I – Introdução
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Infra n.º 3.2.1.1, “II – Conceito e Tipos de Sociedade”
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constituindo a sociedade um ente jurídico dotado de um património autónomo e
respondendo os sócios limitadamente, o empresário encontra na sociedade um
instrumento para limitar a sua responsabilidade e transladar o risco de exploração
para os credores
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arts. 10º e 11º do REIRL (Decreto-Lei n.º)
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o património do EIRL apenas responde pelas dívidas desse património e não pelas
dívidas pessoais do respectivo titular (art. 10º, 1 do EIRL). Todavia, se os
restantes bens do titular forem insuficientes e sem prejuízo do preceituado na parte
final do art. 6º do EIRL, aquele património responde por quaisquer dívidas que
este tenha contraído antes de efectuada a publicação a que se refre o art. 5º, 3 do
EIRL (art. 10º, 2 do EIRL).
pelas dívidas do EIRL apenas respondem os bens desse património e não os bens
pessoais do respectivo titular (art. 11º, 1 do EIRL)
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bancos
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veja-se o seguinte exemplo: numa sociedade vêm a falecer vários sócios, apenas
sobrevivendo um. Determina o art. 84º, 1 do CSC que: sem prejuízo da aplicação
do disposto no artigo anterior e também do disposto quanto a sociedades coligadas,
se for declarada falida uma sociedade reduzida a um único sócio, este responde
ilimitadamente pelas obrigações sociais contraídas no período posterior à
concentração das quotas ou das acções, contanto que se prove que nesse período
não foram observados os preceitos da lei que estabelecem a afectação do
património da sociedade ao cumprimento das respectivas obrigações.
Assim, o sócio único poderá responder ilimitadamente pelas dívidas sociais, se se
provar que o sócio único não respeitou o princípio da separação patrimonial na
gestão da sociedade
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2. Fontes
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antes da Directiva n.º 12 não se admitiam, na ordem jurídica portuguesa, a
constituição de sociedades unipessoais. O legislador não optou pela constituição de
uma sociedade unipessoal, pois a doutrina sempre deu por adquirido que a
sociedade tem um paradigma contratualista, ou seja, como se trata de um contrato
e este exige duas pessoas, uma sociedade constituída por uma pessoa seria
inconcebível.
No entanto, esta posição é criticada, pois:
- em quase todos os países europeus, a sociedade unipessoal é uma realidade
jurídica admissível; e
- o próprio legislador português reconhece a sua legitimidade no art. 488º do
CSC, resultante da transposição da Directiva n.º 12.