piblica, porque € muito mais dificil o diagnéstico do estado de portador passivo que 0 diagnéstico dos casos clinicos. E. bastante comum a confusio déste térmo com “viruléncia” PATOLOGIA SOCIAL — Parte da Epidemiologia que estuda 0 compor- tamento das doencas chamadas “sociais", isto é daquelas em que o fator social representa um papel preponderante (como lepra e tuber- culose, por exemplo) PERIODO DE INCUBACAO CLINICA — Intervalo de tempo compre- endido entre a penetracéo de um agente etiolégico animado no orga- nismo de um hospedeiro e © inicio dos sintomas; varia de acérdo com a doenca considerada, PERIODO DE TRANSMISSIBILIDADE — Intervalo de tempo durante ‘© qual uma pessoa ou animal infectados climinam um agente etiolé. gico animado para o meio ambiente ou para 0 organismo de um vetor hematéfago, sendo possivel, portanto, a sua transmisséo a outro hospedeiro. Pode ser determinado por critérios clinicos (como na variola) ou laboratoriais (como na febre tiféide). PERIODO PRE-PATENTE — Intervalo de tempo que vai desde a pene- tragio do germe no hospedeiro até a sua evidenciacéo por meios laboratoriais. PODER IMUNOGENICO — Capacidade do agente etiolégico de causar imunidade no hospedeiro; conforme o agente etiolégico, essa imuni- dade pode ser de longa ou curta duracdo (é 0 caso, respetivamente, de febre amarela e da gripe), ¢ de grau elevado ou baixo. POLUICAO — Modificacio das qualidades fisicas ou presenca de incon- venientes de ordem quimica em uma substancia inanimada. Usual- mente éste térmo é empregado sdmente para o ar, Agua e solo, PORTADOR — Pessoa ou animal que ndo apresenta sintomas clinica- mente reconheciveis de uma determinada doenca transmissivel ao ser examinado, mas que esté albergando o agente etiolégico respetivo. Em Saide Publica tém mais importincia os portadores que os casos clinicos, porque, muito freqiientemente, a infeccéo passa despercebida nos primeiros. Os que apresentam realmente importanci tadores eficientes, de modo que na pratica 0 térmo refere quase sempre aos portadores eficientes. PORTADOR ATIVO — Portador que teve ou ter no momento nao os esté apresentando. sintomas, mas que PORTADOR ATIVO CONVALESCENTE — Portador durante a con- valescenca e apés a mesma. E comum éste tipo de portador na febre tifdide e na escarlatina. ir AC, HIG, SAUDE PUB, PORTADOR ATIVO CRONICO — Pessoa ou animal que continua a albergar 0 agente etiolégico muito tempo depois de ter tido a doenca. © momento em que © portador ativo convalescente passa a crénico € estabelecido arbitrariamente para cada doenca. No caso da febre tiféide, por exemplo, 0 portador é considerado como ativo erénico quando alberga a Salmonella typhosa mais de um ano apés ter esta- do doente. PORTADOR ATIVO INCUBADO ou PRECOCE — Portador durante 0 eriode de incubacio clinica de uma doenga. Na coqueluche, por exemplo, a pessoa infectada jé é portadora eficiente antes do inicio dos sintomas tipicos da doenca. PORTADOR EFICIENTE — Portador que climina 0 agente ctiolégico para o meio exterior ou para o organismo de um vetor hematéfago, © que possibilita a infeccio de novos hospedeiros, Essa elimina’ co pode se fazer de maneira continua ou intermitente, PORTADOR INEFICIENTE — Portador que nio elimina o agente Tégico para o meio exterior, n&o representando, portanto, um perigo para a comunidade_no sentido de disseminar éase germe. Ex.: pes soa gue alberga a Salmonella typhosa na medula éssea. PORTADOR PASSIVO (PORTADOR APARENTEMENTE SAO) — Portador que nunca apresentou sintomas de determinada doenca tran: ivel, no os esta apresentando e nao os apresentaré; 46 pode ser descoberto por meio de exames adequados de laboratério. $6 os germes de baixa patogenicidade (como os Streptococcus, Neisseria meningitidis, Salmonella typhosa, Shigella) podem produzir o estado de portador passive. PORTADOR PASSIVO CRONICO — Portador passivo que alberga um agente etiolégico durante longo tempo. Ex.: portadores de Salmo- nella typhosa, Entamoeba histolytica. PORTADOR PASSIVO TEMPORARIO — Portador passive que alberza um agente etiolégico durante pouco tempo; a distincao entre éste © 0 anterior & estabelecida arbitrariamente para cada germe. E comum éste tipo de portador no caso dos estreptococos ¢ do virus da polio- mielite, PORTADOR SAO — Expresso que néo deve ser usada, pois com gran- de freqiiéncia os portadores apresentam lesdes organicas, embora nko haja o aparecimento de sintomas. PORTAS DE ENTRADA — V. vias de penetrasio. PORTAS DE SA{DA — V. vias de climinacio, PREMUNICAO — Resisténcia de um hospedeiro a um agente etiolégico animado enquanto, € sdmente enquanto estiver albergando éste dltimo. E 0 caso tipico da premunigéo contra a tuberculose pelo BCG. PREVALENCIA — Nimero de casos clinicos ou de portadores exis- tentes em um determinado momento em uma comunidade, dando uma idéia estética da ocorréncia do fenémeno. Em geral, é revelada por meio de inquéritos epidemioldgicos. (V. incidéncia). Pode ser expressa em niimeros absolutos ou em coeficientes, SCHMID, A.W, — GLOSSARIO DE EPIDEMIOLOGIA __ 15 PROFILAXIA — Conjunto de medidas que tém por finalidade prevenir ou atenuar as doencas, suas complicacées © conseqiiéncias, através de medidas de Medicina preventiva, Saneamento e Medicina cons- trutiva, PROFILAXIA MEDICAMENTOSA — Administracao de drogas a pes: ‘soas ou a animais sos, tornando seus organismos imprdprios ao desen- volvimento de um determinado germe. Ex.: instilacko de nitrato de prata a 1% nos olhos de recém-nascidos para a prevencéo da oftalmia. Administracio de sulfadiazina para a prevencéo da menin- gococia, QUARENTENA — Isolamento dos comunicantes durante 0 periodo mé- ximo de incubacéo da doenca, a partir da data do iiltimo contato com um caso clinico ou portador, ou da data em que o comunicante abandonou o local em que se encontrava a fonte priméria de infecgao. Na pritica, 26 € usada no cao das “doencas quarentendrias”, sendo substituida’ pela vigiléneia sanitéria para as demais doencas. RECAIDA — Reaparecimento ou recrudescimento dos sintomas de uma doenca, antes de curado inteiramente o doente*, No caso da malé- ria, recaida significa nova aparicio de sintomas depois do ataque primario " RECEPTIVEL — Sinénimo de “susceti RECIDIVA — Reaparecimento do proceso mérbido apés cura aparente '*. Reaparecimento de doenca, em regra, de infeccdo, depois de ter o paciente dela convalescido". No caso da malaria, recidiva signi- fica recafda na infecc’o malirica entre a 8." ¢ 24." semanas posteriores 0 ataque primério ”. RECORRENTE — Estado patolégico evoluindo através de recaidas suces- sivas", No caso da maliria, recorréncia significa recaida na infec- sao malirica depois das 24 semanas posteriores ao ataque primério ™ RECRUDESCENCIA — Exacerbacdo das manifestacées clinicas ou ana- témicas de um proceso mérbido “*. No caso da malaria, recrudes- céncia € a recaida na infeccdo malarica nas primeiras 8 semanas pos- teriores ao ataque primério™, REINFECCAO — Segunda infeccéo com 0 mesmo germe da primeira * RESERVATORIO — Sindnimo de fonte priméria de infeccio. RESISTENCIA — Conjunto de defesas especificas e inespecifieas de um hospedeiro contra a entrada, multiplicacéo € aco lesiva de um agente ctiolégico. As defesas inespecificas sio comumente denominadas “resisténcia natural”, e as especificas constituem a “imunidade”. RESISTENCIA A ANTIBIOTICOS E QUIMIOTERAPICOS — Capaci- dade que apresenta uma dada cepa de agente etiolégico animado de resistir & aco désses produtos, devido A selecéo de mutantes resis- tentes, RESISTENCIA A DESINFETANTES — Capacidade do agente etiolégico animado de resistir a desinfetantes usados em uma. concentragéo © 16 __ARQ. FAC. HIG. SAUDE PUt um intervalo de tempo determinados. Os germes mais resistentes aos desinfetantes so 08 esporulados, como o bacilo do tétano, por exemplo, RESISTENCIA AO MEIO — Capacidade do agente etiolégico animado de sobreviver no meio ambiente durante um tempo maior ou menor. Ha germes com grande resisténcia ao meio externo, como os espo- rulados © 0 bacilo da tuberculose, e germes de pequena resistencia, ‘come o meningecoco. A importéncia epidemioldgica déste fato re de em que os germes que tém pequena resisténcia ao meio ambiente, 86 podem ser transmitidos de maneira direta. RESISTENCIA NATURAL — Resisténcia inespecifica de um hospedeiro contra determinado agente etiolégico, ligada a espécie ou & raca do hospedeiro, SANEAMENTO (HIGIENE DO AMBIENTE) — Parte da Higiene que visa tornar 6 meio ambiente impréprio & transmissio ou producdo de doencas, através de medidas especificas de profilaxia. Ex.: trata: mento da agua, coleta e destino do lixo, destino adequado dos ex- exetos, contréle dos vetores SAUDE — £ um estado de completo bem estar fisico, mental e social, ¢ néo apenas a auséncia de doenca ou enfermidade (Preambulo da Constituicho da Organizacao Mundial de Saiide) SAUDE POBLICA — Aplicacéo da Higiene © da Medicina curativa a uma comunidade, com os recursos da propria comunidade. Em co: munidades rieas, 08 servicos de saiide piblica nao executam medidas de Medicina curativa. Para Winslow, Saide Piblica é a ciéncia e a arte de preveri a ficigneia fisica e mental, através dos esforcos organizados da comunidade, visando 0 saneamento do meio, o contrdle das infeceées na comunidade, a educacéo dos individuos nos principios da higiene pessoal, a organizacio de servicos médicos e de enfermagem para © diagnéstico precoce ¢ 0 tratamento preventive das doencas, © 0 desenvolvimento da méquina social que garantira, para cada indivi- duo da comunidade, um padréo de vida adequado 4 manutencio da snide". as doencas, prolongar a vida © promover a saiide & SEGUIMENTO (“follow-up”) — Contréle dos doentes, submetidos (se preciso) a tratamento de consolidagao ¢ sujeitos a exames periddicos *. SOROTERAPIA PREVENTIVA — V. imunizacdo passiva artificial. SORO-VACINACAO — Imunizacio artificial em que se administram, con- comitantemente, um s6ro ea vacina correspondente, a uma pessoa fou animal. No caso da difteria, por exemplo, pode-se administrar ‘a0 mesmo tempo, a pessoas de baixa idade © muito expostas, anti- toxina obtida de cavalos imunizados e anatoxina. SURTO EPIDEMICO — Epidemia de proporcées reduzidas, atingindo uma pequena comunidade humana. Muitos restringem témo para © caso de instituicdes fechadas, outros o usam como sinénimo de “epidemia”. _SCHMID, A.W. — GLOSSARIO DE EPIDEMIOLOGIA__17 SUSCETIBILIDADE — Falta de defesas de um hospedeiro, em grau ade- quado, contra um agente etiolégico. TENDENCIA SECULAR — Comportamento da incidéncia de uma doen- ca em um longo intervalo de tempo. Para a maioria das doencas jveis, esta havendo uma tendéncia a diminuicio de sua in TINDALIZACAO — Processo de esterilizacéo que consiste no aqueci- mento, por alguns minutos, a 100°C, por trés ou quatro vézes suces- sivas, separadas por intervalos de 18 ou 24 horas de incubacdo em temperatura favoravel °. TOXINA — Produto fabricado por um agente etiolégico animado, que induz a formacio da antitoxina correspondente no organismo do hospedeiro. (V. veneno). TOXGIDE — Sinénimo de anatoxina, TRANSMISSAO — Transferéncia de um agente etiolégico animado de uma fonte primaria de infeccio para um novo hospedeiro; compreen- de trés fases: vias de climinacdo, de transmissio e de penetracdo. Divide-se em transmisséo direta e indireta TRANSMISSAO DIRETA (CONTAGIO) — Transferéncia répida do agente etiolégico, sem a interferéncia de veiculos, TRANSMISSAO DIRETA IMEDIATA — Transmissdo direta em que ha ‘um contato fisico entre a fonte primaria de infeccio ¢ o novo hospe- deiro. Ocorre por meio do contato sexual e do beijo, como na sifilis; através de méos contaminadas, como nas shigeloses; pelo contato direto com um animal doente, como na raiva, TRANSMISSAO DIRETA MEDIATA — Transmissio direta em que ni hd contato fisico entre a fonte primaria de infeccdo © © novo hosps deiro; a transmissdo se faz por meio das secregses oronasais (got culas de Fliigge e nicleos de Welle). Este tipo de transmissio é muito importante no caso da meningococia e da coqueluche, por cexemplo. TRANSMISSAO INDIRETA — Transferéncia do agente etiolégico por ‘meio de veiculos animados ou inanimados. A fim de que a trans- missdo indireta possa ocorter, torna-se essencial que: (a) os germes sejam capazes de sobreviver fora do organismo durante um certo tempo, (b) haja um veiculo que leve os germes de um lugar a outro". TRATAMENTO PROFILATICO — Tratamento de um caso clinico de um portador, com a finalidade de reduzir 0 periodo de transmis sibilidade, Ex: penicilina no caso da bouba ¢ da sifilis. O trata- mento profilético difere do curativo, essencialmente quanto ao obj no entanto, muitas vézes, ao se proceder ao tratamento profilético, consegue-se ao mesmo tempo a cura do paciente. VARIACAO ESTACIONAL — Aumento ¢ diminui certas doencas (em relacéo A sua incidéncia) durante determinados meses do ano, em conexio com as alteracées meteorolégicas das 18 __ARQ. FAC. HIG. SAUDE PUB. UNIV, SAO PAULO, 10 (1/2) 1986 cestagdes, © com as alteracées estacionais da populacéo humana, prin- cipalmente em seus costumes", VACINA — Produto que contém antigenos, destinado a conferir ou reforcar a imunidade dos hospedeiros a quem administrado. A vacina pode conter germes atenuados ou inativados (como no caso da vacina antivaridlics e da vacina contra a coqucluche, respeti mente) ou toxinas ¢ derivados (como no caso da toxina contra a escarlatina e da anatoxina contra a difteria). natura” VACINAGAO — Administracéo de uma vacina a uma pessoa ou animal. VACINAGAO CONJUNTA, COMBINADA ou ASSOCIADA — Vaci- nacio simultinea contra duas ou mais doencas, por meio de anti- genos especificos. Ex.: vacina triplice, contra coqueluche, difteria tétano. VEICULO — Ser animado ou inanimado que transporta um agente etio- Végico. Nao sio consideradas como veiculos as secrecdes e excre- ‘ges da fonte priméria de infeccao, que séo na realidade um substrato no qual os germes sio eliminados do organismo, através das vias de climinacio. VEICULO ANIMADO — V. vetor. VEICULO INANIMADO — Ser inanimado que transporta um agente ‘tiolégico. Os veiculos inanimados so: ar, Agua, alimentos, solo e fémites. VENENO — Toxina de origem animal, que induz a formacao de anti- veneno no organismo do hospedeiro. (V. toxina). VETOR (VEICULO ANIMADO) — Animal invertebrado que trans um agente etiolégico; para alguns autores, 0 térmo “vetor” inclu também os animais vertebrados que sejam hospedeiros intermedi rios. Artrépode ou outro invertebrado que transporta um agente infeccioso de uma pessoa ou animal para outra pessoa ou outro ani- mal*, Os vetores podem ser biolégicos e mecinicos. VETOR BIOLOGICO — Vetor no qual se passa, obrigatériamente, uma fase do desenvolvimento de determinado agente etiolégico; erra¢ cando-se 0 vetor biolégico, desaparece a doenca que transmite. Ex.: Anopheles darlingi e malaria, Aedes aegypti e febre amarela urbana, VETOR MECANICO — Vetor acidental que constitui smente uma das modalidades da transmissio de um agente ctiolégico. Sua erradica- ‘so retira apenas um dos componentes da transmissio da doenca. O exemplo tipico € a mésca. VIAS DE ELIMINACAO — Vias através das quais é eliminado um agente etiolégico animado do organismo de um caso clinico ou portador para o meio ambiente ou para o organismo de um vetor hematéfago. As vias de climinacio sio as seguintes: (a) Aparélho respiratério (vias aéreas), como no caso da coqueluche; b) Aparélho diges- tivo (em que’o substrato é representado pelas fezes), como no caso |LOSSARIO_DE_EPIDEMIOLOGIA 19 das shigeloses; (c) Aparélho urindrio (substrato: urina), como nas leptospiroses; (d) Tegumento — pele, como na malaria; mucosas, como nas doencas venéreas. VIAS DE PENETRACAO — Vias através das quais penetra um agente etiolégico animado no orgenismo de um hospedeiro. Sao as seguin- tes: vias aéreas, via oral, tegumento. VIAS DE TRANSMISSAO — Conjunto de veiculos através dos quais se faz a transferéncia de um agente etiolégico de uma fonte primaria de infeecéo para um novo hospedeiro. Na transmisso direta estas vias so virtuais, VIGILANCIA SANITARIA — Observacéo dos comunicantes durante 0 periodo maximo de incubacao da doenca, a partir da data do iltimo contato com um caso clinico ou portador, ou da data em que 0 comu- nicante abandonou 0 local em que se encontrava a fonte priméria de infeccao. VIRULENCIA — Capacidade do agente etiolégico animado de produzir doencas de maior ou menor gravidade. Os germes de alta viruléncia (como 0 virus da raiva) produzem doencas graves e de alta letali- dade: o» de baixa viruléncia (como o virus do sarampo), doeneas benignas. ZOONOSES — Doencas que se transmitem, naturalmente, dos animais vertebrados ao homem e vice-versa”. | Nas zoonoses, a principal fonte priméria de infeccdo é um vertebrado, entrando 6 homem, no ciclo do processo infeccioso, como um hospedeiro eventual. Ex.: raiva, febre amarela silvestre, peste bubénica, bruceloses. SUMMARY The author discusses the need of having a glossary of epidemiologic terms, in order to reach uniformity in nomenclature. He points out the advantages that would result, bearing in mind that the establishment of such terms and their meaning at National Congresses would be convenient, and it would then be possible to adopt them all over Brazil. He suggests also that glossaries for other branches of Public Health should be prepared. We would have, then, a dictionary, of great use to our Public Health workers Finally, the author presents a list of the chief terms used in Epide- miology, nearly two hundred, classified in alphabetical order, with their respective meanings, synonyms, and examples. BIBLIOGRAFIA 1. Anderson, G. W. ¢ Arnstein, M. G.: Profilaxia das doencas transmissiveis; tradugéo dos Drs. Nelson Luiz de Araujo Morais e Oswaldo Lopes da Costa. Rio de Janeiro, Sociedade Brasileira de Higiene, 1950. 20 __ARQ. FAC. HIG. SAUDE PUB. UNIV. SAO PAULO, 10 (1/2) 2. 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